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Dermatologia N2

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Der����zo����es
Aul� 19/04/2023
1. Introdução
● São alterações tegumentares, ocasionais
ou permanentes, desencadeadas por
protozoários, vermes ou insetos, sejam
eles parasitas ou não: percevejos, pulgas,
piolhos, larvas e moscas de vermes;
● Exemplos:
○ Parasitárias exclusivas do homem:
pediculose e oxiuríase;
○ Parasitárias não exclusivas do
homem: miíase, picada de pulgas;
○ Não parasitárias: picadas de
escorpião e aranhas, abelhas e
queimaduras por anêmonas;
● Mecanismos de lesão:
○ Mecanismo traumático: picada de
abelha;
○ Mecanismo tóxico;
○ Lesão de hipersensibilidade:
reação alérgica;
○ Granulomas: ferrão de abelha que
permanece na pele;
2. Infecções causadas por artrópodes
(ácaros e insetos)
2.1. Escabiose
● “Sarna”;
● Dermatose causada por ácaro,
intensamente pruriginosa, especialmente
à noite;
● 1 mês de incubação, iniciando com prurido
e erupção fina (pápulas);
● Doença muito contagiosa → roupas,
crianças de creche, pacientes de
hospital, institucionalizados em geral. A
maior parte do contágio é interpessoal,
mas também é possível haver contágio
por roupas e outros objetos;
● Sarcoptes scabiei variante hominis → a
sarna humana é exclusiva de humanos,
não sendo possível haver contágio por
animais de estimação;
○ Entra na pele superficialmente e
deixa uma trilha de ovos, e libera
substâncias bioquímicas, sendo
esses os fatores responsáveis pelo
prurido intenso;
○ A fêmea se movimenta e faz a
postura de ovos à noite;
● O contágio é direto e, geralmente, se faz
no leito - necessário tratar todos da
casa;
○ O contágio pode, ocasionalmente,
ser indireto, mas é menos comum;
● É uma doença mais comum no adulto,
especialmente sendo transmitida por
contato sexual - promiscuidade pode
aumentar a contaminação, gerando
pápulas nas regiões genitais, o que pode
causar confusão com ISTs;
○ Não é uma IST, mas pode ser
transmitida pelo contato sexual;
Isabela Valinho, 5ºP
● A lesão típica é o túnel escabiótico, de
cor acinzentada clara ou da cor da pele,
mas é mais fácil visualizar pápulas;
● Pode haver quadros exuberantes;
● Sítios de predileção: regiões genitais,
região de mãos, abdome, axilas;
● Formam-se papulocrostas e podem
ocorrer lesões urticariformes de
natureza alérgica onde não há túneis;
● Pode haver impetiginização secundária;
● Era mais comum em pacientes de classe
econômica baixa, devido à proximidade
das pessoas dentro das casas. Não
esquecer do contato sexual (agora classe
alta é mais comum por conta disso);
● Biópsia: larva na camada córnea;
● A larva pode penetrar na pele intacta;
● No saco escrotal e pênis, pode haver
pseudolinfoma: nódulos eritematosos
típicos, muito pruriginosos;
● Escabiose nodular:
○ O prurido pode ser prolongado
mesmo após o tratamento
escabicida;
● Sarna crostosa ou norueguesa:
○ Hiperceratose acentuada,
predominantemente acral
(incluindo áreas subungueais),
podendo ser disseminada;
○ Acomete imunocomprometidos:
idosos, HIV+ e transplantados;
○ Há comprometimento neurológico
e/ou da capacidade de coçadura:
não é pruriginosa;
○ A infestação ocorre por um
grande número de ácaros que são
altamente contagiosos;
○ Associada à falta de asseio;
○ Pode ser uma manifestação da
infecção por HTLV-1: solicitar
sorologia;
Isabela Valinho, 5ºP
● Tratamento
○ Orientações gerais: o prurido
pode permanecer por algumas
semanas após o tratamento
escabicida, deve-se fazer o
tratamento de todos da casa e
lavar os fômites;
○ Permetrina 5% creme ou loção é
eficaz e atóxico. É escolha para
crianças e também é eficaz em
adultos, gestantes e nutrizes.
Deve-se passar à noite e lavar pela
manhã, repetindo esse processo
por 2-7 noites consecutivas;
○ Enxofre precipitado 5-10% em
vaselina é um tratamento fraco e
irritativo, sendo utilizado apenas
para crianças muito pequenas (6
meses);
○ Monossulfiram é um fármaco
pouco utilizado, porque pode
apresentar efeito antabuse
(dissulfiram like);
○ Benzoato de benzoíla 25% é pouco
utilizado por ser irritante;
○ Ivermectina VO pode ser utilizada
para adultos ou crianças > 5A para
tratamento de sarna norueguesa;
2.2. Pediculose
● Infestação da pele por um inseto
hematófago, causando considerável
irritação. Os piolhos têm 6 patas e não
têm asas. Duas espécies são específicas
de humanos: Phthirus pubis (chato -
pubiano) e Pediculus humanus (pode
afetar a cabeça ou o corpo);
● Pediculose capitis
○ É uma infestação do couro
cabeludo que ocorre
particularmente em crianças em
idade escolar e, ocasionalmente,
em adultos;
○ A transmissão pode ocorrer por
compartilhamento de bonés,
escovas de cabelo e pentes ou pelo
contato físico geral entre crianças
e seus pais ou professores;
○ A lêndea é o ovo do piolho,
podendo ser observada ao longo
dos fios. É diagnóstico diferencial
de piedra branca, uma micose que
acomete os fios de cabelo. A
piedra branca envolve todo o fio,
sendo necessária a remoção do fio
para a retirada da piedra,
enquanto a lêndea se localiza em
apenas um lado do fio e pode ser
retirada sem danificá-lo;
○ O diagnóstico de pediculose do
couro cabeludo é sugerido pela
queixa de prurido e pode ser
confirmado pela presença de ovos
(lêndeas), que são ovoides,
esbranquiçados e aderentes à
haste do cabelo, ocupando uma
porção lateral. A coçadura pode
Isabela Valinho, 5ºP
causar escoriações e infecção
secundária;
○ A região clássica de acometimento
é a região occipital;
● Pediculose do corpo
○ Acomete comumente pessoas
institucionalizadas e pode ocorrer
por falta de asseio;
○ É caracterizada por prurido de
intensidade variável e urticas, que
podem ter pontos purpúricos
centrais;
○ As áreas comumente afetadas são
a interescapular, o ombro, a face
posterior das axilas e as nádegas;
○ O diagnóstico é confirmado pela
presença do parasito nas roupas;
● Pediculose pubiana (ftiríase)
○ Causada pelo chato (Phthirus
pubis), localiza-se, normalmente,
em pelos pubianos e perianais,
podendo afetar outras áreas
(axilas, tronco, coxas,
sobrancelhas, cílios);
○ Suspeita-se de pediculose pubiana
por presença de prurido, que pode
ou não ser acompanhado de
escoriações e eczematizações;
● Tratamento
○ Pediculose do couro cabeludo:
aplicar xampu de permetrina 1%
por 5-10 minutos e enxaguar,
repetindo o processo após uma
semana. Deve-se fazer a retirada
manual com pente fino após passar
vinagre diluído em 50% com água
morna;
■ SMZ-TMP (bactrim) VO é
um tratamento reservado
para casos graves;
○ Pediculose do corpo: higiene e
lavagem da roupa são suficientes
para a cura. Pode-se usar loção de
permetrina 5% ou solução de
lindano. Deve-se retirar as
lêndeas e tratar todos da casa/
contatantes;
3. Dermatoses causadas por hemípteros
(percevejos e barbeiros)
3.1. Cimicidíase
