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PRÁTICA JURÍDICA I - 1 bimestre

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37
PRÁTICA JURÍDICA I
Prof. CLAUDIO DE FRAGA
ALGUMAS BREVES NOTAS DE PROCESSO CIVIL PRINCÍPIOS:
- DEVIDO PROCESSO LEGAL: art. 5º LIV, Constituição Federal: “LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;”
 - INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL: art. 5º, XXXV, CF. “XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;” 
- AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO: art.5º, LV, CF arts. 9 e 10, CPC: “LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;” “Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: I - à tutela provisória de urgência; II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; III - à decisão prevista no art. 701.” “Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
 - IGUALDADE: “Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.”
 - PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS, arts. 5º, LX e 93, IX, CF: “LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;” CPC- “Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.” “Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:”
 ● - DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. - DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO: 
“Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.” art. 5º, LXXVIII, CF: “LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.” 
- BOA-FÉ: CPC- “Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.” 
“Art. 77. CPC. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:” 
- COOPERAÇÃO: CPC- “Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.” CPC- “Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo: § 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações.” (grifo nosso). 
O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Parte Geral- Artigo 1º ao artigo 317. 
- jurisdição, competência, partes, capacidade, legitimidade, ...
 Parte Especial- Artigo 318 e seguintes CPC; procedimento comum; procedimento especial; processo de execução. Livro, Título, Capítulo, Seção e Subseção. REGRAS DE COMPETÊNCIA - A COMPETÊNCIA delimita a jurisdição- visa “estabelecer” o juízo que julgará aquela ação;
 Onde ajuizar a ação? “Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.” Artigos 46 e seguintes do CPC estabelece as regras de competência. 
“Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.” Código de Defesa do Consumidor- Artigos 93 e seguintes. 
“Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local: 
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;
 II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente.” 
INCOMPETÊNCIA- o que significa! 
“Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
 § 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. 
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
 § 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
 § 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.” 
“Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.” 
1) Absoluta:
a) não pode ser prorrogada (interesse público); 
b) pode ser declarada de ofício; 
c) em razão da matéria (cível, penal, etc), da pessoa, função, .... 
2) Relativa: 
a) pode ser prorrogada se não alegada; 
b) deve ser alegada pelo réu, em sede de preliminar na contestação; 
c) em razão do lugar. 
- Pode ser modificada voluntariamente pelas partes:
 a) em foro de eleição; 
b) ou em preclusão por ausência de alegação em preliminar na contestação. 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA
 “Art. 951. O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz.”
 - Conflito positivo e negativo de competência:
 “Art. 66. Há conflito de competência quando:
 I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes; 
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;” 
“Art. 957. Ao decidir o conflito, o tribunal declarará qual o juízo competente, pronunciando-se também sobre a validade dos atos do juízo incompetente. Parágrafo único. Os autos do processo em que se manifestou o conflito serão remetidos ao juiz declarado competente.” 
SUJEITOS DO PROCESSO: 
Quem são? 
Artigo 70 do CPC: “Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.”
 - pessoas físicas e jurídicas, entes despersonalizados;
 - capacidade processual; 
- incapazes precisam integrar suas capacidades através da representação ou assistência 
- A representação processual visa regularizar a relação jurídica- para complementar (integrar) a capacidade processual;
 “Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.” 
Curador Especial 
“Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: 
I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;
 II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.
 Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei.” Caso haja alguma irregularidade o juiz deve determinar a regularização da representação processual- artigo 76 CPC; Litisconsórcio- formação da lide;
 DÚVIDA: OS ANIMAIS PODEM SER PARTE? DECRETO 24.645/1934 Como se dá a tutela dos direitos dos animais não humanos em juízo? 
“Art. 1º. Todos os animais existentes no País são tutelados pelo Estado. 
Art. 2º. Aquele que, em lugar público ou privado, aplicar ou fizer aplicar maus tratos aos animais, incorrerá em multa de 20000 a 500000 e na pena de prisão celular de 2 a 15 dias, quer o delinquentes seja ou não o respectivo proprietário, sem prejuízo da ação civil que possa caber. 
(...) §3º. Os animais serão assistidos em juízo pelos representantes do Ministério Público, seussubstitutos legais e pelos membros das sociedades protetoras de animais;” 
OU SEJA ... 
- Segundo o decreto nº 24.645/1934, os animais serão assistidos em juízo pelos representantes do Ministério Público, seus substitutos legais e pelos membros das sociedades protetoras de animais;
 - O Ministério Público- Artigos 127 e 129, III, da Constituição Federal; 
- Associação de Defesa dos Animais;
 - O guardião ou o tutor. ASSIM ... 
- Pode-se concluir que os animais são sujeitos de direitos e possuem capacidade processual, embora tenham que ser pleiteados por representatividade, da mesma forma como ocorre com os seres relativamente ou absolutamente incapazes, que são reconhecidos como pessoas (ver os entes despersonalizados Projeto de Lei). 
- Caso Sandra- Argentina; 
- Caso Tommy- Estados Unidos; 
- Caso Jimmy- Brasil; 
Caso Rio Atrato- Colômbia. 
(Adoção uma visão ecocêntrica nos ordenamentos jurídicos.) 
● ATOS PROCESSUAIS. 
Atos praticados no processo- regulados por lei- artigo 188, CPC; 
“Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.”
 - públicos, 
- segrego de justiça,
 - processos eletrônicos. 
ATOS DA PARTE: artigo 200 do CPC, ATOS DO JUIZ: artigo 203, CPC:
 a) Sentenças- sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução
 b) Decisões interlocutórias- é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o. 
c) Despachos- todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte; 
d) Acórdão. 
FORMA E REQUISITOS DOS ATOS PROCESSUAIS. 
- De maneira geral, não dependem de uma forma determinada, a não ser quando previsto em lei;
 a) princípio da liberdade das formas com o da legalidade; 
b) instrumentalidade; 
c) aproveitamento dos atos processuais.
 PRAZOS
 Previstos em lei: artigo 218, CPC:
 “Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.”
 “Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo.”
 Se não houver prazo previsto em lei e não fixado pelo juiz, o prazo será de 5 dias: artigo 218, § 3º, CPC, Contagem do prazo em dias úteis- artigo 219 do CPC: Como se conta: início e fim do prazo. Para o juiz- artigo 226, CPC: 
“Art. 226. O juiz proferirá:
 I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias; 
II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias; 
III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
” Advogados diferentes no processo: 
“Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. 
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles.
 § 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.”
 DEFENSORIA PÚBLICA 
“Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. 
§ 1o O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183, § 1o. 
§ 2o A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada. 
§ 3o O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.” 
DA ADVOCACIA PÚBLICA 
“Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.” 
● - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, CUSTAS E DESPESAS PROCESSUAIS- Artigos 82 e seguintes do CPC. 
- Artigo 85
- honorários em sede recursal. 
- JUSTIÇA GRATUITA
- Artigos 98 e seguintes do CPC. 
- Valor da causa; 
- Tutela provisória. 
BIBLIOGRAFIA - BUENO, Cassio Scarpinela. Manual de direito processual civil: inteiramente estruturado à luz do novo CPC, de acordo com a Lei n. 13.256 de 4-2-2016. 2º Edição. São Paulo: Saraiva, 2016. - MEDINA, José Miguel Garcia. Recursos e ações autônomas de impugnação/ José Miguel Garcia Medida, Teresa Arruda Alvim Wambier. 2º edição. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 2011. - ARAÚJO JÚNIOR, Gediel Claudino de. Prática de recursos no processo civil. São Paulo: Atlas. - NISHIYAMA, Adolfo Mamoru. Prática de direito processual civil: ISHIYAMA, Adolfo Mamoru. Prática de direito processual civil: para graduação e exame da OAB. 6º edição. São Paulo: Atlas.
