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PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA Prof.ª vanessa Lowe Paramentação cirúrgica Objetivo→ formar um conjunto de barreiras contra a penetração de microrganismos no sítio cirúrgico do paciente, oriundos dele mesmo, dos profissionais, dos materiais, equipamentos e até do ar ambiente. Preparação para o procedimento cirúrgico ■ Paciente→ preparo da pele, tricotomia, retirada de adornos ■ Equipe cirúrgica→ unhas, adornos, roupa privativa e as paramentações cirúrgicas ■ Ambiente→ limpeza da sala operatória, piso, padrões de circulação ■ Procedimento→ assepsia, escovação cirúrgica, colocação esterilizados, validade da esterilização e manuseio do material estéril Preparação da equipe cirúrgica ■ A equipe cirúrgica é a principal causa de contaminação microbiana durante a cirurgia ■ Uma preparação cuidadosa da equipe cirúrgica e da equipe não esterilizada (auxiliares) reduz o número de bactérias no centro cirúrgico ■ Parâmetros rigorosos devem ser seguidos quanto aos trajes cirúrgicos de toda a equipe ■ Se possível, a equipe da sala cirúrgica deverá ser reduzida somente as pessoas essenciais para anestesia procedimento cirúrgico e apoio cirúrgico Vestimenta cirúrgica ■ Vestir-se adequadamente antes de entrar no centro cirúrgico → pijama cirúrgico completo ■ Prezar pela limpeza de suas vestimentas bem como a frequência das vezes que a utiliza ■ A camisa deve ter mangas curtas para facilitar a escovação dos braços ■ Investimento tem como objetivo impedir a propagação de produtos oriundos da descamação do corpo do indivíduo ■ Para confecção usar um material que apresente ausência de fiapo, conforto, durabilidade e encolhimento limitado → tecido composto de poliéster (50%) e algodão (50%) ■ As roupas cirúrgicas não devem ser utilizadas na execução de outras tarefas ■ Se preciso for retire as ao sair do centro cirúrgico, em caso de urgência cubra-se com jaleco estéreo ■ Os cabelos devem ser totalmente cobertos com o gorro assim como barbas costeletas devem ser cobertas por um capuz Vestimenta cirúrgica ■ A máscara deve cobrir a boca e o nariz e tenha como função a proteção da ferida cirúrgica ■ Deve-se utilizar propé sobre os calçados, cobrindo a barra da calça ■ Avental cirúrgico esterilizável atuará como barreira entre a pele do cirurgião os tecidos do paciente ■ O comprimento do avental vai da altura do pescoço até próximo aos joelhos, possuindo mangas com comprimento além dos dedos e dispositivo de amarração na região das costas ■ Avental reutilizável: ■ Confeccionados com algodão do tipo musselina-140 → quando molhado ocorre permeabilidade a penetração bacteriana ■ Confeccionados com poliéster e algodão (50% cada) ■ Confeccionados com algodão pima-270 e tratados por quarpel → que atua como barreira para líquidos ■ Avental descartável Preparação cutânea do cirurgião ■ Realização da escovação para obtenção de antissepsia das mãos e antebraços com uso de escova, sabão e/ou detergentes antissépticos ■ Todos que fazem parte da equipe cirúrgica devem escovar sem antes da colocação do avental e das luvas cirúrgicas ■ Finalidade: ■ Remoção mecânica da sujeira ■ Redução da carga bacteriana transitória → ambiente e membranas mucosas ■ Redução da carga microbiana residente → faz parte da flora cutânea normal ■ Impedindo a multiplicação desses microrganismos residentes por um determinado tempo ■ Características de um antisséptico ideal: ■ Ação rápida ■ Largo espectro de ação ■ Não irritante ■ Possuir boa ação bacteriostática Componentes da paramentação cirúrgica ■ Aventais ■ Inúmeras células epiteliais se desprendem da pele todos os dias e podem levar bactérias junto ■ O objetivo do avental é reduzir a dispersão das bactérias no ar e evitar o contato da pele da equipe com o meio externo ■ Tecido ou material descartável Componentes da paramentação cirúrgica ■ Luvas ■ Utilizada pelos membros da equipe cirúrgica com a função de proteger o paciente e o cirurgião ■ Deve ser realizado duplo enluvamento do cirurgião e do auxiliar para qualquer procedimento que durar mais que 1 hora ■ Deve-se realizar, obrigatoriamente a troca da luva após contato com substâncias ou cavidades contaminadas Componentes da paramentação cirúrgica ■ Máscaras ■ Tem como objetivo proteger o paciente da contaminação de microrganismos oriundos do nariz e da boca dos profissionais liberados no ambiente quando eles falam, tossem e respiram ■ A utilização da máscara deve proteger totalmente a boca e o nariz ■ Todas as pessoas que adentrarem o conjunto cirúrgico devem utilizar máscaras cirúrgicas quando materiais e equipamentos estéreis estiverem abertos ■ Devem ser descartadas após cada uso e devem ser trocadas quando estiverem molhadas Componentes da paramentação cirúrgica ■ Propés ■ Ou uso, atualmente uma questão de