● Causada por percevejos de hábitos
noturnos, que se alojam em fendas ou
buracos de móveis (especialmente camas,
por isso também chamados de bedbugs)
e, à noite, sugam o humano;
● Comum em viagens para a europa;
● A picada causa urtica bastante
pruriginosa, podendo ocorrer lesões à
distância, por sensibilização;
● A lesão é comumente chamada de “lesão
café da manhã-almoço-janta”;
● Tratamento: corticóide tópico e
anti-histamínicos (ex: loratadina) para
reduzir o prurido e a reação alérgica;
Isabela Valinho, 5ºP
4. Dermatoses causadas por Siphonaptera
(pulgas)
4.1. Tunguíase
● Popularmente chamada de “bicho de pé”,
a tunguíase é causada pela Tunga
penetrans, uma pulga comum de zonas
rurais, presente em chiqueiros e currais,
cujos hospedeiros habituais são suínos e
seres humanos;
● São pulgas hematófagas. A fêmea
fecundidade penetra na pele introduzindo
cabeça e tórax e deixando o estigma
respiratório para fora e, alimentando-se
do sangue do hospedeiro, desenvolve
ovos, dilatando enormemente seu
abdome;
● Clínica: discreto prurido inicial e, após,
sensação dolorosa. O exame apresenta
pápula amarelada com ponto escuro
central (que é o segmento posterior,
contendo ovos);
● Tratamento: enucleação da pulga com
agulha estéril e desinfecção;
● Na vigência de infecção secundária,
administrar antibiótico VO;
● Em casos de infestaçõesintensas:
ivermectina em dose única ou
tiabendazol;
● Profilaxia: uso de calçados em áreas
suspeitas e eliminação das fontes de
infestação;
4.2. Pulíase
● Dermatose causada por Siphonaptera
(pulgas). A espécie de maior interesse é a
Pulex irritans, que tem o homem como
hospedeiro habitual, mas também pode
ser encontrada em outros animais, como
cão, gato, porco e rato (ou seja, essa
pode ser transmitida por animais
domésticos);
● Clínica: a picada causa urtica variável,
podendo ocorrer lesões a distância;
● A importância da Pulex irritans é que,
mesmo sendo própria de humanos e
animais domésticos, eventualmente pode
ser vetora da peste (Yersinia pestis) e da
riquetsiose;
● Tratamento: creme de corticóide e, se
necessário, anti-histamínicos VO;
Isabela Valinho, 5ºP
● Profilaxia: dedetização de alojamentos e
eliminação das pulgas de animais
domésticos;
5. Dermatoses causadas por dípteros
(mosquitos e moscas)
5.1. Miíase
● É causada pela infestação de animais
vertebrados (inclusive o homem) por
larvas de moscas (dípteros). As larvas se
alimentam de tecidos variáveis ou
necrosados, de fluidos corporais ou
alimentos ingeridos;
● É comum em regiões tropicais,
especialmente em áreas rurais, sendo
mais acometidas as pessoas com baixo
nível socioeconômico e com hábitos de
higiene precários;
● A miíase furunculoide é produzida por
moscas parasitas obrigatórias, que
penetram na pele exposta;
● Clínica: lesão nodular, dolorosa (sensação
de ferroadas), eventualmente pruriginosa
e discretamente inflamatória, de aspecto
furunculoide;
● Pode haver infecção secundária
(erisipela, abscesso);
● Tratamento: retirada manual com pinça
após espremedura da lesão e aplicação de
gaze embebida em éter no local para
matar a larva OU asfixia da larva com
vaselina na superfície do orifício com
esparadrapo sobre a lesão, forçando a
saída da larva;
● Profilaxia: repelentes de insetos;
● Miíase secundária pode ocorrer
(produzida por moscas não parasitas) e
miíase cavitária (que ocorre em regiões
cavitárias);
6. Dermatoses causadas por helmintos
6.1. Larva migrans
● Dermatose causada por nematelmintos,
também chamada de bicho geográfico ou
bicho de praia (o contágio pode ocorrer
na areia da praia devido à contaminação
por fezes de animais domésticos);
● Ocorre por conta da penetração de
larvas de Ancylostoma braziliensis ou
canium, parasitas normais do cão e do
gato;
● Clínica: dermatite linear serpeante de
trajeto sinuoso, que causa uma erupção
ligeiramente saliente, a qual apresenta
uma pápula onde a larva se localiza. É
pruriginosa (prurido moderado a intenso);
● Tratamento: albendazol, tiabendazol ou
ivermectina (VO ou tópico, sendo VO mais
eficaz e mais recomendado);
Isabela Valinho, 5ºP
In�e�ções se����me��� t�a�s���síve��
Aul� 26/04/2023
1. Introdução
● ISTs são agravos de grande importância
para a saúde pública, com elevada
morbidade e mortalidade e que, portanto,
devem ser levadas em consideração;
2. Classificação epidemiológica
● Doenças essencialmente transmitidas por
contágio sexual: sífilis, gonorreia, cancro
mole, linfogranuloma venéreo e uretrite
por Chlamydia spp;
● Doenças frequentemente transmitidas
por contágio sexual: donovanose,
uretrites não gonocócicas, condiloma
acuminado, herpes simples genital,
candidíase genital, ftiríase, Monkeypox,
hepatite A, B e C e AIDS;
● Doenças eventualmente transmitidas por
contágio sexual: escabiose, pediculose,
molusco contagioso, shigelose, amebíase e
hepatites A e C;
3. Molusco contagioso
4. Condiloma acuminado
● HPV não oncogênico;
● Aspecto verrucoso;
● Pode haver quadro clínico extenso na
coinfecção HIV;
5. Classificação pelo aspecto clínico
predominante
● Lesões de inoculação (úlceras): sífilis,
cancro mole, donovanose e linfogranuloma
venéreo;
● Predominância de exsudatos: uretrites e
vaginites gonocócicas e não gonocócicas
(bacterianas, parasitárias, virais,
micóticas, traumáticas e inespecíficas);
● Manifestações clínicas diversas e
próprias de cada doença:escabiose,
dermatofitoses, pediculose pubiana,
condiloma acuminado, amebíase,
oxiuríase, hepatites A, B e C e AIDS;
6. Fatores de risco
● Múltiplos parceiros (promiscuidade);
● Coito anal;
● Sexo sem preservativo;
● Compartilhamento de drogas;
Isabela Valinho, 5ºP
7. Conduta
● Nunca examinar sem a presença de outra
pessoa;
● Sempre chamar o parceiro sexual para a
próxima consulta;
8. Sífilis
● Úlcera única sem exsudação (lesão
“limpa”) indolor;
● Secundária: máculas/ placas ligeiramente
elevadas, acastanhadas com descamação
periférica em halo;
● É uma doença muito comum e chamada de
“imitadora”, porque pode mimetizar
outras;
● As lesões podem ser extragenitais;
● Na maior parte das vezes, o contágio é
sexual, também podendo ser vertical;
● É causada pelo Treponema pallidum, uma
espiroqueta não cultivável, que é
exclusiva do homem e não gera imunidade
duradoura;
● É uma doença sistêmica desde o início,
que pode evoluir com quadros de
exacerbação e acalmia e pode acometer
praticamente todos os órgãos;
● Em concomitância com a AIDS, pode
haver formas clínicas atípicas, inclusive a
sífilis maligna precoce;
● É mais comum entre os homens e entre os
jovens;
● A notificação é compulsória;
● A lesão é indolor;
● Sífilis primária é o cancro duro (úlcera
não dolorosa), secundária tem diversas
manifestações e ocorre 3-10 semanas
após o cancro inicial, e terciária tem
lesões diversas em múltiplos sistemas;
● Sífilis recente é até um ano de infecção.
