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Fundamentos Históricos Serviço Social

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Prévia do material em texto

Flávio José Souza Silva
Samya Katiane Martins Pinheiro
FUNDAMENTOS DO SERVIÇO SOCIAL:
SIGNIFICADO SOCIAL DA PROFISSÃO NA
SOCIEDADE CAPITALISTA
© Universidade Positivo 2019
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido 
Curitiba-PR – CEP 81280-330
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. 
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Imagens de ícones/capa: © Thinkstock / © Shutterstock.
Presidente da Divisão de Ensino 
Reitor
Pró-Reitor 
Coordenação Geral de EAD
Coordenação de Metodologia e Tecnologia
Autoria
Parecer Técnico
Supervisão Editorial
Projeto Gráfico e Capa
Prof. Paulo Arns da Cunha
Prof. José Pio Martins
Prof. Carlos Longo
Prof. Everton Renaud
Profa. Roberta Galon Silva
Prof. Flávio José Souza Silva
Profa. Samya Katiane Martins Pinheiro 
Profa. Solange Fernandes
Felipe Guedes Antunes
Regiane Rosa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca da Universidade Positivo – Curitiba – PR
DTCOM – DIRECT TO COMPANY S/A
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
Sumário
CAPÍTULO 1 - O SERVIÇO SOCIAL RUMO 
A UM PROCESSO DE RENOVAÇÃO 10
Objetivos do capítulo 14
Tópicos de estudo 15
Contextualizando o cenário 15
1.1 Serviço social e a crítica às práticas assistencialistas 15
1.1.1 Ferramentas de ajuste social 16
1.1.2 O assistencialismo no lugar dos direitos sociais 19
1.2 As relações sociais como objeto profissional do assistente social e os 
novos atores sociais 20
1.2.1 Partidos políticos e as correlações de forças 21
1.2.2 Lutas sindicais e causas operárias 25
1.2.3 Movimento Sociais 26
1.3 Crise do Serviço Social “tradicional” na América Latina 28
1.3.1 Crise dos pactos políticos do pós-guerra 28
1.3.2 Novos protagonistas sócio-políticos 30
1.4 A crise do Serviço Social “tradicional” no Brasil 31
1.4.1 A erosão do Serviço Social tradicional 31
1.4.2 Processo de desenvolvimentismo e a polarização no interior da 
categoria profissional 32
Proposta de atividade 33
Recapitulando 34
Referências 34
CAPÍTULO 2 - O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO 
SOCIAL NA AMÉRICA LATINA E NO BRASIL 35
Objetivos do capítulo 36
Tópicos de estudo 36
Contextualizando o cenário 36
2.1 Contexto histórico na América Latina e as influências 
no Serviço Social 37
2.1.1 Estados Unidos e a ditadura militar na América Latina 38
2.1.2 Ditaduras latino-americanas 40
2.1.3 Impactos da ditadura no Serviço Social 42
2.2 Contexto social, político e econômico no Brasil dos anos 1960 43
2.2.1 1956-1961 – Juscelino Kubitschek 43
2.2.2 1961 – Jânio Quadros 45
2.2.3 1961-1964 – João Goulart 45
2.2.4 1964 – Golpe Militar 45
2.3 Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de 
Serviços Sociais (CBCISS) 46
2.3.1 CBCISS e Movimento de Reconceituação 48
2.3.2 Desenvolvimentismo e o CBCISS 49
2.3.3 Estruturalismo e CBCISS 51
2.4 Serviço Social e Reconceituação 52
2.4.1 Por que reconceituar? 53
2.4.2 Embates entre a categoria profissional 53
Proposta de atividade 54
Recapitulando 54
Referências 54
CAPÍTULO 3 - MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA NO 
SERVIÇO SOCIAL 55 
Objetivos do capítulo 56
Tópicos de estudo 56 
Contextualizando o cenário 56
3.1 Primeiro Seminário Regional Latino-americano de Serviço Social – 
Porto Alegre (1965) 56
3.1.1 Principais propostas 57
3.1.2 O retorno às referências teórico-metodológicas do pensamento 
estrutural-funcionalista 59
3.2 Encontros de Araxá (1967) 61
3.2.1 A perspectiva modernizadora 61
3.2.2 Síntese do documento de Araxá 62
3.3 Encontro de Teresópolis (1970) 64
3.3.1 Cristalização da perspectiva modernizadora 65
3.3.2 O documento de Teresópolis 66
3.4 Encontro de Sumaré (1978) e Alto da Boa Vista (1984) 68
3.4.1 Deslocamento da perspectiva modernizadora 68
3.4.2 Principais pontos dos documentos 69
Proposta de atividade 70
Recapitulando 70
Referências 71
CAPÍTULO 4 - O SERVIÇO SOCIAL E A 
TEORIA FENOMENOLÓGICA 72 
Objetivos do capítulo 73
Tópicos de estudo 73
Contextualizando o cenário 73
4.1 O pensamento filosófico da fenomenologia e a influência sobre o 
Serviço Social 74
4.1.1 Fenomenologia de Edmund Husserl e Martin Heidegger 74
4.1.2 Rebatimento da filosofia fenomenológica sobre o Serviço Social 76
4.2 Serviço Social e os principais conceitos da fenomenologia 76
4.2.1 O processo da consciência: “epoché” 77
4.2.2 Noesis e Noema 78
4.2.3 “Redução eidética” ou redução à ideia 79
4.2.4 Aplicação dos conceitos fenomenológicos em uma proposta de 
atuação para o Serviço Social 80
4.3 Autodeterminação como princípio do agir profissional em 
Serviço Social 82
4.3.1 Autodeterminação pela necessidade humana 83
4.3.2 Autodeterminação como conceito a ser aplicado pelo Serviço Social 83
4.3.3 Autodeterminação como valor humano 84
4.4 Inspirações fenomenológicas 85
4.4.1 O diálogo como proposta de ação para o Serviço Social 85
4.4.2 Conscientização e intencionalidade: estratégias para o agir profissional 86
Proposta de atividade 87
Recapitulando 87
Referências 87
CAPÍTULO 5 - PROCESSO DE REATUALIZAÇÃO DO 
CONSERVADORISMO NO SERVIÇO SOCIAL 88 
Objetivos do capítulo 89
Tópicos de estudo 89
Contextualizando o cenário 89
5.1 Principais ideias da fenomenologia relacionadas ao Serviço Social 89
5.1.1 Método Compreensivo 90
5.1.2 Atitude fenomenológica 90
5.1.3 Posicionamento fenomenológico no Serviço Social 91
5.2 Formulação de uma “nova proposta” ao Serviço Social 92
5.2.1 A influência de Creusa Capalbo na construção da proposta 93
5.2.2 A contribuição de Anna Augusta de Almeida 93
5.3 A “nova roupagem” do conservadorismo no Serviço Social 94
5.3.1 O recurso da fenomenologia segundo José Paulo Netto 94
5.3.2 Centralização na dinâmica individual 95
5.3.3 Crítica à fenomenologia construída pelos profissionais de Serviço Social 97
5.4 Proposta de metodologia fenomenológica para atuação 
do assistente social 97
5.4.1 A situação existência problematizada (SEP) 98
5.4.2 A pessoa cliente 99
5.4.3 O retorno reflexivo 100
Proposta de atividade 102
Recapitulando 102
Referências 102
CAPÍTULO 6 - O SERVIÇO SOCIAL E A INFLUÊNCIA DA TEORIA 
SOCIAL CRÍTICA 104 
Objetivos do capítulo 105
Tópicos de estudo 105
Contextualizando o cenário 105
6.1 A base de sustentação teórico-metodológica da teoria social crítica 106
6.1.1 Filósofo Karl Marx e o Serviço Social 106
6.1.2 Principais obras do filósofo Karl Marx e as contribuições para 
o Serviço Social 109
6.2 O Serviço Social e os principais conceitos da teoria de Karl Marx 110
6.2.1 As classes em luta e o trabalho do assistente social 112
6.2.2 Noções básicas de economia política: embasamento teórico para 
o assistente social 113
6.3 O Serviço Social e os principais conceitos do Materialismo Histórico 114
6.3.1 As relações sociais e o determinismo econômico 115
