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MEIO AMBIENTE - SEGURANÇA DO TRA- BALHO EM CANTEI- RO DE OBRAS Ficha Técnica Elabroração - SENAI – Departamento Regional da Bahia - Gleice Maria de Araujo Ribeiro / Luciana Silveira de Melo Capa / Diagramação - Gabriel Araújo Galvão Diretor Pedagógico - Edilvo de Sousa Santos Índice Qualidade ..........................................................................................................05 Segurança e Saúde ........................................................................................13 Condições Ambientais ..................................................................................25 Medidas Preventivas .....................................................................................30 Gestão de Resíduos na Construção Cívil ................................................40 Referências .......................................................................................................50 5 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Entender sobre uma edificação e as etapas da sua construção é muito importante para todo trabalhador da Construção Civil. E além de estar atento às questões téc- nicas, é preciso, também, se preocupar com a qualidade do produto, com os cuidados com a segurança de todos e com o meio ambiente. E é pensando na qualidade e na segurança, que todos os envolvidos na construção civil precisam ter sem- pre as informações corretas e estar devidamente treina- dos, tanto no saber fazer o serviço, quanto na qualidade do produto final. Primeiro, para você entender sobre o tema qua- lidade, é preciso estudar os principais conceitos associa- dos a ela e todo este movimento das empresas constru- toras em oferecer um bom produto ao mercado. 1.1 CONCEITO O que é um produto com qualidade? Dizemos que um produto tem qualidade quando ele é adequado ao uso e atende às exigências das normas, das leis, do cliente, dentre outros. É um produto que atende ao que o cliente precisa. Em outras palavras, qualidade é saber fazer o trabalho correto da 1ª vez. É saber o que o cliente quer e precisa e, por fim, atender a estas exigências. Mas como o trabalhador pode pensar em quali- dade nas atividades? Figura 1 - Como posso realizar o trabalho com qualidade? Fonte: SENAI, 2012 Para se ter qualidade nas obras é preciso ter pro- jetos que descrevam as características da construção de forma correta, com bons materiais e equipamentos, pro- 1. Qualidade cessos de trabalhos padronizados e pessoal treinado para executar cada tarefa. Esses cuidados são os requisitos básicos que de- vem ser levados em consideração na hora de construir. Requisitos de qualidade são características principais que a obra deve apresentar. Os requisitos devem ser definidos de forma clara, entre a empresa e o cliente. Durante o processo de pro- dução o prazo de entrega, o preço e a qualidade devem ser sempre levados em consideração. Empresas que prestam serviço de qualidade ten- dem a ter mais clientes do que aquelas que não apreciam a qualidade de seu produto ou serviço. Como você, trabalhador, pode então cooperar em relação à qualidade em suas atividades? Antes de iniciar os serviços é necessário refletir, planejar, analisar as sequências das atividades e princi- palmente passar por treinamentos. O trabalho feito de forma correta evita desperdício de materiais e retraba- lhos que refletem em aumento de custo para a empresa e interferência no prazo de entrega para o cliente. Os retrabalhos são atividades relacionadas ao ato de refazer alguma tarefa que não foi realizada dentro dos requisitos de qualidade estabelecidos entre o cliente e a empresa. Esses retrabalhos estão relacionados com perdas de material e tempo na realização das atividades. Diminuir perdas faz parte da Gestão de Qualidade da em- presa, e deve ser um objetivo de todos. Figura 2 - Fique atento às suas atividades para evitar retrabalhos Fonte: SENAI, 2012 Fique Alerta! Toda obra deve ser entregue ao cliente de acordo com os requisitos e prazo de entrega combinados. Quando o cliente receber o imóvel, precisa ficar satis- feito por ter seus requisitos atendidos. www.ineprotec.com.br6 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Como exemplo de retrabalho na construção civil, pode- mos destacar a seguinte situação: o cliente solicitou uma pintura fosca, mas por um erro de comunicação foi comprada uma tinta com brilho, sendo usada pelo pintor. Haverá necessidade de refa- zer o trabalho para adequar ao que o cliente solicitou. Existe, na maioria das empresas, uma equipe de pes- soas que cuida para que tudo saia conforme combinado com o cliente. Essas pessoas fazem parte da Gestão da Qualidade e organizam o trabalho para que o cliente receba o produto e fi- que satisfeito. É essa equipe que trabalha para que você tenha todas as informações necessárias para exercer a sua função, evitando retrabalho. Além disso, a Gestão da qualidade orien- ta e fiscaliza a obra para que a empresa diminua as perdas. Vamos entender melhor o que significa gestão da qualidade e a sua importância para a empresa. 1.2 GESTÃO DA QUALIDADE Gestão da qualidade é o modo de gestão pela qual a empresa procura implementar a política e os objetivos definidos. Por sua vez, a política da qualidade da empresa con- tém as principais diretrizes relacionadas à qualidade. A admi- nistração, ou diretoria é responsável por elaborar e divulgar a política e os objetivos por toda a empresa. A gestão da qualidade para as empresas, em resumo, tem como objetivos a satisfação dos seus clientes, a participação das equipes de colaboradores nas ações e a produtividade nas atividades. Você deve conhecer a política de qualidade da empresa em que trabalha e contribuir para que ela seja cumprida. Como você pode fazer isso? É simples! Fazendo o seu trabalho com qualidade, evitando desperdícios ou retrabalhos, contribuindo com seus colegas e com as metas estabelecidas pela diretoria. Você, também, pode procurar saber mais sobre a política da qualidade na empresa que trabalha, procurando a pessoa responsável. O setor da qualidade oferece treinamen- tos básicos para os funcionários, mostrando o que a empresa espera de cada trabalhador. Aproveite e tire todas as suas dú- vidas em relação a isso. Figura 3 - Bate-papo com as pessoas da gestão da qualidade Fonte: SENAI, 2012 1.3 PRINCÍPIOS DE GESTÃO DA QUALIDADE: SATISFAÇÃO DO CLIENTE, PARTICIPAÇÃO E PRODUTIVIDADE Para que você entenda de forma mais fácil sobre a gestão da qualidade é importante saber quais os princí- pios que estão relacionados a ela. Os Princípios de Gestão da Qualidade são práti- cas indispensáveis para qualquer empresa que deseja iniciar uma gestão focada na quali- dade de seu produto e/ou serviço. Vamos abordar os três principais: satisfação do cliente, participação e produtividade. Figura 4 - Princípios da gestão da qualidade Fonte: SENAI, 2012 • Satisfação do cliente O primeiro princípio é a satisfação do clien- te. Satisfazer os clientes é uma necessidade atual de qualquer empresa, pois eles estão cada vez mais exi- gentes. E que exigências são essas? Os clientes querem um produto que dure mais, que seja bonito e que não apresente problemas. As empresas que não buscam qua- lidade em seus produtos têm ficado para trás diante des- tas exigências. Os clientes são a razão para a existência da em- presa. As necessidades deste cliente, com relação ao pro- duto ou serviço oferecido, devem ser atendidas. Afinal, Fique Alerta! As empresas que atuam com qualidade podem possuir uma certificação chamada de ISO 9001! A ISO 9001 é uma norma utilizada como refe- rência para certificar o sistema de gestão de qualidade de uma empresa. Empresas que atuam com qualidade e atendem aos requisitos da ISO 9001 têm seu sistema de gestão certificado.7 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras satisfazer o cliente é o ponto inicial para garantir o suces- so da empresa no mercado. • Participação A participação dos trabalhadores é essencial para garantir a qualidade da obra. Todos devem se envolver no trabalho de modo a colaborar com a equipe. Para a empresa chegar a essa qualidade é preciso fazer uma mudança cultural, implantar novos valores e eliminar os conceitos ultrapassados. Empresas que não garantem a participação, dificilmente terão qualidade em seus produtos e serviços prestados. É por isso que cada trabalhador precisa conhecer e ajudar a cumprir a política de qualidade da empresa. A qualidade da obra depende da qualidade do trabalho de cada um. A participação também envolve os clientes, os fornecedores e a comunidade! Isso mesmo! Assim como os trabalhadores, as pessoas envolvidas com a empresa devem estar atentas às atividades realizadas por ela, para que a qualidade seja alcançada. • Produtividade Em linhas gerais, produtividade é a relação entre o esforço feito e o resultado do trabalho. Na Construção Civil é muito comum, por exemplo, se falar em h.h/m² (homem hora por metro quadrado). Por exemplo, quanto tempo de trabalho dos pedreiros foi necessário para le- vantar tantos metros quadrados de alvenaria. Esta produtividade possui relação direta com o tempo gasto para a fabricação de um produto e/ou reali- zação de um serviço. Quanto mais você economizar tem- po em suas atividades, maior será a produtividade. Se você consegue realizar uma atividade em um tempo menor do que o especificado, você conseguirá produzir mais em seu dia de trabalho. Com isso, todos ga- nham! A obra é entregue no prazo e o cliente fica satisfeito. 