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CAPiTULO 1 a estlllttlt%l c as funçôcs \ e entre si c cono o nocio, t ven 1 I , pelo natural ista francês bio e logos + ia, que e tratado. Consiclcrando sua ctimologia, I a ( lat. scientia, conhecinocnto) que estuda os seres que corn o anobiente. \ ttvca (le e que ocorrc entre o scr vivo e o ambiente e vie vital. telactona€ios si a(ingir a verdade, seguc um noétodo de estudo. é a pela qual ciência coordena aclequadamentc sens exuthecitllcs tltos alcançar setiS obie( ivos. tilttdatnente. Cotute ( 1798-1857), Inatelllc'itico e filésofo francês, considerou setc ci- ênetas e eiisttibtlitl-as seqiiência, partindo da mais simples e geral para a mais com- Ple sa e especial. Cada ciência teno seu noétoclo de estudo proprio, mas se relaciona tam- bent cont os das outras eiências. MATEMÂTICA, a mais simples e geral das ciências, tent coti10 tilétoclo cle esttldo a induçâo e a deduçâo. A ASTRONOMIA, a observa- entretanto, tl(iliza a incluçâo c decluçâo. A FÎSICA e a QUfMICA têm conto tnétoclo ele estudo a experiência e a nonwnclatura, respectivamente. O método cie estudo da BIOLOGIA é o cla copnparaçcio. Neste método todo o ser vivo é compa- 23 rado com outros já conhecidos, depois é dado o seu nome apropriado. são rcali7Ad(h experimentos, cujo objctivo é confirmar ou rejeitar a hipótcsc lançada. Observar morfologia, como e onde vive, suas relações com outros seres Vivos c com o ambiente sua scmclhança e difcrcnça com outros sercs vivos já conhecidos c finalmente à conclusão, isto é, a hipótese é confirmada ou rejeitada. A SOCIOLOGIA. que o indivíduo numa comunidade, tem como método de estudo a pesquisa histórica c a PSICOLOGIA, a mais complexa c especial das ciências. estuda a mcntc. os psíquicos c o comportamento de um indivíduo. tcm como método dc estudo o mas cstá intimamente relacionada com as demais ciências. As ciências scrvcm dc basc à FILOSOFIA, como cstá csquematizado no dia. grama abaixo. FILOSOFIA o INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA RELAÇÓES ENTRE OS SERES Vivos No meio ambicntc. os «erc« Vivos cstando intimamcntc ligados c rclactonadosentre si e com o meio. cstabclcccm cx)ndtçóc« capazes dc altcrar «uas formas dc Ida. A finalidade pela qual os scrc« vivo« sc rclacmam, é a dc mclhorcs uynd}•çôes dc vida, como alimento c abrigo. As associaçócs podem (rorrcr cntrc indivíduos da mesma es#ac, asv»aaçixsintra-específicas e entre indivíduos dc espécies diferentes, intcreqrcifw as 1 — Relações intra-específicas Entre as relações intra-específicas estão as colônias, as sociedades e o caniba- lismo. 1. I As colônias são constituídas de indivíduos que se reproduzem por brotação,originando seres solidamente unidos uns aos outros e estabelecendo-se entre eles umintercâmbio contínuo de líquidos orgânicos. Ex.: Poríferos e Cnidários. Nas colônias mais especializadas existem indivíduos responsáveis pela captura doalimento, outros encarregados da reprodução e outros, ainda, destinados à defesa e à locomoção. Ex.: Halistema (Cnidário) (Figura 1. l). —-- Pnematóforo — Nectozóide Filamento urticante Gastrozóide— Bráctea - Dactilozóide Gonozóide Figura 1.1 Colônia dc Halistelna (Cnidário) segundo Picrantoni, 1942, redesenhado por Ivan. 1.2 —As sociedades são formadas de indivíduos da mesma espécie unidos ape- nas pelo instinto de associação. I .2.1 —Sociedades temporárias são encontradas entre os mamíferos individua- listas. Nesse tipo de associação verificam-se casos esporádicos de divisão de trabalho. Ex.: a construção de ninhos e abrigos; a proteção da prole em mamíferos e aves; a vigilân- e a captura de alimento, em lobos. 1.2.2 —Sociedades permanentes são registradas em muitas espécies de insetos :omo os Himenópteros (abelhas e formigas). Na sociedade permanente, os indivíduo lue a formam são morfologicamente diferentes, em relação às funções que devem realiza benefício da comunidade. 2 t .3 — O canibalismo é o caso de unn anitnal se alimentar de outro dli espécie. 2 — Relações Intetvspecítiens As relações intetvspeet ficas entre indivíduos de espécies di e podetn proporcionar vantagens nuituas. ou podetll acarretar vantagenn para c das xvzes. e bastante difícil ptveisar etil qual dessas categorias se inclui (lina relação entre duas espécies. Modernalllente os autores concorda lii CIII pregar os 0—Sintbiose (gr. synbiosis. vida connunn conl outro(s)) é o tipo dc associ_ açào em que uma ou ambas as espécies se bene fieiann e na qual nÜl() ocorre prejuízo para nenhuma. 