6.3.2 Teoria do ser social aplicada ao Serviço Social 115
6.4 Método crítico dialético: saber imprescindível para 
o agir profissional 116
6.4.1 O movimento eterno da matéria 117
6.4.2 As relações de contradição 117
6.4.3 A superação da aparência e a busca da essência 118
6.4.4 O movimento espiral e a mudança por superação 118
Proposta de atividade 119
Recapitulando 119
Referências 120
CAPÍTULO 7 - INTENÇÃO DE RUPTURA NO SERVIÇO SOCIAL 121 
Objetivos do capítulo 122
Tópicos de estudo 122
Contextualizando o cenário 122
7.1 Principais ideias da fenomenologia relacionadas ao Serviço Social 122
7.1.1 Conceito 123
7.1.2 Intenção de ruptura e universidade 124
7.2 Cenário brasileiro no contexto da Intenção de Ruptura 125
7.2.1 Bases sociopolíticas da perspectiva da Intenção de Ruptura 125
7.2.2 Momentos constitutivos da Intenção de Ruptura127
7.3 O método de Belo Horizonte 129
7.3.1 Leila Lima Santos e a proposta metodológica de BH 130
7.3.2 Principais etapas propostas pelo método 130
7.3.3 Crítica ao método BH 131
7.4 Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais: 
O Congresso Da Virada (1979) 132
7.4.1 Principais propostas apresentadas no Congresso 133
7.4.2 A importância do Congresso para o Serviço Social 134
7.4.3 Principais atores e articuladores do congresso 136
Proposta de atividade 137
Recapitulando 137 
Referências 138
CAPÍTULO 8 - O SERVIÇO SOCIAL NOS ANOS DE 1980: BASES 
PARA A CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO PROFISSIONAL 
EMANCIPATÓRIO 139 
Objetivos do capítulo 140
Tópicos de estudo 140
Contextualizando o cenário 140
8.1 Novo Currículo para o Serviço Social 140
8.1.1 O novo Curriculum Mínimo 142
8.1.2 O desafio de implementar a nova proposta 143
8.2 O Serviço Social deixa a epistemologia 146
8.2.1 Superações das Propostas de Inspiração epistemológica 147
8.2.2 Crítica à epistemologia 148
8.3 A busca de novos caminhos para o Serviço Social dos anos 1980 150
8.3.1 Serviço Social e projeto de sociedade emancipatório 150
8.3.2 O debate das teorias intermediárias ou teorias da ação 152
8.4 Produções teóricas do período de 1980: 
importante marco histórico profissional 153
8.4.1 A obra de Marilda Villela Iamamoto 153
8.4.2 A proposta Maria do Carmo Brant Carvalho 153
Proposta de atividade 154
Recapitulando 155
Referências 155
FUNDAMENTOS DO SERVIÇO SOCIAL: 
SIGNIFICADO SOCIAL DA PROFISSÃO NA 
SOCIEDADE CAPITALISTA
CAPÍTULO 1 - O SERVIÇO SOCIAL RUMO A
UM PROCESSO DE RENOVAÇÃO
Samya Katiane Martins Pinheiro
10
Compreenda seu livro: Metodologia
Caro aluno,
A metodologia da Universidade Positivo apresenta materiais e tecnologias apropriadas que permitem o
desenvolvimento e a interação entre alunos, docentes e recursos didáticos e tem por objetivo a comunização
bidirecional entre os atores educacionais.
O seu livro, que faz parte dessa metodologia, está inserido em um percurso de aprendizagem que busca
direcionar a construção de seu conhecimento por meio da leitura, da contextualização teórica-prática e das
atividades individuais e colaborativas; e fundamentado nos seguintes propósitos:
• valorizar suas experiências;
• incentivar a construção e a reconstrução do conhecimento;
• estimular a pesquisa;
• oportunizar a reflexão teórica e aplicação consciente dos temas abordados.
Compreenda seu livro: Percurso
Com base nessa metodologia, o livro apresenta os itens descritos abaixo. Navegue no recurso para conhecê-los.
1. Objetivos do capítulo
Indicam o que se espera que você aprenda ao final do estudo do capítulo, baseados nas necessidades de
aprendizagem do seu curso.
2. Tópicos que serão estudados
Descrição dos conteúdos que serão estudados no capítulo.
3. Contextualizando o cenário
Contextualização do tema que será estudado no capítulo, como um cenário que o oriente a respeito do assunto,
relacionando teoria e prática.
4. Pergunta norteadora
Ao final do Contextualizando o cenário, consta uma pergunta que estimulará sua reflexão sobre o cenário
apresentado, com foco no desenvolvimento da sua capacidade de análise crítica.
5. Pausa para refletir
São perguntas que o instigam a refletir sobre algum ponto estudado no capítulo.
6. Boxes
São caixas em destaque que podem apresentar uma citação, indicações de leitura, de filme, apresentação de um
contexto, dicas, curiosidades etc.
7. Proposta de atividade
Sugestão de atividade para que você desenvolva sua autonomia e sistematize o que aprendeu no capítulo.
8. Recapitulando
É o fechamento do capítulo. Visa sintetizar o que foi abordado, retomando os objetivos do capítulo, a pergunta
norteadora e fornecendo um direcionamento sobre os questionamentos feitos no decorrer do conteúdo.
9. Referências bibliográficas
São todas as fontes utilizadas no capítulo, incluindo as fontes mencionadas nos boxes, adequadas ao Projeto
Pedagógico do curso.
•
•
•
•
11
Boxes
Navegue no recurso abaixo para conhecer os boxes de conteúdo utilizados.
Afirmação
Citações e afirmativas pronunciadas por teóricos de relevância na área de estudo.
Assista
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações complementares ou aprofundadas sobre o
conteúdo estudado.
Biografia
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o estudo do conteúdo
abordado.
Contexto
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato; demonstram a situação histórica, social e
cultural do assunto.
Curiosidade
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado.
Dica
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma informação privilegiada sobre o
conteúdo trabalhado.
Esclarecimento
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conhecimento trabalhada.
Exemplo
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto abordando a relação teoria-prática.
Apresentação da disciplina
Sejam todos (as) bem-vindos (as) à disciplina de Fundamentos do Serviço Social – significado social da profissão
na sociedade capitalista!
O estudo dos fundamentos teórico-metodológicos do Serviço Social e as particularidades históricas inerentes à
profissão em seu processo de consolidação no Brasil é de fundamental relevância para a formação profissional,
tendo em vista a necessidade de apreensão das determinações que refratam no exercício profissional na
contemporaneidade.
A análise realizada nesta produção foi elaborada a partir dos principais referenciais teóricos do Serviço Social,
com o intuito de trazer os fundamentos essenciais acerca do significado social da profissão, a fim de que ao final
do curso o aluno possa situar historicamente a profissão, apreendendo os elementos de continuidade e ruptura
12
do curso o aluno possa situar historicamente a profissão, apreendendo os elementos de continuidade e ruptura
no processo de constituição e desenvolvimento da sociedade capitalista.
Compreender o significado social do Serviço Social requer inseri-lo no contexto das relações sociais vigentes.