1.4 A QUALIDADE COMO PROCESSO Para uma empresa alcançar a qualidade, ela deve buscar controlar todas as atividades desenvolvidas pelos seus trabalhadores, desde o diretor até os operários. Dessa maneira, cada trabalhador da empresa deve assumir suas próprias responsabilidades no desem- penho de suas atividades. Quando há um bom resultado com relação à qualidade do produto de uma empresa, houve, por trás, um conjunto de processos interdepen- dentes que levaram a isso. Desde a ideia de desenvolver um edifício até a sua entrega final podemos identificar diversos processos. Entre eles, destacam-se quatro: O processo de projetos, no qual são definidas todas as características do edifício. Neste processo há vá- rios projetistas envolvidos, como o arquiteto, o projetista de estruturas e instalações, o incorporador, o construtor, e são tomadas as decisões que vão influenciar a venda e a construção do edifício. O processo de comercialização (venda), por sua vez, recebe as informações do processo de projeto e tem como resultado final a venda das unidades (apartamen- tos, salas, dentre outros) para os clientes. O processo de venda também tem influência na obra, por exemplo, é neste processo que são definidas modificações que os clientes querem executar nas suas unidades. O processo de produção do empreendimento, que, a partir das informações dos processos de projeto e venda, e das aquisições dos materiais e equipamentos são executados todos os serviços. Podemos dividir o pro- cesso de produção em vários sub-processos, como: exe- cução de fundações, estruturas, vedações, instalações, dentre outros, como você já viu na disciplina de “Tecno- logia Básica para a Construção Civil”. Por fim temos o processo de entrega do produto ao cliente. Além destes processos, há vários outros que auxiliam a execução do edifício como o processo do sistema de quali- dade, auditorias, gestão de pessoas, dentre outros. A produtividade é importante, mas todas as ati- vidades no canteiro de obras devem ser realizadas com a devida segurança. A boa segurança na obra também re- flete na qualidade do produto ou serviço oferecido. Veja no diagrama a seguir um exemplo desses processos: Figura 5 - A Qualidade passa por todos os processos da empresa Fonte: SENAI, 2012 www.ineprotec.com.br8 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras 1.5 NÃO CONFORMIDADES E SUAS CAUSAS Você já ouviu falar de não-conformidade? Dizemos que há uma não-conformidade sempre que não se cumpre um requisito que foi especificado. Por exemplo, se no projeto há um requisito que diz que as paredes devem estar ali- nhadas e aprumadas e isso não acontecer, dizemos que elas estão não-conformes! Da mesma forma, uma fôrma deve seguir exatamente o que está no projeto estrutural. Se um elemento (viga, por exemplo) estiver com a largura menor ou maior que a do projeto, também estará não-conforme. Quando estes tipos de problemas acontecem é preciso investigar as suas causas e tratá-las de forma que os problemas (não conformidades) não voltem a acontecer. Este é o processo de melhoria! Vamos fazer cada vez melhor. E é para controlar a qualidade dos produtos que são feitas inspeções. Perceba que você, trabalhador, tem um papel de grande importância do seu trabalho para a conformidade dos produtos. Para investigar as causas dos problemas, podemos nos perguntar “por que”! Veja o exemplo a seguir: Figura 6 - A importância de perguntar o porquê na investigação das não-conformidades Fonte: SENAI, 2012 Viu? Ao nos perguntarmos “por que”, chegamos à causa raiz dos problemas! Outra forma de chegarmos à causa dos problemas é o Diagrama de Ishikawa. 9 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Esse diagrama é também conhecido como Dia- grama de espinha de peixe. Observe: Figura 7 - Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe Fonte:SENAI, 2013. Através do diagrama, podemos perceber 6 (seis) diferentes causas da não conformidade: • Método; • Matéria-prima; • Mão de obra; • Máquinas; • Medição (medidas); e • Meio Ambiente. O exemplo visto anteriormente (espaçamento er- rado dos estribos da viga) pode ser representado através deste diagrama: Figura 8 - Diagrama com o problema especificado Fonte: ADAPTAÇÃO SENAI, 2012 1.6 OS 5’S Agora que você já se familiarizou com a qualida- de e os seus princípios, vamos conhecer mais sobre os 5S. Você já ouviu falar dos 5S na sua vida profissional? Veja a seguir como eles podem contribuir no seu trabalho. Os “s” são iniciais de palavras japonesas. Cada palavra é um senso, no total de cinco. Observe o quadro abaixo: Quadro 2 - Os 5 “S” Fonte: SENAI, 2012 O senso de utilização ajuda a selecionar as coisas que não são necessárias, enquanto o senso de ordena- ção busca colocar cada coisa em seu lugar. Figura 9 - Senso de utilização Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Figura 10 - Senso de ordenação Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Manter o ambiente de trabalho sempre limpo tem relação com o senso de limpeza, já o senso de as- seio possibilita as condições de trabalho favoráveis, como Você Sabia? Existe uma regulamentação para a produção e uso da argamassa ARDM. Procure se informar melhor através das NBR’s 13530, 13529 de 1995 e NBR 13749 de 1996. www.ineprotec.com.br10 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras conservar o refeitório e o banheiro limpos e fazer exames médicos periódicos. Figura 11 - Senso de limpeza Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Figura 12 - Senso de asseio Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Por último, o senso de disciplina está relacionado com o cumprimento das normas e de tudo que for esta- belecido pelo grupo. Pelo senso da disciplina, mantemos todos os outros sensos. Figura 13 - Senso de disciplina Fonte: SENAI, 2013 11 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Veja, no quadro a seguir, algumas atividades relacionadas aos 5S: Quadro 3 - Atividades relacionadasaos 5S Fonte: SENAI, 2013 A aplicação dos 5S pode evitar desperdícios, liberar áreas, melhorar relacionamentos no trabalho, facilitar as atividades no canteiro e melhorar a localização de recursos utilizados. Tem sido uma excelente ferramenta para im- plantação da qualidade nas empresas. São muitos os benefícios alcançados pelas empresas quando é implantado o programa 5S. Além dos já citados acima, podemos destacar: • Redução de acidentes na obra; • Economia de tempo; • Reaproveitamento de recursos na obra; • Ambiente de trabalho mais agradável e saudável; • Estímulo ao trabalho em equipe. A prática dos 5S deve ser exercida diariamente em seu trabalho e todos devem colaborar e fazer a sua parte. É importante que percebam a melhoria das suas ações, que interferem no produto final com qualidade, e se sintam orgulhosos por terem mudado os seus hábitos, terem contribuído com o processo e construído um ambiente de tra- balho melhor para todos. SENSO O QUE FAZER COMO FAZER Senso de Utilização Definir a quantidade de mate- rial necessária para a obra. Faça a seleção dos materiais que servem e os que não servem, dando fim ao que não servir. Somente o que é essencial aos trabalhos deve ser selecionado. Senso de ordenação Ordenar o ambiente de traba- lho para melhorar a execução das atividades pelos trabalha- dores. Divida o canteiro em setores, identificando os responsáveis por cada setor. Demarque e separe áreas de movimen- tação. Os locais de descarte devem estar bem definidos e sinalizados para facilitar as ações e evitar acidentes. Senso de Limpeza Providenciar material de lim- peza e a limpeza dos equipa- mentos e ferramentas. Faça uma pesquisa dos mate- riais necessários em cada se- tor, estabelecendo momentos diários de limpeza. Elimine o lixo e a sujeira do ambiente de trabalho, sempre colocando lixeiras espalhadas pela obra, inclusive nos andares. Os equipamentos também devem estar sempre limpos Senso de Asseio Conservar a higiene pessoal e a higiene de seu ambiente de trabalho. Participe de ações de cons- cientização de higiene pessoal, tanto física quanto mental, em seu trabalho. Man- tenha as roupas e os unifor- mes limpos e procure sempre dialogar com os seus colegas. O trabalho diário deve ser, antes de tudo, agradável. Senso de Disciplina Reforçar o treinamento com os funcionários. Participe de palestras educa- tivas e assista aos vídeos que demonstrem os 5S na empre- sa. Siga as normas estabeleci- das pela empresa, inclusive as normas de segurança. O local de trabalho deve ser bem disciplinado. www.ineprotec.com.br12 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Um dos grandes problemas da construção civil é o desperdício relacionado a armazenamentos inadequados de materiais, utilização incorreta dos equipamentos, dentre outros. Estes desperdícios aumentam os custos de produção. Saiba também que não adianta ter muitos recursos se não souber utilizá-los, ordená-los, limpá-los, conservá- -los e, finalmente, descartá-los no local correto ou reciclá-los. Diminuir o uso de recursos também é muito importante. Veja se sua empresa pratica os 5S. Pratique os 5S no seu curso. É importante que todos tenham conhecimento destas ações na empresa, pois elas interferem diretamente nos resultados dos trabalhos. E não é só isso! Os 5S também trazem benefícios para a vida social de todos os trabalhadores. Recapitulando Neste capítulo, você aprendeu a importância da gestão de qualidade para a empresa e a função dos 5S: Senso de Utilização, Senso de Ordenação, Senso de Limpeza, Senso de Asseio e Senso de Disciplina. Os 5S promo- vem uma mudança no canteiro de obra e os resultados alcançados refletem tanto na qualidade do trabalho quanto no custo das obras. Além disso, influencia, de forma positiva, no processo de produção de maneira geral, do início, entrega do produto final até a satisfação do cliente. A prática dos 5S também pode ser feita na escola, na vida em comunidade, inclusive em sua própria casa. É um processo educativo que precisa de pratica e atenção. Vamos ver se você se lembra de tudo que estudou. Realize os exercícios e teste seus conhecimentos. No próximo capítulo, você irá estudar a necessidade da segurança no trabalho e os benefícios para a saúde do trabalhador. Continue estudando! 