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Avaliação - Metodologia da pesquisa psicológica

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Avaliação 
Metodologia da Pesquisa Psicológica 
 
 QUESTÃO 1: Caracterizem o MÉTODO 
EXPERIMENTAL CLÁSSICO. 
 
O método experimental consiste 
em os pesquisadores determinarem um 
objeto de estudo, submetê-lo à influência 
de variáveis, formularem uma hipótese e 
analisarem os seus efeitos. 
Nesse sentido, o que caracteriza o 
método experimental é a relação de 
causalidade, que é definida pela relação 
causa e efeito entre as variáveis 
(independentes e dependentes, 
respectivamente). Isso é feito 
manipulando um fator e procurando pela 
evidência de que isso produz uma 
mudança em outro fator. Ou seja, o 
propósito de manipular e medir as 
variáveis é captar a causalidade. 
Para haver o método 
experimental, antes de se realizar o 
experimento, deve-se formular uma 
hipótese, que consiste em supor o que é 
provável que aconteça na pesquisa com 
base em evidências de pesquisas e teorias 
anteriores, ou por intuição. Além disso, a 
pesquisa deve conter grupos de controle 
– grupos que servem como base para 
comparar com os resultados obtidos nos 
grupos experimentais (que são os que 
sofrem o efeito do experimento) –, e 
seleção aleatória. 
Por isso, nesse tipo de método, o 
investigador participa ativamente da 
pesquisa, e não apenas como um 
observador passivo. 
 
 QUESTÃO 2: Caracterizem o CICLO 
METODOLÓGICO. 
 
Basicamente o ciclo se refere à 
relação entre a manifestação do 
fenômeno, visão de mundo do 
pesquisador, teoria e a produção de 
métodos-dados, diante disso é criada 
uma metodologia clara e adequada. 
O mais importante perceber 
quando nos referimos ao ciclo 
metodológico é entender que o seu 
 
intuito nada mais é do que garantir a 
pesquisa maior fidedignidade, isso 
acontece visto que a interação do 
pesquisador, não só com o que está 
sendo pesquisado, mas também com o 
meio onde ocorre a pesquisa é 
indispensável. 
Compreender que nesse processo 
a manifestação do fenômeno aliada a 
visão de mundo do pesquisador, para que 
possa ser gerada a teoria e os métodos, 
determina que a pesquisa será conduzida 
de forma específica e característica para 
aquele evento, se afastando da ideia de 
estatísticas predeterminadas e pontos a 
serem alcançados, pelo contrário, o ciclo 
metodológico permite que o método seja 
especializado e adequado àquilo que 
está sendo estudado. 
Quando se considera 
especificidades como contexto histórico, 
significados culturais, entre outros, é mais 
fácil de entender os processos e como 
eles ocorrem, criando um tipo de 
metodologia interpretativa. 
 
 QUESTÃO 3: Leiam atentamente a citação 
abaixo: 
 
“O que é, então, compreender o mundo? 
Em suas memórias, Heisenberg lembra-se 
de uma visita ao castelo de Krönberg em 
companhia de Bohr e de uma reflexão 
deste último: 
Não é estranho que este castelo se torne 
completamente diferente desde que 
sabemos que Hamlet viveu nele? 
Enquanto cientistas, acreditamos que um 
castelo consiste unicamente em suas 
pedras e admiramos a maneira como o 
arquiteto as reuniu. As pedras, o telhado 
verde com sua pátina, as madeiras 
talhadas da igreja formam o castelo. 
Nada de tudo isto deveria mudar pelo fato 
de que Hamlet viveu aqui e, no entanto, 
tudo se modifica com isso. De repente, as 
paredes e os muros falam uma linguagem 
totalmente diferente... 
 
By: Ewylle Farias 
Como não reconhecer nessa meditação 
de Niels Bohr o que foi o motivo de sua 
vida científica: a inseparabilidade entre a 
questão da realidade e a da existência 
humana? O que é o castelo de Krönberg, 
independente das questões que lhe 
propomos? As mesmas pedras podem 
falar-nos das moléculas que as 
compõem, dos estratos geológicos que 
provêm, talvez das espécies 
desaparecidas que contêm em estado de 
fósseis, das influências culturais sofridas 
pelo arquiteto que construiu o castelo, ou 
das questões que perseguiram Hamlet até 
a morte. Nenhum desses saberes é 
arbitrário; também, nenhum deles nos 
permite deixar de lado a referência 
àquele para quem essas questões 
adquirem sentido” (Progoggine & 
Stengers. Entre o Tempo e a Eternidade, 
1992; p. 42-43). 
 
Agora, com base na reflexão 
mencionada na citação, resenhe, de 
forma crítica, sobre as implicações da 
“inseparabilidade entre a questão da 
realidade e da existência humana” na 
definição do método ou de métodos para 
uma pesquisa em Psicologia. 
 
