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ESCOLA POLITÉCNICA BRASILEIRA
Curso Técnico em Eletrotécnica
SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA
Prof.: Thales Bruno Costa de Azevedo
NATAL - RN
NOVEMBRO/2021
SUMÁRIO
UNIDADE I
Noções de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica
1. Sistema Elétrico......................................................................................................................................................5
1.1. Geração de Energia Elétrica..........................................................................................................................7
1.1.1. Usinas Hidrelétricas................................................................................................................................7
1.1.2. Usina Termelétricas..............................................................................................................................12
1.1.3. Usina Nuclear.........................................................................................................................................14
1.1.4. Usinas Eólicas.......................................................................................................................................15
1.2. Transmissão de Energia Elétrica.................................................................................................................17
1.2.1. Componentes de um Sistema de Transmissão...............................................................................19
1.3. Distribuição de Energia Elétrica...................................................................................................................23
1.3.1. Redes Primárias....................................................................................................................................23
1.3.1.1. Redes Primárias Aéreas......................................................................................................................24
1.3.2. Redes Secundárias...............................................................................................................................25
UNIDADE II
Distribuição de Energia Elétrica
2. Projeto de uma Rede de Distribuição de Energia.....................................................................................26
2.1. Conceituação..................................................................................................................................................26
2.2. Critérios de Utilização dos Postes...............................................................................................................28
2.3. Critérios de Locação dos Postes.................................................................................................................29
2.4. Simbologia utilizada no Projeto de Distribuição de Energia....................................................................29
2.5. Estruturas Primárias......................................................................................................................................33
2.6. Caminhamento da Rede Primária...............................................................................................................39
2.7. Estruturas Secundárias.................................................................................................................................39
2.7.1. Características das Estruturas Secundárias:....................................................................................39
2.7.2. Estruturas Secundárias - Circuito Monofásico.................................................................................40
2.7.3. Estruturas Secundárias - Circuito Trifásico.......................................................................................41
2.7.4. Nomenclatura Atual: Cabos Multiplexados.......................................................................................44
2.8. Caminhamento da Rede Secundária..........................................................................................................48
2.9. Condutores......................................................................................................................................................48
2.10. Identificação dos Circuitos Primário e Secundário...............................................................................48
2.11. Transformadores de Distribuição............................................................................................................49
2.11.1. Potência Nominal..............................................................................................................................49
2.11.2. Dimensionamento.............................................................................................................................49
2.12. Luminárias e Lâmpadas...........................................................................................................................50
2.12.1. Critérios Básicos...............................................................................................................................50
2.12.2. Níveis Mínimos de Iluminamento Horizontais..............................................................................50
2.12.3. Tipos de Lâmpadas..........................................................................................................................51
2.12.4. Tipos de Luminárias.........................................................................................................................53
2.12.5. Tipos de Comandos..........................................................................................................................53
2.13. Aterrramento...............................................................................................................................................53
2.13.1. Aterramento nos Equipamentos de Distribuição.........................................................................53
Exercícios..........................................................................................................................................................................54
UNIDADE III
Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão
3. Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão..............................................................................58
3.1. Critérios para a ligação em Média Tensão................................................................................................58
3.1.1. Ramal de ligação...................................................................................................................................58
3.1.2. Ponto de Entrega...................................................................................................................................58
3.1.3. Ramal de Entrada.................................................................................................................................58
3.2. Subestação Elétrica.......................................................................................................................................62
3.2.1. Tipos de Subestações Elétricas..........................................................................................................62
3.2.1.1. Subestação Aérea (ao Tempo)..................................................................................................62
3.2.1.2. Subestação Interna (Abrigada)..................................................................................................63
3.3. Fatores característicos da carga.................................................................................................................63
3.3.1. Determinação da demanda de potência............................................................................................66
3.4. Elementos de Entrada em Média Tensão..................................................................................................67
3.4.1. Pára-raios de linha................................................................................................................................683.4.2. Muflas Primárias....................................................................................................................................69
3.4.3. Chave Seccionadora Fusível...............................................................................................................70
3.4.4. Elo-fusível...............................................................................................................................................71
3.4.5. Cabo de Energia Isolado para 15 kV.................................................................................................72
3.4.6. Chave Seccionadora Primária.............................................................................................................73
3.4.7. Cubículo de Medição............................................................................................................................74
3.4.8. Transformadores de Corrente e Potencial........................................................................................74
3.4.8.1. Transformadores de Corrente (TC)...........................................................................................74
3.4.8.2. Transformadores de Potencial (TP)..........................................................................................76
3.4.9. Bucha de Passagem.............................................................................................................................76
3.4.10. Disjuntor de Potência.......................................................................................................................77
3.4.11. Transformadores de Força..............................................................................................................78
3.4.12. Quadro Geral de Cargas em Baixa Tensão.................................................................................81
UNIDADE IV
Proteção dos Sistemas Elétricos de Potência
4. Filosofia de Proteção...........................................................................................................................................82
4.1. Finalidade da Proteção.................................................................................................................................82
4.2. Requisitos da Proteção.................................................................................................................................82
4.3. Benefícios da Proteção.................................................................................................................................82
4.4. Correntes de Curto – circuito.......................................................................................................................83
4.5. Tipos de Curto-circuitos................................................................................................................................83
4.6. Dispositivos de Proteção em Média Tensão (Redes Primárias)............................................................84
4.6.1. Chaves Fusíveis....................................................................................................................................84
4.6.1.1. Tipos de Chave Fusível:..............................................................................................................85
4.6.1.2. Componentes da Chave Fusível................................................................................................85
4.6.1.3. Dimensionamento da Chave Fusível........................................................................................85
4.6.1.4. Elo Fusível.....................................................................................................................................86
4.6.1.5. Tipos de Elos Fusíveis.................................................................................................................86
4.6.1.6. Emprego de Elo Fusível para Proteção de Transformadores...............................................87
4.6.1.7. Dimensionamento de Elo Fusível para Proteção de Ramais................................................87
4.6.2. Religadores............................................................................................................................................90
4.6.2.1. Funcionamento do Religador......................................................................................................90
4.6.2.2. Operação do Religador................................................................................................................90
4.6.2.3. Instalação do Religador...............................................................................................................91
4.6.2.4. Constituição básica de um Religador........................................................................................91
4.6.2.5. Vantagens......................................................................................................................................91
4.6.2.6. Coordenação religador x elo fusível do lado da carga...........................................................91
4.6.3. Seccionalizador.....................................................................................................................................92
4.6.3.1. Funcionamento do seccionalizador...........................................................................................92
4.6.3.2. Esquema básico de ligação........................................................................................................93
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................................94
4
1. Sistema Elétrico
Um Sistema Elétrico, na sua concepção mais geral, é constituído pelos equipamentos e
materiais necessários para transportar a energia elétrica desde a fonte até os pontos em que ela é
utilizada. Sua representação pode ser feita utilizando uma diagramação multifilar ou unifilar.
Fig. 1.1 - Diagrama Unifilar de um Sistema de Potência
O sistema elétrico de potência se dividir em três etapas básicas, que são:
Etapas Básicas
- Geração Elétrica
- Transmissão Elétrica
- Distribuição Elétrica
5
Fig. 1.2 - Diagramação de um Sistema Elétrico de Potência
Fig. 1.3 - Fluxograma de um Sistema Elétrico de Potência
6
Geração de Energia Elétrica
A geração de energia elétrica pode ser realizada por meio de hidrelétricas, utilizando o
potencial das águas, aproveitando a energia térmica de algum combustível (geração termelétrica),
ou até mesmo fontes de energia renováveis na natureza, com o vento e o sol (geração eólica e
solar respectivamente). No Brasil o uso de energia proveniente das hidrelétricas responde pela
maior parte da demanda energética do país. De acordo com o Sistema de Informações de
Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica SIGA-ANEEL, disponível em sua página da
web, a participação das fontes de geração de energia elétrica na matriz energética brasileira se
encontram distribuídas conforme tabela apresentado abaixo:
Tabela 1: Matriz Elétrica Brasileira
Fonte: SIGA – ANEEL, acessado em 20 de Novembro de 2021, disponível em: https://bit.ly/2IGf4Q0
As siglas apresentadas na primeira coluna da Tabela 1 significam:
 UHE: Usina Hidroelétrica
 UTE: Usina Termoelétrica
 EOL: Usina Eólica
 PCH: Pequenas Centrais Hidrelétricas
 UFV: Usina Fotovoltaica
 UTN: Usina Termonuclear
 CGH: Centrais Geradoras Hidrelétricas
Como é possível notar, a fonte hidráulica, aquela que aproveita o potencial do movimento
das águas de um rio, é predominante na matriz elétrica brasileira. A fonte hidráulica, juntamente
com a fonte térmica, responde por aproximadamente 85% da capacidade instalada de geração do
Brasil, isso torna o Sistema Elétrico Brasileiro com uma característica que podemos denominar de
Hidrotérmica. Contudo, principalmente na última década, a fonte eólica vem ganhando destaque
no cenário elétriconacional, correspondendo hoje a 11% desta matriz.
https://bit.ly/2IGf4Q0
7
Fonte Hidráulica - Usinas Hidrelétricas (UHE, PCH e CGH)
Provavelmente a forma mais antiga de conversão de energia é a utilização da potência
hídrica. Nas usinas hidrelétricas a energia é obtida livre de qualquer custo, apesar do custo inicial
da instalação ser de sobremodo elevado, devido principalmente às vultuosas obras de engenharia
civil.
