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Centro Cirúrgico 1

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2 º S E M E S T R E 2 0 2 2
P R O F A . A L E S S A N D R A R E N A T A T A R G A L O N G O
ENFERMAGEM EM 
CENTRO CIRÚRGICO
UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP)
CAMPUS VARGAS – RIBEIRÃO 
PRETO
PLANO DE ENSINO
ANEXO
UM POUCO DA HISTÓRIA DO 
CENTRO CIRÚRGICO
ANEXO
Desde a primeira intervenção cirúrgica, marcada pela amputação de 
membros, a enfermagem em Centro Cirúrgico (CC) esteve presente, 
provendo auxílio aos envolvidos na restrição do paciente e na limpeza e 
manutenção do ambiente. Após 1846, com o desenvolvimento da 
anestesia, evoluiu também a cirurgia, que se limitavam basicamente a 
procedimentos de amputação.
Também ocorreu a partir do século XIX a evolução de equipamentos,
instrumentais e planta física dos CC. Desde seus primórdios a enfermagem 
de CC, é responsável pelo ambiente seguro, confortável e limpo para 
realização da operação, e teve que evoluir em conjunto com os 
procedimentos que passaram de simples atos manuais para procedimentos 
realizados por robôs computadorizados, exigindo um crescente 
desenvolvimento da capacidade técnica de seus quadros.
O Centro Cirúrgico tem por finalidade realizar procedimentos cirúrgicos e
devolver os pacientes às suas unidades de origem nas melhores condições 
possíveis de
integridade.
CENTRO CIRÚRGICO
É um conjunto de áreas e instalações agrupadas 
dentro de um hospital, onde permite a realização de 
atividades cirúrgicas nas melhores condições de 
segurança para o paciente e de conforto para os 
médicos e equipe de enfermagem.
O Centro Cirúrgico é definido pela SOBECC,
2009 como área complexa e de acesso 
restrito que pertence a um estabelecimento 
de saúde. Sendo assim sua arquitetura e 
área física tem particularidades que devem 
atender à legislação sanitária vigente. 
Caracterizados por dimensões
e instalações diferenciadas.
IMAGENS
DEGERMAÇÃO DA PELE DO 
PACIENTE
CIRURGIA
• É o ramo da medicina que lida com enfermidade
e condições que necessitam, de técnicas
operatórias.
• quanto a necessidade de realização.
• quanto a finalidade;
AS CIRURGIAS QUANTO A FINALIDADE
• Diagnostica – realizada com o objetivo de ajudar
no esclarecimento da doença (laparotomia
exploradora, biopsia)
• Curativa – tem por objetivo extirpar ou corrigir a
causa de uma doença (apendicectomia)
• Corretiva – finalidade de reconstituir, restabelecer a
capacidade funcional perdida ou diminuída
(fissura palatina)
• Paliativa – tem o objetivo de atenuar, aliviar ou
corrigir provisoriamente a dor causada pela
doença (colostomia)
AS CIRURGIAS QUANTO A 
NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO
• Emergência – deve ser realizada de imediato, com
a finalidade de salvar a vida do paciente
(hemorragia interna, amputação traumática)
• Urgência – sua realização é necessária, aguardar
de 24 a 48 horas(colecistectomia)
• Eletiva – sua realização pode aguardar ocasião
mais propícia, mas com necessidade (cistos
superficiais, herniorrrafia)
FINALIDADES
• Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o
cliente à unidade de origem, na melhor condição
possível de integridade;
• Servir de campo de estágio para a formação e
aprimoramento de recursos humanos.
• Prover recursos humanos e materiais para que o
ato seja realizado dentro de condições ideais e
assépticas;
• Desenvolver pesquisas objetivando o
desenvolvimento científico e tecnológico, em prol
dos clientes.
LOCALIZAÇÃO
• O centro cirúrgico deve localizar-se em área
independente da circulação geral, livre de ruídos,
trânsitos de pessoas e materiais estranhos ao
serviço; próximo à Clínica Cirúrgica, UTI e
Recuperação Pós-Anestésica.
NÚMERO DE SALAS CIRÚRGICAS EM 
CADA HOSPITAL
• Tipo de cirurgia: eletiva ou urgência;
• Duração da cirurgia;
• Especialidade cirúrgica;
• Horário de funcionamento;
• Número de equipe cirúrgica;
• Atividade de ensino.