4áà—Mutualismo é a associação bilateral na qual há troca recíproca dc vanta_ gens e é Indispensável para ambas as espécies. Ex.: o líquen, que é Ilma associação dc algas e fungos. A alga está dispersa entre as hi fas do fungo. O fungo retém a água ncccs_ sária à fotossíntese da alga e esta sintetiza a matéria orgânica para si c para o fungo. Devido a associação, o líquen é um vegetal pioneiro ao instalar-se sobre rochas que não comportam nenhuma outra forma de vida. Outro exemplo é o dos aninnais cuja al imenta- çüo é à base de celulose. Estes albergam protozoários que vivem e sc multiplicam no seu trato digestivo. Os protozoários digerem a celulose e os hospedeiros absorvem os produ- tos da degradação da celulose. Ex.: os ciliados da família Ophryoscolecidae do rúmen dos herbívoros (Figura 1.2). Figura 1.2 Ophryoscolex inermis, segundo G. Collin, redesenhado por Ivan. Os térmitas, insetos da ordem Isoptera, alimentam-se de madeira, mas a grande maioria não tem capacidade de digerir a celulose nela existente. Os flagelados Trichonympha do intestino dos térmitas digerem a celulose para si e para seus hospedeiros. Os térmitas submetidos a uma temperatura de 260C durante 24 horas, para destruir os flagelados, apesar de continuarem a se alimentar de madeira, morrem de inani- çáo depois de aproximadamente 10 dias. Entretanto, podem sobreviver se forem novamente infectados com os flagelados (Figura 1.3). Figura 1.3 Trichonympha. 2.1.2 — Comensalismo é a associação simbiótica simples, unilateral, menos íntima, na qual uma espécie é beneficiada para sua nutrição, sem que haja reciproci- dade de serviços. Ex.: Echneis remora (peixe-piolho) que se fixa temporariamente ao tubarão pela nadadeira dorsal transformada em ventosa e aproveitando os restos do alimento do peixe (Figura 1.4). Vista lateral Primeira nadadeira dorsal transformada em ventosa Vista dorsal Figura 1.4 Comensalismo. Eclzneis remora. Segundo Rodolpho Von lhcring, 1 940, redesenhad( por Ivan. 2' O crustáceo Eupagurus carrega, no seu primeiro par de patas, pólipos de Hvdractinia. O crustáceo é beneficiado pela defesa dos cnidoblastos do cnidário e este aproveita os restos alimentares do crustáceo (mutualismo e comensalismo) (Fi. gura 1.5). Figura 1.5 Mutualismo c Comensalismo. O crustáceo Eupagurus carrega, no seu primeiro par de patas, pólipos dc Hydractinia. Segundo Duerden, redesenhado por Ivan. 2.1.3 — Inquilinismo é também uma associação simbiótica unilateral, na qual uma espécie vive no interior de outra, na qual encontra abrigo. Ex.: O peixe Fierasfer. que vive comumente no interior das Holotúrias (Equinoderme), vulgarmente conheci. das como pepino-do-mar (Figura 1.6). Outro exemplo é o crustáceo Pagurllé bernhardus, que protege seu abdome numa concha de molusco (Figura 1.7). Figura 1.6 Inquilinismo. Peixe Fierasfer penetrando em Holotúria, Equinoderme. Segundo 0 Guia Aquário de Nápoles, redesenhado por Ivan. 28 Figura 1.7 Inquilinismo. O crustáceo Pagurus bernhardus (Bernardo, o crnnitáo) cotn o abdomc pro- tcgido numa concha vazia de molusco. Segundo Picrantoni, 1942, redesenhado por Ivan. 22 —Parasitismo —A palavra "parasito", de origem grega, significa "um scr quc se alimenta de outro". Parasitismo é a associação essencialmente unilateral, íntima, lenta, direta e estreita, entre duas espécies bem determinadas: o hospedeiro e o parasito. O hospedeiro é indispensável ao parasito que vive a suas custas. A associação é de naturezanutritiva. O parasito retira do hospedeiro o material que necessita para sua sobrevivência. O que distingue o parasitismo do comensalistno e do inquilinisnno grau de dependência metabólica, ficando o metabolismo do parasito vinculado ao metabol ismo do hospedeiro. O parasitismo pode ser externo, como o exercido pelos piolhos, pulgas, carrapa- tos etc., e interno, como o exercido pelos helmintos e protozoários. 2.3 —Predatismo é a associação rápida e violenta na qual urna espécie (preda- dor) ataca, abate e devora a outra espécie (presa). Ex.: carnívoros (predadores) e herbí- voros (presas). 2.4 —Esclavagismo é o ato no qual um animal captura outro que lhe prestará serviço. Ex.: certas espécies de formigas raptam pupas de outras espécies para aproveitá- Ias, quando adultas, como operárias. 3 — Competição Competição é a associação que ocorre entre espécies diferen tcs que ocupam mesmo habitat. A disputa por melhores condições de vida entre elas nnanifesta-sc até qu uma predomine sobre a outra e esta tenderá a se extinguir. A competição pode tannl)énn ocorrer entre indivíduos da tnesma espécie, embor não chegue a afetá-los. 2 ORIGEM DO PARASITISMO O assunto é filosófico e para o qual há muitas suposições e nenhuma com çào. Acredita-se que o parasitismo teve sua origem pouco tempo após ter-se vida na terra e cotneçou, provavelnnente, por acaso, embora não haja nada de que comprove tal suposição. Assim, a princípio, era uma associação não prejudicial duas espécies diferentes e, com o decorrer dos tempos, uma delas, em virtude de características. passou a viver às custas da outra. A dependência foi alimentando gradativatnente até ficar o metabolismo de uma (parasito) completamente Vinculado tnetabolist110 da outra (hospedeiro). Adlilite-se que os ectoparasitos devem ter tido sua evolução anterior a dos endoparasitos. pois é mais fácil aceitar a adaptação dos seres de vida livre em ectopar. do que endoparasitos. Supõe-se, ainda, que os parasitos do tubo digestivo, a princípio, eram devida livre e. por terem sido ingeridos acidental ou intencionalmente por outra espécie, foram capazes de subsistir no novo habitat e adaptar-se a ele. Convém lembrar que a evolução dos hemoprotozoários dos vertebrados deve ocorrido duas fases: primeiro, sua adaptação no tubo digestivo dos insetos e, depois, a adaptação no sangue ou nos tecidos dos vertebrados, ao serem neles inoculados vés da condição que apresentam em perfurar a pele para sugar o sangue. A atrofia ou o desaparecimento de certos órgãos que o parasito não precisa mais por não lhes serem necessários para a preparação de alimentos, a fim de assimilá-losou para ir em sua busca, constituem também forte argumento para comprovar a origem do parasitismo. ÂMBITO DA PARASITOLOGIA A Parasitologia, em sentido amplo, é o capítulo da Biologia que tem por objetivc o estudo dos parasitos: vírus, bactérias, fungos, protozoários, helmintos, além artrópodes parasitos e transmissores de doenças. A Parasitologia estuda o parasito em si mesmo, investigando sua morfolo$ sua forma de desenvolvimento, seu habitat, suas condições de nutrição e sua propagaç à( Procura conhecer as relações que se estabelecem entre o parasito e o hospedeiro, cando-o em destaque quando se verifica alguma ação patogênica sobre o último. Invest ga, também, as reações que o parasito produz no organismo parasitado. Para facilitar o estudo dos parasitos, a Parasitologia foi dividida em três grana grupos: Parasitologia em sentido estrito, refere-se ao estudo dos animais parasitos ' Microbiologia estuda os vegetais parasitos (a Bacteriologia e a Micologia estudam víru pectivamente as bactérias e osfungos) e a Virologia preocupa-se com o estudo dos 30 A parasitologia em Veterinária é muito importante e, para evidenciá-la, basta citar algumas das doenças causadas por parasitos de origem animal como a coccídiosc, toxoplasmose. tripanossomose, babesiose; diversas helmintoses, tais como fasciolose, hidatidose, cenurose, estrongilose; miíases; sarnas e carrapatos. Certas afecções bacterianas ou afecções devido a vírus, como a anemia infeccio- sa dos cavalos, peste suína etc. são transmitidas por artrópodes hematófagos. O estudo da naorfologia dos parasitos constitui uma base sólida, necessária c indispensável, sem a qual não é possível abordar com êxito nenhum dos distintos proble- mas que se apresentam ao tratar de parasitoses. CONCEITOS EMPREGADOS EM PARASITOLOGIA I - MODALIDADES DE PARASITISMO De acordo com o comportamento biológico os parasitos são classificados: 1 — Em relação ao número de hospedeiros I . I —Monoxeno (gr. naonos, um; xenos, estranho; por extensão, hospedeiro) é o parasito que necessita de apenas um hospedeiro para completar o seu ciclo de vida. Pode ser parasito tanto na fase larval como na fase adulta. Ex.: berne (larva da Dermatobia), Ascaris e outros. I. 2 —Heteroxeno (gr. heteros, outro) é o parasito que necessita de mais de um hospedeiro para completar seu ciclo de vida. O parasito utiliza um hospedeiro para sua fase larval e outro para a sua fase adulta. Ex.: Babesia bigemina, Fasciola hepatica, Dioctophyma renale e outros. 1.3 —Autoxeno (gr. autos, próprio) é o parasito que no mesmo hospedeiro de- senvolve sua fase larval e sua fase adulta. As larvas ocupam uma localização e os adultos outra. Ex.: Trichinella spiralis. 2 — Em relação ao tempo de permanência no hospedeiro 2.1 —Periódico é o parasito que em apenas uma determinada fase de sua vida é parasito. Ex.: Oestrus ovis (fase larval), pulga (adulto). 2.2 — Temporário é o parasito que procura o hospedeiro apenas para se alimentar. 2.2.1 — Temporário intermitente é o parasito que abandona o hospedeiro após se alimentar. Ex.: mosquitos, Stomoxys calcitrans, Triatoma infestans e outros. 2.2.2 — Temporário remitente é o parasito que permanece no hospedeiro após se alimentar. Ex.: pulgas, piolhos e outros. 2.3 —Permanente é o parasito que permanece no hospedeiro durante todas as fases da sua vida. Ex.: Babesia, cestódeos, trematódeos e nematódeos. 31 3 — Em relação à especificidade parasitária 3.1 — Estenoxeno (gr. steno, estreito) é o parasito que apresenta especificidade parasitária restrita a uma determinada espécie de hospedeiro. Taenia saginata, se for identificada pela sua morfologia, identifica-se imediatamente o hospedeiro. 3.2 —Eurixeno (gr. euris, amplo) é o parasito que apresenta uma especificidade parasitária ampla, parasitando hospedeiros pertencentes a grupos zoológicos distintos Ex.: Toxoplasma gondii parasita várias espécies de mamíferos e aves. 3.3 — Oligoxeno (gr. oligos, pouco, pequeno) é o parasito que apresenta especificidade limitada, parasitando animais de famílias ou gêneros próximos. Trypanosoma evansi parasita o cavalo e o asno. Echinococcus granulosus parasita 0 cão, o chacal e o lobo. 4 — Em relação a maior ou menor exigência ao parasitismo 4.1 —Acidental é aquele que sendo saprófito ou saprozóico acidentalmente entra em contato com o hospedeiro no qual não evolui. Ex.: larvas saprozóicas de moscas (bicho das frutas), quando ingeridas acidentalmente com alimentos pelo homem ou anis mais, são espontaneamente eliminadas vivas com as fezes, podendo causar leves pertur. bações gastrintestinais. 