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SEMIOLOGIA GINECOLÓGICA SEMIOLOGIA GINECOLÓGICA ANAMNESE EXAME GINECOLÓGICO ANAMNESE GINECOLÓGICA • Identificação • Queixa Principal e duração (QP) • História da doença atual (HDA) • Antecedentes pessoais • História Familiar • Antecedentes Obstétricos • Antecedentes Menstruais • Antecedentes sexuais • Métodos contraceptivos utilizados • Antecedentes mamários • Queixas urinárias e gastrointestinais ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS IDENTIFICAÇÃO • NOME, IDADE, ESTADO CIVIL... QUEIXA PRINCIPAL (QP) • Descrever queixa principal (motivo que a levou ao ginecologista) e duração. – Ex: “sangramento vaginal há 2 meses’. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA) • Descrever a queixa principal, abordando a forma como iniciou e evolução do sintomas. • Detalhar: – início dos sintomas – Características – Fatores de melhora ou piora – Sintomas associados – Evolução – Situação atual da queixa HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA) • Ex: – “Paciente relata que o sangramento iniciou logo após a relação sexual. Relata que o sangramento é leve, e que não encharca o absorvente, sendo necessário uso de um único absorvente durante o dia. Relata que o sangramento não é acompanhado de dor ou coágulos. Refere que o sangramento aumenta com a realização da atividade física, e melhora com o repouso. Sem outras queixas associadas. Houve redução do fluxo sanguíneo após parar completamente com as atividades físicas e, atualmente, não está mais sangrando. Nega dismenorreia.” ANTECEDENTES PESSOAIS • Detalhar as doenças prévias, medicamentos utilizados e cirurgias prévias; • Questionar hábitos (tabagismo, álcool e drogas ilícitas), bem como reações alérgicas medicamentosas e de outros agentes alergênicos. HISTÓRIA FAMILIAR • Questionar doenças familiares mais relevantes; • Ex: neoplasias de mamas, ovários, intestinais e uterinas (principalmente em parentes de 1º grau); • Doenças endócrinas e crônicas como hipertensão, diabetes mellitus e hipotireoidismo. ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS • Detalhar número e tipos de partos; • Abortamentos, gestações ectópicas ou DTG; • Patologias obstétricas; • Complicações puerperais. HISTÓRIA MENSTRUAL • Idade da menarca; • DUM • Características do ciclo menstrual – duração, fluxo e intervalo; • Sintomas pré-menstruais HISTÓRIA MENSTRUAL • Exemplo: – Paciente refere menarca aos 11 anos. Relata ciclos regulares, com fluxo menstrual moderado com duração de 3 dias e intervalo médio de 28 dias. HISTÓRIA SEXUAL • Idade de sexarca, nº de parceiros (possibilidade de IST’s), taxa de coito/ semana • Uso de métodos contraceptivos, uso ideal x falhas de uso. • Avaliar disfunções sexuais: libido, dispareunia, redução no grau de resposta sexual • ATENÇÃO! Importante avaliar a relevância do questionamento ao caso da paciente, pode-se deixar para outro momento. ANTECEDENTE MAMÁRIOS • Desenvolvimento das mamas, lactação e nódulos. • Presença de sintomas como dor, processos inflamatórios e traumas mamários prévios. • Caso seja constatada a presença de nódulos, é imprescindível questionar a fase de desenvolvimento desses, e sua velocidade de surgimento e crescimento. • Caso a mulher tenha realizado exames de imagem, como mamografia e/ou ressonância, pergunta-se qual o motivo do exame e qual a sua sua indicação, assim como se ela já realizou biópsias mamárias e sobre o laudo histopatológico. QUEIXAS URINÁRIAS E GASTROINTESTINAIS • Queixas urinárias: – Sintomas de infecções urinárias, recorrência e medicações utilizadas e o tempo de uso. – Sinais/ sintomas de incontinência urinária ou urgência miccional. • Queixas gastrointestinais: sinais/ sintomas de intolerância gástrica e medicamentosa, ritmo intestinal, incontinência fecal, sangramentos e dores durante a evacuação ROTEIRO ROTEIRO EXAME FÍSICO • MAMAS • GENITÁLIA EXTERNA • ESPECULAR • TOQUE VAGINAL EXAME DAS MAMAS • Inspeção estática: – Simetria/assimetria – Contornos e forma – Volume (pequeno, médio ou grande) – Número (linha mamária) e número de complexo aréolo-papilar (politelia) EXAME DAS MAMAS • Inspeção estática: – Lesões cutâneas: peau d’orange (“pele em casca de laranja“); proeminência venosa; massas visíveis; retrações; ou pequenas depressões. Observar presença de cicatrizes cirúrgicas prévias, nevos cutâneos, marcas congênitas e tatuagens – Aréola e mamilo: tamanho, forma e simetria. Alterações na orientação dos mamilos (desvio da direção em que os mamilos apontam), achatamento ou inversão; crostas ou descamação em torno do mamilo. EXAME DAS MAMAS • - Inspeção dinâmica: consiste na realização de manobras para avaliar a mobilidade do tecido mamário aos planos profundos e evidenciar abaulamentos e retrações. EXAME DAS MAMAS - Elevação vagarosa dos membros superiores acima da cabeça (inspeção dos quadrantes mamários e da