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UNIDADE 3. O aprendizado na EAD
Enzo de Oliveira Moreira
Andréa César
OBJETIVOS DA UNIDADE
» Identificar as competências necessárias para o estudo a distância;
» Aplicar estratégias que potencializem a aprendizagem a distância;
» Contextualizar a estrutura organizacional da EAD, reconhecendo os 
componentes e respectivas competências.
TÓPICOS DE ESTUDO
Clique nos botões para saber mais
O estudante na EaD
Compreender o contexto histórico do nosso objeto de estudo é fundamental 
para a construção das competências necessárias previstas no percurso 
formativo, e levando em conta que o estudante normalmente está inserido em 
uma dinâmica escolar, vamos conhecer brevemente a evolução da escola ao 
longo dos tempos.
A instituição escolar sempre caminhou de mãos dadas com as demandas 
sociais, que, por sua vez, tendem a ser norteadas pelos valores econômicos e 
pela natureza do trabalho. Na Grécia antiga, a scholé (nome que deu origem à 
palavra “escola”) era um “lugar de ócio”, dedicada aos jovens que não 
precisavam trabalhar, por pertencerem às classes abastadas. E lá, eles podiam 
conversar e aprender com os grandes filósofos da Antiguidade.
A Idade Contemporânea teve seu início oficial com a derrocada das 
monarquias absolutistas, em decorrência da Revolução Francesa, em 1789, e 
seus ideais iluministas de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Assim, 
nesse período, nasceu a escola tradicional, que teve grande expansão no 
século XIX na Europa e nos Estados Unidos, partindo da ascensão de uma 
nova classe social: a burguesia, que lutava pelos seus direitos de “terem os 
mesmos direitos” dos nobres. Ocorre que, ao mesmo tempo, a Revolução 
Industrial estava a todo vapor, e as novas indústrias necessitavam de mão de 
obra minimamente esclarecida ou, pelo menos, alfabetizada.
A produção começava a ser feita em massa e a educação formal também. 
Nesse momento, surgiram os primeiros sistemas nacionais de ensino e as salas
de aula com dezenas de estudantes guiados por professores rígidos e 
conteudistas, que acreditavam que a mente do estudante se assemelhava a uma
folha de papel em branco, na qual seria escrito o que fosse importante.
Os tempos mudaram, mas ainda vivemos em um período de transição entre a 
escola tradicional e a contemporânea, e é preciso conhecer e se apropriar 
minimamente da evolução histórica para uma melhor compreensão e aceitação
das mudanças na educação formal nesse século e milênio. Perceba o que é 
dito o tempo todo na escola como instituição e seu papel principal, que 
sempre foi o de atender às demandas sociais. Você já refletiu sobre onde está 
o aluno nesse contexto? Qual a sua importância no processo de ensino e 
aprendizagem? Qual o seu papel, além de ser repositório de conhecimentos 
repassados pelo professor?
No início do século passado, os futuristas pensavam em como seria a sala de 
aula no século XXI, e, em geral, incorporavam tecnologias que retiravam o 
professor do centro do processo de aprendizagem.
Diante dessas informações, os nossos estudos devem ser iniciados com as 
seguintes provocações: quem é você no processo de ensino e aprendizagem?
Quais são os seus objetivos? Qual é o seu papel?
COMPETÊNCIAS PARA O 
ESTUDANTE NA EAD
As demandas sociais do século XXI são completamente diferentes daquelas 
existentes nos períodos históricos anteriores. No período contemporâneo, os 
avanços tecnológicos correspondem às bússolas que norteiam as 
competências.
Segundo Perrenoud (2000), a noção de competência corresponde à capacidade
de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situação. 
Podemos compreender que a competência nos ajuda na resolução de 
problemas. Dessa forma, destacamos alguns aspectos inerentes ao 
desenvolvimento de competências. São eles:
As competências devem ser construídas para o convívio social, tanto no 
âmbito do trabalho quanto no que se refere aos relacionamentos, que 
ocorrem nos níveis físicos e virtuais. Na contemporaneidade, a escola adota a
missão de contribuir para a formação de indivíduos críticos e éticos, que 
entendam a importância de aprender sempre, a fim de acompanhar a 
velocidade das transformações na qual estamos imersos, sobretudo no que 
diz respeito aos avanços tecnológicos.
