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Mastites: Classificação e Tratamento

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MASTITES
 Faixa etária mais comum: 18 – 50 anos
 Classificação:
 Agudas (< 30 dias)
 Puerperal (Lactacional): ocorre no período da amamentação, mais frequente
entre a 2ª e 5ª semana pós-parto
 Não epidêmica (mais comum): mais frequente em puérperas jovens, primigestas e 
após cesarianas eletivas
 Epidêmica: hospitalar
 Não puerperal
 Classificação (continuação):
 Crônicas (> 30 dias ou recorrentes)
 Infecciosas:
 Abscesso subareolar crônico recidivante
 Tuberculose
 Hanseníase
 Micobactérias atípicas
 Gonococcia
 Actinomicose
 Sífilis
 Vírus
 Fungos
 Parasitas
 Não infecciosas:
 Mastite crônica residual
 Doença de Mondor
 Mastite granulomatosa
 Sarcoidose
 Óleo orgânico
 Mastite isquêmica
 Granuloma lipofágico (Necrose gordurosa)
 Mastite actínica
 Mastite plasmocitária
Mastite aguda puerperal (lactacional) não epidêmica
 Agentes infecciosos mais comuns: Staphylococcus aureus
(50%), Staphylococcus epidermidis, estreptococos, E. coli, P. 
aeruginosa, Proteus mirabilis e anaeróbios
 Quadro clínico: dor, hiperemia e calor locais, com ou sem área 
de flutuação (abscesso), sintomas e sinais sistêmicos: anorexia, 
náuseas, vômitos, febre alta, comprometimento do estado 
geral e sepse
 Fisiopatologia: Modo incorreto de 
amamentação assoc. a 
má higiene
Trauma da papila com 
formação de fissuras na 
papila
Contaminação pelos 
agentes infecciosos
Dor e aparecimento 
súbito de sinais 
inflamatórios e 
infecciosos
Diminuição da 
frequência das mamadas
Ingurgitamento mamário
 Tratamento:
 Solicitar hemograma completo e US mamas de urgência para avaliação da 
gravidade do quadro infeccioso e localização de lojas de abscessos
 Iniciar antibioticoterapia
 Analgésicos e compressas geladas no local
 Uso de sutiã ou faixa para elevar as mamas
 Ordenha manual (preferencialmente não interromper a amamentação, exceto 
nos casos de mastite epidêmica)
 NÃO PRESCREVER para as lactantes: tetraciclinas, ciprofloxacina e cloranfenicol
 Pacientes com leucocitose importante com ou sem desvio à esquerda (leucócitos 
> 15.000) e/ou plaquetopenia, leucopenia com desvio à esquerda, sinais ultra-
sonográficos de formação de abscesso retromamário, celulite clinicamente 
importante e/ou sepse internação e tratamento adequado
Antibioticoterapia 
 1ª escolha: Cefalexina 500mg VO 6/6h, 10 dias (ou Cefadroxila 500mg VO 
12/12h, 10 dias) 
 2ª escolha: Clindamicina 300mg VO 6/6h, 10 dias 
Casos graves: 
 Internar a paciente 
 Antibioticoterapia EV: 
 1ª escolha: Cefalotina 1g EV 6/6h 
 2ª escolha: Oxacilina 500mg EV 6/6h + Gentamicina 240mg EV 24/24h 
 3ª escolha: Clindamicina 600mg EV 6/6h + Gentamicina 240mg EV 
24/24h 
 Reavaliação a cada 48h: sinais clínicos (PA, P, T), laboratório (hemograma) e 
ultrassom (abscessos) 
 Febre após 48h: hemocultura, ultrassom (abscesso retromamário), UTI e aval. 
Infecto 
Abscessos: 
 Drenagem cirúrgica: coleta de secreção para cultura e antibiograma, 
debridamento de tecidos necróticos e lavagem exaustiva de todas as lojas 
 Suspender lactação: Bromocriptina 2,5mg, iniciando com ½ a 1cp/d nos 3 
primeiros dias até dose de 5mg 12/12h, 14d ou Carbegolina 0,25mg 
(DOSTINEX) 12/12h, 2d 
Mastites crônicas infecciosas
Abscesso subareolar crônico recidivante
 Mais comum em pacientes jovens. Relação com tabagismo, 
diabetes e obesidade. Cursa com a formação de abscessos ou 
fístulas periareolares. Abscessos periareolares que não 
apresentarem resolutividade após antibioticoterapia específica 
deverão ser investigados para doença maligna. Pacientes com 
mais de 35 anos deverão realizar mamografia após melhora, 
pela rara associação de carcinoma “in situ” levando a mastite 
periareolar.
