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ARTIGO_A DISCIPLINA DE HISTORIA NO CONTEXTO DA DITADURA MILITAR NO BRASIL_act080623_FCE

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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
CLAUDIO JOSÉ EVANGELISTA DE ANDRADE 
CPF 126.189.708-02 
 
 
 
 
 
A DISCIPLINA DE HISTÓRIA NO CONTEXTO 
DA DITADURA MILITAR NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado como requisito para a 
Aprovação na Graduação Licenciatura em 
Historia pela Faculdade Campos Elíseos 
sob orientação do(a) Prof(a). Orientador(a) 
Marcia Leite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorocaba - SP 
2023 
 
 
 
 
2 
 
 
 
A DISCIPLINA DE HISTÓRIA NO CONTEXTO 
DA DITADURA MILITAR NO BRASIL 
 
 
CLAUDIO JOSE EVANGELISTA DE ANDRADE 
 Sorocaba-SP/2023 
 
RESUMO 
 
Abordamos aqui a interferência do regime militar brasileiro no ensino de história durante 
seu período de governo. O regime controlava diretamente os conteúdos abordados nas aulas, 
suprimindo ou distorcendo informações que não estivessem alinhadas com sua ideologia. 
Temas relacionados às lutas sociais, movimentos de resistência, direitos humanos e debates 
políticos eram omitidos ou apresentados de forma distorcida. O objetivo era controlar a 
formação da consciência crítica dos estudantes e promover uma visão positiva e legitimadora 
do regime. Essa censura também se estendia aos livros didáticos, obras literárias e materiais 
pedagógicos utilizados nas escolas. Muitos livros didáticos passaram por revisões e edições 
que eliminavam ou alteravam informações consideradas indesejáveis. Até mesmo a história 
do período republicano anterior à ditadura foi alvo de manipulação, com a apresentação 
simplista e parcial de eventos e figuras históricas. Além da censura, os professores e 
estudantes enfrentaram restrições e vigilância por parte do regime. Muitos professores foram 
perseguidos, demitidos ou afastados de suas atividades por se posicionarem contra a ditadura 
ou por adotarem métodos de ensino considerados "subversivos". A liberdade acadêmica e a 
autonomia dos professores foram severamente cerceadas. Apesar dessas limitações e 
manipulações impostas pelo regime, houve resistência por parte de alguns professores de 
história e estudantes. Eles adotaram estratégias de ensino criativas e subversivas, buscando 
transmitir uma visão crítica da história e estimulando o pensamento reflexivo nos alunos. 
Grupos de estudo, rodas de conversa e atividades extracurriculares foram formas de 
resistência e de manutenção de uma educação crítica durante a ditadura. Com o processo de 
redemocratização do país nos anos 1980, a disciplina de história passou por mudanças 
significativas, com a revisão dos currículos e a incorporação de uma abordagem mais crítica 
e pluralista. O ensino de história passou a valorizar a diversidade, os direitos humanos, as 
lutas sociais e a construção de uma consciência histórica comprometida com a democracia e 
a justiça social. No entanto, as marcas deixadas pelo período da ditadura militar ainda se 
fazem presentes no ensino de história até os dias atuais, exigindo um trabalho contínuo de 
revisão e reflexão sobre esse período da história do Brasil. 
 
Palavras-chave: Ditadura Militar. Livro Didático. Ensino de História. Educação. 
 
 
 