• O critério estabelecido (MS) é de 01 sala de 
operação para cada 50 leitos gerais e 02 salas 
para cada 50 leitos especializados.
ESTRUTURAS DO CENTRO CIRÚRGICO
• Bloco Operatório – com salas de operação
equipadas a depender da especialidade;
• Recuperação Pós-Anestésica – com leitos
equipados para atender aos clientes no pós-
anestésico, até a normalização dos sinais vitais;
• Cento de Material Esterilizados – local onde são
preparados e armazenados os matérias para serem
distribuídos a todas a unidades do hospital.
RECURSOS HUMANOS
• Enfermeira Coordenadora;
• Enfermeira Assistencial;
• Técnica de Enfermagem;
• Auxiliar de Higienização;
• Auxiliar Administrativo;
• Cirurgião; 
• Anestesista;
• Auxiliar do cirurgião.
UNIP
AULA INTERATIVIDADE 
CONTROLE ASSÉPTICO
• Área restrita – área de trânsito privativo, com limites
definidos para a circulação de pessoal e
equipamentos, rotinas específicas para o controle e
manutenção da assepsia. Compõe-se de:
• sala para acondicionamento de sangue e órgãos,
• lavabos,
• CRPA, s
• ala de anatomia patológica,
• raios-X,
• corredor interno,
• sala de esterilização.
CONTROLE ASSÉPTICO
• Área Semi-Restrita – área na qual é permitida a
circulação de pessoal e de equipamentos de
modo a não interferis nas rotinas de controle e
manutenção da assepsia da área restrita.
• Compõe-se de:
• expurgo,
• copa,
• sala de estar,
• secretaria,
• sala de preparo de material.
CONTROLE ASSÉPTICO
• Área Não-Restrita (Irrestrita) – área de livre
circulação, em que não exige trânsito privativo.
• Compõe-se de:
• Vestuários; e
• corredor de transferência de macas.
ELEMENTOS
• Vestuários masculino e 
feminino;
• Corredor periférico;
• Lavabos;
• Secretaria e posto de 
enfermagem;
• Copa;
• Sala de material de 
limpeza;
• Expurgo;
• Sala de estar e 
repouso;
• Sala para guarda de 
aparelhos e 
equipamentos;
• Rouparia;
• Sala de reserva de 
medicamentos;
• Sala de anatomia 
patológica;
• Sala de cirurgia;
• Sala de Recuperação 
Pós-Anestésica. 
SALA DE OPERAÇÃO
• Área física: o tamanho da sala deve oferecer
conforto e boa circulação para toda a equipe.
• Forma: deve ser retangular (6m x 7m) ou oval,
acompanhando a estrutura das mesas.
• Piso: deve ser condutivo, não poroso, não
absorvente, resistente a agentes químicos, sem
fendas ou fissuras, ter aspectos estéticos, realçar a
sujeira, resistente ao choque e de fácil limpeza.
SALA DE OPERAÇÃO
• Deve ter isolamento acústico e térmico.
• Paredes: devem ser revestidas com material lavável,
resistente e de cor neutra, os cantos devem ser
arredondados, a fim de facilitar a utilização de
aparelhos; devem permitir a instalação dos dispositivos
de iluminação, em número suficiente, para maior
facilidade na utilização de aparelhos.
• Teto: deve ser de material resistente, lavável, não
conter rachaduras e as interseções das paredes
arredondadas.
SALA DE OPERAÇÃO
• Portas: devem ser amplas a fim de facilitar a
passagem das macas e equipamentos cirúrgicos.
Tipo vaivém com visores, devendo manter-se
fechadas.
• Janela: devem estar localizadas de modo a
espalhar luminosidade em todo o ambiente, não
permitindo a entrada de poeira e insetos.
• Ventilação: o uso da ventilação artificial
proporciona um ambiente confortável, permitindo
a renovação do ar, elimina odores e impurezas,
temperatura em torno de 22ºC e umidade relativa
do ar de 55 a 60%.
