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APG - S16 P1 e P2 Metabolismo dos Carboidratos e Lipídios

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Resumo 
 
Metabolismo 
Carboidratos e Lipídios 
PRODUÇÃO: PAULO EMANUEL 
Paulo Emanuel – METABOLISMO 
 
2 
 
Sumário 
METABOLISMO ............................................................................................................................................................ 3 
CATABOLISMO ............................................................................................................................................................. 3 
ANABOLISMO .............................................................................................................................................................. 3 
METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS .......................................................................................................................... 3 
Fosforilação da glicose ............................................................................................................................................. 3 
Glicogênese: formação de glicogênio ...................................................................................................................... 4 
Glicogenólise: quebra do glicogênio armazenado ................................................................................................... 4 
Glicólise: clivagem da glicose para formar ácido pirúvico ....................................................................................... 4 
Conversão do ácido pirúvico em acetil coenzima A ................................................................................................ 4 
Ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs) ...................................................................................................................... 5 
Nicotinamida adenina dinucleotídio ....................................................................................................................... 5 
Cadeia transportadora de elétrons.......................................................................................................................... 5 
Resumindo ............................................................................................................................................................... 6 
Fermentação Láctica ................................................................................................................................................ 6 
Via da pentose fosfato ............................................................................................................................................. 7 
Conversão de glicose em glicogênio ou gordura ..................................................................................................... 7 
Gliconeogênese: formação de carboidratos a partir de proteínas e gorduras ........................................................ 7 
METABOLISMO DOS LIPÍDIOS ...................................................................................................................................... 8 
ESTRUTURA QUÍMICA BÁSICA DOS TRIGLICERÍDIOS (GORDURA NEUTRA) ............................................................ 8 
TRANSPORTE DE TRIGLICERÍDIOS E OUTROS LIPÍDIOS NO TRATO GASTROINTESTINAL PELA LINFA | 
QUILOMÍCRONS ....................................................................................................................................................... 8 
Os “ácidos graxos livres” são transportados no sangue, combinados à albumina .................................................. 8 
Lipoproteínas: sua função especial no transporte do colesterol e dos fosfolipídios ............................................... 8 
Glicerol ..................................................................................................................................................................... 9 
Degradação de Ácidos Graxos ................................................................................................................................. 9 
Referências .................................................................................................................................................................. 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paulo Emanuel – METABOLISMO 
 
3 
 
APG – SEMANA 16/PROBLEMA 1 e 2
 
 
OBJETIVOS: 
 
→ Diferenciar anabolismo de catabolismo. 
→ Compreender o metabolismo dos carboidratos. 
→ Entender o transporte dos lipídios (estrutura e função das 
lipoproteínas). 
 
 
METABOLISMO 
 
O conjunto de redes de vias catalisadas por enzimas, tanto as 
catabólicas quanto as anabólicas, constituem o metabolismo 
celular. 
 
CATABOLISMO 
 
Conjunto de reações degradativas e produtoras de energia 
livre é designado catabolismo. 
 
O principal processo catabólico é a digestão, onde as 
substâncias ingeridas pelo corpo são divididas em 
componentes mais simples. 
 
No nível celular, podemos citar a respiração celular, ou a 
quebra do glicogênio em glicose. 
ANABOLISMO 
 
Vias sintéticas, que invariavelmente necessitam de entrada de 
energia, são coletivamente chamadas de anabolismo. 
 
A construção de tecidos e o ganho de massa muscular são dois 
processos anabólicos básicos. Já no nível celular, um exemplo 
de processo anabólico é a sintetização de proteínas por meio 
dos aminoácidos. 
 
Alguns dos hormônios envolvidos no processo de anabolismo 
são: Insulina; Estrogênio; Testosterona; Hormônio de 
crescimento; Esteroides. 
 
METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS 
 
Carboidratos: Compostos orgânicos constituídos de carbono, 
hidrogênio e oxigênio. 
A fórmula básica é: Cn(H2O)n 
 
Podem ser classificados em monossacarídeos, dissacarídeos e 
polissacarídeos. 
 
Após a absorção a partir do trato intestinal, grande parte da 
frutose e quase toda a galactose é rapidamente convertida 
em glicose no fígado. Portanto, pouca frutose e galactose 
estão presentes no sangue circulante. A glicose torna-se, 
assim, a última via comum para o transporte de quase todos 
os carboidratos às células. 
 