Após, é chamada de sífilis tardia. A
recente é muito contagiosa, mas pouco
destrutiva, enquanto a tardia é pouco
contagiosa, mas muito destrutiva;
8.1. Sífilis primária
● Cancro duro/ protossifiloma 9-90 dias
após contato sexual de risco;
● Úlcera indolor de fundo limpo,
normalmente única, que involui
espontaneamente e não deixa cicatriz. Na
mulher, pode estar no colo uterino;
● A imunidade não é duradoura, por isso
sempre tratar o paciente e o parceiro;
8.2. Sífilis secundária
● Roséola sifilítica: máculas castanhas,
eritemato-arroxeadas com colarete de
Biett (descamação em halo);
● As lesões são palmoplantares;
● Pode haver perda de cabelos, de
sobrancelhas e de unhas;
● Pacientes com fototipo alto têm maior
tendência a lesões mais exuberantes;
8.3. Sífilis tardia
● Meningite, tabes dorsalis, alterações
cardiovasculares (inclusive aneurisma de
aorta) e gomas sifilíticas (abscessos);
● Neurossífilis;
● Tabes dorsalis normalmente ocorre
15-20 anos após a infecção;
8.4. Sífilis congênita
● Deve ser feita a triagem para a sífilis no
1º e no 3º trimestre da gestação, porque
predispõe a perda fetal e natimortos;
● Não ocorre transmissão pelo leite
materno: não é contraindicado o
aleitamento;
● O bebê pode nascer com roséola
sifilítica;
8.5. Sífilis maligna precoce
● É uma vasculite em pacientes com
coinfecção HIV e sífilis;
● Pápulas com necrose central;
● Sintomas sistêmicos como mialgia, febre
e cefaleia surgem associados a pápulas,
nódulos, crostas e necrose central;
8.6. Diagnóstico de sífilis
Isabela Valinho, 5ºP
● Sorologia (testes treponêmicos e não
treponêmicos): VDRL e FTABS (positiva
primeiro);
8.7. Tratamento
● Penicilina G benzatina 2,4 milhões de U
(metade em cada glúteo) de 7 em 7 dias
durante 2 semanas;
● VO: tetraciclina, eritromicina, doxiciclina
(muito tempo de terapia);
9. Cancro mole
● Úlceras múltiplas ou úlcera única,
dolorosa e exudativa;
● Haemophilus ducreyi;
● Mais comuns em homens jovens;
● Diagnóstico: cultura, PCR, bacterioscopia;
● Comum associação com outras ISTs;
● Tratamento: azitromicina 1g dose única;
10. Donovanose
● Úlceras largas e rasas, bilaterais e
simétricas (em espelho);
● Também é chamada de granuloma
venéreo;
● Klebsiella granulomatis, bactéria
saprófita do intestino - por isso acomete
com mais frequência a região genital;
● Período de incubação de
aproximadamente 1 ano;
● Exames: PCR, cultura, sorologia;
● Podem ocorrer lesões bizarras e
extensas;
● Tratamento: doxiciclina, azitromicina;
11. Linfogranuloma venéreo
● Bubão: acometimento linfonodal comfistulização e drenagem de conteúdo;
● Chlamydia trachomatis;
● Papulovesícula com pequena erosão,
febre, cefaleia e prostração;
● 3 estágio clínicos: lesões iniciais e
precoces, acometimento linfonodal e
síndrome anogenital;
● Pode causar elefantíase peniana;
● Tratamento: azitromicina dose única;
12. Gonorréia
● Mais comum no homem. O paciente sente
uma queimação ou ardência na uretra,
seguida de fluxo uretral mucoso e depois
mucopurulento, espesso, abundante,
amarelo-esverdeado, mais intenso pela
manhã;
● Na mulher, pode ser mais assintomática,
mas pode levar a salpingite e à
infertilidade;
● Pode ocorrer contaminação ocular;
● Exames: clínica + laboratorial (sorologia,
PCR, cultura);
● Tratamento: 1 comprimido de cipro + 2 de
azitro;
13. Clamídia
Isabela Valinho, 5ºP
● Diferente da gonorréia, a secreção da
clamídia é leitosa e clara;
14. AIDS
● HIV é uma epidemia mundial e, em algum
momento, os pacientes com HIV
apresentam lesões de pele e/ou mucosa;
● As manifestações são divididas em:
infecciosas, neoplásicas, inflamatórias
(como dermatite seborreica e psoríase) e
manifestações associadas ao tratamento
antirretroviral;
● As dermatites estão associadas à
quantidade de linfócitos T-CD4 que o
paciente tem:
● Pacientes com AIDS têm tendência a
sofrer quadros mais graves, exuberantes
e disseminados de infecção:
Isabela Valinho, 5ºP
● Candidíase oral e vulvovaginal e molusco
contagioso sem remissão após tratamento
são indicativos de AIDS;
● Sarcoma de Kaposi também é associado à
AIDS, assim como a leucoplasia pilosa
oral;
● Quadros extensos de Monkeypox
ocorrem em pacientes com AIDS, sendo
muito comum em regiões genitais;
● Diagnóstico de HIV
● Tratamento de HIV: terapia
antirretroviral
○ Alguns medicamentos também
podem fazer lesões de pele e
anexos: escurecimento de mucosas
e unhas, etc;
Isabela Valinho, 5ºP
Han���ías� e o�t��� mi����c�e���se�
Aul� 03/05/2023
1. Introdução
● São infecções de importância
médio-social e a primeira doença foi a
hanseníase. No entanto, até o momento,
não foi possível cultivar o bacilo de
Hansen, porque se trata de um bacilo
álcool-ácido resistente (BAAR) de
reprodução muito lenta;
