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A1 psicopatologia geral

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A1 - Psicopatologia Geral
Professora: Sônia Maria de Carvalho Moura 
Juliana Vieira Avelino - 20201107468
Nicole Machado Chagas Tâmega- 20201102344
Daniel Bergman Henriques Machado- 
20201106421
Questões a serem feitas para A1.
1º Questão:
A) De acordo com o caso clínico abaixo que hipótese diagnóstica encontramos neste caso: transtorno neurótico ou psicose? (1,0 ponto)
R: Psicose (esquizofrenia paranoide).
B) Justifique seu diagnóstico utilizando os aportes teóricos estudados da Psiquiatria clínica, no texto “Formas do adoecer psíquico” e o ponto de vista da Psicanálise de acordo com os textos freudianos,“Neurose e psicose” e “A perda da realidade na neurose e na psicose”. (2,0 pontos)
R: Trata-se de um possível diagnóstico de psicose, com características de esquizofrenia paranoide. O paciente apresenta claros sinais de descolamento da realidade, com paranóia e alucinações. Manifesta juízo falso da realidade, com a presença de delírios persecutórios, especificamente delírio de prejuízo e delírio de autorreferência, bem como delírio de influência e de grandeza, alterando de maneira significativa sua qualidade de vida, com consequente diminuição de suas interações sociais. Podemos observar que na juventude ele desenvolveu sintomas de paranóia ao acreditar que seus colegas caçoavam e o perseguiam ao tossir ou espirrar quando ele entrava na sala (delírio de autorreferência). Ainda na juventude, ele também manifestou outro sinal evidente de transtorno psicótico ao admitir que a namorada que havia terminado com ele na verdade era uma sósia. A intensidade de sua crença foi tão grande que chegou a acionar a polícia. (delírio de prejuízo)
Embora tenha conseguido um emprego, ele durou pouco. Novamente entrou em estado de paranóia, sentido-se perseguido por seus colegas. A consequência disso foi adotar uma postura retraída e isolacionista. Além disso, ele começou a ouvir vozes. (alucinações auditivas verbais). Fica claro que há um aumento exagerado de suas características (perseguição e alucinações), como ocorre em um caso de psicose. Isso porque a psicose se caracteriza por alterações globais da personalidade, fazendo com que o psicótico perca o contato com a realidade, afastando-se dela.
Observa-se também a presença de embotamento afetivo e volitivo por parte do paciente, assim como consequências na sua vida funcional. Após o emprego, que durou apenas 7 meses, ele foi internado 12 vezes e sua vida afetiva ficou resumida a dois almoços por ano com seus tios. Sua realidade psíquica tomou tal forma que não sobrou espaço para outros indivíduos. A fase ativa de sua doença impossibilitou ele de distinguir o real do imaginário. A alucinação era a sua realidade. 
Ainda assim, possui certa preocupação com a sua aparência. Na entrevista após ter batido em uma mulher idosa de seu edifício ele estava bem arrumado, mas com discurso incoerente e objetivo característico do embotamento volitivo.
Além disso, ele acreditava que seu apartamento era o centro de um grande sistema de comunicações que envolvia as três maiores redes de televisão, seus vizinhos e, aparentemente, centenas de atores da vizinhança. (delírio de perseguição). Aparentemente a fase ativa de sua doença impossibilitou ele de distinguir o real do imaginário.
Para a Psicanálise, podemos dizer que o paciente encontra-se no segundo momento da constituição do seu quadro psicótico onde através dos delírios acima mencionados busca construir uma nova realidade cujo o objetivo é resgatar seus vínculos relacionais anteriormente perdidos. Deste modo, sua condição faz com que ele tenha uma perda de toda participação no mundo externo e substitua a realidade por uma nova denotando uma indiscriminação entre o seu mundo interno e o externo.
O término do namoro pode ter sido um fator desencadeante dos sintomas agudos relativos à sua condição de constante desconfiança de qualquer “outro” que se aproxime. Por não diferenciar real e imaginário, esse “outro” em quem não se confia se manifesta em atores, diretores e personagens que vivem no “sistema de comunicações” que o paciente relatou habitar. 