Nas células do fígado, enzimas apropriadas estão disponíveis 
para promover interconversões entre os monossacarídeos – 
glicose, frutose e galactose. A dinâmica das reações é tal que, 
quando o fígado libera monossacarídeos de volta para o 
sangue, o produto final é quase inteiramente glicose. A razão 
para isso é que as células do fígado contêm grandes 
quantidades de glicose fosfatase. Portanto, a glicose-6-fosfato 
pode ser degradada em glicose e fosfato, e a glicose pode, 
então, ser transportada através da membrana das células 
hepáticas de volta ao sangue. 
 
Mais uma vez, deve ser enfatizado que mais de 95% de todos 
os monossacarídeos que circulam no sangue são, 
normalmente, o produto final de conversão, a glicose. 
 
 
O transporte da glicose através da membrana é feito por 
difusão facilitada. 
 
A taxa de transporte da glicose, bem como o transporte de 
alguns outros monossacarídeos, aumenta na maioria das 
células devido à presença de insulina. 
 
Fosforilação da glicose 
 
Ao entrar na célula: 
 
Enzima glicoquinase no fígado e pela hexoquinase na maioria 
das outras células. 
Paulo Emanuel – METABOLISMO 
 
4 
 
A glicose-fosfatase presente nas células do fígado, células 
epiteliais dos túbulos renais e células epiteliais intestinais 
consegue reverter a reação. 
 
Após sua absorção dentro da célula, a glicose pode ser usada 
imediatamente para liberação de energia para a célula, ou 
pode ser armazenada na forma de glicogênio, que é um 
grande polímero de glicose. 
 
As células do fígado, que podem armazenar até 5 a 8% de seu 
peso como glicogênio, e células musculares, que podem 
armazenar de 1 a 3% de glicogênio. 
 
Glicogênese: formação de glicogênio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glicose Sérica: Glicose presente no sangue. 
 
Glicogenólise: quebra do glicogênio 
armazenado 
 
A Adrenalina ou o Glucagon ativam a enzima fosforilase, 
responsável por permitir a glicogenólise. O efeito inicial de 
cada um desses hormônios é promover formação de AMPcíclico nas células, que então inicia uma cascata de reações 
químicas que ativa a fosforilase. 
. 
Glicogenólise significa a quebra do glicogênio celular 
armazenado para formar novamente glicose nas células. A 
glicose pode então ser usada para fornecer energia. 
 
Glicólise: clivagem da glicose para formar 
ácido pirúvico 
 
Divisão da molécula de glicose para formar duas moléculas de 
ácido pirúvico. 
 
Assim, um total de 4 moles de ATP são formados para cada 
mol de frutose-1,6-difosfato que se divide em ácido pirúvico. 
 
Saldo energético: 2 ATP 
 
 
São necessárias 12000 cal para formar o ATP. 
 
Durante a glicólise, um total de 56.000 calorias de energia 
foram perdidas com a glicose original, resultando em uma 
eficiência global para a formação de ATP de apenas 43%. Os 
restantes 57% da energia são perdidos em forma de calor. 
 
Resultado: 2 ácidos pirúvicos, 2 ATP e 4H. 
 
Conversão do ácido pirúvico em acetil 
coenzima A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Duas moléculas de ácido pirúvico combinam-se com a 
coenzima A, um derivado da vitamina ácido pantotênico (B5), 
para formar duas moléculas de acetil-CoA. Nessa conversão, 
nenhum ATP é formado, mas até seis moléculas de ATP são 
formadas quando os quatro átomos de hidrogênio liberados 
são posteriormente oxidados. 
 
Resultado: 2CO2 E 4H. 
 
 
 
 
Paulo Emanuel – METABOLISMO 
 
5 
 
Ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs) 
 
Homenagem a Hans Krebs pela sua descoberta. É uma 
sequência de reações químicas em que a porção acetil do 
acetil-CoA é degradada em dióxido de carbono e átomos de 
hidrogênio. Todas essas reações ocorrem na matriz da 
mitocôndria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultado: 4 moléculas de dióxido de carbono, 16 átomos de 
hidrogênio e 2 moléculas da coenzima A. Duas moléculas de 
ATP são formadas. 
 
