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Introduçã� � Biomedicin� Estétic� O que podemos fazer? - Ser responsáveis técnicos - Procedimentos minimamente invasivos - Procedimentos não invasivos Sistem� Tegumenta� � Tecid� Adip�s� → Formado pela pele e órgãos acessórios. Epiderme: mais superficial, tecido epitelial queratinizado. Não possui vascularização. Derme: logo abaixo da epiderme, formada por tecidos conjuntivos e possui vasos sanguíneos que realizam a nutrição entre os tecidos. Mantém a pele sob constante tensão elástica. Hipoderme: tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos e nervos. Armazena lipídios, isola e protege o corpo e regula a temperatura do organismo. Não é mais considerado como pele. Funções: Proteção: contra exposição solar (raios UV), contra entrada de microrganismos, contra desidratação. Sensação: possui receptores sensoriais que captam frio, calor, dor, pressão e contato. Regulação térmica: mantém nossa temperatura em 36,5ºC pelos vasos sanguíneos e glândulas sudoríparas (o suor ajuda a reduzir a temperatura quando ela aumenta muito). Produção de vitamina D: através da exposição solar, essa vitamina é importante para absorção de cálcio e fósforo (tecido ósseo e sistema imunológico). Excreção e absorção: elimina alguns metabólitos da pele, absorção de medicamentos transdérmicos, por exemplo. Epiderm� Células da epiderme: Queratinócito Produção de queratina, resistência, retenção de água. 90% Melanócito Produção de melanina, coloração, absorção de raios UV. Células de Langerhans Macrófagos intraepidérmicos, reconhecimento e destruição de patógenos. Células de Merkel Detectam toque e pressão superficiais. → A epiderme é formada por 5 camadas de queratinócitos, que são produzidas mais internamente e migram para a superfície, amadurecendo e se transformando nesse processo. Queratinização e cornificação: alterações fisiológicas que distinguem cada uma das camadas. → É a camada mais superficial, a espessura varia de acordo com a região. Suas 5 camadas são: ● Camada basal ● Camada espinhosa ● Camada granulosa ● Camada lúcida ● Camada córnea Camada basal: a mais profunda, faz a renovação celular. As células vão sendo deslocadas até a periferia até chegar na camada córnea, processo que leva 21-28 dias. 10 a 25% das células da camada basal são melanócitos. Camada espinhosa: a mais espessa, formada por queratinócitos (“espinhos”) e células de Langerhans. Fornece resistência ao atrito. Camada granulosa: possui muitos grânulos de querato-hialina e grânulos lamelares. As células perdem o núcleo e ficam mais achatadas, formando placas de queratina. Possui estruturas filtrantes, os corpos lamelares, e contêm fosfolipídios, esfingolipídios e colesterol. Camada lúcida: de transição, camada adicional entre os estratos granuloso e córneo. É mais evidente em pele mais espessa, como planta do pé e palma da mão. Aumenta resistência e proteção mecânica. Camada córnea: mais superficial, muitas células mortas ligadas. A capa córnea superficial desidrata, descama e desempenha funções de barreira protetora mecânica, prevenindo a passagem de água e substâncias solúveis para o interior do corpo. O estrato córneo depende de 4 processos para desempenhar suas funções: ● Formação do Corneócito ● Formação da Matriz Lipídica ● Formação do Fator Natural de Hidratação ● Processo de Descamação Formação de corneócitos: Células achatadas, anucleadas originadas a partir dos queratinócitos. Barreira física contra perda hídrica, agentes químicos e microrganismos. Ricos em corneodesmossomas: ligações proteicas que mantém os corneócitos unidos. Formação de matriz lipídica: É produzido pelos queratinócitos e transportados no estrato córneo à medida que se transformam em corneócitos. São compostos por: ceramidas, ácidos graxos e