A PETIÇÃO INICIAL 
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
- A petição inicial deve primar-se pela objetividade e clareza, observando a LÓGICA, procurando eliminar as indesejáveis filigranas verbais, floreios literários e rebuscamentos desnecessários. 
- DEVE SER ENXUTA, ESCORREITA, SEM EXIBICIONISMOS E TER APENAS UM OBJETIVO: A COMUNICAÇÃO TÉCNICA, IMEDIATA E DIRETA.
 - A inicial é um requerimento, uma manifestação de vontade.
 - Evitar estrangeirismos desnecessários- Artigo 192 do CPC
- Obrigatório o uso da língua portuguesa.
 “Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.”
 Regra Básica nas peças processuais: 
a) a redação deve ser feita na terceira pessoa (ex: vem requerer); 
b) utilização de paragrafação: introdução, desenvolvimento e conclusão;
 c) texto deve ser lógico. FUNDAMENTO LEGAL Art. 319. 
A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
 III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
 IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
 VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. § 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. 
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
ENDEREÇAMENTO
 “I - o juízo a que é dirigida; “ A petição inicial deve ser endereçada para o juízo competente para apreciar o pedido. Como fazer! EXCELENTISSIMO “SENHOR” “DOUTOR” JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL (FAMÍLIA, ...) DO FORO CENTRAL (DESCENTRALIZADO, ...) DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA-PR. AO JUÍZO DA ....... VARA “CÍVEL” DO FORO ..... 
PARTES
 “II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;” 
- Autor
- qualificação completa.
 - Réu
- qualificação completa. 
“§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requererao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. 
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.” 
FATOS E FUNDAMENTOS 
“III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;” 
- Em síntese, significa contar o que aconteceu e quais os fundamentos jurídicos que amparam o pedido.
 O PEDIDO
 “IV - o pedido com as suas especificações;” 
- Deve ser certo e determinado: Artigos 322 e 324 do CPC. 
- Alternativo: “Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.”
 - Sucessivo: “Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior. 
– Cumulação: “Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.” 
ALTERAÇÃO DO PEDIDO- MOMENTO ADEQUADO 
Em regra, o pedido não pode ser alterado, salvo: 
“Art. 329. O autor poderá:
 I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; 
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.” (grifo nosso). 
VALOR DA CAUSA 
“V - o valor da causa;”
 “Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: 
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
 II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
 III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
 IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido; 
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;” “VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; 
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
 VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
 § 1o Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras. 
§ 2o O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações. 
§ 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.” 
PEDIDO PARA PRODUÇÃO DAS PROVAS
 “VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;”
 - É necessário especificar e requerer a produção das provas que serão necessárias para demonstrar os fatos alegados.
 - Quais provas devem ser produzidas? 
- O autor deve juntar toda a prova documental na petição inicial. 
OPÇÃO PELA AUDIÊNCIA 
“VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.”
 - O autor deverá optar na petição inicial pela realização ou não da audiência de tentativa de conciliação. 
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL: 
Depois de protocolada a petição inicial ela é analisada pelo juízo que a recebeu. Caso necessário o juiz, ao verificar alguma irregularidade, determinará a emenda da inicial: 
“Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.”
 A emenda não é uma opção do juiz, é um dever. O juiz estabelece o prazo de 15 dias e indica o que deve ser alterado. O CPC consagra o direito a emenda, prevê o prazo e determina quais devem ser as correções. Esta alteração está em consonância com o sistema cooperativo que o CPC pretende implantar.
 Indeferimento da petição inicial
 “Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: 
 I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. § 1o Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
 II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.”
 Como escolher a peça ?
ROTEIRO DA PETIÇÃO INICIAL
	Artigo 319 do Código de Processo Civil: 
	ENDEREÇAMENTO
	 PARTES- QUALIFICAÇÃO
	 FATOS DIREITO PEDIDO
	 PEDIDO DE PRODUÇÃO DE PROVAS 
	OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
	VALOR DA CAUSA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA, ESTADO DO PARANÁ. (Justiça Comum). AO JUÍZO DA ...... VARA CÍVEL ..... (Justiça Comum). 
OU EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ____ VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE CURITIBA- SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ. (Justiça Federal). 
(De acordo com a competência).
 Ver o Código de Normas e de Organização Judiciária.
 AUTOR- QUALIFICAÇÃO (Nome da parte completo e sem abreviações, Estado Civil ou existência de união estável, Profissão, Inscrito no CPF/MF sob o n.º ..., email, Residente e domiciliado no endereço...rua, número, Cidade, Estado, CEP). vem, respeitosamente, por intermédio de seu advogado (NOME COMPLETO), inscrito na OAB/... sob o n° (observância ao art. 103, CPC) com escritório profissional (ENDEREÇO), procuração em anexo, onde recebe intimações, com fulcro (LEGISLAÇÃO APLICÁVEL- COLOCAR OS ARTIGOS UTILIZADOS NA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA), propor a presente, 
NOME DA DEMANDA? (se for o caso, mencionar o pedido de tutela provisória ou da Liminar).
em face de REQUERIDO- QUALIFICAÇÃO (seguir os moldes da qualificação da parte autora, colocando, neste caso, o máximo de dados disponíveis), ... (após, finalizar a idéia inicial do preâmbulo da peça, como, por exemplo: “o que faz com base nos motivos de fato e de direito a seguir expostos”. 
I- DOS FATOS (breve relato dos fatos). 
Relatar os fatos: contar o que aconteceu com coesão, coerência e precisão. Procurar seguir uma ordem esquemática lógica com introdução, desenvolvimento e conclusão. Fale dos documentos que comprovam os fatos. 
Finalizar as informações trazidas na narrativa fática para que seja estabelecida a conexão entre estes dados e o que será posteriormente apresentado, como por exemplo: 
“Diante do exposto, não restou opção ao autor senão recorrer à tutela jurisdicional do Estado para ver resguardado os seus interesses”.
 II- DO DIREITO. 
Na inicial, deve-se demonstrar, com fundamentos jurídicos, o porquê da pretensão do autor deve prosperar. Por conseguinte, devem-se fundamentar as alegações apresentadas e explanar os motivos que levem o juiz a julgar procedentes os pedidos da inicial. 
Cada argumento deve ser desenvolvido em um tópico específico, o qual será nominado de forma a evidenciar os interesses de seu cliente e conteros dispositivos legais pertinentes (sempre com a devida subsunção dos fatos à norma). 
Por exemplo:
 DO DANO MORAL.
 ............................
 DO DANO MATERIAL.
 ................................. 
Procurar finalizar os tópicos com frases que demonstrem a coesão e coerência do texto.
 Inserir legislação, jurisprudência e doutrina pertinente, se for o caso;
 Fazer referência de onde foi extraído o conteúdo; 
Cuidar com a veracidade das informações;
 Procurar seguir uma ordem esquemática lógica: com introdução, desenvolvimento e conclusão- raciocínio lógico-jurídico- nexo causal.