SALA DE OPERAÇÃO
• Iluminação: o mais natural ajuda a compensar o
esforço visual e não altera a coloração da pele e
mucosas do paciente. A iluminação artificial deve
ser protegida contra interrupções bruscas e queda
de energia elétrica, adaptada a uma fonte
geradora. Deve ser adequada a iluminação do
campo operatório, com ausência de sobras e
reflexos.
• Lavabos: devem estar localizados próximo às salas
de operação, podendo ser acionado com pé,
cotovelo ou joelho.
EQUIPAMENTOS
• Devem ser de preferência de aço inox, de fácil 
limpeza, ter durabilidade e proporcionar segurança 
para o paciente e equipe. 
• Podem ser classificados em fixos e móveis.• Equipamentos fixos:
• Negatoscópio;
• Interruptores e tomadas elétricas de 110 e 220 volts;
• Oxigênio, oxido nitroso e vácuo canalizados;
• Foco central;
• Ar condicionado.
EQUIPAMENTOS MÓVEIS
• Mesa cirúrgica e 
acessórios;
• Foco auxiliar;
• Escadinha dois degraus 
e estrada; 
• Raio X portátil;
• Bisturi elétrico e 
aspirador;
• Carro de anestesia 
complexo e 
reanimação;
• Aparelho de pressão e 
garrote;
• Extensões;
• Mesa auxiliar e de 
Mayo;
• Mesa do 
instrumentador;
• Suporte de soro e 
alças;
• Banco giratório;
• Balde de lixo;
• Aquecedor de soro;
• Balde para roupa ou 
hamper. 
MATERIAL ESTÉRIL 
• Aventais ou Lap;
• Campos simples ou duplos;
• Impermeável;
• Compressas grandes ou 
pequenas, gazes e 
ataduras;
• Material para antissepsia;
• Aventa vestido com 
abertura para gente;
• Cuba rim, bacias, cúpulas 
grandes e pequenas;
• Luvas de diferentes 
números;
• Material de corte;
• Sondas e drenos diversos;
• Cabo de bisturi elétrico;
• Cabo de borracha para 
aspirador;
• Caixa de instrumental;
• Fios de sutura;
• Equipos de soro e sangue, 
seringas, agulhas, 
cateteres de punção 
venosa;
• Material extra, específico a 
cada cirurgia;
• Esparadrapo.
SOLUÇÕES 
• Álcool a 70%;
• Clorexidinas (alcoólicas; degermantes; aquosa)
• PVPI degermante e tópico;
• Éter;
• Soros:
• fisiológico, 
• glicosado, 
• glicofisiológico, 
• ringer lactato;
• Pomadas;
• Xylocaina spray e geleia;
• Outras.
MEDICAMENTOS
• Analgésicos;
• Antipiréticos;
• Corticosteroides; 
• Diuréticos;
• Eletrólitos (NaCl, KCl. Bicarbonato de sódio);
• Hipertensores;
• Cardiotônicos;
• Anticoagulantes;
• Anestésicos.
IMPRESSOS 
• Folha de gráfico do anestésico;
• Folha de relação de gastos;
• Folha de controle de psicotrópicos;
• Receituário;
• Relatório de enfermagem;
• Prescrição médica;
• Ficha de notificação compulsória;
• Atestado de óbito.
ROUPAS
• Uso do uniforme privativo nas dependências do centro
cirúrgico, destinados à proteção do paciente e equipe
cirúrgica: calças, jaleco, gorro, máscara, propé.
• Além do uniforme privativo, as roupas incluem lençol
móvel, lençol para cobertura do paciente, triângulo,
cobertura da mesa cirúrgica.
• O tipo de pano pode ser de algodão resistente, malha
de algodão, sintético ou algodão leve.
• Para aquisição de tecidos para a confecção de roupas
do C.C. devem ser observados permeabilidade a
vapor, boa durabilidade, resistência, baixo custo e cor
firme.
ROUPAS
• Quanto a necessidade de esterilização as roupas
podem ser:
• Limpas: aquelas que necessitam apenas do processo de
lavagem e desinfecção;
• Assépticas: necessitam, para o seu uso, de serem
submetidas a processos de esterilização. São aventais,
campos cirúrgicos, cobertura para mesa de instrumental
e “opas” (proteção para costas dos membros das
equipes).
