Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Millena Fernandes l @medmillena Virologia Características dos vírus ◊ Possui um ciclo de replicação intracelular. ◊ Não possui metabolismo ativo fora da célula hospedeira. ◊ Vírion: partícula viral completa, é composto por uma molécula de ácido nucleico, circundado por uma capa de proteína, que pode conter lipídios e açúcares. ◊ Envelope lipídico: leva informação genética para dentro da célula a ser infectada. ◊ Possuem somente UM tipo de ácido nucleico (DNA ou RNA). ◊ Podem variar na sua forma devido ao capsídeo viral (podem ser envelopados ou não envelopados). - Sem envelope: poliomielite, adenovírus, HPV. ◊ O material genético que influencia na sua ação e é passado aos descendentes. ◊ Organismos com capacidade de gerar novos descendentes e de evoluírem OBS: não podem ser cultivados em meio artificial, pois necessitam de metabolismo celular ativo. A diferença entre vírus envelopado e não envelopado Não envelopados são mais resistentes nos ambientes. Envelopados são inativados no ambiente com relativa facilidade por quaisquer agentes químicos e físicos que danifiquem membranas celulares, inativando o vírus, desnaturando a camada lipídica do envelope. OBS: o vírus da hepatite B é o mais resistente dentre os envelopados, pois tem um envelope “duplo” em que as glicoproteínas estão ligadas bem próximas ao capsídeo viral. Características estruturais do SARS-COV-2 ◊ Envelope viral: glicoproteínas de adesão estão no envelope, recobrindo-o. (proteína Spike) ◊ Capsídeo viral abaixo do envelope. Capsídeo + material genético: nucleocapsídeo. Todos possuem essa estrutura proteica, para proteger o material genético viral. Nucleocapsídeo (parte interna, capsídeo viral; estrutura proteica). ◊ Proteína Spike (interage com os receptores da célula); espícula S, Spike. ◊ RNA Não possuem célula: partícula viral e não célula viral. Dimensões Estrutura da partícula viral Proteínas Proteínas de adesão para o vírus reconhecer a célula hospedeira. Localizadas no envelope. ◊ Estruturais: os capsômeros formam o capsídeo, que envolvem o material genético. Ex: Glicoproteína Spike, que forma a estrutura de coroa. ◊ Não estruturais: enzimas responsáveis pela replicação viral. Material genético Ácido nucleico viral. ◊ DNA ou RNA - Fita simples ou fita dupla - Linear ou circular - Contínuo ou segmentado As estratégias de replicação não são as mesmas. - RNAfs (fita simples): podem ter polaridade positiva (sequência genômica que corresponde a um RNAm, que é imediatamente traduzido pela maquinaria celular), ou polaridade negativa, ou seja, complementar ao RNAm. Millena Fernandes l @medmillena ◊ Genoma: pode ser de fita simples, fita dupla, circular ou linear. Ainda, pode apresentar genoma único (apenas uma fita) ou segmentado, em que a informação genética é dividida em diferentes segmentos do ácido nucleico. Vírus de RNA sofre mais mutação: ausência de mecanismo de correção (RNA polimerase não realiza o concerto dos erros como a DNA polimerase OBS: os vírus de RNA possuem maior capacidade mutacional, porque a principal diferença reside na maquinaria de cópia. A maioria dos vírus de DNA copiam seu material genético usando enzima da célula hospedeira (utilizando a DNA polimerase), que concertam o DNA. Já os vírus de RNA utilizam enzimas chamadas RNA polimerase, que não realizam o concerto dos erros. Envelope ◊ Camada dupla fosfolipídica. ◊ Derivados das membranas celulares. ◊ Proteínas estruturais ancoradas. Capsídeo com formato de icosaedro. Helicoidal não envelopado e envelopado. Proteínas que formam o capsídeo: capsômeros. Vírus envelopados Presença de bicamada fosfolipídica, ancorada às glicoproteínas. Envelope semelhante à membrana plasmática Vírus não envelopados são mais resistentes no ambiente: proteínas ligadas ao capsídeo viral (estrutura proteica). Álcool inativa o coronavírus. Vias de transmissão estão relacionadas à estrutura do vírus. Se ele é envelopado ou não envelopado. Alcool não faz efeito em vírus não envelopado. Envelope é uma vantagem para “camuflar” no sistema imune por conta de ser semelhante à membrana plasmática. ◊ Vírus da hepatite B: é um dos mais resistente entre os vírus envelopados. - Sensível ou resistente aos fatores externos. Hepatite B: perfurocortante, contato com sangue, unha na manicure. Permanecem envelopados em esmaltes, principalmente em importados por não possuírem tolueno. Replicação viral Também conhecida como biossíntese viral. Consiste na produção de vírions a partir de uma única partícula. ◊ Alguns vírus podem infectar vários tipos celulares, enquanto outros são restritos quanto ao tipo celular que infectam. ◊ Importante: a replicação da maioria dos vírus com genoma de DNA ocorre no núcleo, pois é nesse local que a célula tem a maquinaria necessária para a replicação do DNA. ◊ Replicação do vírus de RNA costuma ocorrer no citoplasma, pois é nesse ambiente que uma molécula de RNA pode ser traduzida. ◊ Vírus se liga a um receptor específico da célula hospedeira. Receptor que o coronavírus utiliza: ace2 (conversor da enzima angiotensina 2). Spike do vírus se liga ao receptor eca2. Tropismo: atração. 