 III- TUTELA PROVISÓRIA (TUTELA DE URGÊNCIA OU DE EVIDÊNCIA). SE FOR O CASO. Caso necessário, fundamentar e desenvolver o pedido de concessão de tutela provisória (artigo 294 do CPC) ou liminar específica (mencionando o dispositivo legal que a autoriza: ex. art. 7° da LMS, etc). Ao final do tópico, concluir pleiteando a concessão da tutela provisória / liminar vez que evidenciada a presença de seus requisitos no caso concreto. 
IV- PEDIDOS / REQUERIMENTOS: Diante do exposto, requer-se: 
a) Concessão da Tutela provisória/Liminar, a fim de.... (em sendo cabível), conforme artigo...; 
b) A realização de audiência de conciliação ou mediação, intimando-se o requerido para que compareça ao ato .....; 
c) Para a comprovação do alegado, a produção das seguintes provas: depoimento pessoal do requerido, prova testemunhal, documental e pericial (sempre especificar as provas a serem produzidas); 
d) Que sejam julgados procedentes os pedidos, para o fim de... (pedir de maneira clara tudo que deseja ser deferido e não esquecer que os pedidos devem corresponder à fundamentação), confirmando-se os efeitos da tutela antecipada (se for o caso);
 “e) A condenação do requerido ao pagamento das custas e despesas processuais e honorários advocatícios.” 
	O pedido de citação somente deverá ser feito se o autor pretende que a citação seja por oficial de justiça ou por edital (deverá comprovar o pagamento de custas para a prática destes atos). 
O pedido de condenação do requerido ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios é implícito (§1º, art. 322, CPC), mas pode ser feito.
	 Atenção: pode ser necessário realizar alguns pedidos específicos conforme as dicas do caso simulado: 
	Pedido de benefícios da Justiça Gratuita conforme o art. 98 do CPC; 
	Pedido de prioridade na tramitação do feito conforme o art. 71 do Estatuto do Idoso – Lei 10.741/2003;
	 Pedido de prioridade na tramitação do feito para pessoa portadora de doença grave conforme Lei 12008/2009; 
	“Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais:” 
	Verificar se há necessidade de pedir a intervenção do Ministério Público – art. 178 do CPC; 
	Atenção para a distribuição por dependência ou necessidade de suspensão do feito, devem ser pedidos expressamente, se for o caso.
 Dá a causa o valor de R$ ....
	Para estabelecer o valor da causa ver o art. 291 do CPC 
Termos que, 
Pede deferimento.
 Local... Data...
Advogado OAB/...
A CONTESTAÇÃO
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
- A contestação está para o réu como a Petição Inicial está para o Autor. 
- É por meio da contestação que o réu apresenta seus argumentos de defesa.
 - Também deve primar pela objetividade e clareza, observando a LÓGICA (evitar floreios literários e rebuscamentos desnecessários). 
- DEVE SER DIRETA, CONTUDO ATENTA A TODOS OS FATOS E PEDIDOS FORMULADOS PELO AUTOR NA PETIÇÃO INICIAL. 
Regra Básica nas peças processuais:
 a) a redação deve ser feita na terceira pessoa (ex: vem requerer); 
b) utilização de paragrafação: introdução, desenvolvimento e conclusão; 
c) texto deve ser lógico. 
Prazo para apresentação de defesa
 “Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
 I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; 
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o , inciso I; III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.” 
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
 I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio; 
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
 III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
 IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital; 
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica; 
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
 VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico; 
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria. ........ 
● Exceções: Contagem em dobro quando:
 - houver mais de um réu com diferentes procuradores- art. 229 do CPC. 
Começa a contar da juntada do ultimo AR ou do mandado de citação juntado aos autos. 231, §1°, CPC (autos físicos).
 - para a Fazenda Pública (incluindo Autarquias e Fundações Públicas/Ministério Público (art. 183 CPC e 180 CPC) e Núcleos de Prática Jurídica (artigo 185, § 3º).
 - No caso de citação por edital o prazo é fixado pelo juiz – entre 20 e 60 dias contados da 1ª publicação do edital – art. 257, III, CPC.
 “Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.”
 “Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
 §1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. §2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.” 
QUAL MATÉRIA ALEGAR! 
“Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.” 
- Toda defesa deve ser formulada na contestação. 
Mesmo que as alegações sejam aparentemente “contraditórias”. 
- O réu deve apresentar todos os seus argumentos, porque depois perde a oportunidade de fazê-lo.
 ● Mas antes deve alegar AS MATÉRIAS PRELIMINARES- Art. 337 CPC (implicam em extinção do processo sem resolução do mérito): 
“Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação;
 II - incompetência absoluta e relativa;
 III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção;
 VI - litispendência;
 VII - coisa julgada;
 VIII - conexão;
 IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
 X - convenção de arbitragem;
 XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
INCOMPETÊNCIA
- De acordo com o CPC, tanto a incompetência absoluta quanto a relativa devem ser alegadas pelo réu como questão preliminar da contestação art. 64 CPC. Isso concretiza a celeridade e observa a instrumentalidade.“Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.”
 - A incompetência relativa não pode ser suscitada ex officio pelo julgador §5°, art. 337.
 “§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.” 
- E as PREJUDICIAIS DE MÉRITO que consistem na prescrição e decadência (implicam em extinção do processo com resolução do mérito).
 “Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
 I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
 II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
 III - homologar: 
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
b) a transação; 
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. 
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1º do art. 332 , a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.”
 ● Após, a DEFESA DE MÉRITO. 
- o réu ataca os fatos que constituíram o direito do autor;
 - Não questiona a regularidade do processo (preliminar), mas impugna o conteúdo do direito que o autor afirma ser titular, ao direito material. 
Pode ser:
 a) direta- nega o fato constitutivo do direito do autor, a defesa dirige-se a própria pretensão do autor visando ao desfazimento dos fundamentos de fato ou de direito. (Cássio Scarpinella). 
b) indireta- em que alega fato impeditivo, extintivo ou modificativo ao direito do autor. Matérias que podem ser alegadas depois da contestação: art. 342 CPC.
Trata-se de exceção. 
“Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: 
I - relativas a direito ou a fato superveniente; 
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; 
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.”
Ausência de contestação implica em: 
- Presunção relativa de veracidade dos fatos afirmados pelo autor – 344 CPC
- Revelia; 
Exceções- Artigo 345 do CPC;
- Fluência dos prazos independentemente de intimação- artigo 346 CPC; 
- Possível “autorização” para o julgamento antecipado da lide- artigo 355, II, CPC. Não esqueçam: a contestação deve observar duas regras: 
1) Eventualidade ou concentração da defesa: art. 336, do CPC: 
2) Ônus da impugnação especificada: art. 341 do CPC. Não se admite a formulação de defesa genérica. Se o fato não for impugnado será tido como verdadeiro (existente). Essa regra não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao MP. 
- A principal pretensão da contestação, via de regra, é que o pedido do autor não seja acolhido. 
● “Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu respeito, a confissão;
 II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato;
 III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.”
A RECONVENÇÃO
 “Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. 
§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
 § 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção. 
§ 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
 § 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. 
§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual. 
§ 6o O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.“
 - A reconvenção é uma “ação” que, quando utilizada, faz com que haja economia processual. 
- As duas ações tramitarão dentro do mesmo processo- os atos (intimações, produção de provas, ...) serão realizados conjuntamente- celeridade. 