● Mycobacterium leprae causa hanseníase,
M. tuberculosis causa tuberculose e M.
bovis é utilizada para produzir a vacina
BCG;
2. Hanseníase
2.1. Introdução
● A hanseníase, lepra ou mal de Hansen é
uma doença infectocontagiosa de
evolução crônica, causada por M. leprae
(BAAR). O contágio é principalmente
interpessoal, especialmente por vias
aéreas superiores (geralmente
domiciliar);
● Definição de caso (OMS) - uma ou mais
das seguintes características: lesão de
pele com alteração de sensibilidade,
acometimento de nervos com
espessamento neural, baciloscopia
positiva para M. leprae (baciloscopia
negativa não afasta o diagnóstico);
● O BAAR se multiplica lentamente e gosta
de viver no SNP e na pele, não afetando o
SNC. Essa doença, portanto, se
manifesta principalmente em nervos
periféricos e na pele, causando
alterações de sensibilidade e, às vezes,
motilidade. Podem ocorrer deformidades
e mutilações, que eram responsáveis pela
estigmatização dos portadores;
● 85% dos casos de hanseníase registrados
nas Américas são no Brasil, e ocorreu
uma redução das taxas de prevalência e
detecção com a implantação do
tratamento;
2.2. Agente etiológico
● É um BAAR de reprodução muito lenta
(11-16 dias), parasita intracitoplasmático
obrigatório;
● Coloração de Ziehl-Neelsen: revela a
presença de globias;
● O lipídio dominante da parede celular que
confere ao M. leprae especificidade
imunológica é o PGL1, por isso, pode-se
fazer sorologia de PGL1 como método
diagnóstico;
● O BAAR é eliminado em grande
quantidade nas secreções nasais da
orofaringe (via mais frequente de
transmissão), podendo também ser
eliminado por soluções de continuidade da
pele;
● BAAR tem infectividade alta e
patogenicidade e virulência baixas, o que
explica o fato de que muitas pessoas se
infectam em áreas endêmicas, mas
somente uma minoria adoece;
● Incubação: 2-5 anos;
2.3. Clínica
● Evolui de maneira crônica (devido ao
período de incubação longo),
apresentando, eventualmente, períodos
de agudização denominados reações
hansênicas, que são o principal problema
da hanseníase (são decorrentes do
tratamento);
Isabela Valinho, 5ºP
● Quadros variados:
○ Placas/ manchas eritematosas ou
hipocrômicas;
○ Deformidades importantes,
atingindo musculatura dos olhos,
causando também desabamento de
asa de nariz;
○ Muito comum o acometimento da
orelha;
● Há uma correlação muito nítida entre as
apresentações clínicas e o grau de
imunidade inata específica do paciente, o
que reflete no espectro de apresentação
da doença:
○ Tuberculoide: boa imunidade
celular;
○ Quadros Virchowianos: imunidade
celular mais baixa;
2.4. História natural da doença
● Penetração do Bacilo de Hansen no
organismo humano → estímulo do sistema
imunocelular → evolução da doença (pode
ocorrer de diversas maneiras:
○ Pode ocorrer uma resistência
natural que aborta a infecção;
○ Pode evoluir para a manifestação
subclínica, que pode regredir
espontaneamente, ou para a forma
indeterminada;
■ A indeterminada também
pode ser abortada
espontaneamente, ou pode
evoluir para:
● Tuberculoide
(paucibacilar): o
paciente tem alto
grau de resistência
(Mitsuda positiva) e
tem boa resposta
imunocelular;
● Virchowiana
(lepromatosa -
multibacilar):
paciente não tem
resistência. É a
forma grave e
contagiosa, que
cursa com níveis
elevados de
anti-PGL-1;
● Borderline/ dimorfo
(multibacilar):
imunidade
intermediária;
2.5. Classificação atual
● Paucibacilares (PB): doentes com
baciloscopia negativa, abrangendo todos
os tuberculóides e indeterminados;
Isabela Valinho, 5ºP
● Multibacilares (MB): com baciloscopia
positiva, dos quais fazem parte todos os
virchowianos e dimorfos;
2.6. Forma indeterminada
● É a forma normalmente inicial da doença,
caracterizada por manchas hipocrômicas
ou eritemato-hipocrômicas com
hipoestesia;
● Geralmente, são poucas lesões, com
bordas bem ou mal definidas;
● Em crianças, é comum a localização na
face e nos MMII;
2.7. Forma tuberculóide
● As lesões têm aspecto papuloso ou
tuberoso, na maior parte das vezes
agrupando-se em placas de tamanhos
variados, com boa delimitação;
● Podem formar lesões circinadas ou
anulares, assimétricas, quase sempre
únicas ou pouco numerosas;
● O paciente é paucibacilar;
● Característico de hanseníase
tuberculóide: acometimento de orelha
(pápula) e espessamento de N. auricular
magno;
● A hipo ou anestesia é precoce e sempre
ocorre. Em geral, o comprometimento
neurítico é de um ou poucos nervos. Em
raros casos (elevada resistência), pode
haver necrose do nervo. A hanseníase
tuberculoide pode se manifestar como
forma neural única, sem lesões cutâneas;
● Forma mais comum: placa eritematosa
com bordas elevadas e bem demarcadas,
anestésica;
● O sinal da raquete é caracterizado por
um nervo espessado que forma um
trajeto a partir de uma lesão cutânea, em
geral mais perceptivo nas reações
hansênicas;
● Pode se apresentar como placas
eritematosas anulares, secas e
ligeiramente descamativas, facilmente
sendo confundidas com dermatomicoses;
Isabela Valinho, 5ºP
● Nodular infantil: auto resolutiva, mas
deve ser tratada a fim de evitar sequelas
neurológicas. Epidemiologicamente,
reflete o grau de contaminação, já que a
transmissão se dá pelo doente
multibacilar;
2.8. Forma dimorfa ou borderline
● Lesões infiltrativas de cor variando entre
eritema e coloração ferrugínea;
● Lesões anulares com borda interna nítida
e externa apagada (denominadas
“esburacadas” ou em “queijo suíço”) são
encontradas com frequência;
● Sua distribuição é assimétrica e,
eventualmente, a infiltração de um único
lóbulo auricular sela o diagnóstico;
● Alguns casos apresentam muitas
características da apresentação
virchowiana e outros exibem
características da tuberculoide. Podem
existir lesões com características de
ambas as apresentações no mesmo
paciente;
● O comprometimento dos nervos é
assimétricoe a instabilidade imunológica
faz com que, nesses pacientes, os
episódios reacionais sejam frequentes;
● Mais comum em homens adultos jovens;
2.9. Forma Virchowiana
● A hanseníase virchowiana é caracterizada
por lesões cutâneas eritematoinfiltradas
com limites externos pouco nítidos;
● A cor das lesões é eritematoacastanhada
e eritematoamarelada;
● Tubérculos e nódulos ocorrem com
frequência;
● São, em geral, simétricas e se localizam
em praticamente todo o corpo;
● Ocorre madarose (queda dos terços
externos dos supercílios) bilateral;
● A anestesia é mais tardia, “em luva” ou
“em bota” e bilateral e é comum a
polineurite simétrica;
● As mucosas nasal, orofaríngea e ocular se
apresentam infiltradas;
● Fácies virchowiana/ leonina: madarose e
desabamento de nariz, decorrente de
infiltrações;
Isabela Valinho, 5ºP
● Os pavilhões auriculares, sobretudo os
lóbulos, apresentam-se infiltrados;
● Pode haver adenopatia e
comprometimento de outros órgãos
(laringe, testículos, baço, fígado e
outros);
● O acometimento dos testículos pode