Com relação à preservação do meio ambiente, a obra de uma usina hidrelétrica é um
processo que agride bastante o meio ambiente, tendo em vista que uma área considerável será
alagada para obter a formação de um grande reservatório de água. Porém, o processo de geração
de energia elétrica em si não traz impactos ao meio ambiente pois este processo não emite gases
tóxicos para a atmosfera e também não emite dejetos oriundos de seu processo de geração.
Como já visto no tópico anterior, O Brasil é um país rico em usinas desse tipo. Atualmente,
as maiores usinas hidrelétricas do mundo com suas capacidades de geração são as seguintes:
1. Três Gargantas – China – 22.500 MW
2. Itaipu – Brasil/Paraguai – 14.000 MW
3. Xiluodu – China – 13.860 MW
4. Belo Monte – Brasil – 11.233 MW
5. Guri – Venezuela – 10.200 MW
A usina de Itaipu já foi considerada a maior usina hidrelétrica do mundo, quando foi
finalizada em 2012 a obra da usina de Três Gargantas na China e que durou 19 anos,
ultrapassando a usina de Itaipu. A usina de Três Gargantas foi construída no rio Yang-tsé, esta
usina tem capacidade de 22.500 MW e abastece nove províncias e duas cidades, incluindo
Xangai. A usina de Itaipu está localizada no Rio Paraná, na fronteira Brasil-Paraguai e tem
capacidade de 14.000 MW. Considerada uma usina binacional, sendo responsável por atender
quase 15% da demanda de energia brasileira e 93% do Paraguai, sua energia acumulada desde o
início de sua operação, em 1984, abasteceria o mundo por 43 dias. A usina de Xiloudu está
situada na província de Sichuan, na China, no curso superior do rio Jinsha (Yantze superior), a
terceira maior usina hidrelétrica do mundo foi concluída em 2014, com capacidade de gerar
13.860 MW. Fornece eletricidade principalmente para o leste e centro da China e também para
Sichuan e Yunnan. Em 4º lugar vem a usina de Belo Monte, considerada a maior hidrelétrica
100% brasileira, está localizada no rio Xingu, no Pará, entre os municípios de Altamira, Brasil
Novo e Vitória do Xingu, tem capacidade para gerar 11.233 MW de energia, a obra foi concebida a
fio d'água, tecnologia de preservação sustentável com o objetivo de reduzir o impacto ambiental.
A Hidrelétrica de Guri, localizada no Rio Caroni, na Venezuela, possui 7.426 metros de
comprimento e 162 metros de altura. Sua construção foi concluída em 1986, tem capacidade para
8
gerar 10.200 MW através de suas 20 turbinas, é responsável pelo abastecimento de energia de
toda a Venezuela.
Em uma usina hidrelétrica, a produção de energia elétrica depende da diferença de altura
entre a parte superior do reservatório de água da usina e o nível das turbinas. Essa diferença é
conhecida como altura de queda. A água caindo dessa altura adquire energia cinética que é
transferida às pás da turbina hidráulica, impulsionando um rotor que gira a uma determinada
velocidade, cortando os enrolamentos do estator do gerador, produzindo tensão elétrica entre os
terminais do mesmo. 
Fig. 1.4 – Modelo de uma usina hidrelétrica
9
Fig. 1.5 – Descida de um rotor de uma usina hidrelétrica
O gerador terá que girar o suficiente para produzir uma tensão elétrica com frequência de
60 ciclos por segundo, ou Hertz, que é a frequência adotada em todo o sistema elétrico brasileiro.
Quanto mais polos menos giros por segundo para se obter 60 Hertz. Assim, se um gerador
tem 4 polos, precisará girar a 1.800 rotações por minuto para criar uma tensão de 60 Hertz de
frequência. 
, onde:
F - valor da frequência em Hertz;
P - número de polos da máquina;
N - velocidade da máquina primária, rpm.
Acoplado ao eixo do gerador está uma turbina, que é uma máquina projetada para
suportar uma pressão mecânica e produzir um efeito cinético. 
Associados a essas várias alturas de quedas existem alguns tipos de turbinas
convenientes:
a) Turbinas Pelton
São adequadas para operar entre quedas de 350 m até 1100 m, sendo por isto muito mais
comum em países montanhosos. A Usina Hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza,
10
no Paraná, utiliza turbinas Pelton. Um dos maiores problemas destas turbinas, devido à alta
velocidade com que a água se choca com o rotor, é a erosão provocada pelo efeito abrasivo da
areia misturada com a água, comum em rios de montanhas. Um dos maiores problemas destas
turbinas, devido à alta velocidade com que a água se choca com o rotor, é a erosão provocada
pelo efeito abrasivo da areia misturada com a água, comum em rios de montanhas.
Fig. 1.6 – Turbina Pelton
b) Turbinas Francis
 
São adequadas para operar entre quedas de 40 m até 400 m. A Usina hidrelétrica de Itaipu
assim como a Usina hidrelétrica de Tucuruí, Furnas e outras no Brasil funcionam com turbinas tipo
Francis com cerca de 100 m de queda d' água.
Fig. 1.7 – Turbina Francis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Furnas_Centrais_El%C3%A9tricas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_hidrel%C3%A9trica_de_Tucuru%C3%AD
http://pt.wikipedia.org/wiki/Itaipu
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1e/TurbinaPelton.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:GeradorWestingHouse.jpg
11
c) Turbinas Kaplan
São adequadas para operar entre quedas até 60 m. A única diferença entre as turbinas
Kaplan e a Francis é o rotor. Este se assemelha a um propulsor de navio (similar a uma hélice).
Um servomotor montado normalmente dentro do cubo do rotor é responsável pela variação do
ângulo de inclinação das pás.
 
Fig. 1.8.a – Turbina Kaplan
Fig. 1.8.b – Turbina Kaplan
12
 
Fig. 1.8.c e d – Descidas de Turbinas Kaplan
Por motivos técnico-econômicos os geradores de energia elétrica, por maiores que sejam,
são projetados para gerar tensões de até no máximo 25 kV. Outro fato é que as usinas
hidroelétricas são construídas longe dos grandes centros consumidores, o que implica em
transmitir a energia elétrica a longas distâncias.
Fonte Térmica - Usina Termelétricas (UTE)
Os ciclos mais desenvolvidos para geração termelétrica são: caldeira geradora de vapor e
turbogerador a vapor, motogerador com o ciclo diesel, em geral com óleos pesados, óleo diesel ou
gás natural e turbogerador a gás, em geral com óleos leves ou gás natural. O fluido que irá mover
a turbina é o vapor produzido numa caldeira de pressão. Uma caldeira vem a ser um equipamento
composto de tubos d’água em todo o seu perímetro, formando o que se chama de parede d’água.
No interior da caldeira, ladeada pelas paredes d’água, há a zona de combustão ou fornalha, onde
o combustível queimará e assim aquecerá a água no interior dos tubos da parede d’água. Este
vapor será coletado no topo da caldeira, num equipamento chamado tambor e através de
tubulações será conduzido até a turbina. O vapor sob alta pressão e temperatura se expandirá e
movimentará as palhetas da turbina.
13
Fig. 1.10 - Usina Térmelétrica 
a) Turbinas a Vapor
A combustão de carvão ou a queima de óleo em caldeiras produz vapor a alta temperatura
e pressão, que vai acionar turbinas a vapor. O óleo apresenta a vantagem de poder ser
bombeado, através de um oleoduto, diretamente da refinaria à caldeira da usina termelétrica.
Fig. 1.11 – Turbina a vapor
14
b) Turbinas a Gás
A utilização de turbinas a gás como motores primários tem algumas vantagens sobre as
turbinas a vapor. Em operação normal, entretanto, são menos econômicas. Sua principal
vantagem reside na capacidade de partir e tomar carga rapidamente.Assim, as turbinas a gás
estão sendo introduzidas no sistema como um método para atender aos picos de carga. Hoje o
mercado de térmicas, utilizando gás natural, está em ampla expansão, sendo indispensável para a
sustentação do setor energético brasileiro.
Fig. 1.12 - Turbina a gás GE série H, para geração elétrica, de potência de 480 MW.
Fonte Nuclear - Usina Nuclear ou Termonuclear (UTN)
Em uma usina nuclear, um reator nuclear controlado substitui a caldeira tradicional como
fonte de calor. O calor liberado no processo de fissão é levado, através de um refrigerante
primário, a um gerador de vapor que é essencialmente um trocador de calor. O vapor é então
usado na produção de eletricidade.
O vapor é produzido num vaso de pressão chamado gerador de vapor, que é aquecido
indiretamente pela água que resfria um reator nuclear. No reator se processa uma reação de
fissão decorrente do choque de nêutrons com o núcleo de átomos de urânio que se partem
provocando uma grande liberação de energia térmica. Este sistema, chamado de primário, fica a
alta pressão e temperatura, sendo que uma bomba faz o resfriamento do interior do reator por
fazer esta água circular de onde se processa a reação nuclear até o gerador de vapor onde esta
água cede energia térmica por condução, através dos vários tubos em que se bifurca a linha de
http://pt.wikipedia.org/wiki/Megawatt
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:GE_H_series_Gas_Turbine.jpg%00%E5%A1%B9%EF%92%81%E1%B4%BB%E4%A1%BF%E2%B2%AF%E5%B6%82%E8%97%84%E6%8C%A7%00%00%EA%AE%A5
15
resfriamento do reator para aumentar a área de transferência. A água do gerador de vapor, que é
o sistema secundário, se aquece até vaporizar-se. Este vapor movimentará a turbina.
