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Educação, Tecnologias e Sociedade - Unidade 2

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Prévia do material em texto

Aldenor Batista da Silva Junior 
Antônio José Araújo Lima 
Eder Ahmad Charaf Eddine 
(Organizadores) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aldenor Batista da Silva Junior 
Antônio José Araújo Lima 
Eder Ahmad Charaf Eddine 
(Organizadores) 
 
 
 
 
 
 
 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte, MG 
2021 
 
 
 
Copyright © 2021 by Aldenor Batista da Silva Junior, Antônio José 
Araújo Lima & Eder Ahmad Charaf Eddine 
Todos os direitos reservados 
 
Editor da Obra 
Lucas Yuri da Silva Rodrigues 
Arte da capa 
Victoria S. Mendes 
Diagramação 
Jurema A. Silva Drumond Rodrigues 
 
Conselho Editorial: 
Ana Helena Ithamar Passos 
Eliana Mariel D.de los Ríos 
Jorge F. Dantas Junior 
Kiusam de Oliveira 
Larissa de A. Silva 
Mariana F. dos Santos 
Pâmella Passos 
Patrícia G. Rufino Andrade 
Rita de Cássia V. da Costa 
Simone Silva Alves 
Sônia Guimarães 
Suely Dulce de Castilho 
 
Educação, tecnologias e sociedade. 1.ed. / Aldenor Batista da Silva 
Junior; Antônio José Araújo Lima; Eder Ahmad Charaf Eddine (Orgs.) 
– Belo Horizonte: Educação Transversal Edições, 2021, 310 p. 
 
ISBN: 978-65-994576-1-6 
 
1. Tecnologias. 2. Educação. 3. Ensino. 
I. Título. II. Silva Junior. III. Lima. IV. Charaf Eddine 
Todos os direitos desta edição reservados aos autores, organizador e editores. 
As revisões dos textos são de inteira responsabilidade dos autores. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
PREFÁCIO .................................................................................................. 07 
Jânio Fernandes e Silva 
 
JOGOS LÚDICOS COMO RECURSO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO NO 
ENSINO DE GEOGRAFIA ....................................................................... 11 
Lamisia Morais de Almeida e Oswaldo Palma Lopes Sobrinho 
 
SOFTWARES EDUCACIONAIS COMO FERRAMENTA DE 
AUXÍLIO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DA 
MATEMÁTICA .......................................................................................... 35 
José Ribamar Carvalho Filho, Marconi de Jesus Santos e Antônio José Araújo 
Lima 
 
AS CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS DA 
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E DO FACEBOOK NOS 
PROCESSOS DE ENSINO DA LEITURA E ESCRITA ......................... 59 
Francisco de Moura Barros e Oswaldo Palma Lopes Sobrinho 
 
FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE: O PAPEL DA 
DISCIPLINA ACESSIBILIDADE E A INFORMÁTICA INCLUSIVA 
DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INFORMÁTICA NA 
EDUCAÇÃO DO IFMA CAMPUS SÃO RAIMUNDO DAS 
MANGABEIRAS ........................................................................................ 87 
Hezita Batista de Sousa e Denilson Barbosa dos Santos 
 
A PERCEPÇÃO DO CORPO ACADÊMICO QUANTO A 
IMPLANTAÇÃO DO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL EM UMA 
INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR (IES) DE BALSAS-MA ...... 117 
Gilliard Ribeiro dos Santos e Antonio Lisboa da Silva 
 
 
 
INFORMÁTICA INCLUSIVA NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE 
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA: PERCEPÇÕES CONSTRUÍDAS POR 
PROFESSORAS DE SALAS COMUNS DA REDE MUNICIPAL DE 
ENSINO DE FORTUNA (MA) ............................................................... 145 
Cesanildo Vicente da Silva e Denilson Barbosa dos Santos 
 
IMPLEMENTAÇÃO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS EM ESCOLA 
PUBLICA MUNICIPAL DA CIDADE DE PEDREIRAS-MA: 
DESAFIOS E PERSPECTIVAS DAS METODOLOGIAS ATIVAS .... 175 
Evaldo Augusto Sousa Monteiro e Joelson de Sousa Morais 
 
ABORDAGEM ETNOBOTÂNICA E USO DE PLANTAS 
MEDICINAIS COM FINS TERAPÊUTICO POR ALUNOS NO 
ENSINO MÉDIO ...................................................................................... 207 
Marijara Tavares Souza, Zacarias Carvalho de Araújo Neto e Maurício dos 
Santos Araújo 
 
DA VOZ DA PROFESSORA À PALAVRA ESCRITA: VIVÊNCIAS 
NARRADAS E O ENSINAR COM A EDUCAÇÃO DIGITAL 
INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................... 241 
Reisimá Castro de Sousa, Aldenor Batista da Silva Junior, Ellery Henrique 
Barros da Silva e Eder Ahmad Charaf Eddine 
 
POTENCIALIDADES DA INCLUSÃO DIGITAL E DAS 
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO 
AMBIENTE ESCOLAR ........................................................................... 271 
Rayanne Marques Santana Rocha e Joelson de Sousa Morais 
 
SOBRE OS AUTORES ............................................................................. 299 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
7 
PREFÁCIO 
 
O Instituto Federal do Maranhão Campus São Raimundo 
das Mangabeiras (IFMA) tem mais de 11 anos de funcionamento 
na região Sul do Maranhão com oferta de cursos técnicos, de 
graduação e pós-graduação latu sensu, contribuindo 
significativamente com a formação profissional e cidadã de 
nossos alunos. A Educação à distância é uma modalidade de 
ensino que está nos oportunizando ultrapassarmos os nossos 
muros levando educação publica e de qualidade a diversos 
municípios do estado do Maranhão. 
O Campus São Raimundo das Mangabeiras (IFMA) 
reafirmou seu caráter inovador e precursor na área da formação 
e qualificação de pessoas ao criar a primeira Especialização na 
modalidade de Educação à Distância de nossa instituição. Hoje 
atuamos em mais de vinte e quatro municípios do estado do 
Maranhão. 
Foi com grande prazer que recebi o convite para prefaciar 
a presente coletânea, que reúne artigos de autoria de alunos do 
curso de Especialização em Informática na Educação na 
modalidade EaD, do Instituto Federal do Maranhão Campus São 
Raimundo das Mangabeiras (IFMA). A minha satisfação se deve 
em virtude da evolução na oferta de cursos do Campus São 
Raimundo das Mangabeiras, objetivando a verticalização do 
ensino e a qualificação na formação de nossos alunos. Além 
disso, esse excelente trabalho nos mostra o estimulo que esses 
autores estão tendo para o mundo da pesquisa científica e a 
produção do conhecimento. 
O desenvolvimento tecnológico trouxe grandes 
benefícios para a sociedade, como a ampliação do acesso à 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
8 
educação, que por outro lado, nos apresentou novos desafios a 
ser enfrentados e superados. O que devemos fazer, por exemplo, 
para garantir que o ensino a distância capacite e qualifique 
professores tão bons como os oriundos do ensino presencial e 
ainda, como fazer para que aconteça a interação e colaboração 
entre alunos em um ambiente virtual de aprendizagem? 
Esta coletânea organizada em forma de artigos tenta 
responder a questões dessa natureza, utilizando-se da 
investigação científica, seja pelo desenvolvimento de 
metodologias educacionais, seja pela interação social, seja pela 
disseminação do conhecimento simbolizada pela publicação do 
livro Educação, tecnologias e sociedade. 
Este livro reúne artigos de grande relevância educacional 
e social, que abordam desde aspectos históricos da inter-relação 
entre, educação, tecnologia e sociedade até possibilidades ainda 
pouco exploradas, passando por relatos de experiências e 
avaliações de casos reais de uso de tecnologias educacionais que 
visam contribuir com o fazer pedagógico. 
Analisar e discutir as diversas formas de ensino e de 
ensinar nos faz refletir sobre os conteúdos e as práticas 
pedagógicas a serem trabalhadas de forma a democratizar cada 
vez mais o acesso ao ensino, utilizando-se de ferramentas 
tecnológicas que visam a formação profissional da educação, 
como sendo a sua verdadeira plenitude no ato de ensinar. Estas 
são algumas temáticas que o leitor encontrará neste livro. 
Os artigos aqui apresentados trazem uma significativa 
reflexão sobre os ambientes virtuais de aprendizagem como 
espaços de realização de práticas pedagógicas. A multiplicidade 
de olhares sobre essa realidade mutante é uma característica 
importante deste livro. Estes espaços nos trazem oportunidades 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
9 
paradirimir as questões e ampliar as políticas publicas de acesso 
à educação nos mais diversos lugares deste estado e porque não 
do nosso país. 
Não poderia deixar de mencionar a significativa 
contribuição da Educação à Distância EaD na formação de 
pessoas com suas características e peculiaridades, 
oportunizando uma flexibilização com o intuito de torná-los 
autônomos e comprometidos com sua formação e com o fazer 
pedagógico. 
Por fim, os artigos escritos nesta obra estão marcados por 
oferecer-nos temáticas reflexivas e inspiradoras em relação ao 
fazer pedagógico e a transformação da educação. Aproveito para 
parabenizar os autores e deixar uma palavra de estímulo para 
que sejam os primeiros de muitos trabalhos científicos. 
Aproveito para convidar você leitor a enveredar pelas páginas 
desta brilhante obra. A mim, coube a tarefa de abrir as cortinas. 
 
