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Biomedicina Estetica - Introducao

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Introduçã� � Biomedicin� Estétic�
O que podemos fazer?
- Ser responsáveis técnicos
- Procedimentos minimamente invasivos
- Procedimentos não invasivos
Sistem� Tegumenta� � Tecid�
Adip�s�
→ Formado pela pele e órgãos acessórios.
Epiderme: mais superficial, tecido epitelial
queratinizado. Não possui vascularização.
Derme: logo abaixo da epiderme, formada por tecidos
conjuntivos e possui vasos sanguíneos que realizam a
nutrição entre os tecidos. Mantém a pele sob
constante tensão elástica.
Hipoderme: tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e
linfáticos e nervos. Armazena lipídios, isola e protege o
corpo e regula a temperatura do organismo. Não é
mais considerado como pele.
Funções:
Proteção: contra exposição solar (raios UV), contra
entrada de microrganismos, contra desidratação.
Sensação: possui receptores sensoriais que captam
frio, calor, dor, pressão e contato.
Regulação térmica: mantém nossa temperatura em
36,5ºC pelos vasos sanguíneos e glândulas sudoríparas
(o suor ajuda a reduzir a temperatura quando ela
aumenta muito).
Produção de vitamina D: através da exposição solar,
essa vitamina é importante para absorção de cálcio e
fósforo (tecido ósseo e sistema imunológico).
Excreção e absorção: elimina alguns metabólitos da
pele, absorção de medicamentos transdérmicos, por
exemplo.
Epiderm�
Células da epiderme:
Queratinócito Produção de queratina, resistência,
retenção de água. 90%
Melanócito Produção de melanina, coloração,
absorção de raios UV.
Células de
Langerhans
Macrófagos intraepidérmicos,
reconhecimento e destruição de
patógenos.
Células de
Merkel
Detectam toque e pressão
superficiais.
→ A epiderme é formada por 5 camadas de
queratinócitos, que são produzidas mais internamente
e migram para a superfície, amadurecendo e se
transformando nesse processo.
Queratinização e cornificação: alterações fisiológicas
que distinguem cada uma das camadas.
→ É a camada mais superficial, a espessura varia de
acordo com a região. Suas 5 camadas são:
● Camada basal
● Camada espinhosa
● Camada granulosa
● Camada lúcida
● Camada córnea
Camada basal: a mais profunda, faz a renovação
celular. As células vão sendo deslocadas até a periferia
até chegar na camada córnea, processo que leva 21-28
dias. 10 a 25% das células da camada basal são
melanócitos.
Camada espinhosa: a mais espessa, formada por
queratinócitos (“espinhos”) e células de Langerhans.
Fornece resistência ao atrito.
Camada granulosa: possui muitos grânulos de
querato-hialina e grânulos lamelares. As células
perdem o núcleo e ficam mais achatadas, formando
placas de queratina. Possui estruturas filtrantes, os
corpos lamelares, e contêm fosfolipídios,
esfingolipídios e colesterol.
Camada lúcida: de transição, camada adicional entre
os estratos granuloso e córneo. É mais evidente em
pele mais espessa, como planta do pé e palma da
mão. Aumenta resistência e proteção mecânica.
Camada córnea: mais superficial, muitas células
mortas ligadas. A capa córnea superficial desidrata,
descama e desempenha funções de barreira protetora
mecânica, prevenindo a passagem de água e
substâncias solúveis para o interior do corpo.
O estrato córneo depende de 4 processos para
desempenhar suas funções:
● Formação do Corneócito
● Formação da Matriz Lipídica
● Formação do Fator Natural de Hidratação
● Processo de Descamação
Formação de corneócitos: Células achatadas,
anucleadas originadas a partir dos queratinócitos.
Barreira física contra perda hídrica, agentes químicos e
microrganismos. Ricos em corneodesmossomas:
ligações proteicas que mantém os corneócitos unidos.
Formação de matriz lipídica: É produzido pelos
queratinócitos e transportados no estrato córneo à
medida que se transformam em corneócitos. São
compostos por: ceramidas, ácidos graxos e colesterol.
Duplas camadas formando estrutura lamelar, barreira
lipídica contra agentes químicos.
Formação do fator natural de hidratação: É formada
dentro dos corneócitos. Moléculas hidroscópicas de
baixo peso molecular, aminoácidos, ácido lático e
uréia.
Processo de descamação: degradação enzimática das
ligações protéicas (corneodesmossomas) pela
atividade de hidrolases.
→ As camadas mais profundas da epiderme formam
as cristas epidérmicas, que se estendem para dentro da
derme, que são adjacentes às projeções dérmicas
(papilas dérmicas) que se projetam para dentro da
epiderme. Aumentam muito a área de superfície para
fixação, ligando firmemente a epiderme à derme.
Melanócitos: ficam na camada basal, entre as células
epiteliais. Produzem a melanina a partir do
aminoácido tirosina e o empacota em vesículas
intracelulares (melanossomos).
Derm�:
Camada de sustentação para a epiderme, feita de
tecido conjuntivo e vascularizada. É onde ficam os
órgãos anexos da pele, vasos linfáticos e sanguíneos,
neurônios sensoriais, músculo eretor do pêlo e nervos.
Dividida em:
● Camada papilar (junto da epiderme)
● Camada reticular (junto da hipoderme)
→ Protege contra lesões mecânicas, rica em colágeno
e elastina, constituída por fibroblastos, responsáveis
pela reparação tecidual. Possui também macrófagos,
linfócitos e mastócitos.
→ Contém 2 tipos de fibras, responsáveis por tolerar
estiramentos:
De colágeno: fortes e resistentes ao alongamento,
mas facilmente se dobram ou torcem. Limitam a
flexibilidade das fibras elásticas para evitar danos.
Fibras elásticas: estiram e se retraem ao seu
comprimento original.
Camada papilar: mais superficial, tecido conjuntivo
propriamente dito frouxo, fica logo abaixo da
epiderme. Contém capilares, vasos linfáticos,
neurônios sensitivos e receptores táteis.
Camada reticular: mais profunda, tecido conjuntivo
propriamente dito denso não modelado, confere força
e elasticidade à pele. Os anexos cutâneos (folículos
pilossebáceos e glândulas sudoríparas) ficam na
derme reticular. Seu principal componente é o
colágeno tipo I.
Estruturas anexas:
Folículos pilosos: produzem pelos.
Glândulas exócrinas: termorregulação, excreção de
resíduos, lubrificação.
Unhas: proteção e apoio para os dedos.