levar à infertilidade;
● Fácies leonina;
2.10. Formas especiais
2.10.1. Difusa/ Lepra bonita/
Lúcio Latapi Alvarado
● O tegumento se apresenta como uma
única infiltração, conferindo à pele um
aspecto “liso e brilhoso”;
● O paciente é multibacilar;
● Há madarose e alterações sensitivas;
2.11. Outras manifestações clínicas-
lesões neurais
● As lesões começam nos ramúsculos,
podendo evoluir para acometimento de
nervos superficiais e troncos nervosos
mais profundos;
● A lesão dos troncos neurais determina
alterações sensitivas, motoras e
autonômicas;
● Quando o comprometimento é
ramuscular, as lesões são essencialmente
sensitivas e a primeira sensibilidade a ser
alterada é a térmica, seguida pela
dolorosa e, por último, a tátil;
● Com a evolução, os nervos podem se
tornar espessados e dolorosos à palpação
e/ou percussão, podendo também haver,
Isabela Valinho, 5ºP
à percussão, choque que irradia para o
território correspondente a esse nervo:
sinal de Tinel;
2.12. Sequelas
● Deformidades por perda óssea;
● Infiltrações → fáscies leonina;
● A hanseníase, embora curável, pode
causar incapacidade física e social pelas
deformidades físicas e os preconceitos e
estigmas que envolvem a doença desde a
antiguidade. As formas precoces cursam
com pouca ou nenhuma sequela, e as
formas crônicas de longa data cursam
com sequelas importantes;
2.13. Reações hansênicas
● Podem ocorrer antes, durante ou após a
instituição do tratamento específico;
● São fenômenos agudos que interrompem
a evolução crônica da doença;
● Os 2 tipos de reações hansênicas
refletem o processo inflamatório
imunomediado, envolvendo distintos
mecanismos de hipersensibilidade;
● A reação do tipo 1 é mais comum em quem
tem alta imunidade celular;
● A reação do tipo 2 é mais comum em
quem tem alta imunidade humoral;
2.13.1. Reação tipo 1/ reversa
● Doentes paucibacilares e multibacilares;
● Bastante eritema e infiltração de lesões
pré-existentes;
● Bom estado geral;
● Na reação reversa, as lesões cutâneas
pré-existentes se tornam mais
eritematosas, intumescidas, edematosas
e infiltradas e, nos casos mais graves,
podem ulcerar;
2.13.2. Reação tipo 2/ eritema
nodoso hansênico
● Pacientes multibacilares;
● Quadro de febre e mal estar associado;
● Eritema nodoso e quadros disseminados;
Isabela Valinho, 5ºP
● Fenômeno de Lucio: ocorre nos pacientes
virchowianos;
● Alta imunidade humoral e baixa
imunidade celular;
2.14. Diagnóstico
● O diagnóstico de hanseníase é
eminentemente clínico;
● Exames complementares: baciloscopia,
histopatologia da lesão (presença de
globias), sorologia anti-PGL-1, PCR;
● Diagnóstico neurológico: teste de
histamina (ausência do eritema) e/ou da
pilocarpina (anidrose);
2.15. Teste de Mitsuda e resposta
celular do hospedeiro
● Mitsuda positivo: paucibacilar - alta
imunidade celular e baixa humoral;
● Mitsuda negativo: multibacilar - alta
imunidade humoral e baixa celular;
● Faz analogia com o PPD: faz inoculação e
analisa o resultado. Não se faz de rotina;
2.16. Tratamento
● Objetivo: cura - interromper a cadeia
epidemiológica e evitar o aparecimento
de incapacidades;
● O esquema terapêutico deve ser o mais
potente e eficaz possível, de modo a
evitar o aparecimento de resistência
microbiana, aliado à baixa ocorrência de
efeitos colaterais;
● Esquema antigo:
○ Paucibacilar - 6 doses mensais
supervisionadas de rifampicina em
até 9 meses + sulfona
autoadministrada;
○ Multibacilar - 12 doses mensais
supervisionadas de rifampicina em
até 18m + sulfona e clofazimina
autoadministradas diariamente;
● A partir de 2020:
○ 12 doses tanto para pauci quanto
para multibacilares, sendo a
duração de 6 meses para pauci e
12 meses para multibacilar;
● Existem esquemas alternativos para
casos de alergia e resistência;
● OBS: rifampicina, a partir da 3ª dose,
pode levar a quadros de síndrome aguda
viral;
3. Tuberculose cutânea
● Cada vez menos comum, configurando
menos de 1% de tuberculose em humanos;
● Normalmente ocorre por inoculação
direta (ex: BCG) ou por contaminação;
Isabela Valinho, 5ºP
● Pode decorrer, também de PPD (teste
tuberculínico);
● Pode haver formas disseminadas;
● A forma mais comum no Brasil é a
escrofuloderma:
○ Abscessos frios que evoluem com
fistulização, ulceração e
aparecimento de bridas
cicatriciais (goma);
4. Micobacterioses atípicas
4.1. M. fortuitum
● Sua importância é crescente, porque
pode ocorrer contaminação em
procedimentos cirúrgicos e
procedimentos estéticos realizados em
locais inadequados, então, normalmente,
são uma complicação pós-cirúrgica;
Isabela Valinho, 5ºP
Der����mi����s
1. Introdução
● As micoses podem ser divididas entre
micoses superficiais, profundas e
subcutâneas e micoses oportunistas;
● As superficiais são na epiderme, na
córnea ou nos anexos, tendo como
principal forma de disseminação o
contato interpessoal;
● As profundas se tratam principalmente
de esporotricose e
paracoccidioidomicose, que são muito
comuns no Brasil. Esporotricose é
transmitida por plantas, mas também
pode ser transmitida por gatos;
● Oportunistas: candidíase e mucormicose
(o “fundo negro” devido à necrose);
● Micoses sistêmicas: histoplasmose,
criptococose;
2. Micoses muito superficiais
2.1. Piedras
● São infecções fúngicas dos cabelos muito
superficiais;
● Não acometem o folículo, porque se
localizam somente na haste capilar;
● Piedra negra: nódulos pretos
endurecidos;
● Piedra branca: nódulos brancos
endurecidos que envolvem a haste capilar;
○ DD com pediculose (lêndeas);
● Fazem concreção sólida em volta do
cabelo;
2.2. Tinha negra
● Infecção fúngica muito superficial;
● Rara;
● Tratamento com pomada antifúngica;
● Mancha preta em região palmar,
geralmente em apenas um lado;
● Dermatoscopia: espículas homogêneas;
2.3. Pitiríase versicolor
● “Pano branco”;
● Infecção fúngica de distribuição
universal, acomete igualmente homens e
mulheres e pode ocorrer em qualquer
idade, sendo mais comum na idade adulta,
porque há uma relação com atividade
hormonal;
● Causada pela levedura Malassezia furfur,
que tem tropismo por regiões mais
oleosas da pele, ricas em glândulas
sebáceas;
● Associada à dermatite seborreica;
● Clínica:
○ Apresentações variadas;
○ Lesões eritematosas,
hipocrômicas ou acastanhadas;
○ Pode haver prurido, mas não é
obrigatório;
○ Apresentação mais comum:
máculas ou placas ligeiramente
elevadas hipocrômicas ou
acastanhadas ou eritematosas, em
regiões ricas em glândulas
sebáceas;
○ Sinal de Zileri (estiramento)
presente: faz-se um estiramento
e a lesão faz uma descamação
farinácea (fina);
● Tratamento:
Isabela Valinho, 5ºP
○ Tópico: xampu antifúngico
(cetoconazol), sulfeto de selênio,
piritiona de zinco, ciclopirox;
○ VO: fluconazol, itraconazol 200
mg/dia 5-7d ou 100 mg/dia por
14d;
3. Micoses superficiais
● São dermatofitoses, que podem ser
antropofílicas, zoofílicas ou geofílicas,
sabendo-se que geofílicas geralmente são
mais graves, assim como zoofílicas.