colesterol. Duplas camadas formando estrutura lamelar, barreira lipídica contra agentes químicos. Formação do fator natural de hidratação: É formada dentro dos corneócitos. Moléculas hidroscópicas de baixo peso molecular, aminoácidos, ácido lático e uréia. Processo de descamação: degradação enzimática das ligações protéicas (corneodesmossomas) pela atividade de hidrolases. → As camadas mais profundas da epiderme formam as cristas epidérmicas, que se estendem para dentro da derme, que são adjacentes às projeções dérmicas (papilas dérmicas) que se projetam para dentro da epiderme. Aumentam muito a área de superfície para fixação, ligando firmemente a epiderme à derme. Melanócitos: ficam na camada basal, entre as células epiteliais. Produzem a melanina a partir do aminoácido tirosina e o empacota em vesículas intracelulares (melanossomos). Derm�: Camada de sustentação para a epiderme, feita de tecido conjuntivo e vascularizada. É onde ficam os órgãos anexos da pele, vasos linfáticos e sanguíneos, neurônios sensoriais, músculo eretor do pêlo e nervos. Dividida em: ● Camada papilar (junto da epiderme) ● Camada reticular (junto da hipoderme) → Protege contra lesões mecânicas, rica em colágeno e elastina, constituída por fibroblastos, responsáveis pela reparação tecidual. Possui também macrófagos, linfócitos e mastócitos. → Contém 2 tipos de fibras, responsáveis por tolerar estiramentos: De colágeno: fortes e resistentes ao alongamento, mas facilmente se dobram ou torcem. Limitam a flexibilidade das fibras elásticas para evitar danos. Fibras elásticas: estiram e se retraem ao seu comprimento original. Camada papilar: mais superficial, tecido conjuntivo propriamente dito frouxo, fica logo abaixo da epiderme. Contém capilares, vasos linfáticos, neurônios sensitivos e receptores táteis. Camada reticular: mais profunda, tecido conjuntivo propriamente dito denso não modelado, confere força e elasticidade à pele. Os anexos cutâneos (folículos pilossebáceos e glândulas sudoríparas) ficam na derme reticular. Seu principal componente é o colágeno tipo I. Estruturas anexas: Folículos pilosos: produzem pelos. Glândulas exócrinas: termorregulação, excreção de resíduos, lubrificação. Unhas: proteção e apoio para os dedos. Sistema sensorial da pele: Tato Terminações nervosas livres Complexo de Merkel Corpúsculo de meissner Pressão Terminações nervosas livres Corpúsculo de pacini Bulbo terminal de Krause Temperatura e dor Terminações nervosas livre Hipoderm�: Células adiposas (adipócitos) que armazenam gordura. Possuem vacúolo central (pode aumentar ou diminuir de acordo com o indivíduo). A quantidade de gordura difere nas partes do corpo. → Tecido conjuntivo frouxo logo abaixo da derme, fazendo uma união pouco firme dela com órgãos adjacentes. Funções: • Isolamento térmico e armazenamento de energia. • Modela a superfície corporal. • Absorção de choques. • Preenchimento e fixação dos órgãos. • Metabolismo de hormônios que controlam a lipólise. → Tecido adiposo é originado dos lipoblastos. Os adipócitos apresentam um metabolismo dinâmico e fazem o armazenamento e liberação de gordura (triglicerídeos) para utilização como fonte de energia. → São essenciais para outras atividades metabólicas, como a produção e a regulação da atividade de alguns hormônios. Classificação: De acordo com a pigmentação da gordura armazenada. Unilocular/amarelo: suas células apresentam uma gotícula de gordura predominante, que corresponde a 85–90% da massa da célula. Muito vascularizado, fica disposto sob a pele. É isolante térmico, base para deslizamento da musculatura, impede choques. Multilocular/marrom: principal responsável pela termogênese. Muito mais presente em neonatos do que em adultos, já que estes não conseguem se aquecer sozinhos. Fica no pescoço, abaixo das