 Patogênese: Metaplasia escamosa 
do epitélio colunar
Obstrução ductal
Estase
Reação inflamatória
Dilatação ductal
Contaminação por 
anaeróbios
Formação de 
abscesso
Fistulização
 Tratamento:
 Fase aguda: Analgésico + Antiinflamatório + Antibioticoterapia + 
Drenagem de abscessos
 1ª escolha: Cefalexina 500mg VO 6/6h + Metronidazol 400mg VO 12/12h, 
10d
 2ª escolha: Clindamicina 300mg VO 6/6h, 10d
(*Antibioticoterapia específica após resultado de cultura e antibiograma da 
secreção purulenta)
 Fase crônica: Fistulectomia ou Cirurgia de Urban
 Orientações: Tabagismo e dietética
Tuberculose
 Agente etiológico: Micobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch)
 Quadro clínico: Nódulos indolores, evolução lenta, podem ocorrer abscessos com necrose 
caseosa, trajetos fistulosos e comprometimento axilar palpável em 30% a 75%
 Pacientes com tosse há mais de três semanas, não importando se apresentam ou não outros 
sintomas, tais como febre ou emagrecimento: solicitar baciloscopia de escarro (3 amostras). 
Sensibilidade: 75%.
 Diagnóstico:
 Biópsia: granulomas caseosos, isolamento do Bacilo de Koch através de cultura
 PPD (Prova tuberculínica): ≥ 10mm
 RX tórax
 PCR: apenas em material do trato respiratório
 Tratamento: cirurgia e tratamento específico
Hanseníase
 Agente etiológico: Micobacterium leprae
 Quadro clínico: Variável, apresentando lesões cutâneas eritematosas e anestésicas
 Tratamento: Cirurgia e tratamento específico
Micobactérias atípicas
 Agente etiológico: Micobacterium avium-celulares (MAC)
 Quadro clínico: febre persistente, emagrecimento, anemia, síndrome de má absorção e 
leucopenia
 Diagnóstico: hemocultura, cultura de tecidos e secreções
 Tratamento: depende da micobactéria e do seu antibiograma (Claritromicina, Etambutol e 
Rifabutina)
 Existem casos de MAC em prótese de silicone: retirar a prótese e tratar com Claritromicina
por 6 meses
Gonococcia
 Agente etiológico: Neisseriae gonorrhoae
 Transmissão: da cavidade oral para a papila. A disseminação sistêmica é rara. 
 Quadro clínico: hiperemia, tumoração retroocular e derrame papilar purulento
 Diagnóstico: exame direto (diplococo gram-negativo) ou cultura (meio de Thayer-Martin)
 Tratamento:
 Ceftriaxona 125mg IM (dose única)
 Ciprofloxacina 500mg VO (dose única)
 Tiafenicol 2,5g VO (dose única)
 Forma disseminada: Ceftriaxona 1 g/dia, IM ou EV, 7 a 10 dias
Actinomicose
 Agente etiológico: Actinomices israelli
 Quadro clínico: caracteriza-se por processo granulomatoso com fístula para a pele
 Diagnóstico: coloração especial para Actinomices israelli
 Tratamento: Penicilina e em casos refratários ressecção parcial ou total da mama
Hanseníase Actinomicose
Sífilis
 Agente etiológico: Treponema pallidum, geralmente de transmissão sexual
 Diagnóstico: clínico, microscopia de campo escuro, FTA-abs, VDRL
 Quadro clínico e tratamento:
 Primária: Cancro duro, transmissão pela boca da criança (congênita) ou por contato oral. 
Localização: união da papila com aréola ou sob o complexo areolopapilar. Tratar com: 
Penicilina Benzatina 2.400.000U IM (dose única);
 Secundária: Erupções cutâneas típicas (máculas /pápulas). Localização: sulco 
inframamário. Tratar com: Penicilina Benzatina 2.400.000U IM 1x/semana durante 2 
semanas;
 Terciária: Alteração difusa (mastite difusa intersticial sem características inflamatórias 
aparentes) ou localizada (goma sifilítica: nódulo de crescimento lento). A goma pode 
ulcerar ou fistulizar. Tratar com: Penicilina Benzatina 2.400.000U IM 1x/semana durante 
3 semanas.