Jânio Fernandes e Silva 
Diretor Geral do IFMA 
 Campus São Raimundo das Mangabeiras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
11 
JOGOS LÚDICOS COMO 
RECURSO DIDÁTICO-
PEDAGÓGICO NO ENSINO DE 
GEOGRAFIA 
 
Lamisia Morais de Almeida 
Oswaldo Palma Lopes Sobrinho 
 
INTRODUÇÃO 
 
Diariamente os professores se deparam com 
inúmeras dificuldades em transmitir seus conteúdos no 
ambiente escolar como à falta de infraestrutura nas escolas, 
de materiais adequados para o ensino, à compreensão dos 
pais, a atenção por parte dos alunos e com a disciplina de 
geografia não é diferente e chegam a enfrentar barreiras na 
hora de envolver os alunos nos conteúdos repassados e nas 
atividades propostas em sala de aula. Por isso, desenvolver 
novas estratégias didático-pedagógicas e recursos didáticos 
como o uso de jogos lúdicos visa instigar os alunos a 
aprender conteúdos mais produtivos, prazerosos e 
interessantes. 
No contexto educacional, o ensino tradicional não 
consegue despertar nos alunos questionamentos sobre o 
seu mundo e não proporciona aos professores condições 
dignas de trabalho (CALLAI, 2003). Do ponto de vista 
didático têm sido observadas as necessidades que os 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
12 
professores sentem no seu cotidiano escolar almejando um 
ambiente agradável, atraente e diversificado. Em 
contrapartida, nem sempre conseguem, pois algumas vezes 
o tempo e os recursos didáticos necessários, bem como a 
infraestrutura adequada não são disponibilizados nas 
redes de ensino público. 
Muitos são os desafios enfrentados pela educação e 
por isso, novas estratégias e metodologias de ensino se 
tornam importantes para articular a práxis no ambiente 
escolar, o saber não se reduz, exclusiva ou principalmente, 
aos processos mentais, cujo suporte é a atividade cognitiva 
dos indivíduos, mas é também um saber social que se 
desponta nas relações complexas entre professores e alunos 
(TARDIF, 2002). Portanto, é importante que a prática 
pedagógica de professores de geografia seja dinâmica, 
participativa e reflexiva buscando sempre associar os 
conteúdos abordados com a realidade dos alunos 
rompendo com o modelo de ensino mecanizado e 
descritivo que pouco chama a atenção. 
A falta de motivação tem sido uma problemática de 
ponta na educação devido à comprovação de que a sua 
ausência representa a queda de estímulo pessoal e, 
consequentemente, influenciará de forma negativa no 
processo de ensino-aprendizagem (MORAIS, 2007). Por 
isso, torna-se importante buscar alternativas para a forma 
de lecionar e os jogos lúdicos surgem como uma ferramenta 
didática que auxiliam os professores nas mais diversas 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
13 
atividades de ensino podendo ser abordado em qualquer 
temática oportunizado aos alunos a absorção de conteúdos 
de forma mais simples e prazerosa melhorando o processo 
de ensino-aprendizagem. 
O modelo de ensino tradicional tem sido 
superado com a atividade lúdica, pois com ela os 
alunos deixam a sua acomodação para uma melhor 
assimilação dos conteúdos repassados em sala de aula 
oportunizando melhorias da capacidade cognitiva e 
tornando o processo de ensino-aprendizagem mais 
significativo. Partindo desse pressuposto, a participação 
dos alunos na construção e/ou confecção de materiais, a 
visualização e o contato vão garantir o desenvolvimento 
com o trabalho em equipe, a maturidade intelectual, a 
concentração, o respeito e as noções sobre o espaço 
geográfico, entendendo o que se passa no mundo, 
relacionando situações do cotidiano com a realidade que 
vive (SAWCZUK, MOURA, 2012). 
Estudos realizados por Smole; Diniz; Candido 
(2007); Castrogiovanni (2007); e Castellar; Vilhena 
(2010) têm demostrado que o uso de jogos lúdicos em 
sala de aula enriquece a maneira como os alunos lidam 
com os conteúdos mais complexos que geram maiores 
dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. 
Diante do exposto, objetivou-se com este estudo 
propor a utilização de jogos lúdicos no ensino de 
geografia evidenciando a sua importância para o 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
14 
processo de ensino-aprendizagem e caracterizar como 
recurso didático-pedagógico de ensino. 
 
METODOLOGIA 
 
O presente estudo descritivo de natureza qualitativa 
e como procedimento metodológico de coleta de dados 
realizou-se a pesquisa bibliográfica tendo como aporte 
teórico as contribuições dos estudiosos Lopes (2005); 
Passini (2007); Huizinga (2008); Kaercher (2009); Morais 
(2013) e Francisco (2020) buscando abordagens sobre o 
tradicionalismo no ensino de geografia, novas 
metodologias no seu ensino, o uso da ludicidade como 
suporte pedagógico e maneiras de transformar os jogos 
utilizados no dia a dia em instrumentos de aprendizagem 
de maneira didática. Entretanto, esse tipo de pesquisa 
fornece uma gama de informações permitindo a utilização 
de dados dispersos em diversas publicações, auxiliando na 
construção e nas definições do quadro conceitual que 
abrange o objeto de estudo proposto (GIL, 1994). 
Realizou-se uma revisão integrativa fundamentada 
no Manual de Revisão Bibliográfica Sistemática Integrativa 
(2014), que é composta por cinco distintas etapas, tais como 
o estabelecimento do problema, a seleção da amostra, a 
caracterização dos estudos, as análises e discussão dos 
resultados e a apresentação (BEYEA; NICOLL, 1998) e 
conduzida pelas questões norteadoras: de que forma os 
jogos lúdicos podem influenciar no ensino de geografia e 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
15 
qual a sua importância? Como o ensino tradicional tem 
afetado os alunos? os jogos lúdicos podem ser utilizados 
como materiais didáticos? a ludicidade garante aos 
professores melhorias na forma de lecionar os conteúdos? 
A investigação e o levantamento de artigos em 
periódicos especializados, trabalhos de conclusão de curso, 
dissertações e teses foram concretizados nas bases de dados 
SciELO, Scopus, Web of Science e Google acadêmico com 
abordagens na íntegra sobre a temática em questão 
referente à revisão integrativa nos últimos 27 anos. Como 
palavras-chave para a busca utilizou-se “jogos lúdicos”, 
“recursos didático-pedagógicos” e “ensino de geografia” 
em português e “playful games”, “didactic-pedagogical 
resources” and “geography teaching” em inglês. 
A seleção dos artigos foi realizada por meio da 
leitura do título e do resumo, e uma vez apropriada 
realizaram-se a apreciação, bem como as análises dos 
documentos de maneira descritiva visando reunir os 
conhecimentos adquiridos sobre a temática abordada na 
revisão integrativa. 
 
O ENSINO DE GEOGRAFIA 
 
A geografia é uma ciência que tem como objeto 
principal de estudo o espaço geográfico que corresponde 
ao palco das realizações humanas e recebe diferentes 
significados: de uma forma genéricaa palavra geo significa 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
16 
Terra e grafia a descrição da Terra. Essa descreve todos os 
elementos contidos na superfície do planeta como a 
atmosfera, a hidrosfera, a litosfera e a biosfera ou esfera da 
vida (onde se desenvolve a vida), além da interação desses 
elementos com os seres vivos (FRANCISCO, 2020). De 
acordo com o autor supracitado, é muito mais abrangente 
do que se costuma presumir e na maioria das vezes é 
conceituada de forma rasa e sem parar para estudar todas 
as suas nuances. Por conseguinte, o ensino de geografia 
deve ser construído baseado na sensibilidade, na 
capacidade de perceber o mundo aliando o conhecimento 
científico e tecnológico valorizando o respeito aos 
indivíduos e à natureza que os cercam e, principalmente, 
valorizando a vivência dos alunos e o ambiente no qual está 
inserido. 
Para ensinar a geografia é necessário que o professor 
se encante e encante o aluno com uma práxis pedagógica 
que o faça descobrir e compreender a geografia como 
ciência, arte e vida (MORAIS, 2013). Com isso, a 
compreensão do mundo em que se vive vai além de uma 
descrição simplista dos estados que o compõem, mas 
depende, dentre outros elementos, da capacidade de 
distinguir as relações entre fenômenos de diversas 
naturezas, compreender a lógica de cada um e as 
implicações a partir das relações no mundo. Por isso, 
abordar as novas metodologias utilizadas em sala de aula 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
17 
favorece melhor aprendizado por parte dos alunos e facilita 
aos professores na hora de ministrar os conteúdos. 
A Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2018, p. 
35) reforça quê: 
 
Estudar geografia oportuniza compreender o mundo 
em que se vive, na medida em que esse componente 
curricular aborda as ações humanas construídas nas 
distintas sociedades existentes e regiões do planeta. 
Ao mesmo tempo em que, a educação geográfica 
contribui para a formação do conceito de identidade, 
expresso de diferentes formas: na compreensão 
perceptiva da paisagem, que ganha significado à 
medida que, ao observá-la, nota-se a vivência dos 
indivíduos e da coletividade; nas relações com os 
lugares vividos; nos costumes que resgatam a nossa 
memória social; na identidade cultural; e na 
consciência de que somos sujeitos da história, 
distintos uns dos outros e, por isso, convictos das 
nossas diferenças. 
 