 
3 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O objetivo deste trabalho foi identificar a importância de compreender a história da educação 
brasileira em diferentes situações, destacando que algumas reflexões sobre a ditadura militar 
foram utilizadas como mecanismos de controle do Estado. É necessário promover uma 
aprendizagem crítica entre alunos e professores para evitar que ideologias políticas 
autoritárias prejudiquem as estratégias de ensino. 
O período da ditadura militar no Brasil é objeto de extensa pesquisa e inúmeras publicações, 
com elementos centralizadores como a opressão e a repressão, que puniam aqueles que se 
opunham ao governo militar. Além disso, a censura, as torturas e assassinatos representam 
o resultado de opiniões contrárias aos líderes do Estado. Algumas abordagens bibliográficas, 
em menor número, mencionam o processo que determinou a vitória contra os militares, 
proporcionando análises acerca dos sentidos que refletiram em impactos políticos e 
econômicos, dentro deste período no pais (ARANHA, 2006). 
A expansão das disciplinas científicas reafirmou-se durante o período militar e, para 
compreender os conteúdos abordados nos livros didáticos de história, faz-se necessária uma 
análise acerca do início do Período Militar de 1964, seguindo para interpretação de como as 
políticas determinaram a exclusão do povo, na participação da tomada de decisão ou 
expressão social, diante de uma cultura renovada em aspectos repressivos, pois após o do- 
mínio do regime militar no país, os professores de histórias receberam restrições em relação 
ao ensino político, reduzindo a autonomia, devido à vigilância nos processos educativos da 
época (COUTO, 2007). 
Os objetivos do estudo incluem analisar a forma como o governo ditatorial é abordado nos 
livros didáticos, que são recursos pedagógicos que exigem uma reflexão sobre as ideologias 
do período militar devido à sua influência no processo de ensino-aprendizagem. O estudo 
também visa estudar a abordagem da disciplina de história na Educação Básica antes do 
período da ditadura militar, identificar a ditadura militar e sua influência nos sistemas 
educacionais e analisar os livros de história utilizados durante o regime militar no Brasil. 
Assim, a relevância deste estudo reside na necessidade de compreender como os livros de 
história abordam o período da ditadura militar no Brasil, considerando sua influência na 
formação do conhecimento humano, uma vez que os livros são recursos didáticos 
disciplinares. A metodologia utilizada no trabalho foi um levantamento bibliográfico para 
embasar teoricamente o estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA DITADURA MILITAR NO BRASIL 
 
Durante o período imperial, a história era tratada, nas escolas, como a identidade do povo 
brasileiro, mas dedicada aos valores morais, históricos e sociais da elite. A disciplina tornou-
se indispensável para todas as faixas etárias e classes sociais, devido à formação de 
sentimentos patrióticos, configurando a construção da identidade do país (GASPARELLO, 
2014). 
A ditadura militar no Brasil teve início em 1964 e durou até 1985. Para entender o contexto 
histórico que levou ao golpe militar, é necessário examinar alguns eventos e características 
importantes das décadas de 1930 a 1960 no País. 
Após a Revolução de 1930, o ensino religioso, de obrigatório, passou a ser facultativo e 
houve a fixação mínima de investimentos públicos na educação. Além disso, o sistema 
básico foi ampliado, seguindo os preceitos das reivindicações liberais, separando as classes, 
levando o ensino de qualidade com direito ao acesso da elite, enquanto as classes mais baixas 
permaneciam trabalhando, acima dos estudos. A Educação musical, física, moral e cívica, 
foram inseridas nos currículos escolares, centralizando a política no controle dos conteúdos 
de História, por meio de intervenções na elaboração dos livros didáticos (MEDEIROS E 
AGOSTINO, 2005). 
Durante o período da Guerra Fria, o Brasil vivia uma polarização política e social, agravada 
por crises econômicas e instabilidade política. Na década de 1950, o presidente Getúlio 
Vargas governou o país de forma populista, adotando medidas intervencionistas na 
economia e buscando apoio das massas trabalhadoras. No entanto, em 1954, Vargas cometeu 
suicídio, o que gerou comoção nacional e evidenciou as tensões políticas existentes. 
O final da 2a. Guerra (1945) e a queda de Vargas anunciam um tempo de democracia, 
surgindo uma nova abordagem para os conteúdos de História sob a ótica humanística e 
através de uma educação para a paz. (MILLAVIL, 2007, p.271). 
Nos anos seguintes, o Brasil passou por uma série de governos democráticos, com eleições 
presidenciais que refletiam a disputa entre forças políticas diversas. Em 1961, Jânio Quadros 
foi eleito presidente com uma plataforma nacionalista e moralizadora, mas renunciou 
abruptamenteapós sete meses de governo, gerando uma crise política. 
A renúncia de Quadros levou à posse de seu vice-presidente, João Goulart, conhecido como 
Jango, que assumiu o cargo em setembro de 1961. Goulart era considerado um líder mais à 
esquerda, ligado a movimentos trabalhistas e apoiado por setores populares. Sua ascensão 
ao poder gerou tensões e resistências por parte de setores conservadores da sociedade 
brasileira, incluindo militares e elites empresariais. 
A crise política se intensificou em 1964, com manifestações, greves e movimentos sociais 
em todo o país. Alegando a ameaça comunista e a instabilidade política, setores militares se 
 
