Odontogênese: Desenvolvimento dos Dentes

Prévia do material em texto

Odontogênese
Isabela Crespo Caldeira
Odontogênese
Processo de desenvolvimento dos dentes e dos tecidos de suporte.
Mesmo processo para todos os tipos de dente.
Derivam do ectoderma oral, mesênquima e células da crista neural: 
 - O esmalte é derivado do ectoderma da cavidade oral.
 - Todos os outros tecidos se diferenciam do tecido mesenquimal circunjacente e células da crista neural.
A odontogênese é iniciada pela influência indutora do mesênquima induzido pela crista 
neural sobre o ectoderma sobrejacente.
 Odontogênese
 Os primeiros brotos dentários surgem na região mandibular anterior.
O desenvolvimento dentário tardio ocorre na região maxilar anterior e progride na direção posterior em ambas as mandíbulas. 
O desenvolvimento dentário continua anos após o nascimento.
A primeira indicação do desenvolvimento dentário - espessamento do epitélio oral, derivado do ectoderma superficial durante a sexta semana. As bandas em forma de “U” – lâminas dentárias – seguem as curvas das mandíbulas primordiais.
Esboços de secções sagitais ao longo das mandíbulas em desenvolvimento, ilustrando o desenvolvimento inicial dos dentes. A, No início da sexta semana, mostrando as lâminas dentárias. B, No final da sexta semana, exibindo os germes dentários surgido das lâminas.
A banda epitelial primária, em seguida, subdivide-se nas lâminas vestibular e dentária.
A lâmina vestibular – originam o fórnix do vestíbulo da boca. 
A lâmina dentária origina os dentes.
Germe dentário.
Odontogênese
As modificações do germe dentário caracterizada em sequência, por fases de botão, capuz, campânula, coronogênese e rizogênese. 
Estágio de Botão - Desenvolvimento Dentário
Cada lâmina dentária desenvolve dez centros de proliferação dos quais crescem germes dentários em direção ao mesênquima subjacente.
Esses germes se desenvolvem em dentes decíduos, os quais são perdidos durante a infância.
 Existem dez germes dentários em cada mandíbula, um para cada dente decíduo. 
Os germes dentários para os dentes permanentes começam a surgir em dez semanas a partir de projeções profundas das lâminas dentárias.
 
Os germes dentários para os dentes permanentes surgem em períodos diferentes, principalmente durante o período fetal. 
Fase de Capuz - Desenvolvimento Dentário
As células do botão de multiplicam de maneira diferenciada crescendo mais nas bordas que nos centros formando um capuz. 
O capuz epitelial também denominado de órgão epitelial do esmalte constitui-se pela identificação de 3 estratos celulares (epitélio interno e externo do órgão do esmalte e retículo estrelado).
 O acúmulo de ectomesênquima aumenta seu tamanho, formando a papila dentária, que, futuramente, formará a dentina e a polpa.
O ectomesênquima também se condensa e envolve o órgão do esmalte e a papila dentária e forma o saco ou folículo dentário.
À medida que o órgão do esmalte e as papilas dentárias se desenvolvem, o mesênquima ao redor do dente em desenvolvimento se condensa para formar o saco dentário - primórdio do cemento e ligamento periodontal.
Fase de campânula - Desenvolvimento Dentário
O órgão do esmalte atinge sua concavidade máxima e assemelha-se a um sino e a denominação de fase de Campânula.
Redução da proliferação das células do órgão do esmalte.
Essa fase se caracteriza pela morfo e histo-diferenciação das diversas células do germe dentário.
Aumento do volume do retículo estrelado, pelo acúmulo de água e proteoglicanas.
Aparecimento do estrato intermediário (duas camadas de células pavimentosas localizadas entre o epitélio interno do órgão do esmalte e o retículo estrelado).
As células do epitélio externo tornam-se pavimentosas e as do epitélio interno, alongadas - auxiliarão na formação do esmalte.
Desenvolvimento do osso alveolar (processo alveolar).
O germe dentário irá se separar da lâmina dentária e do epitélio oral.
O epitélio oral interno sofre dobraduras morfogênicas que determinarão a forma da coroa do dente, dentinogênese, amelogênese e a diferenciação dos odontoblastos em ameloblastos.
Fase Campânula Tardia – Coroa 
Fase avançada da campânula.
Tem início a partir da dentinogênese e da amelogênese.
É a fase de deposição de dentina e esmalte na coroa do futuro dente.  
A dentina ocorre de forma centrípeta, ou seja, de fora para dentro, já o esmalte, de forma centrífuga, de dentro para fora do germe dentário.
Definição da forma da coroa dentária. 
Movimentação das células do epitélio interno. 
Quando a atividade mitótica das células vai terminando sequencialmente a partir dos vértices das cúspides, em direção à alça cervical, as vertentes das cúspides vão se delineando, estabelecendo, assim, a forma da futura coroa do dente.
Começa a se desenvolver após a formação da dentina e do esmalte estar bem avançada. 
Os epitélios interno e externo do esmalte se juntam no colo do dente, e formam a bainha radicular epitelial, que cresce em direção ao mesênquima e inicia a formação da raiz. 
Os odontoblastos adjacentes à bainha radicular epitelial formam a dentina que é contínua à coroa. 
Quando a dentina cresce, reduz a cavidade pulpar (ou polpa coronária) a um canal radiculado estreito pelo qual passarão vasos e nervos. 
As células internas do saco dentário se diferenciam em cementoblastos, os quais produzem cemento que é restrito à raiz. 
O cemento é depositado sobre a dentina da raiz e encontra o esmalte no colo do dente.
Desenvolvimento da Raiz do dente