Geofílicas e zoofílicascursam com
processo inflamatório importante;
3.1. Tinhas
● Corporis, captis, cruris, facieis, incógnita
(corticoides), granulomatosa, pedis,
manus, barbae;
3.1.1. Corporis
● Lesões de tamanhos variados,
avermelhadas e descamativas, não sendo
necessário fazer o sinal de Zileri para
observar a descamação. Além disso, as
lesões apresentam borda circinada
(rendada) de crescimento centrífugo (o
centro se torna normal e a parte externa
mais ativa);
● É comum haver prurido;
● Locais mais comuns: braço, face, pescoço;
● Diagnóstico diferencial com hanseníase
tuberculoide: fazer teste de
sensibilidade;
● Características sempre presentes:
eritema, descamação, nitidez de borda,
prurido, liquenificação;
3.1.2. Cruris
● Máculas eritematosas;
● A sudorese pode mascarar a descamação;
● DD com dermatite de contato e
eritrasma;
● Comum em pessoas com hiperidrose, com
uso recorrente de roupas justas;
3.1.3. Pedis
● Muito comum;
● Se muito inflamatória, pode haver
pústulas, geralmente por fungos de
plantas ou animais;
3.1.4. Facieis
● Borda ativa sempre presente;
● Comum em crianças;
3.1.5. Incógnita
● Associada ao uso de corticoides tópicos
de forma contínua e/ou outros
imunossupressores;
3.1.6. Interdigital
● É comum o acometimento de regiões
interdigitais;
● “Frieira”;
● Observar unhas;
3.1.7. Captis
● Não é muito comum e, quando ocorre, é
mais comum em crianças;
● Pode haver perda definitiva de cabelos,
porque ele penetra no cabelo e quebra os
fios;
● Apresenta descamação;
● DD com alopecia areata;
● Pode ser tricofítica ou microfítica
○ Tricofítica é mais comum no
nordeste, tem vários pontos de
alopécia;
○ Microfítica é mais comum no sul e
no sudeste e tem um placa única
de alopécia;
Isabela Valinho, 5ºP
● Teste com luz de Wood: revela
fluorescência verde-azulada;
● Kerion Celsium: intensa supuração,
presença de pus e processo inflamatório
intenso. Normalmente leva à perda de
cabelo;
3.2. Onicomicose
● Cuidado com compartilhamento de lixas
de unha;
● As unhas podem estar destruídas, pode
haver onicólise, paroníquia e outras
alterações;
● Apresentação mais comum: unha com uma
parte amarelada, semelhante a um creme
- trata-se de um material purulento;
● Tratamento: esmalte de ciclopirox
olamina + fluconazol VO
○ Sempre solicitar exames de
função renal e hepática, porque o
fluconazol metaboliza o CYP;
4. Micoses subcutâneas e profundas
4.1. Esporotricose
● Infecção causada pelo Sporothrix
schenkii;
● Característica principal: disseminação
linfática a partir do cancro de inoculação;
● É a micose subcutânea mais comum;
● Esporotricose, na maior parte das vezes,
é transmitida por plantas, mas também é
comum a transmissão por animais;
● Diagnóstico: punção em gânglio linfático
para exame micológico e cultura;
4.2. Cromoblastomicose
● Não é uma micose subcutânea muito
comum;
● É mais comum em zona rural;
● A lesão tem aspecto verrucoso;
● O fungo, no histopatológico, tem aspecto
de grão de café;
4.3. Paracoccidioidomicose
● É a micose crônica mais comum do Brasil;
● É uma doença pulmonar que evolui com
acomeitmento da pele;
● É mais comum em zona rural e no sexo
masculino, exceto em mulheres na
menopausa;
● Tabagismo e etilismo crônico
desempenham um papel importante na
disseminação da doença;
● Forma mais comum: forma crônica com
acometimento pulmonar;
● Formas agudas: disseminação
hematogênica;
● Estomatite moriforme: mucosa de região
oral com aspecto inflamado/ infiltrado e
com pontilhado hemorrágico;
● Na forma aguda, há comprometimento do
sistema linfático;
● A forma aguda é mais comum em jovens;
● Pode haver “bubão”: DD com
linfogranuloma venéreo;
● Pode haver hepatoesplenomegalia na
forma aguda;
● Tratamento:
○ Itraconazol;
■ Se for gestante,
anfotericina B;
○ ZMZ+TMP para casos mais
resistentes;
4.4. Doença de Jorge Lobo ou
Lobomicose
● Tem aspecto queloidiano;
● DD com hanseníase virchowiana;
5. Micoses oportunistas
5.1. Candidíase
● É uma levedura muito comum em
pacientes imunocomprometidos;
● É uma doença definidora de HIV;
Isabela Valinho, 5ºP
● Pode ocorrer nas unhas, nas cutículas,
entre os dedos, em região genital
(vaginite e balanite), oral, no ângulo da
boca (queilite angular);
● É uma lesão brancacenta;
● Fatores que favorecem candidíase:
oclusão, lesão do estrato córneo,
imunossupressão, neutropenia,
endocrinopatias, uremia e neoplasias
malignas, extremos de idade,
menstruação e gestação, fatores
iatrogênicos (Antibióticos, ACOs,
corticoides);
● É comum haver lesões satélites;
5.2. Mucormicose
● Micose oportunista muito em alta na era
do COVID;
● Chamado de “fungo negro” devido à
necrose, mas é um fungo branco;
○ A necrose é muito rápida e
geralmente acomete a região
rino-orbitocerebral;
5.3. Histoplasmose
● Relacionada à baixa imunidade;
● Geralmente se associa a locais com
morcegos, galinhas e outras aves, porque
o fungo normalmente fica nas fezes
desses animais;
● Quadro molusco-like;
5.4. Criptococose
● Micose sistêmica relacionada a pacientes
com baixa imunidade, que normalmente
ocorre por inalação dos fungos de fezes
de aves;
● A disseminação é hematogênica;
● Lesões molusco-like;
6. Tratamento
● Itraconazol, fluconazol;
● Em gestantes, anfotericina B;
● Cetoconazol tópico;
7. Diagnóstico
● Exame micológico direto: cultura/
microcultivo de raspado da lesão;
Isabela Valinho, 5ºP
Ne�p���i� ma���n� da pe�� I
Aul� 17/05/2023
1. Introdução
● As neoplasias malignas da pele são
tumores muito frequentes e estão
relacionadas à predisposição genética e
exposição à luz solar;
● A incidência dos principais tipos de
cânceres de pele vêm aumentando