 
 
 
5 
 
 
 
rebelaram e realizaram um golpe de Estado em 31 de março de 1964. Esse golpe derrubou o 
presidente João Goulart, que buscou refúgio no Uruguai. 
No ano de 1964, em meados do mês de abril, os militares derrubaram o então presidente do 
Brasil, João Goulart, ocupando o poder do Estado e estabelecendo a repressão social e o 
controle da população, que passou a policiar-se nas atitudes e escolhas, devido à repressão 
sofrida. Após Goulart ser deposto, a substituição sucessiva não seguiu os princípios 
democráticos, levando a novas eleições abertas, mas a liderança das Forças Armadas à 
presidência do país, por meio de uma eleição indireta realizada no poder Legislativo 
(COUTO, 2007). 
Segundo Couto (2007), no dia 11 de abril o Congresso elegeu como novo presidente da 
República, o marechal Humberto de Alencar Castello Branco, com o propósito de finalizar 
o mandato de João Goulart. O marechal, tornando-se chefe do Estado, passou a conspirar e 
coordenar os movimentos de revolta, as greves e manifestações sociais, punindo aqueles que 
apresentavam qualquer oposição à opinião do poder maior. 
O período da Ditadura Militar caracterizou o final da democracia, declinando o ensino a 
debates políticos, implantando uma educação que perseguia e cassava aqueles que não 
obedeciam às legalidades estabelecidas pelos militares. Os estudantes tiveram suas vozes 
abafadas, alguns professores foram perseguidos e as salas de aulas vigiadas pelos militares, 
que fiscalizavam o processo de ensino, afastando o currículo da formação crítica dos alunos, 
disseminando a carga da disciplina de História entre História e Geografia, Educação Moral 
e Cívica, Organização Social e Política do Brasil (BITTENCOURT, 2003). 
A ditadura militar no Brasil teve diversas fases e períodos de maior ou menor repressão, mas 
em geral foi marcada por violações dos direitos humanos, tortura, desaparecimentos forçados 
e censura. A resistência ao regime também foi forte, com movimentos estudantis, greves 
operárias, organizações armadas e a atuação da Igreja Católica desempenhando papéis 
importantes na luta pela democracia. 
Neste contexto, as repressões às lutas da população aumentaram de maneira significativa, 
determinando uma severa punição àqueles que não seguiam as ordens do governo, além de 
estabelecer a censura em jornais, revistas, livros, filmes, músicas e demais manifestações 
artísticas e sociais (ARNS, 2011). 
“Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores foram investigados, presos, 
torturados ou exilados do país” (BUENO, 2003, p.145). 
Ainda, segundo as afirmações de Chiavenato (2005), entre os anos de 1964 e 1984, momento 
em que a ditadura tratou do regime político do Brasil, houve a destruição da economia e a 
institucionalização da corrupção, levando a torturas àqueles que estavam contrários às 
práticas políticas. Além disso, a nação brasileira ficou abalada, prejudicando a interpretação 
social das gerações seguintes. 
O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) venceu as eleições de 1978, proporcionando 
a redemocratizacão do país. O general João Baptista Figueiredo concedeu, por meio da Lei 
 
 
 
 
6 
 
 
 
da Anistia, o direito aos exilados de retornarem ao Brasil, além dos condenados por crimes 
políticos. Os partidos políticos passaram a seguir as normas e leis, como antes da ditadura 
militar, com Geisel derrubando o AI-5, restabelecendo o pluripartidarismo no país. O partido 
ARENA passou a ser conhecido como PDS e o MDB como PMDB. Assim também, 
permitiu-se a criação de novos partidos, como o PT e o PDT (HABERT, 2012). 
O regime militar só chegou ao fim em 1985, com a eleição indireta de Tancredo Neves como 
presidente e a posterior posse de José Sarney. Esse período de transição e redemocratização 
marcou o início de um processo de reconciliação nacional e de revisão da história, visando 
construir uma memória coletiva sobre os anos de ditadura militar no Brasil. 
 
