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Exames de imagem são solicitados para pacientes na urgência do PS e de acordo com achados radiológicos simples, são solicitados exames com acurácia e sensibilidade maior → TC e USG 1. RX: ampla disponibilidade, baixo custo e fácil realização. Demonstra 4 densidades: mais escura → mais clara I. Gás; II. Gordura; III. Líquido; IV. Osso/ metal; Funções do Rx para TGI: verifica se o trânsito intestinal está adequado + presença de pneumoperitônio Pneumoperitônio: perfuração de vísceras ocas, levando a presença de gás livre na cavidade abdominal Incidências: SEMPRE pedir os 2 tipos de incidência AP para comparação de estruturas a) AP decúbito: analisa estruturas: b) AP ortostático: a distribuição de líquidos e gases se faz de acordo com a gravidade, logo, verifica presença de pneumoperitônio Alterações no Rx: a) Intestino delgado: possui válvulas de Kerckring →se tornam evidentes quando há obstruções, promovendo dilatação intestinal b) Intestino grosso: possui haustras → se tornam evidentes quando há obstruções, promovendo dilatação intestinal c) Gás ao redor do mm. psoas: pneumo retroperitôneo → ocorre perfuração duodenal por ferimento com arma de fogo ou perfuração duodenal por passagem de catéter na via biliar d) Pneumatose cistóide intestinal: ocorre quando há diminuição da permeabilidade da mucosa por translocação bacteriana da luz intestinal → mesentério ou isquemia intestinal. Pode formar pneumoperitônio porque as bolhas de gases alojadas na parede intestinal podem estourar Patologias: obs.: necessário administração de contraste baritado VO para avaliar obstrução intestinal a) Volvo de cólon sigmóide: a torção do mesocólon sigmóide gera o sinal do grão de café. Tratamento: distorção intestinal por colonoscopia, caso não der certo, realizar ressecção de cólon sigmóide b) Sinal do empilhamento de moedas: ocorre por obstrução de intestino delgado em que as alças são dilatadas c) Obstrução gástrica: ocorre por estenose hipertrófica de piloro → ocorre hipertrofia do esfíncter do piloro, obstruindo a passagem do conteúdo gástrico ao duodeno d) Retocolite ulcerativa: ocorre perda do padrão de alças + dilatação intestinal que pode evoluir para megacólon tóxico (emergência cirúrgica da RCU que demanda ressecção total) → gera cólon em cano de chumbo e) Pancreatite crônica de padrão calcificante: presença de calcificações por destruição das células do parênquima pancreático → é comum entre pacientes etilistas f) Colelitíase: aparecem somente os cálculos de pigmentos calcificados obs.: USG é mais diagnóstico que Rx na maioria dos casos g) Vesícula em porcelana: ocorre por processos inflamatórios recorrentes, gerando calcificação parietal h) Gossipiboma: presença de compressas dentro de certas estruturas → no Rx dá pra observar o fio metálico das compressas i) Íleo biliar: ocorre por fístulas colecistoduodenal → grande cálculo na vesícula corrói a vesícula e duodeno, por ser grande, provoca obstrução da porção terminal do íleo, obstruindo o intestino Presença da tríade de Rigler: aerobilia (presença de ar na vesícula) + distensão intestinal + cálculo biliar radiopaco j) Fecalito apendicular: bolinha branca calcificada na FID, indica apendicite aguda k) Bridas intestinais: ocorre no pós operatório quando as alças intestinais inflamam tanto que dobram l) Doença de Crohn: presença de estenose nas alças e cobblestones (mucosa aparece com relevos, parecendo pedras) 2. USG: existem 2 tipos: I. Abdome total: visualiza todos os órgãos abdominais; II. Superior ou inferior: específico para as regiões desejadas para melhor identificação de doenças ou alterações nestes órgãos obs.: o paciente deve estar em jejum de até 8 horas para melhor visualização da vesícula e diminuição dos gases intestinais + bexiga cheia para visualização das vias urinárias Indicações: - Identificar tumores, cistos, nódulos ou massas abdominais; - Identificar cálculos na vesícula ou em vias urinárias; - Detectar alterações dos órgãos abdominais; - Detectar processos inflamatórios → espessamento da parede + acúmulo de líquido dentro de cavidades (sangue ou pus); - Observar lesões nos tecidos e mm. que compõem a parede abdominal → abscessos ou hérnias; - Acompanhamento pré-natal; obs.: USG Doppler → é útil na identificação de anormalidades vasculares: obstruções, trombose, estreitamento ou dilatação dos vasos. Sua acurácia não é boa na presença de ar, logo, não é indicado para intestino e estômago USG fígado: avalia anatomia + ecotextura + dimensões hepáticas + ecogenicidade, permitindo identificação de alterações anatômicas, lesões hepáticas, abcessos e nódulos Imagem de USG do fígado normal → parênquima homogêneo + superfície hemidiafragmática hiperecóica (*) + tríade porta (seta) Imagem de USG da vesícula biliar normal → lúmen anecóico + paredes finas e