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Pincel Atômico - 24/06/2023 15:15:27 1/6 JOSÉ RAIMUNDO SOARES MOTA Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 22 (23085) Atividade finalizada em 22/06/2023 15:58:28 (1042806 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: ANÁLISE E PRODUÇÃO DE TEXTOS [873317] - Avaliação com 8 questões, com o peso total de 1,67 pontos [capítulos - 5] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em Letras-Português - Grupo: FPD-MAIO2023 - SGegu0A300523 [93041] Aluno(a): 91209464 - JOSÉ RAIMUNDO SOARES MOTA - Respondeu 6 questões corretas, obtendo um total de 1,25 pontos como nota [359873_1529 40] Questão 001 Veja, a seguir, o cartaz da campanha intitulada “Racismo faz mal à Saúde” que foi produzido pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Direitos Humanos: Figura 8: campanha “Racismo faz mal à Saúde” Fonte: Rocha (2016) A campanha se caracteriza por diversas ações e recursos para uma dada finalidade. Logo, é possível afirmar que o cartaz acima integra uma campanha publicitária, visto que: X O cartaz apresenta uma estrutura publicitária: uso de logomarcas (do SUS e Governo Federal); produção intersemiótica (palavras e imagens); mensagem passada de forma breve e objetiva (divulgação de canal de denúncias), em que expressa o próprio nome da campanha (“racismo faz mal à saúde”) O cartaz apresenta uma estrutura publicitária com foco político-partidária: uso de logomarcas (do SUS e Governo Federal); produção intersemiótica (palavras e imagens); mensagem passada de forma breve e objetiva contra o racismo nas unidades de saúde. O cartaz foi produzido na intenção de ser afixado nos corredores de clínicas, ambulatórios e hospitais com a finalidade de informar a importância do silêncio nesses espaços. O cartaz apresenta uma estrutura publicitária, pois se utiliza da ironia, figura de linguagem unicamente usada no meio publicitário, ao recorrer à imagem do “faça silêncio”, comum nas unidades de saúde. O cartaz é um gênero próprio do jornalismo, normalmente utilizado nas emissoras de rádio para fins de divulgação das campanhas publicitárias. Pincel Atômico - 24/06/2023 15:15:27 2/6 [359875_1521 50] Questão 002 Bay Bay Brasil Oi, coração Não dá pra falar muito não Espera passar o avião Assim que o inverno passar Eu acho que vou te buscar Aqui tá fazendo calor Deu pane no ventilador Já tem fliperama em Macau Tomei a costeira em Belém do Pará Puseram uma usina no mar Talvez fique ruim pra pescar Meu amor [...] No Tabaris o som é que nem os Bee Gees Dancei com uma dona infeliz que tem um tufão nos quadris Tem um japonês atrás de mim Eu vou dar um pulo em Manaus Aqui tá quarenta e dois graus O sol nunca mais vai se pôr Eu tenho saudades da nossa canção Saudades de roça e sertão Bom mesmo é ter um caminhão Meu amor Baby bye, bye Abraços na mãe e no pai Eu acho que vou desligar As fichas já vão terminar Eu vou me mandar de trenó pra Rua do Sol, Maceió Peguei uma doença em Ilhéus Mas já estou quase bom Em março vou pro Ceará Com a bênção do meu Orixá Eu acho bauxita por lá Meu amor [...] BUARQUE, Chico. Bay Bay Brasil. Disponível em: <http://www.vagalume.com.br/chico-buarque/bye-bye-brasil.html#ixzz 3nJz7BBE O>. Acesso em: 15 set. 2015. Considerando as caracterizações de gênero textual, depreende-se que o texto apresenta marcas que o caracterizam como pertencente ao gênero piada, tendo em vista o uso do humor em frases como “Tem um japonês atrás de mim”. um monólogo, tendo em vista a ausência da fala da pessoa a quem o interlocutor se dirige, o que permite classificá-lo como pertencente ao gênero carta informal. marcas de oralidade, como as que se observam nos três primeiros versos, o que permite classificá-lo como pertencente exclusivamente ao gênero telefonema. X marcas de oralidade comuns à situação comunicativa do gênero telefonema, ainda que isso seja uma construção ficcional permitida pelo gênero canção. Pincel Atômico - 24/06/2023 15:15:27 3/6 recursos expressivos comuns ao universo da poesia, como hipérboles e metáforas, o que permite caracterizá-lo como pertencente ao gênero bilhete. [359874_1521 48] Questão 003 Limites das cotas As regras anunciadas pela UnB (Universidade de Brasília) para seu programa de cotas raciais para negros e pardos dão bem a medida da inconsistência desse sistema. Os candidatos que pretendem beneficiar-se das cotas serão fotografados "para evitar fraudes". Uma comissão formada por membros de movimentos ligados à questão da igualdade racial e por "especialistas no tema" decidirá se o candidato possui a cor adequada para usufruir da prerrogativa. Para além do fato de que soa algo sinistra a criação de comissões encarregadas de avaliar a "pureza racial" de alguém, faz-se oportuno lembrar que, pelo menos para a ciência, o conceito de raça não é aplicável a seres humanos. Os recentes avanços no campo da genômica, por exemplo, já bastaram para mostrar que pode haver mais diferenças genéticas entre dois indivíduos brancos do que entre um branco e um negro. (...) Esta Folha se opõe à política de cotas por entender que nenhuma forma de discriminação, nem mesmo a chamada discriminação positiva, pode ser a melhor resposta para o grave problema do racismo. A filosofia por trás das cotas é a de que se pode reparar uma injustiça através de outra, manobra que raramente dá certo. (...) (Folha de S. Paulo. 