Aqui, pretendemos trazer os elementos fundamentais para uma formação em Serviço Social crítica, competente e
criativa, capaz de fazer com que os profissionais em processo de formação possam analisar os aspectos da
realidade que se impõe no cotidiano do exercício profissional.
Desejamos bons estudos e almejamos contribuir com uma formação profissional crítica e em consonância com o
projeto ético-político da profissão!
A autoria
Samya Katiane Martins Pinheiro
A Professora Samya Katiane Martins Pinheiro é Mestra em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN). Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Atua desde 2015 como Assistente Social na área da Assistência Social.
Currículo Lattes: < >http://lattes.cnpq.br/7100785963719289
À minha família: fonte de amor, inspiração e força para a resistência cotidiana.
13
http://lattes.cnpq.br/7100785963719289
Flávio José Souza Silva
O professor Flávio José Souza Silva é Assistente Social graduado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB),
no ano de 2015. Ministra aulas na graduação e na pós-graduação em Serviço Social, nas disciplinas vinculadas ao
debate dos Fundamentos Teórico-Histórico-Metodológico, desde 2017.
Currículo Lattes: < >http://lattes.cnpq.br/4767941845483534
À literatura de Clarice Lispector, à poesia erótica de Hilda Hilst, às canções de Chico Buarque de Holanda e
Caetano Veloso e às interpretações de Elis Regina e Maria Bethânia.
Objetivos do capítulo
Ao final deste capítulo, você será capaz de:
• Identificar a trajetória da profissão sob influência de novos aportes teóricos-metodológicos, apontando a
importância dos movimentos sociais e seu protagonismo histórico.
•
14
http://lattes.cnpq.br/4767941845483534
Tópicos de estudo
• Serviço social e a crítica às práticas assistencialistas.
• Ferramentas de ajuste social.
• O assistencialismo no lugar dosdireitos sociais.
• As relações sociais como objeto profissional do assistente social e os novos atores sociais.
• Partidos políticos e as correlações de forças.
• Lutas sindicais e causas operárias.
• Movimentos Sociais.
• Crise do Serviço Social “tradicional” na América Latina.
• Crise dos pactos políticos do pós-guerra.
• Novos protagonistas sociopolíticos.
• Crise do Serviço Social “tradicional” no Brasil.
• A erosão do serviço social tradicional.
• Processo de Desenvolvimentismo e a polarização no interior da categoria profissional.
Contextualizando o cenário
A gênese do Serviço Social na década de 1930, articulada à ação social da Igreja, enquanto um “chamado” ou
“vocação” para a caridade, e sua posterior institucionalização enquanto profissão (1940) surgem na
efervescência das relações entre o Estado e a Sociedade Civil, intervindo na realidade das classes trabalhadoras
de forma “educativa”. A chamada reconceituação da profissão ocorre na década de 1960, e a consequente erosão
do Serviço Social tradicional no início dos anos 1970. E, finalmente, a ruptura com o tradicionalismo e
conservadorismo da profissão nos faz refletir acerca de todo o processo histórico que corroborou para as bases
teóricas de sustentação da profissão na atualidade.
O Serviço Social, enquanto profissão inscrita na divisão social e técnica do trabalho, nem sempre teve esse status,
tampouco foi regulamentada por legislação específica (Lei 8.662/1993) e orientada por princípios éticos-
políticos previstos no Código de Ética profissional.
Nesta perspectiva, quais elementos contribuíram para que o Serviço Social percebesse as contradições inerentes
à sociedade capitalista e desse início ao processo de renovação?
1.1 Serviço social e a crítica às práticas assistencialistas
A origem do Serviço Social se dá articulada à igreja, enquanto um tipo de Ação Social, que tem por fundamento a
doutrina social cristã, atendendo a um “chamado” de sua vocação, em prol de uma ação missionária e não
enquanto profissão. A ação social era voltada aos atendimentos dos pobres e “desvalidos”, que, por sua vez,
perdiam a condição de sujeito de direitos, vistos socialmente como incapazes, carentes de recursos e, portanto, à
mercê da benevolência dos possuidores.
O Serviço Social tem sua gênese em um contexto onde a culpa da pobreza que assolava àquela época era do
indivíduo que não se esforçava o suficiente para superá-la, logo sair da condição de miséria dependia somente
do esforço e da vontade deste. Posteriormente, a profissão se moderniza sob a influência do pensamento
conservador europeu, mas a herança cultural do assistencialismo percorre a profissão em toda sua trajetória
histórica.
Porém, essa prática de intervenção se encontra ainda mais latente no contexto supracitado, pois a ação do
•
•
•
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•
•
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•
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•
•
15
Porém, essa prática de intervenção se encontra ainda mais latente no contexto supracitado, pois a ação do
Serviço Social tinha um caráter não só religioso, mas também ideológico, como uma ferramenta de ajuste social,
conforme analisaremos a seguir.
1.1.1 Ferramentas de ajuste social
Entender o Serviço Social requer atentar para o fato de que ele está dentro do contexto das relações sociais
vigentes. O seu desenvolvimento enquanto profissão está articulado ao desenvolvimento do capitalismo
industrial, como uma ferramenta de contenção da classe trabalhadora e/ou de ajuste social.
Vejamos o porquê:
No capitalismo, em sua fase inicial, a Questão Social em todas suas expressões emerge de forma proporcional ao
aumento da capacidade de produção e reprodução da ordem do capital. O aumento da pobreza da classe
trabalhadora crescia na mesma proporção em que aumentava a capacidade da produção de riquezas da
sociedade.
[...] a Questão Social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe
operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como
classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, cotidiano da vida social, da
contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais
além da caridade e repressão. (IAMAMOTO e CARVALHO, 2013, p.83-84).
Com a agudização das condições de vida da população, evidencia-se a Questão Social. Neste sentido, houve
diversos desdobramentos sócio-políticos, sobretudo por parte do operariado da época, que se rebelou frente à
condição de extrema pobreza. Com isso, expressões diversas de protesto das camadas pauperizadas assolaram a
época. Um exemplo disso são as revoltas ludistas e a formação de (nomenclatura para designar ostrade-unions 
primeiros sindicatos ingleses).
A forma que o Estado encontrou de intervir nessa realidade contraditória, com o intuito de amenizar as
expressões da desigualdade social e conter o avanço organizativo e político das classes trabalhadoras, atendeu
timidamente as demandas reivindicadas, atuando de forma repressiva contra os movimentos do operariado. Não
apenas o Estado, mas também as classes dominantes e a Igreja precisaram aderir a um posicionamento frente à
Questão Social.
REFLETIR
Diante da apreensão acerca do conceito da Questão Social, como o Estado pode intervir para o
seu enfrentamento no âmbito da sociedade capitalista?
16
Figura 1 - Papa Leão XIII, autor da encíclica papal Rerum Novarum.
Fonte: © Ruskpp / / iStock.
A igreja compartilhava com o Estado ações de enfrentamento da Questão Social, com o intuito de conversão da
sociedade para com os princípios da igreja, intervindo junto a grupos sociais, como as famílias, e impondo ações.
Clique nos ícones e confira quais eram essas ações.
•
Ação doutrinária.
•
Ação organizativa.
Tais ações tinham a finalidade de conter os avanços da vanguarda socialista do movimento operário, sobretudo
na influência às classes trabalhadoras, na tentativa de “harmonizar as classes em conflito a partir do
comunitarismo cristão” (IAMAMOTO, 2011, P.19).