DESCRIÇÃO DO CONTEXTO EDUCACIONAL DURANTE O REGIME MILITAR 
 
Durante o regime militar no Brasil, o contexto educacional passou por diversas 
transformações que refletiram o autoritarismo e os interesses do governo na condução da 
educação. O regime militar viu na educação um importante meio de controle e influência 
ideológica, buscando moldar a formação dos estudantes de acordo com os princípios e 
valores do regime. 
O período entre 1964 e 1985, marcando a Ditadura Militar, refletiu de maneira direta na 
educação, trazendo consequências na construção e preparação dos alunos, diante de um 
Estado que buscava a formação ideal e o desenvolvimento da nação por meio do apelo 
político, determinando a necessidade de uma modernização educacional após a fase do 
governo militar. Deste modo, o texto a seguir aborda as mudanças do ensino, especialmente 
na disciplina de História, pós-militarismo. 
Romanelli (2001) afirma que, durante o período da Ditadura Militar, o propósito era a 
erradicação do analfabetismo, estabelecido por meio de um programa nacional que visava o 
fim das diferenças sociais, econômicas e culturais nas principais regiões do país. Diante desta 
realidade, o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) foi criado com a finalidade 
de alcançar os objetivos do governo, mas que não obteve sucesso, sendo extinto 
posteriormente. 
O mercado de trabalho, direcionado pela política militar, exigiam a formação profissional 
dos alunos, direcionando as escolas a moldarem-se conforme os princípios militares, pois a 
sociedade precisava acompanhar o desenvolvimento econômico, estrutural e industrial, 
mesmo que em desacordo com as formas das leis estabelecidas. Os sujeitos recebiam uma 
educação que valorizava o patriotismo, estando capacitados a um mercado enquadrado na 
evolução das causas de defesas políticas da época (ARANHA, 2006). 
“Institui-se então, um século de diplomados. O crescimento industrial, as mudanças na 
economia exigem a importância para a formação de uma sociedade enquadrada à 
especialização profissional" (ROMANELLI, 2001, p.69). 
 
 
 
 
7 
 
 
 
A censura também atingiu as instituições de ensino. Livros, revistas, jornais e materiais 
pedagógicos passaram por um rigoroso controle, com obras consideradas "subversivas" 
sendo proibidas ou alteradas para se adequarem à visão oficial do regime. A liberdade de 
expressão e a autonomia intelectual foram amplamente restringidas, e a produção de 
conhecimento acadêmico sofreu interferências diretas por parte do governo. 
Outro aspecto importante foi a intervenção na estrutura curricular das escolas. O regime 
militar buscou promover uma visão conservadora da educação, enfatizando valores como 
disciplina, obediência, hierarquia e nacionalismo. A disciplina de Educação Moral e Cívica 
foi implantada como obrigatória em todas as escolas, com o objetivo de transmitir valores e 
princípios considerados adequados ao regime militar (BITTENCOURT, 2003). 
Além disso, foram realizadas mudanças nos conteúdos escolares. A história do Brasil foi 
reinterpretada de acordo com a visão oficial do regime, enfatizando a ideia de uma nação 
pacífica, ordeira e progressista. Eventos e figuras históricas que pudessem causar 
questionamentos ou reflexões críticas foram minimizados ou distorcidos. Temas como lutas 
sociais, direitos humanos e movimentos políticos foram silenciados ouapresentados de 
forma parcial e enviesada. 
Somente com o processo de redemocratização, a partir da década de 1980, foi possível 
promover mudanças significativas na educação, buscando resgatar a pluralidade, a 
autonomia intelectual e o espírito crítico no ambiente escolar. 
 