13 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras A segurança no trabalho e a saúde são aspectos tão importantes na empresa quanto à gestão de qualida- de e a entrega de produtos ou prestação de serviços. Todos, na obra, devem estar sempre atentos para as normas de segurança da empresa. O trabalhador que se descuidar com relação à segurança pode colocar a sua vida e de seus colegas de trabalho em perigo Mas você sabe o que é um acidente? O acidente é algo que acontece, de forma não es- perada e que pode causar danos pessoais, materiais e até financeiros para o trabalhador e para a empresa. É importante que você saiba quando um aciden- te é considerado acidente de trabalho, quais as causas e consequências, e como podemos evitá-lo. 2.1 ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS Conceito Legal (LEI 8213/91 Art. 19 o da CLT): Acidente do Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocan- do lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. Figura 14 - Acidente de trabalho: queda de andaime Fonte: SENAI, 2013 2. Segurança e Saúde O acidente mostrado na figura 13 pode provocar lesão corporal, doenças e até morte do trabalhador, a de- pender da sua gravidade. Exemplo: um trabalhador está realizando um ser- viço, em cima de um andaime não guarda adequadamen- te sua ferramenta e a deixa cair. Caso esta ferramenta não atinja ninguém será considerado um incidente causado por um desvio (o empregado não protegeu a ferramenta de acordo com as instruções de segurança), mas caso a mesma ferramenta caia e quebre, será um acidente, po- rém sem lesão com perda material. Nos momentos destinados a descansos e refei- ções, por exemplo, estando no local de trabalho, o tra- balhador é considerado a serviço da empresa. Portan- to, se ocorrer um acidente, será considerado acidente de trabalho. Se o acidente Se uma queda não causar lesão ou perda para o trabalhador ou para empresa, ela é considerada um incidente, e não um acidente! ocorrer com o trabalhador no percurso de sua casa para o trabalho ou vice-versa, este acidente é conhe- cido como acidente de trajeto, não importando o meio de transporte usado para locomoção: carro próprio, a pé, transporte coletivo urbano e até transporte forne- cido pela empresa. Deixa de ser um acidente de trajeto quando o trabalhador, por seus próprios interesses, modifica o seu caminho para o trabalho. Veja alguns exemplos de situações onde pode ocorrer acidente fora do local e do horário de trabalho: • Realização de serviço sob a autoridade da empresa; • Viagem, inclusive para estudo, quando for financiada pela empresa, para melhor capacitação da mão de obra. Alguns atos e condições são considerados abaixo do padrão no ambiente de trabalho e podem se tornar mais graves, a depender da empresa e de como o trabalhador está cuidando da sua segurança, seja de forma individual ou em grupo. As condições abaixo do padrão de segurança se referem ao ambiente em que o trabalho é realiza- do, e os atos abaixo do padrão de segurança são as ações ou desvios do trabalhador na realização de suas tarefas. Fique Alerta! ASe uma queda não causar lesão ou perda para o traba- lhador ou para empresa, ela é considerada um incidente, e não um acidente! www.ineprotec.com.br14 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Figura 15 - Condições abaixo do padrãode segurança Fonte: SENAI, 2013 Se o funcionário de um estádio estiver trabalhando na arquibancada e cair, será considerado um acidente de trabalho. Entretanto se ele estiver no mesmo estádio e durante sua folga cair da arquibancada, não será considerado um acidente de trabalho. Normalmente, a condição abaixo do padrão de segurança está associada à falta de cuidado, que torna o am- biente de trabalho inseguro. Exemplos de condições abaixo do padrão: Quadro 4 - Condições abaixo do padrão Fonte: SENAI, 2013 Exemplos de atos abaixo do padrão: Quadro 5 - Atos abaixo do padrão Fonte: SENAI, 2013 15 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras ETAPAS NA OBRA EXEMPLOS DE CONDIÇÕES ABAIXO DO PADRÃO EXEMPLOS DE ATOS ABAIXO DO PADRÃO Na construção e instalação da empresa (arranjo físico inade- quado) áreas pequenas para a quanti- dade de pessoas e materiais; pisos escorregadios; falta de limpeza; desorganização dos materiais; falta de sinalização; andaimes de obras feitos com materiais inadequados; falta de treinamento. deixar de retirar entulhos; deixar de fazer coleta seletiva de materiais utilizados; sinalização inadequada. No maquinário (máquinas e equipamentos) máquinas e equipamentos com defeito e/ou sem prote- ção; máquinas em estado precário, aquecidas; localização inadequada de máquinas e equipamentos; equipamentos com falta de aterramento. retirar proteções de maquinas e equipamentos; fazer manutenção com equi- pamentos ligados; Utilização de ferramentas de- feituosas ou inadequadas; manuseio incorreto, improvi- sações. Na proteção do trabalhador proteção inadequada, insufi- ciente ou ausente. instalação elétrica com fios desencapados. não utilizar o cinto de segu- rança quando for trabalhar em altura ou o capacete de proteção contra impactos na cabeça, deixar de usar os EPI’s obriga- tórios e específicos ao traba- lho a ser executado. Veja, no quadro abaixo, condições e atos abaixo do padrão relacionados a algumas etapas de serviços existen- tes em uma obra: Quadro 6 - Condições e atos abaixo do padrão em uma obra Fonte: SENAI, 2013 www.ineprotec.com.br16 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras É necessário que o trabalhador tenha condições seguras de trabalho e entenda que os atos abaixo do padrão são causadores de acidentes graves. É necessário que todos os envolvidos como: pedreiros, pintores, ajudantes, engenheiros e também os visitan- tes, sigam, de forma correta, as ações que devem ser tomadas para evitar acidentes de trabalho. Mas em relação às doenças ocupacionais o que é preciso saber? Figura 16 - Doença ocupacional Fonte: SENAI, 2013 As doenças ocupacionais são causadas por fatores relacionados com a atividade e o ambiente do trabalho ou em razão da execução. As doenças ocupacionais se subdividem em: Doença Profissional - é causada pelo exercício da profissão, onde o trabalhador tenha ficado exposto ao risco no ambiente, condições e técnicas do trabalho que exerce. Doença do trabalho - é adquirida ou desencadeada em função de condições especiais, onde o trabalhador se relacione diretamente com o agente causador. Ex: Perda auditiva (surdez) em trabalho realizado com muito ruído. Aqui no Brasil, a doença ocupacional também pode se igualar, em condições e benefícios, a um acidente de trabalho. Isso porque, a doença ocupacional pode afastar o trabalhador, tanto quanto o acidente. Inclusive, em alguns casos, o trabalhador pode não voltar a trabalhar. É sempre muito importante estar atento aos pequenos sintomas que você possa sentir nas suas atividades de trabalho. Procurar o médico pode garantir que, caso haja algum problema de saúde, seja rapidamente detectado e tratado. As doenças respiratórias e de pele são as doenças ocupacionais mais comuns. Como exemplos, temos a Sili- cose que é uma doença pulmonar que pode aparecer em quem trabalha com a substância química conhecida como Sílica. Outra doença comum é a Dermatite de Contato, que é a inflamação da pele provocada por substâncias químicas, como o cal. 17 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Na construção civil, as principais doenças ocupacionais são: Quadro 7 - Principais doenças ocupacionais Fonte: SENAI, 2013 2.2 PRIMEIROS SOCORROS Os primeiros socorros são as ajudas prestadas às vítimas de um acidente, assim que ele acontecer. É preciso que a pessoa que vai socorrer esteja em segurança para prestar os primeiros socorros a uma vítima e, antes de qual- quer ajuda, verificar os feridos e que tipo de ajuda pode prestar nesse momento. Os acidentados que possuírem ferimentos mais graves deverão ser socorridosprimeiro. Mas atenção! Antes de começar a prestar essa ajuda inicial, a pessoa que prestar o socorro deve ligar para os serviços de ajuda mais pró- ximos: ambulâncias, bombeiros e policiais. Caso você não tenha treinamento para efetuar primeiros socorros, melhor não prestar a ajuda. Muitas vezes, ao invés de ajudar, a situação do ferido pode piorar. Peça ajuda a um especialista ou a uma pessoa que tiver sido trei- nada! Se a vítima for removida de forma inadequada, ela pode sofrer traumas na coluna e até morrer. Portanto, tenha certeza do que está fazendo porque os primeiros socorros se forem bem sucedidos podem salvar muitas vidas, mas se forem feitas por uma pessoa sem experiência, podem causar danos irreversíveis. DOENÇAS OCUPACIONAIS CAUSAS COMO EVITAR Perda de audição Exposição prolongada a ruídos acima de 85 db. (decibéis) Utilizar abafadores de ruídos. LER/DORT (Lesões por Esforço Repetitivo) / (Distúrbios Os- teo-musculares relacionados ao Trabalho). Trabalhos repetitivos e por longos períodos Realizar exercícios no ambien- te de trabalho. Pneumoconioses (silicose e asbestose). Inalação de partículas, sílica ou amianto. Uso de máscaras apropriadas Embolia gasosa ( bolhas de ar na corrente sanguínea). Trabalho embaixo d’água, com permanência ou equipamen- tos