Sistema sensorial da pele:
Tato
Terminações nervosas livres
Complexo de Merkel
Corpúsculo de meissner
Pressão
Terminações nervosas livres
Corpúsculo de pacini
Bulbo terminal de Krause
Temperatura e dor Terminações nervosas livre
Hipoderm�:
Células adiposas (adipócitos) que armazenam gordura.
Possuem vacúolo central (pode aumentar ou diminuir
de acordo com o indivíduo). A quantidade de gordura
difere nas partes do corpo.
→ Tecido conjuntivo frouxo logo abaixo da derme,
fazendo uma união pouco firme dela com órgãos
adjacentes. Funções:
• Isolamento térmico e armazenamento de energia.
• Modela a superfície corporal.
• Absorção de choques.
• Preenchimento e fixação dos órgãos.
• Metabolismo de hormônios que controlam a lipólise.
→ Tecido adiposo é originado dos lipoblastos. Os
adipócitos apresentam um metabolismo dinâmico e
fazem o armazenamento e liberação de gordura
(triglicerídeos) para utilização como fonte de energia.
→ São essenciais para outras atividades metabólicas,
como a produção e a regulação da atividade de alguns
hormônios.
Classificação:
De acordo com a pigmentação da gordura
armazenada.
Unilocular/amarelo: suas células
apresentam uma gotícula de
gordura predominante, que
corresponde a 85–90% da
massa da célula. Muito
vascularizado, fica disposto sob a
pele. É isolante térmico, base
para deslizamento da musculatura, impede choques.
Multilocular/marrom: principal
responsável pela termogênese.
Muito mais presente em
neonatos do que em adultos, já
que estes não conseguem se
aquecer sozinhos. Fica no
pescoço, abaixo das clavículas,
próximo ao pericárdio e ao redor
dos rins. Adipócitos menores, com núcleo central e
gordura no citoplasma. A cor é devido às suas
numerosas mitocôndrias, responsáveis pela oxidação
de ácidos graxos, liberando calor.
Fisiopatologi� d� adip�sidad�:
Podemos aumentar nossa quantidade de tecido
adiposo de 2 maneiras:
● Alargamento do adipócito (hipertrofia)
● Aumento no nº de adipócitos (hiperplasia)
Principais pré-fatores para adiposidadelocalizada:
• Genética;
• Idade;
• Gênero;
• Desequilíbrio hormonal;
• Alimentação desequilibrada.
→ A gordura dos adipócitos é o armazenamento de
calorias nutricionais que excedem a utilização
(reservatório de energia).
→ A adiposidade localizada tem suas funções até
certa quantidade, depois ela passa a ser prejudicial e
incomoda esteticamente.
→ O excesso de tecido adiposo contribui para
aumentar problemas de saúde, diminui a expectativa
de vida em razão do risco de doenças cardíacas
coronarianas, hipertensão, diabetes e osteoartrose.
Gordur� subcutâne�:
Logo abaixo da camada externa da pele, conseguimos
palpar em exames físicos. Cobre os músculos
abdominais, costas, culotes e, quando em grande
quantidade, recobre os músculos abdominais.
Gordur� viscera�:
Fica por trás da parede abdominal e os órgãos que
rodeiam, no interior da cavidade peritoneal. Aumenta
a inflamação dos órgãos, pois libera substâncias
chamadas adipocinas: proteínas de sinalização celular
que aumentam a pressão arterial e influenciam a
insulina.
→ Diminui a quantidade de adiponectina no corpo,
um hormônio que queima a gordura que ajuda a
acelerar o metabolismo, ou seja, mais triglicerídeos na
corrente sanguínea.
→ A diminuição da sensibilidade à insulina,
hipertensão e triglicerídeos elevada, pode resultar em
aterosclerose e LDL elevado (colesterol “ruim”) e pode
acarretar no desenvolvimento de diabetes.
Classificaçã� Cutâne�
Classificação desenvolvida por Helena Rubinstein
Classificação de Fitzpatrick
Classificação da Dra. Leslie Baumann
Helena Rubinstein:
Classificou em:
● Normal
● Seca
● Mista
● Oleosa
Pel� norma�:
• É suave ao tato, poros de tamanho regular.
• Os processos biológicos como a queratinização, a
descamação, a perda de água, a sudorese e a secreção
de sebo são equilibrados.
• Utiliza-se agentes de limpeza suaves com poucos
tensoativos. Alguns cosméticos podem causar
ressecamento excessivo da pele, tornando-a seca.
• Na hidratação desse tipo de pele, podemos usar
loções, emulsões e sérum com fórmulas fluidas para
evitar o aumento da produção de sebo.
Pel� sec�:
• Opaca, tendendo a sofrer ressecamento e
descamação principalmente nas áreas das bochechas.
• Menor atividade de glândulas sebáceas.
• Utiliza-se cosméticos menos fluidos e sabonetes
menos tensoativos.
• O uso de hidratantes é recomendado para evitar
ainda mais perda de água e, o ressecamento da pele e
até o aparecimento precoce de rugas.
Pel� ole�s�:
• Poros mais dilatados, brilhante especialmente na
zona T (nariz, testa e queixo).
• Mais espessa, camada córnea mais evidente e alta
produção de sebo.
• Tendem a formar comedões (cravos) e espinhas.
• Utiliza-se tensoativos para remover o excesso de
óleo, além da esfoliação.
• O fato de a pele ser oleosa não significa que ela é
hidratada, por isso, o uso de hidratantes fluidos é
essencial.
Pel� mist�:
• Variante da pele oleosa.
• Tem áreas oleosas e áreas normais/secas.
• As regiões com maior atividade de glândulas
sebáceas estão na zona T (testa, nariz e queixo).
Fitzpatrick:
→ Classificou a pele em 6 tipos de acordo com o
fototipo e etnia, variando do tipo I (pele mais clara) ao
tipo VI (pele negra). A pele pode ser:
Constitutiva: controlada por fatores genéticos que
atuam em todas as etapas da melanogênese e
fornecem características específicas aos
melanossomas através dos genes de pigmentação.
Facultativa: dependente da exposição solar, processo
de envelhecimento e alterações hormonais.
GRUPO ERITEMA PIGMENTAÇ
ÃO
SENSIBILI
DADE
I Branca Sempre se
queima
Nunca
bronzeia
Muito
sensível
II Branca Sempre se
queima
Bronzeia as
vezes
Sensível
III Morena
Clara
Queima
(moderado)
Bronzeia
moderado
Normal
IV Morena
moderada
Queima
(pouco)
Sempre se
bronzeia
Normal
V Morena
escura
Queima
(raramente)
Sempre se
bronzeia
Pouco
sensível
VI Negra Nunca se
queima
Totalmente
pigmentada
Insensível
Leslie Baumann:
→ Questionário com 64 perguntas que permitem
avaliar a pele em:
I) oleosa ou seca;
II) resistente ou sensível;
III) pigmentada ou não;
IV) propensa a rugas ou não.