4.2 — Facultativo é aquele que, normalmente de vida livre, ao entrar em contato com um hospedeiro, nele evolui, desempenhando papel de parasito. Ex.: lar. vas necrófagas de moscas que se nutrem de animais em putrefação. As moscas são atraídas pelo exsudato das lesões nas quais fazem a postura de ovos ou dc larvas. As larvas nutrem-se do tecido necrosado, não atacando o tecido vivo. Embora não con- sideradas parasitos, causam ação irritativa. 4.3 Obrigatório é aquele que pelo menos cm uma fase de sua vida necessita de um hospedeiro para completar seu ciclo vital. Ex.: bcrnc, gasterófilos e outros. 5 — Em relação à nutrição 5.1 —Estenotrófico (gr. steno, estreito; trophe nutrir) éo parasito que exige um único tipo de alimento para sua nutrição, podendo ser estenoxeno ou cu rixcn()' Ex.: piolhos, tanto os da cabeça como os do corpo, nutrem-se exclusivam ente sangue humano (estenoxenos). Mosquitos, moscas hematófagas e triatomídeos mentam-se exclusiva e obrigatoriamente de sangue, podendo ser sugado de diferen- tes espécies de vertebrados (eurixenos). 5.2 —Euritrófico (gr. eurys, amplo) é o parasito que se nutre das mais sas substâncias que encontra no organismo do hospedeiro. Ex.: as larvas responsa- veis por miíases. 32 6 — Em relação à localização 6.1 —Ectoparasito é o que se localiza na superfície externa do hospedeiro, como pele, pêlo e cavidades naturais. Ex.: piolhos, pulgas, carrapatos, ácaros da sarna e outros. 6.2 —Endoparasito é o que se localiza nos sistemas circulatório, respiratório, digestivo, urinário, genital, nervoso e musculatura. Ex.: Babesia, Metastwngylus,Ascaris, Stephanurus, Tritrichomonas, cisticercos e outros. 6.3 —Hiperparasito é o que se localiza em outro parasito. Ex.: cistos com larvas de cestódeos em cestódeos parasitos de peixes. 6.4 —Parasito auxiliar é o utilizado para destruir espécies patogênicas. Ex.: certas espécies de himenópteros para combater carrapatos. 7 — Em relação ao habitat 7.1 —Normal é o parasito que só consegue completar seu ciclo vital quando a evolução é em seu hospedeiro adequado. 7.2 —Errático é o parasito que, vivendo no seu hospedeiro normal, não atinge o órgão adequado, localizando-se em outra região. Ex. : Ascaris suum, habitualmente para- sito da luz do intestino delgado do porco, pode se introduzir no colédoco, causando obstrução e conseqüentemente uma hepatite obstrutiva. 7.3 —Extraviado é o parasito habitual de um determinado hospedeiro que se implanta em outro. Ex.:Ancylostoma braziliense, parasito habitual do intestino do cão e do gato, cujas larvas, penetrando através da pele do homem, não conseguem completar seu ciclo vital, ficando seu parasitismo restrito à pele. As larvas doAncylostoma braziliense, vagueando na pele do homem originam, através dos seus constantes movimentos, uma dermatose pruriginosa conhecida por larva migrans cutânea. 8 — Em relação às gerações 8.1 —Monogênico é o parasito que não apresenta alternância de gerações. Ex.: Ascaris suum etc. 8.2 — Heterogênico é o parasito que apresenta alternância de gerações. Ex.: Taenia, Fasciola, Dioctophyma etc 9 — Em relação-a(ñâpo de hospedeiro 9.1 —Normal é o hospedeiro que oferece melhores condições para a subsistên- cia e evolução do parasito. Ex.: o cão para oAncylostoma caninum, o homem para o Ancylostoma duodenale etc. 9.2 —Anormal é o hospedeiro mais ou menos excepcional ou ocasional a cujo or- ganismo o parasito pode não estar bem adaptado. Ex.: o homem para o Toxocara canis. 9.3 —Definitivo é o hospedeiro que alberga o parasito em seu estádio adulto e no qual realiza sua reprodução sexuada. Ex.: o homem para a Taenia solium. Entretanto, se BC o parasito não realiza reprodução sexuada é considerado hospedeiro definitivo, o deiro vertebrado que o alberga. Ex.: o bovino para as espécies de Babesia. 9.4 —Intermediário é o hospedeiro que alberga o parasito em seu estádio larval ou no qual ele se reproduz assexuadamente. Ex.: o suíno para a Taenia solium. parasito não realiza reprodução sexuada, é considerado hospedeiro intermediário, pedeiro invertebrado que 0 alberga. Ex.: 0 carrapato para as espécies de 9.5 — Vector (lat. vectore, condutor) é um artrópode, molusco ou outro qualquer veículo que transmite o parasito entre dois hospedeiros. 9.5.1 — Vector biológico é aquele no qual o parasito evolui. Ex.: Lymnaea para a Fasciola hepatica; Boophilus microplus para a Babesia bigemina. 9.5.2 — Vector mecânico é aquele no qual o parasito não evolui. Ex.: Stomoxys calcitrans para o Anaplasma marginale. 9.5.3 —Fômite (lat. fomites, isca). É objeto ou substância que esteve em contato suficientemente íntimo com um indivíduo infectado ou com um portador, para retero agente patogênico e disseminar a doença como: as roupas do médico-veterinário eos utensílios empregados na castração, descorne, marcação, vacinação e sangria. 9.6 — Vector paratênico (hospedeiro de transporte) é o hospedeiro no quala larva permanece em estádio infectante, sem desenvolvimento essencial e sem crescimen- to. Ex.: minhocas, caramujos, lesmas e artrópodes para o Syngamus trachea. 