axila); - Pressão das mãos sobre os quadris (mãos na cintura bilateralmente); - Inclinação do tronco para frente, preferencialmente com os braços estendidos para frente. EXAME DAS MAMAS Para examinar os linfonodos axilares direitos o examinador deve sustentar o braço direito da paciente, utilizando o seu braço direito; deve então fazer uma concha com os dedos da mão esquerda, penetrando o mais alto possível em direção ao ápice da axila. A seguir, trazer os dedos para baixo pressionando contra a parede torácica. O mesmo procedimento deve ser realizado na axila contralateral, invertendo a sustentação do braço da paciente e a mão que faz a palpação (braço direito do examinador apoia braço direito da paciente e o braço esquerdo apoia o braço esquerdo da paciente). EXAME DAS MAMAS - O examinador deve observar o número de linfonodos palpados, bem como seu tamanho, consistência e mobilidade. As fossas supra claviculares são examinadas pela frente da paciente ou por abordagem posterior (examinador postado atrás da paciente). EXAME DAS MAMAS - Palpação mamária: melhor posição para examinar as mamas é com a paciente em decúbito dorsal, em mesa firme. Solicitar para a paciente elevar o membro superior ipsilateral acima da cabeça para tencionar os músculos peitorais e fornecer uma superfície mais plana para o exame. EXAME DAS MAMAS - Palpação mamária: O examinador deve colocar-se no lado a ser palpado ou examinar as duas mamas postando-se ao lado direito. Inicia-se a palpação utilizando as polpas digitais em movimentos circulares no sentido horário, abrangendo todos os quadrantes mamários (não esquecer de palpar o prolongamento axilar mamário e a região areolar). EXAME DAS MAMAS - Palpação mamária: A palpação também pode utilizar a técnica em espiral / técnica por quadrantes EXAME DAS MAMAS - Expressão mamária: deve-se fazer compressão firme, porém delicada, do complexo aréolopapilar. O mamilo deve ser espremido delicadamente para determinar se existe alguma secreção. • https://www.youtube.com/watch?v=AT19FfO q4aw https://www.youtube.com/watch%3Fv=AT19FfOq4aw Avaliação da genitália externa • - Inspeção estática: avaliar Vulva (monte de Vênus, grandes lábios, pequenos lábios (ninfas), clitóris com seu prepúcio e frênulo, vestíbulo da vagina, glândulas vestibulares maiores (glândulas de Bartholin), orifícios excretores das glândulas vestibulares menores (glândulas de Skene), meato uretral, hímen ou suas carúnculas, fúrcula e região perineal), Região perianal e Região inguinal Avaliação da genitália externa • - Entreabrir, tracionar e lateralizar as formações labiais são manobras que permitem uma visualização mais completa das estruturas vulvares. Avaliar distribuição pilosa, trofismo da pele e semimucosa, lesões existentes no tegumento vulvar (tipo, número, localização, dimensões, cor, mobilidade e sensibilidade). Avaliação da genitália externa • Inspeção dinâmica: só realizar se paciente referir queixa de perda urinária ou prolapso genital. Realizar toque bidigital e pressionar a parede posterior da vagina para baixosolicitando à paciente que realize uma manobra de Valsalva e depois realizar o mesmo pressionando a parede anterior. EXAME ESPECULAR • - Introdução do espéculo: Expor, com delicadeza, o introito vaginal (manobras realizadas com delicadeza auxiliam a entreabrir o introito vaginal: solicitar para a paciente fazer um pequeno esforço (Valsalva), entreabrir delicadamente o introito afastando pequenos lábios com dois dedos, etc...). EXAME ESPECULAR • Introduzir o espéculo com delicadeza na cavidade vaginal, iniciando a introdução com o espéculo a 45° para evitar trauma uretral e, durante a progressão na cavidade vaginal, rodar em sentido horário o espéculo até o posicionando na transversal de modo que as valvas anterior e posterior do espéculo fiquem na parede anterior e posterior da vagina e a borboleta (de abertura do espéculo) fique na posição inferior esquerda. Abrir o espéculo com delicadeza para expor o colo uterino; EXAME ESPECULAR • - Aspecto do colo uterino: É importante sistematizar o que observar das características do colo do útero (coloração, tamanho, presença de tumores) • - Características do conteúdo vaginal (anormal ou fisiológico); • - Presença de sangue e sua origem; • - Lesões ou alterações da coloração na mucosa • COLETA DE PREVENTIVO (CCO) • https://www.youtube.com/watch?v=m5KOT_Z 8hRM https://www.youtube.com/watch%3Fv=m5KOT_Z8hRM TOQUE VAGINAL • Iniciar por toque unidigital e proceder ao toque bidigital para verificar posição, consistência e dor à movimentação do colo. • Verificar fundos de saco quanto a presença de abaulamentos ou massas. • Palpação bimanual do útero e dos anexos para avaliar posição, tamanho, consistência e mobilidade do útero. Além disso, palpar anexos, procurando aumento dos anexos e dor à palpação.
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