Sífilis 2ª Sífilis 3ª
Mastite por vírus
 Vírus mais comuns: Herpes Zoster, Herpes Simples e Molusco Contagioso
 Tratamento: cuidados higiênicos e associação tópica e oral de Aciclovir na dose 
de 200mg (VO) 5x/dia por 7 a 10 dias
Mastite por fungos
 Mais comuns: ptiríase versicolor e a candidíase (geralmente associadas à 
diabetes descompensada e pacientes imunocomprometidas)
 Tratamento: cuidados higiênicos e antifúngico oral e tópico
Mastite por parasitas
 Mais comuns: hidatidose e filariose mamária
Herpes Zoster Mastite por Candida
Mastites crônicas Não infecciosas
Mastite Crônica Residual Conseqüência de uma mastite aguda tratada incorretamente ou de abscesso não drenado
 Quadro clínico: sugestivo de carcinoma inflamatório, ausência de febre e leucocitose
 Tratamento: cultura + antibiograma (oxacilina, cefalosporina ou tetraciclina) e, se 
necessário, drenagem e debridamento
Doença de Mondor
 Tromboflebite das veias superficiais da parede toraco-abdominal anterior
 Quadro clínico: cordão fibroso doloroso correspondente ao trajeto venoso afetado, dura de 2 
a 8 semanas
 Tratamento: calor local + antiinflamatório
Doença de Mondor
Sarcoidose 
 Doença sistêmica, apresenta granulomas em órgãos diversos
 Tratamento: excluir câncer, sistêmico e exérese
Mastite por óleo orgânico
 Causada pela injeção de parafina, silicone ou cera 
 Tratamento: exérese até mastectomia
Mastite Isquêmica
 Necrose do tecido mamário por isquemia, causado por trauma ou espontâneo na gravidez e lactação
 Tratamento: exérese da área afetada
Granuloma Lipofágico (Necrose Gordurosa)
 Por trauma, mais comum em mulheres > 50 anos e mamas pêndulas
 Tratamento: excluir câncer e exérese
Mastite Actínica
 Por RT, lesão cutânea (hiperemia, dor e hipertermia) secundária à esclerose progressiva da camada íntima vascular, fístulas e úlceras 
nos casos graves
Silicone industrial Radiodermite
Mastite Periductal (Ectasia Ductal ou Mastite Plasmocitária)
 Patogênese:
 Acomete comumente multíparas na faixa etária dos 50 anos
 Tratamento:
 Fase aguda: drenagem e antibiótico com espectro para estafilo
 Fase crônica: fistulectomia ou cirurgia de Urban
Dilatação dos ductos 
terminais
Depósito de material celular 
e lipídico e descarga papilar
Rompimento da parede 
ductal 
Extravasamento para o 
tecido periductal
Reação inflamatória
Fibrose periductal, 
nodulação e retração papila
Mastite Granulomatosa Idiopática
 Também chamada Mastite Lobular Granulomatosa ou Lobulite
Granulomatosa, a Mastite Granulomatosa Idiopática (MGI) é uma 
doença inflamatória crônica rara que acomete o lóbulo mamário. 
Caracterizada pela presença de granuloma não caseoso e 
microabscessos limitados ao lóbulo. 
 Etiologia: desconhecida.
 Acomete pacientes em idade reprodutiva, idade média de 30 anos, 
com história de gravidez recente (2 – 6 anos pós-parto).
 Apresentação clínica: nódulo endurecido, fixo, muitas vezes 
doloroso, unilateral, nos casos mais arrastados, abscessos, fístulas 
e ulcerações.
 Diagnóstico por imagem: os achados ultrassonográficos e de mamografia são inespecíficos, mas são 
importantes na avaliação da extensão e da evolução da doença.
 Diagnóstico diferencial: carcinoma, patologias inflamatórias e outras causas de mastite 
granulomatosa (tuberculose, sarcoidose, histoplasmose, blastomicose, actinomicose, criptococose, 
filariose, doença da arranhadura do gato, salmonelose, brucelose, sífilis, diabetes e doenças auto-
imunes como granulomatose de Wegener e poliarterite nodosa).
 Exames: MMG, US Mamas, RX de Tórax, GJ, PPD, BAAR (escarro), Pesquisa de Autoanticorpos (cANCA, 
para LES), FAN
 Importante obter material para estudo histológico.
 Independente do tratamento adotado, a resolução da MGI é lenta, acompanhada pelo surgimento de 
complicações como formação de abscessos, fístulas, ulcerações de pele e infecções secundárias em até 
50% dos casos, exigindo o tratamento apropriado das mesmas.
 Recorrência: 5 a 50% dos casos.
 Prognóstico: trata-se de uma doença benigna e auto-limitada.
 Seguimento: 3 a 6 meses nos primeiros 2 anos e após anualmente.
 Tratamento:
 Excisão cirúrgica da área afetada, quando esta for pequena e delimitada, sem resultar em 
defeito estético para a paciente.
 Drenagem de abscessos, quando presentes.
 Se área afetada grande ou difusa, corticóide (excluir ou tratar infecção antes). A droga de escolha 
é a prednisona, na dose inicial de 60mg/dia por 6 semanas, até 6 meses com diminuição gradual 
da dose.
 Casos que não respondem ao tratamento com corticóide: colchicina, na dose inicial de 2mg/dia 
por 10 dias, seguido de 1mg/dia por mais 16 meses.
 Agentes imunossupressores como metotrexato 2,5mg (3cp/sem) e azatioprina 50mg (1-
3mg/Kg/d) tem sido usados, mas com muito poucas evidências clínicas. 
 Atb?: Clavulin BD 875/125mg (1cp VO 8/8h, 3sem) + Claritromicina 500mg (1cp VO 12/12h, 4m)
 Receitas naturais? : Suco de inhame japonês
 Abolir os derivados do leite da dieta?
ESQUEMA SUGERIDO DE CORTICOTERAPIA 
Prednisona – apres. cp 5 e 20mg 
1ª e 2ª 
semana 
3ª semana 4ª semana 5ª semana 6ª semana 7ª semana 
60mg/d 40mg/d 30mg/d 20mg/d 10mg/d 5mg/d

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