- Pode ser proposta quando o réu deseja formular uma pretensão contra o autor no mesmo processo- representa um “contra-ataque” do réu em relação ao autor, num mesmo processo.
 - Em outras palavras- é a “ação” do réu contra o autor, no mesmo processo.
 - Com a contestação o requerido visa impugnar as alegações do autor, pretende a rejeição dos pedidos da petição inicial, em regra;
 - Na reconvenção, o requerido pretende algo além da rejeição dos pedidos do autor.
 ● “Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.”
 “Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337 , o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova.”
 “Art. 352. Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.” 
A PETIÇÃO
 Endereçamento: Dirigida ao Juízo onde tramita a demanda a ser contestada.
 “Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico. 
§ 1º A contestação será submetida a livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por meio de carta precatória, juntada aos autos dessa carta, seguindo-se a sua imediata remessa para o juízo da causa.
 § 2º Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribuída a contestação ou a carta precatória será considerado prevento.
 § 3º Alegada a incompetência nos termos do caput , será suspensa a realização da audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada. ................” 
Partes: Necessária fazer a correta qualificação da requerida. Apresentação da narrativa fática: contestando TODOS os argumentos apresentados na inicial, sob as penas do artigo 341 CPC (presunção de veracidade). 
Fundamento Jurídico Necessidade de apresentação do fundamento jurídico, especialmente para fins de eventual prequestionamento recursal. 
O PEDIDO 
- Reiterar as preliminares e prejudiciais de mérito, se houver; 
- Reconvenção; 
- Necessidade de apresentação de pedido, requerendo, via de regra, a improcedência dos pleitos requeridos na inicial. 
- O réu deve indicar as provas que pretende produzir e deve instruir a contestação com os documentos necessários.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA .... DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA- PARANÁ.
Ao juízo da .....
	
Autos nº ......
NOME do REQUERIDO (qualificação completa, artigo 319 do CPC), vem, respeitosamente, por meio de seu advogado...., inscrito na OAB/Estado sob o n°..., com endereço profissional à Rua..., onde recebe intimações, conforme procuração anexa, apresentar/oferecer CONTESTAÇÃO nos autos da Ação de ..., movido por... (NOME DO REQUERENTE), já qualificado nos autos em epígrafe, o que faz com base nos artigos 336 e seguintes do CPC e pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
I- SÍNTESE FÁTICA.
Fazer a exposição de toda a matéria narrada pelo requerente na inicial e impugnar especificamente todos os fatos narrados (se for o caso), sob pena de se presumirem verdadeiros, observando uma ordem lógica e coerente. Sempre finalizar de forma a rejeitar os argumentos do requerente, por exemplo: “Desta forma, não deve ser acolhida a pretensão do requerente”.
II- TEMPESTIVIDADE.
.................
III- PREJUDICIAIS DE MÉRITO.
Verificar a hipótese da existênciade prejudiciais ao mérito: prescrição e decadência, e pedir a extinção do processo com resolução de mérito- artigo 487 do CPC.
Ver o Código Civil ou a legislação específica da matéria.
IV- PRELIMINARES DE MÉRITO.
Verificar a existência das hipóteses do art. 337 do CPC, se houver pedir o acolhimento da preliminar, e se for o caso, pedir a extinção do processo sem a resolução do mérito com base no 485 do CPC.
V- MÉRITO.
Demonstrar com argumentos jurídicos a razão pela qual os pedidos formulados pelo autor não estão de acordo com a lei, com a doutrina e jurisprudência.
O réu deve alegar toda a matéria de defesa, sob pena de preclusão. Desenvolver cada argumento em tópico específico, para facilitar a compreensão.
Aponte o artigo e fundamente, nexo causal.
VI- DOS PEDIDOS.
Diante do exposto, requer-se: 
1. O recebimento da presente contestação, vez que tempestiva;
1. A intimação do requerente para, querendo, apresentar réplica aos termos desta contestação, no prazo legal (hipóteses dos arts. 337 e 350 CPC);
1. a produção das seguintes provas: depoimento pessoal do autor, prova testemunhal, documental e pericial (especificar a prova);
1. O acolhimento da preliminar de mérito... (especificar a preliminar), com a extinção do processo sem a resolução de mérito, com fulcro no art. 485,... do CPC, e/ou a acolhimento da prejudicial de mérito... (especificar a prejudicial) com a consequente extinção do feito com resolução do mérito, nos termos do art. 487, II do CPC;
1. Não acolhida a preliminar/prejudicial de mérito, requer-se com base no princípio da eventualidade, o acolhimento das razões expostas com o julgamento de improcedência dos pedidos do requerente;
1. “A condenação do requerente ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.”
Termos que,
Pede deferimento,
Local... Data
Advogado...
OAB...
Verificar se há o benefício da Justiça Gratuita;
Prioridade na tramitação do feito, art. 1048, CPC;
Reconvenção.
CUIDADO se houver necessidade de impugnar o valor da causa ou propor reconvenção, deverá ser aberto um tópico e deverão ser realizados os pedidos respectivos.
MANDADO DE SEGURANÇA
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 
- São medidas colocadas à disposição dos indivíduos e cidadãos para provocar a intervenção das autoridades competentes, visando sanar, corrigir ilegalidade e abuso de poder em prejuízo de direitos e interesses individuais. 
- Direitos fundamentais- artigo 5º da CF. 
- Por se tratar de uma garantia fundamental e com previsão na Carta Magna, a principal consequência prática, segundo Eduardo Sodré, “é a necessidade de se interpretar de forma ampliativa as suas hipóteses de cabimento, devendo qualquer restrição ser vista com reservas, já que não é possível que o legislador infraconstitucional, como regra, limite direitos e garantias consagrados na Constituição Federal”.
Impretrar? 
Medidas, remédios constitucionais. Art. 3º da Lei nº 12.016/2009
- “O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança ...”. 
Interpor? 
“interpor (inter + ponere) dá a idéia de colocar entre.” 
Exemplo: Recursos. “Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:” 
Opor? 
“reflete o sentido de pôr diante de, de colocar como óbice, como impedimento” 
“Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.” 
Ajuizar? 
Ingressar com ação judicial.
Previsão legal - Artigo 5º da Constituição Federal (rol dos direitos e garantias fundamentais): 
"Artigo 5º, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;“
 
Lei 12.016 de 2009 – instrumentaliza e trais os demais fundamentos que a CF/88 não trouxe.
Natureza jurídica de petição inicial – é a petição inicial.
Finalidade:
 a) proteger os direitos individuais e da coletividade (ex.: interesses de advogados, interesses dos médicos é impetrado o Mandado de SSegurança); 
b) direito líquido e certo; - (direito inconteste, prova de plano, consigo provar com documentos juntados a petição inicial);
c) que não são amparados por habeas corpus (direito de ir e vir) nem habeas data (direito de acesso a informação); 
d) ação ou omissão de uma autoridade (ato), de forma ilegal ou por abuso de poder. - (ex.: de uma determinada autoridade.) 
e) em outras palavras, é o instrumento que combate atos abusivos e ilegais, de regra, do próprio Estado. – (O Mandado de Segurança é um instrumento constitucional que a CF/88 permite o seu uso quando há um ato ilegal, arbitrário que viole um direito líquido e certo ou um ato praticado por agente do Estado ou pelo próprio Estado que precise da tutela jurisdicional). 
Legitimidade – no mandado de segurança utilizamos o termo Impetrar.