De modo geral, a geografia é importante no estudo e 
na vida dos alunos e é por meio dessa ciência que o ser 
humano se localiza no espaço onde mora, pois não basta ter 
os conhecimentos científicos e habilidades é necessário 
saber como transportar e/ou transmiti-los para a realidade 
do aluno. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) 
mencionam que é frequente o abandono de conteúdos 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
18 
fundamentais de geografia como as categorias de nação, 
lugar, território e espaço geográfico para modismos que 
buscam a sensibilização dos alunos para temáticas atuais 
sem a preocupação de promover à compreensão de fatores 
que delas são as causas ou decorrências e a memorização 
têm sido praticada no ensino da geografia (BRASIL, 2001, 
p. 35). Portanto, visando medidas para melhorar o ensino 
foram elaborados nos PCNs de geografia terceiro e quarto 
ciclo do Ensino Fundamental propostas objetivando que os 
alunos construam um conjunto de conhecimentos, 
referentes aos conceitos, procedimentos e atitudes, 
relacionadas à geografia. 
O ensino de geografia vem mudando sensivelmente, 
embora ainda longe de atingir a maior parte do 
professorado, ou seja, se não houver uma mudança que 
modifique o jeito de ministrar às aulas, nesse contexto, o 
ensino continua desacreditado, pois os alunos no geral não 
têm mais paciência para ouvir os professores tornando 
necessário fazer com que os alunos percebam a importância 
do espaço geográfico na constituição de sua 
individualidade e da sociedade da qual faz parte 
(KAERCHER, 2009). 
Portanto, a geografia possibilita que os alunos 
ampliem hábitos e construam valores expressivos para a 
vida em sociedade e com isso, os conteúdos aplicados 
devem levar a compreensão e a construção de uma 
identidade com o lugar onde vivem, interagindo as 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
19 
vivências e acontecimentos locais com os processos 
globais. É importante que a escola e os professores 
valorizem as experiências dos alunos adquiridas fora do 
contexto escolar para que o debate sobre os conteúdos 
abordados em sala de aula façam sentido para a 
compreensão e a interação dos alunos. 
 
O LÚDICO NO ENSINO DE GEOGRAFIA 
 
A palavra ludicidade, embora bastante utilizada no 
contexto da educação, não existe no dicionário da língua 
portuguesa e nem tampouco em outras línguas. Além 
disso, não dispomos de nenhuma outra palavra que 
encapsule toda a gama de significados que lhe são 
atribuídos e a discursão sobre os múltiplos conceitos da 
palavra vem da origem semântica do latim Ludos, que 
significa jogo, exercício ou imitação (LOPES, 2005; 
HUIZINGA, 2008). E ainda não se limita apenas aos jogos, 
as brincadeiras e aos brinquedos, ela está relacionada a toda 
atividade livre e prazerosa, podendo ser realizada em 
grupo ou individual. Portanto, são atividades de caráter 
livre para que uma brincadeira seja considerada lúdica ela 
deve ser de escolha da criança participar ou não dela 
(BROUGÈRE, 2010). 
Por ser um conceito complexo, a ludicidade é 
percebida de formas distintas em contextos históricos. Na 
contemporaneidade, de maneira análoga, o lúdico é 
entendido pelos pesquisadores que o estudam a partir de 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
20 
diferentes enfoques antropológico, sociológico e 
psicopedagógico. As visões sobre o jogo e o lúdico se 
multiplicam, a depender do enfoque científico abordado e 
da visão e formação do autor estudado. No entanto, na sua 
maioria o jogo estar na gênese do pensamento, da 
descoberta de si mesmo, da possibilidade de experimentar, 
de criar e de transformar o mundo (ROJAS, 2002). Com 
isso, essa investigação surge pela necessidade de descrever 
a incorporação do lúdico na prática do professor e os 
benefícios para o processo de ensino-aprendizagem dos 
alunos, limitando-se a identificar as facilidades e 
dificuldades. Reforçando esse pensamento, Passini (2007, 
p. 120) relata quê: 
 
Os jogos podem ser adaptados para explicação de 
conceitos trabalhados, como reforço ou como 
avaliação. Por exemplo: é possível construir um 
dominó com a combinação de explicitação de noções 
com o respectivo vocabulário; no “super trunfo”, 
além da forma sugerida pelo produtor, podem-se 
desafiar os alunos a formar grupos como regiões de 
língua, grupos de países exportadores e/ou 
importadores de determinados produtos, índices de 
desenvolvimento humano (IDH) etc. 
 
Portanto, os jogos comuns podem ser adaptados 
para serem utilizados no contexto escolar e os alunos se 
deparam com desafios que exigem deles uma rápida 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
21 
tomada de decisões a fim de desvendar o objetivo e o 
ensinamento dos jogos oportunizando desenvolver suas 
habilidades cognitivas, a vivência em novas situações, bem 
como os preparam para superar novos desafios. 
Durante as aulas de geografia boa parte dos alunos 
não lhes dá o devido valor e não buscam seu próprio 
posicionamento diante dos conhecimentos abordados. 
Com isso, muitos passam do pressuposto de que a 
geografia é uma disciplina de menor necessidade para a 
vida do aluno, quando comparada às outras matérias, isso 
é elemento de uma cultura que só se enfoca no imediatismo 
do ensino, e não ver que a mesma não serve apenas para 
reter nomes de rios, regiões, países, altitudes e etc. Nessa 
primeira década do século XXI, a geografia mais do que 
nunca coloca os seres humanosno centro de preocupações, 
por isso pode ser considerada sobre uma reflexão sobre a 
ação humana em todas as suas dimensões, na realidade, ela 
é um instrumento de poder para aqueles que detêm os seus 
conhecimentos (CASTROGIOVANNI, 2007). 
Na verdade, o estudo da geografia nos torna um ser 
crítico com a realidade em que se vive e proporciona a 
oportunidade de entender melhor o mundo. Nas aulas 
tradicionais, a geografia é vista apenas como uma 
disciplina com necessidade de memorização, diminuindo a 
sua importância para os alunos, distanciando de seu 
principal papel e ficando na mão de poucos o conhecimento 
de seu verdadeiro significado. Por isso, que a busca por 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
22 
novas metodologias e modelos didáticos pedagógicos 
podem mudar a forma que a disciplina é apresentada e uma 
dessas metodologias que é bastante eficaz é a introdução da 
ludicidade em sala de aula (CASTROGIOVANNI, 2007). 
O professor deve utilizar recursos didáticos que 
estimulem os alunos (aulas práticas, utilização de 
maquetes, fotografias aéreas, imagens de satélite, recursos 
lúdicos, entre outros) evitando aulas tradicionais. A 
utilização de metodologias puramente teóricas nas aulas de 
geografia promove o desinteresse por parte dos alunos em 
relação à disciplina (BRASIL, 2001). Portanto, uma 
alternativa viável para que as aulas se tornem mais 
dinâmicas, estimulantes e despertem a criatividade dos 
alunos é a utilização da educação lúdica como recurso 
metodológico. 
A organização dos alunos com relação aos jogos e o 
ponto aonde a diferença desse meio de lecionar busca 
desenvolver e compreender sua psique, auxiliando no 
processo de ensino e aprendizagem inserindo jogos lúdicos 
nos mais diferentes conteúdos possibilitando uma 
exploração nas diversas áreas ficando acessível a toda 
comunidade escolar. Os jogos e brincadeiras são elementos 
valiosos no processo de apropriação do conhecimento, pois 
permitem o desenvolvimento de competências no âmbito 
da comunicação, das relações interpessoais, da liderança e 
do trabalho em equipe, utilizando a relação entre 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
23 
cooperação e competição em um contexto formativo 
(MIRANDA; GONZAGA; COSTA 2016). 
Brasil (2008) corrobora com esse pensamento e 
menciona quê: 
 
O jogo oferece o estímulo e ambiente propício que 
favorecem o desenvolvimento espontâneo e criativo 
dos alunos, permite o professor ampliar seu 
conhecimento de técnicas ativas de ensino, 
desenvolver capacidades pessoais e profissionais 
para estimular nos alunos a capacidade de 
comunicação e expressão, mostrando-lhes uma nova 
maneira, lúdica, prazerosa e participativa de 
relacionar-se com o conteúdo escolar, levando uma 
maior apropriação dos conhecimentos envolvidos. 
 
Por conseguinte, as atividades lúdicas possibilitam a 
assimilação de novos conhecimentos e desenvolve o 
processo de ensino-aprendizagem alcançando o sucesso e 
resultando na satisfação de professores e estudantes. Nesse 
mundo de transformações e grande desenvolvimento 
tecnológico, os alunos tendem a si desconcentrar e perdem 
o “foco” rapidamente tornando-se relevante o uso de novas 
metodologias, como é o caso do lúdico. 
 
 
 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
24 
O JOGO COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO NAS 
AULAS DE GEOGRAFIA 
 
A assiduidade e o envolvimento dos alunos com as 
aulas são fatores determinantes no (in)sucesso do processo 
ensino-aprendizagem. Percebe-se ainda nos dias atuais que 
o ensino de geografia continua seguindo o modelo 
tradicional. Em decorrência desses problemas, o sistema 
educacional apresenta falhas. Então, novas metodologias 
devem ser utilizadas para tentar envolver os alunos, como 
a prática no uso da ludicidade em sala de aula. 
O ensino deveria possibilitar aos alunos a 
compreensão de como ocorre à transformação no mundo 
de forma abrangente para que possam identificar com 
fundamentos as informações adquiridas com as inovações. 
Pois a partir desse argumento saberá interagir com o 
mundo e relacionar a geografia com o seu cotidiano. Nesse 
sentido, Segundo Bettio e Martins (2002) reforçam quê: 
 
Até o momento atual, a própria escola não mudou, 
os modelos didáticos evoluíram, porém a maneira 
como o aluno era impulsionado para um novo 
estágio continuou a mesma. A avaliação, de uma 
maneira cruel, avalia pessoas diferentes de maneiras 
iguais. Para que o modelo de avaliação pudesse ser 
modificado, seria necessário adequar todo o sistema 
de ensino, onde pessoas diferentes deveriam ser 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
25 
ensinadas e avaliadas de maneiras distintas, pois 
números não definem pessoas, conhecimento sim. 
 