regulares ao redor do órgão Imagem de USG do ducto biliar normal → calibre até 6mm + paredes ductais finas e uniformes (indicada pelo cursor na imagem) Alterações hepáticas: 1. Abscesso hepático: 2. Esteatose hepática: 3. Hepatocarcinoma: 4. Hipertensão portal: ascite + esplenomegalia + fibrose periportal Ascite: a USG revela líquido anecóico (setas maiores) + alças intestinais distendidas (setas menores) 5. Colelitíase: os cálculos se movem à mudança de decúbito + presença de sombra acústica + espessamento da parede (normal até 3mm) Sombra acústica: ocorre em tecidos com índice de reflexão elevado, resultando na redução da amplitude dos ecos transmitidos + dificuldade do estudo das estruturas posteriores: Setas maiores: cálculos Setas menores: sombra acústica 6. Colecistite aguda: presença de líquido perivesicular → “vesícula delaminada” USG pâncreas: no USG normal, o pâncreas apresenta cabeça, corpo e cauda pancreática homogêneas (setas) USG apendicite: o apêndice possui as seguintes características: - Diâmetro > 6mm; - Espessura da parede > 2mm; - Líquido livre no Q.I.D; - Presença de fecalito ou abscesso apendicular; - Descompressão brusca dolorosa USG esplenomegalia em esquistossomose: presença de múltiplos focos ecogênicos esparsos → corpúsculos de Gamna Gandy: 3. TC: é um exame com alta acurácia na detecção de processos inflamatórios, nódulos, abscessos, tumores e trauma. Planos de corte: axial, sagital e coronal: Contraste: é útil para destacar lesões e áreas possivelmente afetadas + órgãos. Utilização do contraste: - VO: trato digestório alto; - IV: órgãos sólidos; - Via retal: colo esquerdo + sigmóide + reto Anatomia abdome + pelve: 1 - Lobo hepático D; 2 - Lobo hepático E; 3 - Estômago; 4 - Pâncreas; 5 - Baço; 6 - Rim E; 7 - Rim D; 8 - Corpo da vértebra; 9 - Mm. eretor da espinha; 10 - Colo descendente 1 - Mm. reto abdominal; 2 - Mm. transverso do abdome; 3 - Mm. oblíquo interno do abdome; 4 - Mm. oblíquo externo do abdome; 5 - Alças intestinais → intestino delgado; 6 - Mm. eretor da espinha; 7 - Rim D; 8 - Rim E; 9 - Vv. cava inferior; 10 - Aorta abdominal; 11 - Medula espinal; 12 - Corpo da vértebra lombar 1 - Lobo hepático D; 2 - Mm. transverso do abdome; 3 - Mm. oblíquo interno do abdome; 4 - Mm. oblíquo externo do abdome; 5 - Alças intestinais → intestino delgado; 6 - Colo transverso → intestino grosso; 7 - Rim D; 8 - Rim E; 9 - Mesocolo; 10 - Mm. glúteo médio; 11 - Bexiga; 12 - Baço; 13 - Colo descendente → intestino grosso; 14 - Mm. psoas maior; 15 - Colo ascendente; 16 - Coração Anatomia feminina: 1 - Mm. reto do abdome; 2 - Bexiga; 3 - Mm. obturador interno; 4 - Acetábulo; 5 - Reto; 6 - Vagina 1 - Sínfise púbica; 2 - Mm. pectíneo; 3 - Mm. obturador externo; 4 - Mm. obturador interno; 5 - Ísquio; 6 - Ânus; 7 - Vagina; 8 - Cóccix; 9 - Fêmur 1 - Mm. reto do abdome; 2 - Aa. ilíaca externa; 3 - Vv. ilíaca externa; 4 - Ovário D; 5 - Útero; 6 - Ovário E; 7 - Ílio; 8 - Reto; 9 - Cóccix Anatomia masculina: 1 - Corpo cavernoso; 2 - Bulbo do pênis; 3 - Ramo inferior do púbis; 4 - Mm. obturador interno;5 - Reto; 6 - Mm. levantador do ânus; 7 - Mm. glúteo máximo Patologias na TC de abdome: 1. Apendicite aguda: A: apêndice espessado, inflamado e com líquido → sinal de alvo B: apêndice espessado, alongado, com gordura periapendicular e líquido ao redor 2. Íleo biliar: presença de aerobilia (seta) e distensão gástrica a esquerda 3. Colecistite aguda (1) + pancreatite aguda edematosa (2): 4. Pancreatite aguda grave: presença de áreas de necrose (setas): 5. Pseudocisto pancreático: 6. Diverticulite aguda: TC com contraste IV mostra divertículo com espessamento parietal (seta) e aumento da gordura pericolônica: 7. Hepatomegalia: massa oval circunscrita e hipoatenuante no fígado 8. Abscesso hepático: presença de coleção gasosa indica abscesso hepático piogênico (derivado de bactérias → seta) 9. Ferimento hepático por projétil de arma de fogo: 10. Metástase hepática: 11. Infarto esplênico: 12. Hepatoesplenomegalia: o baço aumentado (seta) desloca o estômago (E) em sentido medial, que é comprimido pelo aumento do fígado 13. Massa intraperitoneal: decorrente de CA 14.Obstrução mecânica do cólon: massa intraluminal (seta) no cólon transverso dilatado (CT) por conta de um adenocarcinoma no baço. Presença de sonda nasogástrica (S) 15. Hemoperitônio: presença de uma grande massa (M) de tecidos moles hipocorada que empurra a bexiga anteriormente (B) 16. Pneumoperitônio: presença de ar livre na cavidade abdominal (setas) 17. Volvo do cólon D: a TC revela torção do cólon ascendente (seta) que gera distensão do cólon ascendente (CA) e ceco © 4. Angiotomografia computadorizada: a) TAC normal: trinômio arterial composto pela Aa. gástrica E + Aa. hepática comum + Aa. esplênica b) Aneurisma de aorta abdominal infra renal:
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