Conforme salienta Iamamoto (2011), sobre o posicionamento diante da Questão Social:
[...] A Igreja o encara segundo os preceitos estabelecidos nas encíclicas papais (especialmente a
Rerum Novarum e Quadragesimo Anno), fonte inspiradora das posições e programas assumidos
diante dos “problemas sociais”. Para a Igreja, “questão social” antes de ser econômico-política é uma
questão moral e religiosa. A sociedade é tida como um todo unificado, através de conexões orgânicas
existentes entre seus elementos, que se sedimentam pelas tradições dogmas e princípios morais de
que a igreja é depositaria. Deus é fonte de toda a justiça e apenas uma sociedade baseada em
•
•
17
que a igreja é depositaria. Deus é fonte de toda a justiça e apenas uma sociedade baseada em
princípios cristãos pode realizar a justiça social. A intervenção do Estado na Questão Social é
legítima, já que este deve servir ao bem comum. O Estado deve assim preservar e regular a
propriedade privada, impor limites legais aos excessos da exploração do trabalho e, ainda, tutelar os
direitos de cada um, especialmente dos que necessitam de amparo. Mas o Estado não pode negar a
independência da sociedade civil [...] (IAMAMOTO, 2011, p. 18-19).
Nesse processo, viu-se a necessidade da elaboração de políticas sociais por parte do Estado que atendessem,
minimamente, as reivindicações dos trabalhadores. É nesse contexto também que o Serviço Social emerge.
Clique na interação e acompanhe.
Contexto 1
Serviço Social emerge aderindo aos princípios doutrinários da Igreja, sob a iniciativa de
grupos das classes dominantes.
Contexto 2
Serviço Social emerge aparecendo como uma das ferramentas de controle e ajuste social das
classes trabalhadoras.
A moralização da Questão Social se dava por meio de iniciativas com enfoque na culpabilização dos indivíduos
diante da situação vivida, ou seja, dependiam destes sair da situação de pobreza a que eram acometidos. O
Serviço Social emerge então como um agente mobilizador para, nos termos de Iamamoto (2011, p.19), realizar
uma “formação doutrinária” com mulherese crianças das famílias da classe operária. Tratava-se de uma ação
educativa para “curar” e prevenir os “problemas sociais”, de caráter doutrinário e moralizador.
Observe que o papel do Serviço Social ia além de uma ação social da igreja, trazia consigo também um caráter
ideológico, sobretudo com a intervenção junto à classe operária, tendo como finalidade a contenção do
movimento operário e manutenção e reprodução da sociedade capitalista.
Figura 2 - Papel do Serviço Social
18
Figura 2 - Papel do Serviço Social
Havia uma relação imbricada entre o Estado, as classes dominantes e a igreja. Nesta perspectiva, vamos analisar
como o assistencialismo entra em cena, ocupando o espaço destinado aos direitos sociais.
1.1.2 O assistencialismo no lugar dos direitos sociais
Nos primórdios do Serviço Social, sua intervenção era vinculada à Ação Social da igreja, havia uma espécie de
caráter missionário na profissão, em prol da justiça e da caridade. Ainda que seu surgimento na sociedade seja
repleto de fundamentações doutrinárias de cunho religioso, se sobrepondo ao caráter científico, há o
desenvolvimento gradativo de escolas especializadas em Serviço Social, bem como de sua institucionalização
enquanto profissão.
A necessidade de intervenção do Estado e da classe dominante de conter os avanços do movimento proletário
foram fatores que contribuíram para o processo de institucionalização da profissão. Corroborando com
Iamamoto (2013), apesar de atuar junto aos trabalhadores, a ação do Serviço Social se voltava hegemonicamente
aos interesses e às demandas da classe dominante, bem como aos interesses estatais, sendo este último um dos
grandes incentivadores do exercício profissional (IAMAMOTO, 2013).
Fonte: © Dane_mark // Istock.
Assim, tendo em vista a emergência de respostas para as necessidades e demandas das classes trabalhadoras, o
Serviço Social avança da caridade tradicional e passa a ocupar-se de espaços para realizar serviços de caráter
assistenciais tanto pelo Estado quanto por instituições filantrópicas, conjuntura em que há a expansão dos
serviços sociais no século XX.
[...] tais serviços nada mais são na sua realidade substancial, do que uma forma transfigurada de
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[...] tais serviços nada mais são na sua realidade substancial, do que uma forma transfigurada de
parcela de valor criado pelos trabalhadores e apropriado pelos capitalistas e pelo Estado, que é
devolvido a toda sociedade (e em especial aos trabalhadores, que deles mais fazem uso) sob a forma
transmutada de serviços sociais. Reafirmando, tais serviços, públicos ou privados, nada mais são do
que a devolução à classe trabalhadora de parcela mínima do produto por ela criado mas não
apropriado, sob uma nova roupagem: a de serviços ou benefícios sociais. Porém, ao assumirem esta
forma, aparecem como sendo doados ou fornecidos ao trabalhador pelo poder político diretamente
ou pelo capital, como expressão da face humanitária do Estado ou da empresa privada (IAMAMOTO,
2013, p.99).
Na análise de Yazbek (2009), com o intuito de legitimar-se, o Estado brasileiro tanto incorpora algumas
reivindicações dos trabalhadores, reconhecendo legalmente seus direitos de cidadania por intermédio de leis,
que demandaram a ampliação de instituições assistenciais, emergindo um mercado de trabalho para Serviço
Social brasileiro, ampliando possibilidades de intervenção para além dos trabalhos de ação social sob a ótica do
bloco católico.
Porém, ao mesmo tempo em que o Estado atende, ainda que parcialmente, as necessidades básicas das classes
trabalhadoras nas instituições assistenciais e estatais, tal acesso é condicionado à lógica assistencialista, como
um tipo de ajuda ou favor para o atendimento dos interesses dos trabalhadores, numa relação clientelista, dando
lugar ao assistencialismo em vez dos direitos sociais.
Vale lembrar a diferença entre assistencialismo e assistência social para que, no cotidiano profissional, estarmos
atentos aos equívocos que ainda são recorrentes. O quadro a seguir mostrará a diferença entre os termos.
Quadro 1 - Assistencialismo e Assistência Social
Ainda que de forma limitada, é pertinente ressaltar que todas as conquistas da classe trabalhadora foram fruto
das pressões e mobilizações do movimento operário que ganharam força no contexto supracitado. E é imbricado
nessas relações sociais que o Serviço Social ganha escopo no Brasil se instituindo de forma gradativa enquanto
profissão, conforme discutiremos a seguir.
1.2 As relações sociais como objeto profissional do 
assistente social e os novos atores sociais
É no cerne das relações sociais e na formação sócio-histórica da sociedade brasileira que o Serviço Social no
Brasil se institui enquanto profissão inserida na divisão social do trabalho. A partir da intervenção do Estado,
com ferramentas de controle, sobretudo no contexto das políticas socioassistenciais, abre-se espaço para a
inserção profissional neste campo com foco na mudança das relações sociais.
Salienta-se que, atualmente, o Serviço Social atua no enfrentamento das múltiplas expressões da Questão Social.
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Salienta-se que, atualmente, o Serviço Social atua no enfrentamento das múltiplas expressões da Questão Social.
O processo que culminou nesse objeto de intervenção não se deu de forma mecânica, mas sim devido ao
amadurecimento teórico e político da profissão.
Contudo, convidamos você a compreender que o contexto do Serviço Social em que estamos nos referindo tinha
como foco a mudança nas relações sociais. Embora o momento histórico seja de agudização da Questão Social,
esta mudança avançava ao mesmo tempo em que se aumentava a capacidade de produção de riquezas.
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Figura 3 - Tendências do Serviço Social
Sobre o Serviço Social no processo de reprodução das relações sociais, ressalta Iamamoto (2013), que a
atividade profissional é “auxiliar e subsidiária no exercício do controle social e na difusão da ideologia da classe
dominante junto à classe trabalhadora”, contudo a profissão também se volta ao atendimento das respostas às
classes trabalhadoras, “em face de suas condições de vida dada historicamente” (IAMAMOTO, 2013, p 101-102).