No campo da educação a distância, o estudante deve assumir um papel de 
protagonismo pleno, pois o processo de aprendizagem está inteiramente em 
suas mãos, sem a vigilância e cobrança direta por atenção e foco que o 
professor presencial demanda dos alunos em uma sala de aula física.
Vamos conhecer, agora, um pouco do trabalho de Tony Bates, especialista 
mundial na área de planejamento, treinamento e gestão em e-learning e 
educação a distância, autor do livro Educar na era digital. Bates (2016) nos 
apresenta as competências necessárias na sociedade do conhecimento, às 
quais correlacionamos ao perfil que entendemos ser importante para o 
estudante que opta pela modalidade da educação a distância:
PERFIL DO ESTUDANTE NA EAD 
Abraçar o protagonismo pleno da própria 
formação acadêmica é fundamental para que o 
estudante na educação a distância possa ter uma 
experiência significativa e útil para a aplicação em
sua vida profissional.
As competências apresentadas por Bates, que conhecemos na seção anterior, 
também serão muito úteis na vida corporativa, seja qual segmento for; e 
conferem ao egresso da EaD um diferencial precioso para o mundo do 
trabalho, pois, além das competências técnicas, desenvolverá também um 
perfil que apresentará as seguintes características:
Mesmo que o aluno ainda não possua um perfil sintonizado com as 
características apresentadas, muito provavelmente ele aprenderá a 
desenvolvê-lo no decorrer dos estudos na modalidade EaD, pois é este o 
perfil que propicia boas experiências de aprendizagem e uma sólida 
formação acadêmica.
Vamos reforçar o que aprendemos até agora?
Estudar a distância
Ela tem carteiras, mesas, quadros para escrita, equipamentos multimídia, 
iluminação e ventilação adequadas, correto? Bem, sabemos que a maioria 
não é tão bem equipada assim, não dispondo de alguns equipamentos, 
disponibilizando cadeiras desconfortáveis, iluminação ruim e altas 
temperaturas. E o resultado de um ambiente inadequado para os estudos 
pode ser o baixo rendimento da classe.
Na educação mediada por tecnologia também é assim! O primeiro passo é 
ter um espaço adequado para os seus estudos e cuidar da adequação 
ergonômica desse espaço. A Ergonomia, nessa ocasião, pode ser definida 
como a ciência do conforto e que visa adequar o meio ambiente aos seres 
humanos.
ADEQUAÇÃO ERGONÔMICA DO LOCAL DE 
ESTUDOS
A rotina de estudos de um estudante que optou pela educação o a distância, na
maior parte do tempo, acontece na postura sentada, diante de um computador. 
Essa postura é bastante lesiva para nossa coluna vertebral e estrutura 
osteomuscular dos membros superiores e inferiores, além da circulação.
Devemos sempre lembrar que o corpo é uma máquina que não foi projetada 
para ficar parada, e muito menos sentada. A Figura 3 apresenta uma ilustração
indicando a forma correta de manter a postura durante os estudos.
Uma postura adequada é fundamental para o não desenvolvimento de 
problemas osteomusculares como tendinites, bursites, epicondilites, síndrome 
do túnel do carpo, cervicalgia e dores nas costas. 
Vamos, agora, às principais dicas de ergonomia para que seus momentos de 
estudo sejam ainda mais produtivos:
O bem-estar humano, preconizado pela ergonomia, transcende as questões 
posturais e de adequação física do ambiente de estudos. A ergonomia também 
se preocupa com a qualidade de vida e com nossa saúde. Assim sendo, é 
preciso cuidar-se, com boa alimentação, atividades físicas, meditação e lazer.
Agora que já sabemos como cuidar do corpo nos momentos de estudo, 
vejamos as dicas para alcançar o melhor aproveitamento cognitivo, que é 
essencial para cuidar da mente.
O bem-estar humano, preconizado pela ergonomia, transcende as questõesposturais e de adequação física do ambiente de estudos. A ergonomia também 
se preocupa com a qualidade de vida e com nossa saúde. Assim sendo, é 
preciso cuidar-se, com boa alimentação, atividades físicas, meditação e lazer.
Agora que já sabemos como cuidar do corpo nos momentos de estudo, 
vejamos as dicas para alcançar o melhor aproveitamento cognitivo, que é 
essencial para cuidar da mente.