9.7 — Vector vicariante (lat. vicarias, que substitui) é o hospedeiro excepcional ou ocasional (anormal) no qual o parasito geralmente não está bem adaptado. Quanto mais completa for a adaptação do parasito ao hospedeiro, menor será sua ação patogênica, Assim, os hematozoários do gênero Trypanosoma, de um modo geral, quase sempre estão bem adaptados ao parasitismo em certos vertebrados pelos quais são tolerados, mas quando atacam um hospedeiro diferente, anormal, tornam-se patogênicos. Ex.: 0 Trypanosoma brucei, responsável pela nagana africana nos antílopes, que são seus hospedeiros normais, não produz alterações mórbidas notáveis, causando entretanto uma epizootia grave quando ataca o gado que se introduz na região. 9.8 —Reservatório natural é o hospedeiro adaptado ao parasito e resp onsável pela sua disseminação a espécies de valor econômico. Ex.: a Hydrochoerus cabiparaé o reservatório do Trypanosoma evansi. Segundo a OMS, reservatórios são: o homem, os animais, as plantas, 0 soloequalquer matéria orgânica inanimada, onde vive e se multiplica um agente infecci0S0'do vital para este a presença de tais reservatórios e, possível, a transmissão para outroshospedeiros. 9.9 —Portador é o indivíduo infectado que não apresenta sinais, mas que podetransmitir a doença a outro hospedeiro. 34 II - ADAPTAÇÃO DOS PARASITOS o ser evolui em função do meio em que vive, para uma melhor sobrevivência e bem-estar. I —Adaptações morfológicas 1. I —Armadura bucal dos insetos. De acordo com o seu regime alimentar, pode ser do tipo mastigador, picador, sugador e lambedor. I.2 —Locomotor. Nas pulgas há um desenvolvimento muscular muito grande no terceiro par de patas, permitindo-lhes um salto de até um metro de altura. I.3 —Aparelho digestivo. Existem parasitos que têm o seu aparelho digestivó atrofiado, onde a alimentação se dá por osmose; outros o têm hipertrofiado para melhor absorção alimentar. Ex.: Fasciola hepatica. I .4 —Aparelho repmdutor. Quanto mais intenso é o parasitismo, mais desenvol- vido é o sistema reprodutor. 2 — Adaptações fisiológicas 2. I —Nutrição. Parasitos hematófagos desenvolveram anticoagulantes para faci- litar a sucção do sangue. 2.2 —Dispersão. Especialização para melhor difusão da espécie. 2.3 — Tipos de penetração do parasito: 201 —Oralé quando o parasito é ingerido passivamente pelo hospedeiro. — 00 . 2 —Cutânea é quando o parasito penetra ativamente através da pele. 230. . m —Respiratório é quando o parasito invade o hospedeiro por aspiração. — 5 . —Transovarianaéquandoos ovos do hospedeiro já se encontram infectados pelo parasito. 235. . —Transplacentária é quando o parasito migra ativamente do hospedeiro prenhe para o feto, ainda no interior do útero. 2.3.6 —Inoculativa é quando o parasito é colocado ativamente no hospedeiro, através de agulhas ou hospedeiros hematófagos. 2.3.7 — Contaminativa é quando o próprio hospedeiro se contamina, facilitando ou permitindo a penetração do parasito. 2.4 —Reprodução — Reprodução é o aumento progressivo de indivíduos. Nos parasitos distinguem-se três tipos de reprodução. 2.4. I —Reprodução assexuada ouAgâmica. É a que origina novos indivíduos a partir de um. Este tipo de reprodução apresenta as seguintes modalidades: 35 a) Cissiparidade. Consiste na divisão do organismo em duas ou em várias Ias-filhas iguais. A divisão simples pode ocorrer no sentido longitudinal (Flagelados) , nosentido transversal (Ciliados) e em qualquer sentido (Amebozoários). b) Gemiparidade (Brotamento) consiste na divisão do organismoem duas ou várias células-filhas desiguais. A célula ou células-filhas podem ou não destacar-se da célula primitiva. Quando não se separam formam as colônias. c) Partenogênese. E a formação de novos indivíduos a partir de uma fêmea adulta, sem a presença do macho. d) Pedogênese. É o aparecimento de novos indivíduos a partir de formas jovens (sem maturidade sexual). e) Esquizogonia ou Divisão múltipla. Na esquizogonia, o núcleo da célula mul_ tiplica-se várias vezes, antes que o citoplasma se divida, apresentando o organismo o aspecto de uma célula com muitos núcleos. O número de núcleos conseqüente dessa divisão é específico. Os núcleos se distribuem na periferia da célula primitiva e quando o seu número alcança o da espécie, os núcleos se liberam rodeados de citoplasma. As cél ulas-filhas resultan tes da esquizogonia são denominadas merozoítos e a célula primitiva, que originou os merozoítos, esquizonte. Esta modalidade de reprodução precedea singamia. f) Endogenia. É a formação de células-filhas em número variável, no interior da célula primitiva. Os novos organismos se liberam somente após o rompimento da célula primitiva. g) Esporogonia. É a formação de células-filhas haplóides após um processo de meiose da célula primitiva. Os organismos resultantes da esporogonia são denominados esporozoítos. Esta modalidade de reprodução geralmente é seguida de singamia e a cé- lula primitiva (célula-mãe) é um esporocisto. 2.4.2 —Metagênese. Diz-se que ocorre metagênese quando a reprodução sexuada é seguida de outra assexuada. 