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Curso de Direito TURMA: DIR1AN-MCI Alunos: Renato Maciel Dell'Isola RA: 822127098 Gustavo Tucci Simionato RA: 82213658 Claudio Junior Barreto RA: 822236680 Giovanna Fonseca RA: 822127749 Bruno Romano Costa RA: 822 229804 Luan Azadinho dos Santos RA: 822125269 Vênice Pangoni Ribeiro RA: 822139402 São Paulo - 2023 Relatório entregue para a Avaliação A3 UC – Direito Penal TEMA: PARECER TÉCNICO DEFENSIVO Professores: José Nabuco Galvão, Orlando Sbrana. São Paulo - 2023 PARECER JURÍDICO DEFENSIVO REQUERENTE: IGOR EMENTA: Elaboração de argumentos jurídicos favoráveis à defesa do réu acusado de duplo homicídio qualificado por motivo torpe. Possibilidade de aplicação do instituto do erro de tipo essencial. Necessidade de apresentação de provas e teses defensivas que contestem a tipicidade do delito imputado. Recomendação de garantia da ampla defesa e do contraditório. Possíveis desdobramentos e apelação em caso de condenação pelo Tribunal do Júri. DA FUNDAMENTAÇÃO Em relação ao processo em referência, no qual o réu Igor é acusado de duplo homicídio qualificado por motivo torpe, conforme estabelecido no artigo 121, § 2°, inciso I do Código Penal, fomos incumbidos de elaborar um parecer técnico defensivo a fim de apresentar argumentos jurídicos que possam favorecer a defesa do réu. Após análise dos elementos apresentados, constata-se a existência de indícios de um crime, uma vez que duas pessoas foram vítimas fatais. No entanto, a avaliação da tipicidade do delito depende da interpretação adequada dos fatos e da correta aplicação do Direito Penal. A acusação atribuiu ao réu a prática de duplo homicídio qualificado por motivo torpe, conforme previsto no artigo 121, § 2°, inciso I do Código Penal. No entanto, é necessário examinar se as circunstâncias apresentadas realmente configuram as qualificadoras alegadas e se não existem elementos que possam afastá-las. Ao longo do processo de instrução, a defesa deverá apresentar provas e argumentos capazes de demonstrar que o réu agiu respaldado por uma causa excludente de ilicitude, ou então que não estão presentes os elementos caracterizadores das qualificadoras imputadas. Isso poderá influenciar a adequação típica do crime imputado ao réu. Com base nas informações fornecidas, é relevante considerar a possibilidade de aplicação do instituto do erro de tipo, mais especificamente o erro de tipo essencial relacionado à ilicitude do fato. O erro de tipo ocorre quando o agente pratica uma conduta típica, porém, devido a um equívoco, desconhece algum elemento do tipo penal. No presente caso, a defesa poderá sustentar a tese de erro de tipo essencial caso consiga comprovar que o réu agiu motivado por um temor justificado e razoável de sofrer uma agressão iminente por parte das vítimas. Será necessário apresentar elementos de prova que demonstrem que o réu agiu equivocadamente devido a um erro invencível de compreensão sobre a ilicitude do fato. Caso o erro de tipo seja reconhecido, a consequência jurídica seria a exclusão da culpabilidade do réu, conforme estipulado no artigo 20 do Código Penal. Nesse cenário, mesmo que a conduta seja considerada típica, o réu não poderá ser responsabilizado criminalmente devido à sua inculpabilidade. O caso em questão será julgado pelo Tribunal do Júri, seguindo o rito especial estabelecido no Código de Processo Penal. O julgamento pelo Tribunal do Júri é conduzido por um colegiado popular composto por jurados leigos, que decidirão sobre a culpabilidade do réu. Nesse sentido, é importante direcionar os esforços para a apresentação de uma defesa clara, coerente e compreensível aos jurados, a fim de esclarecer os fatos e as teses defensivas de forma acessível. Além disso, é essencial garantir a ampla defesa e o contraditório ao longo do processo, assegurando o direito do réu de ser ouvido, apresentar provas, interrogar testemunhas e utilizar todos os meios legais disponíveis para sua defesa. No presente caso, diversos desdobramentos podem ocorrer em decorrência das teses defensivas apresentadas e da análise dos elementos probatórios. Caso a tese de legítima defesa seja acolhida ou o erro de tipo seja reconhecido, a responsabilidade criminal do réu poderá ser afastada, resultando em absolvição ou em uma pena mais branda. Entretanto, se as teses defensivas não forem acolhidas pelo Tribunal do Júri, a condenação por duplo homicídio qualificado poderá ser mantida. Nesse caso, a defesa deverá buscar fundamentos para uma eventual apelação, questionando a decisão do júri e buscando a revisão da sentença condenatória em instância superior. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante disso, conclui-se que a defesa possui argumentos jurídicos plausíveis para contestar a tipicidade do delito imputado ao réu e apresentar teses defensivas que podem influenciar a decisão do Tribunal do Júri. Recomenda-se a adoção de todas as medidas processuais cabíveis para garantir a ampla defesa e o contraditório, a fim de assegurar a justa aplicação da lei ao caso em questão. Permaneço à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas adicionais e prestar o auxílio necessário à defesa do réu. Atenciosamente, adv/oab REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte Geral. São Paulo: Saraiva,2020. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal: Parte Geral. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2022. Brasil. Código Penal. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Brasília: Editora Saraiva,2023. INVESTIDURA, Portal Jurídico. Modelo de Parecer Jurídico. Portal Jurídico Investidura, Florianópolis/SC, 26 Set. 2017. Disponível em: https://investidura.com.br/modelos/peticoes/peticao-inicial/336111-modelo-de -parecer-juridico. Acesso em: 31 de maio 2023 https://investidura.com.br/modelos/peticoes/peticao-inicial/336111-modelo-de-parecer-juridico https://investidura.com.br/modelos/peticoes/peticao-inicial/336111-modelo-de-parecer-juridico
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