ESTRATÉGIAS PARA A APRENDIZAGEM A DISTÂNCIA
O principal objetivo de todo estudante, como dito anteriormente, é concluir o curso 
iniciado com o melhor aproveitamento, e, para que isso aconteça, deve lançar mão de 
estratégias úteis que podem ser adaptadas ao seu estilo de aprendizagem. 
Todas as estratégias devem estar fundamentadas no compromisso e na 
disciplina, tendo em vista que na EaD não há professores para chamar a 
atenção dos alunos quando distraídos ou desfocados. Quem está no comando é
você! Vamos às estratég
Uma regra de ouro para o bom convívio social é adotar a ideia do famoso 
ditado popular “tratar os outros como gostaríamos de sermos tratados”, mas 
em alguns momentos, sob o calor da emoção e sentimentos descontrolados, 
algumas pessoas podem vir a esquecer disso. O mesmo ocorre nos 
relacionamentos virtuais, pois eles refletem nosso mundo real.
Como o estudo EaD se dá em ambientes virtuais, é fundamental estar atento 
às regras do bem agir, utilizando, de forma adequada, as ferramentas de 
comunicação que dispomos nesse cenário. Esses cuidados são chamados de 
netiqueta. 
Netiqueta (do inglês network) é uma etiqueta, ou seja, um conjunto de boas 
maneiras e ideias de bom senso que são recomendadas ao utilizar a internet. A
intenção é evitar mal-entendidos em comunicações virtuais, especialmente em
e-mails, conversas via chat, fóruns de discussões, e no mundo cibernético em 
geral. A sua utilidade também se faz necessária para pautar condutas em 
situações específicas, como alertar acerca de conteúdos sensíveis ou spoilers, 
e até mesmo no ato de informar as necessárias referências para um trabalho 
e/ou uma ideia.
Para facilitar o seu entendimento, listamos dicas preciosas de netiqueta: 
Vamos reforçar o que aprendemos até agora?
Muito bem, a resposta está correta!
A netiqueta é um conjunto de regras estabelecido pelo senso 
comum no meio virtual, de forma a evitar ou reduzir possíveis 
desentendimentos entre os usuários. Lembre-se sempre de tratar a 
todos com o respeito que gostaria de ser tratado.
Docência em EaD
A imagem do professor conectado às tecnologias 
virtuais que temos hoje é bastante diferente 
daquela associada à escola tradicional, com ele na 
frente do quadro negro, sendo o principal ponto de
atenção para todos. Vivemos em um mundo 
conectado pela grande rede de computadores, o 
que fez ruir as fronteiras de acesso às informações
geradas em todo o planeta.
Libâneo (2001) reflete, em seu livro Adeus professor, adeus professora?, que 
a escola precisa deixar de ser meramente uma agência transmissora de 
informação e transformar-se em um lugar de análises críticas e produção da 
informação, onde o conhecimento possibilita a atribuição de significado à 
informação. E é importante enfatizar que esse pensamento surgiu em uma 
época em que se questionava a necessidade do professor, tendo em vista o 
crescimento vertiginoso das tecnologias educacionais. No mesmo livro, o 
autor reflete se, nesse novo contexto, existirá lugar para o professor. Eis a 
resposta:
Não só o professor tem seu lugar, como sua presença torna-se indispensável
para a criação das condições cognitivas e afetivas que ajudarão o aluno a 
atribuir significados às mensagens e informações recebidas das mídias, das 
multimídias e formas variadas de intervenção educativa urbana 
(LIBÂNEO, 2001, p. 27).
O avanço das tecnologias, incorporadas aos ambientes educacionais, gerou a 
necessidade de reposicionar o professor nos processos de ensino e 
aprendizagem e na modalidade da educação a distância que, por natureza, já é 
imersa em tecnologia. Esse papel cumpre com muito mais propriedade sua 
função, que não mais é o de apenas transmitir conhecimento, pois essa tarefa o
grande repositório virtual também o faz, mas sim de atuar como um curador 
dos conteúdos necessários para a elaboração das competências planejadas, 
mediando a construção do conhecimento por parte do grande protagonista 
deste processo: o aluno.
EQUIPE EAD: COMPONENTES E 
COMPETÊNCIAS
Em primeiro lugar, é importante destacar que o aluno está no centro de todo o
processo. Isso porque é para ele que toda estrutura de ensino e aprendizagem, 
mediada por tecnologia, é construída. Mas isso não confere isenção das 
responsabilidades, assim como de todos os outros atores envolvidos no 
processo.