2.4.3 —Reprodução sexuada ou Gâmica ou Singâmica. Neste tipo de repro - dução formam-se novos indivíduos a partir de células sexuais produzidas pelos pais, Duas células (masculina e feminina) se unem para originar um novo indivíduo. Até nosprotozoári0S ocorrem processos semelhantes à reprodução sexual dos metazoários. Na conjugaÇãO dos ciliados (Paramecium caudatum) dois indivíduos semelhantes se unem, trocam ma - teriais do micronúcleo e se separam logo a seguir para continuar dividindo-se por divisão de- binária. A fecundação ocorre nos bsporozoasidas (Eimeria, Plasmodium etc•)' em tcrminadas fases, surgem dois tipos de organismos (macrogametas e microgametas)• les sc uncm aos pares, para prosseguir o ciclo biológico. Nos metazoários (animais pluricelulares), o sexo é o conjunto de caracteres es- truturais c funcionais quc permitem distinguir o macho dafêmea. Os dois produzem célu- 36 1as sv.vuais (células germina is). As células produzidas pelos machos são pequenas, mó- veis e grande n linw•ro, os espermatozóides. As células produzidas pelas fêmeas são rnaiotvs. ituóveis e enl tncnor númcro, os óvulos. As células sexuais sc originam cm órgãos denominados gónadas, os espertnatoz.óides nos testículos c os óvulos nos ovários. Os testículos e os ovários são os órgàos sexuais prilnário.s. A Inaioria dos animais tem órgãos secundários associados às gónadas. constituindo o aparelho 't'pmdutor. Estes órgãos podem ser únicos, pares ou ntliltiplos. Quando uni Ilicsnno indivíduo tcm os órgãos femininos e masculinos funcionantes, podendo ou não ocorrer autofecundação, diz-se que é monóico (hermafrodita). Ocorre protandria quando os órgãos masculinos amadurecem antes dos femininos e protogenia quando os órgãos femininos amadurecem antes dos masculinos. III - AçÁo DOS PARASITOS A açâo dos parasitos sobre o hospedeiro permite conhecer a patogenia das do- engas parasitárias. Os sinais que expressam as alterações mórbidas são o resultado de dois organistnos: parasito e hospedeiro que, exercendo atividades diferentes, tendem para titila adaptação biológica, embora em atividades inteiramente opostas. I —Ação mecânica é a que, sem lesar diretamente o órgão, se manifesta por obstrução, compressão c traumatismo. I . I Obstrutiva é a que se mani festa pela presença do parasito obstruindo va- sos e órgãos ocos, dificultando seu funcionamento. Ex.: acúmulo deAscaris no intestino. 1 2 — Compressiva é a que se manifesta quando o aumento de volume de um órgão eomprirne outros órgãos, causando sinais referentes ao problema do órgão compri- mido. Ex.: o cisto hidático localizado no fígado, pulmões ou outros órgãos, onde cresce exageradannente, provoca modificações estruturais nos órgãos vizinhos, decorrendo daí sinais graves. I ..3 — Tratonática é a lesão de tecido que os parasitos causam ao se fixarem e ao se ali:nentarenn no hospedeiro. I .3. I — Destrutiva é a ocasionada por contato demorado do parasito com os tecidos do hospedeiro. Ex.: as larvas de Ancylostoma ao penetrarem pela pele. I ..3.2 Pungitiva é a provocada pela picada de artrópodes hematófagos. Ex.: picada de mosquitos, barbeiros, nnutucas, borrachudos etc. 2 —Açtio tóxica é a que ocorre em conseqüência da introdução no hospedeiro de secreções e excreções produzidas pelo parasito ou de substâncias que constituem seu corpo. 37 2.1 —Exotoxina é a substância que o parasito produz durante sua vida e que é responsável pelo aparecimento de sinais no hospedeiro. Pela ação de exotoxinas podem ser alteradas as paredes dos capilares surgindo edemas, como na durina. 2.2 —Endotoxina é o conjunto de substâncias que o parasito libera ao morrer, provocando problemas ao hospedeiro. 2.3 —A ação tóxica pode ser exercida no local ou à distância. 2.3.1 —Ação tóxica local é a causada pelas toxinas no ponto onde o parasito se encontra. Ex.: a destruição do tecido renal causada pela ação histolítica do Dioctophyma renale. 2.3.2 —Ação tóxica geral ou à distância é a provocada pelas toxinas ao se difundi- rem no organismo. Ex.: a saliva tóxica de ação neurotrópica dos carrapatos (Ixodides). 3 —Ação espoliadora é a ocasionada pelos parasitos ao absorverem as substân- cias nutritivas do organismo do hospedeiro. 3.1 —Direta é a causada quando os parasitos se nutrem de células, tecidos etc. Ex.: artrópodes hematófagos (mosquitos, moscas, carrapatos). 3.2 — Indireta é a causada pelos parasitos que utilizam para sua subsistência substâncias alimentícias já elaboradas. Ex.: parasitos que vivem no trato gastrintestinal. 4 —Ação irritativa é a provocada pela presença constante de parasitos nos órgãos do hospedeiro. Ex.: a ação dos lábios do Toxocara e das ventosas dos cestódeos, no intestino. 5 —Ação infecciosa é a entrada de agentes patogênicos, como bactérias, fungos e vírus, através das lesões causadas pelos parasitos. 6 —Ação antigênica é a resultante das secreções e excreções dos parasitos. A res- posta do organismo do hospedeiro aos estímulos antigênicos são os vários tipos de anticorpos. 7 —Ação anóxica (gr. an, privado, sem, não; ox, oxigênio) é a provocada pelos parasitos que consomem O da hemoglobina ou que destroem eritrócitos. Ex.: a Babesia na babesiose. 