indevidos. Utilizar os equipamentos cor- retos, passar por descompres- são antes de subir a superfície e evitar ficar muito tempo embaixo d’água. Lombalgia Carregamento de peso de forma inadequada. Evitar pegar peso em excesso, usar equipamento de trans- porte. Insolação Exposição prolongada ao calor do sol. Utilizar protetor solar e evitar realizar tarefas embaixo do sol muito quente, ingestão de líquidos. Dermatite de contato (contato com cimento). Contato com cimento ou pro- dutos que causem irritação da pele. Usar botas, luvas, tyvec, equipamentos adequados de proteção. Saiba Mais! Existem números de emergência que qualquer pessoa em caso de emergência pode pedir ajuda. Procure se informar sobre os telefones do SAMU, Polícia Militar e Bombeiros e ajude a salvar vidas. www.ineprotec.com.br18 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Desmaio Ao perceber que a pessoa está prestes a des- maiar: Sentar a pessoa e colocar a cabeça entre as per- nas, ou deitá-la e elevar as pernas; Molhar a testa com água fria; Afrouxar as roupas. Se a pessoa já estiver desmaiada: Deitar a pessoa de barriga para cima e elevar as pernas acima do tórax, mantê-la com a cabeça de lado e mais baixa em relação ao restante do corpo; Afrouxar as roupas e manter o local arejado; Mantê-la confortavelmente aquecida; Logo que ela recuperar os sentidos é preciso mantê-la sentada por 10 minutos, caso contrário ela poderá voltar a desmaiar; Consultar o médico posteriormente. Não se deve dar de beber a vítima antes que ela recupere seus sentidos, pois ela pode sufocar ou até afogar-se com o líquido. Veja como realizar os primeiros socorros nas situações abaixo: 19 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro deObras Hemorragias (cortes) Coloque luvas de borracha ou de látex para evitar o contato com o sangue e o contagio de doenças; Observe a ferida para avaliar se a situação é grave; Seque a ferida com uma gaze ou um tecido limpo; Lave o corte com água e sabonete, principalmente nos locais sujos; Aperte a ferida com firmeza ou use uma atadura, para controlar a hemorragia; Se o sangramento não parar, coloque outra atadura por cima e aperte mais; Elevar o membro afetado acima do nível do tórax e manter a compressão direta; Não retirar objetos perfuro cortantes, evitando assim um sangramento maior; Se o ferimento for muito grave, chame uma ambulân- cia ou vá até o pronto socorro mais próximo. Queimadura Deixar o local queimado sob água corrente da torneira (não use gelo); cubra a área com um pano limpo úmi- do; No caso de queimadura nas mãos, remova anéis, reló- gio, pulseiras, antes que a área afetada inche; Se a queimadura for nos braços ou nas pernas, mante- nha-os elevados para diminuir o inchaço; no caso de queimadura química nos olhos, enxágue abundante- mente com água corrente, retire quaisquer lentes de contato; Nunca estoure bolhas, nem remova a pele descolada; Se a roupa colou na pele, não a descole, apenas corte o tecido ao redor; Dependendo da localização e da extensão, procure o mais rápido possível um pronto-socorro. Quadro 8 - Como realizar os primeiros socorros Fonte: SENAI, 2013 www.ineprotec.com.br20 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras As queimaduras podem ser de 1º, 2º e 3º graus. Isso varia de acordo com a gravidade! Queimaduras leves que saram sozinhas são as queimaduras de 1º grau. Se os primeiros socorros não forem realizados de forma corre- ta, pode haver piora na situação do acidentado! 2.3 PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO Teoria da Combustão Você sabe como o incêndio começa? Para enten- der melhor essa definição, primeiro você precisa saber o que é fogo. Fogo é uma reação química chamada combus- tão (queima), caracterizada pelo desenvolvimento, ao mesmo tempo, de luz, calor e chamas de forma con- trolada. Figura 17 - Fogo Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Ponto de Combustão é a temperatura mínima em que o combustível começa a liberar vapores que, em con- tato com o oxigênio se inflama. O Incêndio é a presença de fogo, de forma não controlada, que pode causar destruição e prejuízos para os trabalhadores, como queimaduras e intoxicação por fumaça. Fique Alerta! Em caso de queimaduras não se deve colocar gelo e nem recorrer a medidas caseiras como: clara de ovo, manteiga, pasta de dente e óleo de cozinha. Figura 18 - Combate a incêndio Fonte: SENAI, 2013 Classes de incêndio Os materiais combustíveis têm características diferentes e, portanto, queimam de modos diferentes. Conforme o tipo de material existem quatro classes de incêndio. Classe A - incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel, tecido, etc. Figura 19 - Incêndio classe A Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Esses materiais apresentam duas propriedades: • Deixam resíduos quando queimados (brasas, cinzas, carvão). • Queimam em superfícies e em profundidade. Classe B - incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina, querosene, etc. 21 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Esses materiais apresentam duas propriedades: Figura 20 - Incêndio classe B FONTE: SENAI, 2013 • Não deixam resíduos quando queimados. • Queimam somente em superfície. Classe C - incêndio em equipamentos elétricos energizados, como máquinas elétricas, quadros de for- ça, etc. Ao ser desligado o circuito elétrico, o incêndio passa a ser de classe A. Figura 21 - Incêndio classe C FONTE: SENAI, 2013 Classe D - incêndio em metais que inflamam fa- cilmente, como potássio, alumínio em pó, etc. Figura 22 - Incêndio classe D Fonte: SENAI, 2013 Métodos de extinção do fogo A maioria dos incêndios começa com um peque- no foco, fácil de debelar. Conheça os métodos de extinção do fogo e ajude os bombeiros a evitar que um incêndio se transforme numa catástrofe. Em todo incêndio ocorre uma reação de combustão, envolvendo três elementos: o combustível, o comburente e o calor. Os métodos de extinção do fogo consistem em “atacar” cada um desses elementos. a) Retirada do material - Trata-se de retirar do local o material (combustível) que está pegando fogo e também outros materiais que estejam próximos às chamas. Figura 23 - Retirada do material combustível Fonte: SENAI, 2013 b) Abafamento - Trata-se de eliminar o oxigênio (comburente) da reação, por meio do abafamento do fogo. Figura 24 - Retirada do material comburente Fonte: SENAI, 2013 www.ineprotec.com.br22 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras c) Resfriamento - Trata-se de diminuir a temperatura (calor) do material em Figura 25 - Retirada do calor Fonte: SENAI, 2013 Quadro 9 - Tipos de extintores Fonte: SENAI, 2013 Fique Alerta! Não use água em fogo de classe C (material elétrico energizado) porque a água é boa condutora de eletricidade, podendo aumentar o incêndio. Em produtos químicos, como pó de alumínio, magnésio, carbonato de potássio, a água reage de forma violenta, podendo causar explosões. 23 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Recomendações • Aprenda a usar os extintores de incêndio. Geralmente, as empresas dão treinamentos básicos. • Conheça os locais onde estão instalados os extintores e outros equipamentos de proteção contra fogo; • Nunca obstrua o acesso aos extintores ou hidrantes; • Não retire lacres, etiquetas ou selos colocados no corpo dos extintores; • Não mexa nos extintores de incêndio e hidrantes, a menos que seja necessária a sua utilização ou revisão periódica. Siga os passos e veja como usar os extintores, mas não esqueça que um treinamento prático é mais eficaz. Quadro 10 - Como usar os extintores Fonte: SENAI, 2013 A prevenção contra incêndio é muito importante para a segurança do trabalhador. Essa prevenção pode vir através de treinamentos dos trabalhadores e tem como objetivo a proteção da vida. Toda empresa com 20 funcionários ou mais deverá manter uma brigada de incêndio. A Brigada de Incêndio deverá ser constituída de acordo com o ramo de atividade da empresa, quantidade de funcionários e grau de risco. Nas atividades relacionadas a Construção Civil, existem vários materiais e atividades que representam risco de incêndio, como madeiras, equipamentos elétricos energizados e depósitos de produtos químicos como tintas e solventes, que são materiais inflamáveis. Você também tem suas responsabilidades no combate ao incêndio. Todos os trabalhadores, independente da atividade que exerçam, devem ser treinados contra incêndios e devem conhecer o programa de prevenção contra incêndios da sua empresa. Fique Alerta! Há vários tipos de extintores de incêndio cada um contendo uma substância diferente e servindo para diferentes classes de incêndio. Fique atento antes de usar. www.ineprotec.com.br24 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Fique Alerta! Em uma empresa, o controle e a extinção do incêndio pode ser mais rápido para o corpo de bombeiros, se exis- tirem ações de controle por parte dos trabalhadores. Por isso a importância dos treinamentos! Na prevenção de incêndios, sempre fique atento às seguintes informações: • Organize e armazene de forma correta os materiais inflamáveis. Os depósitos devem estar em locais de fácil acesso e visualização; • Participe dos treinamentos da brigada de incêndio, que deve ser formada por trabalhadores da obra; • Obedeçam sempre as sinalizações de segurança; • Evite o pânico, ande sempre perpendicularmente à direção do vento; • Siga sempre as rotas de fuga paraescapar. Essas rotas são definidas pela brigada de incêndio. Figura 26 - Medidas de precaução e para combate ao incêndio Fonte: SENAI, 2013 Não esqueça! Ao usar o extintor lembre-se de manter-se calmo, afastar as pessoas despreparadas no combate ao incêndio e manter a distância adequada. Agir com rmeza, tomando as decisões corretas não arrisca sua vida nem a dos demais. 