clavículas, próximo ao pericárdio e ao redor dos rins. Adipócitos menores, com núcleo central e gordura no citoplasma. A cor é devido às suas numerosas mitocôndrias, responsáveis pela oxidação de ácidos graxos, liberando calor. Fisiopatologi� d� adip�sidad�: Podemos aumentar nossa quantidade de tecido adiposo de 2 maneiras: ● Alargamento do adipócito (hipertrofia) ● Aumento no nº de adipócitos (hiperplasia) Principais pré-fatores para adiposidadelocalizada: • Genética; • Idade; • Gênero; • Desequilíbrio hormonal; • Alimentação desequilibrada. → A gordura dos adipócitos é o armazenamento de calorias nutricionais que excedem a utilização (reservatório de energia). → A adiposidade localizada tem suas funções até certa quantidade, depois ela passa a ser prejudicial e incomoda esteticamente. → O excesso de tecido adiposo contribui para aumentar problemas de saúde, diminui a expectativa de vida em razão do risco de doenças cardíacas coronarianas, hipertensão, diabetes e osteoartrose. Gordur� subcutâne�: Logo abaixo da camada externa da pele, conseguimos palpar em exames físicos. Cobre os músculos abdominais, costas, culotes e, quando em grande quantidade, recobre os músculos abdominais. Gordur� viscera�: Fica por trás da parede abdominal e os órgãos que rodeiam, no interior da cavidade peritoneal. Aumenta a inflamação dos órgãos, pois libera substâncias chamadas adipocinas: proteínas de sinalização celular que aumentam a pressão arterial e influenciam a insulina. → Diminui a quantidade de adiponectina no corpo, um hormônio que queima a gordura que ajuda a acelerar o metabolismo, ou seja, mais triglicerídeos na corrente sanguínea. → A diminuição da sensibilidade à insulina, hipertensão e triglicerídeos elevada, pode resultar em aterosclerose e LDL elevado (colesterol “ruim”) e pode acarretar no desenvolvimento de diabetes. Classificaçã� Cutâne� Classificação desenvolvida por Helena Rubinstein Classificação de Fitzpatrick Classificação da Dra. Leslie Baumann Helena Rubinstein: Classificou em: ● Normal ● Seca ● Mista ● Oleosa Pel� norma�: • É suave ao tato, poros de tamanho regular. • Os processos biológicos como a queratinização, a descamação, a perda de água, a sudorese e a secreção de sebo são equilibrados. • Utiliza-se agentes de limpeza suaves com poucos tensoativos. Alguns cosméticos podem causar ressecamento excessivo da pele, tornando-a seca. • Na hidratação desse tipo de pele, podemos usar loções, emulsões e sérum com fórmulas fluidas para evitar o aumento da produção de sebo. Pel� sec�: • Opaca, tendendo a sofrer ressecamento e descamação principalmente nas áreas das bochechas. • Menor atividade de glândulas sebáceas. • Utiliza-se cosméticos menos fluidos e sabonetes menos tensoativos. • O uso de hidratantes é recomendado para evitar ainda mais perda de água e, o ressecamento da pele e até o aparecimento precoce de rugas. Pel� ole�s�: • Poros mais dilatados, brilhante especialmente na zona T (nariz, testa e queixo). • Mais espessa, camada córnea mais evidente e alta produção de sebo. • Tendem a formar comedões (cravos) e espinhas. • Utiliza-se tensoativos para remover o excesso de óleo, além da esfoliação. • O fato de a pele ser oleosa não significa que ela é hidratada, por isso, o uso de hidratantes fluidos é essencial. Pel� mist�: • Variante da pele oleosa. • Tem áreas oleosas e áreas normais/secas. • As regiões com maior atividade de glândulas sebáceas estão na zona T (testa, nariz e queixo). Fitzpatrick: → Classificou a pele em 6 tipos de acordo com o fototipo e etnia, variando do tipo I (pele mais clara) ao tipo VI (pele negra). A pele pode ser: Constitutiva: controlada por fatores genéticos que atuam em todas as etapas da melanogênese e fornecem características específicas aos melanossomas através dos genes de