Impetrante (quem vai impetrar o Mandado de Segurança, aquele que teve o direito lesionado podendo ser o individuo, órgão, entidade, classe que defende os direitos daquela categoria (OAB, CRM) e etc., seja individual ou coletivo) em face do Impetrado (ato praticado por alguém que exerça alguma função estatal – agente políticos, agentes administrativos, pessoa jurídica de direito privado e etc.)
- o titular desse direito tem legitimidade para impetrar o mandado de segurança (ver o art. 3º da lei). 
- Polo Passivo: 
a) todas as pessoas físicas que exercem alguma função estatal (agentes políticos, agentes administrativos e agentes delegados). 
b) agentes de pessoas jurídicas privadas que executem, a qualquer título, atividades, serviços e obras públicas. – exercendo uma atividade que foi delegada a administração publica. 
 CABIMENTO Lei 12.016 de 2009: Ver o Artigo 1º.
** “Art. 5º Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; - (não surge efeitos, então não há interesse processual, não há interesse de agir).
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; - (em raras exceções podemos impetrar o Mandado de segurança quando não couber nenhum recurso apropriado, mas Mandado de Segurança não é recurso).
III - de decisão judicial transitada em julgado. – (em face de ação judicial transitada em julgado cabe ação rescisória, prevista no Art. 966, CPC).”
Analisar se há interesse processual e interesse de agir: - no caso do inciso I não existirá lesão grave ameaça ao direito que está sendo discutido administrativamente.
 ● RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 32.850 - BA (2010/0160812-9) 
RELATORA: MINISTRA NANCY ANDRIGHI PROCESSO CIVIL. COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS. CONTROLE. MANDADO DE SEGURANÇA PERANTE O TRIBUNAL DE JUSTIÇA. CABIMENTO. IMPETRAÇAO. PRAZO. EXCEÇAO À REGRA GERAL. 
1. É cabível a impetração de mandado de segurança perante o Tribunal de Justiça para realizar o controle da competência dos Juizados Especiais, ressalvada a autonomia dos Juizados quanto ao mérito das demandas. Precedentes.
 2. O mandado de segurança contra decisão judicial deve, via de regra, ser impetrado antes do trânsito em julgado desta sob pena de caracterizar a incabível equiparação do mandamus à ação rescisória. 
3. Como exceção à regra geral, porém, admite-se a impetração de mandado de segurança frente aos Tribunais de Justiça dos Estados para o exercício do controle da competência dos Juizados Especiais, ainda que a decisão a ser anulada já tenha transitado em julgado.
 4. Recurso ordinário em mandado de segurança provido. 
DIREITO LÍQUIDO E CERTO 
- Para alguns, a expressão "direito líquido e certo" é vista como sendo aquele direito incontestável, não só comprovado "de plano" pelo impetrante, mas também aquele sob o qual não paira qualquer dúvida acerca da sua existência. 
- Direitolíquido e certo: é aquele que não suscita dúvidas, ou seja, não depende de provas. Direito comprovado de plano, os fatos embasadores do exercício do direito invocado devem estar comprovados com a petição inicial, por meio de provas pré-constituídas, evitando a dilação probatória.
 - Para Hely Lopes Meirelles: “se a existência do direito for duvidosa, se a sua extensão não estiver delimitada e se o seu exercício depender de situações e fatos ainda indeterminados, não rende ensejo à segurança, embora possa ser defendido por outros meios judiciais”.
Por direito líquido e certo pode ser entendido aquele direito cuja existência e delimitação são claras e passíveis de demonstração documental. (Cássio Scarpinella)
Prova inequívoca 
Direito líquido e certo é, portanto, o fato que enseja a impetração do mandamus e não o direito por si mesmo.
 O impetrante consegue demonstrar os fatos alegados na sua petição inicial por meio de prova documental e sem a necessidade de instrução probatória. 
“O ‘direito líquido e certo’, pressuposto constitucional de admissibilidade do mandado de segurança, é requisito de ordem processual, atinente à existência de prova inequívoca dos fatos em que se basear a pretensão do impetrante e não à procedência desta, matéria de mérito (…).” (RTJ 133/1314, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei). 
“A formulação conceitual de direito líquido e certo, que constitui requisito de cognoscibilidade da ação de mandado de segurança, encerra (…) noção de conteúdo eminentemente processual.” (RTJ 134/169, Rel. p/ o acórdão Min. CELSO DE MELLO)
 Prova Pré Constituída 
“O Mandado de Segurança não admite dilação probatória, por isso a inicial deve ser instruída com prova pré-constituída do alegado direito liquido e certo, sob pena de ser extinto e denegada à segurança (arts. 6º, § 5º, e 10, caput, da Lei n. 12.016/09).” 
(citado em RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA nº 32.625 – MT- STJ). 
O MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
 "Artigo 5º, LXX 
- o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;" 
PRAZO
 - É de 120 dias contados após a data em que tomou conhecimento oficialmente do ato coator contra si. É um prazo decadencial, ele não se interrompe. A contagem é feita em dias corridos.
- Após o prazo, não mais poderá se utilizar desse remédio constitucional, verificando-se, pois, a decadência do seu direito. (decadencial segundo STF: não se suspende e nem se interrompe). 
Art. 23 – Lei 12.016/2009:
 “O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.” 
 “Art. 6º A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. 
§ 1º No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição. 
§ 2º Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação. 
§ 3º Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. 
§ 4º (VETADO) 
§ 5º Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos pelo art. 267 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
§ 6o O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito.” (grifo nosso). 
“Não ofende a Constituição a norma legal que estipula prazo para a impetração do mandado de segurança. A circunstância de a Constituição da República nada dispor sobre a fixação de prazo para efeito de ajuizamento da ação mandamental não inibe o legislador de definir um lapso de ordem temporal em cujo âmbito o ‘writ’ deve ser oportunamente impetrado.” 
(RTJ 145/186, Rel. Min. CELSO DE MELLO) 
EFEITOS 
“MANDADO DE SEGURANÇA – PRAZO DECADENCIAL (LEI Nº 1533/51, ART. 18) – CONSUMAÇÃO (...) – RECURSO IMPROVIDO. 
Não se conhece de mandado de segurança quando impetrado fora do prazo decadencial a que se refere o art. 18 da Lei nº 1533/51. A extinção do direito de impetrar o ‘writ’ constitucional não gera a extinção do direito material eventualmente titularizado pelo impetrante, a quem se reconhece, em consequência, observadas as normas legais, a possibilidade de acesso às vias processuais ordinárias.” (RTJ 158/846, Rel. Min. CELSO DE MELLO) 
NÃO HÁ CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - Quando o juiz profere sentença não vai ter honorários advocatícios sucumbenciais.
 - A partir do julgamento do RE 61.097, o Supremo Tribunal Federal editou a jurisprudência (ver Súmula 512) no sentido de que: “não cabe condenação em honorários de advogado na ação de mandado de segurança”. 
- A orientação da Suprema Corte se fundou em diferentes argumentos:
 a) o mandado de segurança se trataria de processo sem lide; 
b) a autoridade impetrada não se defende, apenas sustenta o ato; 
c) no habeas corpus, processo de idêntica natureza, também não haveria condenação honorária; 
d) tratar-se-ia de garantia de sede constitucional; 
LEI 12.016/2009:
 “Art. 25. Não cabem no processo de mandado de segurança, a oposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé.” 