INFLUÊNCIAS POLITICAS E IDEOLÓGICAS NA ELABORAÇÃO DOS 
CURRICULOS ESCOLARES 
 
Durante o período da ditadura militar no Brasil, as influências políticas e ideológicas tiveram 
um papel significativo na elaboração dos currículos escolares. O regime militar buscava 
utilizar a educação como um instrumento de propaganda e de controle ideológico, 
direcionando a formação dos estudantes de acordo com os princípios e valores do regime. 
Uma das principais influências foi a imposição de uma visão conservadora e nacionalista 
nos currículos. O regime militar buscava promover uma ideologia de ordem, disciplina e 
patriotismo, enfatizando a valorização da história e da cultura nacional, mas de forma 
seletiva e distorcida, de acordo com os interesses do regime. Eventos históricos e figuras que 
poderiam causar questionamentos ou reflexões críticas foram minimizados ou omitidos. 
Nesse sentido, ocorreu uma seleção e manipulação dos conteúdos curriculares. Temas 
relacionados a lutas sociais, movimentos políticos, direitos humanos e democracia foram 
deixados de lado ou apresentados de forma superficial e enviesada. A história do Brasil era 
reinterpretada para se adequar à narrativa oficial do regime, com ênfase em momentos de 
grandeza nacional e avanço econômico, enquanto aspectos negativos ou problemáticos eram 
ignorados ou minimizados. 
 
 
 
 
8 
 
 
 
Além disso, disciplinas como Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política 
Brasileira foram incorporadas aos currículos como obrigatórias, com o objetivo de transmitir 
os valores e princípios do regime militar. Essas disciplinas reforçavam a ideologia do regime, 
enfatizando o nacionalismo, o respeito à hierarquia e a obediência ao Estado 
(BITTENCOURT, 2003). 
Sendo assim, além das práticas cívicas, a escola ensinava os sujeitos à importância da 
moralidade, determinando a necessidade de obedecer às leis sem questionamentos ou 
revoltas. A finalidade do trabalho, época da ditadura, concentrava-se no discurso do 
crescimento econômico do país, levando à geração de capital aos empresários, enquanto a 
população sofria com instabilidade inflacionária (FONSECA, 2003). 
 
A DISCIPLINA DE HISTÓRIA NO PERÍODO DA DITADURA MILITAR 
 
Durante o período da ditadura militar no Brasil, a disciplina de história passou por 
significativas transformações e influências por parte do regime autoritário. O governo militar 
buscou controlar o ensino e utilizar a educação como um instrumento de propaganda e 
legitimação do regime. Dessa forma, o ensino de história sofreu intervenções e manipulações 
para se adequar aos interesses do regime. 
Uma das principais características do ensino de história nesse período foi a imposição de 
uma narrativa oficial, que buscava enaltecer os feitos e realizações do regime, enquanto 
suprimia ou distorcia informações consideradas indesejáveis ou contrárias à ideologia dos 
militares. A censura e a manipulação da história foram utilizadas como estratégias para 
controlar a formação de consciência crítica dos estudantes e da população em geral. 
A censura era aplicada aos livros didáticos, às obras literárias, aos materiais pedagógicos e 
aos conteúdos abordados em sala de aula. Muitos livros didáticos passaram por revisões e 
edições que eliminavam ou alteravam informações consideradas "subversivas" ou contrárias 
ao regime. Elementos relacionados às lutas sociais, movimentos de resistência, direitos 
humanos e debates políticos eram omitidos ou apresentados de forma distorcida. 
Outra influência do regime militar sobre a disciplina de história foi a promoção de uma visão 
conservadora e patriótica da história do Brasil. Os militares buscaram enfatizar aspectos 
positivos do passado nacional, ressaltando o heroísmo, o nacionalismo e a ordem, enquanto 
minimizavam ou ignoravam questões sociais, conflitos, injustiças e violações dos direitos 
humanos. 
Os conteúdos relacionados à história do período republicano anterior à ditadura também 
sofreram manipulações. A Revolução de 1930 e o governo de Getúlio Vargas, por exemplo, 
eram apresentados de forma simplista, destacando apenas aspectos positivos e omitindo os 
elementos autoritários e repressivos do período. 
 