EQUIPE CIRÚRGICA 
• Conjunto de profissionais e ocupacionais que, num
processo dinâmico, prestam assistência
sistematizada e global ao paciente durante sua
permanência no centro cirúrgico.
• A equipe é composta por:
• cirurgião,
• anestesista,
• auxiliar do cirurgião,
• enfermeiro,
• Instrumentador,
• circulante.
ASSEPSIA HOSPITALAR
A assepsia é o processo de eliminar ou matar os 
microorganismos patogênicos de uma determinada 
superfície. Com o objetivo de conduzir o ato 
cirúrgico dentro dos padrões de segurança, 
evitando infecções, lançamos mão de recursos de 
assepsia, anti-sepsia e de conceitos para elucidar as 
diversas terminologias.
ASSEPSIA HOSPITALAR
• Assepsia: conjunto de meios usados para impedir a
penetração de germes em local que não
contenha (uso de luvas, campos operatórios e
instrumentos estéreis).
• Anti-sepsia: método usado para impedir a
proliferação de microorganismos em tecidos vivos
com o uso de substâncias químicas (escovação
das mãos com sabões antissépticos).
ASSEPSIA HOSPITALAR
• Esterilização: eliminação total dos
microorganismos, eliminação dos esporos e
inativação dos vírus. A esterilização é aplicada no
instrumental e roupas, avental, campos e
compressas.
• Sanificação: redução do número de germes a um
nível julgado isento do perigo, aplicação realizada
em objetos inanimados nas dependências
hospitalares, refeitórios e lavanderias.
• Desinfestação: exterminação ou destruição de
insetos, roedores ou outros que possam transmitir
infecções ao homem e a outros animais ou meio
ambiente.
DEGERMAÇÃO
• Consiste na remoção de maior quantidade de
bactérias, detritos e impurezas depositadas sobre a
pele.
• A pele normalmente possui bactérias resistentes e
transitórias, sendo que as transitórias podem ser
eliminadas facilmente com a lavagem das mãos
com água e sabão durante 7 a 8 minutos.
DEGERMAÇÃO
• A degermação das mãos e antebraços podem ser 
realizados pelos métodos: 
• Mecânicos: escova estéril + água corrente + sabão
• Químicos: uso de antisséptico degermante + 
escova estéril + água corrente.
DEGERMAÇÃO
• A degermação é importante pelas seguintes
razões:
• As luvas podem apresentar-se furadas ao final da cirurgia;
• Elas podem apresentar defeito de fabricação
imperceptível ao olho nu;
• As bactérias tendem a se multiplicar com o suor das mãos
e calor desta sobre as luvas;
• As luvas sofrem constantes traumas por agulhas, unhas e
outros.
PROCEDIMENTOS
• Estar paramentado com o uniforme privativo do
C.C., usando gorro, máscara bucal e narinas,
manter unhas curtas e sem esmalte;
• Retirar joias das mãos e antebraços, inclusive
aliança;
• Proceder degermação somente de pele íntegra e
sem solução de continuidade;
• Abrir a torneira, lavar as mãos, antebraços e
cotovelos com degermante e água corrente para
retirada de algum resíduo;
PROCEDIMENTOS
• Retirar a escova esterilizada do suporte e segurá-la
pela metade inferior com a mão esquerda e
embebê-la com degermante;
• Iniciar a escovação pelas unhas da mãe direita;
em caso de pessoas canhotas pela esquerda,
contando 15 movimentos;
• Escovar a palma da mão (região ventral),
começando pela parte lateral do dedo mínimo,
espaço interdigital de cada dedo, até o polegar,
com movimentos de vaivém para cada área
descrita, desde a extremidade dos dedos até o
pulso;
PROCEDIMENTOS
• Virar a mão e escovar o dorso da mesma mão,
começando pela região lateral externa do polegar
e terminando no dedo mínimo com movimentos de
vaivém;
• Passar para o antebraço, escovando em toda a
sua extensão, desde o punho até o cotovelo,
girando e mantendo a mão elevada, não
podendo tocar em nada;
• Escovar também o cotovelo com movimentos
circulares;
PROCEDIMENTOS
• Enxaguar a escova, passar para a outra mão,
pegando-a pela extremidade oposta que
segurava antes;
• Ensaboar e iniciar a escovação da mãe esquerda
com os mesmos procedimentos adotados para a
mão direita;
• Ao terminar a escovação depositar a escova na
pia;
• Proceder o enxague no sentido das unhas, mãos,
antebraço e cotovelo, em ambos os braços;
PROCEDIMENTOS
• Manter as mãos juntas e elevadas após o enxague,
deixando escorrer o excesso de água na pia;
• Ir para a sala operatória, mantendo as mãos juntas e
antebraços em posição vertical, acima da cintura e
sem tocar em nada;
• Enxugar com compressas esterilizadas as mãos,
antebraços e por último os cotovelos, primeiro o da
mão direita e depois o da mão esquerda, em seguida
desprezar no hamper.