→ Catalogou em 16 categorias, de acordo com 4
características da pele: hidratação, sensibilidade,
pigmentação e tendência a enrugar.
Hidratação: seca ou oleosa
Sensibilidade: resistente ou sensível
Pigmentação: pouca ou muita melanina
Tendência a enrugar: enrugada ou firme
Envelheciment� d� Pel�
→ Processo natural desde o nascimento.
→ 25% do envelhecimento é causado por fatores
genéticos e 75% fatores ambientais.
→ Pode ser:
● Intrínseco
● Extrínseco
Envelheciment� Intrínsec�:
Decorrente do desgaste natural do organismo, sem
interferência de agentes externos e equivale ao
envelhecimento de todos os órgãos. Determinado
pela genética, sofre danos endógenos (por radicais
livres) e diminui a capacidade de divisão celular.
LOCAL ALTERAÇÕES
Epiderme
Menos renovação celular
Menos células de Langerhans
Menos melanócitos
Menos espessura
Menos capacidade mitótica
Perda de consistência da junção
dermo-epidérmica (sensação de pele
em excesso)
Derme
Menos fibroblastos
Menos proteínas (colagénio e
elastina)
Menos células
Menos microcirculação
Anexos
Despigmentação do pelo
Perda de pelo ou cabelo
Menos produção de suor e sebo
Menos sensação de estímulos (por
perda dos corpúsculos de Pacini e
Meissner)
Envelheciment� Extrínsec�:
→ Causado por fatores externos, como:
• Tabaco.
• Poluição.
• Hábitos de vida.
• Radiação solar (fotoenvelhecimento).
• Temperatura.
• Consumo excessivo de álcool.
LOCAL ALTERAÇÕES
Epiderme
Pele mais espessa
Lesões pré-cancerosas
Anomalias na distribuição de
melanina (discromias)
Derme
Fibras elásticas mais espessas,
numerosas e anormais
Fibras de colágeno delgadas,
fragmentadas e alteradas
Diminui síntese de colágeno
Aumenta a degradação de colágeno
Aumento da produção de
metaloproteinas (colagenase,
gelatinase e estromelisina)
Características:
● Rugas
● Hipercromias
● Pele seca
● Perda de luminosidade
● Ptose tissular
→ Consequência da diminuição das funções do tecido
conjuntivo, o colágeno vai enrijecendo, perdendo %
anualmente e diminuindo nº de ancoragem de fibrilas.
Alterações nas funções da pele:
● Diminuição na capacidade de cicatrização,
transpiração e evaporação
● Perda das respostas imunológicas
● Perda da capacidade de termorregulação e
produção de vitamina D
● Diminuição da resistência mecânica a
traumatismos
● Pouca proteção contra raios UV
Fatores importantes relacionados ao envelhecimento:
1) Diminuição da biodinâmica da pele por fatores
internos (hormonais, circulatórios, imunológicos, etc)
hábitos de vida, stress, fatores psicológicos, idade e
por agressões externas (sol, poluição, etc);
2) Formação de rugas e sinais.
Ruga�:
Rugas finas: atrofia da epiderme e da derme
Rugas em músculos:movimentos repetidos que criam
marcas de expressão na epiderme e na maior parte da
derme.
Rugas sanfonadas: pele frouxa excedente com atrofia
da epiderme, derme e tecido subcutâneo.
Pregas: queda da pele e dos músculos adjacentes
(causadas pela ação da gravidade).
Classificação:
Rugas dinâmicas ou linhas de expressão:
movimentos repetitivos dos músculos faciais, só
aparecem commovimento.
Rugas superficiais: envelhecimento cronológico,
diminuição ou perda das fibras elásticas na derme
papilar. Desaparecem quando a pele é esticada.
Rugas profundas ou permanentes: não sofrem
modificações quando a pele é esticada e na maioria
das vezes vem da exposição solar.
Categorias:
Rugas finas (estáticas): aparecem na ausência do
movimento e representam a fadiga das estruturas que
compõem a pele.
Dobras e rugas gravitacionais (ptose): decorrem do
envelhecimento, resultando na queda das estruturas
da face.
Rugas palpebrais: classificadas em 3 graus de
enrugamento e idade:
GRAU I
Aparecem na 2ª década de vida e são
menos visíveis. Geralmente aparecem
pequenas linhas próximas ao ângulo
lateral dos olhos
GRAU II Aparecem na 3ª e 4ª década e são
mais frequentes.
GRAU III
Aparecem em pacientes na 5ª década
de vida em diante, relacionada ao
excesso de pele.
Fotoenvelheciment�:→ Nomomento que as radiações solares penetram na
pele, são absorvidas pelos cromóforos, que ao dissipar
essa energia produzem radicais livres.
→ Esses radicais livres atacam os queratinócitos da
epiderme, além de degradar os fibroblastos da derme,
podendo lesar as cadeias de DNA, proteínas,
carboidratos, lipídios e as membranas celulares na
parte mais profunda da epiderme, podendo também
causar câncer.
Os raios UVB com comprimento de onda de 290nm
a 320nm são absorvidos pela epiderme causando
atrofia, hiperqueratose e posteriormente o câncer.
Os raios UVA com comprimento de onda entre
400nm e 800nm atingem a derme lesando
principalmente as fibras elásticas causando alterações
do colágeno.
→ O envelhecimento extrínseco é resultado de uma
vida se expondo aos raios ultravioleta - RUV. Podemos
perceber rugas, lesões hiperpigmentadas como sardas
e lentigos, e lesões despigmentadas.
3 fenômenos naturais que contribuem para o
envelhecimento:
• Perda de gordura facial;
• Reabsorção óssea;
• Flacidez
→ Com o passar dos anos os coxins de gordura facial
diminuem, deixando mais aparente os contornos
faciais projetados pelos ossos. Com a redução dos
coxins de gordura, alguns migram e deixam a face
com aspecto de caída.
Rea�sorçã� Ósse�:
→ Com a idade, a altura facial total sofre alterações
como a atrofia do osso maxilar, redução da projeção
do queixo, diminuição do ângulo da mandíbula e a
perda da projeção da borda orbital inferior.
→ Com a perda óssea e atrofia dos locais onde ficam
as partes moles, acentua a queda da pele facial que
aumentam a ptose e redundância facial, contribuindo
para o desaparecimento da demarcação do contorno
da mandíbula e do pescoço.