25 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras RECAPITULANDO A segurança é fundamental para que você possa desempenhar as suas atividades, ajudando a empresa a alcançar uma produção com qualidade. Segurança e saúde do trabalhador devem ser prioridades dentro de qualquer organização, diminuindo os fatores de risco com ações de combate e prevenção a acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, garantin- do a integridade física do individuo. Fique atento sobre as condições e atos abaixo do padrão e observe se na construção em que trabalha as condições, máquinas e equipamentos de proteção estão em ordem. O próximo passo é conhecer os principais riscos no ambiente de trabalho. Vá em frente! A construção civil possui atividades que, devido as suas características, são consideradas perigosas, pois expõe seus trabalhadores a riscos ocupacionais. Esses ris- cos podem ser maiores ou menores dependendo do tipo e do porte do empreendimento. Mas somente o tipo e porte da construção são suficientes para que o trabalhador esteja seguro em seu ambiente de trabalho? A resposta é não! Figura 27 - As condições do ambiente também oferecem riscos Fonte: SENAI, 2013 As condições ambientais, isto é, as condições do ambiente em que se encontra o trabalhador, também, são importantes quando se fala em segurança. A empresa deve sempre buscar conduzir as ações contidas nos programas de segurança e saúde dos traba- lhadores com a participação de todos. Dessa forma, redu- zir os riscos no trabalho será mais fácil. Visando a saúde e a segurança no trabalho, é ne- cessário que a empresa adote o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT), conforme a norma NR-18 - Norma Reguladora (NR), estabelecida pelo Minis- tério do Trabalho e Emprego. 3.1 RISCOS AMBIENTAIS NO TRABALHO Os riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos e biológicos, existentes no am- biente de trabalho, e que podem causar danos à saúde e a integridade física do trabalhador. Contudo, somente a presença destes agentes não é suficiente. As suas con- centrações e o tempo de exposição do trabalhador a de- terminado agente também interfere nesses riscos. Figura 28 - Trabalhador exposto à poeira e ruído excessivo por muito tempo Fonte: SENAI, 2013 Fique Alerta! A segurança é fundamental para que você pos- sa desempenhar as suas atividades, ajudando a empre- sa a alcançar uma produção com qualidade! Segurança e saúde do trabalhador devem ser prioridades em uma empresa! 3. Condições Ambientais Fique Alerta! Se a obra em que você trabalha ou pretende trabalhar possui mais de 20 operários, mesmo que estes não pertençam a mesma empresa, é obrigatório que ela possua o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho – PCMAT. Saiba Mais! Busque informações com o seu encarregado sobre este programa e saiba mais sobre as ações para diminuir os riscos em seu ambiente de trabalho. www.ineprotec.com.br26 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Estes agentes físicos, químicos e biológicos, rela- cionado ao ambiente de trabalho, podem ser percebidos nos riscos conhecidos como ocupacionais. 3.2 RISCOS OCUPACIONAIS Os Riscos ocupacionais são aqueles que surgem da organização, dos equipamentos, das máquinas, dos processos, das relações existentes no ambiente de traba- lho e dos ambientes, podendo comprometer a segurança e a saúde dos trabalhadores. Estes riscos são classificados em cinco categorias: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Com exceção dos riscos de acidentes, os demais riscos es- tão relacionados a determinados agentes: a) Físicos b) Químicos c) Biológicos d) Ergonômicos e) Acidentes A seguir você verá o que são esses agentes e a associação destes com os seus riscos específicos: a) Agentes físicos Figura 29 - Situações em que predominam os agentes físicos Fonte: SENAI, 2013 Os principais agentes classificados nesta catego- ria são o ruído, a temperatura e as radiações. O ruído é um som indesejado, como o barulho de um som muito alto ou o roncar do motor de um trator. Na construção de edificações o ruído está muito presente nas máquinas como a furadeiras, esmerilhadeiras, pistola finca-pino, serras circulares, dentre outros. Este ruído pode prejudicar a sua saúde, ocasionando problemas como perda auditiva e o desequilíbrio do sono. A temperatura é a intensidade do calor que exis- te no ambiente. A exposição do trabalhador a umidade, calor e frio, elementos relacionados à temperatura, tam- bém ocasionam um risco ao trabalhador. Problemas res- piratórios podem ser causados pela exposição à umidade, a um período de tempo prolongado, em locais encharca- dos ou alagados. O frio traz transtornos à saúde do trabalhador através de rachaduras na pele, doenças das vias respira- tórias e até feridas na pele. E o calor afeta o desenvolvi- mento das atividades, provoca erros de raciocínio, desi- dratação, dentre outros. A radiação é uma forma de energia que se trans- mite pelo espaço, como ondas eletromagnéticas que po- dem causar lesões quando absorvidas pelo organismo. Não podemos ver, mas elas podem causar alterações na pele e até queimaduras. Na soldagem, por exemplo, pode haver risco de radiação ao trabalhador, através das ondas eletromagné- ticas da luz. Estas ondas podem causar até queimaduras na pele. b) Agentes químicos Figura 30 - Situações em que predominam os agentes químicos Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Você Sabia? Para ambientes com nível de ruídos de 85 dB, tolera-se a exposição máxima diária de 8 horas de trabalho. A depender do tempo e exposição, do nível do ruído e da sensibilidade de cada trabalhador exposto, os prejuízos podem ser maiores à saúde. Fique Alerta! As radiações solares sempre expõem o trabalhador que realiza atividades a céu aberto a riscos físicos. Se você realiza atividades nesse ambiente é melhor fazer uso de um protetor solar. Radiações ultravioleta causadas pela solda elétrica po- dem trazer problemas sérios aos olhos, principalmente em pessoas que utilizam lentes de contato. 27 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Os agentes químicos são substâncias que intera- gem com os tecidos existentes no corpo humano e pro- vocam alterações na sua estrutura. Podem penetrar no organismo pelo contato com a pele, ingestão e inalação de poeiras, fumos, fumaça ou névoa, neblina, gases e va- pores. São exemplos de riscos químicos: • Poeiras resultantes de trabalhos com cal, ci- mento, gesso, varrição e do corte de madeiras; • Fumaças resultantes das soldagens e cortes a quente; • Vapores orgânicos desprendidos das tintas e solventes; • Produtos corrosivos utilizados na limpeza. É bom ficar atento para substâncias que causem irritações, como: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica e cloro, e as substâncias asfixiantes como: hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono e monóxido de carbono. Elas podem irritar as suas vias aéreas, causar dores de cabeça, náuseas, con- vulsões e até matar. Os solventes clorados, aromáticos e cetônicos, que podem ser encontrados em algumas tintas e vernizes, são exemplos de substâncias irritantes e que afetam a respiração humana. Os agentes químicos podem penetrar no seu or- ganismo das seguintes formas: cutânea (pele), digestiva(pela ingestão acidental ou não, de alimentos contamina- dos) e respiratória (penetram pelo nariz e boca, afetando garganta, pulmões e outros órgãos relacionados). Os órgãos mais atingidos pelos agentes químicos são: fígado, rins, sistema nervoso e circulação sanguínea. c) Agentes biológicos Figura 31 - Situações em que predominam os agentes biológicos Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Os agentes biológicos são microrganismos que, em contato com o homem, através da pele, via respirató- ria ou com a ingestão de alimentos contaminados, podem causar doenças e infecções de diversos tipos. Os agentes biológicos mais comuns são: vírus, bactérias, fungos, ba- cilos, parasitas, dentre outros. As doenças mais comuns são a tuberculose, ma- lária, leptospirose e febre amarela. Abertura de poços, serviços em tubulações de esgoto, recipientes sem tampa e entulhos e materiais de- sorganizados no canteiro favorecem os riscos biológicos. A higiene pessoal do trabalhador e as condições favoráveis para manter esta higiene no ambiente de tra- balho podem reduzir os riscos biológicos provocados por animais que vivem em ambientes sujos, como o rato. d) Riscos ergonômicos Você já ouviu falar de riscos ergonômicos? Os riscos ergonômicos referem-se à adaptação das condições de trabalho às características psíquicas e fisiológicas do trabalhador, relacionadas ao seu ambiente de trabalho e a organização desse ambiente. Para você entender melhor sobre os riscos ergo- nômicos, veja o que é Ergonomia: Ergonomia - é uma ciência que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho. Figura 32 - Situações em que predominam os riscos ergonômicos Fonte: SENAI, 2013 Os fatores associados a organização podem estar relacionados ao processo desenvolvido no trabalho, ao ritmo da produção, às pausas e revezamentos nas ativi- dades, a duração excessiva da jornada diária de trabalho e às instruções operacionais. Já os fatores ambientais envolvem: característi- cas espaciais e dinâmicas da tarefa; condições dos pisos; vias de circulação, ruído e poeiras, iluminação, dentre ou- tros. O trabalhador da construção civil deve estar atento à existência de posturas inadequadas no trabalho, Você Sabia? Algumas substâncias químicas são