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Desafios da gestão em contextos de crises sistêmicas - uma reflexão à luz da transformação político-econômica do capitalismo a partir do fim do século XX.

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Desafios da gestão em contextos de crises sistêmicas - uma reflexão à luz da transformação político-econômica do capitalismo a partir do fim do século XX.
INTRODUÇÃO
Um forte entendimento do tema central do projeto é essencial. O foco está na gestão durante uma crise sistêmica, de modo a evitar que esta se alastre e/ou prolongue ainda mais o colapso e as consequências negativas advindas de tal desastre. Outro objetivo é entender como esse fenômeno se relaciona com a transformação político-econômica do capitalismo, através da interferência das autoridades constituídas por meio de regulação, seja ela positiva ou não. 
Como aponta Orgaz (2022), o mercado financeiro em âmbito mundial passou por uma transformação radical devido a fatores como a globalização, a pandemia da COVID-19 e a Guerra da Ucrânia. Sendo assim, os consumidores se tornaram mais seletivos e as empresas agora devem desenvolver novos produtos, serviços e equipamentos industriais para atender a essas novas demandas, expectativas e necessidades. Os governos, por sua vez, precisam estar atentos a eventuais abusos e arbitrariedades, evitando assim, um aumento desenfreado nos níveis de inflação, devido a ganância do setor produtivo. 
Dentro dessa premissa, conforme publicado na página “Harvard Political Review” (2011), a carta dos estudantes de economia de Harvard ao professor Greg Mankiw traz um alerta ao mundo sobre as consequências de um viés único e da influência política manipuladora na economia, estudada por acadêmicos, gerentes e administradores. Segundo eles, não existe um modelo perfeito para o capitalismo, embora o sistema esteja em constante evolução para maximizar a produtividade e os lucros, isso tem gerado conflitos por conta de questões que vão desde a gestão governamental até a privada da economia. De fato, existe uma relação óbvia entre gestão financeira ética e responsável dos setores públicos e privados e a sobrevivência das organizações. 
Nesse sentido, diante da problemática apresentada, que se baseia em obstáculos modernos e tradicionais na economia mundial, com o objetivo de encontrar um equilíbrio para o benefício de todas as partes envolvidas, examinamos e reformulamos nossa estratégia de gestão, sendo que manter a operação do sistema financeiro e econômico global é nosso objetivo final.
Por meio de pesquisa bibliográfica, examinaremos o conceito pertinente ao nosso tema, utilizando teses, artigos e filmes. Consequentemente, esperamos chegar a soluções que satisfaçam as questões apresentadas no cenário político-econômico atual.
DESENVOLVIMENTO
Durante os séculos XX e XXI, o processo de globalização desenvolveu-se rapidamente e, recentemente, devido ao impacto causado pela pandemia do vírus COVID-19, crises sistêmicas foram desencadeadas em todos os continentes, estabelecendo uma crise econômica generalizada a nível mundial.
De acordo com Harvey David (2012), as crises são necessárias para sustentar o capitalismo, com a ameaça de desemprego e pobreza generalizada em países de todo o mundo, queda do consumo e das margens de lucro das empresas, cria-se um ambiente incerto no qual as empresas devem se adaptar às mudanças repentinas, isso faz com que setores que outrora operavam em alta passem a ter dificuldades e vice e versa.
O mundo de forma cíclica, sempre viveu grandes movimentos e crises econômicas, sendo que a pior delas ocorreu após as duas grandes guerras mundiais, entre elas a crise de 1929 conhecida como a Grande Depressão iniciada na década de XX.
Após a Segunda Guerra Mundial, a América estava em um período de prosperidade, exportando muito para países europeus destruídos e economicamente devastados, à medida que esses países começaram a se reconstruir, começaram a reduzir suas compras dos Estados Unidos, porém isso não afetou o processo produtivo naquele país.
A crise causada pela superprodução atingiu seu maior marco com o colapso da Bolsa de Valores de Nova York em outubro de 1929. Para superar a crise, o governo dos EUA interveio e lançou uma série de medidas conhecidas como New Deal, que incluía o controle de preços para vários produtos, projetos de obras públicas para criação de empregos e etc. 
Como resultado, os mercados financeiros dos Estados Unidos floresceram novamente e continuam a florescer até hoje, pois resultou na supervalorização da moeda e consequente reequilíbrio da economia. Citamos esse como um exemplo positivo com relação à interferência do Estado na sobredita crise sistêmica.
 Em 2009, uma das piores crises globais da história, a crise do subprime, começou nos Estados Unidos e durou até 2018, desencadeada pelo estouro da bolha imobiliária americana.
Segundo GONTIJO OLIVEIRA, (2012), a crise do subprime explodiu devido o crescimento econômico desenfreado do setor, e revelou problemas orçamentais e de planejamento envolvendo o Governo Americano, que consequentemente afetaram toda a economia mundial.