 
 
 
9 
 
 
 
Além disso, professores e estudantes enfrentaram restrições e vigilância por parte do regime. 
Muitos docentes foram perseguidos, demitidos ou afastados de suas atividades por se 
posicionarem contra a ditadura ou por adotarem métodos de ensino considerados 
"subversivos". A liberdade acadêmica e a autonomia dos professores foram duramente 
cerceadas. 
Apesar dessas limitações e manipulações, houve resistência por parte de alguns professores 
de história e estudantes. Muitos adotaram estratégias de ensino criativas e subversivas, 
buscando transmitir uma visão crítica da história e estimulando o pensamento reflexivo nos 
alunos. Grupos de estudo, rodas de conversa e atividades extracurriculares foram formas de 
resistência e de manutenção de uma educação crítica durante a ditadura. 
Com o processo de redemocratização do país nos anos 1980, a disciplina de história passou 
por mudanças significativas, com a revisão dos currículos e a incorporação de uma 
abordagem mais crítica e pluralista. O ensino de história voltou-se para a valorização da 
diversidade, dos direitos humanos, das lutas sociais e da construção de uma consciência 
histórica comprometida com a democracia e a justiça social. 
No entanto, é importante ressaltar que as marcas deixadas pelo período da ditadura militar 
ainda se fazem presentes no ensino de história até os dias atuais. A memória coletiva e os 
debates sobre o passado autoritário continuam sendo fundamentais para a compreensão da 
história do Brasil e para a construção de uma sociedade mais justa e democrática. 
 
RESTRIÇÕES, LIMITAÇÕES E A ATUAÇÃO DOS PROFESSORES DE 
HISTÓRIA 
 
Durante o período da ditadura militar no Brasil (1964-1985), os professores de História 
enfrentaram uma série de restrições e limitações em sua atuação profissional. O regime 
militar tinha o objetivo de controlar a educação e direcionar a formação dos estudantes de 
acordo com a ideologia do governo, o que resultou em interferências e ameaças à liberdade 
acadêmica. 
Uma das principais restrições impostas aos professores de História foi a censura. Livros 
didáticos, materiais pedagógicos e até mesmo as aulas eram monitorados e submetidos a um 
rígido controle. O governo militar buscava eliminar ou modificar informações consideradas 
"subversivas" ou contrárias à ideologia do regime. Questões relacionadas a lutas sociais, 
movimentos de resistência, violações dos direitos humanos e debates políticos eram omitidas 
ou apresentadas de forma distorcida. 
Os currículos escolares também foram alvo de interferência. O regime militar impôs uma 
visão oficial e positivista da história do Brasil, destacando o desenvolvimento econômico, o 
progresso e a ordem, enquanto ocultava ou minimizava eventos e processos relacionados a 
conflitos sociais, injustiças e violações de direitos. Figuras históricas envolvidas em ações 
 
 
 
 
10 
 
 
 
contrárias ao regime eram apagadas ou denegridas, enquanto líderes militares e figuras 
alinhadas ao governo eram exaltadas. 
Além disso, as diretrizes e orientações impostas pelo governo restringiam a liberdade 
acadêmica dos professores. Aqueles que se recusavam a seguir a linha oficial do regime 
poderiam sofrer perseguições, demissões ou afastamentos de suas atividades. Muitos 
professores encontravam-se em uma posição delicada, equilibrando-se entre a necessidade 
de cumprir as diretrizes impostas pelo governo e a tentativa de transmitir uma visão crítica 
e pluralista da história. 
Apesar das restriçõese limitações, houve casos de resistência por parte dos professores de 
História. Alguns utilizavam estratégias criativas para contornar as limitações impostas, como 
o uso de recursos pedagógicos alternativos, como a literatura e o cinema, para abordar temas 
considerados proibidos. Outros promoviam discussões críticas e estimulavam o pensamento 
reflexivo nos estudantes, mesmo enfrentando riscos. 
A atuação dos professores de História nesse período era desafiadora, exigindo coragem e 
comprometimento com a educação e a formação cidadã. Muitos enfrentaram perseguições e 
repressões por parte do regime, mas também contribuíram para a resistência e para a 
preservação da memória histórica. O trabalho desses professores foi fundamental para 
manter viva a consciência crítica e o interesse pela história em um contexto repressivo. 
Somente com o processo de redemocratização, a partir dos anos 1980, foi possível promover 
mudanças significativas no ensino de História, buscando uma abordagem mais pluralista, 
crítica e comprometida com a formação cidadã. A história do período da ditadura militar 
passou a ser estudada de forma mais ampla e aprofundada, buscando-se compreender as 
violações dos direitos humanos e os impactos sociais e políticos desse período sombrio da 
história brasileira. 
 