cancerígenas, como o níquel, por exemplo. Beber leite também não evita intoxicações. www.ineprotec.com.br28 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras devendo-se evitar a permanência, por período prolonga- do, em uma determinada posição. Os riscos ergonômicos podem gerar vários dis- túrbios que comprometem a produtividade, saúde e segurança do trabalhador, como por exemplo: dores musculares, fraquezas, doenças nervosas, tensão, medo, ansiedade, gastrite, hipertensão arterial, úlcera, proble- mas de coluna, dentre outros. e) Riscos de acidente Os riscos de Acidente são fatores que colocam em perigo o trabalhador e que afetam sua integrida- de física e moral podendo levar a morte ou não. São fatores de riscos: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequa- das ou sem proteção, eletricidade, incêndio ou explo- são, animais peçonhentos, armazenamento inadequa- do. Figura 33 - Situações em que predominam os riscos de acidente Fonte: SENAI, 2013 Programas como qualidade total e 5s contri- buem para a diminuição dos acidentes, além de con- tribuir para que tanto a empresa quanto seus traba- lhadores sejam partes atuantes de um processo de melhoria contínua, contribuindo para a imagem da empresa perante a sociedade e também a satisfação de seus funcionários. A prevenção é a melhor solução para se evi- tar problemas ergonômicos e a melhoria pode vir através de treinamentos, modernização de equipa- mentos e máquinas, redução nas horas de trabalho, alteração do ritmo das tarefas, utilização das fer- ramentas corretas e adequação da melhor postura para cada tarefa. As medidas de prevenção mais eficazes atu- am sempre nos três principais níveis que são: o con- trole na fonte de emissão (ruído, gás ou poeira); O controle na trajetória dos materiais e energias e o controle no corpo do trabalhador com a utilização do EPI. A solução para estes problemas está na pre- venção. Veja abaixo algumas informações importan- tes: • Busque melhores condições de higiene no local de seu trabalho; • Melhore o relacionamento com os seus co- legas; • Converse com os encarregados sobre a mo- dernização de máquinas e equipamentos; • Escolha as ferramentas adequadas para cada atividade; • Alterne o ritmo de suas tarefas; • Mantenha a postura adequada. Abaixo, veja o quadro que demonstra a rela- ção entre os agentes ambientais de risco, as fontes causadoras, seus efeitos sobre a saúde e as possíveis medidas de controle. Saiba Mais! Procure saber, com os encarregados na obra, se suas atividades possuem riscos ergonômicos. Participe de treinamentos, quando forem oferecidos, e evite postu- ras inadequadas quando estiver trabalhando. 29 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Relação entre tipos de riscos, agentes ambientais, causas e medidas de controle: Quadro 11 - Relação entre tipos de riscos, agentes, causa e medidas de controle Fonte: SENAI, 2013 As medidas preventivas, citadas na 4ª coluna do quadro acima, serão explicadas com mais detalhe no próximo capítulo. Enquanto isso, vamos ver o que você aprendeu sobre condições ambientais e riscos no trabalho! RECAPITULANDO Em qualquer profissão o trabalhador está sujeito a riscos. No caso da construção civil, existem muitas atividade perigosas, que precisam ser realizadas com bastante atenção. Como vimos anteriormente, as condi- ções ambientais também influenciam na saúde e segurança do empregado. Como exemplo, podemos citar são os riscos ocupacionais que estão relacionados a agentes físicos, químicos, biológicos e riscos ergonômicos e acidentes. Se tiver alguma dúvida, retorne ao conteúdo e revise novamente. TIPOS DE RISCO FONTE CAUSADORA EFEITO MEDIDAS PREVEN- TIVAS Stress físico e psíquico (ergonômico) Movimentação de ma- teriais (carregamento de descarregamento) Dor lombar, desconfor- to local Utilização de equipa- mentos de proteção individual - EPI, ado- ção de proteção co- letivas, revezamento, pausas, treinamentos e outros. Levantamento e trans- porte manual de peso (ergonômico) Movimentação de ma- teriais (carregamento de descarregamento) Dor lombar, desconfor- to local Utilização de EPI, ado- ção de proteção co- letivas, revezamento, pausas, treinamentos e outros. Postura inadequada (ergonômico) Movimentação de ma- teriais (carregamento de descarregamento) Dor lombar, desconfor- to local Utilização de EPI, ado- ção de proteção co- letivas, revezamento, pausas, treinamentos e outros. Calor (físico) Tanques com água aquecida para cura das peças pré-moldadas Dermatite , câimbras por calor e desconforto térmico Utilização de EPI, adoção de proteção coletiva, revezamento, pausas, treinamentos e outros. Ingestão de líquidos durante a jornada de trabalho. Vibração (físico) Vibrador pneumático (quebra de piso) Câimbras por calor e desconforto local Realização de ginástica no local de trabalho (ginástica laboral) Poeiras minerais (químico) Mistura de massas, lixamento de peças, fabricação de peças pré-moldadas Irritação das vias respi- ratórias Utilização de EPI, (proteção respiratória, respiradores) adoção de proteção coletiva, sinalização de seguran- ça (utilização de água e exaustores). Máquinas e equipa- mentos (acidentes) Processo de fabricação das peças, materiais Lesões e escoriações diversas Treinamentos, sinaliza- ção de segurança, uso de EPI, inspeções nas máquinas e equipa- mentos. www.ineprotec.com.br30 Técnico em Mineração- Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras As medidas preventivas têm por objetivo evitar que um ou mais trabalhadores sofram acidentes ou adoeçam. Elas devem sempre fazer parte das ações de segurança porque evitam que ocorram acidentes. Dentre as medidas preventivas, podemos citar: • A utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) • A utilização de equipamentos de Proteção Coletiva (ECP’s) 4.1 UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI’S) Os equipamentos de proteção individual – EPI’s são aqueles usados individualmente pelo trabalhador. São de uso obrigatório, contínuo, permanente e possuem extrema importância na prevenção de acidentes. A Norma Regulamentadora nº 06 - NR-6, uma norma do Ministério do Trabalho e emprego – define que o EPI visa à proteção de possíveis riscos relacionados à saúde e segurança no trabalho. Todo EPI deve estar em perfeito estado de conservação e funcionamento, e deve possuir Certificado de Apro- vação (CA), Certificado de Registro do Fabricante (CRF) ou de Certificado de Registro de Importador (CRI). Os equipamentos de proteção individual podem ser subdivididos em: a) proteção da cabeça; b) proteção dos olhos e faces; c) proteção auditiva; d) proteção respiratória; e) proteção de membros superiores; f) proteção de membros inferiores; g) vestimentas de segurança; h) sinalização; i) proteção contra quedas com diferença de nível. Quadro 12 - Equipamentos de proteção para a cabeça Fonte: SENAI, 2013 Fique Alerta! Os riscos de acidentes variam de acordo com a obra e suas características. Porém a sua atitude no uso dos EPI’s é fundamental. A empresa deve fornecer, sem nenhum custo, o EPI que você necessitar. PROTEÇÃO DA CABEÇA Capacete de proteção tipo aba frontal e capacete de proteção tipo abas laterais Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protegem o trabalhador contra impactos de choques no topo e nas laterais da cabeça, seja em trabalhos a céu aberto e/ou ambientes fechados. Quando usar: você usará este equipamento a todo instante, dentro da obra. Capacete de proteção tipo aba frontal com viseira Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protege não somente a cabeça, mas também a face contra riscos de ser atingindo por algum objeto e até queimaduras provocadas por algum equipamento e seus efeitos. Quando usar: você usará este equipamento quando trabalhar com soldas. 4. Medidas Preventivas 31 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Quadro 13 - Equipamentos para proteção de olhos e faces Fonte: SENAI, 2013 Quadro 14 - Equipamentos para proteção auditiva Fonte: SENAI, 2013 Você Sabia? Existem várias cores para capacetes de proteção com abas. Estas cores identificam a função dos operários na obra e podem variar a depender da região onde a obra está sendo realizada. PROTEÇÃO DE OLHOS E FACES Óculos de segurança para proteção (lente incolor) Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Equipamentos utilizados para proteção dos olhos contra impactos de objetos que causem danos na área dos olhos e face. Quando usar: você usará este equipamento quando for cortar o aço, madeira, cerâmica e outros materiais que possam projetar partícu- las para os olhos. Óculos de segurança para proteção (lente com tonalidade escura) Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Usado para proteção dos olhos contra impac- tos de objetos que causem danos na área dos olhos e face. A lente escura também protege contra os raios ultravioletas. Quando usar: você usará este equipamento quando for trabalhar com soldas e em am- bientes externos com muita incidência de luz. Existem lentes especialmente escuras para trabalhos com soldas. PROTEÇÃO AUDITIVA Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Servem para proteger os ouvidos em ativida- des que apresentem ruídos excessivos. Quando usar: você usará estes equipamentos quando for operar alguma máquina que emita ruídos excessivos. Fique Alerta! As máscaras com filtros são equipamentos que exigem treinamento adequado para seu uso e, também, reque- rem cuidados especiais de manutenção e limpeza. Quando a sua atividade exigir o uso de máscaras e proteção respiratória tome cuidado com a higiene dos seus equipamentos, pois a falta de cuidado pode prejudicar a sua