Fig. 1.13 – Usina Nuclear
Fonte Eólica - Usinas Eólicas, Parques Eólicos ou Complexo Eólico (EOL)
As Usinas Eólicas aproveitam a força da velocidade dos ventos para gerar eletricidade.
São grandes hélices (como cata-ventos gigantes) instaladas em altas torres ou em locais altos.
Esses locais devem ser privilegiados do ponto de vista de ventos. É necessário que haja vento, de
preferência fortes, o tempo todo. No dia em que não tiver vento não será possível a geração de
energia elétrica. A grande vantagem da usina eólica é que não existe nenhum tipo de poluição. 
16
Fig. 1.14 – Usina Eólica
Fig. 1.15 – Funcionamento de um aerogerador
17
Fonte Solar - Usina Solar Fotovoltaica
As usinas solares, na sua concepção mais simples, é considerada como sendo uma
grande central geradora elétrica que utiliza várias placas fotovoltaicas para, de forma direta,
transformar a luz do sol em eletricidade e enviá-la aos centros urbanos por meio de linhas de
transmissão. Também são conhecidas como complexo solar ou parque solar, 
Transmissão de Energia Elétrica
Por Transmissão de Energia Elétrica está normalmente implícito o grosso da transferência
de energia pelas linhas de alta tensão, entre os principais centros de carga.
Historicamente o suprimento de energia elétrica iniciou-se pelo emprego da corrente
contínua. Posteriormente, a maior flexibilidade oferecida pela corrente alternada, permitindo gerar
uma tensão, transmitir em outra e ainda distribuir em outro nível, fez com que esta passasse a ser
utilizada com maior intensidade. A adoção do motor de gaiola, simples, robusto e confiável, peça
essencial na indústria, foi também um fator decisivo na adoção universal do suprimento de energia
elétrica em corrente alternada. Surgiram assim as primeiras linhas de transmissão, evoluindo no
nível de tensão e capacidade de transmissão à medida que o desenvolvimento científico e
tecnológico permitia um conhecimento cada vez maior dos fenômenos elétricos de transporte de
energia.
Fig. 1.16 – Linhas de transmissão de energia elétrica
Para que seja economicamente viável a tensão gerada nas usinas deverá ser elevadas,
para poder ser transmitida através de cabos condutores até o centro de carga (cidades). Este
processo é feito dentro de subestações elevadoras, situadas próximas da geração, sendo os
níveis de tensões na saída da subestação extremamente elevados, mas com menores valores de
18
corrente. Isto devido ao transformador, equipamento indispensável nos circuito com corrente
alternada. Os níveis de tensão de transmissão mais usuais são de 138 kV, 230 kV, 345 kV, 500
kV e 750 kV em corrente alternada.
Fig. 1.17 – Subestação elevadora de tensão
 Em sistemas de grande porte, é usual a interligação entre sistemas, formando uma rede.
O número de interligações aumenta a confiabilidade do sistema, porém aumentando a
complexidade. A interligação pode tanto contribuir para o suprimento de energia quanto para a
propagação de falhas do sistema: um problema que ocorra em um ponto da rede pode afundar a
tensão nos pontos a sua volta e acelerar os geradores, sendo necessário o desligamento de
vários pontos, incluindo centros consumidores, havendo o aparecimento de apagões ou blecautes.
O aumento na capacidade de transmissão, à medida que se eleva o nível de tensão, é
realçado pelo tamanho físico das estruturas, ou seja, uma linha de 765 kV carrega o equivalente a
30 linhas de 138 kV, com uma estrutura de transmissão mais ou menos o dobro da estrutura de
138 kV.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Apag%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Confiabilidade
19
Fig. 1.18 – Comparação entre estruturas de transmissão
Componentes de um Sistema de Transmissão
a) Cabos Condutores
Através dos cabos condutores realiza-se o processo de transmissão de energia elétrica
em uma LT.
Características de um cabo ideal:
 Alta condutividade elétrica;
 Boa resistência mecânica;
 Resistir bem às intempéries;
 Custo não elevado.
b) Material dos Condutores - Em linha de transmissão são utilizados, normalmente, cabos
condutores com fio de Alumínio dispostos em camadas com ou sem alma de aço.
b.1) Cabos ACSR (Aluminium Conductor Steel Reinforced) ou CAA - Cabo de Alumínio
reforçado por um núcleo de aço. Estes cabos são representados utilizando nomes de aves
em Inglês
Fig. 1.19 - Cabo CAA Penguin (1 fio de Fig.1.20 - Cabo CAA Grosbeak ( 7 fios de
20
aço + 6 de Alumínio) aço + 26 fios de Alumínio)
b.2) Cabos CA - Cabos que possuem apenas fios de alumínio encordoados. Estes cabos são
representados utilizando nomes de flores em Inglês. Ex.: Cabo CA Tulip (19 fios de
Alumínio).
b.3) Seção Nominal dos Condutores - A especificação dos cabos dos cabos nus de alumínio
é feita em AWG.
FIOS E CABOS PADRÃO AWG / MCM
American Wire Gauge e 1000 Circular Mils (1 mil = .0254 mm)
FIOS E CABOS
PADRÃO MÉTRICO
Bitola
Diâmetro
aproximado 
[mm]
Seção
aproximada 
[mm²]
Resistência
aproximada1
[ohm/m]
Corrente
máxima2
[A]
Seção
nominal
[mm²]
Corrente
máxima2
[A]
14 AWG 1,6 2,1 0,0083 16 1,5 15
12 AWG 2,0 3,3 0,0052 22 2,5 21
10 AWG 2,6 5,3 0,0033 35 4 28
8 AWG 3,3 8,4 0,0021 50 6 36
6 AWG 4,1 13 0,0013 62 10 50
4 AWG 5,2 21 0,00082 70 16 68
2 AWG 6,5 34 0,00051 90 25 89
1 AWG 7,4 42 0,00041 110 35 111
1/0 AWG 8,2 54 0,00032 130 50 134
3/0 AWG 10,4 85 0,00021 190 70 171
4/0 AWG 11,7 107 0,00016 210 95 207
300 MCM 13,8 150 - 250 120 240
400 MCM 15,4 185 - 300 185 310
600 MCM 19,5 300 - 380 240 365
800 MCM 22,6 400 - 450 300 420
1000MCM 25,2 500 - 480 400 500
- - - - - 500
Tabela 1 – Seção nominal dos cabos de alumínio
c) Isoladores - Ligam os cabos condutores isolando-os eletricamente da estrutura de
transmissão, servindo, também, como resistência as solicitações mecânicas e elétricas dos
cabos condutores. O desempenho de uma linha de transmissão está diretamente
relacionado com os seus isoladores.
Tipos:  Isoladores de Pino - usado até tensões de 69 kV.
21
 Isoladores de Suspensão.- para tensões acima de 69 kV.
Os materiais normalmente utilizados na fabricação de isoladores são: Porcelana
Vitrificada,Vidro Temperado, Fibra de Vidro (Poliméricos) e Resinas Sintéticas (Poliméricos). A
medida que os níveis de tensão são elevados o tamanho do isolador aumenta e o número de
isoladores por cadeia também.
As cadeias de isoladores garantem a isolação da estrutura, e se rompida por
motivos naturais (poluição e corrosão) ou vandalismo, comprometem a estabilidade do
circuito, obrigando as proteções a atuarem e paralisando o fornecimento de energia.
Fig. 1.21 – Cadeia de isoladores para 230 kV
Fig. 1.22 – Coluna de isoladores em uma
torre. Os anéis próximos aos cabos e nas
ferragens dos isoladores são usados para
uniformizar o campo elétrico, reduzindo o
efeito corona.
d) Estruturas das linhas aéreas de transmissão
Tem como objetivo sustentar os cabos condutores e elementos associados, como
isoladores, ferragens e cabos para-raios.
As linhas de transmissão de energia elétrica constam fundamentalmente de duas partes:
 Parte Ativa - cabos condutores que são os agentes do transporte de energia;
 Parte Passiva - isoladores, ferragens e estruturas, que assegura o afastamento dos
condutores do solo e entre si;
 Elementos Acessórios - cabos para-raios e aterramentos que servem para proteção dos
condutores.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_corona
22
Obs.: Cabos Para-raios - ocupam a parte superior das estruturas e se destinam a interceptar
descargas de origem atmosférica e descarregá-las para o solo, evitando que causem danos e
interrupções nos sistemas.
Fig. 1.23 - Estruturas auto-portantes - transmite todos os esforços diretamente para as suas
fundações.
Cross Rope Raquete
Fig. 1.24 - Estruturas Estaiadas - parte das solicitações são absorvidas pelos estais e a
outra pelas fundações.
23
Distribuição de Energia Elétrica
A distribuição é a etapa desenvolvida, via de regra, nos centros consumidores. As linhas
de subtransmissão alimentam subestações abaixadoras, geralmente situadas nos centros
urbanos, delas partem as linhas de distribuição primária. Cada povoado, ou conjunto de bairros
terá sua subestação de distribuição cujo porte fica frequentemente na faixa de 5 MVA a 100 MVA.
Destas subestações emergem os alimentadores primários que com capacidade de 2 a 10 MVA
atendendo os consumidores primários (médias indústrias, centros comerciais, etc.) e suprindo as
subestações transformadoras que abaixam a tensão primária (34,5 kV, 13,8 kV) para a tensão de
distribuição secundária (380 V, 220 V ou 127 V). Onde são conectados a maioria dos
consumidores residenciais, comerciais e serviços públicos.