A RECONFIGURAÇÃO DO ENSINO DE HISTORIA PÓS DITADURA MILITAR 
 
Após o fim da ditadura militar no Brasil, ocorreu uma reconfiguração significativa no ensino 
de história, visando romper com a narrativa oficial e promover uma abordagem mais crítica, 
pluralista e comprometida com a formação cidadã. 
Com a redemocratização do país, a partir dos anos 1980, foram estabelecidos novos 
direcionamentos para o ensino de história. A Constituição de 1988 estabeleceu a garantia do 
direito à liberdade de expressão e de pensamento, o respeito à pluralidade cultural e a 
valorização dos direitos humanos, diretrizes fundamentais para a construção de um ensino 
de história mais democrático e inclusivo. 
Uma das principais mudanças ocorreu na forma como a ditadura militar era abordada. Ao 
contrário do período anterior, quando a história do regime era reinterpretada de acordo com 
 
 
 
 
11 
 
 
 
os interesses do governo, passou-se a promover uma análise crítica dos acontecimentos e das 
violações dos direitos humanos durante esse período. A ditadura militar passou a ser 
estudada como um momento de repressão política, violência, censura e restrição das 
liberdades individuais e coletivas. 
Além disso, a história do Brasil passou a ser estudada de forma mais ampla e plural. Temas 
antes negligenciados ou omitidos, como a participação das mulheres, dos povos indígenas, 
dos negros e das minorias sociais, passaram a receber maior atenção e relevância. A 
diversidade étnica, cultural e social passou a ser valorizada, e a história do Brasil foi contada 
a partir de múltiplas perspectivas. 
Outro aspecto importante foi a ampliação da participação dos estudantes no processo de 
aprendizagem. Aulas expositivas deram lugar a metodologias mais participativas, como 
debates, pesquisas, projetos e análise de fontes históricas. A ideia era estimular o pensamento 
crítico, a reflexão e o desenvolvimento de habilidades de análise e interpretação. 
Ademais, houve uma preocupação crescente em relacionar o ensino de história com a 
atualidade e os problemas sociais contemporâneos. A disciplina passou a abordar questões 
como desigualdade, discriminação, direitos humanos, democracia e cidadania, buscando a 
formação de estudantes conscientes de seu papel na sociedade e capazes de atuar de forma 
ativa e responsável na construção de um país mais justo e igualitário. 
A reconfiguração do ensino de história pós-ditadura militar no Brasil foi um processo 
gradual e complexo, marcado por debates e disputas de interpretação. No entanto, o objetivo 
central era superar as imposições e manipulações do regime militar, promovendo uma 
educação histórica que estimulasse o pensamento crítico, o respeito à diversidade e a 
consciência dos direitos e deveres dos cidadãos. 
Cabe ressaltar que essa reconfiguração do ensino de história é um processo contínuo, sujeito 
a avanços e retrocessos, e demanda o engajamento de educadores, pesquisadores e da 
sociedade em geral para a construção de uma educação histórica cada vez mais plural, 
reflexiva e comprometida com a formação de uma sociedade democrática e igualitária. 
A abordagem acerca das prisões da época, tratadas como forma de controle político, 
direciona a disciplina de história à formação de pressupostos de como agir na educação, 
levando em consideração a necessidade de vigiar as maneiras como o militarismo é 
mencionado, para que não ocorram injustiças diante dos fatores históricos da época 
(FOUCAULT, 2005). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Após a análise dos dados bibliográficos, percebe-se que a disciplina de História é 
responsável por desenvolver a capacidade investigativa e interpretativa nos indivíduos, por 
 
 
 