saúde. www.ineprotec.com.br32 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Respirador purificador de ar com ou sem válvula respiratória PFF14 / PFF25 (máscara descartável) Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protege a respiração, principalmente da poeira. Quando usar: você usará este equipamento quando estiver trabalhando com partículas6 sólidas filtro de classe P17 e P28. Atenção! Não pode ser usada na presença de conta- minantes químicos ou poeiras tóxicas. Respirador purificador de ar (máscara com filtro) Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protege a respiração do trabalhador, principalmente contra substâncias químicas e partículas prejudiciais à saúde. O filtro serve para reter estas partículas e filtrar as substâncias prejudiciais que não podem ser respiradas. Quando usar: você usará este equipamento contra a inalação de partículas sólidas, gases e vapores. Respirador de adução de ar ou supridores de ar Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protege e auxilia a respiração do trabalhador em locais onde haja dificuldades para respirar ou diante de substâncias que são prejudiciais à saúde. Quando usar: em ambiente com concentração ime- diata perigosa para a saúde em ambientes confina- dos. Quadro 15 - Equipamentos para proteção respiratória Fonte: SENAI, 2013 PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES O par de luvas é um dos equipamentos individuais mais importantes na construção civil. Vários tipos de luvas podem ser encontrados no mercado e variam de acordo com o produto que será manuseado ou o serviço que será executado. A escolha correta da luva, para cada atividade é essencial para a segurança e saúde dos trabalhadores nas obras. 33 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Alguns tipos de luvas merecem ser destacados. Veja a seguir: Quadro 16 - Equipamentos de proteção dos membros superiores Fonte: SENAI, 2013 Luva isolante de borracha e manga de prote- ção isolante de borracha Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protegem as mãos e os braços do trabalhador contra choques devido ao contato com a ener- gia elétrica. Quando usar: você usará estes equipamentos para fazer instalações elétricas. Fique atento aos cuidados para uso. Luva de proteção em raspa Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protege as mãos e os braços do trabalhador contra agentes cortantes. Quando usar: você usará este equipamento para manusear ferros (armazenamento, corte e dobra). Luva de proteção tipo Vaqueta Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protege as mãos e os braços do trabalhador contra agentes cortantes. Quando usar: você usará em montagens onde seja necessário obter sensibilidade de manu- seio de peças. Luva de proteção tipo condutiva Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protege as mãos e os punhos do trabalhador, quando os trabalhos exigirem maior utilização da força. Quando usar: você usará este equipamento para segurar uma corda com peso. Luva de proteção em pvc Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protege as mãos e punhos do trabalhador contra recipientes contendo óleo, graxa e solvente e no preparo e uso de argamassas e concretos. Quando usar: você usará este equipamento para execução de alvenaria, assentamento cerâmico, dentre outros. www.ineprotec.com.br34 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES Calçado de proteção tipo botina de couro e calçado de proteção tipo bota de couro (cano médio) Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protegem os pés do trabalhador contra tor- ções, escoriações, derrapagens e umidade. Quando usar: você usará estes equipamentosna obra a todo momento. Calçado de proteção tipo bota de borracha Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protege os pés e pernas contra substâncias químicas agressivas e derrapagens. Quando usar: você usará este equipamento para concretagem. Perneira de segurança Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protege as pernas contra objetos perfurantes e cortantes. Quando usar: você usará este equipamento para o transporte de aço. Quadro 17 - Equipamentos de proteção para os membros inferiores Fonte: SENAI, 2013 35 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Quadro 18 - Equipamentos de proteção individual - vestimenta de segurança Fonte: SENAI, 2013 Quadro 19 - Equipamentos de proteção - sinalização Fonte: SENAI, 2013 VESTIMENTAS DE SEGURANÇA Blusão em tecido impermeável Fonte: INDUSTRIAL WEAR, 2013 Protege os membros superiores do trabalhador contra chuva, umidade e produto químico. Quando usar: você deverá usar este equipamento ao realizar trabalhos na chuva e umidade. Vestimenta de proteção tipo condutiva Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Protege o trabalhador na realização de trabalhos que envolvam eletricidade. Quando usar: você deverá utilizar este equipamento quando for realizar instalações elétricas. Calça em tecido impermeável Fonte: DYBAOXIN, 2013 Protege os membros inferiores do trabalhador con- tra chuva, umidade e produto químico. Quando usar: você deverá usar este equipamento ao realizar trabalhos em ambientes úmidos. SINALIZAÇÃO Colete de sinalização refletivo Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Auxilia na sinalização do trabalhador, pois faci- lita que outras pessoas possam vê-lo, quando for necessário. Quando usar: você usará este equipamento quando for trabalhar em locais com movimen- tação de veículos. www.ineprotec.com.br36 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL Cinturão de segurança tipo pára-quedas com talabarte Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Tem por finalidade a proteção do traba- lhador contra quedas onde exista dife- rença de nível. Quando usar: você usará este equipa- mento quando for trabalhar em alturas superiores a 2 metros. Dispositivo trava-quedas Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Tem por finalidade a proteção do tra- balhador contra quedas onde exista diferença de nível. É usado em conjunto com o cinturão de segurança. Quando usar: você usará este equipa- mento quando for trabalhar em alturas superiores a 2metros. Quadro 20 - Equipamentos de proteção contra quedas com diferença de nível Fonte: SENAI, 2013 Assim como os equipamentos de proteção individual, os equipamentos de proteção coletiva – EPC´s também são muito importantes para a segurança do trabalhador em seu ambiente de trabalho. Veja a seguir quais são eles e para que servem. 4.2 UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC’S) Os equipamentos de proteção coletiva – EPC´s servem para tornar mais seguro o ambiente de trabalho para um grupo de pessoas. Protegem mais de uma pessoa ao mesmo tempo e são utilizados para prevenir aci- dentes. Como exemplos EPC´s temos: extintores de incêndios, placas de sinalização, cones, fita de isolamento, telas de proteção, andaimes, alarmes, dentre outros. 37 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Saiba mais sobre eles no quadro abaixo: Quadro 21 - Equipamentos de proteção coletiva - ECP’s Fonte: SENAI, 2013 EPC PARA QUE SERVE IMAGEM Placa de sinalização Alertar o trabalhador sobre riscos existentes e a neces- sidade de proteção. Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Cone Sinalizar a área de trabalho em obras em vias públicas. Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Fita de isolamento Delimitar e isolar locais de trabalho. Fonte: SENAI, 2013 Tela de proteção Impedir que detritos ou ferramentas caiam das obras podendo vir a atingir alguma pessoa. Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Andaime Auxiliar o trabalhador para que possa alcançar locais mais altos na obra. Fonte: DREAMSTIME, 2013 Bandeja Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Restringe ou limita os efei- tos de queda de objetos, protegendo pessoas, ma- teriais e equipamentos. www.ineprotec.com.br38 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras As sinalizações na obra garantem um bom an- damento das atividades que cada trabalhador executa. A empresa deve fornecer ao empregado, sem nenhum cus- to, o EPI e o EPC necessários. Agora que você já sabe quais são e para que ser- vem os equipamentos de proteção individual e coletiva, é preciso saber também que todo material deve ser con- servado. Veja como mais abaixo. 4.3 CONTROLE E CONSERVAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO É papel de cada trabalhador conservar o seu equipamento individual e ajudar na conservação dos equipamentos coletivos. No momento de receber o seu equipamento, se identificar algum defeito de imediato, faça a troca por ou- tro perfeito. Lembre-se que todo EPI que você receber é de sua responsabilidade. Veja, no quadro a seguir, alguns EPI’s e o como cuidar deles: Quadro 22 - Como cuidar do seu equipamento de proteção individual – EPI Fonte: SENAI, 2013 Juntos, os EPI’s e EPC’s devem receber os cuida- dos necessários, tanto no uso quanto no armazenamen- to. Cuidar de seu equipamento individual é tão importan- te quanto cuidar dos equipamentos que todos utilizam. A segurança em primeiro lugar! 