Considerando que fornecer conhecimentos 
relevantes possa servir de aporte cultural para o jovem 
participar ativamente da sociedade moderna, as novas 
estratégias de ensino tem que ser orientadas no sentido de 
permitir que o aluno tenha um aprendizado significativo, 
ou seja, algo que o faça perceber um sentido nas coisas que 
aprende relacionável entre si e que possam ter uma 
aplicação para o seu dia a dia. Nesse viés, Nunes (2004) 
relata quê: 
 
No geral, o elemento que separa o jogo pedagógico 
de outro de caráter apenas lúdico é este: desenvolve-
se o jogo pedagógico com a intenção de provocar a 
aprendizagem significativa, estimula a construção de 
um novo conhecimento e principalmente de 
despertar o desenvolvimento de uma habilidade 
operatória, ou seja, o desenvolvimento de uma 
aptidão ou capacidade cognitiva e apreciativa 
especifica que possibilita a compreensão e a 
intervenção do indivíduo nos fenômenos sociais e 
culturais e que o ajude construir conexões. 
 
De modo geral, não se avalia as condições 
individuais de aprendizagem, mas o comprometimento do 
aluno frente às atividades propostas pelo professor. Sabe-
se que o grande problema na educação tem sido despertar 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
26 
no aluno o interesse pelos conteúdos que são ministrados e 
não se apropriarem do receio dos alunos em serem 
reprovados. Por isso, a utilização de jogos lúdicos como 
recurso didático-pedagógico no ensino de geografia pode 
se tornar tão relevante. 
Nessa linha de pensamento, Jiménez e Gaite (1995, 
p. 83): 
 
(...) jogos de simulação são para a Geografia, e as 
ciências sociais em geral, como as experiências de 
laboratório para as ciências experimentais. O 
Geógrafo não consegue reproduzir no laboratório os 
fatos e fenômenos que estuda, o reproduzem 
recorrendo à simulação e ao jogo. Isto permite 
abordar com simplicidade certos temas de caráter 
complexo, (...) sendo adequadas ao processo de 
ensino – aprendizagem (...). 
 
A história dos jogos na disciplina de geografia vem 
se desenvolvendo ao longo dos anos e o que se percebe é 
que assim como as demais disciplinas, o ensino tradicional 
tem se desgastado muito, isso no mundo atual, moderno e 
informativo. Com isso, o professor não é mais o provedor 
de conhecimento e sim o mediador da aprendizagem entre 
o aluno e os conteúdos abordados. De acordo com 
Medeiros; Santos; Patricio (2018): 
 
Jogos como o jogo da velha abordando os problemas 
ambientais e urbanos, o caça-palavras com o 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
27 
conteúdo aspectos geográficos do Brasil e as 
transformações das paisagens, o jogo da memória 
com o conceito dos biomas, palavras cruzadas 
desenvolvendo o meio sustentável, além do bingo 
geográfico deixa a aula mais dinâmica, é interessante 
destacar que esses jogos produzidos e desenvolvidos 
pelos discentes são pertinentes a qualquer assunto, 
bem como a qualquer disciplina, adaptando à sua 
necessidade e à sua realidade. 
 
Os jogos desenvolvidos nas aulas tem que ser 
idealizados tanto pelos professores, quanto pelos alunos 
valorizando o “fazer” associando ao aprendizado,a 
produção dos mesmos não pode demandar muitos custos 
para poder ser inseridos na realidade de qualquer aluno. 
De acordo com a visão dos professores, o aprender é muito 
mais eficaz quando associado à prática. Nesse mesmo 
pressuposto Francisco (2019) menciona quê: 
 
Os jogos devem ser realizados de modo que haja 
compatibilidade com o ensino da geografia, uma boa 
forma de se confeccionar jogos e promover a 
Educação Ambiental é por meio da utilização dos 3 
R`s reduzir, reutilizar e reciclar. Essas metodologias 
visam à interação e à conscientização ambiental dos 
estudantes. Primeiramente, elucide o que é essa 
política em seguida desenvolva os jogos como: 
boliche (com garrafas pets), dama (com tampinhas 
de garrafa) e portas-objeto (com latinhas). 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
28 
 
Mendonça (2001) demonstra o caráter heterogêneo 
da geografia, por se alinhar as ciências da natureza, 
humanas e etc. Por isso, a geografia é uma das disciplinas 
curriculares com maior potência na aplicação dos jogos e 
brincadeiras em atividades de articulação entre os 
conteúdos escolares e a vida cotidiana dos alunos, pois 
propõe trabalhar o espaço de convívio imediato abordando 
os aspectos físicos, econômicos e sociais. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os jogos lúdicos auxiliam no processo de ensino-
aprendizagem demonstrando que quando inseridos como 
recurso didático-pedagógico no ensino de geografia torna 
mais fácil aprender um conteúdo e desperta maior interesse 
dos alunos. Nesse sentido, a utilização de jogos na escola 
toma fôlego como uma das estratégias possíveis para a 
construção do conhecimento proporcionando melhor 
desempenho e envolvimento dos alunos nas atividades 
realizadas no espaço escolar. Quando existe a aplicação de 
atividades sem suporte lúdico é necessário maior esforço 
para alcançar a atenção dos alunos e para obter um retorno 
sobre o conteúdo com que se desejou trabalhar. 
Os materiais didáticos fazem parte do cotidiano dos 
alunos, mas sabe-se que muitas das vezes, quando 
disponíveis nas escolas provêm de lugares tão distantes 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
29 
que não condizem com a realidade dos alunos. O ensino da 
geografia assim como as demais disciplinas vem 
desenvolvendo novas metodologias que busquem levar 
lado a lado o método tradicional com novos modelos de 
repassar os conteúdos para seus alunos. 
O uso de jogos lúdicos na disciplina de geografia 
traz para o ambiente escolar um apreender prazeroso e 
satisfatório favorecendo o convívio de múltiplas trocas de 
conhecimento, buscando tornar o papel do professor mais 
qualificativo e aprimorado, oportunizando a construção 
dos conceitos geográficos que se fazem importantes e 
necessários para a formação de cidadãos críticos e 
conscientes frente à realidade vivida e melhorias no 
processo de ensino-aprendizagem. 
 
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http://www.linguaestrangeira.pro.br/artigos_papers/ludico_linguas.htm
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
35 
SOFTWARES 
EDUCACIONAIS COMO 
FERRAMENTA DE AUXÍLIO 
NO PROCESSO ENSINO 
APRENDIZAGEM DA 
MATEMÁTICA 
 
José Ribamar Carvalho Filho 
Marconi de Jesus Santos 
Antônio José AraújoLima 
 
INTRODUÇÃO 
 
Atrair os discentes para a disciplina de matemática 
torna-se um grande desafio para os professores. Nesse 
sentido, as tecnologias digitais estão, cada vez mais, 
ganhando espaço na vida dos alunos. O entendimento, 
então, do uso dessas tecnologias pode possibilitar aulas 
diferentes para o melhor aprendizado do conteúdo. Assim, 
tecnologias digitais não podem ficar de fora na perspectiva 
de um aprendizado significativo (FERONATO, 2012). 
Os educadores, tem pela frente desafios para 
encontrar formas de utilizar softwares educacionais no 
processo de ensino-aprendizagem e ampliar as práticas 
pedagógicas; além de compreender o processo de formação 
de conceitos científicos, pois as tecnologias de informação e 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
36 
comunicação já estão potencializadas na sociedade e a 
maioria dos alunos faz uso desse recurso para diversos fins. 
No âmbito da matemática, os educadores tem outro 
desafio, pois muitos alunos consideram a disciplina difícil, 
que tira a tranquilidade, devido à quantidade de situações 
que envolvem os números (DINIZ, 2011; OLIVEIRA, 2015). 
A tecnologia marca sua presença e, tendo em vista a 
necessidade essencial do ser humano de estar em constante 
processo de crescimento, as diferentes formas de formação 
para os educadores contemplando o uso da informática em 
educação têm apontado possibilidades de transpor 
fronteiras, de realizar uma renovação no pensar 
pedagógico e de acrescentar novos significados aos 
conteúdos curriculares (RAMOS, 2014). 
Diante da necessidade de mudanças na educação, 
Martines (2008) enfatiza: 
 
É importante refletir sobre a questão da formação 
continuada em ambiente informatizado para 
professores. Essa proposta, ao mesmo tempo em que 
possibilita adquirir conhecimentos teóricos, promove 
a apropriação de informações sobre a utilização das 
ferramentas disponíveis nos programas, que servirão 
de instrumento para a elaboração de projetos de 
aprendizagens para o ensino da matemática, além de 
promover discussões com o objetivo de promover 
um diálogo entre a teoria e a prática, desenvolver 
atividades com a utilização de multimídias e de 
diferentes metodologias, que possam estimular os 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
37 
educadores a participar da formação continuada, 
colocando-os diante do compromisso de 
acompanhar a evolução tecnológica e auxiliar os 
professores de matemática das suas escolas na 
formação de conceitos básicos. Assim, cabe às 
Secretarias municipal e estadual, instituições 
escolares promover espaço para que o professor 
se prepare para acompanhar seus alunos na era 
cibernética (SIVERIS, 2008, p. 39-40). 
 