pigmentação. Facultativa: dependente da exposição solar, processo de envelhecimento e alterações hormonais. GRUPO ERITEMA PIGMENTAÇ ÃO SENSIBILI DADE I Branca Sempre se queima Nunca bronzeia Muito sensível II Branca Sempre se queima Bronzeia as vezes Sensível III Morena Clara Queima (moderado) Bronzeia moderado Normal IV Morena moderada Queima (pouco) Sempre se bronzeia Normal V Morena escura Queima (raramente) Sempre se bronzeia Pouco sensível VI Negra Nunca se queima Totalmente pigmentada Insensível Leslie Baumann: → Questionário com 64 perguntas que permitem avaliar a pele em: I) oleosa ou seca; II) resistente ou sensível; III) pigmentada ou não; IV) propensa a rugas ou não. → Catalogou em 16 categorias, de acordo com 4 características da pele: hidratação, sensibilidade, pigmentação e tendência a enrugar. Hidratação: seca ou oleosa Sensibilidade: resistente ou sensível Pigmentação: pouca ou muita melanina Tendência a enrugar: enrugada ou firme Envelheciment� d� Pel� → Processo natural desde o nascimento. → 25% do envelhecimento é causado por fatores genéticos e 75% fatores ambientais. → Pode ser: ● Intrínseco ● Extrínseco Envelheciment� Intrínsec�: Decorrente do desgaste natural do organismo, sem interferência de agentes externos e equivale ao envelhecimento de todos os órgãos. Determinado pela genética, sofre danos endógenos (por radicais livres) e diminui a capacidade de divisão celular. LOCAL ALTERAÇÕES Epiderme Menos renovação celular Menos células de Langerhans Menos melanócitos Menos espessura Menos capacidade mitótica Perda de consistência da junção dermo-epidérmica (sensação de pele em excesso) Derme Menos fibroblastos Menos proteínas (colagénio e elastina) Menos células Menos microcirculação Anexos Despigmentação do pelo Perda de pelo ou cabelo Menos produção de suor e sebo Menos sensação de estímulos (por perda dos corpúsculos de Pacini e Meissner) Envelheciment� Extrínsec�: → Causado por fatores externos, como: • Tabaco. • Poluição. • Hábitos de vida. • Radiação solar (fotoenvelhecimento). • Temperatura. • Consumo excessivo de álcool. LOCAL ALTERAÇÕES Epiderme Pele mais espessa Lesões pré-cancerosas Anomalias na distribuição de melanina (discromias) Derme Fibras elásticas mais espessas, numerosas e anormais Fibras de colágeno delgadas, fragmentadas e alteradas Diminui síntese de colágeno Aumenta a degradação de colágeno Aumento da produção de metaloproteinas (colagenase, gelatinase e estromelisina) Características: ● Rugas ● Hipercromias ● Pele seca ● Perda de luminosidade ● Ptose tissular → Consequência da diminuição das funções do tecido conjuntivo, o colágeno vai enrijecendo, perdendo % anualmente e diminuindo nº de ancoragem de fibrilas. Alterações nas funções da pele: ● Diminuição na capacidade de cicatrização, transpiração e evaporação ● Perda das respostas imunológicas ● Perda da capacidade de termorregulação e produção de vitamina D ● Diminuição da resistência mecânica a traumatismos ● Pouca proteção contra raios UV Fatores importantes relacionados ao envelhecimento: 1) Diminuição da biodinâmica da pele por fatores internos (hormonais, circulatórios, imunológicos, etc) hábitos de vida, stress, fatores psicológicos, idade e por agressões externas (sol, poluição, etc); 2) Formação de rugas e sinais. Ruga�: Rugas finas: atrofia da epiderme e da derme Rugas em músculos:movimentos repetidos que criam marcas de expressão na epiderme e na maior parte da derme. Rugas sanfonadas: pele frouxa excedente com atrofia da epiderme, derme e tecido subcutâneo. Pregas: queda da pele e dos músculos adjacentes (causadas pela ação da gravidade). Classificação: Rugas dinâmicas ou linhas de expressão: movimentos repetitivos dos músculos faciais, só aparecem commovimento. Rugas superficiais: envelhecimento cronológico, diminuição ou perda das