Antes que houvesse tempo hábil para um reestabelecimento, uma nova crise econômica surgiu devido à pandemia do vírus COVID-19, que causou o fechamento dos mercados globais em consequência do isolamento social forçado decorrente da grave crise global de saúde pública. 
Os países pobres e em desenvolvimento foram substancialmente afetados, além do desemprego, sofreram com crises de saúde, falta de serviços básicos, altas taxas de juros e preços de alimentos, e a atuação dos governos como agentes influenciadores na economia novamente foi de fundamental importância para que houvesse um reestabelecimento.
Como consequência dessas graves crises, os Estados que na verdade sempre atuaram de forma incisiva na economia, estão aumentando sua influência como reguladores por meio de leis e ações administrativas que visam impor controles de preços, regulamentar monopólios e proteger a sociedade.
Os processos de gestão foram severamente impactados pelas crises econômicas, pois levaram as empresas a avaliar as causas profundas dos problemas e consequentemente a desenvolver estratégias para superar esse período com o mínimo de prejuízo à sua sobrevivência no mercado, ou seja, sobrevive aquele que melhor se adapta as repentinas e cruéis mudanças do mercado financeiro.
CONCLUSÃO
Nesse contexto, devido a essa constante necessidade de adaptação por parte das organizações às circunstâncias criadas pelas crises sistêmicas, enfatizamos a importância de uma visão abrangente sobre os diferentes aspectos da economia, principalmente no que se refere ao capitalismo, conforme publicado na página Harvard Political Review (2011) “Um estudo acadêmico legítimo de economia deve incluir uma discussão crítica tanto dos benefícios quanto das falhas de diferentes modelos de simplificação econômica...”, sendo assim, para amenizar as consequências advindas de tais crises, é indispensável o conhecimento das mais variadas técnicas e estratégias de mercado, buscando sempre a primazia do interesse público. 
O fato é que os sistemas de gestão estão sendo constantemente testados quanto à sua eficácia durante as crises sistêmicas, sejam eles públicos ou privados. Nesse contexto, cabe as organizações a luta pela sobrevivência, e cabe ao Estado fiscalizar e intervir através de medidas regulatórias de modo que essa batalha seja perdida ou até mesmo “vencida a qualquer custo”.
Medidas regulatórias mais rígidas e incentivos governamentais podem sem dúvida, ser uma oportunidade para restaurar o equilíbrio econômico e social. Todavia, entendemos que tais açõess devem ser adotadas paulatinamente e com muita cautela, pois a economia é um setor que não pode permanecer por muito tempo sem andar com as próprias pernas.
REFERENCIAS
BLOG #REBEL. Entenda o que é a globalização financeira e como ele funciona. Disponível em: https://blog.rebel.com.br/entenda-o-que-e-a-globalizacao-financeira-e-como-ela-funciona/ Acesso em 11/04/2023
FELDMANN, Daniel. A crise contemporânea do capitalismo: reflexões a partir de um debate com as abordagens sistêmicas de Arrighi, Fiori e Wallerstein. Economia e Sociedade, Campinas, v. 28, n. 2 (66), p. 339-364,maio-agosto 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ecos/a/45KddRk5zk9Ddwx58tWNRHF/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 11 abr. 2023.
GAZETA DO POVO. 5 grandes crises econômicas que abalaram o mundo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/5-grandes-crises-economicas-que-abalaram-o-mundo-atheycnpmtjjl1dfe9srhaapl/ Acesso em 02/04/2023
HARVARD POLITICAL REVIEW. Um lado: Carta aberta dos estudantes de economia de Harvard-EUA. 2 nov. 2011. Disponível em: http://harvardpolitics.com/harvard/an-open-letter-to-greg-mankiw/. Acesso em: 23 abr. 2023.
IPEA, Harvey Davidy - Até agora, o combate à crise resolveu a situação de uma minoria, que acumula grandes riquezas à custa da maioria http://desafios.ipea.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2720:catid=28 Acesso em 07 mai 2023.
MATIAS-PEREIRA, José. Defesa da concorrência e regulação econômica no Brasil. Revista de Administração Mackenzie, ano V, n. 1, pp. 35-55, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ram/a/rnpLB4QFfZpLtsYJ7sytFpd/?format=pdf&lang=pt . Acesso em: 26 abr. 2023.
ORGAZ, Cristina J. Inflação da ganância: como algumas empresas usam altas de preços para gerar lucros excessivos. BBC News Mundo. Set/2022. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-62839025. Acesso em: 27 abr. 2023.
PENA, Rodolfo F. Alves. Crise financeira do capitalismo. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/crise-financeira-capitalismo.htm Acesso em 02/04/2023

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