8 —Ação enzimática é a causada pelas larvas de determinados nematódeos para penetrarem através da pele; a ação de trofozoítos de Protozoários para obter alimentos assimiláveis. IV - PERíODOS Em medicina, período é cada um dos espaços de tempo que uma doença d eve sucessivamente percorrer. Tem início com a entrada do parasito no hospedeiro e termina com a cura ou com a morte dele. 38 Os sio denominados: períodos clínicos e períodos parasitológicos. são os relativo« às reaçõcs do hospedeiro facc ao ataque dos c parasitológtcos os relativos aos parasitos frente ao hospedeiro. t — Petiodos clínicos I . I - Pertodo de Incubação é o que se interpõe entre o espaço de tempo dc parasito no h«xNX'dctro c o aparecimento do primeiro sinal cl ínico. l'eritxlo agudo é o c«paço dc tempo. após a invasão do parasito no hospe- «nat« clínteos sáo mais acentuados. É o período decisivo, o hospedeiro ou ou cntra no pcríodo crónico ou morre. I .3 - Período cróntco é aquclc quc sucede ao período agudo. Os sinais clínicos dammucm. O numero dc parasitos pcrmanccc nos mesmos níveis, emtX)ra possa ser rom- paio tanto para o parasito como para o hospcdciro. 1 4 - Período dc convalescença é o decurso que segue ao período onde os etnal< sio rnats, acentuados.evoluindo para a cura. 1 5 - Pcrtodo latente é o período assintomático, sem sinais, embora os parasitos nào tenham sido totalmente destruídos. .o Período de recaída é o que surge após o término do período latente, no qual os stnais estavam ocultos. por ocorrer um aumento da carga parasitária. 2 — Períodos parasitológicos I — Periodo pré-patentc (PPP) é a fase que decorre desde a entrada do para- sto no até a manifestação dos seus ovos, cistos ou outras formas do seu ciclo evolutivo. evidenciados por processos laboratoriais específicos. 2 — Periodo Pitente (PP) é o decurso de tempo durante o qual os parasitos podem facilmente demonstrados. por técnicas diversas. O período patente termina quando os Cistos ou outras formas do seu ciclo biológico não podem mais ser reveladQs. — Periodo subpatente (PSP) é aquele em que não é possível revelar a pre- do parasito através de seus ovos, cistos ou outro estado do seu ciclo evolutivo. A per:odo segue-se novamente um novo período patente. V - INFECÇÃO E INFESTAÇÃO Ia conlr( autores sobre o significado dos termos infecção e infestação. Atc ha pouco consideravam infecção as doenças causadas por protozoários e f ido o g ao para a doença devido a presença de parasitos internos, con10 39 protozoál ion c art róp« 'dc % , VI - PROFILAXIA por objetivo egtabeleccr rentena, controle c erradicaçao, Quarentena — (l cle il l)/il'ltgitog cxtcrnog, como (IC dc docnçag, 13agcia-sc na qua- (IC ) (lias). Pct'fodo dc clctcnç{10 a quc são sujeitos os anirnais, e bagagens, )ecdcntcg dc local atacado por docnça infcc- ciosa. ÍE a principal Inedicln (Ic prcvcnçli( ec n penctraçfi() dc tuna docnça. ('onttr•/e— Parte da profilaxia truta «In do ntinncro dc casos dc uma doença. Erradicaçáo Parte da profilaxia que consiste na cl inaçáo completa e total do agente específico, SISTEMÁTICA O núnwro de seres vivos na natureza é lii tlito grandc c os seus caracteres e os fenómenos que neles se observann sno tilo eonll)lexos c nurncrosos que, para facilitar seu estudo, foi necessário agrupá-los etn categorias segundo sua morfologia, fisiolo- gia c fi logcn ia. vindo constituir a sistetntitiea. O termo origina de sistetna e foi ennpregaclo pela primeira vez por Lineu ( 17()7-1778) sua obra Svstetna Natitrae. O botânico Candolle, 1813, usa o '/htxionomia (gr. taxis. 01'detn: 110/1108, lei). Os objctivos da Sistenuitica sào: identi ficar, denominar e classificar os seres VIVOS, Identificar é connparar o ser v ivo que se observa conn aquele que se conhe- cc, através das suas setnelhanças e di ferençus. Ú relacionar o ser vivo com aqueles já rcgistrados cm publ icaçóes cient ífieas, Denominar é dar nornes adequados aos seres vivos e constitui a Taxionomia. C'/a.s•.çi/'icar é reunir os seres vivos grupos. baseando-se nos caracteres de scrnclhança, descendência 011 utlil»os. A ordenação é etil seqüência hierarquicamente scriada e os grupos sà() constituídos por seres vivos estrutural e biologicamente se- mclhantcs. lix istelll dois tipos de classi fieaçào: a natural e a artificial. A classifica- çáo natural tonja consideraçào tuort'ologia externa, a anatonlia, a fisiologia, a ontogenia, a filogenia e a ecologia, A elassil'ieaçào artificial considera apenas a rnorl'ologia externa, coNCElTO DAS CATEGORIAS ZOOLÓGICAS Caráter biológico. Todo o scr vivo aprcscnta uma dc detalhes morfológico. e fisiolÓgiCOS que o caracteriza. Cada um dcsscs dctalhc•. é um carúter biológi' o, Espécie biológica. Muitos, cntrc os scrc« vivo", aprc•cntam coíncidéncía na maioria dos caracteres, tornando-os tão semelhantes cntrc «i quc sc torna difícil individualizá-los. A causa dessa semelhança é que descendem dc indivíduoc, que a mcv ma semelhança com eles e entre si. Esta catcgoria é a espécie biológica ou «ímpJcsrncntc espécie. Espécie é a unidade biológica básica para classificacão. É o conjunto dc índívídu- os que são semelhantes tanto entre si como com os seus asccndcntc« c, descendentes, são férteis entre si e com prole fértil. Em princípio, o cruzamento entre indivíduos de espécies diferentes é negativo. Entre- tanto