fibras elásticas na derme papilar. Desaparecem quando a pele é esticada. Rugas profundas ou permanentes: não sofrem modificações quando a pele é esticada e na maioria das vezes vem da exposição solar. Categorias: Rugas finas (estáticas): aparecem na ausência do movimento e representam a fadiga das estruturas que compõem a pele. Dobras e rugas gravitacionais (ptose): decorrem do envelhecimento, resultando na queda das estruturas da face. Rugas palpebrais: classificadas em 3 graus de enrugamento e idade: GRAU I Aparecem na 2ª década de vida e são menos visíveis. Geralmente aparecem pequenas linhas próximas ao ângulo lateral dos olhos GRAU II Aparecem na 3ª e 4ª década e são mais frequentes. GRAU III Aparecem em pacientes na 5ª década de vida em diante, relacionada ao excesso de pele. Fotoenvelheciment�:→ Nomomento que as radiações solares penetram na pele, são absorvidas pelos cromóforos, que ao dissipar essa energia produzem radicais livres. → Esses radicais livres atacam os queratinócitos da epiderme, além de degradar os fibroblastos da derme, podendo lesar as cadeias de DNA, proteínas, carboidratos, lipídios e as membranas celulares na parte mais profunda da epiderme, podendo também causar câncer. Os raios UVB com comprimento de onda de 290nm a 320nm são absorvidos pela epiderme causando atrofia, hiperqueratose e posteriormente o câncer. Os raios UVA com comprimento de onda entre 400nm e 800nm atingem a derme lesando principalmente as fibras elásticas causando alterações do colágeno. → O envelhecimento extrínseco é resultado de uma vida se expondo aos raios ultravioleta - RUV. Podemos perceber rugas, lesões hiperpigmentadas como sardas e lentigos, e lesões despigmentadas. 3 fenômenos naturais que contribuem para o envelhecimento: • Perda de gordura facial; • Reabsorção óssea; • Flacidez → Com o passar dos anos os coxins de gordura facial diminuem, deixando mais aparente os contornos faciais projetados pelos ossos. Com a redução dos coxins de gordura, alguns migram e deixam a face com aspecto de caída. Rea�sorçã� Ósse�: → Com a idade, a altura facial total sofre alterações como a atrofia do osso maxilar, redução da projeção do queixo, diminuição do ângulo da mandíbula e a perda da projeção da borda orbital inferior. → Com a perda óssea e atrofia dos locais onde ficam as partes moles, acentua a queda da pele facial que aumentam a ptose e redundância facial, contribuindo para o desaparecimento da demarcação do contorno da mandíbula e do pescoço. As 7 quedas do envelhecimento: 1. Queda da sobrancelha 2. Queda da pálpebra superior 3. Queda da pálpebra inferior 4. Queda da ponta do nariz 5. Formação do bigode chines 6. Queda do canto da boca 7. Perda do contorno da linha da mandíbula Microagulhament� Foi inicialmente introduzido para o tratamento de cicatrizes e o rejuvenescimento, porém, com os avanços dos estudos, essa técnica está sendo usada para uma ampla gama de alterações inestéticas. Benefícios: • Drug Delivery • Aumento da produção de colágeno • Melhora a flacidez da pele • Amenização das cicatrizes faciais • Redução do Melasma e manchas diversas • Melhora das rugas e linhas de expressão • Melhora a aparência dos poros e textura da pele 2 principais aparelhos: ● Roller (por rolete) ● Caneta elétrica (elétrico) Microagulhamento Roller: O roller é um dispositivo com microagulhas de aço inoxidável, que são dispostas em um rolo cilíndrico. As agulhas de titânio mantêm o gume da agulha afiado por mais tempo e as agulhas banhadas a ouro têm ação antimicrobiana. O comprimento das agulhas varia de 0,20 a 3mm e a quantidade de agulhas em cada dispositivo varia de 192 a 540 agulhas. Microagulhamento Elétrico: Dispositivo automatizado que realiza as micropunturas com um cartucho descartável com agulhas. Podem ser realizados movimentos