As 7 quedas do envelhecimento:
1. Queda da sobrancelha
2. Queda da pálpebra superior
3. Queda da pálpebra inferior
4. Queda da ponta do nariz
5. Formação do bigode chines
6. Queda do canto da boca
7. Perda do contorno da linha da mandíbula
Microagulhament�
Foi inicialmente introduzido para o tratamento de
cicatrizes e o rejuvenescimento, porém, com os
avanços dos estudos, essa técnica está sendo usada
para uma ampla gama de alterações inestéticas.
Benefícios:
• Drug Delivery
• Aumento da produção de colágeno
• Melhora a flacidez da pele
• Amenização das cicatrizes faciais
• Redução do Melasma e manchas diversas
• Melhora das rugas e linhas de expressão
• Melhora a aparência dos poros e textura da pele
2 principais aparelhos:
● Roller (por rolete)
● Caneta elétrica (elétrico)
Microagulhamento Roller: O roller é um dispositivo
com microagulhas de aço inoxidável, que são
dispostas em um rolo cilíndrico. As agulhas de titânio
mantêm o gume da agulha afiado por mais tempo e
as agulhas banhadas a ouro têm ação antimicrobiana.
O comprimento das agulhas varia de 0,20 a 3mm e a
quantidade de agulhas em cada dispositivo varia de
192 a 540 agulhas.
Microagulhamento Elétrico: Dispositivo automatizado
que realiza as micropunturas com um cartucho
descartável com agulhas. Podem ser realizados
movimentos circulares ou de “vai e vem”. A
profundidade das agulhas é ajustada no próprio
equipamento, bem como a velocidade de saída e
entrada da agulha. A principal variação entre os tipos
de cartuchos é o nº de agulhas, podendo conter de 12
a 36.
Mecanism� d� Açã�:
Indução percutânea de colágeno (IPC) e o aumento
da administração transdérmica de ativos (drug
delivery). A base desse mecanismo é a estimulação
mecânica, pois as agulhadas na pele geram uma lesão
controlada que altera a integridade da pele sem
danificar totalmente a epiderme.
• A técnica gera múltiplas micropunturas, resultando
em estímulo inflamatório e produção de colágeno.
• A perda da integridade da barreira cutânea ocasiona a
dissociação dos queratinócitos, liberação de citocinas,
tendo como resultado a vasodilatação dérmica.
• Migração de queratinócitos para restaurar o dano
epidérmico, por meio do estímulo aos fibroblastos
tem-se a produção de colágeno e elastina, resultando
na melhora global no aspecto da pele facial.
→ O resultado depende da profundidade que as
agulhas alcançam. Classificado em:
● Cosmético: até 0,3mm.
● Terapêutico: de 0,5 a 1,5mm.
● Médico ou cirúrgico: acima de 2mm.
A aplicação por roller é feita em “vai e vem”, na
vertical, horizontal, diagonal direita e diagonal
esquerda. Após aplicação, são aplicados os ativos.
→ Cada direção: 10 passadas ou 5 movimentos de vai
e vem.
Na aplicação pelo elétrico, o ativo é aplicado antes e
depois, para ajudar a deslizar. Caneta aplicada a 90º,
movimentos lineares e circulares, 2-10
passadas/região. É possível ajustar o tamanho das
agulhas (profundidade) durante o procedimento,
podendo mudar de acordo com a região do rosto.
Contraindicações: Pele irritada, infeccionada, rosácea,
ceratose solar, eczema, psoríase, câncer de pele,
manchas e verrugas, úlceras, lesões abertas, herpes
ativa, uso de anticoagulantes, acne ativa,
quimio/radio/corticoterapia, diabetes melito, uso de
tretinoína oral, queimados de sol.
Radiofrequênci�
Utiliza radiação do espectro eletromagnético, faz
conversão de energia eletromagnética em calor
controlado. Utiliza ondas eletromagnéticas de alta
frequência e média intensidade, cuja potência eleva a
temperatura tecidual a níveis que favoreçam respostas
fisiológicas controladas; sendo a frequência mais
utilizada entre 0,5 e 2,4 MHz.
Frequência: inversamente proporcional à
profundidade. Quanto maior a frequência, menor a
penetração da onda.
A temperatura elevada gerada pela RF promove a
remodelação de fibras de colágeno e a
neocolagênese, aumentando a espessura e densidade
do tecido de sustentação, melhorando a flacidez
tissular.
Efeitos:
→ Realiza a retração nas fibras de colágeno, por meio
da passagem da corrente alternada da ponta do
eletrodo (ponteira) para o tecido, desse modo, os íons
dos tecidos seguem a direção da corrente alternada,
gerando elevação da temperatura do tecido por
fricção.
→ A desnaturação do colágeno que ocorre nos tecidos
profundos modificados termicamente é o que
desencadeia a contração do tecido, formando novo
colágeno adicional e contraindo o tecido térmico.
→ Aumenta a circulação sanguínea, a oxigenação e
nutrição do tecido, contração do colágeno, lipólise,
reorganizando as fibras de colágeno.
→ O aumento da temperatura aumenta a
microcirculação, as atividades enzimáticas,
metabólicas e térmicas, ativando a lipólise da célula de
gordura e aumentando o consumo de energia em
âmbito celular (ATP).
Efeitos Fisiológicos
Desnaturação do colágeno
Vasodilatação
Aumento do fluxo sanguíneo e linfático;
Lipólise;
Aumento do metabolismo local;
Aumento da liberação de catecolaminas;
Aumenta elasticidade de tecidos ricos em colágeno
Aplicaçã�:
→ Manoplas que podem ser monopolar, bipolar,
tripolar ou multipolar.
Monopolar: 1 eletrodo ativo e 1 passivo. E quanto o
ativo é aplicado em uma região, o passivo é aplicado
em outra distante, permitindo penetração maior da
onda magnética (indicada para tratamentos no tecido
subcutâneo).
Bipolar: dois pólos próximos junto ao manípulo
aplicador, gerando um ‘’arco’’ de energia. Essa energia
é emitida no pólo (+), percorrerá o tecido do paciente
e encontrará o pólo (-). A passagem da RF é menos
profunda (5m), indicado para flacidez.
OBS: “Manípulos multipolares” possuem 2 ou + pólos
ou eletrodos, o princípio é o mesmo do bipolar, gerar
um campo magnético entre os pólos próximos entre
si.
Tempo: 2 a 5 min por cabeçote (calcular por área ex: a
testa da 3 cabeçotes = 6 min).