Redes Primárias
Os circuitos primários operam usualmente em 13,8 kV carregando blocos de potência de
alguns MVA’s através de distâncias da ordem de quilômetros. Ao longo do percurso vão sendo
alimentados consumidores dessa tensão e estações transformadoras de distribuição secundária.
Fig. 1.25 – Sistema de distribuição primário
24
1.3.1.1. Redes Primárias Aéreas
a) Rede Primária Radial
O tipo mais simples é a rede radial que evolui em forma de árvore, cujo o tronco é
chamado de alimentador principal ou tronco e aos demais ramos de ramais ou laterais.
Evidentemente a confiabilidade desse arranjo é baixa, pois apesar de haver chaves com fusíveis
nas derivações dos ramais, um defeito na rede pode tirar todo o alimentador de serviço.
Fig. 1.26 – Rede Primária Radial
b) Rede Primária em Anel Aberto
Utilizando-se de conexões opcionais de alguns pontos do alimentador principal a circuitos
vizinhos, através de seccionadoras ou chaves a óleo é possível um intercâmbio de cargas em
situações de contingência. Evidentemente, dependendo da localização do defeito haverá
interrupção em áreas restritas, como: ramais, segmento do tronco que contém o defeito
compreendido entre duas chaves de manobra.
Fig. 1.27 – Rede Primária em Anel Aberto
25
Redes Secundárias
As redes secundárias são predominantemente radiais, à menos do caso de zonas de alta
densidade de carga nos quais se opta pelo sistema de distribuição subterrânea. Este caráter radial
advém do fato que a rede secundária é responsável por uma parcela pequena de carga (5 kVA a
100 kVA) o que também não justifica proteções mais complicadas da que fusíveis no primário do
transformador da estação a ela associada. As redes secundárias radiais podem ser monofásicas
ou trifásicas, com ou sem neutro conforme sejam as conexões do secundário do transformador de
distribuição.
Fig. 1.28 – Sistema de distribuição primário e secundário
26
2. Projeto de uma Rede de Distribuição de Energia
As definições a seguir foram retiradas de algumas normas das concessionárias do
grupo Neoenergia:
a) Área urbana - Definido de acordo com o sistema de cadastro centralizado da distribuidora.
b) Aterramento Temporário - Ligação elétrica efetiva, confiável, adequada e intencional à
terra, destinada a garantir a equipotencialidade, mantida continuamente durante a intervenção
na instalação elétrica.
c) Banco de Capacitor - Dispositivo capaz de gerar um fluxo de energia elétrica reativa
capacitiva, ou seja, com fase oposta à energia reativa dos dispositivos indutivos, diminuindo os
valores de perdas e de queda de tensão no sistema elétrico de distribuição.
d) Banco Regulador de Tensão – Conjunto de reguladores de tensão interligados de modo
a funcionar como uma unidade reguladora.
e) Cabo Coberto - Cabo dotado de cobertura protetora extrudada de material polimérico,
visando à redução da corrente de fuga em caso de contato acidental do cabo com objetos
aterrados e diminuição do espaçamento entre condutores.
f) Cabos Isolados Multiplexados de BT - Cabo de potência multiplexado autossustentado,
constituído por três condutores-fase de alumínio de seção compactada, com isolação sólida
extrudada de polietileno reticulado (XLPE), nas cores preto, cinza e vermelho, classe de
tensão 0,6/1 kV, dispostos helicoidalmente em torno de um condutor neutro em liga de
alumínio isolado (XLPE) utilizados em redes aéreas secundárias.
g) Cabos Isolados Multiplexados de MT - Cabo de potência multiplexado autossustentado,
constituído por três condutores fase, isolados e blindados, com cobertura, reunidos ao redor de
um elemento de sustentação para utilização em redes aéreas de distribuição de energia
elétrica até 15 kV, conforme ABNT NBR 9024.
h) Capacitor - Dispositivo de regulação e controle de reativo do sistema elétrico da
distribuição.
i) Chave Automática - Dispositivo de proteção contra sobrecorrente, automático, destinado
a abrir e religar uma ou mais vezes um circuito de corrente alternada, de acordo com uma
sequência determinada de operações.
j) Chave Religadora Fusível - Chave utilizada para proteção de equipamentos e ramais das
redes de distribuição de energia em ramais que alimentam núcleos rurais, visando a redução
de interrupções prolongadas motivadas por falhas transitórias.
k) Carga Instalada - Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na
unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts.
27
l) Demanda - Média das potências elétricas instantâneas solicitadas ao sistema elétrico
durante um período de tempo especificado.
m) Estrutura - Conjunto de peças de concreto e/ou ferro galvanizado que se destina a fixar e
sustentar os condutores de uma rede aérea de distribuição.
n) Extensão de Rede de Distribuição Primária - Novo circuito primário ou acréscimo de um
trecho de rede em tensão primária de distribuição, inclusive a adição de fases, construído a
partir de ponto da rede existente.
o) Extensão de Rede de Distribuição Secundária - Novo trecho de rede em tensão
secundária de distribuição construído a partir de ponto da rede existente.
p) Fator de Demanda - Razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo
especificado e a carga instalada na unidade consumidora.q) Ponto de Entrega - É a conexão do sistema elétrico da distribuidora com a unidade
consumidora, definindo o limite de responsabilidade da distribuidora.
r) Queda de Tensão Máxima - Diferença de tensão compreendida entre o barramento da
subestação e o ponto mais desfavorável onde se situa um transformador de distribuição ou um
consumidor primário.
s) Ramal de Ligação - Conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de
derivação da rede da Distribuidora e o ponto de entrega.
t) Rede de Distribuição Aérea Multiplexada de Baixa Tensão - Rede de baixa tensão que
opera com tensão máxima de 380 V, utilizando condutores encordoados, conhecidos
comercialmente como multiplexados.
u) Rede de Distribuição Compacta (RDC) - Rede de distribuição aérea de energia elétrica
com cabos cobertos fixados em espaçadores sustentados por cabo mensageiro, apresentando
uma configuração compacta.
v) Rede de Distribuição Rural (RDR) - Rede de distribuição de energia elétrica situada fora
do perímetro urbano de uma cidade, vila ou povoado.
w) Rede de Distribuição Urbana (RDU) - rede de distribuição do sistema de energia elétrica
das áreas urbanas e/ou suburbanas dos centros populacionais.
x) Rede Primária – Rede de média tensão de distribuição com tensões nominais de
operações de 11,9 kV, 13,8 kV e 34,5 kV.
y) Rede de Distribuição Aérea Multiplexada de Baixa Tensão - Rede de baixa tensão que
opera com tensão máxima de 380 V, utilizando condutores encordoados, conhecidos
comercialmente como multiplexados.
z) Regulador de Tensão - Equipamento em que a tensão é controlada em degraus, por meio
de derivações, sem interrupção do fornecimento de energia à carga.
aa) Religador Automático - Dispositivo de proteção contra sobrecorrente, automático,
destinado a abrir e religar uma ou mais vezes.
28
bb) Sistema de Distribuição - Sistema elétrico com tensão máxima de 36,2 kV que,
derivado do barramento secundário de uma subestação de distribuição, atinge os pontos de
consumo.
cc) Sistema Monofásico com Retorno pela Terra (MRT) - Rede primária provida de
um condutor fase cujo retorno da corrente é feito através do solo.
dd) Unidade Consumidora - Conjunto composto por instalações, ramal de entrada,
equipamentos elétricos, condutores e acessórios, incluída a subestação, quando do
fornecimento em tensão primária, caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em
apenas um ponto de entrega, com medição individualizada, correspondente a um único
consumidor e localizada em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas.
ee) Rede Primária - rede de média tensão com tensão nominal de operação de 13,8
kV.
ff) Rede Secundária Multiplexada - rede de baixa tensão, operando com tensão máxima de
380 V, utilizando condutores encordoados, conhecidos comercialmente como multiplexados.
Fig. 2.1 – Rede de distribuição urbana
O projeto constará da utilização de postes de concreto, ou de fibra, com cruzeta tipo T, ou
cruzetas de beco, dispostos sobre a planta de uma localidade. Nesse projeto usaremos postes
primário e secundário, projetados, com seus respectivos condutores, transformadores e
luminárias. Obedecendo aos seguintes critérios:
29
Critérios para elaboração de projetos de Redes de Distribuição
• A rede de distribuição aérea deve ser projetada em conformidade com as normas
ABNT NBR 15688:2009 e ABNT NBR 15992:2011.
• Os condutores devem ser escolhidos mediante estudo econômico que leve em
consideração: densidade e crescimento da carga, capacidade de transporte de
energia, características da área, perdas técnicas, reaproveitamento dos padrões e
agressividade da atmosfera.
• Os isoladores devem ser escolhidos de acordo com as características da estrutura, da
rede e da área a qual estarão inseridos.
• Os postes de seção circular serão utilizados apenas para iluminação pública especial.
• Postes de 9 metros deverão ser utilizados com estruturas de rede secundária, não
havendo previsão de instalação de rede primária.
• Postes de 11 ou 12 metros deverão ser utilizados com estruturas de rede primária ou
secundária com previsão de instalação da primária.
• Postes de 12 metros serão utilizados para execução de derivação e instalação de
equipamentos.
• Profundidade de engastamento: m, sendo L = comp. do poste.
Critérios de Locação dos Postes
 Nas áreas urbanas a locação dos postes deverá determinar vãos de até 40 metros.