Com o aprofundamento da Questão Social no fim do século XIX e início do século XX, houve múltiplos
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Com o aprofundamento da Questão Social no fim do século XIX e início do século XX, houve múltiplos
desdobramentos sócio-políticos, tais como a articulação política do operariado e a correlação de forças com os
partidos políticos da época que ganharam terreno em prol de melhores condições de vida e trabalho.
Fonte: © Everett Historical // Shutterstock.
Quando nos referimos às relações sociais, não podemos deixar de lado a premissa de que esta atinge a vida
cotidiana em sua totalidade, ou seja, afeta todas as dimensões desta, inclusive no âmbito da profissão.
Adentraremos a seguir na discussão de importantes atores no processo de desenvolvimento da ação do Serviço
Social.
1.2.1 Partidos políticos e as correlações de forças
É importante salientar que foi a partir do governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) no Brasil, marcado por
ser instrumento da industrialização, que o Serviço Social assume gradativamente uma grande presença no
projeto de desenvolvimento de comunidade nacional. Nesse período, a profissão firma sua postura
desenvolvimentista e a sua tarefa era desenvolver seu trabalho interligado com o governo vigente.
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Fonte: © GeorgiosArt // iStock.
Sucedendo Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros assume o nacionalismo-desenvolvimentista, comprometendo-se
em desenvolver o sistema econômico, bem como com setores que historicamente não eram prioridades
governamentais, como educação, agricultura e saúde.
O período do final da década de 1950 e início de 1960 é marcado por inúmeras mobilizações em toda a América
Latina. Clique nos termos e conheça informações fundamentais sobre esse período.
•
Revolução Cubana
A Revolução Cubana (1959) foi uma forte influência para a articulação de forças entre os países e a
formação de partidos políticos revolucionários.Nesse contexto, havia uma forte tensão pelo
avanço do comunismo, tendo em vista que a América Latina foi palco de lutas de guerrilha.
•
Governo João Goulart
O governo de João Goulart, no Brasil, ao aderir ao sistema parlamentarista, teve uma posição
nacionalista e de política externa independente. Marcado pelo Plano Trienal de desenvolvimento
econômico e social tinha como meta combater a inflação, realizar reformas de base e recuperar o
índice de crescimento. No dia 13 de março, foi realizado o comício da Central do Brasil em que se
assinou os decretos progressistas como a nacionalização das refinarias e pela reforma agrária.
Neste contexto de articulação de forças entre os movimentos sociais e ampliação dos partidos políticos
progressistas e de esquerda, as classes dominantes, para contenção da possível “ameaça comunista”, apoiaram o
que chamamos de golpe militar no Brasil, em 1964.
•
•
24
É essa conjuntura que os assistentes sociais passam a intervir como agentes mediadores dos conflitos entre as
classes, atendendo prioritariamente os interesses da classe dominante. A seguir vamos discutir sobre a
importância das lutas sindicais e das causas operárias para as conquistas das classes trabalhadoras.
1.2.2 Lutas sindicais e causas operárias
No final do século XIX e início do século XX, as lutas das classes trabalhadoras ganharam força e foram
fundamentais para as garantias sociais e mudanças na relação entre o Estado e a sociedade.
O protagonismo histórico da classe operária resultou numa série de direitos que foram conquistados. Clique nos
ícones para conhecer os principais direitos alcançados.
•
Direito à organização partidária e de sindicatos.
•
Direito ao sufrágio universal.
•
Direito à manifestação e à liberdade expressão.
Salienta-se que os movimentos do operariado cresceram e ganharam escopo no final dos anos de 1950 para o
início dos anos 1960. Havia uma nítida inquietação da classe operária que se expressava por meio de grandes
manifestações e lutas populares que ocorriam naquele contexto, onde as contradições se evidenciavam ainda
mais claramente.
É importante que você saiba que o processo que resultou na ampliação do Estado foi resultante da mobilização
das classes trabalhadoras e da luta política. Segundo Behring e Boschetti (2011), “as primeiras iniciativas de
políticas sociais podem ser entendidas na relação de continuidade entre Estado liberal e Estado social”, estes que
têm “um ponto em comum: o reconhecimento de direitos sem colocar em xeque os fundamentos do capitalismo”
(BEHRING E BOSCHETTI, 2011, p.63).
Para aprofundamento sobre a luta da classe trabalhadora e a origem da política social sugiro:
BEHRING, E. Rossetti; BOSCHETTI, Ivanete, 9. ed.Política Social: fundamentos e história.
São Paulo: Cortez, 2011.
•
•
•
25
Neste sentido, apesar de diversos avanços e conquistas no que se refere aos direitos da classe operária, por meio
das lutas sindicais demarcando, inclusive a ampliação dos direitos sociais, tais lutas não conseguiram conter o
capitalismo. Na sequência, traremos para o centro da análise a emergência dos movimentos sociais nesse
contexto.
1.2.3 Movimento Sociais
O Serviço Social, a partir da década de 1960, já tinha uma interlocução com os movimentos sociais e já dava
indícios de um posicionamento crítico (tal posicionamento não se dava de forma hegemônica na categoria
profissional), ainda que de forma tímida.
A atuação profissional estava inserida na participação da educação de jovens e adultos nos programas de
desenvolvimento de comunidade, realizando trabalho com a comunidade, assumindo uma perspectiva
desenvolvimentista, com intuito de melhorias no sistema capitalista e procurando atender também os interesses
das classes trabalhadoras, que na época se organizavam por meio dos movimentos sociais.
Mas você sabe o que são movimentos sociais?
De acordo com Gohn (2011):
Nós os encaramos como ações sociais coletivas de caráter sociopolítico e cultural que viabilizam
formas distintas de a população se organizar e expressar suas demandas (cf. Gohn, 2008). Na ação
concreta, essas formas adotam diferentes estratégias que variam da simples denúncia, passando pela
pressão direta (mobilizações, marchas, concentrações, passeatas, distúrbios à ordem constituída,
atos de desobediência civil, negociações etc.) até as pressões indiretas [...] (GOHN, 2011, p.335).
A emergência dos movimentos sociais organizados na época, na luta por direitos e por pautas específicas, tais
como movimento feminista, movimento estudantil, lutas sindicais e pela reforma agrária, entre outros, foram
fundamentais para inúmeras conquistas das classes trabalhadoras. Em alguns casos, se posicionaram, inclusive,
contra a ordem do capital, dando uma nova roupagem aos movimentos das classes trabalhadoras.
O conceito de Estado “ampliado” é utilizado pelo autor Antônio Gramsci. Em sua concepção,
essa forma de Estado apresenta-se a partir da existência de duas esferas distintas no interior
das superestruturas: a sociedade civil e a sociedade política (SIMIONATO, 2011).
26
Um exemplo disso é a “generalização dos direitos políticos”, fruto da luta dos trabalhadores. Embora tais avanços
não tenham conseguido por fim à ordem capitalista, ampliaram os direitos sociais para dar condições dignas às
classes trabalhadoras, inclusive para questionar e alterar o papel do Estado (BEHRING e BOSCHETTI, p. 64).
Fonte: © CSA Images // iStock.
No contexto brasileiro, há uma forte relação entre a educação e os movimentos sociais. São alguns exemplos “as
Ligas Camponesas, nos anos 1960, e a utilização do método Paulo Freire, além da importante relação entre a
educação escolar do ensino superior e os movimentos sociais, nas mobilizações ao redor de maio de 1968”.
(GONH, 2011, p. 347).