Nicotinamida adenina dinucleotídio 
 
24 átomos de hidrogênio são liberados para cada molécula 
original de glicose. No entanto, os átomos de hidrogênio não 
são simplesmente soltos no líquido intracelular. Em vez disso, 
eles são liberados de dois em dois, e, em cada caso, a liberação 
é catalisada por uma enzima proteica específica chamada 
desidrogenase. Vinte dos 24 átomos de hidrogênio 
imediatamente se combinam com a nicotinamida adenina 
dinucleotídio (NAD+), um derivado da vitamina niacina 
(vitamina B3), de acordo com a seguinte reação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os 4 átomos de hidrogênio restantes liberados durante o ciclo 
do ácido cítrico entre os estágios de ácido succínico e fumárico 
– combinam-se a uma desidrogenase específica, mas não são 
depois liberados para a NAD+. Em vez disso, eles passam 
diretamente de desidrogenase para o processo oxidativo. 
 
 
As descarboxilases causam a liberação de dióxido de 
carbono. O dióxido de carbono é então dissolvido nos fluidos 
corporais e transportado para os pulmões, onde é eliminado 
do corpo pela expiração. 
 
Cadeia transportadora de elétrons 
 
Ocorre nas cristas mitocondriais. 
 
 
A primeira etapa da fosforilação oxidativa na mitocôndria é 
ionizar os átomos de hidrogênio que foram removidos dos 
substratos alimentares. 
 
 
Paulo Emanuel – METABOLISMO 
 
6 
 
Os elétrons que são removidos dos átomos de hidrogênio 
para fazer a ionização de hidrogênio entram imediatamente 
em uma cadeia de transporte de elétrons para aceptores de 
elétrons que é parte integrante da membrana interna 
pregueada (a crista mitocondrial) das mitocôndrias. Os 
aceptores de elétrons podem ser reduzidos ou oxidados de 
modo reversível, pela aceitação ou desistência de elétrons. Os 
membros importantes dessa cadeia de transporte de elétrons 
incluem flavoproteína (flavina mononucleotídio), várias 
proteínas de sulfeto de ferro, ubiquinona e citocromos B, C1, 
C, A e A3. Cada elétron é transportado de um desses aceptores 
para o próximo até que finalmente alcance o citocromo A3, 
que é chamado de citocromo oxidase porque é capaz de ceder 
2 elétrons e, assim, reduzir o oxigênio elementar para formar 
oxigênio iônico, que então se combina com íons hidrogênio 
para formar água. 
 
À medida que os elétrons passam pela cadeia de transporte 
de elétron, grandes quantidades de energia são liberadas. 
Essa energia é utilizada para bombear íons hidrogênio da 
matriz interna da mitocôndria (à direita) para dentro da 
câmara externa entre às membranas mitocondriais interna e 
externa (à esquerda). Esse processo cria uma alta 
concentração de íons hidrogênio carregados positivamente 
nessa câmara; também cria um forte potencial elétrico 
negativo na matriz interna. 
 
A próxima etapa na fosforilação oxidativa é converter ADP em 
ATP. Essa conversão ocorre em conjunto com uma grande 
molécula de proteína que se sobressai completamente através 
da membrana mitocondrial interna e se projeta com uma 
cabeça em forma de botão para o interior da matriz 
mitocondrial. Essa molécula é uma enzima ATPase, chamada 
ATP sintetase. 
 
A alta concentração de íons hidrogênio carregados 
positivamente na câmara externa e a grande diferença de 
potencial elétrico através da membrana interna fazem com 
que os íons hidrogênio flutuem para a matriz mitocondrial 
interna através da própria substância da molécula de ATPase. 
Ao fazer isso, a energia derivada desse fluxo de íons 
hidrogênio é usada pela ATPase para converter ADP em ATP 
combinando ADP a um radical fosfato iônico livre (Pi), 
adicionando, assim, outra ligação fosfato de alta energia à 
molécula. 
 
A etapa final no processo é a transferência do ATP do interior 
da mitocôndria de volta ao citoplasma da célula. Essa etapa 
ocorre por difusão facilitada na membrana interna e difusão 
simples na membrana externa. 
 