Frequência: 2,4 MHz
Intensidade: 40%, baixando assim que atingir a
temperatura desejada ou de acordo com a
sensibilidade do paciente.
→ Acompanhar a temperatura com um termômetro
infravermelho, empregado a menos de 20 cm da pele,
caso contrário pode ter interferência da temperatura
do ambiente.
Contraindicações: marca-passo cardíaco/cerebelar,
gravidez, câncer/metástase, infecções sistêmicas,
doenças de pele, zonas com preenchimento, DIU de
cobre, varizes, flebites, próteses metálicas, região
glandular, infecções locais, período menstrual.
Disfunçõe� estética�faciai�,
abordagen� terapêutica� �
avaliaçã� facia�
Milium: pequeno cisto epidérmico queratinoso que
está localizado na região superficial da pele. Surge de
forma espontânea, quando algumas células se
proliferam, fazendo com que a pele morta fique
“presa”, formando pequenas bolsas. Sem causas,
ocorre em todos os tipos de pele. Manifestação:
Milium primário: se manifesta em recém nascidos, ao
redor do nariz e costuma desaparecer
espontaneamente de 2 a 4 semanas após o
nascimento.
Milium secundário: pode surgir em qualquer parte do
corpo e em qualquer idade. Ela se dá por proliferação
de células da epiderme, tanto por genética ou por
cicatrização após traumas, procedimentos ou doenças
de pele.
Pode surgir em:
• Nariz,
• Olhos,
• Bochechas,
• Atrás da orelha
• Outros: pescoço, mãos, costas, couro cabeludo,
dentro da boca e partes íntimas.
Acn�:
Patologia da unidade pilossebácea dos folículos
capilares da pele, aparece nas regiões com maior
densidade de unidades pilossebáceas (face, pescoço,
tórax superior, ombros e dorso). Surgem normalmente
na puberdade, mais frequente em homens.
Características:
● oleosidade excessiva
● lesões não inflamatórias (comedões
abertos/fechados)
● lesões inflamatórias (pápulas e pústulas)
● vários graus de cicatriz
Principal causadora da acne: bactéria Cutibacterium
acnes, muito encontrada no folículo pilossebáceo.
Com a retenção sebácea, ela se prolifera e hidrolisa,
liberando ácidos graxos que são irritantes para a
parede folicular que induzem sua queratinização.
→ A pressão do sebo acumulado pode romper o
epitélio folicular e os microorganismos passam a atuar
na derme circunjacente, iniciando o processo
inflamatório.
Hipersecreção sebácea: o desenvolvimento das
glândulas sebáceas ocorre na puberdade pela ação
dos hormônios andrógenos. Na pele acneica, a ação
periférica do andrógeno provoca a hipersecreção
sebácea podendo ser controlada pela administração
de estrógenos, antiandrógenos e isotretinoína.
Lesões características:
Comedão aberto (cravo preto): acúmulo de células
queratinizadas e sebo no infundíbulo folicular. A cor
escura é devido a presença de melanina ou oxidação
do material sebáceo em contato com o ar.
Comedão fechado (cravo branco): lesão
esbranquiçada, semelhante ao milium. É mais
visualizada com a pele esticada.
Pápulas: lesões inflamatórias (avermelhadas), não
infecciosas.
Pústulas: evolução das pápulas, quando a bactéria
inicia o processo infeccioso no local. Presença de pus e
intenso processo inflamatório.
Nódulos: quando a reação inflamatória é muito grande
e atinge o folículo pilossebáceo há um rompimento da
parede folicular e com isso aparecem os nódulos.
Cistos: drenagem da secreção no interior dos nódulos.
Formado por células epiteliais e pus.
Classificação:
Grau I ou comedoniana: presença de comedões,
algumas pápulas e raras pústulas foliculares.
Grau II ou pápulo-pustulosa: presença de comedões
abertos, pápulas com ou sem eritema inflamatório e
pústulas. Intensidade variável.
Grau III ou nódulo-cístico: Há comedões abertos,
pápulas, pústulas e seborréia.
Grau IV ou conglobata: associado a nódulos
purulentos numerosos e grandes, abscessos e fístulas
que drenam pus. Podem ocorrer manchas residuais
ocasionadas pelo traumatismo das lesões. Deixa
cicatrizes deformantes e lesões queloidianas.
Tratamentos:
Objetivos:
- Regular a secreção sebácea
- Diminuir a flora bacteriana
- Acalmar e descongestionar a pele
- Diminuir processo inflamatório
Tópicos:
Ácido
Retinóico
Vit A. Esfoliação química e aumenta
permeabilidade cutânea, diminuindo
a coesão entre os queratinócitos.
Concentração usual: 5%
Ácido
salicílico
Regulador sebáceo. Propriedades
queratolíticas, anti-inflamatórias e
antimicrobianas.
Concentração usual: 1% a 20%
Ácido
Azeláico
Clareador natural, despigmentante,
anti-inflamatório e anti-acneico.
Comedolítico e anti-inflamatório leve,
com ação direta na população de
acnes. Indicado para acne inflamatória
(moderada) e não inflamatória.
Concentração usual: 20%
Niacina
mida
Vit. B3. Ação anti-inflamatória,
antioxidante e auxilia na diminuição
da produção de sebo.
Concentração usual: 2 a 5%
Glucono
lactona:
Faz esfoliação delicada, para todos os
tipos de peles. É antioxidante,
hidratante, esfoliante suave,
anti-inflamatório.
Concentração usual: 5 a 20%
Argila
verde
É rica em silício e zinco. Efeito
seborregulador (adstringente),
antisséptica, bactericida, analgésica e
cicatrizante.
Estéticos:
Limpeza de
pele profunda
- Qualquer grau de acne
- Remove excesso de oleosidade e
desobstrui poros
Fototerapia
- LED com ondas de 470 nm (
bactericida) a 600mn
(antiinflamatório)
Alta
frequência
- Bactericida e cicatrizante
Máscaras
faciais
- Melaleuca, argila verde…
- Diminui sebo e ação inflamatória
Olheira�:
Padrão escurecido na região periorbicular. Formadas
pelos vasos sanguíneos que podem ser vistos através
da pele, produzindo tonalidade azulada ou pelo
excesso de pigmentação da pele e/ou perda estrutural.
Vascular: quando os vasos se rompem a região sofre
uma hipercromia cutânea devido ao depósito de
hemossiderina, deixando uma cor azulada/arroxeada.
→ Tratamentos: para estimular circulação e fortalecer
vasos.