PROCEDIMENTOS
VESTIR AVENTAL ESTERILIZADO
• Pegar o avental pela parte posterior superior junto às
tiras, elevá-lo e trazê-lo para fora da mesa;
• Abrir o avental sem encostar em nada, realizando
movimentos firma e rápido;
• Segurar o avental pela parte interna do ombro, e com
um movimento rápido e cuidadoso, introduzir os dois
braços nas mangas, ao mesmo tempo, conservando as
mãos para o alto e os braços em extensão;
VESTIR AVENTAL ESTERILIZADO
• Distanciar da cintura os amarrilhos para que o
circulante possa pegá-los e amarrá-los;
• Deixar os braços acima da cintura e na frente,considerar esterilizados apenas a parte da frente e
acima da cintura.
CALÇAR LUVAS ESTERILIZADAS
• Abrir o envelope de luvas, de modo que os punhos
finquem voltados para a pessoa que vai calçar;
• Calçar a luva esquerda, segurando-a a com a
mão direita, tendo o cuidado de segurá-la sobre a
dobra do punho;
• Calçar a luva direita, com o auxilio da mão
esquerda, com os dedos introduzidos na dobra e
puxá-la até cobrir o punho da manga do avental;
CALÇAR LUVAS ESTERILIZADAS
• Ajeitar as luvas com ambas as mãos e sobrepô-las
ao punho do avental, não deixar qualquer parte
do punho do avental para fora nem pele exposta;
• Conservar as mãos enluvadas para o alto e acima
do nível da cintura.
• Para Descalçar as luvas
• Dobrar os punhos das luvas, sem, contudo tocar n
aparte interna;
• As luvas devem ficar pelo avesso, com a finalidade
de proteger a equipe cirúrgica.
CALÇAR LUVAS ESTERILIZADAS
PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO
• Esporos: são formas inativas de bactérias;
• Esterilização: é o processo de destruição de todos
os organismos patogênicos, eliminação dos
esporos e inativação dos vírus;
• Desinfecção: processo de destruição de todos os
organismos patogênicos, exceto os esporulados;
• Desinfetante: substancia química usada para fazer
desinfecção;
• Antisséptico: toda substância capaz de impedir a
proliferação das bactérias, inativando-as ou
destruindo-as;
• Bactericida: agente que mata as bactérias.
PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO
Métodos de 
esterilização
Físicos Calor
Calor úmido
Calor Seco
Químicos
Gases
Parafórmico
Oxido de 
Etileno
Líquidos
Produtos 
químicos
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO
• Esterilização a calor úmido por meio de vapor
saturado e sob pressão constitui o processo de
esterilização mais variável e fácil de controlar.
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO
• Vantagens:
• Altamente efetiva;
• Rápido aquecimento e rápida penetração nos pacotes;
• Barata;
• Pode esterilizar.
• Desvantagens:
• O material deve ter resistência ao calor e a umidade;
• Não esteriliza pós e óleos.
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO
• Os materiais são divididos em:
• Material de superfície: material pouco denso,
exposição de 15 min a 121°C. Exemplo: seringas,
agulhas, cubas, sondas, etc.
• Material de densidade: material espesso. Exposição
por 30 minutos a 121°C. Exemplo: gazes,
compressas, campos, etc.
CUIDADOS COM O CARREGAMENTO 
DA AUTOCLAVE
• Carregar o aparelho com material que requer o
mesmo tempo de exposição;
• Utilizar apenas 80% da capacidade da autoclave;
• Dispor o material na autoclave, de modo a facilitar
a penetração e circulação do vapor e eliminação
do ar.
