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DIREITO DO TRABALHO
PROFESSOR: REGINALDO MESSAGGI
E-MAIL: 	reginaldo.messaggi@unisul.br
		regimessaggi@hotmail.com
TRABALHO
Trabalho individual sobre o seguinte tema: REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS COM MAIS DE 200 TRABALHADORES (previsão legal, composição, garantias dos representantes dos trabalhadores, atribuições, etc.)
O trabalho deve ser realizado dentro das normas da ABNT, devendo conter Capa, Introdução, Conclusão e Referências. Data de entrega: 13/04/2020.
AULA 01
- Origem e Evolução do Direito do Trabalho
O trabalho era considerado pela Bíblia como castigo. Adão foi obrigado a trabalhar para comer por ter comido o fruto (maçã) proibido. No paraíso ele tinha tudo sem precisar fazer esforço, mas quando foi expulso, como castigo, teve que trabalhar para sobreviver.
A palavra “trabalho” vem do latim “tripalium”, que era uma espécie de instrumento de tortura com três paus, utilizado em animais.
A primeira forma de trabalho foi a escravidão, pela qual o escravo era considerado apenas uma “coisa”, sem direito algum, muito menos os trabalhistas. 
Num segundo momento, encontra-se a servidão, a época do feudalismo, onde os senhores feudais davam proteção militar e política aos servos, que não eram livres, e, estes, entregavam parte da produção rural aos senhores feudais como forma de pagamento da proteção e do uso da terra. Os nobres não trabalhavam.
Após, tem-se as corporações de ofício, em que existiam três figuras: mestres, companheiros e aprendizes. Os mestres eram proprietários das oficinas; os companheiros eram trabalhadores que percebiam salários dos mestres e; os aprendizes eram os menores que recebiam dos mestres o ensino do ofício ou profissão. 
Posteriormente, do século XIX, até os dias atuais, prevalece o sistema fabril, oriundo da Revolução Industrial, cuja produção é realizada nos edifícios do empregador e sob rigorosa supervisão deste. Os trabalhadores perderam completamente os instrumentos de produção. A habilidade deixou de ser tão importante devido ao uso da máquina e o capital tornou-se mais necessário do que nunca. A principal causa econômica do surgimento da Revolução Industrial foi o aparecimento da máquina a vapor como fonte energética.
Desta forma, temos que o marco inicial do direito do trabalho foi a Revolução Industrial. Com ela o trabalho foi transformado em emprego. Os trabalhadores passaram a trabalhar por salários. (os escravos trabalhavam obrigados por seus donos; os servos trabalhavam por proteção; os aprendizes pelo aprendizado).
Com a Revolução Industrial e a consequente invenção das máquinas, as indústrias desenvolveram-se, inúmeros trabalhadores foram contratados para laborarem nas fábricas, com salários baixos e péssimas condições estruturais como ventilação e higiene precária. Os trabalhadores eram submetidos a longas jornadas de trabalho, que ultrapassam, muitas vezes, a quinze horas diárias. Havia inclusive contratação de crianças para trabalhos pesados e desumanos. Os acidentes eram freqüentes, a alimentação péssima e insuficiente. Os erros e faltas eram severamente punidos. Com o passar do tempo a situação tornou-se insuportável.
Diante desse quadro, ou o Estado agia para equilibrar a produção e o trabalho, evitando acumulação de riquezas de um lado e pobreza do outro, ou, o próprio Estado seria destituído pela massa, nos seus movimentos de reivindicações.
Assim começava a surgir em alguns países leis de um direito em formação, derrogando princípios que pareciam estruturados na própria história da humanidade. A legislação do trabalho nasceu no começo do século XIX e tratava principalmente acerca do reconhecimento do sindicato, do direito de greve e dos acidentes de trabalho.
O Direito do Trabalho, então, surgiu para regulamentar as relações de convivência de duas classes ditas antagônicas, os empregados e os empregadores. Fruto de uma longa história de sofrimento e exploração, a normatividade laboral, conquistada apenas na modernidade, foi a consagração de direitos mínimos de dignidade e respeito ao ser humano enquanto trabalhador.