MODALIDADES
 Repressivo - vai atingir ato já cometido, o direito já foi violado; 
Preventivo - quando há ameaça de produção de excessos, antes do direito ser violado, mas que esteja na iminência real de vir a sofrer lesão (ameaça). O pressuposto fundamental para o cabimento da tutela preventiva reside na existência de “justo receio” (ameaça objetiva e real, não pode ser mera suposição). 
CABE MEDIDA LIMINAR? Cabe liminar, mas não é obrigatório.
- Comporta medida liminar, quando presentes seus pressupostos: 
“Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: ...............
 III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.” 
REQUISITOS: 
A possibilidade de pedir uma liminar desde que que haja esses dois requisitos:
a) "fumus boni iuris" (fumaça do bom direito)- expressão utilizada quando o caso concreto demonstra que o pedido está imune de qualquer irregularidade, encara a pretensão do bom direito; 
b) "periculum in mora“ (perigo da demora)- expressão que serve para assinalar que a demora em conceder o direito pode levar à degeneração ou destruição do que se pede, ou seja, pode gerar prejuízos ao cliente.
Podemos utilizar aqui os requisitos do Art. 300 do CPC. – a probabilidade do dano quanto à eficácia a ser proferida. 
● “Art. 7º, § 2o Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza.” 
Atenção:
ADI 4296, impetrada pela OAB no Supremo Tribunal Federal, com pedido de liminar, para suspender alguns dispositivosda Lei 12.016/2009. 
Data de propositura: 14/09/2009
Fase atual: em 07/07/2015 - juntada de petição (certidão) 
O PROCESSO 
Possui a celeridade - deve ter em todos o processos.
- Inicia-se com a petição inicial que deverá conter todos os requisitos da (Lei nº 12.016 de 2009, art. 319, CPC e art.5º, LXIX da CF/88) e atender aos dispositivos do Código de Processo Civil. Caso o juiz entenda que falte algum requisito, ele vai determinar a emenda da petição inicial. Se cumprir todos os requisitos o juiz acata a petição inicial.
- Pagamento de custas processuais. 
- O juiz aprecia o pedido de liminar (se houver). – defere ou indefere.
- Notifica a autoridade coatora/ impetrado (parte contrária) para prestar informações. (considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática). 
- A autoridade presta informações. 
- Parecer Ministério Público.
- Sentença. 
- Recurso. (ver artigo 14, da lei). 
“Art. 12.  Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 7o desta Lei, o juiz ouvirá o representante do Ministério Público, que opinará, dentro do prazo improrrogável de 10 (dez) dias.”
“Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração. 
§ 1o Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre. 
§ 2o O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial.”
 “Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação. 
§ 1o Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. 
§ 2o Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer.
 § 3o A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar. 
§ 4o O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias assegurados em sentença concessiva de mandado de segurança a servidor público da administração direta ou autárquica federal, estadual e municipal somente será efetuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da data do ajuizamento da inicial.”
 REVELIA? 
- O mandado de segurança é uma garantia constitucional, é uma ação de cognição sumária e, como qualquer ação civil, para caracterizar os efeitos da revelia, é fundamental que tenhamos uma citação válida. 
- Ainda que se admita que a expressão “notificação” constante na lei equivale à citação, seria discutível aceitar os efeitos da revelia no caso de não apresentação das informações: 
CPC- “Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.”
– O ato impugnado já está praticado. 
- Os atos (citação e notificação) são diferentes. 
NA JUSTIÇA DO TRABALHO – se não houver recurso cabível, há a possibilidade de impetrar o mandado de segurança.
Súmula nº 417 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA. 
PENHORA EM DINHEIRO (alterado o item I, atualizado o item II e cancelado o item III, modulando-se os efeitos da presente redação de forma a atingir unicamente as penhoras em dinheiro em execução provisória efetivadas a partir de 18.03.2016, data de vigência do CPC de 2015) - Res. 212/2016, DEJT divulgado em 20, 21 e 22.09.2016 
I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é prioritária e obedece à gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (art. 655 do CPC de 1973). 
II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 840, I, do CPC de 2015 (art. 666, I, do CPC de 1973). (ex-OJ nº 61 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000). (grifo nosso). 
Súmula nº 414 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA. 
TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017 
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015.
 II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. 
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória. (grifo nosso). 
Qual medida utilizar? 
Deve –se observar a existência do direito individual ou coletivo, o direito líquido e certo, ação ou omissão de uma autoridade via de regra vinculada do agente estatal/administrativo, salvo a exceção de quando não existir outro recurso cabível pode ser impetrado o mandado de segurança, não amparado pelo habeas corpus e nem pelo habeas data. Pode ser pedido a liminar, uma vez demonstrado os requisitos “fumus boni iuris” e “periculum in mora”. A celeridade é uma vantagem especial do rito do mandado de segurança.
Pode ser utilizado tanto um como o outro, sendo eles: 
- Mandado de segurança; - há a possibilidade de demonstrar ao juízo desde já a violação do direito liquido e certo e os demais requisitos e ter a prestação jurisdicional de uma forma mais rápida, celeridade.
- Ação Ordinária. – procedimento comum, é um processo mais longo. 
Pode a parte optar?
 Como? 
A parte tem uma prova pré-constituída? 
JURISPRUDÊNCIA ADMINSTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. EXAME DA OAB. ATRIBUIÇÃO DE PONTUAÇÃO SOMENTE AOS CANDIDATOS RECORRENTES. VIOLAÇÂO DA ISONOMIA. RECONHECIMENTO DA EXISTÊNCIA DE MAIS UMA RESPOSTA CORRETA SEM ANULAÇÂO DA QUESTÃO. VIOLAÇÂO AO EDITAL CONFIGURADA. 
1. Em tema de concurso, a jurisprudência já pacificou o entendimento de que não é possível ao judiciário substituir-se à banca examinadora, corrigindo a questão com critérios diversos. Entretanto, naqueles casos em que a violação ao edital for evidente, deve o Judiciário atuar, como forma de garantir a legalidade e a isonomia. 2. Hipótese em que, nada obstante o enunciado das questões apontar que existiria uma única resposta correta, a banca examinadora, reconhecendo a existência de mais de uma alternativa correta, resolveu atribuir a pontuação aos candidatos que tenham marcado qualquer das alternativas correta. 3. Constando das orientações da prova objetiva a observação de que "há uma única alternativa correta", e constatando a Comissão, posteriormente, a duplicidade de respostas certas, deveria a questão ser anulada, com atribuição dos pontos respectivos a todos os candidatos. 
2. Viola, assim, o princípio da isonomia, a atribuição dos pontos, pela Comissão Revisora, apenas aos candidatos que manifestaram recurso. (REO 200038000385220; Relator: JUIZ DANIEL PAES RIBEIRO; SEXTA TURMA; DJ DATA:14/05/2002 PÁGINA:145). 4. Remessa improvida. (TRF-1 - REOMS: 38029 MG 2000.38.00.038029-5, Relator: JUIZ FEDERAL MÁRCIO LUIZ COÊLHO DE FREITAS, Data de Julgamento: 26/02/2013, 1ª TURMA SUPLEMENTAR, Data de Publicação: e-DJF1 p.917 de 08/03/2013). (grifo nosso). PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. MANDADO DE SEGURANÇA. LITISPENDÊNCIA. JULGAMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA ANTERIORMENTE IMPETRADO (N. 17.377/DF). AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. NÃO OCORRÊNCIA DE COISA JULGADA MATERIAL. POSSIBILIDADE DE IMPETRAÇÃO DE NOVO WRIT DEVIDAMENTE ACOMPANHADO DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. 