No livro Competências em educação a distância, organizado por Patrícia 
Alejandra Behar, pesquisadora brasileira do Rio Grande do Sul, são 
apresentadas as principais competências em educação a distância. O capítulo 
7, da unidade III, que trata das competências específicas, é dedicado às 
competências específicas dos atores da EAD: o professor, o tutor e o aluno. O 
Quadro 2 apresenta uma síntese desse conteúdo.
Em nossa modelagem educacional ainda há algumas particularidades. 
Vejamos:
Para termos uma tutoria assertiva, de forma a contribuir efetivamente nos 
processos de aprendizagem, é fundamental modelar um fluxo que atenda às 
demandas dos estudantes durante seu percurso formativo. A professora e 
pesquisadora dos Estados Unidos, Gilly Salmon, propõe cinco etapas para a 
moderação eletrônica na aprendizagem mediada pelas tecnologias virtuais, 
conhecida como e-moderating (SALMON, 2011, p. 32). São elas:
Acesso e motivação
–
Liberar o ambiente aos participantes, contendo as informações acerca do curso
e estímulo à motivação, através de apoio técnico e auxílio aos alunos para o 
uso da plataforma e tecnologias;
Socialização
–
Estimular a socialização, através de lançamentos de tópicos nos fóruns, 
pertinentes aos conteúdos estudados;
Partilha de informações
–
O tutor deve guiar as atividades dos participantes, sempre compartilhando 
informações e sendo solícito às questões apresentadas;
Construção do conhecimento
–
Estimular a ideia de “aprender junto” e sempre relacionar a teoria com a 
aplicação prática;
Desenvolvimento pessoal
–
Estimular o pensamento crítico e a conscientização acerca das competências 
construídas.
» Equipes para apoio de infraestrutura
Você deve ter percebido que temos diversos tipos de atores que atuam na EaD
do Grupo Ser Educacional. Seu contato direto se resume aos atores do sistema
tutorial. No entanto, há uma complexa estrutura de atendimento e operações 
acadêmicas. A Figura 5 mostra, resumidamente, como se dá o seu contato 
com a instituição.
Mas, para isso acontecer, a estrutura acadêmica é bem mais complexa, como
veremos ainda.
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA (NEAD)
Os recursos para o desenvolvimento do modelo e a administração acadêmica
do curso têm as funções descritas a seguir, e, no conjunto, atendem 
plenamente ao que se espera para o desenvolvimento apropriado do 
processo ensino-aprendizagem. O Núcleo de Educação a Distância (NEaD) 
compõe a base estrutural na sede, a fim de que os cursos de graduação e pós
-graduação na modalidade EaD aconteçam. 
Ressalta-se que as atividades vinculadas à EaD ainda têm influência, suporte 
e/ou gestão matricial sobre/de outros setores, tais como:
Secretaria
À qual o NEaD dá suporte necessário para o atendimento ao aluno e 
assuntos relacionados a aspectos legais. Para tanto, há funcionários 
especificamentes treinados para essa função.;
Biblioteca
Também orientada pelo NEaD para o atendimento conveniente e 
eficiente dos alunos da EaD, e, para tanto, também há funcionários 
treinados para o atendimento preferencial destes;
NTI
Suporta aspectos relacionados a softwares, hardwares e lógica, 
mantendo, mediante orientações do NEaD, máquinas, acesso à 
internet e outros. Para tanto, possui equipe de técnicos e especialistasque, além das atividades gerais da IES, também auxiliam o NEaD.
» Recursos didáticos produzidos pelo NEaD
O material didático dos cursos de EaD é gerenciado pela estrutura de 
produção e distribuição, no Grupo Ser Educacional. Os materiais didáticos 
produzidos pelo NEaD são recursos imprescindíveis e obrigatórios para uma 
EaD de qualidade. 
Os conteúdos apresentados nas disciplinas são produzidos na forma dialógica;
e os recursos que compõem o conjunto de materiais didáticos são basicamente
classificados em três componentes principais:
Os materiais didáticos, tanto impressos quanto em mídia eletrônica, que 
contêm as aulas postadas no AVA, utilizados nos cursos EaD e 
disponibilizados aos estudantes, são projetados, analisados, revisados e 
concebidos de modo a permitir a excelente execução das atividades do curso. 