 Em casos especiais poder-se-á projetar vãos de até 50 metros que é o máximo vão
permitido para o espaçamento vertical do circuito secundário de 0,20 metros.
 Nos casos onde existir somente rede primária poderão ser utilizados, inicialmente, vãos
de até 80 metros, prevendo-se futura intercalação de postes.
 No cruzamento de ruas, os postes que formam o vão de travessia deverão distar de 4 a
10 metros do alinhamento dos terrenos, salvaguardando os casos em que as condições
não permitam o afastamento acima.
 Os postes deverão ser locados preferencialmente nas divisas dos lotes e de forma a
evitar entradas de garagem, pátios de postos de gasolina, praças públicas, portas de
armazéns, janelas de prédios, sacadas e marquises. Também deverão ser locados de
tal forma que o número máximo de consumidores por poste seja de 7 e o comprimento
do ramal, seja no máximo de 35 metros.
 Em ruas de até 20 metros de largura, incluindo o passeio, os postes deverão ser
locados sempre de um mesmo lado (disposição unilateral) observando-se a sequência
da rede existente.
30
Estruturas com os seus
circuitos elétricos
Distância entre os
postes (metros)
Altura
padrão
(metros)
Esforço das
estruturas (kgf)
Primária 80 11 e 12 600
Secundária 40 9 300
Primária e Secundária 40 11 e 12 600
Simbologia utilizada no Projeto de Distribuição de Energia
DESCRIÇÃO EXISTENTE PROJETADO
Poste de Concreto Duplo T - Primário
Poste de Concreto Duplo T - Secundário
Poste Circular de Concreto
Poste de Concreto Ornamental
Poste de Aço ____
Poste de Aço Ornamental ____
Poste de Madeira Circular
Circuito Primário
Circuito Secundário
Circuito Primário e Secundário em Poste
Primário
Encabeçamento Primário
Encabeçamento Secundário
Encabeçamento dos circuitos Primário e
Secundário
Seccionamento do circuito Primário
Seccionamento do circuito Secundário
Amarração e derivação do circuito primário
Amarração e derivação do circuito
secundário
Derivação do circuito Primário
Derivação do circuito Secundário
31
Circuito Primário com encabeçamento do
circuito secundário
Circuito secundário com
encabeçamento do circuito Primário
Cruzamento Secundário com ligação
Cruzamento Secundário sem ligação
Cruzamento Primário com Ligação
Cruzamento Primário sem Ligação
Aterramento
Estai de âncora
Estai de poste
Estai de cruzeta
Pára-raio tipo válvula
Luminária incandescente - 100 W
Luminária Mista - 160 W
Luminária vapor de mercúrio - 125 W
Luminária vapor de mercúrio - 250 W
Luminária vapor de mercúrio - 400 W
Luminária Fluorescente
Luminária vapor de sódio - 70 W
32
Luminária vapor de sódio - 150 W
Relé fotoelétrico individual
Relé fotoelétrico de comando em grupo
Interruptor horário
Chave magnética
Transformador da empresa
Transformador particular
Transformador de cooperativa
Transformador da empresa em cabina
Transformador particular em cabina
Transformador de cooperativa em cabina
Chave fusível sem abertura em carga
Chave fusível com abertura com carga
Chave a óleo unipolar
Chave a óleo tripolar
Chave faca unipolar sem abertura em
carga
Chave faca unipolar com abertura em
carga
33
Chave faca tripolar sem abertura em carga
Chave faca tripolar com abertura em carga
Estruturas Primárias com condutores nus
Estrutura 
de 
alinhament
o reto e 
pequenos 
ângulos
Estrutura 
para 
aplicação 
em 
ângulos, 
sem 
ancoragem
34
Estrutura 
de fim de 
linha 
(encabeçame
nto)
Estrutura 
deamarração 
intermediári
a com 
ângulos
35
Estrutura 
de 
amarração 
intermediári
a com 
ângulos da 
até 120º
Estrutura 
com 
transformad
or
36
Estrutura 
fim de linha
com 
transformad
or
Estrutura 
de 
amarração 
intermediári
a com 
chave 
fusível
37
Estrutura 
de 
alinhament
o reto e 
chave 
fusível na 
derivação
Estruturas Primárias (Rede Compacta)
CE1
38
CE2
CE3
39
CE4
CE3-CE3
2.7. Caminhamento da Rede Primária
No traçado dos alimentadores deverão ser observados os seguintes critérios:
 O caminhamento deverá ser o mais próximo possível das concentrações de carga,
seguindo o sentido de crescimento da área.
 Seguir, preferencialmente, o lado não arborizado das ruas ou avenidas.
 As ruas ou avenidas escolhidas para o trajeto, deverão estar topograficamente
definidas e seu traçado aprovado pela Prefeitura Municipal.
 O traçado deve ser tal que evite a proximidade de sacadas e marquises, evitar ruas
de tráfego intenso, evitar o lado da rua onde estão instalados as redes de água e esgotos,
evitar a construção de pequenas derivações objetivando apenas locar um transformador
40
exatamente no centro da carga e o traçado deve permitir que se mantenha a configuração
radial da rede.
 Deverão ser evitadas mudanças constantes de direção perseguindo pequenas
concentrações de carga, como também, sempre que possível, circuitos duplos,
principalmente em áreas muito movimentadas.
 No caso de projeto de reformas, deve ser considerado o máximo aproveitamento
da rede existente.
 A rede primária com condutores nus de alumínio, por ser de menor custo, deve ser
projetada em caráter geral, sempre que não existam impedimentos à sua utilização.
 A rede de iluminação pública deverá ser projetada em circuito independente e
exclusivo com caminhamento abaixo da rede secundária.

Estruturas Secundárias
Características das Estruturas Secundárias:
a) Nomenclatura anterior
B - Baixa tensão.
A - Amarração.
D - derivação
2, 4 - Número de fios
Estruturas Secundárias com condutores nus - Circuito Monofásico
41
42
Estruturas Secundárias - Circuito Trifásico
43
44
45
Estruturas Secundárias – Rede de Cabos Multiplexados (Nomenclatura atual)
46
47
48
49
Caminhamento da Rede Secundária
No traçado da rede secundária deverão ser observados os seguintes critérios:
 A rede secundária principal (barramento dos transformadores de distribuição) deve
preferencialmente, ser implantada sob o tronco dos alimentadores primários.
 A rede secundária principal deverá ser instalada em ruas e avenidas de fácil acesso e
de maior densidade de carga.
 O traçado da rede deverá seguir, preferencialmente o lado não arborizado das ruas,
evitar a proximidade de sacadas e marquises, evitar o lado da rua onde estão
implantados as redes de água e esgoto e evitar a proximidade de redes telegráficas.
 Deve ser considerada a instalação da rede secundária dos dois lados da rua, sempre
que a largura desta for superior a 20 metros, incluindo os passeios.
 Quando o traçado da rede coincidir com o traçado da rede telefônica, devem ser
obedecidos os termos do contrato de uso mútuo de postes.
 No caso de projeto de reformas, deve ser considerado o máximo aproveitamento da
rede existente.
 A rede de iluminação pública deverá ser projetada em circuito independente e exclusivo
com caminhamento abaixo da rede secundária.
Condutores
Em projetos de RDU devem ser utilizados condutores, conforme tabela abaixo:
TIPO DE REDE TIPO DE CONDUTORES MATERIAL DESCRIÇÃO
Rede Primária Nus Alumínio 1/0 CAA, 4/0 CAA e 336,4 CA
Rede Primária Nus Cobre 35mm2, 70mm2 e 120mm2
Secundária Multiplexada isolados para 1 kV Alumínio 35mm2, 70mm2 e 120mm2
Identificação dos Circuitos Primário e Secundário 
50
Circuito Projetado Circuito Existente Tipo do Condutor
Secundário Secundário
CA – s/ alma de aço
Primário Primário
CAA – c/ alma de aço
Transformadores de Distribuição
Potência Nominal
Recomenda-se que as potências nominais, em kVA, dos transformadores trifásicos de
distribuição, tensão nominal de 13,8 kV, para postes, sejam padronizados em 15, 30, 45, 75 e
112,5 kVA.
Fig. 2.2 – Transformador de Distribuição
Dimensionamento
Os Transformadores serão dimensionados de forma a atender o crescimento da carga até
o ano 5, em função da taxa de crescimento da área, e de sorte até atingir naquele ano o seu
carregamento final (máximo), quando será substituído por outro de maior capacidade ou
promover-se-á a sub - divisão da área de influência. Desta forma recomenda-se o
dimensionamento inicial de transformadores de:
 15 kVA - áreas de consumidores tipo A .
 30 kVA - áreas de consumidores tipo B.
51
 45 kVA - áreas de consumidores tipo C.
 75 kVA - áreas de consumidores tipo D.
a) Consumidores tipo A - Consumidores de poucos recursos cuja possibilidade de utilizar
eletrodomésticos são mínimas (no máximo ferro e rádio).
b) Consumidores tipo B - Consumidores cujas possibilidades de utilizar alguns aparelhos
eletrodomésticos razoáveis (radio, ferro, geladeira, chuveiro).
c) Consumidores tipo C - Consumidores com reais possibilidades de utilizar todos os
eletrodomésticos e no máximo dois chuveiros.
d) Consumidores tipo D - Consumidores que utilizam ou podem utilizar todos os
eletrodomésticos.