A cada dois elétrons que passam por toda a cadeia de 
transporte de elétrons (representando a ionização de dois 
átomos de hidrogênio), até três moléculas de ATP são 
sintetizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
Resumindo 
 
1. Durante a glicólise, 4 moléculas de ATP são formadas 
e 2 são gastas para causar a fosforilação inicial da 
glicose, possibilitando, assim, o funcionamento do 
processo e fornecendo um ganho líquido de 2 
moléculas de ATP. 
 
2. Durante cada rodada do ciclo do ácido cítrico, 1 
molécula de ATP é formada. No entanto, como cada 
molécula de glicose se divide em 2 moléculas de 
ácido pirúvico, há 2 voltas do ciclo para cada 
molécula de glicose metabolizada, ocorrendo uma 
produção líquida de mais 2 moléculas de ATP. 
 
3. Durante todo o esquema de degradação da glicose, 
um total de 24 átomos de hidrogênio são liberados 
durante a glicólise e durante o ciclo do ácido cítrico. 
Vinte desses átomos são oxidados em conjunto com 
o mecanismo quimiosmótico, com a liberação de 3 
moléculas de ATP por 2 átomos de hidrogênio 
metabolizados. Esse processo origina um adicional 
de 30 moléculas de ATP. 
 
4. Os 4 átomos de hidrogênio restantes são liberados 
por sua desidrogenase, no esquema oxidativo 
quimiosmótico na mitocôndria. Duas moléculas de 
ATP são geralmente liberadas para cada 2 átomos de 
hidrogênio oxidados, resultando em um total de 
mais 4 moléculas de ATP. 
 
Agora, adicionando todas as moléculas de ATP formadas, 
encontramos um máximo de 38 moléculas de ATP formadas 
para cada molécula de glicose degradada em dióxido de 
carbono e água. Assim, 456.000 calorias de energia podem ser 
armazenadas na forma de ATP, enquanto 686.000 calorias são 
liberadas durante a oxidação completa de cada molécula-
grama de glicose. Esse resultado representa uma eficiência 
global máxima de transferência de energia de 66%. 
 
Fermentação Láctica 
 
Glicólise: 2 ácidos pirúvicos, 2 ATP e 4H. 
 
Formação de ácido láctico durante a glicólise anaeróbica. 
 
Quando uma pessoa começa a respirar oxigênio novamente 
após um período de metabolismo anaeróbico, o ácido láctico 
é rapidamente reconvertido em ácido pirúvico e NADH e H+. 
Paulo Emanuel – METABOLISMO 
 
7 
 
O músculo cardíaco é especialmente capaz de converter ácido 
láctico em ácido pirúvico e, em seguida, empregaro ácido 
pirúvico como fonte de energia. Esse processo ocorre, 
principalmente, durante a realização de exercícios físicos 
pesados, quando grandes quantidades de ácido láctico são 
liberadas no sangue pelos músculos esqueléticos e 
consumidos como uma fonte de energia extra pelo coração. 
 
Via da pentose fosfato 
 
Via alternativa para o metabolismo energético quando certas 
anormalidades enzimáticas ocorrem nas células. Tem uma 
capacidade especial para fornecer energia a diversos 
processos de síntese celular. Toda a glicose pode 
eventualmente ser convertida em dióxido de carbono e 
hidrogênio, e o hidrogênio pode entrar na via da fosforilação 
oxidativa para formar ATP; mais frequentemente, no entanto, 
é utilizada para a síntese de lipídios ou outras substâncias. 
 
O hidrogênio liberado durante o ciclo da pentose fosfato não 
se combina com NAD+ como na via glicolítica, mas combina 
com nicotinamida adenina dinucleotídio fosfato (NADP+), 
que é quase idêntico ao NAD+ exceto por um radical fosfato 
extra, P. Essa diferença é extremamente significativa porque 
apenas o hidrogênio ligado à NADP+ na forma de NADPH pode 
ser utilizado para a síntese de lipídios a partir de 
carboidratos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conversão de glicose em glicogênio ou 
gordura 
 
Quando a glicose não é imediatamente requerida como fonte 
de energia, a glicose extra que continuamente entra nas 
células é armazenada como glicogênio ou convertida em 
gordura. A glicose é preferencialmente armazenada como 
glicogênio, até que as células tenham armazenado tanto 
glicogênio quanto podem – uma quantidade suficiente para 
suprir as necessidades de energia do corpo por período de 
apenas 12 a 24 horas. 
 