Outro ponto debatido é o da informática como um 
problema ou solução para educação. Esse tem sido um tema 
de debate recorrente nas últimas duas décadas no Brasil, e, 
há um pouco mais de tempo, em outros lugares do mundo. 
Talvez ainda seja possível lembrar dos discursos sobre o 
perigo que a utilização da informática poderia trazer para a 
aprendizagem dos alunos. Um deles era a questão do aluno 
só apertar teclas e obedecer a orientação dada pela 
máquina. Isso contribuiria, ainda mais, para torná-lo um 
mero repetidor de tarefas. Por outro lado, ocorre mais 
recentemente, argumentos que apontam “o computador” 
como a solução para os problemas educacionais. 
Entretanto, diferente do que acontece quando se trata de 
apontar os perigos, nem sempre aparece de forma explícita 
para qual problema o computador é a solução. Nem sempre 
é feita a pergunta: “qual é o problema?” ou “qual é o 
problema para o qual o computador é a resposta?” Em 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
38 
particular, essa pergunta também faz sentido na educação 
matemática. (BORBA, 2019). 
Buscou-se neste trabalho apresentar o uso de 
softwares educacionais como ferramenta de auxílio no 
processo ensino aprendizagem da Matemática. 
 
METODOLOGIA 
 
Esta pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica 
com enfoque descritivo, sendo efetivada com base em 
publicações científicas selecionadas na base de dados 
Google Acadêmico, compreendendo o período de 2007 a 
2020. O levantamento bibliográfico foi realizado entre os 
meses de novembro de 2019 a março de 2020. 
Para seleção dos artigos, foram utilizados os 
seguintes descritores: “educação”, “informática”, 
“matemática”, que foram combinados entre si, para evitar 
a perda de publicações relevantes. Utilizou-se como 
critérios de inclusão: artigos no idioma português e inglês, 
publicados a partir de 2007, com temática envolvendo: “ 
informática na educação de matemática”. Podendo as 
publicações ser pesquisa quantitativa, qualitativa, 
exploratória, revisão bibliográfica, ou estudo de caso. 
Na busca inicial foram analisados os títulos e 
posteriormente os resumos dos artigos para a seleção de 
prováveis publicações de interesse. Assim, foram 
catalogados 20 artigos científicos referentes à temática 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
39 
estudada, sendo que desse total, na primeira seleção 
(análise dos títulos) obteve-se 15 artigos potencialmente 
relevantes, após a segunda seleção (análise dos resumos) 
restaram apenas 10 artigos, foram lidos na íntegra e 
analisados de forma criteriosa. 
A análise dos dados foi pautada na temática 
informática na educação de matemática, onde foram 
verificadas as concordâncias e discrepâncias apontadas 
pela literatura consultada. Após a identificação das ideias 
definidas de cada autor, foi feita uma análise crítica dos 
artigos e os resultados foram organizados e apresentados 
por meio de figuras referente as atividades propostas, como 
exemplos dos softwares; e assim feito a explicação para 
utilização em sala de aula. 
A organização dos dados seguiu um tópico central: 
Uso de Software Educacional para o Ensino da Matemática, 
com os seguintes subtópicos: a) GeoGebra, b) Microsoft 
Excel e c) PhET Simulações Interativas. Tais programas 
recomendados por vários autores, considerados referência 
no ensino da matemática. Nos tópicos dos softwares, foram 
construídos, exemplificações práticas, da utilização deles. 
 
 
 
 
 
 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
40 
RESULTADO E DISCUSSÃO 
 
Uso De Software Educacional Para O Ensino Da 
Matemática 
 
Para Siveris (2008) a dificuldade que se coloca aos 
educadores matemáticos é encontrar um modo de se 
utilizarem de softwares educacionais nas aprendizagens 
matemáticas como recurso para dinamizar, diferenciar e 
ampliar as práticas pedagógicas e compreender o processo 
deformação de conceitos científicos, pois a tecnologia já está 
potencializada na sociedade e a maioria dos alunos utiliza 
as tecnologias de informação e comunicação para diversos 
fins. 
Existem vários softwares no mercado que podem 
auxiliar o professor no processo de ensino-aprendizagem 
da matemática a partir das tecnologias digitais, e estes são 
exemplificados o uso nos livros didáticos, tais como: 
GeoGebra, Microsoft Excel e PhET Simulações Interativas. 
Eles estão abaixo descritos e exemplificados para 
demonstração de seu uso. 
 
Geogebra 
 
O Geogebra é um software grátis que pode ser 
baixado em computadores e smartphones, prático para ser 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
41 
utilizado em aulas da disciplina de matemática em vários 
níveis. 
Este software foi: 
 
Criado por Markus Hohenwarter, o GeoGebra é um 
software gratuito de matemática dinâmica 
desenvolvido para o ensino e aprendizagem da 
matemática nos vários níveis de ensino (do básico ao 
universitário). O Geogebra reúne recursos de 
geometria, álgebra, tabelas, gráficos, probabilidade, 
estatística e cálculos simbólicos em um único 
ambiente. Assim, o GeoGebra tem a vantagem 
didática de apresentar, ao mesmo tempo, 
representações diferentes deum mesmo objeto que 
interagem entre si. Além dos aspectos didáticos, o 
GeoGebra é uma excelente ferramenta para se criar 
ilustrações profissionais para serem usadas no 
Microsoft Word, no Open Office ou no LaTeX. Escrito 
em JAVA e disponível em português, o GeoGebra é 
multiplataforma e, portanto, ele pode ser instalado 
em computadores com Windows, Linux ou Mac OS. 
(BORTOLOSSI, 2010). 
 
A seguir, uma situação de uso do GeoGebra no 
estudo de trigonometria, construindo gráficos das funções 
seno e cosseno para alunos do ensino médio. Segue abaixo 
o passo a passo para execução da atividade. 
• Acesse o site www.geogebra.org e clique em 
“Baixar aplicativos”, para tê-lo instalado no computador, 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
42 
ou em “Start calculator”, para usá-lo on-line. Optando por 
utilizar a versão on-line, você deve clicar no botão 
“Álgebra”; a tela que abrirá está na Figura 1. 
 
Figura 1: Primeira tela do GeoGebra. São Luis-MA, 2020. 
 
 
Fonte: autor 
Depois de acessar o programa, faça os exercícios a 
seguir. 
Construa o gráfico das funções f(x) = sen x e g(x) = cos x, 
como a seguir. Para isso siga os passos: 
• 1º passo: No campo Entrada de comando (situado na 
parte esquerda da tela) digite a função: f(x) = sem x e tecle 
“Enter. Em seguida, no mesmo campo digite g(x) = cos x e 
tecle “Enter”. 
 
 
 
 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
43 
Figura 2: Tela do gráfico da função seno e cosseno. São Luis-MA, 2020. 
 
 
Fonte: autor 
 
• 2º passo: Do lado direito da Barra de ferramentas (parte 
superior da tela), clique na Barra de estilos, depois, em 
“Exibir ou esconder a malha” e selecione a malha 
quadriculada. Para colocar o eixo x na escala de p radianos, 
clique sobre o eixo x com o botão direito do mouse e 
selecione com o botão esquerdo do mouse a opção “Janela 
de Visualização”. Clique na aba “Eixo X” e selecione em 
“Unidade” a opção p. A opção “Distância” não deve estar 
selecionada. 
 
 
 
 
 
 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
44 
Figura 3: Tela do gráfico da função seno e cosseno com eixo x na 
escala de p radianos São Luis-MA, 2020. 
 
 
Fonte: autor 
 
Diante da apresentação acima, podemos perceber a 
facilidade que o aluno encontrará para responder questões 
como essas abaixo. 
De acordo com a construção, responda às questões. 
a) Qual é a imagem das funções f e g? 
b) Qual é o período das funções f e g? 
c) Quantos pontos de intersecção existem entre as funções f 
e g no intervalo [0, 2π]? 
 
Microsoft Excel 
 
O Excel é um software de fácil utilização, que 
permite uma aprendizagem interativa e mais rica. As 
tabelas são compostas por linhas e colunas, em que cada 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
45 
coluna representa uma letra e a intersecção entre uma linha 
e uma coluna, chamada de célula, excelente para trabalhar 
com a Matemática (GAROFATO 2018). 
Ele é distribuído pela Microsoft em um pacote de 
aplicativo chamado office, composto pelos principais 
aplicativos usados nos computadores com o sistema 
operacional Windows. 
 
Figura 4. Tela principal do Excel. São Luis-MA, 2020 
 
Fonte: autor 
 
Para GAROFATO (2018), a aprendizagem cognitiva 
contribui para o desenvolvimento do raciocínio lógico e da 
criatividade dos alunos. Por isso ele destaca que: 
 
O uso do Excel tem de ser dinâmico, desafiador e 
capaz de despertar o interesse e o crescimento 
intelectual. Nesse ponto, o programa permite 
inúmeras possibilidades de uso em diferentes níveis 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
46 
e ciclos de aprendizagem, com maior interação e 
colaboração. Além do computador, professores e 
alunos podem trabalhar com celulares e tablets, o que 
permite mobilidade e personalização do ensino 
através de estações por rotações. (GAROFATO 2018, 
p. 2) 
 
Essa ferramenta também abre espaço para criar 
novas práticas de ensino, através de criações de gráficos, 
contas, simulações, em diferentes etapas do ensino. Segue 
abaixo duas situações problemas realizada nesse aplicativo 
que poderá ser usada tanto no ensino fundamental como no 
ensino médio dentro do conteúdo de Matemática 
financeira. 
 
