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TRABALHO DPC EXEC E RECURSOS

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I. DIREITO PROCESSUAL CIVIL III (Execução e Recursos)
1. Nos moldes do Art. 489 do Código de Processo Civil, são elementos essenciais da sentença: a) - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; b) - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; e c) o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
Quanto à decisão acerca da prescrição do direito do autor, será classificada como uma sentença definitiva, uma vez que, por força do art. 487 inc. II do CPC, prescrição é uma das causas de resolução de mérito e consequente extinção do processo quanto ao direito prescrito, motivo pelo qual tal direito não poderá ser questionado novamente em ação futura.
2. Tratando-se da cobrança de um valor inserido numa liminar de urgência, entende-se que o juiz da causa concedeu liminarmente o pedido de tutela de urgência, conforme hipóteses do art. 300 e seguintes do CPC. Logo, a liminar de urgência possui caráter de título executivo judicial, conforme dicção do art. 515 inc. I do CPC. Senão vejamos: 
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; (grifo meu)
Outrossim, no caso em questão, cabe ressaltar o art. 519 do CPC, cujo teor ensina que “aplicam-se as disposições relativas ao cumprimento da sentença, provisório ou definitivo, e à liquidação, no que couber, às decisões que concederem tutela provisória” (grifo meu). 
Aliado a isso, o art. 297 do mesmo códex ensina que o juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória e que sua efetivação observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber, conforme parágrafo único do mesmo dispositivo.
Portanto, devido ao reconhecimento obrigacional contido no título executivo judicial (liminar de urgência), na condição de advogado, eu encaminharia petição ao juiz da causa requerendo o cumprimento da liminar de urgência para pagamento de quantia certa – ocasião em que, em suma será utilizado o procedimento do cumprimento provisório de sentença, conforme art. 520 e ss do CPC/15, como método executivo para forçar a satisfação do credor perante o devedor.
Por fim, cumpre ressaltar que o art. 522 do CPC/15 reza que, caso o processo não seja eletrônico, a petição deve ser encaminhada junto com as cópias das seguintes peças: I - decisão exequenda (liminar de urgência concedida); II - certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo; III - procurações outorgadas pelas partes; IV - decisão de habilitação, se for o caso; V - facultativamente, outras peças processuais consideradas necessárias para demonstrar a existência do crédito.
3. No caso em questão, a confissão de dívida não configura título executivo de nenhuma espécie, pois não se encontra no rol descritivo do art. 515 – para títulos executivos judiciais –, ou do art. 784 – para títulos executivos extrajudiciais, ambos do CPC/15.
Desta feita, a confissão de dívida celebrada entre Mévio e Tício pode ser utilizada como prova em um Processo de Conhecimento, no rito do art. 318 e SS do CPC/15 (procedimento comum) ou até mesmo em um procedimento especial chamado de Ação Monitória, que pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir de devedor capaz, conforme descrito no art. 700 e SS do CPC/15.
4. A condição de eficácia da decisão judicial em desfavor da referida autarquia, nos termos do art. 496 do CPC/15, chama-se Remessa Necessária, que é a sujeição – seja por envio ou avocação – ao duplo grau de jurisdição de sentença proferida contra os Entes Federativos, suas autarquias e fundações de direito público ou nos casos em que forem julgados procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. 
Entretanto, no caso em comento, não há que se falar em remessa necessária, uma vez que o valor da condenação é certa, líquida e inferior a mil salários mínimos, em obediência à dicção do § 3º inc. II do art. 496 do CPC/15.
Caso o procurador da autarquia não recorra, a sentença terá trânsito em julgado, ocasião em que o Fulano terá um Título Executivo Judicial em mãos, por meio do qual poderá requerer ao juiz o início da fase de cumprimento de sentença, conforme art. 534 e seguintes do CPC/15.

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