globalmente, o que torna imprescindível o
diagnóstico precoce e o tratamento
adequado desses tumores;
● Os três principais cânceres de pele são:
○ Basocelular, o mais comum, que
tem a característica de ser
“brilhoso”;
○ Espinocelular, que tem
descamação;
○ Melanoma, que é de alta
mortalidade, mas menos comum;
● Carcinogênese
○ Agentes carcinogênicos são de
diversas naturezas, podendo ser:
■ Físicos:
● Raios UV,
espeiclamente UVB;
● Radiação ionizante;
● Calor;
● Traumas;
■ Químicos:
● Alcatrão e seus
derivados;
● Arsênico;
■ Biológicos:
● Vírus (HPV);
● Hormônios;
● Lesão solar e câncer de pele:
○ Apesar do aumento do câncer de
pele no ocidente, há considerável
ignorância junto à população sobre
esta doença e sua causa principal
(luz solar);
● A propensão ao dano solar depende de:
○ Tipo de pele do paciente;
○ Exposição cumulativa à luz UV;
○ Intensidade da exposição;
○ Exposição solar na infância;
○ Residência próxima ao equador;
● Relação do fototipo do paciente com a
propensão ao CA de pele:
○ Fototipo I é muito sensível aos
raios UV, enquanto fototipo VI
tem maior resistência → a
melanina se posiciona como um
“chapéu”, prevenindo a atipia
celular e a incidência de câncer de
pele;
● Exposição solar e a pele:
○ O raio UV é o principal agente
carcinogênico, princiaplmente
UVB;
○ A intensidade da radiação e a cor
da pele também se relacionam
bastante à incidência de câncer;
■ O raio UVB é curto, que
incide na epiderme e causa
câncer;
■ O raio UVA é um raio longo,
que incide na derme e
causa envelhecimento e
flacidez da pele;
● A pele com esposição colar crônica se
torna envelhecida, apresentando flacidez,
Isabela Valinho, 5ºP
elastose solar, manchas acastanhadas,
manchas eritematosas e outros
elementos;
● Exposição solar e dano agudo: queimadura
solar
○ A queimadura solar é causada por
raios UVB e pode ser evitada pelo
uso, mesmo que incorreto, de
protetor solar;
● Tipo de exposição solar e CA relacionado:
○ CEC: exposições crônicas e
menores ao longo da vida;
○ Melanoma e CBC: exposições
intensas, intermitentes e com
queimadura;
● Influência genética:
○ Protooncogenes são genes normais
relacionados com o crescimento e
a diferenciação celular. Se eles
sofrerem algum tipo de mutação,
tornam-se tumorigênicos. Atuam
de modo dominante sobre o
funcionamento da célula;
○ Os genes supressores, por outro
lado, regulam a proliferação e a
diferenciação celular,além da
estabilidade genômica e da
apoptose. O gene supressor mais
conhecido é o P53;
● Úlceras crônicas e cicatrizes
○ Qualquer que seja a natureza
(leishmaniose, queimadura, lúpus
eritematoso, tuberculose luposa,
úlcera angiodérmica), úlceras e
cicatrizes antigas podem,
eventualmente, sofrer
transformações para a
malignidade (CEC), o que constitui
a chamada úlcera de Marjolin;
○ Pacientes que fazem tratamento
com imunossupressores, por
exemplo, após transplante
(ciclosporina, azatioprina) também
têm risco aumentado de CA de
pele;
○ Alguns vírus também podem ser
desencadeantes de lesões
malignas de pele (ex: HPV);
● O principal exame clínico é a
dermatoscopia, que aumenta as lesões e
permite identificar se é uma lesão COM
CERTEZA benigna, COM CERTEZA
maligna ou lesão com características
duvidosas. A dermatoscopia auxilia na
redução de biópsias desnecessárias;
● Neoplasias malignas da pele:
○ Nódulo enegrecido → melanoma
nodular;
○ Mancha assimétrica, de bordas
irregulares, cor heterogênea →
melanoma;
Isabela Valinho, 5ºP
○ Mancha eritematosa, descamativa,
áspera → lesão precursora de
CEC;
● Divisão das neoplasias malignas da pele:
○ Câncer de pele não-melanoma:
■ CBC;
■ CEC;
■ Doença de Bowen (CEC in
situ);
○ Câncer de pele melanoma:
■ Lentigo maligno;
■ Melanoma;
2. CBC - Carcinoma basocelular
● É o tumor maligno mais comum de todos
os tumores de todos os tecidos do corpo
humano;
● Tem uma chance muito rara de
metastatizar, então não é um tumor de
muita malignidade. No entanto, tem um
potencial de destruição local muito
importante;
● Ocorre principalemnte por exposição
solar e é raro no paciente de pele negra;
● Lesão mais comum: nódulo perolado
localizado no nariz, com vasos sanguíneos
teleangiectásicos em formato
arboriforme, com úlcera associada ( a
lesão sangra, normalmente relatada pelos
pacientes como “ferida que não
cicatriza”, mas não dói);
● Mais comum na idade adulta;
● É raro no paciente negro, então quanto
mais claro for o indivíduo e com maior
exposição a raios solares, maior é a
probabilidade de ocorrer um CBC;
● O CBC apresenta crescimento profundo,
como um iceberg;
● A lesão mais comum é: pápula/ nódulo
perolado com vasos teleangiectásicos e
úlcera;
● Não há inflamação nem comprometimento
ganglionar ou sistêmico;
● Mais de 90% dos CBCs ocorrem na
cabeça, mais comumente na região nasal;
● Pode ter pigmentação ou não;
● A lesão pode vir a se tornar inoperável, a
depender do local acometido, devido ao
seu crescimento profundo;
● Tratamento:
○ Cirurgia micrográfica de Moss
(padrão ouro);
○ Imiquimode (tópico) somente em
lesões superficiais;
○ Eletrocoagulação;
○ Criocauterização;
○ Remoção cirúrgica de lesão e
retalho cutâneo;
Isabela Valinho, 5ºP
3. CEC - Carcinoma espinocelular
● CEC é diferente do CBC porque possui
fases:
○ Ceratose actínica (não é uma lesão
cancerosa) - lesão superficial
pré-cancerosa;
○ Doença de Bowen - CEC in situ;
○ CEC propriamente dito - acomete
epiderme e derme;
● Lesões precursoras de CEC
○ Ceratose actínica:
■ Dermatose pré-cancerosa;
■ Placa amarelada de base
eritematosa, relacionada à
exposição solar;
■ Comum em cabeça,
espeicalmente em homens
com alopécia;
■ Comum em áreas