22/03/2004, p. A-2) No verbete editorial, do dicionário Houaiss, lê-se a seguinte definição: Artigo em que se discute uma questão, apresentando o ponto de vista do jornal, da empresa jornalística ou do redator-chefe. Baseando-se nessa definição, é correto afirmar que o texto “Limites das cotas” é, de fato, um editorial, uma vez que se trata de uma matéria jornalística não assinada, fato que é suficiente para caracterizar a imparcialidade na análise de uma questão. a matéria de que trata é indiscutivelmente polêmica e vem despertando o interesse de boa parte dos leitores. há nele uma tentativa de levantamento das diferentes e contraditórias opiniões dos redatores de um órgão da imprensa. há nele uma explicitação inequívoca do seu caráter opinativo, que deixa claro um posicionamento do veículo de informação. X nele se analisam, de modo isento e equilibrado, as razões de duas abordagens divergentes de uma mesma questão. [359873_1529 48] Questão 004 A crônica é um gênero textual versátil de breve extensão. É capaz de mesclar diferentes tipologias de texto, como o narrativo, expositivo e argumentativo, por exemplo. Jornais e revistas são alguns dos meios de comunicação em que tendem a serem veiculados. Dessa forma, escolha a alternativa que melhor especifica a crônica no sentido geral desse gênero textual, conforme EAD PUCPR (2020): Esse tipo de crônica é marcado pela narração em primeira ou terceira pessoa do singular. Ele costuma conter humor, ação e crítica. O objetivo da narrativa é, na verdade, provocar uma reflexão sobre o assunto abordado. Os cronistas costumam identificar aspectos que, muitas vezes, passam despercebidos pelo restante da sociedade, mas que merecem observação e análise. A crônica jornalística tem um viés do texto jornalístico no que diz respeito à veiculação de notícias e fatos. Pincel Atômico - 24/06/2023 15:15:27 4/6 Diferentes abordagens e estratégias podem ser adotadas nesse tipo de texto para tratar dos temas que impactam a sociedade de forma cômica. X Textos curtos e de fácil compreensão; Linguagem simples e descontraída; Poucos (ou nenhum) personagens nas histórias; Análise crítica sobre contextos e circunstâncias; Humor crítico, irônico e sarcástico; Linha cronológica estabelecida. [359873_1529 42] Questão 005 Observe a composição gráfica e o tema da imagem a seguir: Figura 9: Querer cuidar do meu esposo, da minha casa Fonte: Femimemes (2021). É correto afirmar que o gênero textual acima trata-se de um meme que visa fazer uma crítica ao patriarcado, visto que: X Há uma ironia, já que o sentido dafrase de “não faz de mim escrava do lar” é contrariado pela representação submissa da mulher e posição satisfeita do homem. Já o texto possui um formato de legenda amarela na parte superior e inferior, comum no gênero meme mais tradicional. Se utiliza do texto e da imagem associado à ironia para ignorar a condição submissa da mulher na relação heteronormativa, divulgando a importância de manter a servidão da figura feminina para a manutenção da estrutura familiar tradicional. Visto que a imagem possui a estrutura de um texto intersemiótico em que há uma clara relação entre o texto e a imagem, exclusiva do gênero meme. A frase “Querer cuidar do meu esposo, da minha casa / e da minha família não faz de mim escrava do lar” possui o formato de legenda amarela na parte superior e inferior, exclusivo do gênero meme. Se utiliza indevidamente de uma imagem em que não é citada a autoria, ferindo com lei de citação ao autor da ilustração, no que se refere aos direitos autorais da obra. Pincel Atômico - 24/06/2023 15:15:27 5/6 [359874_1521 47] Questão 006 Leia o fragmento de texto abaixo: A formação do povoado que deu origem ao atual município começou a ocorrer no final do século XVII, por volta de 1694, com a descoberta de ricas minas auríferas mais tardes denominadas de Catas Altas. O historiador Salomão de Vasconcelos afirma que quase nada se conhece a respeito dos verdadeiros descobridores da região onde está localizado o município e sobre a fundação de Catas Altas. Mas, em