polêmica, ainda se faz necessário estudos criteriosos para que essa prática seja extinguida ■ Para garantir maior proteção eles devem ser calçados com sapatos fechados Componentes dá para alimentação cirúrgica ■ Gorros ou toucas ■ Tem por objetivo evitar a contaminação do sítio cirúrgico por cabelo ou microbiota presente ■ O gorro deve ser bem adaptado, permitindo cobrir totalmente o cabelo da cabeça e da face Degermação cirúrgica ■ Higienização das mãos: ■ Escova de cloredixina ■ Softalind pure ■ Finalidade → redução dos microrganismos da pele Técnica de escovação cirúrgica ■ Métodos de escovação: ■ Limpeza anatômica cronometrada → 5 a 10 minutos ■ Limpeza por Contagem de movimentos de escovação por área cutânea → 10 a 30 movimentos ■ Clorexidina é tempo dependente → 5 minutos para ação ■ Sempre da parte menos contaminada para a mais contaminada → das mãos para o cotovelo, nunca encostar no cotovelo ■ ATENÇÃO → deve-se evitar irritações e abrasões cutâneas durante a escovação ■ Softalind pure → solução a base de álcool com um hidratante → precisa de 3 minutos para ação → limpeza começa primeiro pelos braços e depois as mãos Técnica de escovação cirúrgica ■ Inicialmente deve-se remover todos os acessórios, são reservatórios de microrganismos ■ Realizar uma limpeza prévia das mãos e dos antebraços ■ Iniciando os movimentos ou a contagem pelos dedos, abrangendo unhas, as 4 faces digitais e os espaços existentes entre eles, avançando até o nível dos cotovelos → isto é da área mais limpa para a área mais suja ■ Após a escovação, manter as mãos para cima, de modo que fiquem mais altas que o cotovelo e afastado das roupas, proceder a secagem com uma toalha esterilizada na área da paramentação, utilizando uma extremidade desta toalha para secagem de cada membro → sempre no sentido da mão para o cotovelo ■ Ao finalizar a secagem descarta se atuar em local apropriado e veste se o avental Vestindo o avental ■ Atentar-se no preparo e empacotamento dos aventais: ■ Deve ser dobrado de forma que o lado interno fique para fora facilitando colocação pelo cirurgião, evitando a possibilidade de contaminação da parte externa ■ A parte externa que irá entrar em contato com o paciente, deve estar livre de contaminação ■ Após a abertura do pacote do avental e da escovação do cirurgião o avental será removido pelo cirurgião, que o pegará e o levantará dando um passo para trás, e o soltará para que desenrole cuidadosamente segurando apenas na altura dos ombros ■ Ao identificar as mangas do avental direciona se e ergue-se os braços para que então um assistente puxa as extremidades do avental sobre os ombros e amarre as ou prendas atrás do pescoço ■ Com as mãos ainda cobertas pela bainha do avental o cirurgião deve apresentar as amarras da região da cintura para que o assistente segure as extremidades e também realize sua amarração Calçando as luvas estéreis ■ Método fechado: ■ O cirurgião calça as luvas sozinho ■ Em nenhum momento a mão fica exposta ao meio externo, permanecendo sempre coberta inicialmente pelo avental e depoispela própria luva não havendo desta forma a possibilidade de contato direto com a face externa da luva que entrará em contato com o paciente ■ Método aberto: ■ O cirurgião calça as luvas sozinho ■ É mais utilizado quando se a precisa cobrir apenas as mãos, nas situações em que se dispensa o uso do avental cirúrgico, como por exemplo em uma cateterização urinária ou em situação de contaminação da luva durante o procedimento cirúrgico sendo necessária sua troca Calçando as luvas estéreis ■ Método assistido: ■ O cirurgião não calça ao as luvas sozinho necessita da ajuda de um assistente que já está paramentado com luvas estéreis ■ Baixa possibilidade de contaminação das mãos pois estas já são causadas por um integrante da equipe estéreo constituindo este um método bastante seguro quanto a assepsia Dúvidas? Acabamos por hoje! Slide 1: PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA Slide 2: Paramentação cirúrgica Slide 3: Preparação para o procedimento cirúrgico Slide 4: Preparação da equipe cirúrgica Slide 5: Vestimenta cirúrgica Slide 6: Vestimenta cirúrgica Slide 7 Slide 8: Preparação cutânea do cirurgião Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12: Componentes da paramentação cirúrgica Slide 13: Componentes da paramentação cirúrgica Slide 14: Componentes da paramentação cirúrgica Slide 15: Componentes da paramentação cirúrgica Slide 16: Componentes dá para alimentação cirúrgica Slide 17: Degermação cirúrgica Slide 18: Técnica de escovação cirúrgica Slide 19: Técnica de escovação cirúrgica Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25: Vestindo o avental Slide 26 Slide 27 Slide 28: Calçando as luvas estéreis Slide 29: Calçando as luvas estéreis Slide 30 Slide 31 Slide 32: Dúvidas? Slide 33 Slide 34: Acabamos por hoje!