4.4 TRABALHO EM ALTURA As medidas de proteção contra quedas de altura são obrigatórias ao trabalhador que precisar exercer esta atividade. Para isso, as estruturas devem ser montadas no ambiente de trabalho para evitar riscos de acidentes. Alguns cuidados devem ser tomados quando for trabalhar em altura: • Instalar bem os andaimes metálicos, amarran- do-os bem nas estruturas; • Proteger os taludes9, valas, poços e escavações com guarda-corpos (parapeito); • Sinalizar as escavações com barreiras de isola- mento; • Instalar redes e telas de proteção; • Utilizar os equipamentos de segurança de for- ma correta como, por exemplo, Equipamentos de segu- rança para trabalho em altura a) Guarda-corpo b) Linhas da vida c) Ancoragem a) Guarda-corpo: é um dos principais itens de se- gurança nas obras e protege o trabalhador de quedas e acidentes. É também conhecido como parapeito, A norma NR-18, norma que regulamenta as con- dições e meio ambiente de trabalho na indústria da cons- trução, é bem rígida com relação a colocar os guarda- cor- pos na obra. Os guarda-corpo devem ser resistentes para aguentar o impacto de uma pessoa que esteja caindo. Figura 34 - Guarda corpo ou parapeito Fonte: SENAI, 2013 b) Linhas de vida: as linhas de vida, como o pró- prio nome já diz, são linhas que facilitam o acesso seguro do trabalhador de um local para outro, em pontos mais altos. Podem ser fixas e temporárias, a depender da ati- vidade executada. A instalação dessas linhas é vista como uma importante solução de segurança para o trabalho em altura. As linhas de vida ajudam o trabalhador a se des- locar vertical e horizontalmente em altura, ou seja, aju- dam a descer, subir e andar de um lado para outro na obra. Muitos trabalhadores acham essa solução muito complicada, pois entendem que atrasa e atrapalha a exe- cução das tarefas, mas entendem também que o uso da EPI COMO CUIDAR Capacete Evite derrubar, jogar, pintar ou perfurar o seu capacete; Lave o sistema de suspensão mensalmente. Luvas de proteção Mantenha as luvas longe da luz e das tem- peraturas muito elevadas. Evite locais com excesso de umidade quando não estiver usando. Máscara com filtro Troque os filtros sempre que precisar. Siga as instruções do fabricante. Sapatos Se o calçado estiver úmido, seque antes de usar. 39 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro deObras linha é muito importante. A não instalação dessas linhas pode causar grandes acidentes, com sérios riscos à saúde do trabalhador. Figura 35 - Linha de vida horizontal Fonte: SENAI, 2013 As linhas de vida podem ser do tipo vertical e ho- rizontal e permitem que o trabalhador fique em seguran- ça e exerça melhor suas atividades. Veja exemplo de situação onde foi evitado aci- dente devido à linha de vida instalada de forma correta: Um trabalhador estava carregando material, quando o motorista do caminhão, não viu que ele estava ali e movimentou o caminhão. Se ele não estivesse preso a Linha da vida, certamente sofreria um acidente de tra- balho. Logo, o acidente foi evitado devido ao uso equipa- mento. Figura 36 - A importância da utilização da linha da vida Fonte: SENAI, 2013 Os equipamentos de proteção individual anti-que- das como o cinturão de segurança e dispositivo trava-quedas devem ser ancorados nas linhas de vida instaladas. Mas você sabe o que é ancoragem? c) Ancoragem: é a técnica de fixar cabos para ins- talação de sistemas verticais, para descer ou subir barrei- ras, ou também para poder transportar pessoas e cargas com segurança. Pontos de ancoragem são pontos seguros para que você possa fixar os seus equipamentos de segurança contra quedas. Eles devem ser instalados em toda a edifi- cação. Figura 37 - Pontos de ancoragem Fonte: SENAI, 2013 Os vários pontos de ancoragem por toda a obra são conhecidos como sistema de ancoragem. O sistema de ancoragem deve ser de material resistente, como o aço, capaz de segurar andaimes e cabos, podendo supor- tar pesos de até 1,2 mil quilos. Empresas que não instalam sistema de ancora- gem estão colocando a vida de seus trabalhadores em risco. Muitos acidentes ocorrem por não instalarem cor- retamente pontos de ancoragem na obra. Além dos equipamentos de proteção individual e coletiva os trabalhadores também podem contar com a CIPA. Veja o que é e qual sua função mais abaixo. Esteja sempre seguro ao realizar atividades em altura. Verifique se o sistema de ancoragem foi instalado e, em caso de dúvidas, pergunte aos encarregados da obra. Não corra riscos! 4.5 A CIPA A CIPA é uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Tem por objetivo observar e relatar condições de riscos ambientais de trabalho, solicitando medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes. Além disso, é responsável por conscientizar o trabalhador que a pre- venção de acidentes é muito importante no trabalho. A CIPA é formada por um grupo de pessoas en- carregadas em promover ações que previnam acidentes. Possui representantes indicados pela empresa e repre- sentantes eleitos pelos empregados. Para a CIPA ser for- mada é necessário o apoio da empresa A Norma que regulamente a CIPA é a NR-05, do Ministério do Trabalho e Emprego. O trabalhador que faz parte da CIPA é conhecido como Cipista. www.ineprotec.com.br40 Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras Figura 38 - O Cipista Fonte: SENAI, 2013 Se você for escolhido para fazer parte da CIPA na empresa que trabalha, saiba quais são as suas atribuições: • Estar sempre atento às condições de risco nos ambientes de trabalhos; • Investigar e analisar acidentes ocorridos para solicitar medidas que previnam acidentes semelhantes; • Realizar, mensalmente, reunião com todos os membros da CIPA. • Orientar os outros trabalhadores sobre como se prevenir de acidentes; • Solicitar medidas para reduzir ou eliminar os riscos existentes; • Buscar sempre se atualizar no que diz respeito à prevenção de acidentes; • Participar dos treinamentos para membros da CIPA toda vez que ele ocorrer; • Buscar ajuda de outros membros da CIPA em caso de dificuldades. Mostrar para os trabalhadores os procedimentos do trabalho e a importância de seguir esses procedimen- tos, em cada atividade é muito importante para evitar acidentes. Lembre-se que nem todos os que trabalham na obra são conscientes dos riscos que correm se não se- guirem as normas de segurança da empresa. A empresa é obrigada a realizar, anualmente, conforme a NR-5, a Semana Interna de Prevenção de Aci- dentes do Trabalho – SIPAT. O SIPAT pode realizar palestras, concursos, ginca- nas, cursos, treinamentos, dentre outros, buscando des- pertar o interesse dos trabalhadores para o assunto da prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. RECAPITULANDO Agora que você já sabe as normas e a importân- cia da segurança no trabalho para evitar doenças e aci- dentes, não deixe de usar os seus equipamentos de se- gurança individual na obra. Como diz o ditado popular: “melhor prevenir do que remediar”. Compareça aos encontros marcados pela CIPA de sua empresa. Os Cipistas buscam informações para man- ter você e os seus colegas em segurança. Informe-se! No próximo capítulo a gente vai falar sobre como reduzir, reutilizar e reciclar. Pratique os exercícios e continue estudando! Ah! Qualquer dúvida, pergunte ao seu professor ou monitor de treinamento. O setor da Construção Civil possui grande impor- tância para o país, pois ajuda no crescimento da econo- mia e no desenvolvimento da população. Por outro lado, tem grande responsabilidade em relação ao consumo dos recursos naturais do planeta e na geração dos resíduos. Esses resíduos vêm da ocupação de terras para constru- ção de grandes empreendimentos, extração de matérias- -primas e transporte de materiais. Figura 39 - Agregados naturais Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 Agregados são materiais granulosos e inertes re- sultantes da britagem11 de rochas que entram na com- posição de argamassas e concreto. Os resíduos da construção civil são aqueles pro- venientes de construções, reformas, reparos e demoli- ções de obras, gerados muitas vezes, pelo próprio pro- Saiba Mais! Procure saber sobre outros direitos e deveres do Cipis- ta, consultando a NR-05 ou o Ministério do Trabalho e Emprego. 5. Gestão de Resíduos na Construção Cívil 41 www.ineprotec.com.br Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras cesso construtivo. Veja alguns exemplos: paredes mal planejadas que resultam em quebra de blocos para embutir insta- lações ou fechar vão, acondicionamento inadequado de materiais e transporte em equipamentos inadequados. Figura 40 - Rasgos em alvenaria Fonte: SENAI, 2013 Figura 41 - Transporte inadequado de tijolos na gerica Fonte: SENAI, 2013 Os resíduos gerados devem ser separados de acordo com a classificação do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, para evitar que sejam descartados de qualquer for- ma no meio ambiente12. Falaremos sobre descarte mais adian- te. 5.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS Veja abaixo como esses resíduos são classifica- dos, segundo o CONAMA: Quadro 23 - Classificação dos resíduos Fonte: SENAI, 2013 O CONAMA é um órgão relacionado ao Ministé- rio do Meio Ambiente que possui resoluções que tratam da questão ambiental. A Resolução que fala sobre as obri- gações que as empresas devem ter com os seus resíduos é a 307, publicada no ano de 2002, complementada pela 348/2004 e 431/2011. A Resolução13 348/2004 complementa que te- lhas e materiais que contenham amianto passam a ser re- síduos perigosos (Classe D) e a Resolução 431/2011, mo- dificou a classificação do gesso de Classe C, para Classe B. Ou seja, o gesso passa a ser resíduo reciclável e pode: • ser moído e enviado para a indústria concretei- ra, pois ele retarda a pega do concreto; • ser utilizado na agricultura para melhorar o solo; • ser utilizado na própria fabricação do gesso novo. Para a reciclagem do gesso, é importante que o resíduo esteja devidamente segregado, não estando con- taminado nem misturado com outros materiais. Os resíduos Classe D são perigosos e como exem- plos podemos destacar: solventes, tintas, amianto,
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