Obs.: somente poderão ser instalados para-raios tipo distribuição em transformadores com
potência nominal acima de 45 kVA.
CONDUTORES DA REDE SECUNDÁRIA
POTÊNCIA DO TRAFO CONDUTOR DA FASE CONDUTOR DO NEUTRO
15 3 X 35 mm2 1 X 35 mm2
30 3 X 35 mm2 1 X 35 mm2
45 3 X 70 mm2 1 X 70 mm2
75 3 X 70 mm2 1 X 70 mm2
112,5 3 X 120 mm2 1 X 70 mm2
Luminárias e Lâmpadas
Critérios Básicos
A fixação de níveis de iluminamento médio de uma rua é um dos pontos básicos de um
projeto de iluminação. A escolha deste nível é baseada em uma série de fatores tais como: a
importância do logradouro, o tráfego de veículos e o movimento de pedestres, além da obediência
aos valores de iluminamento recomendado pela ABNT.
52
Níveis Mínimos de Iluminamento Horizontais
Tráfego Motorizado
Trânsito de pedestres
Leve
(Lux)
Médio
(Lux)
Intenso
(Lux)
Leve 3 7,5 15
Médio 7,5 15 20
Intenso 15 20 25
Tipos de Lâmpadas
Com o objetivo de racionalizar investimentos e economizar energia, nos projetos de
iluminação pública, sem prejuízo dos níveis de iluminamento médios definidos para cada tipo de
via, recomenda-se a utilização dos seguintes tipos de lâmpadas:
Vapor de Sódio Vapor de Mercúrio
http://www.aluminosa.com.br/loja/fotos.asp?foto=imagens/produtos/271/V.%20DE%20S%C3%A0DIO%20DVSO-400%20-%20400W.jpg
53
Esquema de Ligação
Esquema de Ligação
Os projetos utilizando o padrão COSERN utilizaram a seguinte correspondência:
Padrão Atual Novo Padrão Desenho
VM 80 e 125 W VS 70 W
VM 250 W VS 150 W
54
VM 400 W VS 250 W
Tipos de Luminárias
Com a finalidade de proporcionar uma melhor uniformidade do fluxo luminoso da lâmpada
utilizada, recomenda-se o emprego dos seguintes tipos de luminárias:
 Luminária de alumínio estampada aberta, com acabamento interno anodizado.
 Luminária de alumínio estampada ou fundida, fechada com acabamento interno
anodizado.
Tipos de Comandos
a) Comando Individual - Consiste o sistema de apenas um relé fotoelétrico, ligado
diretamente ao secundário da distribuição, energizando ou desenergizando uma lâmpada.
b) Comando em Grupo - Consiste basicamente de uma célula fotoelétrica, que atua sobre
um relé auxiliar e qual comanda uma chave magnética energizando o circuito.
Aterrramento
 Todos os transformadores deverão ter seu ponto neutro e sua carcaça ligado à terra
através de uma mesma haste.
 Os pontos finais de cada circuito secundário também deverão ser aterrados através de
uma haste de terra.
Aterramento nos Equipamentos de Distribuição
 Transformadoresem sua carcaça.
 Chaves a óleo em sua carcaça.
55
 Seccionalizadores em sua carcaça.
 Regulador de tensão em sua carcaça.
 Chaves seccionalizadoras tripolares - na base desses equipamentos.
 Banco de capacitores - parte metálica das estruturas e quando a ligação deste exigir.
 Grupo de para-raios - a fim de completar a ligação normal.
56
Exercícios
1) Especifique as estruturas abaixo:
a)
b) 
57
c) 
58
d)
59
e)
60
3. Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão
O fornecimento de energia a um consumidor primário de distribuição é feito através de um
alimentador com tensão trifásica de 13,8 kV, onde o limite de potência instalada seja superior a 75
kW e igual ou inferior a 2500 kW, sendo necessária uma subestação abaixadora, instalada na
propriedade do consumidor, que deverá ser montada em postes ou construída sobre alvenaria.
Caso a potência instalada seja inferior a 75 kW, a concessionária fornecerá energia elétrica em
tensão secundária de 380/220 V, através de transformadores instalados em postes e localizados
nas ruas públicas. 
Critérios para a ligação em Média Tensão
Ramal de ligação
 Ser sempre aéreo;
 Partir do poste da rede da concessionária;
 Ter comprimento máximo de 40 metros na área urbana e 80 metros na área rural;
 Não cruzar terrenos de terceiros ou passar sobre área construída;
 Entrar preferencialmente pela frente da unidade de consumo e ser perfeitamente visível e
livre de obstáculos;
 Ser único para cada unidade de consumo;
 Não ser acessível através de janelas, sacadas, telhados, escadas, ou outros locais de
acesso de pessoas;
 Respeitar as posturas municipais, estaduais e federais; especialmente quando atravessar
logradouros públicos, rodovias e ferrovias;
 Altura mínima em relação ao solo de 12 metros para ferrovias, 8 metros para rodovias, 6
metros para ruas e avenidas e 5,5 metros para circulação de pedestres.
Ponto de Entrega
 Quando o prédio da subestação ou estrutura com transformador estiver localizado em
terreno situado em área urbana, o ponto de entrega será na primeira estrutura do consumidor
localizada em sua propriedade, podendo ser na própria parede da edificação da subestação.
Quando o ramal de entrada for subterrâneo partindo de poste de propriedade da concessionária, o
ponto de entrega será nos terminais (muflas) instalados no referido poste. 
Ramal de Entrada
 Ser instalado pelo consumidor;
 Não cruzar terrenos de terceiros ou passar sobre área construída;
61
 Não ser acessível através de janelas, sacadas, telhados, escadas, ou outros locais de
acesso de pessoas;
 O dimensionamento dos condutores deve ser feito levando em consideração a carga
instalada e a corrente de curto-circuito;
 Os condutores deverão ser instalados de forma a permitir as seguintes distâncias mínimas,
medidas na vertical, entre o condutor inferior e o solo: 6 metros para locais de trânsito ou
passagem de veículos e 5,5 metros para circulação de pedestres.
Fig. 3.1.a – Ponto de Entrega Aéreo – Subestação Abrigada
62
Fig. 3.1.b – Ponto de Entrega Aéreo – Subestação Abrigada
Fig. 3.2.a – Ponto de Entrega Aéreo – Subestação aérea
63
Fig. 3.2.b – Ponto de Entrega Aéreo – Subestação aérea
Fig. 3.3 – Ramal de Entrada Subterrâneo 
64
Subestação Elétrica
A subestação tem como finalidade transformar a energia elétrica recebida, sob certas
características e entregá-la, de forma conveniente, aos consumidores. Uma subestação
compreende equipamentos de manobra, de transformação, de conversão (modificação de tensão,
frequência e corrente) e de estrutura. Normalmente são subdivididas em três grupos principais:
primárias ou de transformação, secundárias ou de distribuição e industrial. As primárias destinam-
se apenas à transmissão de energia elétrica, enquanto que as secundárias são empregadas para
transformar, converter ou subdividir a energia a ser distribuída. As industriais são utilizadas para
transformar a energia do sistema de distribuição em energia sob condições de utilização direta
pelo consumidor.
Tipos de Subestações Elétricas
Subestação Aérea (ao Tempo)
Normalmente é montada em postes, ou plataformas ao ar livre, recebendo alimentação por
ramal de entrada aérea. Possui os dispositivos de proteção e controle instalados na própria
estrutura da subestação e sua limitação de potência é de até 225 kVA.
Fig. 3.4 – Subestação aérea – Transformador de 75 a 225 kVA
65
Subestação Interna (Abrigada)
Este tipo de subestação se localiza dentro de construção de alvenaria, de forma
independente ou fazendo parte da estrutura, satisfazendo os seguintes critérios:
 Acesso fácil para a manutenção e operação dentro da segurança necessária a essas
atividades;
 Proteção contra interferências externas;
 Proteção em tela metálica ou esquadria especial para as áreas de utilização;
O ramal de alimentação para essa subestação é de entrada subterrânea, através de dutos
e a sua limitação de potência é de 2500 kVA.
Fig. 3.5 – Subestação Abrigada
Fatores característicos da carga
1) Curva de carga ou demanda - É a associação de demanda com os tempos
correspondentes, num período especificado. Se o período é um dia, obtemos a curva diária de
carga.
66
Fig. 3.6 – Pontos importantes numa curva de carga
Sobre essa conceituação derivam:
a) Demanda Instantânea - É o valor da demanda quando o intervalo de demanda
tende a zero.
b) Demanda média - É a média aritmética das demandas em um intervalo de tempo
especificado (diária, mensal, anual, etc.).
c) Demanda máxima - É a maior demanda ocorrida num período especificado. É
função do período especificado e do intervalo de demanda.
d) Fator de demanda - É a relação entre a demanda máxima e a potência instalada.
Indica a fração da instalação que está sendo utilizada. É um número  1.