- Origem e Evolução do Direito do Trabalho no Brasil
No Brasil, mesmo que a Lei Áurea não tenha, obviamente, qualquer caráter justrabalhista, pode ser considerada, de certa forma, como o marco inicial de referência da história do Direito do Trabalho. Isso porque, a mencionada Lei veio a cumprir papel importante na reunião dos pressupostos para que esse novo ramo jurídico especializado pudesse ser constituído. O referido diploma eliminou da ordem sociojurídica a relação de produção incompatível com o ramo justrabalhista (a escravidão), como também, em consequência, estimulou a incorporação pela prática social da fórmula então revolucionária de utilização da força de trabalho: a relação de emprego. 
Contudo, a primeira Constituição brasileira a tratar especificamente sobre o Direito do Trabalho foi a Carta de 1934, que sofreu a influência significativa do constitucionalismo social e da Constituição Polonesa, pela qual se assegurava a liberdade de associação. Assim, a Constituição de 1934 foi a primeira a falar da ordem econômica e social, dispondo no art. 120, que os sindicatos e associações profissionais seriam reconhecidas de conformidade com a lei. Mais à frente, em seu artigo 121 elencou as condições de trabalho na cidade e no campo, tendo em vista a proteção social do trabalhador e os interesses econômicos do país.
 
Também, a Constituição de 1934 foi a primeira lei a tratar sobre o salário mínimo, a jornada de oito horas, das férias anuais remuneradas, da proibição de qualquer trabalho a menor de 14 anos, do trabalho noturno a menores de 16 anos e em indústria insalubres, a menores de 18 anos e a mulher. Por essa Constituição foi assegurado direito ao trabalhador dispensado sem justa causa; repouso remunerado, de preferência aos domingos. Também vedou a diferença de salário para o mesmo trabalho por motivo de idade, sexo, nacionalidade ou estado civil.
Conforme se pode verificar, as relações de trabalho passaram a ter maior atenção a partir da década de 1930, quando houve a regulamentação de algumas profissões, ou seja, quando se fortaleceram algumas categorias profissionais e houve a ampliação da negociação coletiva de trabalho. 
Neste período, havia inúmeras leis esparsas acerca da legislação trabalhista, necessitando da consolidação das mesmas, o que efetivamente ocorreu mediante a publicação do Decreto-Lei nº 5.452 de 01 de maio de 1943, aprovando a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, cujo principal objetivo foi compelir as leis esparsas unificando-as num único ordenamento jurídico civil.
Atualmente, a Constituição de 1988, a chamada Constituição Cidadã, trouxe em seu art.7º, incisos que regulamentam direitos trabalhistas. Tal artigo, ao longo de seus incisos garante os direitos mínimos aos trabalhadores urbanos e rurais em um elenco exemplificativo (direitos sociais). Contudo, convém salientar que outros direitos constitucionais estão consagrados ao longo da Carta de forma difusa em outros artigos.
Em 2017, foi aprovada a Lei nº 13.467, que traz a chamada Reforma Trabalhista, e que entrou em vigor no dia 11/11/2017. Referida lei alterou mais de 100 artigos da CLT, trazendo mudanças significativas no ordenamento jurídico trabalhista.
- Direito do Trabalho - Conceito
Pode-se considerar o Direito do Trabalho como o ramo jurídico que se ocupa de regular as relações laborativas na sociedade contemporânea. 
O Direito do Trabalho no decorrer de sua origem recebeu diversas denominações, tais como Direito Industrial, Direito Corporativo, Direito Operário, Direito Social e Direito Sindical. No entanto, atualmente, a denominação Direito do Trabalho tornou-se a mais aceita e pacificada na doutrina, jurisprudência e diplomas legislativos da área, para identificar este ramo jurídico especializado.
Nascimento (2003, p. 170) assim define Direito do Trabalho: “Ramo da ciência do Direito que tem por objeto as normas jurídicas que disciplinam as relações de trabalho subordinado, determinam osseus sujeitos e as organizações destinadas à proteção desse trabalho, em sua estrutura e atividade”.
Pode-se dizer, então, que Direito do Trabalho é o conjunto de princípios, regras e instituições atinentes à relação de trabalho subordinado e situações análogas, visando assegurar melhores condições de trabalho e sociais ao trabalhador, de acordo com as medidas de proteção que lhe são destinadas.

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