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AVA 2 Historia da educação

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Educação, política, economia e participação 
popular: vários casos em um 
(Ditadura Militar) 
 
 
 
 
Thiffanny Laísa Batista da Silva 
Pedagogia 
Matricula: 1220105608 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
Junho de 2023 
A Educação brasileira tem uma história bem complexa, teve seu início no período Colonial com os 
Jesuítas que vieram a mando dos Portugueses para “domesticar” os indígenas. Após esse 
processo teve vários outros marcos como: A primeira instituição feita por Marquês de Pombal, A 
chegada da Família real, o Período Republicano. E um dos mais marcantes para a população 
brasileira foi o período da ditadura militar.O recorte do período da Ditadura Militar no Brasil (1964-
1985) em relação à educação brasileira, levando em consideração as variáveis política, economia 
e participação popular. 
 
Política: Durante a Ditadura Militar, o regime implantado buscou controlar diversos setores da 
sociedade, incluindo a Educação. No início do regime, ocorreram mudanças no sistema 
Educacional brasileiro para se adequar à ideologia e aos interesses dos militares no poder. Foi 
implantada uma política educacional que tinha como objetivo doutrinar os estudantes e promover 
valores conservadores e nacionalistas. 
A partir de 1968, foi decretado o Ato Institucional nº 5 (AI-5), que resultou em uma intensificação 
da repressão política e censura no país. Isso afetou diretamente o ambiente acadêmico, com 
perseguições a professores, estudantes e intelectuais que se opunham ao regime. A liberdade de 
expressão foi limitada e houve um controle rígido do conteúdo ensinado nas escolas, com a 
imposição de uma visão de mundo alinhada aos interesses do regime militar. 
 
Economia: Do ponto de vista econômico, o regime militar promoveu um modelo de 
desenvolvimento baseado na industrialização e no crescimento acelerado, conhecido como 
"milagre econômico". Esse modelo visava modernizar a economia brasileira e atrair investimentos 
estrangeiros. No entanto, apesar do crescimento econômico registrado durante o período, houve 
uma concentração de renda e um aumento das desigualdades sociais. 
 
No contexto da educação, o regime militar priorizou a expansão do sistema educacional, com a 
criação de novas Universidades e escolas técnicas. Houve um aumento significativo no número 
de matrículas, mas a qualidade da educação não recebeu a mesma atenção. Os investimentos na 
formação de professores e na melhoria das condições de ensino foram insuficientes, o que 
resultou em um ensino público precário em muitas regiões do país. 
 
Participação popular: Durante a Ditadura Militar, a participação popular na formulação das 
políticas educacionais foi limitada e controlada. Os sindicatos de professores foram perseguidos e 
suas atividades restringidas. Movimentos estudantis e organizações de alunos também foram 
duramente reprimidos. 
No entanto, ao longo do período, surgiram resistências e movimentos de oposição ao regime 
militar, incluindo estudantes, professores e intelectuais que lutavam por uma educação mais 
democrática e crítica. Esses movimentos ganharam força na década de 1970 e foram importantes 
para o processo de redemocratização do país. 
 
Portanto, durante a Ditadura Militar no Brasil, a política educacional foi marcada pela doutrinação 
ideológica e controle do conteúdo ensinado nas escolas. Economicamente, houve investimentos 
na expansão do sistema educacional, mas a qualidade da educação foi negligenciada. A 
participação popular na formulação das políticas educacionais foi limitada, mas movimentos de 
resistência surgiram ao longo do período. 
Referências 
GHIRALDELLI JR., Paulo. Pedagogia e História: O pensamento de Paulo Freire na Ditadura 
Militar Brasileira. São Paulo: Editora UNESP, 2000. 
XAVIER, Libânia Nacif; SANTOS, Lucília de Almeida Neves Delgado. Ditadura Militar, Educação 
e Educação Física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 33, n. 4, 2011. 
FARIA FILHO, Luciano Mendes; VIEIRA, Sofia Lerche. História da educação no Brasil: a escola 
pública no longo século XX. São Paulo: Editora UNESP, 2007. 
SCHWARTZMAN, Simon. Bases do autoritarismo brasileiro. São Paulo: Difusão Europeia do 
Livro, 1975.

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