ASSISTA
Para compreensão da luta política da classe trabalhadora sugiro o filme “As sufragistas”
(2015). O filme remonta o contexto histórico do início do século XX, tratando especificamente
do direito das mulheres ao voto e as condições dignas de trabalho. Disponível na Netflix e em
outras plataformas online.
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Fonte: © Rob zs // Shutterstock.
Essa ascensão dos movimentos sociais da época interfere também na realidade das profissões, inclusive no
Serviço Social, que, apesar de atender as demandas das classes dominantes, não está isento de sofrer influências
dos movimentos das classes trabalhadores, tendo em vista que atua diretamente com essa população.
A seguir veremos os fatores determinantes da crise do Serviço Social “tradicional” na América Latina.
1.3 Crise do Serviço Social “tradicional” na América Latina
Não se tem uma causa específica e unilateral sobre a crise internacional do Serviço Social “tradicional”, que
perpassa as fronteiras da América Latina nos anos 1960, mas é nesse contexto que há múltiplos tensionamentos
econômicos e políticos no âmbito mundial. Tal conjuntura é propícia para a revisão e debate de práticas como as
do tradicionalismo no Serviço Social.
Portanto, pretendemos traçar um debate acerca dos principais elementos que levaram à crise do Serviço Social
“tradicional” no contexto da América Latina, bem como sobre a influência dos movimentos sociais nesse
processo, tendo em vista o cenário de transformações na época.
1.3.1 Crise dos pactos políticos do pós-guerra
Os anos de 1960 são marcados por inúmeros tensionamentos na sociedade capitalista, entre eles manifestações
políticas nos EUA que ganharam contornos internacionais. A marcha sobre Washington, liderada por Martin
Luther King (representante do movimento negro nos EUA) e as manifestações contra a Guerra do Vietnã (1967)
são alguns exemplos que põe em cheque o intervencionismo estadunidense. No contexto europeu, a revolta
estudantil na França, em maio de 1968, repercute no mundo inteiro, com uma série de manifestações de
estudantes pelo mundo.
28
Fonte: © Ricochet64 // iStock.
Barroco (2010), a respeito desse contexto histórico, ressalta que:
Entendida sob o ponto de vista de questionamento aos valores e costumes tradicionais,a década de
1960 é considerada uma época “revolucionária”, especialmente por sua potencialidade de ruptura
ideológica com instituições, papeis sociais e princípios historicamente vinculados à moralização dos
costumes: a família, o papel feminino, a tradição [...] (BARROCO, 2010, p. 100)
Em consonância com Netto (2011), o pano de fundo da erosão do Serviço Social tradicional na América Latina se
dá pelo “exaurimento” do padrão de desenvolvimento capitalista. Com a fragilização das relações internacionais,
“gestou-se um quadro favorável para a mobilização das classes sociais subalternas em defesa dos seus interesses
imediatos” (NETTO, 2011, p.143).
Esse cenário também é favorável ao questionamento de práticas profissionais “tradicionais”, como as do Serviço
Social. Conforme salienta Netto (2011), a eficácia da intervenção profissional do assistente social é “negada, a
partir dos próprios resultados que produz” (NETTO, 2011, p. 143).
Salienta-se que tais questionamentos se deram de fora para dentro da profissão, e não se dirigiu exclusivamente
ao Serviço Social, mas também atingiu outras categorias profissionais.
Entre os elementos que favoreceram a crise no Serviço Social latino-americano, apontamos aqueles elencados
por Netto (2011) como os três vetores que abalam a reprodução da categoria profissional. Clique nos termos
abaixo para conhecê-los.
•
Vetor 1
A revisão crítica que se processa na fronteira das ciências sociais.
•
Vetor 2
•
•
29
Vetor 2
O deslocamento sócio-político cujas vinculações com o serviço social são notórias: as Igrejas.
•
Vetor 3
O movimento estudantil. (NETTO, 2011, p.144-145).
O primeiro se refere à crítica da visão positivista-funcionalista, então hegemônica nas ciências sociais, que não
iria além das aparências do indivíduo, visão esta que, na realidade da América Latina, não era suficiente. Aspecto
este entendido como a primeira crise ideológica nas escolas de Serviço Social. O segundo é referente às
mudanças que se deram no interior da igreja. E, por último, se refere ao protagonismo discente nas escolas de
Serviço Social, fundamental para a erosão do Serviço Social “tradicional”.
Fato este que se faz de extrema importância para compreendermos os novos protagonistas sócio-políticos que
emergem no âmbito desta conjuntura, conforme discutiremos a seguir.
1.3.2 Novos protagonistas sócio-políticos
Os movimentos sociais, no contexto dos anos 1960, trouxeram ao cenário latino-americano um conjunto de
forças políticas em diversos segmentos populacionais como o movimento de mulheres, o movimento estudantil,
a luta pela terra, as organizações sindicais, entre outros.
O aparecimento desses novos protagonistas sócio-políticos se dá na efervescência do esgotamento político e
econômico do sistema capitalista e das alterações em seus padrões de desenvolvimento. Sob esta perspectiva, o
movimento estudantil nas Escolas de Serviço Social ganha destaque, sobretudo no processo que resultou na
erosão do tradicionalismo no Serviço Social.
É pertinente ressaltar também que a participação profissional junto a movimentos organizados da população
provoca o que Netto (2011) vai chamar de “deslocamentos político-ideológicos”, afetando, inclusive, o fazer
técnico profissional (NETTO, 2011, p.130). Logo, o Serviço Social atua de forma mais próxima das camadas
populares e de suas reinvindicações.
•
30
Apesar da ação do Serviço Social estar voltada aos interesses do Estado e das classes dominantes, este, ao
intervir junto às classes trabalhadoras, enxerga a necessidade de revisão de sua prática. Isso porque há um
esforço, antes não visto, em repensar a profissão teoricamente. Esses e outros elementos políticos corroboram
com a crise do tradicionalismo no Serviço Social, contexto que iremos estudar a seguir.
1.4 A crise do Serviço Social “tradicional” no Brasil
O contexto de industrialização no Brasil, no final dos anos de 1950, demandou uma forte intervenção dos
assistentes sociais no enfrentamento da Questão Social. Com o crescimento urbano, eram demandadas ao
Serviço Social práticas profissionais que na época se efetivavam nas abordagens individuais e grupais.
A desvinculação gradativa de segmentos da igreja e o amadurecimento de vertentes da categoria profissional,
bem como o trabalho com outros setores da sociedade, fecundou um campo para brotar a crise do Serviço Social
tradicional. Nos próximos tópicos iremos analisar como ocorreu a erosão do Serviço Social nas particularidades
brasileiras.
1.4.1 A erosão do Serviço Social tradicional
O Serviço Social em sua forma “tradicional” se mostrou insuficiente no decorrer da história para atender as
demandas das classes trabalhadoras. A década de 1960 demarcou um debate que dinamizou a intervenção
profissional no Brasil, com vistas a renovação.
31
Segundo Netto (2011), existem três elementos que são relevantes para identificar a erosão do Serviço Social
“tradicional”, que “delimitam-nas nitidamente: a dissincronia com as “solicitações” contemporâneas, a
insuficiência da formação profissional e a subalternidade executiva” (NETTO, 2011, p. 139).
Isso implica dizer que, nesta análise, um dos elementos se refere à necessidade da profissão de sintonizar-se com
as demandas sociais efetivas ou perderia espaço na sociedade. O outro é a necessidade de aperfeiçoamento
teórico da profissão. E, por último, nas reivindicações de outras funções profissionais, além daquelas meramente
executivas.