Eles garantem que a formação definida no projeto pedagógico do curso seja 
plenamente atendida, uma vez que atendem aos critérios de abrangência, 
adequação bibliográfica às exigências da formação, aprofundamento e 
coerência teórica.
As Instituições de Ensino Superior (IES) contam ainda com plano de logística 
para a produção e distribuição do material didático, o que permitirá que o 
aluno, em pouco tempo, receba em seu AVA, e/ou na sua casa, os materiais 
digitais e impressos necessários ao acompanhamento das aulas.
» Produção e distribuição de material didático
Chamado na IES de “sistema de logística e produção de material didático”, 
esse é implementado pelo setor de mesmo nome. Desde a concepção do 
organograma do setor até a definição dos procedimentos, os recursos foram 
planejados para atender de forma excelente a demanda real do curso. Há três 
áreas específicas nesse setor: seleção de conteúdo; produção de material 
didático; e distribuição do material didático. 
O primeiro setor relaciona-se com os fornecedores de conteúdo para o 
material didático, adequando-os ao projeto pedagógico do curso e cuidando 
para que as aulas dos professores postadas no AVA dialoguem com esse 
material que é recebido pelo aluno no polo. 
O segundo setor cuida efetivamente do planejamento e controle da produção 
do material didático, atentando para que a produção venha a acontecer de 
modo a atender plenamente, em termos de prazo, os alunos que se 
matricularem no curso. É esse setor que promove o relacionamento da IES 
com a editora responsável pela produção efetiva do material.
O terceiro e último setor cuida do relacionamento com a empresa terceirizada 
para o serviço de logística de distribuição de todo o material didático, 
objetivando que o aluno receba no polo o material no menor tempo possível, e
em sua própria casa, com a realização do pedido dos livros por meio do site de
e-commerce. Uma vez que o livro é gratuito para o aluno, basta o pagamento 
do frete para que a empresa terceirizada envie os livros diretamente no 
endereço cadastrado no ato da solicitação. Confira o site nas referências 
bibliográficas (LIVROS SER, s.d.) para a solicitação dos livros impressos.
» Etapas do processo de produção e 
distribuição do material didático
Vejamos a descrição de cada uma das etapas:
A articulação de todos os processos apresentados está representada na Figura 
6, em que o discente, ou seja, o centro do processo, por meio da internet e do 
polo de apoio, obtém toda a estrutura montada para que o processo de ensino-
aprendizagem se desenvolva.
METODOLOGIAS ATIVAS DE 
ENSINO E APRENDIZAGEM
A banda inglesa Pink Floyd, em 1979, na canção "Another brick in the wall", 
faz uma dura crítica ao sistema de ensino tradicional, que estabelecia muros e 
isolava as crianças, moldando futuros adultos emocionalmente doentes
Vejamos um trecho da letra:
Há menos de um século atrás, a aplicação de castigos e a tirania do professor 
marcavam a sala de aula, e aconteciam de forma mais explícita com crianças e
velada com os adultos, revestida da soberania acadêmica dos professores 
universitários. Reproduzimos o que aprendemos. É assim que funciona. Mas 
chega o momento em que precisamos mudar.
Não há mais espaço para a escola tradicional, como vimos no início de nossos 
estudos, e, para assegurar a melhor experiência de aprendizagem possível, é 
necessário que as instituições de ensino e toda equipe docente estejam 
comprometidas em atualizarem suas práticas, implementando metodologias de
ensino e aprendizagem que estejam em sintonia com a educação do século 
XXI. Falaremos ainda sobre as metodologias que são amplamente utilizadas 
na educação a distância, refletindo sobre os papéis de professores e estudantes
nesses processos.
A educação é um processo essencialmente 
humano, e as formas de ensinar e aprender andam 
de mãos dadas com a evolução da sociedade, 
sintonizadas com as conquistas tecnológicas e 
econômicas, que ditam as regras de como 
interagimos uns com os outros.
Refletindo sobre a evolução de nossa sociedade, chegamos à conclusão de que
o grande motor que impulsionou os avanços no campo da educação foi a 
tecnologia, que modernizou os meios de produção na Revolução Industrial, no
século XIX, demandando a escolarização em massa, oportunizando a criação 
de políticas públicas de educação; e que foi também a grande responsável pela
revolução dos meios de ensino no século XX, quando seu avanço tornou-se 
exponencial com a chegada do mundo virtual. A era eletrônica digital mudou 
completamente a forma como vivemos e nos comunicamos, e com acesso ao 
computador e à internet não há mais como se falar em barreiras para acessar o 
conhecimento.