Cálculos de empréstimos com Excel 
 
Uma pessoa faz um empréstimo de R$ 15.000,00 a 
uma taxa de juros de 8% ao mês pelo prozo de 9 meses. Qual 
o montante (valor total) a ser devolvido? 
 
1ª Solução: Sem conhecer a fórmula de juros compostos 
 
Primeiro introduza os dados em três colunas 
conforme o exemplo abaixo. Observe que o montante inicial 
(mês 0) é R$ 15.000,00. 
 
 
 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
47 
Figura 5. Tela do Excel com dados do problema inseridos. São Luis-
MA, 2020 
 
 
Fonte: autor 
 
Após isso temos que calcular os juros do primeiro 
mês, ou seja, 8% de 15.000,00 e colocar esse resultado na 
célula D3. Proceda assim, na célula D3 digite “ = E2*0,08”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
48 
Figura 6. Tela principal do Excel com cálculo do juro no 1º mês. São 
Luis-MA, 2020 
 
 
Fonte: autor 
 
O próximo passo é somar os juros com o montante 
do mês anterior gerando do novo montante. Assim E3 
digite “ =D3+E2”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
49 
Figura 7. Tela principal do Excel com cálculo do montante no 1º mês. 
São Luis-MA, 2020. 
 
Fonte: autor 
 
Agora basta usar a função de copiar a fórmula 
arrastando a célula D3 até D11 e a célula E2 até E11. 
 
Figura 8. Tela do Excel com cálculos dos juros e montante no final do 
período. São Luis-MA, 2020. 
 
Fonte: autor 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
50 
 
O montante a ser devolvido é o valor da célula 
E11 = R$ 29.985,00. 
 
2ª Solução: Conhecendo a fórmula de juros compostos 
Numa célula, no caso A1 digite a fórmula a título de 
informação. Introduzimos os valores de capital, taxa e 
prazo e na célula A7, montante na célula B7 
"=B3*(1+B4)^B5” que é a formula para cálculo do montante. 
 
Figura 9. Tela do Excel com cálculo do juro usando a fórmula de juros 
compostos. São Luis-MA, 2020 
 
Fonte: autor 
 
Saldo da caderneta de poupança 
 
O professor pode sugerir aos alunos construir uma 
tabela para fazer simulações de investimentos. O 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
51 
investimento mais utilizado no pais é a caderneta de 
poupança. 
 
Suponha um investimento de R$ 1.000,00 a uma taxa 
de 0,5% a.m.. Qual o montante (FV) daqui a dois anos? 
 
Figura 10. Tela do Excel com cálculo do saldo da caderneta de 
poupança. São Luis-MA, 2020 
 
Fonte: autor 
 
Mesclando as células A1 até D1, por exemplo, 
escrevemos um nome para tabela, no caso “Juros 
compostos” ou “Saldo da poupança”. Nas células A3 
escreva “fórmula”. Mescle as células B3 até D3 e escreva a 
fórmula do montante FV de juros compostos que é utilizado 
para calcular o saldo da poupança. Em A5 escreva “Taxa de 
juros” e B5 “0,005”. Em A6 “Período N” e em B6 “24” pois 
são 24 meses e a taxa é de 0,5% ao mês. Em A7 “Capital PV” 
que é o capital inicial ou principal ou ainda Valor Atual. B7 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
52 
“1000”. Em A9 digite “Montante FV” e em B9 temos que 
digitar uma função, que no caso é a fórmula do montante, 
então “B9 = B7*(1+B5)^B6”. E está pronto. Agora pode-se 
variar os valores de PV, N e i para ver se a fórmula 
realmente funciona. 
 
PhET Simulações interativas 
 
O PhET Simulações interativas é um projeto da 
Universidade do Colorado Boulder. É um trabalho que 
apresentar recursos educacionais abertos sem fins 
lucrativos que cria e hospeda explicações exploráveis. Foi 
fundada em 2002 pelo ganhador do Nobel Carl Wieman. O 
PhET começou com a visão de Wieman de melhorar a 
maneira como a ciência é ensinada e aprendida. Sua missão 
declarada é "Avançar na alfabetização e educação em 
ciênciase matemática em todo o mundo através de 
simulações interativas gratuitas"possibilitando aos 
usuários fazerem doações para apoiar o grupo de estudo 
(GUTTENPLAN, 2011). 
A sigla "PhET" originalmente significava "Physics 
Education Technology", mas o PhET logo se expandiu para 
outras disciplinas. O projeto agora planeja, desenvolve e 
lança mais de 125 simulações interativas gratuitas para uso 
educacional nas áreas de física, química, biologia, ciências 
da terra e matemática. As simulações foram traduzidas 
para mais de 65 idiomas diferentes, incluindo espanhol, 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
53 
chinês, alemão e árabe; e em 2011, o site PhET recebeu mais 
de 25 milhões de visitantes. (GUTTENPLAN, 2011) 
No site 
https://phet.colorado.edu/en/simulation/graphing-
quadratics é possível fazer diversos cursos de como usar os 
simuladores, além de informações gerais e acesso aos 
mesmos. 
Apresenta-se a seguir uma situação de uso do PhET 
em matemática em uma das simulações, o Graphing 
Quadratics, que possibilita ao aluno uma visão geral do 
gráfico da função do 2º grau com todas as suas 
características. O uso desse simulador ajudará o discente a 
visualizar o significado dos coeficientes a, b e c da função 
do 2º grau = + +2y ax bx c , atribuindo valores diferentes 
para esses coeficientes e visualizando o gráfico no 
simulador. 
Simulação 1: 0, 0 e 0a b c   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://phet.colorado.edu/en/simulation/graphing-quadratics
https://phet.colorado.edu/en/simulation/graphing-quadratics
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
54 
 
 
Figura 11. Tela do Graphing Quadratics com a construção do gráfico 
da função com coeficientes = = − =1, 5 e 6a b c . São Luis-MA, 
2020 
. 
Fonte: autor. 
 
Simulação 2: 0, 0 e 0a b c   
 
Figura 12. Tela do Graphing Quadratics com a construção do gráfico 
da função com coeficientes 1, 4 e 5a b c= − = − = . São Luis-MA, 
2020. 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
55 
 
Fonte: autor. 
 
Através do simulador, além do gráfico da função, 
pode se observar o eixo de simetria, as raízes da função, as 
coordenadas do vértice e a lei de formação da função 
clicando nos ícones da página. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A mudança na escola começa a partir de uma 
mudança pessoal e profissional, capaz de levantar uma 
escola que incentive a imaginação, a leitura prazerosa, a 
escrita criativa, favoreça a iniciativa, a espontaneidade, o 
questionamento, que se torne um ambiente onde promova 
e vivencie a cooperação, o diálogo, a partilha e a 
solidariedade. 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
56 
Existe um leque de oportunidades para o trabalho 
com novas maneiras de fazer e ensinar, estimulando as 
novas descobertas de aprendizagem entre professor e aluno 
simultaneamente. 
O trabalho trouxe algumas dessas ferramentas de 
auxílio no processo ensino aprendizagem na matemática, 
GeoGebra, Microsoft Excel e PhET Simulações Interativas, 
bem como exemplos práticos para facilitar a utilização 
pelos professores desses programas. 
A aplicação de softwares pode oportunizar 
mudanças significativas nos modelos educacionais, para 
isso, precisa-se favorecer um ambiente de cooperatividade, 
conhecendo e entendendo as limitações do professor e 
alunos, para buscar separa-las. Utilizar uma linguagem que 
gere comunicação efetiva, atraindo o interesses dos alunos 
buscando resultados positivos para todos envolvidos no 
ensino-aprendizagem. 
 
REFERÊNCIAS 
BORBA, Marcelo de Carvalho. Informática e educação 
matemática. Marcelo de Carvalho Borba, Miriam Godoy 
Penteado. – 6. Ed. – Belo Horizonte: Autêntica Editora, 
2019. 
 
BORTOLOSSI, H. J. GeoGebra. Software de Matemática 
Dinâmica Gratuito. 
 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
57 
DANTE, Luiz Roberto. Matemática : contexto & aplicações 
: ensino médio / Luiz Roberto Dante. -- 3. ed. -- São Paulo : 
Ática, 2016. 
 
DINIZ, Sirley Nogueira de Faria. O uso das novas 
tecnologias em sala de aula. Florianópolis, 2011. 
Disponível em: http://www.geogebra.im-uff.mat.br/. 
Acessado em 22/05/2019. 
 
FERONATO, Rafaela Martini Soccol. O professor e o uso 
das tecnologias digitais. Serafina Corrêa, 2012. 
 
GAROFATO, Débora. Como usar o Excel para ensinar 
Matemática. Publicado em NOVA ESCOLA 10 de Abril 
2018. Disponível em: 
https://novaescola.org.br/conteudo/11622/como-usar-o-
excel-para-ensinar-matematica. Acessado em 17/12/2019. 
 
Guttenplan, DD (11 de dezembro de 2011). "Tutores da 
Web se tornam estrelas longe da sala de aula". New York 
Times. 
 
OLIVEIRA, Cláudio de. Tic’s na educação: A utilização 
das tecnologias da informação e comunicação na 
aprendizagem do aluno. Disponível em: 
http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/art
icle/view/11019/8864. Acessado em 06/03/2020. 
https://novaescola.org.br/conteudo/11622/como-usar-o-excel-para-ensinar-matematica.%20Acessado%20em%2017/12/2019
https://novaescola.org.br/conteudo/11622/como-usar-o-excel-para-ensinar-matematica.%20Acessado%20em%2017/12/2019
http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/view/11019/8864
http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/view/11019/8864
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
58 
OLIVEIRA, Sandra Alves. O lúdico como motivação nas 
aulas de Matemática, artigo publicado na edição nº 377. 
Jornal Mundo Jovem, 2007. 
 