● Castanha da índia
● Chá verde
● Ginkgo biloba
● Ácido tioglicólico
● Vitamina K
Pigmentares: acúmulo de melanina na região
periorbicular dos olhos, além do fisiológico. Essa
região, por estar sempre exposta à radiação UV,
apresenta alterações de pigmentação em virtude do
processo de envelhecimento, que é mais acentuado
quando ocorre o fotoenvelhecimento associado. Cor
amarronzada, mais comum em peles morenas/negras.
Piorada pela exposição solar.
→ Tratamentos: para reduzir a pigmentação ou a
melanina.
● Ácido kójico
● Ácido linoleico (vit. F)
● Soja
● Vitamina C
Estruturais: presença de canal lacrimal profundo ou
pela falta de tecido abaixo dos olhos, sendo assim
possível visualizar o músculo que está por baixo da
pele devido a transparência da pele. A profundidade é
que dá impressão de escurecimento.
→ Tratamentos: reduz a diferença entre o canal
lacrimal da pálpebra inferior e a pele do rosto.
● Preenchimento com a. hialurónico
● Microagulhamento
● Carboxiterapia
● Fios de PDO
Mista: alterações vasculares e melânicas associadas,
havendo tanto disfunção vascular com deposição de
hemossiderina quanto deposição de melanina, em
maior ou menor grau.
Outros tratamentos:
● Luz intensa pulsada (vasc/pig)
● LED (vasc)
● Microdermoabrasão (melânicas)
● Carboxiterapia (mel/vasc)
Causas e fatores desencadeantes:
• Idade
• Alterações hormonais
• Genética
• Deficiência de vitaminas e nutricionais (ex: falta de
vitamina K e antioxidantes)
• Dermatite atópica, dermatite de contato alérgica,
asma e eczemas.
• Exposição solar
• Privação de sono e cansaço.
Cicatri�:
Cicatrização: processo natural, quando há um
ferimento, cirurgia ou trauma, provocando um reparo
e uma restauração da pele, resultando na restauração
da superfície da pele e a reconstituição da derme.
Possui 3 fases:
● Inflamação
● Proliferação
● Remodelação
Inflamação: 1 a 3 dias. Faz hemostasia, prepara a
ferida, remove restos celulares. Local da lesão com
calor, rubor e dor.
Proliferação: 2 a 3 semanas. Início da regeneração da
epiderme. Mobilização, migração, proliferação e
diferenciação celular. Epitelização gradual cobre a
superfície da ferida para fechá-la. Nutrição e
oxigenação dos capilares neoformados.
Remodelação: 2 a 4 semanas. Maturação da matriz
extracelular, síntese e deposição de colágeno.
Aumento da força de tensão e diminuição do
tamanho da cicatriz e do eritema. É o período no qual
os elementos reparativos da cicatrização são
transformados em tecido maduro de características
bem diferenciadas. Redução da atividade celular e do
nº de vasos sanguíneos, perda do núcleo dos
fibroblastos, maturação da cicatriz. Dura de 28 dias a 2
anos. Nesta fase ocorre a maturação do colágeno que
confere resistência ao tecido lesionado, podendo
chegar a um aumento de 80% da tração original.
Tipos de Cicatrizes:
Normotrófi
casAspecto parecido com o tecido
pré-lesão, quase imperceptível.
Atróficas Perda de tecido, depressões.
Hipertrófi
cas
Avermelhadas e maiores.
Quelóides Avermelhadas e altas, vão além do
local da lesão.
Tipos de cicatrizes acneicas:
● Ice pick
● Boxcar
● Rolling
● Hypertrophic
Ice pick: depressões cilíndricas verticais profundas e
estreitas, são mais resistentes ao tratamento.
Boxcar: são largas, não tão profundas. Formato circular
bem definido.
Rolling: depressões superficiais com dimensões
variáveis, seu aspecto deprimido reflete a fibrose
subjacente da derme e dos tecidos adiposos
subcutâneos.
Hypertrophic: são tipicamente rosa, e, com feixes de
colágeno que permanecem dentro das fronteiras
originais da lesão.
Tratamentos:
Microagulhamento: utiliza um dispositivo com micro
agulhas finas que penetram na pele. Mecanismos de
ação:
• Indução percutânea de colágeno (IPC)
• Aumento da administração transdérmica de ativos
(drug delivery).
Peeling químico: aplicação de agentes como os Ácidos
Salicílico, Glicólico e Retinóico, que removem as
camadas superficiais da pele, para que ela se regenere
com uma aparência melhor.
Discromia�:
As discromias são alterações da pigmentação da pele
causadas por disfunções na produção ou na
distribuição de melanina pela pele. O principal fator
desencadeador, em especial das hipercromias, é a
radiação solar.
→ A cor da pele depende de 4 pigmentos, 2 deles
encontramos na epiderme:
Melanina: de produção endógena e tonalidade
marrom escuro (+ importante!!)
Carotenóides: De coloração amarela e produção
exógena, assimilado a partir de frutas e vegetais
E 2 na derme:
Oxiemoglobina: Coloração vermelha
Hemoglobina: Coloração azulada.
→ O nº e distribuição dos melanócitos são iguais em
todas as raças e tonalidades, a diferença está na
velocidade da produção de melanina.
→ A cor da pele é determinada pelosmelanossomas:
pequenas vesículas que contêm melanina, formada
nos melanócitos e transferidas para os queratinócitos
epidérmicos. O tamanho, a quantidade, a densidade e
a distribuição destas estruturas explicam as diferenças
de pigmentação entre várias raças.
→ Os melanossomos na pele negra são maiores e
mais dispersos, cada um envolto por uma membrana
diferente, enquanto na pele clara são pequenos e
agrupados em uma única membrana.
As alterações na coloração da pele são
condicionadas por inúmeros fatores como:
Genéticos Infecciosos
Metabólitos Neoplásicos
Endócrinos Agentes químicos e
físicos
Inflamatórios Pigmentos endógenos
(bilirrubina) e exógenos (
cloroquina, tetraciclinas,
ouro e outros)
→ As discromias podem ser divididas em:
• Acromia: ausência total de pigmentação em
determinado local da pele do indivíduo ou em áreas
generalizadas (área branca ou descorada),
normalmente em decorrência de patologias
dermatológicas. ex: vitiligo.
• Hipocromia: redução da pigmentação da pele em
contraste com o tom natural. Normalmente por
diminuição da produção de melanina no local. ex:
leucodermia solar.
• Hipercromia: escurecimento da pele por aumento da
quantidade ou depósito de vários pigmentos,
endógenos ou exógenos, principalmente melanina.
Podem ser congênitas (efélides ou sardas) ou
adquiridas (melasmas, melanoses).