Outros fatores que jugamos importante é a ampliação da intervenção profissional com equipes
multiprofissionais em diversos setores, bem como a desvinculação gradativa com os preceitos de cunho
moralista da igreja, o contexto de ascensão dos movimentos sociais e a emergência do debate crítico no âmbito
das ciências sociais. Tais fatores, quando articulados, fomentam o debate para a erosão do tradicionalismo no
Serviço Social.
O processo de desenvolvimentismo, atrelado à polarização da categoria de assistentes sociais, também foi
determinante para o desgaste das práticas tradicionais, ou seja, àquelas relacionadas ao ajustamento social dos
homens à doutrinação da igreja, visando a moralização dos costumes, pois demandou novas formas de
intervenção do Serviço Social, conforme veremos a seguir.
1.4.2 Processo de desenvolvimentismo e a polarização no interior da 
categoria profissional
Embora num curto período, a polarização no interior da categoria profissional tomou escopo, sobretudo com os
profissionais que estavam próximos aos movimentos da época em um cenário político de debates em torno da
superação do subdesenvolvimento.
De acordo com Netto (2011),
A resultante desses componentes rebate no âmbito profissional do Serviço Social: de uma parte, vai
REFLETIR
Diante do contexto apresentado na década de 1960, que resultou na erosão do Serviço Social
tradicional, quais os principais elementos que desencadearam este processo?
ESCLARECIMENTO
O subdesenvolvimento se refere à condição socioeconômica dos países com baixo índice de
desenvolvimento econômico e de qualidade de vida, dependência econômica em relação aos
países desenvolvidos, elevadas taxas de pobreza e desigualdade social e baixos níveis de
produtividade e consumo etc.
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A resultante desses componentes rebate no âmbito profissional do Serviço Social: de uma parte, vai
criticando práticas e representações “tradicionais”; de outra, introduz diferenciações mesmo no
interior das práticas e representações que se reclamavam conectadas às novas exigências –
precisamente aquelas que se prendiam ao Desenvolvimento de Comunidade [...] divisavam-se três
vertentes profissionais uma corrente que extrapola para o Desenvolvimento de Comunidade os
procedimentos e as representações “tradicionais” numa perspectiva macrossocietária, supondo
mudanças socioeconômicas estruturais, mas sempre no bojo do ordenamento capitalista, e enfim,
uma vertente que pensa [...] como um instrumento de formação social substantiva, conectado à
libertação social das classes e camadas subalternas (NETTO, 2011, p.140).
O contextodesenvolvimentista no Brasil demandou uma forte intervenção dos assistentes sociais, que
incorporaram práticas profissionais que na época se efetivava nas abordagens tanto individuais quanto grupais,
representados pelos métodos de caso, grupo e comunidade, a partir de um conjunto de etapas e procedimentos
que inclui o estudo, o diagnóstico e o tratamento daqueles que necessitam.
Conforme já mencionado, a profissão assumiu gradativamente o projeto de desenvolvimento de comunidade
nacional, firmando sua postura desenvolvimentista com a tarefa de desenvolver seu trabalho interligado ao
governo vigente.
Porém, esse processo foi interrompido pelo Golpe Militar de 1964, modificando o cenário que vinha se
desmembrando no âmbito do Serviço Social, dando uma longa pausa aos aportes críticos que vinham se
engendrando no âmbito da profissão, criando um terreno propício ao processo de Renovação da Profissão,
sobretudo com a crise do Serviço Social “tradicional”, que se reatualiza sob novas roupagens.
Proposta de atividade
Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu neste capítulo! Elabore um resumo crítico, destacando as
principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir, você deve pontuar os principais elementos até
aqui debatidos, fazendo uma reflexão sobre os conteúdos estudados, considerando as leituras básicas e
complementares realizadas.
Dica: Escolha os tópicos centrais do debate realizado neste capítulo e, ao final, faça uma breve análise sobre a sua
relevância na trajetória histórica da profissão. Bons estudos!
CONTEXTO
No Brasil, sob o governo de Juscelino Kubitschek, que tinha uma política de cunho nacionalista-
desenvolvimentista, a principal meta era o desenvolvimento do país. Tendo em vista sua
efetivação, o presidente utilizou-se de capitais estrangeiros. Segundo ele, sem o capital
estrangeiro seria impossível chegar ao progresso.
33
Recapitulando
Neste estudo, trouxemos múltiplos elementos para que você desenvolva a capacidade de identificar a trajetória
sócio-histórica da profissão sob influência de novos aportes teóricos-metodológicos, apontando a importância
dos movimentos sociais e seu protagonismo histórico na conquista dos direitos sociais, bem como na
intervenção do Serviço Social junto às classes trabalhadoras.
Em nossa primeira pausa para reflexão apresentamos a seguinte questão: diante da apreensão acerca do
conceito da Questão Social, como o Estado pode intervir para o seu enfrentamento no âmbito da sociedade
capitalista?
Vimos também que a forma que o Estado encontrou de intervir inicialmente no enfrentamento da Questão
Social, para amenizar as expressões da desigualdade social e conter o avanço das classes trabalhadoras, atendeu
de forma precária as demandas destas. A repressão aos movimentos do operariado, com práticas de cunho
moralista e de ajuste social, ganhou espaço sob a coordenação do Estado, das classes dominantes e da igreja.
Contexto em que emerge o Serviço Social e as primeiras iniciativas de políticas sociais.
Desenvolvemos, ainda que de forma breve, elementos que configuraram a intervenção do Serviço Social e dos
elementos que culminara na erosão do Serviço Social tradicional. Assim, refletimos também sobre o contexto
apresentado na década de 1960, fazendo o convite à sua reflexão para discernir acerca dos principais elementos
que desencadearam o processo de erosão do Serviço Social tradicional.
Elencamos que, entre outros fatores, o que levou a esse processo de erosão com o tradicionalismo foi o contexto
de ascensão dos movimentos sociais e a emergência do debate crítico no âmbito das ciências sociais. Fatores
estes que, quando articulados a outros (como a atuação junto a equipes multidisciplinares), debatidos neste
capítulo, fomentaram o debate para a erosão do tradicionalismo no Serviço Social e criaram um terreno propício
ao processo de renovação da profissão.
Referências
BARROCO, M. L. Silva. fundamentos ontológicos. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2010.Ética e Serviço Social:
BEHRING, E. Rossetti; BOSCHETTI, Ivanete, 9. ed. São Paulo: Cortez,Política Social: fundamentos e história.
2011.
GOHN, M. da Glória. Movimentos sociais na contemporaneidade. . v. 16 n. 47Revista Brasileira de Educação
maio-ago. 2011.
IAMAMOTO, Marilda Villela; CARVALHO, Raul de. . 39. ed. São Paulo:Relações sociais e serviço social no Brasil
Cortez, 2013.
IAMAMOTO, M. Villela. . 11. ed. São Paulo: Cortez, 2011.Renovação e conservadorismo no serviço social
NETTO, J. Paulo. Cinco notas a propósito da “questão social”. In: -Ano. 2, n. 3 (jan./jun..Temporalis, ABEPSS
2001) Brasília: Grafline, 2001.
NETTO, J. Paulo. uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 16. ed. São Paulo:Ditadura e Serviço Social: 
Cortez, 2011.
SIMIONATO, Ivete. 4. ed. São Paulo:Gramsci: sua teoria, incidência no Brasil, Influência no Serviço Social. 
Cortez, 2011.
YAZBEK, M. Carmelita. O significado sócio-histórico da profissão. In: CFESS/ABEPSS. Serviço Social: direitos e
 Brasília, 2009.competências profissionais.