Portanto, o papel do professor precisou ser repensado e ressignificado.
O mestre Paulo Freire, em seu livro Pedagogia da autonomia, nos provoca 
com a afirmação de que “não há docência sem discência”, e aponta alguns 
requisitos para que a docência alcance de fato seu objetivo, que é a 
cooperação na construção do saber. 
Para Freire (2002, p. 12-20) ensinar exige:
» Rigorosidade metódica;
» Pesquisa;
» Respeito aos saberes dos educandos;
» Criticidade;
» Estética e ética;
» Conduta coerente com a fala;
» Risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação;
» Reflexão crítica sobre a prática;
» Reconhecimento e aceitação da identidade cultural.
Podemos entender as metodologias ativas como estratégias de ensino baseadas
no protagonismo do estudante e na mediação didática do professor, mas temos
alguns pré-requisitos, além desses. Vejamos:
» Sala de Aula Invertida
A metodologia da Sala de Aula Invertida foi desenvolvida pelos professores 
de química Jonathan Bergmann e Aaron Sams, que, em 2007, resolveram 
inverter o fluxo de ensino, trazendo as atividades para serem realizadas de 
forma colaborativas, com a supervisão do professor, e as aulas expositivas 
foram gravadas e indicadas como atividade prévia, que deveria ser realizada 
pelos alunos, em suas casas (LACERDA, 2018).
Seguindo esses conceitos, o professor pode direcionar todos os seus esforços para 
auxiliar os alunos na construção do conhecimento, esclarecendo pontos importantes 
durante a realização das atividades.
Os criadores da Sala de Aula Invertida afirmam que “o papel do professor na
sala de aula é o de amparar os alunos, não o de transmitir informações” 
(BERGMANN; SAMS, 2016, p. 14). Sendo assim, os autores apresentam em 
seu livro, Sala de aula invertida, alguns aspectos motivadores para a inversão 
da sala de aula, uma vez que ela: 
» Fala a língua dos estudantes de hoje;
» Ajuda os estudantes ocupados;
» Auxilia os estudantes que enfrentam as dificuldades;
» Viabiliza que estudantes com diferentes habilidades se superem;
» Cria condições para que os alunos pausem e rebobinem o professor;
» Intensifica a interação aluno-professor;
» Possibilita que os professores conheçam melhor seus alunos;
» Aumenta a interação aluno-aluno;
» Permite a verdadeira diferenciação;
» Muda o gerenciamento da sala de aula;
» Transforma a maneira como se dá a conversa com os pais;
» Educa os pais;
» Torna a aula mais transparente;
» Se mostracomo uma ótima ferramenta na ausência de professores;
» Pode induzir o programa reverso de aprendizagem para o domínio.
De modo a fornecer mais informações atualizadas e aplicadas à nossa 
realidade, enfatizamos que a metodologia da Sala de Aula Invertida é 
aplicada pelo Grupo Ser Educacional no Desafio Colaborativo, cujo 
objetivo é que os estudantes acessem conhecimentos previamente 
pesquisados, resolvendo um problema proposto antes mesmo do início
dos estudos.
 
» Peer Instruction
A Peer Instruction foi idealizada pelo professor de física Eric Mazur, que 
leciona na Universidade de Harvard desde 1984, e foi motivada pelo fato de o 
professor sentir-se incomodado por seus alunos não entenderem o que ele 
ensinava (PINTO, 2019). 
O professor Mazur lembrou de uma estratégia muito usada pelos estudantes, 
que é de buscar ajuda de colegas que conseguiram compreender melhor os 
conceitos, e nesse regime de colaboração o entendimento entre pares fica mais
simples, porque se fala a mesma língua. 
Partindo deste princípio, e levando em conta que, para a disciplina de física a 
exposição de conceitos é importante, o professor formatou um modelo que 
parte da aplicação de testes conceituais, curtos e que abordavam questões-
chave. 
A proposição da questão e o tempo para que os alunos pensem têm duração de
1 minuto cada, seguido das anotações e trocas entre os pares, que são os 
colegas de turma, com duração de até dois minutos e fechamento do teste com
o registro das respostas, feedback do professor e explicação da resposta 
correta, com duração de 2 minutos, em média.