Melasm�:
Tipo de hipercromia de coloração acastanhada,
principalmente no centro da face (malar, fronte, nariz,
buço e mento). Acomete mais mulheres jovens e
pardas.
Causas: exposição solar, gravidez, uso de estrogênios.
Tratamento:
• Epidérmico: o depósito de melanina ocorre nas
camadas basais e suprabasais da epiderme e entre as
células da camada córnea.
• Dérmico: Macrófagos carregados de melanina na
derme superficial e profunda.3
Melanoses solares: manchas pequenas e
acastanhadas, em áreas fotoexpostas de indivíduos
+40 (efélides e lentigos). Em casos graves pode ficar
maligna.
Hipercromia� secundária�:
• Hiperpigmentação mecânica: áreas de constante
atrito como axilas, virilhas e pescoço.
• Hiperpigmentação química: ocorre por dermatite de
contato tóxica. É o caso de cosméticos como
perfumes, desodorantes, loção pós barba...
• Fitofotomelanoses: provocadas comumente pelo
limão e figo que deixam uma pigmentação residual ou
manchas irregulares pigmentadas que regridem
espontaneamente.
• Hiperpigmentação actínica ou pós inflamatória:
causada por irradiação de raios UV sob a pele com
lesões como: acne, lúpus eritematoso sistêmico,
urticária entre outros.
OBS: Pode-se observar esse tipo de hiperpigmentação
em complicação de peelings superficiais e médios em
indivíduos de fototipos IV a VI, e também após
procedimentos como jato de plasma.
Tratamentos:
O objetivo do tratamento é diminuir a síntese de
melanina pelos melanócitos, diminuir a transferência
desta pelos melanossomos e evitar o seu depósito na
superfície da pele.
Peelings químicos:
• Ácido kójico: Inibição da tirosinase e atua reduzindo os
processos de melanogênese
• Ácido fítico: Inibe a tirosinase. Tem um efeito
clareador menor, mas é mais seguro e tem menos
efeitos adversos.
• Ácido azelaico: considerado seguro no manejo de
hipercromias, mais especificamente nas hipercromias
pós-inflamatórias e melasma, não tendo muita
efetividade emmanchas como lentigos e efélides.
• Ácido glicólico: despigmentante, por meio da
renovação celular da epiderme, como queratolítico,
pode ser aplicado em todos os tipos de pele e
discromias
• α-arbutin®: Derivado da hidroquinona, com menos
citotoxicidade, inibidor competitivo da tirosinase e de
PAR-2 (receptor de melanina nos queratinócitos)
• Argilas: A argila branca é a que mais tem aplicação
nos tratamentos para hipercromias. Este ativo auxilia
no rejuvenescimento da pele, tem propriedades
revitalizantes, ao mesmo tempo em que tem um
efeito clareador importante.
Eletroterapias:
• Luz intensa pulsada: Age sobre o pigmento. Uma
emissão de pulsos de luz, disparados contra a pele, faz
evaporar o pigmento, que provoca a cor acastanhada
na pele.
• Peeling de diamante: Esfoliação e renovação celular.
• Microagulhamento: efeito semelhante ao peeling
físico, age removendo a camada de células mortas da
epiderme, estimula a renovação tissular, promove
melhora no aspecto e na oxigenação da pele.
• Led 450-500 nm (led azul): fotobiomodulação, é
capaz de normalizar as funções bioquímicas,
bioelétricas e bioenergéticas das células, promovendo
diversos benefícios, sem agredir o tecido tratado.
Anamnes�:
Avaliação da pele por equipamentos: lente de
aumento, lupas, dermaview, scanner analisador de
pele, fotografia.
Scanner: avalia o nível de umidade (+ que 40-50%) e
oleosidade (- que 32%).
Dermascan: cada cor representa uma coisa:
• Marrom/acastanhada: Melasma Epidérmico
• Azulado ou cinza brilhante: Melasma Dérmico
• Laranja: oleosidade
• Rosada: desidratação
• Branco: camada epitelial mais grossa
• Azul: pele normal e saudável
• Amarelo claro: focos de acne
O que tem que constar na ficha de anamnese?
• Data do atendimento
• Dados do paciente: nome, sexo e DN
• Formas de contato:
• Motivo do tratamento
• Histórico médico
• Hábitos e estilo de vida
• Cremes e medicamentos utilizados
• Assinatura do paciente
Alopecia�:
Couro cabeludo: de 100 a 150 mil folículos pilosos.
Folículos pilosos: se desenvolvem
durante os primeiros meses de vida
uterina, tendo sua espessura e
distribuição pelo corpo
determinado por fatores genéticos
e hormonais. 2 camadas:
Bainha externa da raiz + tecido
conjuntivo
Bainha interna da raiz + tecido
conjuntivo
Glândulas sebáceas: ficam por
quase todo o corpo e são
responsáveis pela produção de sebo, uma secreção
oleosa que hidrata e lubrifica a pele e os pelos.
● São anexas ao folículo piloso
● São holócrinas: morrem quando secretadas
● Elaboram filme hidrolipídico
● São antibacterianas e antifúngicas
● Conferem impermeabilidade
● Conferem flexibilidade
Bulge: aglomerado de células epiteliais indiferenciadas
na base do músculo eretor do pelo que contribuem
para o crescimento do folículo piloso e renovação do
fio.
Bulbo capilar: produz e nutre o pelo, é vascularizado.
Inferior do folículo.
Melanócitos: sintetizame levam cor ao pêlo, Ficam na
matriz.
Fases do desenvolvimento do folículo piloso:
• Anágena: fase de crescimento do fio de cabelo, 80 a
90% dos fios estão nesta fase (2 a 7 anos);
• Catágena: fase de transição do fio de cabelo, 2% dos
fios estão nesta fase (3 a 4 semanas);
• Telógena: fase de repouso e queda do fio de cabelo,
10 a 15% dos fios estão nesta fase (3 meses).
• Quenógena: fase sem fios
Existem 2 tipos de pelo: a lanugem ou velus, que são
finos e ficam na face; e os pelos terminais que são
grossos, ficam no couro cabeludo e púbis.
pH cabelo: 4,5 a 6.
Cabel�:
Dividido em raiz, constituída por células vivas que se
queratinizam e perdem seu núcleo à medida que
sobem, e a haste que se projeta a partir da pele,
formada por células mortas queratinizadas. 3
camadas:
Medula: queratina macia e flexível.
Córtex: camadas grossas, queratina dura.
Cutícula: queratina dura e resistente.