Tabela 3.1 – Fatores de demanda
Número de motores em
operação
Fator de demanda em %
1 – 10 70 - 80
11 – 20 60 – 70
21 – 50 55 – 60
51 – 100 50 – 60
Acima de 100 45 – 55
Tabela 3.2 – Fatores de demanda para iluminação e tomadas
Descrição Fator de demanda em %
Auditório, salões para exposição e 
semelhantes
100
Bancos, lojas e semelhantes 100
Clubes e semelhantes 100
Escolas e semelhantes 100 para os primeiros 12 kW e 50 para o 
67
que exceder
Escritório (edifícios de)
100 para os primeiros 20 kW e 70 para o 
que exceder
Garagens comerciais e semelhantes 100
Hospitais e semelhantes
40 para os primeiros 50 kW e 20 para o que
exceder
Hotéis e semelhantes
50 para os primeiros 20 kW - 40 para os 
seguintes 80 kW – 30 para o que exceder 
de 100 kW
Igrejas e semelhantes 100
Residências (apartamentos residenciais)
100 para os primeiros 10 kW - 35 para os 
seguintes 110 kW e 25 para o que exceder 
de 120 kW
Restaurante e semelhantes 100
e) Fator de carga - É a relação entre a demanda média e a demanda máxima. O fator de
carga é sempre  1.
f) Fator de simultaneidade - É a relação entre a demanda máxima de um conjunto de
cargas e a soma das demandas máximas individuais do mesmo conjunto de cargas, no
intervalo de tempo especificado. O fator de simultaneidade resulta da coincidência das
demandas máximas de algumas cargas, devido à natureza de sua operação O fator de
simultaneidade é sempre  1.
Tabela 3.3 – Fatores de simultaneidade
Aparelhos Número de Aparelhos
(cv) 2 4 5 8 10 15 20 50
Motores: ¾ a 2,5 0,85 0,80 0,75 0,70 0,60 0,55 0,50 0,40
Motores: 3 a 15 0,85 0,80 0,75 0,75 0,70 0,65 0,55 0,45
Motores : 20 a 40 0,80 0,80 0,80 0,75 0,65 0,60 0,60 0,50
Acima de 40 cv 0,90 0,80 0,70 0,70 0,65 0,65 0,65 0,60
Retificadores 0,90 0,90 0,85 0,80 0,75 0,70 0,70 0,70
Soldadores 0,45 0,45 0,45 0,40 0,40 0,30 0,30 0,30
Fornos resistivos 1 1 - - - - - -
Fornos de indução 1 1 - - - - - -
g) Fator de utilização – É o fator pelo qual deve ser multiplicada a potência nominal do
aparelho para se obter a potência média absorvida pelo mesmo, nas condiçõesde
utilização.
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Tabela 3.4 – Fatores de utilização
Aparelhos Fator de utilização
Motores: ¾ a 2,5 0,70
Motores: 3 a 15 0,83
Motores : 20 a 40 0,85
Acima de 40 cv 0,87
Retificadores 1
Soldadores 1
Fornos resistivos 1
Fornos de indução 1
Secadores, caldeiras, etc. 1
Determinação da demanda de potência
Cabe ao projetista a decisão sobre a previsão da demanda da instalação, a qual deve ser
tomada em função das características da carga e do tipo de operação da indústria.
Como regra geral, a determinação da demanda pode ser assim obtida:
a) Demanda dos aparelhos
Determina-se a demanda dos aparelhos individuais multiplicando-se a sua potência
nominal pelo fator de utilização. Deve-se, no entanto, considerar, no caso de motores, seus
respectivos fatores de serviço e rendimento.
b) Demanda dos quadros de distribuição parciais
É obtida somando-se as demandas individuais dos aparelhos e multiplicando-se o
resultado pelo respectivo fator de simultaneidade entre os aparelhos considerados.
c) Demanda do quadro de distribuição geral
É obtida somando-se as demandas concentradas nos quadros de distribuição e aplicando-
se o fator de simultaneidade adequado. Quando não for conhecido o fator com certa precisão,
adota-se o valor unitário.
Exemplo 1 – Utilizando os quadros de carga 1 e 2, determine as demandas dos CCM’s, QDL’s ,
QGF’s , os fatores de demanda global e a potência dos transformadores, para cada grupo de
carga.
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Exemplo 1 – Observe o quadro de carga abaixo
Quadro de Carga 1
N0 Tipo de carga Potência Rendimento
Fator de
potência
Quantidade
1 Motor de indução 30 cv 0,92 0,83 10
2 Motor de indução 50 cv 0,90 0,86 5
3 Motor de indução 75 cv 0,92 0,86 10
4 Lâmpadas incandescentes 100 W 1 1 52
5 Lâmpadas fluorescentes 40 W 1 0,95 150
Exemplo 2 – Observe o quadro de carga abaixo
Quadro de Carga 2
N0 Tipo de carga Potência Rendimento
Fator de
potência
Quantidade
1 Iluminação fluorescente 40 W 1 0,5 100
2 Tomadas 100 VA - 0,9 200
3 Motor do elevador 10 cv 0,90 0,85 2
4 Motor na Cozinha 2,5 cv 0,92 0,83 1
5 Outras cargas na cozinha 8 kW - - -
6 Laboratório 2,5 cv 0,92 0,83 1
7 Bomba d’água 7,5 cv 0,96 0,80 1
8 Ar condicionado central - bombas 115 cv 0,96 0,86 -
9 Ar condicionado central - chiller 117,5 kW - - 1
Elementos de Entrada em Média Tensão
O princípio de funcionamento de uma subestação pode ser resumido observando o
diagrama unifilar da fig. 11.1, que mostra a esquematização de uma subestação abrigada.
70
Fig. 3.7 – Diagrama Unifilar de uma Subestação Abaixadora
Pára-raios de linha
São construídos para a proteção da instalação contra descargas atmosféricas nas linhas
de distribuição. Os pára-raios de linha são instalados na estrutura mais próxima da subestação e
operam com surtos de tensão acima da nominal da linha. Estes surtos devem ser descarregados
para a terra. Os pára-raios comportam-se como se fosse constituído de dois eletrodos, isolados
entre si, e uma resistência variável com a tensão, ligada a terra. Esta resistência possui um
coeficiente negativo, diminuindo o seu valor com a tensão aplicada. Uma vez descarregado o
surto, em milésimo de segundo, a corrente residual devido à tensão da linha, é bloqueada pelo
rápido aumento da resistência.
Fig. 3.8 – Pára-raios de Corpo Polimérico
71
Na especificação de um pára-raios é necessário que se indique os seguintes elementos:
 Tensão nominal eficaz, em kV;
 Freqüência nominal;
 Máxima tensão disruptiva de impulso, em kV;
 Máxima tensão disruptiva à freqüência nominal, em kV;
 Corrente de descarga, em A. 
Tabela 3.5 – Características dos para-raios
Tensão
nominal
(kV)
Tensão
disruptiva a
freqüência
industrial
(kV)
Máxima tensão de descarga
(kV de crista)
Máxima tensão
disruptiva por
manobra (valor
de crista)
5000A 10000A
3 4,4 18 13 8,25
6 9 31 22,6 15,5
9 13,5 46 32,5 23,5
12 18 54 43 31
15 22,5 64 54 39
27 40,5 99 97 70
39 58,5 141 141 101
Muflas Primárias
A interligação entre o poste e a subestação abrigada com entrada subterrânea é feita
através de três cabos elétricos. Estes cabos são conectados ao sistema de distribuição através de
muflas, que são terminais de conexão que permitem ligações entre um cabo a um barramento, a
uma chave ou a outro cabo, preservando os valores de tensão de isolamento de linha.
Fig. 3.9 – Muflas com Isoladores
72
Fig. 3.10 – Vista Externa de uma Terminação Termocontrátil
Na especificação de uma mufla é necessário que se indique os seguintes elementos:
 Tipo da mufla: corpo de porcelana ou termocontrátil;
 Condutor isolado a ser conectado, em mm2 ;
 Terminal do condutor externo, em A;
 Tensão nominal eficaz, em kV
 Corrente nominal, em A;
 Tensão máxima de operação em kV;
 Tensão suportável de impulso, em kV;
 Uso (interno ou externo).
Chave Seccionadora Fusível
São dispositivos eletromecânicos que tem como função básica, interromper o circuito
elétrico quando da fusão do elo-fusível.
Componentes da chave fusível:
 Elo fusível;
 Cartucho ou canela;
 Isolador;
 Base ou dispositivo de fixação.
Na especificação de uma chave fusível é necessário que se indique os seguintes
elementos:
 Tensão nominal eficaz, em kV;
 Frequência nominal;
 Máxima tensão de operação, em kV;
 Tensão suportável de impulso (NBI), em kV;
 Corrente nominal, em A; 
73
 Capacidade de ruptura, em kA.
Fig. 3.11 – Chave Fusível Indicadora
Elo-fusível
É um componente da chave fusível que é sensível a um valor de corrente superior à sua
corrente admissível, o qual atinge o ponto de fusão em uma temperatura da ordem de 2300 C,
dando início ao processo de interrupção do circuito ao qual está ligado.
Fig. 3.12 – Tipos de Elos Fusíveis
Tabela 3.6 – Elos fusíveis para transformadores
Potência do Transformador
kVA
Elo Fusível
Chave Fusível
(A)
15 1 H 50
30 2 H 50
45 3 H 50
75 5 H 50
112,5 6 K 50
150 8 K 50
225 10 K 50
74
300 15 K 100
500 25 K 100
750 40 K 100
1000 50 K 100
Cabo de Energia Isolado para 15 kV
Atualmente, os cabos primários isolados mais comumente utilizados em instalações
elétricas industriais são os de cobre com isolação à base de PVC, de polietileno reticulado ou
ainda os de borracha etileno-propileno.
Os cabos isolados da classe de tensão de 15 kV são constituídos de um condutor metálico
revestido de uma camada de fita semicondutora por cima da qual é aplicada a isolação. Uma
segunda camada de fita semicondutora é aplicada à blindagem metálica que pode ser composta
de uma fita ou de fios elementares. Finalmente, o cabo é provido de uma capa externa de
borracha, normalmente de PVC.