ESTERILIZAÇÃO PELO AR SECO
• Estufa ou forno de Pasteur – caracteriza esse
método a ausência de umidade, o que o torna
menos eficiente e mais moroso, por aumentar a
termoresistência de esporos. Deve ser utilizado
apenas por material que não pode ser esterilizado
pelo vapor.
ESTERILIZAÇÃO PELO AR SECO
• Vantagens:
• Esteriliza pós, óleos e vidros;
• Pouco corrosivo;
• Baixo custo.
• Desvantagens
• A penetração do calor no material é lenta;
• Requer longo período de exposição;
• Limitações de artigos e utilização de invólucros;
• Inadequada para tecidos e borrachas.
ESTERILIZAÇÃO PELO AR SECO
• Para se efetuar a esterilização faz-se necessário um
período de 2 horas de exposição a 160°C.
• As substancias oleosas exigem 4 horas e 45 minutos
para que haja aquecimento e esterilização a
160°C .
• Durante a esterilização a estufa não pode ser
aberta.
ESTERILIZAÇÃO POR PRODUTOS 
QUÍMICOS
• A escolha deste método faz-se pela
impossibilidade de determinados matérias não
poderem sem expostos ao calor. Ao escolher um
produto químico observar as seguintes
propriedades:
• Não ser irritante ou tóxico para os tecidos humanos;
• Ter poder para destruir os microorganismos 
patogênicos;
• Ser estável;
• Não ser corrosivo.
ESTERILIZAÇÃO POR PRODUTOS 
QUÍMICOS
• Observar:
• Emergir o artigo na solução adequada;
• Utilizar EPI e garantir ventilação na sala;
• Preencher o interior das tabulações e reentrâncias
com o auxilio de seringa, se necessário, evitando a
formação de bolhas de ar;
• Observar e respeitar o tempo de exposição
• Enxaguar os artigos;
• Secar com compressa estéril ou ar comprimido;
• Acondicionar em invólucro adequado.
TEMPO CIRÚRGICO
• 04 tempos: 
• diérese; 
• hemostasia; 
• cirurgia propriamente dita; 
• síntese.
• Dependendo da cirurgia, acrescentamos: exérese, drenagem, 
implantação de próteses, etc.
• Diérese – a abertura ou incisão. Preparar os tecidos ou planos
anatômicos para atingir uma região ou órgão. Pode ser
classificada em mecânica ou física.
DIÉRESE MECÂNICA
• Punção – introdução de uma agulha ou cateter 
nos tecidos sem seccioná-los.
• Secção – segmentação dos tecidos com material 
cortante.
• Curetagem – raspagem de superfície de um órgão 
com o auxílio de cureta.
• Dilatação – processo através do qual se procura 
aumentar a luz de um órgão tubular.
DIÉRESE FÍSICA
• Térmica: realizada com calor, cuja fonte é a
energia elétrica (bisturi elétrico)
• Crioterapia – consiste no resfriamento intenso e
repetido da área em que vai ser realizada a
intervenção cirúrgica.
• Raio laser – consiste em um bisturi que emprega
feixe de radiação infravermelho de alta
intervenção cirúrgica.
HEMOSTASIA
• Hemostasia: controle de hemorragia.
• Hemostasia temporária: após uma secção o vaso
sangrante deve ser imediatamente comprimido
com o dedo, compressa ou gaze
enquanto se providencia seu pinçamento com
pinça hemostática.
• Sangramentos difusos: a colocação de compressas
por 5-10 minutos são suficientes. Dentro da
cavidade as compressas deverão estar úmidas por
SF 0,9%.
HEMOSTASIA
• Ligadura com fio cirúrgico: pode ser preventiva e
anterior à secção do vaso, ou reparativa, após a
secção do vaso e hemorragia.
• Hemostasia com eletrocautério: cirurgião encosta o
eletrocautério na pinça, presa ao tecido. Entre
cauterizar e ligar sempre preferir por ligar!
• Hemostasia com clipe ou grampo: fechamento
vascular mais rápido.