1. ADSORÇÃO ◊ Ocorre a ligação de uma ou mais proteínas virais com proteínas da superfície celular. ◊ Ligação da proteína receptora do vírus com a proteína da célula hospedeira. Após reconhecer o receptor, o vírus se liga a ele. Millena Fernandes l @medmillena Importante: a existência de receptores na superfície celular, que são reconhecidos pelas proteínas virais, torna essa célula suscetível à infecção. 2. PENETRAÇÃO/INTERNALIZAÇÃO ◊ Entrada do vírus na célula hospedeira. ◊ Mudanças conformacionais nas proteínas virais e receptores celulares possibilitam a entrada do genoma viral ou do nucleocapsídeo na célula. - Fusão da membrana: envelope viral fusiona na membrana plasmática. Característico de célula envelopada. - Endocitose: célula faz uma invaginação e é jogada para o interior da célula hospedeira. Pode ocorre com envelopado e não envelopado. - Penetração direta: injetam o material genético dentro da célula hospedeira. 3. DESNUDAMENTO ◊ Liberação do material genético. Depende da forma como o vírus entrou. ◊ Remoção do capsídeo no meio intracelular (dentro da célula). 4. SÍNTESE DOS COMPONENTES VIRAIS ◊ Replicação do ácido nucleico (DNA ou RNA) e a síntese de proteínas virais que dependem da energia (ATP), dos ribossomos e das enzimas da célula hospedeira. ◊ Proteínas estruturais e não estruturais, material genético (replicação). 5. MONTAGEM ◊ Da partícula/estrutural viral, com o material genético no interior. ◊ Junção dos materiais sintetizados para formar novos vírus. 6. MATURAÇÃO ◊ Acabamento. 7. LIBERAÇÃO OU SAÍDA ◊ Liberação dos novos vírus pode ocorrer com ou sem destruição da célula hospedeira. ◊ Envelopados: saem por brotamento, adquirindo um pedaço da membrana celular. - Brotamento: processo de aquisição do envelope, podendo ou não culminar com a liberação da partícula viral. ◊ Não envelopadas: dependem da lise da célula para sua liberação. Estratégias de replicação TODOS querem chegar no RNAm fita positiva e aí sim realizar a síntese proteica. A expressão e a replicação do genoma viral dependerão do tipo de material genético que o vírus apresenta sendo os vírus RNA os mais propensos a mutações no processo. Replica no núcleo, utilizando nossa RNApolimerase e DNApolimerase. Sugeridas por Baltimore: definiu uma classificação para os vírus com base na estratégia de replicação e do tipo de ácido nucleico viral. ◊ Leva em consideração o material genético dos vírus. ◊ Positiva: sentido 5’ -> 3’ ◊ RNA(-): infecta a célula, invade o DNA dela e produz fita de RNAm virais. ◊ RNA(+): relacionado ao metabolismo do vírus, onde pode infectar a célula hospedeira e já começar a produzir proteína. ClasseI ◊ Vírus de DNA de fita dupla (DNAfd). ◊ DNA é transcrito em RNAm, no núcleo, por enzimas celulares. ◊ Transcrição: traduz proteínas regulatórias de toda a síntese de proteínas e do genoma do vírus. ◊ Proteínas estruturais são sintetizadas mais tardiamente. Classe II ◊ Vírus de DNA de fita simples (DNAfs). ◊ Fazem uma fita complementar antes da replicação iniciar, visto que a DNA polimerase só reconhece DNAfd. Classe III ◊ Vírus de RNA de fita dupla (RNAfd) ◊ Tem parte + e - ◊ A fita positiva vai ser transcrita em uma fita negativa, a qual vai servir de molde para realizar as cópias do genoma. Classe IV ◊ Vírus de RNA de fita simples de polaridade positiva. (RNAfs+). ◊ RNAfs serve com RNAm. ◊ Precisa da enzima de RNA-polimerase-RNA dependente para a replicação do seu genoma. Classe V ◊ RNAfs-. Millena Fernandes l @medmillena ◊ Não podem ser traduzidos diretamente in vivo ou in vitro. ◊ Seu genoma SOZINHO não é infeccioso. ◊ É necessário que o genoma esteja associado a uma transcriptase viral, que irá sintetizar uma fita complementar positiva (RNAm), para depois ser traduzido. Classe VI ◊ São os retrovírus, que possui RNA+. ◊ Sofrerá Classe VII ◊ Possui um DNA fita dupla, sendo uma positiva e a outra negativa. ◊ Possui a enzima transcriptase reversa, que será usada no final/saída da célula e no fim irá gerar um RNAm.
Compartilhar