há casos em que o resultado é positivo e o indivíduo resultante é denominado híbrido. Os híbridos, na maioria das vezes, são estéreis. Entre cruzamentos interespecíficos com híbridos indefinidamente férteis, pode-se citar os procedentes do cruzamento dc caprinos, o doméstico (Capra hircus) com o do Himalaia (C. ibex) e os dos canídeos, o cão doméstico (Canis familiaris) com o cachorro do mato (C. brasiliensís) ou com a raposa (C. vulpes) e/ou com o chacal (C. thou) e vice-versa, respectivamente. Como exemplo de cruzamento interespecífico com híbridos parcialmente esté- reis, o caso do cruzamento do eqüino (Equus caballus) com asinino (E. asinus), origi- nando machos estéreis (burro) e fêmeas parcial ou totalmente férteis (mula). Subespécie ou raça é o grupo de indivíduos que apresenta, dentro da espécie, alguma característica particular, que se transmite por herança às geracõcs seguintes. Variedade é o grupo de indivíduos que apresenta, dentro da espécie, alguma característica particular não estável. As características diferenciais, que aparecem geral- mente por influência de fatores do meio ambiente (clima, alimentação etc.), podem desa- parecer ao modificar-se o meio ou se manifestar nos descendentes. Género é o grupo formado por várias espécies que possuem caracteres comuns Um gênero pode ter uma, poucas ou numerosas espécies. Como a seqüência é o agrupamento de caracteres afins, surge então a família ordem, classe, filo e reino, que são as principais categorias usadas na classificação. A disposição dos animais nestas categorias sistemáticas é mais ou menos arbitré ria, mas tem valor na indicação de parentescos. Freqüentemente podem ser usadas categorias intermediárias. As categorias Pa ra classificação, dispostas em ordem sistemática, são as seguintes: REINO Sub-reino PHYLUM CLASSE Subclasse ORDEM Subordclll Supcrfllmflill FAMÍLIA Subfannília TRIBO GENERO Stibgêncro ESPÉCIE Subcgpécíc REGRAS INTERNACIONAIS DE NOMENCLATURA ZOOLÓGICA Nomes vulgares. Cacla país tenn seus próprios nomcs com uns para os anítnaís, Por exemplo, o carneiro é denominado Sc/lalbock, na Alcnnanha; na Inglalcrra c Estados Unidos; montone, na Itália; baran, na Polônia; motiton, na França c ('(1/'/1('/'0, na Espanha. Num mesmo país, uma deternninacla cspécic podc scr dcsignada por di f'crcntcs nomes regionais. Além disso, também o nnacho, a fêmca c os inclivíduos jovcns às VC'/,cs recebem nomes especiais. Nomes científicos. Para screnn cvi ladas con fusócs na dcsignaçá() dos animais, foram adotados nomes científicos que segucnn a dctcrminadas rcgras, propostas pcJ() Prof. Raphael Blanchard (médico e natural isla francês, 1857-1919). Eslag rcgrag foran j )romulgadas no I Congresso Internacional dc Zoologia, rcal izado Paris no ano dc 889. O livro que serviu de base foi a décima edição do Sys/epntl Na/urae, 1 758, dc :arl Lineu (médico e naturalista sueco, 17()7-1778). redeserita por outro a utor devido a atttot' que a desercvctl é colocado cn trc parêntese$ gent a de qtlalqtlet• sinal dc pontuação, é escrito autot pela eotnbinaçâo, Ex.: Dipetalonema graci ( 180 1' l ia t'Cl enda g0net'0 c espécic é semprc adotado o nom reli' qual designados, setupre quc cstc 110111c lenha sido publi "t tteeet a Ititltal leieittl(lo, nent Ittesttto pelo a 11 tors pot' itnpropricdade ou repetição. (Quando I tilinte genét'ieo é t'qieitado eotno homônimo, quando já foi utilizado t gene designa t' otttra espécie do tnestno generos ( notnes etnpreeados para una mesmo gênero ou uma mesma('Nli('eie os siltôttitttos desse género ou espécie. aeot'(lo eotn as regras estabelecidas cm Congresso de Nomenclatura(leset'içôes de espécies e subespécies devem vir acompanhadas(Ias seguintes ill(lieaçôes: e data do Illkltet'ial típico; tua terial tipieo consta do tilirnero de exenaplares, sexo desses exem-e (Io eoleeionador: indieaçâo da eoleçâo ondese encon,tra o material típico deposita- l" / sno os qualquer IA novo sobre 0 qual o autor baseia sua descrição, tam- res a do tipo. r do sexo oposto ao do holótipo. seleeionado quando 0 holótipo for extra- SISTEMÁTICA - REINO ANIMAL F, REINO PRO'I'JSTA REINO SUB-REINO ANIMAL METAZOA PROTISTA PROTOZOA FILO SUBFILO CHORDATA VERTEBRATA PROTOCHORDATA ECHINODERMATA MOLLUSCA ARTHROPODA ANNELIDA NEMATI-IELMINTHES ACANTI-IOCEPI•IALA PLATYI-IELMINTHES CNIDARIA PORIFERA CILIOPI-IORA APICOMLEXA SARCOMASTIGI-IOPORA CLASSE Marnrnalia A'/00 Hoplilja Arnphibia Piscos Cyclostomata Cophalochordata Urochordata Homichordata Ophiuroidoa Astoroidoa Echinoidea Holothuroidoa Crinoidea Amphinoura Cophallopoda Lamollibranchia Scaphopoda Gastropoda Arac,hnida Insocta Chilopoda Diplopodn Crustacoa Pontastomida ou Linguatulida Hirudinon Oligochaota Polychaota Nomntodn Gordiacoa Turbolaria Tromntoda Cootoda Anthozn Scyphozoa l•lydrozoa Domouponoia Cnlcnron Cilintn Acinotn (Suctorin) Sporozonsidn Piroplnsmnslda Sarcodinn Mastiohopora Os animais que interessann à Parasitologia esti'l() incl u ídos nos fi 10s Mollusca, Arlhropoda, Nenu,lthellninthes, Acanlhocephal(l, Pla ly/lehnillthes, Ciliophora, Apicomplexa c 45
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