Uma analogia é capaz de explicar 
tal afirmação. Pois encarar o castelo de 
Hamlet como simplesmente pedras em 
paredes e um telhado, algo bem prático, 
seria como o método experimental é 
caracterizado, já que, ao realizar a 
pesquisa, dados já foram 
preestabelecidos, escalas já estão 
preparadas para receber estatísticas e, 
nesse ponto, as vivências e as 
especificidades humanas não são 
consideradas. 
Dessa forma, não há relação entre 
experiência humana e realidade, e, caso 
haja, ela é mediada, pois as pessoas são 
reduzidas a grupos - experimental e 
controle - que são manipulados pelo 
pesquisador para que se comprove 
hipóteses e se alcance o resultado que ele 
quer buscar. 
Por outro lado, entender a 
“inseparabilidade entre a questão da 
realidade e da existência humana” nos 
remete ao método não experimental, que 
mantém a mesma seriedade e regras 
para se fazer pesquisa, entretanto, não é 
possível estudar determinado fenômeno 
ou evento, sem considerar que o mesmo 
ocorre com seres humanos, que as 
vivências, experiências, especificidades 
devem ser levadas em consideração. 
Assim, por meio do ciclo 
metodológico, observa-se a relação entre 
a realidade e a própria existência 
humana, visto que, os sujeitos e seus 
fenômenos são estudados em seu 
ambiente natural e não há situações 
controladas e/ou manipuladas por quem 
coordena a pesquisa. 
Desse modo, o castelo de Hamlet 
não teria determinada estrutura ou 
disposição se não tivesse sido habitado 
por Hamlet, assim como uma pesquisa 
relacionada à vida humana não pode se 
resumir a citar e catalogar dados, sem 
levar em consideração que, ao coletá-los 
e interpretá-los existe ali a presença e as 
marcas de uma vida. 
 
 QUESTÃO 4: Caracterizem a análise 
microgenética e justifiquem sua 
aplicação na pesquisa em Psicologia. 
 
A análise microgenética é uma 
abordagem que descreve 
minuciosamente a trajetória de mudança 
de determinado fenômeno. Este tipo de 
análise busca um maior detalhamento 
dos processos que geram mudanças, 
tanto no sentido de rupturas quanto da 
consolidação de certas estruturas 
comportamentais. 
O termo “microgenético”, nas 
Ciências Humanas, refere-se a pequenas 
variações, mudanças, ou novas 
formações, observadas em todo tipo de 
processo de desenvolvimento. E sua 
aplicação como um método surgiu entre 
pesquisadores cognitivistas, mas 
pesquisadores de outras perspectivas 
teóricas o utilizam, a exemplo de 
psicólogos do desenvolvimento, como 
Vygotsky, em sua psicologia cultural-
histórica. 
Nesse sentido, a metodologia 
microgenética revela-se adequada para 
sua aplicação na pesquisa em psicologia 
por se tratar do estudo dos fenômenos de 
mudança ou transição, dando ao 
pesquisador acesso à análise das 
sequências típicas dos processos de 
mudança e desenvolvimento, que se dá 
pela observação dos comportamentos 
dos indivíduos dentro de um curto espaço 
de tempo. 
 
 QUESTÃO 5: Spink (2000) defende a ética 
na pesquisa social como “interanimação 
dialógica”. Expliquem e avaliem a 
posição da autora. 
 
Spink nos esclarece que, em se 
tratando de uma pesquisa social, se faz 
necessário que os seres sociais, logo o 
pesquisador e pesquisado, estejam em 
pleno e constante diálogo, não apenas 
quanto aos objetivos, métodos ou 
resultados da pesquisa, visto que são 
pontos comumente esclarecidos pelos 
pressupostos éticos. 
A autora explica que o processo 
da pesquisa precisa estar pautado e 
andar lado a lado com a linguagem, a 
interação do pesquisador com os 
participantes da pesquisa deve ocorrer 
durante todo o processo, as atitudes 
tomadas perante a coleta e 
interpretação de dados e a formacomo 
os mesmos serão utilizados devem estar 
visivelmente claras. 
A interanimação dialógica se 
refere a esse contato constantemente 
dialogado e esclarecido, onde as 
vivências de ambas as partes são levadas 
em consideração, mas principalmente 
está atrelada a uma perspectiva de 
tornar o processo ainda mais ético, 
garantindo segurança e clareza ao 
pesquisado. 
Seguir tal pensamento de Spink ao 
conduzir uma pesquisa não só é o mais 
correto como o mais ético também, a 
autora demonstra a preocupação com o 
pesquisado deixando-o em uma posição 
de conforto e ciente do que está sendo 
feito com suas informações.

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