RAMOS, Patrícia Edí Ramos. O professor frente às novas 
tecnologias de informação e comunicação. Publicado em 
29/05/2014. Disponível em: http://www2.seduc.mt.gov.br/-
/o-professor-frente-as-novas-tecnologias-de-informacao-e-
comunicac-1. Acessado em 17/12/2019. 
 
SIVERIS, Marinez. Informática na educação matemática: 
uma experiência com um grupo de professores da Rede 
Municipal de Ensino de Passo Fundo/Marinez Siveris, 
2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www2.seduc.mt.gov.br/-/o-professor-frente-as-novas-tecnologias-de-informacao-e-comunicac-1
http://www2.seduc.mt.gov.br/-/o-professor-frente-as-novas-tecnologias-de-informacao-e-comunicac-1
http://www2.seduc.mt.gov.br/-/o-professor-frente-as-novas-tecnologias-de-informacao-e-comunicac-1
Educação, tecnologias e sociedade 
 
59 
AS CONTRIBUIÇÕES DAS 
TECNOLOGIAS DIGITAIS 
DA INFORMAÇÃO E 
COMUNICAÇÃO E DO 
FACEBOOK NOS 
PROCESSOS DE ENSINO DA 
LEITURA E ESCRITA 
 
Francisco de Moura Barros 
Oswaldo Palma Lopes Sobrinho 
 
INTRODUÇÃO 
 
Mudanças significativas ocorreram no século XXI e 
o uso das Tecnologias Digitais de Informação e 
Comunicação (TDIC) pelas novas gerações tem 
impulsionado a transformação do processo educacional 
levando o professor a descobrir e explorar novos ambientes 
profissionais e virtuais de aprendizagem (MACHADO, 
2016; SOARES et al., 2018). Com isso, o uso dessas 
tecnologias no processo de ensino torna a comunicação 
mais simples e dinâmica, fomentando a produção e o 
acesso à informação, bem como a reconfiguração da noção 
sobre tempo e o espaço (SILVA et al., 2020). 
O uso das TDIC como proposta didática e 
metodológica surge como uma nova ferramenta a 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
60 
disposição de professores e contribuem para o processo de 
ensino-aprendizagem da leitura e escrita e, 
consequentemente, minimizam as dificuldades e 
diferenças na aquisição dos conteúdos trabalhados em sala 
de aula nas diversas áreas do conhecimento facilitando as 
relações sociais entre alunos e professores (REDIG; COUTO 
JUNIOR, 2011; COSTA; SOUZA, 2017). Logo, o professor 
ao oferecer suportes tecnológicos que potencializam os 
processos de ensino da leitura e escrita, quando 
manuseados de forma adequada terá a oportunidade no 
uso de novos veículos de comunicação social e promover a 
ponte entre as práticas educativas em um ambiente familiar 
e comum, onde se encontram alunos nas redes sociais cada 
vez mais imersos auma cultura de palavras abreviadas. 
A respeito da leitura e da escrita, a escola tem papel 
principal no desenvolvimento do processo de ensino e, 
consequentemente, na formação do leitor. De modo geral, 
as práticas leitura e escrita colaboram na formação dos 
indivíduos de maneira significativa, influenciando-o nas 
distintas formas de enfrentar a vida. Por conseguinte, a 
escola é a responsável por organizar, criar e adequar em sua 
grade curricular propostas e estratégias de leituras que são 
favoráveis à formação de leitores competentes para 
atuarem no contexto da vida social (VIANA, 2017). 
O domínio da língua tem estreita relação com a 
plena participação social. O homem comunica-se e 
interage, defende suas posições e produz conhecimento por 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
61 
meio da linguagem (BRASIL, 1997). Por conseguinte, 
buscou-se discutir as estratégias didático-pedagógicas que 
possam ampliar e mostrar novos horizontes ou práticas de 
ensino que visam contribuir em sala de aula nos processos 
de ensino da leitura e escrita por meio do uso da rede social 
Facebook. 
As redes sociais estão cada vez mais presentes no dia 
a dia das pessoas facilitando o contato com um grande 
número de gêneros textuais tornando a formação e o 
domínio de linguagem cada vez mais diversificada. As 
TDIC interferem e mediam os processos informacionais e 
comunicativos (OLIVEIRA; MOURA; SOUSA, 2015). 
Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi investigar as 
contribuições do uso das Tecnologias Digitais da 
Informação e Comunicação (TDIC) e do Facebook nos 
processos de ensino da leitura e escrita. 
 
METODOLOGIA 
 
Foi realizado um estudo com a coleta de dados por 
meio de pesquisa bibliográfica baseadas nas contribuições 
de Sholl-Franco e Aranha (2015); Kleiman (2000); Porto e 
Santos (2014); Couto Júnior (2013); Imbernón (2010); 
Almeida (2008); Lévy (1999); Bitencourt (2012); Sousa; 
Miota e Carvalho (2011); e Recuero (2009) visando discutir 
sobre a contribuição e o uso das TDIC e do Facebook como 
ferramentas didático-pedagógicas no processo de ensino-
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
62 
aprendizagem da leitura e escrita nas escolas. Para tanto, 
esse tipo de pesquisa é realizado por meio de materiais já 
elaborados e disponíveis constituídos de livros e artigos 
científicos publicados em periódicos especializados e é 
importante para o levantamento de informações básicas 
sobre os aspectos direta e indiretamente vinculados à 
temática (VERGARA, 2000). 
Refere-se a uma revisão integrativa baseada no 
Manual de Revisão Bibliográfica Sistemática Integrativa 
(2014) constituída de cinco diferentes etapas como o 
estabelecimento do problema; a seleção da amostra; a 
caracterização dos estudos; as análises e discussão dos 
resultados; e a apresentação (BEYEA; NICOLL, 1998) e têm 
como questões norteadoras: como utilizar as TDIC e o 
Facebook para melhorar o processo ensino-aprendizagem? 
As TDIC e o Facebook facilitam o interesse dos alunos pelos 
conteúdos? 
A busca e o levantamento de artigos em periódicos, 
trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses foram 
realizados nas bases de dados SciELO, Scopus, Web of 
Science e Google acadêmico com abordagem na íntegra sobre 
a temática em questão referente à revisão integrativa nos 
últimos 23 anos. As palavras-chave utilizadas para a busca 
foram “tecnologias digitais de informação e comunicação”, 
“redes sociais” e “leitura e escrita” em português e “Digital 
information and communication technologies”, “social 
networks” and “reading and writing” em inglês. 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
63 
Os artigos foram selecionados por meio da leitura do 
título e do resumo e quando adequados realizaram-se as 
leituras e análises de forma descritiva oportunizando 
reunir os conhecimentos adquiridos sobre a temática 
abordada na revisão integrativa. 
 
 
AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E 
COMUNICAÇÃO (TDIC) 
 
A cada dia novas tecnologias voltadas para as 
mídias digitais surgem e ao mesmo tempo em que são 
grandes aliadas que facilitam a vida das pessoas, também 
são consideradas vilãs no conflito de gerações entre alunos 
e professores. Ao analisá-las, previamente, pode-se 
observar que as tecnologias possuem potencial competidor 
pelo foco de atenção dos alunos. Por outro lado, se 
utilizadas de forma objetiva, organizada, planejada, as 
TDIC podem estimular diferentes áreas cerebrais e facilitar 
o processo da aprendizagem escolar. Nesse contexto, 
Sousa; Miota; Carvalho (2011, p. 22) reforçam que as mídias 
digitais oferecem recursos que favorecem a didática: 
 
[...] as teorias e práticas associadas à informática na 
educação vêm repercutindo em nível mundial, 
justamente porque as ferramentas e mídias digitais 
oferecem à didática, objetos, espaços e instrumentos 
capazes de renovar as situações de interação, 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
64 
expressão, criação, comunicação, informação, e 
colaboração, tornando-a muito diferente daquela 
tradicionalmente fundamentada na escrita e nos 
meios impressos. 
 
Observam-se os benefícios possíveis da informática 
aplicada de forma correta e estratégica podendo assim criar 
novos espaços e instrumentos tornando o aprendizado 
mais atraente, eficiente e acurado. Os tempos atuais 
determinam da sociedade uma cultura ampla em que a 
educação tem papel primordial exigindo-se dos professores 
mais preparo e que tenham informação ampla e 
compreendam dentre outras coisas, a situação econômica, 
política e social que o país vem enfrentando. 
O uso das TDIC têm revelado significativos ganhos 
cognitivos, no sentido de trabalhar com diferentes tipos de 
inteligência para a construção do conhecimento. Com isso, 
o processo de aprendizagem por meio dessas tecnologias se 
dá quando o sujeito é capaz de construir mentalmente 
representações usando uma ou mais mídias combinadas 
podendo reforçar a assimilação de um conteúdo por mais 
de um estímulo, por exemplo: animação + texto, áudio + 
ilustrações, impresso, fotografia + website + áudio, etc 
(SHOLL-FRANCO; ARANHA, 2015). Portanto, é 
necessário que exista um diálogo entre diferentes formas de 
mídia para que se tenha o melhor aproveitamento possível 
no uso dessas ferramentas. 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
65 
Quando se fala em informação e comunicação, as 
possibilidades tecnológicas são recursos alternativos da era 
moderna que facilitam o processo de ensino-aprendizagem 
e, consequentemente, a educação com a inserção dessas 
tecnologias nas escolas possibilitando e aprimorando o uso 
desses recursos pelos alunos e a facilidade no acesso a 
realização de múltiplas tarefas (OLIVEIRA; MOURA; 
SOUSA, 2015). 
 