Alopecia: redução parcial ou total de pelos ou cabelos
em uma determinada área de pele. Podem ser:
→ Não cicatriciais: inflamação ao redor do bulbo
(peribulbar)
→ Cicatriciais: inflamação ao redor do bulge
(péribulgica), quando há destruição do bulge. não
haverá mais o crescimento do cabelo.
Nã�-cicatriciai�:
Associada a doenças sistêmicas, a alterações
metabólicas ou ao uso de medicamentos. Podem ser:
Androgenética: miniaturização folicular progressiva,
ligada a fatores genéticos que determinam o
encurtamento da fase anágena, diminuindo a
velocidade de crescimento dos fios, que acabam por
se tornar mais finos e claros. ex: calvície.
Escala de Hamilton para homens:
Tipo I – Início da abertura nas laterais da testa;
Tipo II – Entradas nas laterais se tornam evidentes;
Tipo III – Zonas posteriores do couro cabeludo
Tipo III Vertex – Variação do Tipo III, no qual a calvície
começa a deixar a região superior à mostra;
Tipo IV – Entrada lateral e região superior acentuadas.
Tipo V – Superfície tem áreas calvas ainda maiores,
com pouco cabelo na parte superior da cabeça.
Tipo VI – A última fase em que há cabelo na região
superior da cabeça;
Tipo VII – Nesta fase, existe uma única tira de cabelo,
em forma de ferradura, na parte posterior da cabeça.
Escala de Ludwig para mulheres:
1. Clarificação moderada do vértice, alargamento das
trilhas.
2. A alopecia do vértice fica a 1 cm da linha frontal
anterior.
3. Alopecia total do vértice
Miniaturização: diminuição do tamanho do folículo.
Depois de um tempo miniaturizado, o cabelo cai e
não cresce mais, ocorrendo a substituição do folículo
piloso por uma fibrose.
Areata: doença inflamatória não contagiosa que
provoca a queda de cabelo, por razões genéticas e
autoimunes. Falhas circulares (“pelada”) sem pelos ou
cabelos, curtos e quebradiços, em “ponto de
exclamação”.
→ Podem cair de algumas regiões, alopecia total do
couro cabeludo e alopecia universal (corpo todo).
Fatores emocionais, traumas físicos e quadros
infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro.
→ Os pelos podem voltar a crescer, pois não há
destruição dos folículos pilosos!!
De tração: Os fios são submetidos à tração por
alongamentos, tranças muito apertadas ou penteados
muito presos, desprendendo o folículo. O cabelo
também pode voltar a crescer neste caso.
→ Eflúvios: aumento da queda diária de fios de
cabelo. Fases do pelo acometido:
● Telógeno
● Anágeno
Telógeno: alteração nessa proporção, que causa
queda excessiva dos fios na fase telógena. A queda de
cabelo ocorre de forma difusa.
→ Agudo: Se resolve em 6 meses. Causas podem ser
cirurgia, pós-parto, estresse, remédios, infecções…
→ Crônico: Dura mais de 6 meses, aparece em ciclos.
Causas podem ser nutricionais, hormonais,
medicamentosas, estresse, dermatites…
Anágeno: queda repentina do cabelo provocada por
agressões ao folículo capilar por agentes internos ou
externos, os fios caem na fase anágena (multiplicação
das células). O cabelo cai muito rápido, podendo cair
mais de 90% dos fios em poucas semanas. Podem
crescer novamente. Causas podem ser infecções,
remédios, desnutrição grave, radiação, doenças
autoimunes, tóxicos…
Tratamentos:
Teste de tração: verifica a queda do cabelo, deslizar os
dedos pelas mechas de maneira firme. 1 mecha deve
conter pelo menos 50 fios, desprendendo apenas 2
por área.
Tricômetro: mede quantidade de fios, espessura e
perda capilar por região.
Tricoscópio: dermatocópio digital ou
videodermatoscópio com aumento de até 300x.
Permite analisar os óstios foliculares, couro cabeludo e
hastes dos pelos. Possibilita a verificação da fibra
capilar, se está desidratada ou quebradiça.
Densidade do cabelo: pode ser baixa, média/normal
ou alta. Teste de visualização. No couro cabeludo
sadio, a densidade varia de 175 a 300 fios por cm2.
PARA ALOPECIAS NÃO-CICATRICIAIS:
• Microagulhamento;
• Intradermoterapia;
• Laser de baixa frequência;
• Alta frequência.
Microagulhamento: penetração de ativos a nível
dérmico. Estimula a vasodilatação, aumentando a
circulação sanguínea. Estimula a liberação de fatores
de crescimento que aumentam o tamanho do folículo
e as células-tronco do bulbo capilar. Roller ou caneta.
Intradermoterapia: se aplica substâncias ativas
diretamente no couro cabeludo, que controla ou
interrompe a queda de cabelos e também estimula a
nutrição e crescimento de novos fios. Indicada para:
● Eflúvio telógeno;
● Alopécia Androgenética;
● Alopécia Areata;
● Cabelos finos e rarefeitos;
→ Substâncias utilizadas: Finasterida, minoxidil,
aminoácido, vitaminas, minerais, fatores de
crescimento, etc.
Alta frequência: gera uma corrente elétrica alternada
com frequência alta junto com gás fisioquímico que ao
entrar em contato com o local do tratamento produz
imediatamente um campo eletromagnético e ozônio.
Fortalece o folículo piloso, melhora a circulação local, é
fungicida e bactericida.
Laser baixa frequência: fotomodulação ou
bioestimulação. A luz é capaz de interagir e acelerar o
crescimento de forma segura.
Carboxiterapia: se utiliza o gás carbônico medicinal
que pode ser injetado de forma intradérmica ou
subdérmica. É rapidamente absorvido e eliminado,
ficando apenas o efeito vasodilatador. Usado apenas
em alopecias não-cicatriciais, com folículos
preservados.
→ Efeito BHOR: Dissociação entre O2 e hemoglobina
(Hb), causando liberação de O2 no sangue.
Alopecia� Cicatriciai�:
→ Distúrbios intratáveis e incomuns, com destruição
permanente do folículo capilar. Podem ser:
Líquen plano pilar: perda de cabelo irregular. A parte
do folículo piloso onde estão as células tronco é
destruída pelo sistema imune, o folículo piloso é
substituído por tecido cicatricial (fibrose). Áreas
atróficas, esbranquiçadas com falhas devido à perda
dos cabelos, no topo da cabeça. Descamação e
vermelhidão ao redor dos folículos, queimação,
sensibilidade e coceira.
Alopecia frontal fibrosante: acomete mais mulheres
na menopausa. Pode causar manchas escuras e
alteração de textura no rosto (“bolinhas”).