fotoexpostas;
■ Variantes: pigmentada e
queilite actínica (lábios);
■ Tratamento: fluoruracil ou
5-fluoracila + cauterização;
● Tratamento do CEC: quimiocauterização,
criocauterização, eletrocoagulação;
● Doença de Bowen (CEC in situ):
○ Lesão eritematoescamosa, bordas
bem delimitadas mas irregulares,
crescimento centrífugo lento;
○ Lesão em áreas fotoexpostas,
muito comum em associação com
uso de arsênico;
○ Muito comum na região genital,
podendo ser chamado, nessas
regiões, de eritroplasia de
Queyrat;
● CEC
○ Paciente que tinha certaose
actínica há 10 anos, não foi
tratada, evoluiu com
acometimento da derme;
○ Pode haver metástases (mas não é
muito comum);
○ Ocorre em todas as raças;
○ Tem relação com exposição solar,
úlceras antigas, arsênico, HPV,
imunossupressão;
○ Nódulo/ pápula escamosa e
áspera;
○ Síndromes genéticas como o
albinismo favorecem o
aparecimento de CEC, assim como
pacientes imunodeprimidos,
pacientes que fazem radioterapia;
○ O crescimento é um pouco mais
rápido do que o do CBC;
○ Pode acometer unhas, causando
hiperceratose, onicólise,
eritroníquia, paroníquia, distrofia
da placa ungueal ou massa
subungueal;
Isabela Valinho, 5ºP
Ne�p���i� ma���n� da pe�� I� - Mel����a
Aul� 24/05/2023
1. Introdução
● Lentigo maligno é um melanoma in situ;
2. Lentigo maligno melanoma
● É uma lesão maligna bastante associada
ao fotodano;
● É um melanoma superficial;
● Comum no idoso;
● Aparece como uma lesão plana,
pigmentada (acastanhada), irregular, bem
delimitada, que aumenta gradual e
lentamente;
● As cores dentro da lesão variam de
marrom-clara a marrom ou negra, algumas
vezes com máculas azuis, cinza ou
brancas;
● A margem é irregular, e pode ser
recortada ou indentada;
● Geralmente há sinais de lesão solar
crônica ao redor da lesão;
● A face (geralmente bochechas, nariz,
têmpora ou fronte) é o local mais
acometido, mas, eventualmente, o
pescoço ou a orelha de uma pessoa idosa;
● É um distúrbio do idoso e parece estar
relacionado à fotoexposição cumulativa
crônica;
● A lesão estabelecida é caracterizada por
proliferação de melanócitos atípicos
predominantemente ao longo da camada
basal da epiderme;
● À medida que a lesão penetra a
membrana basocelular, ele começa a se
espessar;
● ABCDE:
○ Assimetria;
○ Bordas irregulares;
○ Cor heterogênea;
○ Diâmetro > 0,6 cm;
○ Evolução;
3. Melanoma maligno
● Esses tumores se caracterizam por seu
potencial metastático e consequente
letalidade;
● Um número razoável de casos origina-se
de nevo preexistente (não é muito
comum, mas pode ocorrer. O mais comum
é nascer melanoma direto);
● Embora o melanoma maligno ainda seja um
tumor incomum, ele está se tornando
cada vez mais frequente;
● A radiação UV é a causa mais importante,
e também existe uma questão genética;
● Há grande chance de letalidade;
Isabela Valinho, 5ºP
● Placa de borda bem delimitada, pode
haver úlcera, cores diferentes;
● Ocorre em todas as raças, mas é raro em
negros;
● Quanto mais branca a pele, mais comum;
● Incidem com maior frequência em áreas
próximas à região do Equador, estando
associadas a história de queimadura
solar;
● Pode ser uma mácula densamente
pigmentada;
● O tipo de exposição solar tem
importância: exposição intensa,
intermitente e com queimadura
(diferente de CEC);
● É raro na infância e na adolescência:
quando ocorre, geralmente está
associado a nevo congênito;
● A perna é o local mais comum na mulher,
e o dorso, no homem;
● Pode ser uma lesão elevada (pápula ou
nódulo): quando há crescimento externo,
é sugestivo de que já ocorreu
crescimento profundo;
● Relaciona-se a genética, exposição solar,
fototipo, número de nevos e síndrome do
nevo displásico;
● A idade na qual o indivíduo inicia o hábito
de exposição solar também tem relação
com a chance de desenvolver melanoma;
● A regressão total espontânea de
melanomas é rara;
● 5-12% dos melanomas ocorrem em
indivíduos com história familiar: a maior
parte tem origem ocasional, sem história
familiar;
● Mácula plana, muito escura, com
crescimento radial, contorno irregular
(lesão dentada);
● Prognóstico excelente se for superficial.
Se houver crescimento vertical, já piora
o prognóstico;
● Nem sempre está associado com
características de lesão actínica severa;
● A pigmentação é variável, mas
frequentemente acentuada;
● Lentigo maligno melanoma é relacionado a
camadas superficiais da epiderme,
enquanto o melanoma pode chegar até à
camada basal;
● Subtipos: lentigo maligno melanoma (in
situ, do idoso), melanoma extensivo
superficial (cresce radialmente,
horizontalmente e tem melhor
prognóstico dentre os melanomas),
melanoma nodular, melanoma acral
(regiões acrais, muito comum no paciente
negro);
● O melanoma pode ser amelanótico (sem
pigmento), o que dificulta o diagnóstico;
● Fatores prognósticos desfavoráveis:○ Localização na cabeça;
○ Sexo amsculino;
○ Idade > 60A;
○ Infiltração linfocitária;
Isabela Valinho, 5ºP
○ Índice mitótico;
○ Microssatelitose;
○ Marcadores IHQ;
○ Regressão;
● Fazer estadiamento;
● Fatores de risco: história familiar, pele
muito clara, tendência a queimadura,
paciente fototipo I, doenças cutâneas
como xeroderma pigmentoso, exposição
solar intensa e intermitente, residência
na região do equador, fototerapia e
outros;
● O melanoma da unha é uma variante do
melanoma acral: apresenta linhas
verticais irregulares, com surgimento
recente, cores heterogêneas;
● Sinal de Hutchinson: melanoma acral
variante ungueal (derramamento de
pigmento fora da unha);
● Podem surgir em conjuntiva, meninges,
mucosas e outros;
Isabela Valinho, 5ºP

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