1. Embora se verifiquea tríplice identidade entre o presente mandamus e aquele anteriormente impetrado (MS n. 17.337/DF),impõe-se considerar que a Primeira Seção desta Corte Superior, na assentada de 9 de novembro de 2011, denegou a ordem naquela ação mandamental, sob o fundamento de que "a a documentação juntada aos autos não é capaz de demonstrar, de forma inequívoca, a vinculação direta dos impetrantes, empregados do SERPRO, à Procuradoria da Fazenda Nacional no Estado da Paraíba, nem a data em que essa eventual vinculação teria se iniciado". Nessa esteira, decidiu-se pela ausência de prova documental préconstituída, fato que impediu análise do mérito da ação mandamental. 
2. Insta salientar que, embora a parte dispositiva do acórdão proferido nos autos do Mandado de Segurança n. 17377/DF tenha textualmente denegado a ordem, a fundamentação do julgado aponta no sentido de que não se examinou o meritum causae, pois a existência da prova pré-constituída é condição da ação mandamental, haja vista ser ela imprescindível para aferir a existência e delimitar a extensão do direito líquido e certo afrontado ou ameado por ato da autoridade impetrada. Por tal razão, inexiste óbice a propositura de nova ação com as mesmas partes, objeto e causa de pedir, desde que seja acompanhada de prova pré-constituída apta a demonstrar o alegado direito líquido e certo dos impetrantes. 
3. Agravo regimental não provido. (STJ - AgRg no AgRg no MS: 18692 DF 2012/0119802-9, Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, Data de Julgamento: 27/02/2013, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 06/03/2013)
BIBLIOGRAFIA GOMES JR., Luiz Manoel et al.; Comentários à Nova Lei do Mandado de Segurança: Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009. São Paulo: RT, 2009. MEIRELLES, Hely Lopes; WALD Arnold; MENDES, Gilmar Ferreira. Mandado de Segurança e Ações Constitucionais. 32. ed. São Paulo: Malheiros, 2009. Com colaboração de Rodrigo Garcia da Fonseca. DONIZETTI, Elpídio. Ações Constitucionais- 2º ed. São Paulo: Atlas, 2010. SALVADOR, Antônio Raphael Silva. Mandado de Segurança: doutrina e jurisprudência. 2º Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ESTRUTURA DO MANDADO DE SEGURANÇA
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA FAZENDA PÚBLICA DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA-PR.
AO JUÍZO DA .....
Endereçar ao juízo competente.
IMPETRANTE (qualificação completa, artigo 319 do CPC), por seu advogado no final assinado (qualificação), conforme procuração em anexo, vem impetrar o presente
MANDADO DE SEGURANÇA
com pedido de liminar (se for o caso)
em face de ato praticado pelo Sr. .... IMPETRADO (qualificar, se possível, indicar o nome, qualificação, cargo da autoridade coatora e endereço), o que faz com base no artigo 5º, LXIX, da Constituição Federal, Lei nº 12.016/2009, demais dispositivos legais aplicáveis a espécie, e pelos motivos de fato e de direito que a seguir passa a expor.
I- DOS FATOS.
.............
II- DO DIREITO.
Falar sobre:
a) Do cabimento do mandado de segurança.
- Artigo 5, inciso LXIX, da Constituição Federal, artigo 1º da Lei nº 12.016/2009.
b) Tempestividade.
Falar do prazo de 120 dias. Conforme artigo ...
c) Do Direito Líquido e Certo (prova pré-constituída)- Ilegalidade do ato praticado pela autoridade coatora.
Fundamentar a impetração do mandado de segurança. Demonstrar e explicar os fundamentos jurídicos da ação.
Direito material.
III- DA LIMINAR.
Fundamentar o pedido, demonstrando que estão presentes os requisitos para a concessão da medida liminar.
IV- DO PEDIDO.
Assim sendo, requer:
a) a concessão da medida liminar pleiteada para o fim de .....;
b) seja determinada a notificação da autoridade coatora para que preste as informações necessárias, no prazo de 10 dias (art. 7º, I, da Lei nº 12.016/2009);
c) que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito (art. 7º, II, da Lei nº 12.016/2009);
d) seja ouvido o representante do Ministério Público para que opine no feito (art. 12, da Lei nº 12.016/2009);
e) ao final, confirmada a liminar deferida, concedendo-se definitivamente a segurança pleiteada para que seja reconhecido o direito do impetrante ao ......;
f) a condenação do impetrado em pagamento das custas e despesas processuais.
Dá-se a presente o valor de R$ ......
Termos que,
P. Deferimento.
Curitiba,
ADVOGADO
Dia 08/04/2020
Ação monitoria – 
A AÇÃO MONITÓRIA - Trata-se de um procedimento especial;
 - Os requisitos estão previstos no Código de Processo Civil- visa, em síntese, atribuir força executiva a um título; 
- Por exemplo: o credor exige do devedor o pagamento de soma em dinheiro ou a entrega de coisa; -
 Mais célere. 
- Visa buscar o cumprimento da obrigação lastreada em prova escrita que demonstre razoavelmente sua existência;
 - Este documento não se configura um título executivo- se a parte tem um título executivo pode ajuizar a ação de execução;
 - mesmo com a perda da eficácia executiva do título ainda é cabível a cobrança por via de ação monitória; 
- o credor possui uma prova literal que representa o seu crédito, a vantagem é abreviar o caminho processual para a obtenção de um título executivo; 
- Às vezes, é possível optar entre a via ordinária e a monitória quando se tenha prova escrita que não seja título executivo. 
FUNDAMENTO LEGAL - Artigos 700 a 702, do Código de Processo Civil; 
“Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: 
I - o pagamento de quantia em dinheiro; 
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
 III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. 
§ 1o A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipadamente nos termos do art. 381. ”
 ● - OBJETO: Quantia, coisa fungível ou infungível, obrigação de fazer ou de não fazer.
 - PROVA ESCRITA: ex.: cheque prescrito sem força executiva, nota promissória sem força executiva. Atribuir força executiva, mais rápida. 
a) Provas escritas sem eficácia de título executivo; 
b) Não há rol na lei - a função dessa prova escrita é, em uma cognição sumária convencer o juiz da existência do direito; 
c) Verossimilhança nas alegações, idoneidade; 
d) Prova oral documentada. – ex.: conversa telefônica entre duas pessoas e um deles gravou e levou no cartório pra o tabelião registrar.
- LEGITIMIDADE: Quem vai propor? Autor- credor; Requerido- devedor. 
A PETIÇÃO INCIAL 
Requisitos da petição inicial da ação monitória (art. 700, CPC)
“§ 2o Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso: 
I - a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo; 
II - o valor atual da coisa reclamada; 
III - o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido. 
§ 3o O valor da causa deverá corresponder à importância prevista no § 2o, incisos I a III. 
§ 4o Além das hipóteses do art. 330, a petição inicial será indeferida quando não atendido o disposto no § 2o deste artigo. 
§ 5o Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo autor, o juiz intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedimento comum.
 § 6o É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública. 
§ 7o Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o procedimento comum.” 
PROCEDIMENTO – como vai funcionar?
“Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa. 
§ 1o O réu será isento do pagamento de custas processuais se cumprir o mandado no prazo. 
