Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O discurso da pulsão: Os três ensaios sobre a sexualidade ● OS PERVERSOS: ➔ Instinto sexual = pulsão sexual ➔ Animal = instinto = comportamento padrão ➔ O homem = instinto é dominado pela pulsão (desvio do instinto - inserção do homem no mundo simbólico. ➔ Pulsão refere-se a uma energia psíquica primordial que impulsiona o comportamento humano. ➢ Sexualidade: ➔ Objeto sexual: pessoa de quem procede a atração sexual ➔ Objetivo sexual: ato a que a pulsão conduz ➔ Instinto: Função dominante é a Reprodução / Padrões Fixos (Quando não conduz a reprodução é perversa) ➔ Pulsão: Visa a satisfação / Os padrões são fixados posteriormente (Já se configura como um desvio, do ponto de vista biológico); ● A SEXUALIDADE INFANTIL: ➔ O “esquecimento” por parte do saber da sexualidade infantil é uma das formas pelas quais se manifesta a recusa de nossa própria infância perversa ➔ Amnésia infantil ( até 6 ou 7 anos) = recalcamento dos primórdios da vida sexual ● AUTOEROTISMO: ➔ Autoerotismo é uma fase inicial do desenvolvimento psicossexual em que a criança encontra prazer e satisfação através de seu próprio corpo (zona erógena), sem a necessidade de um objeto externo. ➔ O autoerotismo é um estado original da sexualidade infantil anterior ao do narcisismo ➢ Fase anterior: ➔ Anteriormente à fase autoerótica, na qual a pulsão sexual perde seu objeto, há uma fase na qual a pulsão se satisfaz por “apoio” na pulsão de autoconservação e essa satisfação se dá graças a um objeto: o seio materno ➔ O apoio não é da criança na mãe, mas o da pulsão sexual em outro processo não sexual ➔ ‘’Apoio’’ sobre uma das funções somáticas vitais (instinto/alimento) ➔ Objeto do instinto: o alimento (leite) ➔ Objeto da pulsão sexual: seio materno (objeto externo ao próprio corpo) ➔ Quando um objeto é abandonado, tanto o objetivo (a pessoa que oferece o objeto) quanto o objeto em si ganham autonomia em relação à alimentação. Isso significa que a criança começa a desenvolver uma independência em relação à mãe ou à figura de cuidado, e o objeto em si (como o dedo que a criança chupa) se torna uma fonte de prazer e satisfação por si só. Tem início, então, o autoerotismo. ➔ A pulsão sexual deve ser entendida como um desvio do instinto. ● ZONAS ERÓGENAS E PULSÕES PARCIAIS: ➔ Pulsões parciais começam a funcionar nem estado anárquico, inorganizado, que caracteriza o autoerotismo; enquanto umas estão ligadas a uma zona erógena determinada, outras são independentes e definidas pelo seu alvo ➔ As organizações pré-genitais são organizações da vida sexual nas quais as zonas genitais não assumiram ainda seu papel predominante ➔ As zonas erógenas são áreas específicas do corpo humano que são especialmente sensíveis e estão associadas a fontes de prazer sexual. ● AS FASES DE ORGANIZAÇÃO DA LIBIDO: ➔ Libido: energia pulsional condensada em uma zona erógena ou em um determinado objeto ➔ Etapa do desenvolvimento sexual da criança ➔ Zona erógena: 1. Fase oral: ➔ O prazer está ligado a ingestão de alimentos e a excitação da mucosa dos lábios e da cavidade bucal ➔ Fonte: zonal oral ➔ Objetivo sexual: incorporação do objeto ➔ Objeto: seio ➔ Ligação entre desejo e satisfação 2. Fase anal-sádica: ➔ Situada entre dois e os quatro anos, aproximadamente ➔ Zona erógena (fonte): anal (libido passivo) ➔ Objetivo: domínio (duas correntes: passiva-ativa) ➔ Objeto: fezes ➔ Impregnada de valor simbólico (fezes/dar e receber) 3. Fase fálica: ➔ Predomínio dos órgão genitais ➔ Diferença da fase madura: reconhecimento de apenas um órgão: o masculino ➔ Consequência da castração/complexo de Édipo ➔ Fonte: clitóris e glande (libido ativa) ➔ Objetivo: ser o objeto fálico ➔ Objeto: genitores do sexo oposto ➔ No caso do menino, a fase fálica se caracteriza por um interesse narcísico que ele tem pelo próprio pênis em contraposição a descoberta da ausência de pênis na menina ➔ Na menina, essa constatação determina o surgimento da “inveja do pênis’’ e o consequente ressentimento para com a mãe ‘‘porque esta não lhe deu um pênis’’, o que será compensado como o desejo de ter um filho. ● AS TRANSFORMAÇÕES DA PUBERDADE: ➔ É com inicio da puberdade que o desenvolvimento da sexualidade começa a tomar sua forma adulta ➔ Antes: forma autoerótica de obtenção de satisfação ➔ Agora: encontram um objeto sexual em função das pulsões parciais sob o primado da zona genital ➔ O novo objetivo sexual, nessa fase, é a descarga dos produtos sexuais (eliminação da tensão:prazer) ➔ Subordinação da pulsão sexual a função reprodutora ➔ O aparelho assim constituído é movimentado por estímulos originados de três fontes: o mundo externo, o interior do organismo e a própria vida mental ➔ Essas três fontes produzem a excitação sexual que se mostra por duas espécies de indicadores: as indicações mentais consistem num estado de tensão e as indicações corporais consistem em alterações diversas nos órgão genitais. ➔ Pré-Prazer: menor escala; excitação das zonas erógenas e prazer na infância ➔ Prazer final: intensidade elevada, descarga dos produtos e eliminação de tensão ● A TEORIA DA LIBIDO ➔ Substrato (essência) da pulsão sexual ➔ Manifestação dinâmica na vida psíquica da pulsão sexual (Representantes: ideia + afeto); ➔ “ A libido é invariável e necessariamente de natureza masculina...” (Freud); ➔ Masculino x Feminino = Ativo x Passivo; ➢ Desenvolvimento da Sexualidade / Constituição do psiquismo: ➔ Normalidade na vida sexual: convergência das duas correntes dirigidas ao objeto e objetivo sexual: ternura e sensualidade; ➔ Influência de fatores constitucionais e hereditários; ➔ Modificações ulteriores podem interferir e/ou modificar fatores constitucionais; ➔ Resultados finais: 1. Persistência, na maturidade, de relações entre fatores constitucionais consideradas anormais: Sexualidade perversa; 2. Ocorre quando componentes de força excessiva são submetidos ao recalque. Excitações continuam a ser geradas, porém desviadas para outras formas de expressão/Negativo da perversão/Sexualidade aproximadamente normal, com traços de neurose; 3. Processo de sublimação. Excitações excessivamente fortes encontram saídas em outros campos que não o sexual. Fonte da criação artística e cultural;
Compartilhar