Quando as células que armazenam o glicogênio 
(principalmente células hepáticas e musculares) aproximam-
se da saturação de glicogênio, a glicose adicional é convertida 
em lipídios no fígado e nas células adiposas e é armazenada 
como gordura nos adipócitos. 
 
Gliconeogênese: formação de carboidratos a 
partir de proteínas e gorduras 
 
Quando as reservas de carboidratos do corpo caem abaixo da 
normal, quantidades moderadas de glicose podem ser 
formadas a partir de aminoácidos e da porção glicerol dos 
lipídios. Esse processo é chamado gliconeogênese. 
Aproximadamente 25% da produção de glicose do fígado 
durante o jejum é derivada da gliconeogênese, ajudando a 
fornecer um suprimento constante de glicose ao cérebro. 
 
A diminuição do nível celular dos carboidratos e da glicose 
sanguínea são os estímulos básicos que aumentam a taxa de 
gliconeogênese. A diminuição dos carboidratos pode reverter 
diretamente muitas das reações glicolíticas e de 
fosfogliconato, permitindo assim a conversão de 
aminoácidos desaminados e glicerol em carboidratos. 
 
Quando quantidades normais de carboidratos não estão 
disponíveis para as células, a adeno-hipófise, por motivos não 
completamente compreendidos, secreta quantidades 
aumentadas do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Essa 
secreção estimula o córtex adrenal a produzir grandes 
quantidades de hormônios glicocorticoides, especialmente o 
cortisol. Por sua vez, o cortisol mobiliza proteínas 
essencialmente de todas as células do corpo, tornando essas 
proteínas disponíveis na forma de aminoácidos nos líquidos 
corporais. Elevada proporção desses aminoácidos torna-se 
imediatamente desaminada no fígado e fornece substratos 
ideais para a conversão em glicose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paulo Emanuel – METABOLISMO 
 
8 
 
METABOLISMO DOS LIPÍDIOS 
 
ESTRUTURA QUÍMICA BÁSICA DOS 
TRIGLICERÍDIOS (GORDURA NEUTRA) 
 
 
TRANSPORTE DE TRIGLICERÍDIOS E OUTROS 
LIPÍDIOS NO TRATO GASTROINTESTINAL PELA 
LINFA | QUILOMÍCRONS 
 
Durante a digestão, a maioria dos triglicerídios é dividida em 
monoglicerídios e em ácidos graxos. Então ao passar pelas 
células epiteliais intestinais, os monoglicerídios e os ácidos 
graxos são ressintetizados em novas moléculas de 
triglicerídios que chegam à linfa como minúsculas gotículas 
dispersas, chamadas de quilomícrons, cujo diâmetro fica entre 
0,08 e 0,6 micrômetro. 
 
Embora os quilomícrons sejam compostos principalmente por 
triglicerídios, também contêm cerca de 9% de fosfolipídios, de 
3% de colesterol e de 1% de apolipoproteínas. Os 
quilomícrons são, então, transportados para cima pelo ducto 
torácico e esvaziados no sangue venoso circulante na junção 
das veias jugular e subclávia. 
 
Triglicerídios dos quilomícrons são hidrolisados pela lipase 
lipoproteica, e a gordura é armazenada no tecido adiposo. 
 
A maioria dos quilomícrons é removida da circulação 
sanguínea à medida que passa pelos capilares de vários 
tecidos, em particular do tecido adiposo, do músculo 
esquelético e do coração. Esses tecidos sintetizam a enzima 
lipase lipoproteica, que é transportada para a superfície das 
células endoteliais capilares, onde hidrolisa os triglicerídios 
dos quilomícrons à medida que entram em contato com a 
parede endotelial, liberando ácidos graxos e glicerol. 
 
os remanescentes dos quilomícrons enriquecidos com 
colesterol são rapidamente eliminados do plasma. Os 
remanescentes de quilomícrons se ligam a receptores nas 
células endoteliais dos sinusoides do fígado. A 
apolipoproteína E na superfície dos remanescentes de 
quilomícrons e secretada pelas células do fígado também 
desempenha um papel importante no início da depuração 
dessas lipoproteínas plasmáticas. 
 