34
	FSSSSPSC_C0
	FSSSSPSC_C01
	Objetivos do capítulo
	Compreenda seu livro: Percurso
	Boxes
	Apresentação da disciplina
	A autoria
	Samya Katiane Martins Pinheiro
	Flávio José Souza Silva
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	1.1 Serviço social e a crítica às práticas assistencialistas
	1.1.1 Ferramentas de ajuste social
	1.1.2 O assistencialismo no lugar dos direitos sociais
	1.2 As relações sociais como objeto profissional do assistente social e os novos atores sociais
	1.2.1 Partidos políticos e as correlações de forças
	Revolução Cubana
	Governo João Goulart
	1.2.2 Lutas sindicais e causas operárias
	1.2.3 Movimento Sociais
	1.3 Crise do Serviço Social “tradicional” na América Latina
	1.3.1 Crise dos pactos políticos do pós-guerra
	Vetor 1
	Vetor 2
	Vetor 3
	1.3.2 Novos protagonistas sócio-políticos
	1.4 A crise do Serviço Social “tradicional” no Brasil
	1.4.1 A erosão do Serviço Social tradicional
	1.4.2 Processo de desenvolvimentismo e a polarização no interior da categoria profissional
	Proposta de atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C02
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	2.1 Contexto histórico na América Latina e as influências no Serviço Social
	2.1.1 Estados Unidos e a ditadura militar na América Latina
	2.1.2 Ditaduras latino-americanas
	2.1.3 Impactos da ditadura no Serviço Social
	2.2 Contexto social, político e econômico no Brasil dos anos 1960
	2.2.1 1956-1961 – Juscelino Kubitschek
	2.2.2 1961 – Jânio Quadros
	2.2.3 1961-1964 – João Goulart
	2.2.4 1964 – Golpe Militar
	2.3 Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais (CBCISS)
	2.3.1 CBCISS e Movimento de Reconceituação
	1ª Vertente
	2ª Vertente
	3ª Vertente
	2.3.2 Desenvolvimentismo e o CBCISS
	2.3.3 Estruturalismo e CBCISS
	2.4 Serviço Social e Reconceituação
	2.4.1 Por que reconceituar?
	2.4.2 Embates entre a categoria profissional
	Proposta de Atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C03
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	3.1 Primeiro Seminário Regional Latino-americano de Serviço Social – Porto Alegre (1965)
	3.1.1 Principais propostas
	3.1.2 O retorno às referências teórico-metodológicas do pensamento estrutural-funcionalista
	3.2 Encontros de Araxá (1967)
	3.2.1 A perspectiva modernizadora
	3.2.2 Síntese do documento de Araxá
	3.3 Encontro de Teresópolis (1970)
	3.3.1 Cristalização da perspectiva modernizadora
	3.3.2 O documento de Teresópolis
	3.4 Encontro de Sumaré (1978) e Alto da Boa Vista (1984)
	3.4.1 Deslocamento da perspectiva modernizadora
	3.4.2 Principais pontos dos documentos
	Proposta de atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C04
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	4.1 O pensamento filosófico da fenomenologia e a influência sobre o Serviço Social
	4.1.1 Fenomenologia de Edmund Husserl e Martin Heidegger
	4.1.2 Rebatimento da filosofia fenomenológica sobre o Serviço Social
	4.2Serviço Social e os principais conceitos da fenomenologia
	4.2.1 O processo da consciência: "epoché”
	4.2.2 Noesis e Noema
	4.2.3 “Redução eidética” ou redução à ideia
	4.2.4 Aplicação dos conceitos fenomenológicos em uma proposta de atuação para o Serviço Social.
	4.3 Autodeterminação como princípio do agir profissional em Serviço Social
	4.3.1 Autodeterminação pela necessidade humana
	4.3.2 Autodeterminação como conceito a ser aplicado pelo Serviço Social
	4.3.3 Autodeterminação como valor humano
	4.4 Inspirações fenomenológicas
	4.4.1 O diálogo como proposta de ação para o Serviço Social
	4.4.2 Conscientização e intencionalidade: estratégias para o agir profissional
	Proposta de Atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C05
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	5.1 Principais ideias da fenomenologia relacionadas ao Serviço Social
	5.1.1 Método Compreensivo
	5.1.2 Atitude fenomenológica
	5.1.3 Posicionamento fenomenológico no Serviço Social
	5.2 Formulação de uma “nova proposta” ao Serviço Social
	5.2.1 A influência de Creusa Capalbo na construção da proposta
	5.2.2 A contribuição de Anna Augusta de Almeida
	5.3 A “nova roupagem” do conservadorismo no Serviço Social
	5.3.1 O recurso da fenomenologia segundo José Paulo Netto
	5.3.2 Centralização na dinâmica individual
	5.3.3 Crítica à fenomenologia construída pelos profissionais de Serviço Social
	5.4 Proposta de metodologia fenomenológica para atuação do assistente social
	5.4.1 A situação existência problematizada (SEP)
	5.4.2 A pessoa cliente
	5.4.3 O retorno reflexivo
	Proposta de atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C06
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	6.1 A base de sustentação teórico-metodológica da teoria social crítica
	6.1.1 Filósofo Karl Marx e o Serviço Social
	6.1.2 Principais obras do filósofo Karl Marx e as contribuições para o Serviço Social
	6.2 O Serviço Social e os principais conceitos da teoria de Karl Marx
	6.2.1 As classes em luta e o trabalho do assistente social
	6.2.2 Noções básicas de economia política: embasamento teórico para o assistente social
	6.3 O Serviço Social e os principais conceitos do Materialismo Histórico
	6.3.1 As relações sociais e o determinismo econômico
	6.3.2 Teoria do ser social aplicada ao Serviço Social
	6.4 Método crítico dialético: saber imprescindível para o agir profissional
	6.4.1 O movimento eterno da matéria
	6.4.2 As relações de contradição
	A contradição
	A produção capitalista
	As crises
	6.4.3 A superação da aparência e a busca da essência
	6.4.4 O movimento espiral e a mudança por superação
	Proposta de Atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C07
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	7.1 A vertente da Intenção de Ruptura
	7.1.1 Conceito
	7.1.2 Intenção de ruptura e universidade
	7.2 Cenário brasileiro no contexto da Intenção de Ruptura
	7.2.1 Bases sociopolíticas da perspectiva da Intenção de Ruptura
	7.2.2 Momentos constitutivos da Intenção de Ruptura
	7.3 O método de Belo Horizonte
	7.3.1 Leila Lima Santos e a proposta metodológica de BH
	7.3.2 Principais etapas propostas pelo método
	7.3.3 Crítica ao método BH
	7.4 Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais: O Congresso Da Virada (1979)
	7.4.1 Principais propostas apresentadas no Congresso
	7.4.2 A importância do Congresso para o Serviço Social
	7.4.3 Principais atores e articuladores do congresso
	Proposta de atividade
	Recapitulando
	Referências
	FSSSSPSC_C08
	Objetivos do capítulo
	Tópicos de estudo
	Contextualizando o cenário
	8.1 Novo Currículo para o Serviço Social
	8.1.1 O novo Curriculum Mínimo
	8.1.2 O desafio de implementar a nova proposta
	8.2 O Serviço Social deixa a epistemologia
	8.2.1 Superações das Propostas de Inspiração epistemológica
	8.2.2 Crítica à epistemologia
	Crítica à epistemologia positivista
	Crítica à epistemologia fenomenológica
	8.3 A busca de novos caminhos para o Serviço Social dos anos 1980
	8.3.1 Serviço Social e projeto de sociedade emancipatório
	8.3.2 O debate das teorias intermediárias ou teorias da ação
	8.4 Produções teóricas do período de 1980: importante marco histórico profissional
	8.4.1 A obra de Marilda Villela Iamamoto
	8.4.2 A proposta Maria do Carmo Brant Carvalho
	Proposta de atividade
	Recapitulando
	Referências
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	Blank Page
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