A LEITURA E A ESCRITA NAS ESCOLAS 
 
A leitura e a escrita fazem parte do processo que se 
chama educação escolar e é um instrumento importante 
para que se possa adquirir novas concepções e 
aprendizagens. Entretanto, têm sido compreendidas como 
um ato de decodificação de palavras. A sociedade 
contemporânea está rodeada de tecnologias e cultura, onde 
o professor necessita conhecer e utilizar as estratégias 
didático-pedagógicas para auxiliá-lo nos processos de 
ensino da leitura e escrita, bem como procurar desenvolver 
o máximo nos alunos o domínio e a compreensão dessas 
estratégias e/ou tecnologias (BRASIL, 1997). 
Por outro lado, o aluno ao fazer a leitura sem a 
motivação, a crítica e o uso da imaginação, quando ler 
torna-se apenas um ato de conhecimento levando as 
consequências de que não irá conseguir intervir e muitos 
menos refletir sobre o que está lendo. A ideia é que se 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
66 
devem formar leitores capazes de ler, criticar e que estejam 
aptos para se pronunciarem em um contexto da realidade 
em que vivem (KLEIMAN, 2000). Por isso, o professordeve 
utilizar estratégias metodológicas que possibilitem um 
ensino mais eficiente e que atenda as necessidades do aluno 
contemporâneo com o uso dessas tecnologias. 
É desafiador para os professores mudar a sua 
forma de trabalhar em sala de aula e pôr em prática o 
ensino por meio de novas estratégias tecnológicas (uso de 
tecnologias). Assim, Imbernón (2010, p. 36) afirma que: 
 
Para que o uso das TDIC signifique uma 
transformação educativa que se transforme em 
melhora, muitas coisas terão que mudar. Muitas 
estão nas mãos dos próprios professores, que terão 
que redesenhar seu papel e sua responsabilidade 
na escola atual. Mas outras tantas escapam de seu 
controle e se inscrevem na esfera da direção da 
escola, da administração e da própria sociedade. 
 
Portanto, pode-se dizer que a responsabilidade de 
implantar o uso das TDIC no processo de ensino-
aprendizagem não é apenas do professor, mas também é da 
escola, da administração e da própria sociedade 
contemporânea. 
 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
67 
FACEBOOK COMO FERRAMENTA AUXILIADORA NOS 
PROCESSOS DE ENSINO DA LEITURA E ESCRITA 
 
Facebook 
 
O Facebook foi criado em fevereiro de 2004 pelos 
alunos Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz e Chris 
Hughes da Universidade de Harvard e tinha como 
principal objetivo a configuração de um espaço, onde as 
pessoas pudessem se comunicar dividindo opiniões e 
partilhando fotografias, ou seja, um espaço fechado e 
limitado apenas para os participantes da rede, onde os 
sujeitos se encontram virtualmente com a finalidade de 
procurar interação, informação e novos conhecimentos 
sociais, tudo em torno de uma mesma interface, o 
ciberespaço (universo das redes digitais). Ferramenta essa 
tida como uma das mais populares redes sociais da história. 
Seu nome origina-se do apelido do livro artesanalmente 
preparado que passava de mão em mão entre os calouros 
das universidades americanas e que servia para conhecer 
os colegas da instituição (TEIXEIRA, 2012). 
Um ano depois da criação do Facebook, essa 
ferramenta contava com mais de 5 milhões de membros 
ativos e tornou-se a rede social comum a todos que tinham 
interesse em participar e ainda: 
 
Seus usuários têm a possibilidade de estabelecer o 
diálogo em tempo real através do chat, compartilhar 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
68 
e discutir vídeos, sons, imagens e textos por meio de 
links, criar e postar álbuns de fotos, utilizar inúmeros 
aplicativos que propiciam ainda mais a aproximação 
entre os sujeitos, agendar encontros de universitário 
ou qualquer outro tipo de comemoração (eventos), 
dentre outras (COUTO JÚNIOR, 2013, p. 29). 
 
O Facebook faz parte do cotidiano do ser humano em 
especial os que não apenas utilizam a internet, mas que a tem 
como objeto de estudo, sendo considerada uma ferramenta 
capaz de unir milhões de pessoas dos mais diversos lugares do 
mundo e apresenta o recurso das mensagens que chegam 
instantaneamente a qualquer lugar promovendo a interação 
entre os sujeitos (PORTO; SANTOS, 2014). 
Recuero (2009) afirma que as redes sociais propiciam um 
espaço de comunicação que estabelece vínculos entre as 
informações e os seres humanos tecendo uma rede de 
colaboração e interatividade. Por outro lado, Porto e Santos 
(2014, p. 31) destacam em sua obra os motivos de uso do Facebook 
e a relação com a literatura: 
 
As razões que levam as pessoas, designadamente os 
jovens, a usar o Facebook são amplamente discutidas 
na literatura. De entre o conjunto de razões 
invocadas, destaca-se como principal manter as 
relações já existentes, ou seja, manter o contato 
com os amigos, sendo também usado para 
solidificar relações que de outro modo se 
perderiam. 
 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
69 
Por conseguinte, as pesquisas evidenciam que os 
jovens são motivados a aderir às redes sociais para manter 
contato com os amigos e reforçar os laços com novos 
conhecidos e que a intenção não é tanto para conhecer 
novas pessoas e sim manter a amizade já existente. 
 
A utilização do Facebook na Educação 
 
A utilização adequada da rede social Facebook na 
educação é, sem dúvidas, um avanço no processo de 
ensino-aprendizagem e deve ser trabalhada com atenção. 
Caso contrário, professores e alunos poderão ter 
problemas, devido à internet ser um lugar onde se 
encontram pessoas de todos os tipos. Assim, para que seja 
utilizado com fins educativos pressupõe-se que é 
importante a participação dos professores, alunos e da 
família para que se possa fazer bom uso dessa ferramenta 
tecnológica proporcionando assim aos alunos e professores 
uma maneira lúdica de aprender e ensinar. 
Com o uso das redes sociais, os professores podem 
dirimir dúvidas de alunos a qualquer hora, de qualquer 
lugar, bem como promover atividades em grupo para 
aumentar a interação entre os alunos e compartilhar 
conhecimentos e experiências (CARITÁ et al., 2011). Nesse 
sentido, fez-se necessário uma reformulação nos métodos 
e práticas educacionais, pois os existentes podem-se 
considerar já ultrapassados e não conseguem na maioria das 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
70 
vezes alcançarmos os objetivos didáticos da disciplina 
trabalhada em sala de aula. Assim, o professor ao fazer uso 
da rede Facebook na prática pedagógica da Língua 
Portuguesa pode criar uma nova estratégia de ensino. 
Portanto, os brasileiros são ativos produtores de 
informação e participantes das redes sociais e assim surge 
a oportunidade para que os professores utilizem essas 
tecnologias em favor da construção de novas estratégias de 
ensino da leitura e escrita (LEMOS; LÉVY, 2010). 
 
Principais potencialidades pedagógicas do Facebook 
 
No caso do Facebook há categorias de aplicativos que 
podem ser muito úteis no processo de ensino-
aprendizagem da leitura e escrita que auxiliam em 
aproximar conteúdos das experiências reais vividas na 
vida cotidiana e na escola. Ferreira; Corrêa; Torres (2013) 
descreveram em sua pesquisa as principais potencialidades 
pedagógicas da rede Facebook, as quais contribuem para os 
processos de ensino da leitura e escrita: 
• Quizzes – aplicativos para a elaboração de 
questionários de múltipla escolha que permitem ao 
usuário aprender por meio de perguntas e respostas. 
• FlashCards – um tipo de jogo de informação 
que permite a associação de imagens e significados. O 
sistema gera testes aleatórios de pares semânticos 
muito úteis na aquisição de vocabulário. 
Educação, tecnologias e sociedade 
 
71 
• PodClasses – páginas no Facebook que reúnem 
links para conteúdos de áudio. Recurso muito útil no 
desenvolvimento da habilidade de listening. 
• SlideShare – compartilha apresentações do 
PowerPoint. Permite disponibilizar aulas e tutoriais. 
• Docs – este aplicativo permite gerenciar 
arquivos do Office, além de ter um formato específico 
para fazer fichas de aprendizagem e outros programas 
para uso com o Facebook. 
• Udutu Teach – em conjunto com o Udutu 
Learn são ferramentas que o professor pode utilizar 
para trabalhar com alunos e distribuir objetos de 
aprendizagem criados com a ferramenta Udutu. 
A própria página on-line do Facebook dispõe de 
um conjunto de ferramentas que podem ser utilizadas 
como estratégias para melhorar os processos de ensino 
da leitura e da escrita como exemplos têm-se 
(FERREIRA; CORRÊA; TORRES, 2013): 
• Grupos – dispositivo que permite o 
agrupamento de usuários que tenham os mesmos 
interesses. Esse recurso é muito interessante, pois 
permite criar um grupo para cada turma, onde os 
alunos poderão trocar informações entre si. 
• Eventos – essa ferramenta funciona com um 
calendário. Pode ser utilizado pelo professor para 
criar lembretes de provas, de aulas especiais, agendar 
atividades extraclasses entre outros usos. 
Silva Junior, Araújo Lima & Charaf Eddine 
 
 
72

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