Os “ácidos graxos livres” são transportados no 
sangue, combinados à albumina 
 
Em condições normais, apenas cerca de 3 moléculas de ácido 
graxo se associam a cada molécula de albumina, mas até 30 
moléculas de ácido graxo podem se acoplar a uma só molécula 
de albumina, quando a necessidade de transporte de ácido 
graxo é extrema. Isso mostra a variabilidade do transporte de 
lipídios sob diferentes condições fisiológicas. 
 
Lipoproteínas: sua função especial no 
transporte do colesterol e dos fosfolipídios 
 
A principal função das lipoproteínas é transportar seus 
componentes lipídicos no sangue. As lipoproteínas de 
densidade muito baixa (VLDL) transportam os triglicerídios 
sintetizados no fígado principalmente para o tecido adiposo. 
As outras lipoproteínas são especialmente importantes em 
diferentes estágios de transporte de fosfolipídios e de 
colesterol do fígado para os tecidos periféricos ou da periferia 
de volta ao fígado. 
 
 
 
Paulo Emanuel – METABOLISMO 
 
9 
 
Glicerol 
 
1. Produzir ATP – entrar no ciclo de Krebs 
2. Gliconeogênese – formar glicose 
 
A partir do Diidroxiacetona fosfato pode seguir esses dois 
caminhos 
 
 
 
Degradação de Ácidos Graxos 
 
 
O Acil-CoA entra na mitocôndria através da Acil-Carnitina e 
assim ao sofrer a beta-oxidação ou Ciclo de Lynen o Acil-CoA 
é transformado em Acetil-CoA. 
 
Acetil-CoA forma 10 ATP 
 
4 etapas do Ciclo de Lynen: 
 
• Desidrogenação – FADH2 
• Hidratação 
• Oxidação - NADH 
• Tiólise 
Ácidos graxos de cadeias longas repetem o ciclo várias vezes. 
Descobrimos a quantidade de beta-oxidações pela fórmula: 
 
(n/2) – 1 para cadeias pares 
 
(n-3) /2 para cadeias ímpares 
 
 
Obs.: Cada NADH produz 2,5 ATP. Cada FADH2 produz 1,5 ATP 
e cada Acetil-CoA 
Obs.: Em cadeia ímpares forma 1 Propinil-CoA, que gerará 5 
ATP e 1 Acetil-CoA a menos. 
 
 
Ex.: Ácido graxo com 26 carbonos 
 
13 acetil-CoA, 12 beta-oxidações, 12 FADH2, 12NADH e 176 
ATP. 
 
Obs.: A soma de ATP daria 178, porém 2 ATP são utilizados 
para ativação da via da beta-oxidação. 
 
Referências 
 
HALL, John E.; HALL, Michael E. Guyton & Hall - Tratado de 
Fisiologia Médica. Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 
9788595158696. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595
158696/. Acesso em: 29 mai. 2023. 
 
 
	METABOLISMO
	CATABOLISMO
	ANABOLISMO
	METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS
	Fosforilação da glicose
	Glicogênese: formação de glicogênio
	Glicogenólise: quebra do glicogênio armazenado
	Glicólise: clivagem da glicose para formar ácido pirúvico
	Conversão do ácido pirúvico em acetil coenzima A
	Ciclo do ácidocítrico (ciclo de Krebs)
	Nicotinamida adenina dinucleotídio
	Cadeia transportadora de elétrons
	Resumindo
	Fermentação Láctica
	Via da pentose fosfato
	Conversão de glicose em glicogênio ou gordura
	Gliconeogênese: formação de carboidratos a partir de proteínas e gorduras
	METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
	ESTRUTURA QUÍMICA BÁSICA DOS TRIGLICERÍDIOS (GORDURA NEUTRA)
	TRANSPORTE DE TRIGLICERÍDIOS E OUTROS LIPÍDIOS NO TRATO GASTROINTESTINAL PELA LINFA | QUILOMÍCRONS
	Os “ácidos graxos livres” são transportados no sangue, combinados à albumina
	Lipoproteínas: sua função especial no transporte do colesterol e dos fosfolipídios
	Glicerol
	Degradação de Ácidos Graxos
	Referências

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