Em suas alucinações havia uma máquina que colocava sonhos eróticos em sua cabeça, geralmente com mulheres negras. (delírio de influência). Talvez o mundo que tenha criado seja construído de acordo com seus impulsos desejosos recalcados provenientes do ISSO. 
Segundo Freud, o motivo dessa dissociação do mundo externo pode ser alguma frustração muito séria de um desejo, por parte da realidade - que parece intolerável. Demonstra cisão de sua personalidade, quando diante da interdição da realidade, busca uma forma delirante de reparação da mesma, voltando-se para a satisfação do ISSO. Podemos arriscar que ele, por ter embotamento afetivo e consequentemente não consiga se relacionar, tenha desenvolvido essa máquina dos sonhos como forma de sublimação de seu desejo sexual.
 C) Que indicação terapêutica você sugeriria a este paciente? (1,0 ponto)
R: Recomenda-se encaminhamento para a psiquiatria, com indicação de uso de medicamentos e trabalho psicoterapêutico para investigação e compreensão de seu adoecimento e diminuição de sofrimento emocional.
2ºQuestão:
A) De acordo com o caso clínico abaixo que hipótese diagnóstica encontramos neste caso: transtorno neurótico ou psicose? (1,0 ponto)
Neurose obsessiva, com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
B) Justifique seu diagnóstico utilizando os aportes teóricos estudados da Psiquiatria clínica, no texto “Formas do adoecer psíquico” e o ponto de vista da Psicanálise de acordo com os textos freudianos,“Neurose e psicose” e “A perda da realidade na neurose e na psicose”. (2,0 pontos)
A paciente de 45 anos está em fase crítica do seu quadro neurótico, com comportamentos obsessivos e que podem configurar como transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Esse quadro é manifestado através do ideário obsessivo, de exames exaustivos de objetos da casa, assim como rituais de limpeza (pessoal e espacial) relativos à presença de fluídos corporais que, para ela, são insuportáveis. É interessante pontuar que a sua aversão à sujeira não enquadra poeira ou micróbios, mas apenas as de origem corpórea como excrementos e sangue. 
A paciente possui consciência de seus comportamentos patológicos e compulsivos e encontra-se em estado de ansiedade constante devido à falta de controle desses pensamentos. Essa rede sintomática em que está amarrada faz com que sua liberdade seja cerceada e, consequentemente, seu sofrimento fique acentuado. Além disso, ela também realiza rituais obsessivos como calcular exatamente o número de visitas que deve fazer ao túmulo de seu falecido marido. Esses rituais são formas encontradas por ela para abrandar a ansiedade e angústia provenientes de seu quadro patológico. Os excessos de seus comportamentos, assim como a realização de numerosos rituais compulsivos são fatores que limitam a sua capacidade de gozar plenamente da vida, caracterizando um possível quadro depressivo. 
De acordo com o paradigma da Psicanálise, a paciente apresenta características do segundo momento de seu transtorno neurótico, com angústia extrema devido aos conteúdos negativos e embaraçosos e severa desconfiança de si. Esses sintomas transbordam o recalque e retornam na forma de uma tentativa compulsiva de controle da realidade por meio da constituição de uma fantasia inconsciente voltada a uma satisfação pulsional infantil. O afrouxamento de sua relação com a realidade aparece como segundo momento da constituição de seu adoecimento.
C) Que indicação terapêutica você sugeriria a este paciente? (1,0 ponto)
Observamos que no caso dela o ideal seria uma intervenção psiquiátrica para avaliação de tratamento medicamentoso e em paralelo um tratamento psicoterapêutico para que a paciente possa compreender e reelaborar as suas fantasias inconscientes infantis, assim como os possíveis traumas relativos à morte do marido. Com esses dois fronts de atuação ela pode ter uma melhora psíquica que irá refletir em qualidade de vida e mitigação da angústia e sofrimento causadospor seus comportamentos obsessivos de limpeza e de rituais.

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