Fig. 3.13 – Componentes de Cabo Unipolar da Classe de até 34 kV com Blindagem de Fios
Metálicos
Na especificação de um cabo de energia é necessário que se indique os seguintes
elementos:
 Seção quadrática, em mm2;
 Tipo do condutor: cobre ou alumínio;
 Tipo da isolação: PVC (cloreto de polivinila), XLPE (polietileno reticulado) e EPR
(etileno-propileno);
 Tensão nominal de isolação;
 Tensão suportável de impulso.
75
Tabela 3.7 – Ramal de entrada de alta tensão subterrâneo
Potência
Instalada
(kVA)
Bitola
(mm2)
Eletroduto -
Diâmetro (polegada)
Até 700 25 4”
701 a 1200 35 4”
1201 a 1700 50 4”
1701 a 2000 70 4”
2001 a 2500 120 4”
Chave Seccionadora Primária
Chave constituída de lâminas, unipolares ou tripolares, com possibilidade de desligamento
externo, por haste de comando, e destinada a interromper, de modo visível, um determinado
circuito. Devido a seu poder de interrupção ser praticamente nulo, devem ser operadas com o
circuito em vazio (somente tensão). Podem ser seccionadora interruptora, do tipo manual ou
automática, que são capazes de desconectar um circuito operando a plena carga.
Fig. 3.14 – Chave Seccionadora Trifásica
Na especificação de uma chave seccionadora primária é necessário que se indique os
seguintes elementos:
 Corrente nominal, emA;
 Tensão nominal, em kV;
 Tensão suportável a seco, em kV;
 Tensão suportável sob chuva, em kV;
 Tensão suportável de impulso, em kV;
 Uso (interno ou externo);
 Corrente de curta duração para efeito térmico, valor eficaz, em kA;
 Corrente de curta duração para efeito dinâmico, valor de pico, em kA;
 Tipo de acionamento (manual ou automática).
76
Cubículo de Medição
O cubículo de medição contém os medidores e dispositivos auxiliares, que controlam o
consumo e desempenho da energia em alta e baixa tensão. Os dados do consumo utilizados pela
concessionária, para efetuar a cobrança da energia por ela fornecida, são os seguintes:
 Potência ativa;
 Potência reativa;
 Fator de potência
A medida desses parâmetros é feita de forma indireta, com auxílio de transformadores de
potencial e de corrente, que evitam a conexão direta com alta tensão, isolando eletricamente da
linha os seus dispositivos de medida. Os medidores de energia antigos eram constituídos de duas
unidades: um medidor de kWh e outro de kVArh. Atualmente estas unidades estão sendo
substituídas por único medidor, que registra não só apenas as energias ativa e reativa, como
também outras variáveis de medida. Os medidores, transformadores de potencial e de corrente
destinados à medição são fornecidos e instalados pela concessionária, que continuará como
proprietária dos mesmos, cabendo ao consumidor sua guarda e responsabilidade pela
conservação dos selos de segurança.
Fig. 3.15 – Medidor de Energia Eletrônico
Transformadores para Instrumentos
Utilizados para baixar correntes ou tensões a valores usuais de medição por instrumentos
normais.
Transformadores de Corrente (TC)
Os transformadores de corrente estão divididos em dois tipos fundamentais:
transformadores de medição e transformadores para proteção. Os transformadores de corrente é
77
um equipamento capaz de reduzir a corrente que circula no seu primário para um valor inferior no
secundário. Os transformadores de corrente são constituídos de um enrolamento primário, feito,
normalmente de poucas espiras de cobre, um núcleo de ferro e um enrolamento secundário para
corrente nominal padronizada normalmente de 5 A.
Fig. 3.16 – Transformador de Corrente com chave de curto circuito no secundário
Cuidados devem ser tomados para não deixar em aberto os terminais secundários do TC,
quando da desconexão dos equipamentos de medida a eles ligados, pois, do contrário, surgirão
tensões elevadas no secundário, que danificarão o transformador de corrente e, também, levando
perigo as pessoas.
Os TCs podem ser classificados nos seguintes tipos, de acordo com a disposição do
enrolamento primário e a construção do núcleo.
 TC do tipo barra
 TC do tipo enrolado
 TC do tipo janela
 TC do tipo bucha
Fig. 3.17 – Transformador de Corrente do
Tipo Janela
Potência
Instalada (kVA)
Relação de
Transformação
 Até 150 5/5
151 a 300 10/5
301 a 450 15/5
451 a 600 20/5
601 a 900 30/5
901 a 1200 40/5
1201 a 1500 50/5
1501 a 2250 75/5
2251 a 2500 100/5
Tabela 3.8 – Transformadores de corrente
para medição em alta tensão,classe de
isolamento 15kV
78
Transformadores de Potencial (TP)
É um equipamento capaz de reduzir a tensão do circuito para níveis compatíveis com a
máxima suportável pelos aparelhos de medida. A tensão primária do TP é função da tensão
nominal do sistema elétrico ao qual está ligado, enquanto a tensão secundária é padronizada e
tem valor fixo de 115 V. Os TPs são construídos para serem ligados entre fases ou entre fase e
neutro ou terra, devem suportar uma sobretensão permanente de até 10%, sem que lhes ocorra
nenhum dano. São próprios para alimentar instrumentos como voltímetro, bobina de potencial de medidores de
energia.
Fig. 3.18 – Transformador de Potencial
Bucha de Passagem
São dispositivos constituídos de um isolador de louça e que servem para passar um
circuito aéreo de um cubículo fechado ao seu vizinho.
As buchas de passagem podem ser classificadas em:
a) Bucha de passagem para uso interno – interno e externo - interno
79
Fig. 3.19 – Bucha de passagem para uso
interno – interno
Fig. 3.20 - Bucha de passagem para uso
externo - interno
Fig. 3.21 – Aplicação de Buchas de
passagem para uso interno
Os seguintes elementos podem especificar uma bucha de passagem:
 Corrente nominal, em A;
 Tensão nominal, em kV;
 Tensão suportável a seco, em kV;
 Tensão suportável sob chuva, em kV;
 Tensão suportável de impulso, em kV;
 Uso (interno – interno ou externo – interno).
Disjuntor de Potência
É um equipamento destinado à manobra e a proteção de circuitos primários, capaz de
interromper grandes potências de curto-circuito durante a ocorrência de um defeito. Os disjuntores
estão sempre associados a relés, sem os quais não passariam de simples chaves com alto poder
de interrupção.
Entre os tipos mais conhecidos de disjuntores podem ser citados:
 Disjuntores a grande volume de óleo (pouco utilizado);
 Disjuntores a pequeno volume de óleo;
 Disjuntores a hexafluoreto de enxofre (SF6).
O princípio de interrupção dos disjuntores, em geral, está na absorção da energia que se
forma durante a abertura dos seus contatos. Uma parte do óleo em torno do arco se transforma
80
em gases, provocando uma elevada pressão na câmara hermeticamente fechada, proporcional ao
valor da corrente interrompida. Esta pressão gera um grande fluxo de óleo que é dirigido sobre o
arco, extinguindo-o e devolvendo a rigidez dielétrica ao meio isolante. Os disjuntores a pequeno
volume de óleo podem ser fabricados para montagem fixa ou extraível com operação de
fechamento manual ou automática.
Fig. 3.22 – Disjuntor a pequeno volume de
óleo
Fig. 3.23 – Disjuntor a pequeno volume de
óleo
No pedido de um disjuntor devem constar, no mínimo, as seguintes informações:
 Tensão nominal, em kV;
 Corrente nominal, em A;
 Capacidade de interrupção nominal, em kA;
 Freqüência nominal;
 Tempo de interrupção;
 Tipo de comando: manual ou motorizado;
 Tensão suportável de impulso, em kV;
 Acionamento frontal;
 Montagem: fixa ou extraível.
Transformadores de Força
O transformador de força se constitui no equipamento básico de uma subestação
abaixadora. Ele é o responsável pela modificação do valor de tensão do ramal de alimentação
(alta tensão) para os valores exigidos pela carga da subestação (baixa tensão). Nos
transformadores trifásicos, usados nas subestações abaixadoras, os enrolamentos (primário e
81
secundário) são feitos para circuitos trifásicos com configuração delta para o primário e estrela
aterrado para o secundário.
Fig. 3.24 – Transformador de Força
Devido aos valores de potência, que se desenvolvem nos enrolamentos, serem altos, o
aquecimento por perdas no cobre e no ferro é grande, obrigando o arrefecimento forçado do
transformador. Na maioria das vezes o arrefecimento nos transformadores de subestações
industriais é feita pela imersão dos seus enrolamentos em óleo mineral. Neste tipo de
arrefecimento, a circulação do óleo é feita pelo efeito de convecção e a troca de calor com o ar
ambiente é feita por tubulações externas.
As características específicas que permitem a classificação dos transformadores de força
quanto ao uso e aplicação já se encontram normalizados pela ABNT, onde destacamos:
 Transformador de potência, geralmente usado para transmissão ou distribuição de alta
potência (acima de 500 kVA).
 Transformador de Distribuição, usado para distribuição de potência das linhas de
transmissão para redes de consumo local, com potência inferior a 500 kVA.
A tabela abaixo mostra valores práticos de transformadores usados em subestações. Os
valores de impedância percentual e rendimento são dados importantes para a operação em
paralelo e para determinação das correntes de curto-circuito, usados no dimensionamento dos

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