§ 2o Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade,se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702, observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial. 
§ 3o É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput quando ocorrer a hipótese do § 2o. 
§ 4o Sendo a ré Fazenda Pública, não apresentados os embargos previstos no art. 702, aplicar-se-á o disposto no art. 496, observando-se, a seguir, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial. 
§ 5o Aplica-se à ação monitória, no que couber, o art. 916.” 
DEFESA – tudo o que tem que ter em uma defesa.
“Art. 702. Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, nos próprios autos, no prazo previsto no art. 701, embargos à ação monitória. 
§ 1o Os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no procedimento comum. 
§ 2o Quando o réu alegar que o autor pleiteia quantia superior à devida, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado da dívida. 
§ 3o Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos serão liminarmente rejeitados, se esse for o seu único fundamento, e, se houver outro fundamento, os embargos serão processados, mas o juiz deixará de examinar a alegação de excesso. 
§ 4o A oposição dos embargos suspende a eficácia da decisão referida no caput do art. 701 até o julgamento em primeiro grau.” (grifo nosso). 
§ 5o O autor será intimado para responder aos embargos no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 6o Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de reconvenção à reconvenção. 
§ 7o A critério do juiz, os embargos serão autuados em apartado, se parciais, constituindo-se de pleno direito o título executivo judicial em relação à parcela incontroversa. 
§ 8o Rejeitados os embargos, constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, prosseguindo-se o processo em observância ao disposto no Título II do Livro I da Parte Especial, no que for cabível. 
§ 9o Cabe apelação contra a sentença que acolhe ou rejeita os embargos. 
§ 10. O juiz condenará o autor de ação monitória proposta indevidamente e de má-fé ao pagamento, em favor do réu, de multa de até dez por cento sobre o valor da causa. 
§ 11. O juiz condenará o réu que de má-fé opuser embargos à ação monitória ao pagamento de multa de até dez por cento sobre o valor atribuído à causa, em favor do autor.
 O PROCESSO (em síntese) - Proposta a ação monitória atendidos os requisitos legais;
- Expedição de mandado monitório para pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer; 
- Prazo de 15 dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa; 
- Se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos- constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial. 
OS EMBARGOS À MONITÓRIA - Apresentados em regra no próprio processo, independentemente de garantir o juízo; - Intimação do autor (impugnação); - Produção de provas; - Sentença. - Recurso. 
Como que funciona o processo em si? Chegou um cliente no escritório, a gente analisa a prova escrita e explicamos que podemos iniciar com um procedimento especial (ação monitória) e distribuímos pelo Projudi. A petição inicial vai concluso, vai para o juiz fazer a analise para ver se estão presentes os requisitos, subsidiariamente os requisitos do art. 319. Se não tiver presentes, o juiz vai determinar a emenda. 
O juiz recebendo a petição inicial e ao fazer a analise e se tiver algum vicio insanável ele pode indeferir a petição inicial desde já, ou mais para frente.
Distribui a ação monitoria, os autos foram conclusos, preencheu os requisitos junto com os documentos anexados, aqui vai ser expedido a decisão de pagamentos de tanto, ou no mesmo prazo ofereça embargos de decisão monitória. O que o devedor/ réu vai fazer?
Exemplos: 
1º Requerido recebe o mandado e de livre e espontânea vontade ele resolve pagar e deposita em juízo. Neste caso, ele vai ficar isento das custas e honorários sucumbenciais e os honorários advocatícios será fixado de 5% do valor da causa.
2º Oficial de justiça entrega o mandado de ação moratória, o réu não concorda e ele terá o prazo de 15 dias oferecer impugnação da ação monitória.
3º O oficial de justiça entregou o mandado monitório, citou ele, o réu ficou quieto e deixou transcorrer o prazo sem falar nada, em razão disso, vai ter uma certidão do Projudi, é intimado o advogado do autor e é instituído de pleno direito aquela prova escrito em titulo judicial.
CONSIDERAÇÕES
- Súmula 247, STJ – O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, acompanhado do demonstrativo de débito, constitui documento hábil para o ajuizamento da ação monitória. - Um título executivo que perdeu sua executividade, como um cheque prescrito, também é uma prova da existência do crédito- pode lastrear a monitória.
- Súmula 299, STJ – É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito.
- Súmula 504, STJ- O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título.
Datas de entrega das horas complementares – previsão data final para o protocolo é dia 30/05
18 horas complementares
Pesquisa jurisprudencial
Autos findos
Audiência online – até 8 (certificados e relatórios) – valendo1 hora cada uma.
Prova – uma petição inicial em rito ordinário, contestação ou mandado de segurança.
Data 15/04/2020
Revisão
Petição inicial com procedimento comum ordinário, mandado de segurança ou contestação (a prova vai ser uma dessas três peças).
4 peças – valor: 4,0 pontos.
Prova – valor: 6,0 pontos. 
24/04 – correção da prova.
30/05 – entrega das horas de prática.
Petição inicial com procedimento comum ordinário – tem condenação e honorários e no caso não vem com vara e nem autos.
Como vamos saber qual é a peça? Vai estar no caso.
Mandado de segurança – a resposta vai estar no problema. 1º não é de instrução probatória. 2º propor medida judicial. (art. 25 da lei.), aqui não tem.
Competência de Curitiba
Justiça comum / federal
Polo ativo – autor da ação
Art. 319, CPC
Endereçamento
Qualificação das partes (autor e réu) / advogado.
Profissão , endereço eletrônico 
Fundamentos jurídicos (artigos de lei)
Nome da ação – mais próximo possível (ex.: ação de reparação de danos decorrentes ao acidente de transito)
Tutela de urgência (deve fazer referencia e depois fundamenta na peça)
I – Fato – informação do caso, contando o que aconteceu.
II – Direito – , tem que indicar o fundamento legal e fazer o nexo causal para propor a ação e requisitos. Aqui podemos colocar o tópico da tutela de urgência (art. 300 CPC), se tiver.
III – Pedido – não pode faltar, se tem tutela de urgência, reitera aqui nesse tópico, (VII, art. 319), tudo que tiver artigo deve colocar, se tiver audiência, produção de provas.
Com base no ar. 98 CPC – justiça gratuita. 
Idoso – prioridade - art. 148, CPC
CONTESTAÇÃO
Vao vir as informações, mas vai vir a vara, números de autos irá ser contestação.
Competência de Curitiba
Justiça comum / federal
Art. 319, II CPC
Endereçamento
Qualificação das partes (autor e réu) / advogado.
Profissão , endereço eletrônico 
Fundamentos jurídicos (artigos de lei)
Oferecer / apresentar contestação nos autos na ação ... proposta por... (art. 336, CPC)
Nome da ação CONTESTAÇÃO
I – Fato – informação do caso, contando o que aconteceu.
Deve falar da tempestividade (audiência / na data da juntado do mandado / RA aos autos como termo de inicio – 15 dias uteis para a contestação.
 Art. 337, CPC
Art. 485
Prejudicial de mérito / prescrição e decadência – art. 
II – Direito – Art. 337, CPC
III – Pedido – art. 487, CPC
Matéria de defesa
Impugnação especifica, tópico por tópico.
Devem indicar o artigo e fazer o nexo causal.
Requerimento – intimação do autor para se manifestar para apresentar a réplica
Pedido de produção de provas (depoimento pessoal do autor) / oitivas de testemunhas / perícia técnica.

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