SÍNTESE / SUTURA 
• Síntese é a recomposição dos tecidos por suturas
ou grampeamento, com aposição das bordas da
incisão ou aproximação de duas estruturas
anatômicas.
• Excepcionalmente usa-se colas biológicas, tiras de
fitas adesivas ou enfaixamento.
• Suturas são usadas para o fechamento de
cavidades, paredes, serosas, aponeuroses, fáscias,
músculos, subcutâneo...
SÍNTESE / SUTURA 
• Cruenta – união dos tecidos realizada por meio de
sutura permanente ou removível.
• Incruenta – é a aproximação dos tecidos, unindo
bordas por meio de gesso, adesivo ou atadura.
• Imediata – realizada logo após o traumatismo.
• Mediata – algum tempo após a lesão.
• Completa – quando é feita em toda a extensão da
lesão.
• Incompleta – a união dos tecidos não é realizada
em toda a extensão da lesão, mantendo-se uma
pequena abertura para colocação de um dreno.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE
• Fatores que determinam o posicionamento:
• Abordagem cirúrgica;
• Tipo de anestesia;
• Idade, altura e peso do paciente.
• Itens que influenciam na segurança do
posicionamento:
• Manutenção da boa função respiratória;
• Manutenção da boa circulação;
• Prevenção da pressão sobre músculos e nervos;
• Boa exposição e acesso para o campo cirúrgico;
• Bom acesso para a administração de anestésicos.
ACESSÓRIOS NECESSÁRIOS PARA O 
POSICIONAMENTO
• Braçadeiras;
• Travesseiros;
• Coxins;
• Saco de areia;
• Perneiras;
• Suporte para ombros;
• Esparadrapo;
• Extensão para mesa;
• Suporte para cabeça;
• Suporte para os pés;
• Cobertores.
POSIÇÃO DE LITOTOMIA
• O paciente fica em posição dorsal e as pernas são
colocadas no suporte. Usada para abordagem
perineal.
POSIÇÃO DE PRONA
• O paciente deita em decúbito ventral. Usada para 
cirurgia na parte posterior do corpo.
POSIÇÃO LATERAL
• O paciente é colocado sobre um dos lados, tendo
a pernainferior fletida e a superior em extensão,
separadas por um coxim e o paciente é fixado a
mesa cirúrgica por uma faixa larga passada sobre
o quadril.
• Usada para cirurgia de rins, pulmões e quadril
POSIÇÃO DE FOWLER
• O paciente é colocado em posição dorsal com o
tórax elevado e os ombros são mantidos eretos.
Usado para neurocirurgia.
POSIÇÃO SUPINA OU DORSAL
• O paciente fica deitado sobre o dorso com seus
braços em posição anatômica e as pernas
levemente afastadas. Usada para indução de
anestesia geral e acesso a cavidades maiores do
corpo.
POSIÇÃO DE TREDELENMBURG
• O paciente fica em posição dorsal, com a pelve e
membros inferiores elevados. Usada para cirurgia
de abdome inferior e algumas cirurgias de
extremidades inferiores. Essa posição pode, às
vezes, interferir na respiração, porque o peso
adicional dos órgãos internos comprime o
diafragma do paciente.
POSIÇÃO DE TREDELENMBURG
REVERSA
• O paciente fica na posição dorsal com elevação 
do tórax e da cabeça. Usada para cirurgia da 
cavidade abdominal superior.
POSIÇÃO CANIVETE (KRASKE)
• É a posição derivada da ventral, na qual os MMII, 
tórax e MMSS são abaixados de forma que o corpo 
fique fletido sobre a mesa, mantendo-se a região a 
ser operada em plano mais elevado. 
• Utilizada para cirurgias da região proctológicas e
coluna lombar.
O QUE DEVEMOS OBSERVAR
• O corpo do paciente está bem alinhado;
• Os pés não estão cruzados;
• A cinta da coxa está passada corretamente;
• Os braços estão posicionados anatomicamente;
• As braçadeiras estão segurando os braços 
apropriadamente pelo meio do braço até o 
punho;
• Os cotovelos estão protegidos da pressão 
excessiva; 
• Os coxins foram colocados adequadamente;
• Conferir a posição da cabeça;
• Se o paciente está bem fixado na mesa.

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