Se a maioria da turma acertar o teste, o professor passa para o próximo, 
contudo, se o professor perceber que os alunos apresentam dificuldades com o
assunto, o teste é repetido com maior detalhamento e período de tempo.
» Mapas mentais e conceituais
Apesar de bastante semelhantes, existem algumas características específicas 
para cada estilo de mapa. 
O mapa mental parte sempre de uma ideia e tem por objetivo principal 
encadear os pensamentos de forma simples e objetiva. O mapa conceitual 
também tem por objetivo o encadeamento, mas de conceitos. Uma 
característica específica do mapa conceitual são os conectores entre os 
conceitos, que são caixas com verbos ou locuções verbais.
Vejamos as Figuras 9 e 10, que exemplificam essa ideia. 
A indicação para que os alunos elaborem mapas mentais ou conceituais 
contribui de forma essencial para fixar os conhecimentos estudados de forma 
dinâmica e ativa.
» Design Thinking
O termo Design Thinking corresponde ao desenho ou modelagem de um 
pensamento, uma forma de pensar, e se trata de uma abordagem para 
solucionar problemas e desenvolver ideias inovadoras, de forma colaborativa, 
livre e criativa. A proposta nasceu na área de engenharia, por um professor da 
Universidade de Stanford, no início da década de 1970, sendo adaptada 
posteriormente para outras áreas. Os processos não educacionais não são 
tratados como metodologia, mas sim, como uma abordagem, pois 
metodologias têm seus processos bem desenhados previamente, e um fator de 
sucesso é aplicar os métodos de acordo com essa modelagem. 
Dessa maneira, no Design Thinking, os processos são desenvolvidos de forma
criativa e sintonizados com as especificidades de cada caso, levando-se em 
consideração todas as interferências e as percepções das partes interessadas, 
também conhecidas no meio corporativo como stakeholders. No segmento 
educacional também não existem receitas prontas e rígidas, mas esse modelo, 
por vezes, é tratado como metodologia. Oliveira (2014, p. 113) apresenta as 
vantagens de aplicar o Design Thinking na educação, conforme demonstra a 
Figura 11.
As atividades que contemplem a utilização do Design Thinking conseguem 
alcançar resultados incríveis no que se refere à criatividade e motivação de 
equipes na resolução de problemas.
Vamos reforçar o que vimos até agora?
Muito bem, a resposta está correta!
De modo a garantir o sucesso da modalidade EAD para todos que a 
escolheram, cada um dos atores (aluno, professor e tutor) deve 
exercer suas respectivas funções: seja o aluno na plataforma para 
experienciar trocas e debates interessantes com os colegas e enviar 
atividades, dentre outras possibilidade; seja o tutor presente 
enquanto um agente facilitador que explica, elucida, exemplifica 
aos alunos e auxilia o professor; ou seja o próprio professor, que 
planeja, organiza e prepara materiais de ensino, sempre 
observando seu papel de estimulador do pensamento crítico e da 
produção de informação, e não apenas transmissor de informações.
Agora é a hora de sintetizar tudo o 
que aprendemos nessa unidade. 
Vamos lá?! 
SINTETIZANDO
Caro(a) aluno(a),
Finalizamos a unidade sobre a prática dos estudos na educação a distância, 
destacando o mais importante papel deste contexto: você! Estudamos também 
sobre o perfil do aluno nesse modelo de ensino, as estratégias de estudo, o 
papel dos professores e tutores na docência em EaD e vimos a importância das
regras de etiqueta aplicada às relações virtuais: a netiqueta.
Conhecemos as principais metodologias ativas e a importância delas para 
potencializar os resultados de aprendizagem nos percursos formativos, 
atendendo ao princípio básico de manter o protagonismo dos alunos e 
incentivo constante de sua participação dinâmica e ativa.
Na educação a distância, uma boa rotina de estudos é fundamental para 
assegurar um bom rendimento e excelentes resultados. Esteja atento(a) aos 
cuidados com seu corpo, aplicando as regras de adequação ergonômica e 
desenvolva a disciplina para cumprir com suas atividades de estudo. Assim 
você obterá sucesso!
Lembre-se sempre que você é o protagonista do seu processo de 
aprendizagem, e o controle está nas suas mãos. Faça bom uso dele! E saiba 
que você não está só. Do lado de cá estamos dedicados a proporcionar uma 
experiência de aprendizagem significativa para sua formação.
Bons estudos!

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