 
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meio de reflexões sobre as relações da sociedade com o ambiente em diferentes espaços, 
tempos e contextos. Ao estudarem História, as pessoas revisam teorias apoiadas em fontes, 
fatos, memórias e discursos, reconstruindo de maneira significativa a conexão entre o 
presente e o passado, por meio de metodologias e práticas inovadoras. 
Durante o governo dos militares, as ideologias políticas eram evidenciadas nos livros, mas 
devido à ausência de conhecimento efetivo da população em política e história, as mensagens 
inseridas no material didático não eram percebidas pelos sujeitos, incluindo professores, 
consequência da formação curta nos cursos de licenciatura (RAMOS, 2007). 
Nos autores estudados, é evidente a percepção de que os livros elaborados pelos militares 
tinham o propósito de controlar e limitar o poder e o profissionalismo nas escolas, já que a 
ausência do desenvolvimento da capacidade crítica impossibilitava a derrubada do regime 
vigente. Os alunos, assim como todos os cidadãos, eram controlados e vigiados, e os 
professores assumiam o papel de expositores de informações propostas pelos militares. 
Diante dessa realidade, a educação estava restrita às ideologias políticas, levando a 
população a aceitar a conduta política por meio dos ensinamentos nas escolas. 
O período da Ditadura Militar é tratado como um momento de centralização do poder, 
especialmente na educação, como estratégia política para conter comportamentos 
considerados inadequados por parte dos cidadãos que desconheciam as leis do país. Assim, 
a importância do militarismo levou ao caos social durante 20 anos, prejudicando a educação 
devido à falta de formação crítica e à restrição das ações da população, que estava sujeita a 
perseguições, represálias, repressões e ações opressivas. 
Compreender a ditadura militar no Brasil é essencial para evitar a repetição de erros do 
passado e fortalecer os pilares democráticos da sociedade. O conhecimento histórico permite 
aos estudantes reconhecer os perigos do autoritarismo, valorizar a importância dos direitos 
humanos, da participação política e da pluralidade de ideias. Além disso, ao estudar a 
ditadura militar, os alunos têm a chance de compreender as desigualdades e injustiças sociais 
que persistiram e foram intensificadas durante esse período. Podem refletir sobre a 
importância da igualdade, da inclusão social e da justiça como pilares fundamentais de uma 
sociedade democrática e comprometida com o bem-estar de todos os seus cidadãos. Ainda, 
o estudo desse período contribui para a formação de uma consciência crítica sobre os 
mecanismos de repressão e censura utilizados pelo regime militar. Os alunos aprendem a 
identificar e questionar as manipulações e o controle da narrativa histórica, compreendendo 
a importância da liberdade de expressão, do acesso à informação e do pensamento crítico 
para a construção de uma sociedade livre e democrática. 
O ensino de história desempenha um papel fundamental na compreensãoda ditadura militar 
no Brasil e na formação cidadã dos estudantes. Ao estudar esse período histórico, os alunos 
têm a oportunidade de desenvolver uma consciência crítica sobre as violações de direitos 
humanos, as restrições às liberdades individuais e coletivas e as consequências políticas, 
sociais e culturais dessa experiência autoritária. O ensino de história também proporciona a 
oportunidade de conhecer e valorizar a resistência e a luta contra a ditadura militar. Os 
estudantes têm contato com histórias de indivíduos e grupos que se posicionaram contra o 
 
 
 
 
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regime, lutaram por direitos e liberdades, e contribuíram para a construção de um país mais 
justo e igualitário. Esses exemplos inspiradores estimulam a participação cidadã e a defesa 
dos valores democráticos. 
Portanto, o ensino de história desempenha um papel central na formação cidadã, permitindo 
que os estudantes analisem criticamente o passado, compreendam o presente e se engajem 
ativamente na construção de um futuro mais justo e democrático. É através do conhecimento 
histórico que os jovens adquirem as ferramentas para se tornarem cidadãos conscientes, 
informados e capazes de tomar decisões fundamentadas, respeitando os direitos humanos e 
contribuindo para a consolidação de uma sociedade mais justa e igualitária. 
 
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RAMOS, C. M. educação moral, cívica e política. 2ª. ed. São Paulo: gráfica michalany, 
2007.

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