anotações, atribui-se a Domingos Borges a fundação do arraial em 1703. A história de Catas Altas, assim como de diversas cidades mineiras, está relacionada com o ciclo da mineração no século XVIII. O nome “Catas Altas” provém das profundas escavações que se faziam no alto dos morros. A palavra “catas” significa garimpo, escavação mais ou menos profunda, conforme a natureza do terreno para a mineração. No povoado, as catas, os garimpos, as minas mais ricas e produtivas, estavam situadas nas partes mais altas, isto é, se encontravam no alto da serra e por isso, a atual cidade ficou conhecida como Catas Altas. “O povo vendo que cada vez mais o ouro estava diminuindo nos leitos dos rios e córregos, e com abundância nas partes altas, diziam: ‘as catas estão altas’, ‘as catas estão ficando em lugares mais altos’, ‘as catas estão em lugares de mais difícil acesso’”. Em 1712 ocorreu o primeiro registro de batismo em uma Capela de menor porte com invocação à Nossa Senhora da Conceição. Em 1729, teve início a construção da atual Igreja Matriz de mesma invocação, substituindo a antiga capela. A Atual Igreja Matriz pertence à segunda fase do barroco e permanece com seu interior inacabado, possibilitando aos visitantes conhecerem as etapas de construção e sua policromia, tornando-se um dos mais importantes ícones da arquitetura e ornamentação do Brasil neste estilo. Durante o ciclo da mineração, Catas Altas foi um dos mais ricos e populosos arraiais de Minas Gerais. Com o esgotamento das minas, o arraial ficou praticamente abandonado. Em 1868, chega a Catas Altas o Monsenhor Manuel Mendes Pereira de Vasconcelos para ser o vigário do arraial. Logo percebe o estado lastimável em que se encontrava o lugar, além do abatimento moral estampado nos rostos dos poucos moradores que ainda não haviam emigrado. O padre nota ainda a ausência de qualquer forma de cultura de subsistência. Milho, arroz, feijão, toucinho, tudo é provido pelos tropeiros. [...] A respeito do gênero do texto, pode-se afirmar que se trata de um texto dissertativo/ descritivo, uma vez que apresenta tese e há detalhamento nas ideias apresentadas. texto argumentativo, uma vez que apresenta tese e há detalhamento nas ideias apresentadas. texto dissertativo, pois assemelha-se ao artigo de opinião, acrescentando valores acerca do assunto discutido. X texto predominantemente narrativo/informativo, pois narra e informa sobre fatos ocorridos em um contexto temporal. texto descritivo, porque detalha pormenores da cidade de Catas Altas. [359873_1529 41] Questão 007 Segundo Fiorin e Platão (2007), o resumo corresponde à redução do texto original. Sendo assim, é certo afirmar, ainda parafraseando os autores, que é fundamental nesse gênero textual: Ignorar uma leitura prévia, visto que a releitura é desnecessária para a construção de um bom resumo. Pincel Atômico - 24/06/2023 15:15:27 6/6 X Indicar as partes mais importantes do texto, de modo progressivo e de maneira a estabelecer uma correlação entre elas. É similar à resenha, pois deve-se abordar o texto original tal qual como ele é, sem a necessidade de determinar um objetivo do que se pretende sintetizar. É similar à resenha, pois deve-se abordar o texto original tal qual como ele é, sem a necessidade de realizar a síntese. Ignorar as partes mais importantes do texto, sem necessidade de expressar a correlação entre elas. [359874_1521 49] Questão 008 Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes, um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos ingênuos. As letras fizeram- se para frases; o algarismo não tem frases, nem retórica. Assim, por exemplo, um homem, o leitor e eu, querendo falar do nosso país, dirá: - Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força que este caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras, as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e Fideles Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito superior a todos os direitos. A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade: - A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não lêem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles; é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente quer e pode pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa da Penha - por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado. Replico eu: - Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições..." Fonte: http://www.amatra3.com.br/uploaded_files/Cr%C3%B4 nicas.pdf. Acesso em 06/12/2009. Esse trecho é de um texto de Machado de Assis, de 15/08/1876. Como gênero jornalístico, constitui-se em: X artigo. conto. crônica. crítica. relato.
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