circulares ou de “vai e vem”. A profundidade das agulhas é ajustada no próprio equipamento, bem como a velocidade de saída e entrada da agulha. A principal variação entre os tipos de cartuchos é o nº de agulhas, podendo conter de 12 a 36. Mecanism� d� Açã�: Indução percutânea de colágeno (IPC) e o aumento da administração transdérmica de ativos (drug delivery). A base desse mecanismo é a estimulação mecânica, pois as agulhadas na pele geram uma lesão controlada que altera a integridade da pele sem danificar totalmente a epiderme. • A técnica gera múltiplas micropunturas, resultando em estímulo inflamatório e produção de colágeno. • A perda da integridade da barreira cutânea ocasiona a dissociação dos queratinócitos, liberação de citocinas, tendo como resultado a vasodilatação dérmica. • Migração de queratinócitos para restaurar o dano epidérmico, por meio do estímulo aos fibroblastos tem-se a produção de colágeno e elastina, resultando na melhora global no aspecto da pele facial. → O resultado depende da profundidade que as agulhas alcançam. Classificado em: ● Cosmético: até 0,3mm. ● Terapêutico: de 0,5 a 1,5mm. ● Médico ou cirúrgico: acima de 2mm. A aplicação por roller é feita em “vai e vem”, na vertical, horizontal, diagonal direita e diagonal esquerda. Após aplicação, são aplicados os ativos. → Cada direção: 10 passadas ou 5 movimentos de vai e vem. Na aplicação pelo elétrico, o ativo é aplicado antes e depois, para ajudar a deslizar. Caneta aplicada a 90º, movimentos lineares e circulares, 2-10 passadas/região. É possível ajustar o tamanho das agulhas (profundidade) durante o procedimento, podendo mudar de acordo com a região do rosto. Contraindicações: Pele irritada, infeccionada, rosácea, ceratose solar, eczema, psoríase, câncer de pele, manchas e verrugas, úlceras, lesões abertas, herpes ativa, uso de anticoagulantes, acne ativa, quimio/radio/corticoterapia, diabetes melito, uso de tretinoína oral, queimados de sol. Radiofrequênci� Utiliza radiação do espectro eletromagnético, faz conversão de energia eletromagnética em calor controlado. Utiliza ondas eletromagnéticas de alta frequência e média intensidade, cuja potência eleva a temperatura tecidual a níveis que favoreçam respostas fisiológicas controladas; sendo a frequência mais utilizada entre 0,5 e 2,4 MHz. Frequência: inversamente proporcional à profundidade. Quanto maior a frequência, menor a penetração da onda. A temperatura elevada gerada pela RF promove a remodelação de fibras de colágeno e a neocolagênese, aumentando a espessura e densidade do tecido de sustentação, melhorando a flacidez tissular. Efeitos: → Realiza a retração nas fibras de colágeno, por meio da passagem da corrente alternada da ponta do eletrodo (ponteira) para o tecido, desse modo, os íons dos tecidos seguem a direção da corrente alternada, gerando elevação da temperatura do tecido por fricção. → A desnaturação do colágeno que ocorre nos tecidos profundos modificados termicamente é o que desencadeia a contração do tecido, formando novo colágeno adicional e contraindo o tecido térmico. → Aumenta a circulação sanguínea, a oxigenação e nutrição do tecido, contração do colágeno, lipólise, reorganizando as fibras de colágeno. → O aumento da temperatura aumenta a microcirculação, as atividades enzimáticas, metabólicas e térmicas, ativando a lipólise da célula de gordura e aumentando o consumo de energia em âmbito celular (ATP). Efeitos Fisiológicos Desnaturação do colágeno Vasodilatação Aumento do fluxo sanguíneo e linfático; Lipólise; Aumento do metabolismo local; Aumento da liberação de catecolaminas; Aumenta elasticidade de tecidos ricos em colágeno Aplicaçã�: → Manoplas que podem ser monopolar, bipolar, tripolar ou multipolar. Monopolar: 1 eletrodo ativo e 1 passivo. E quanto o ativo é aplicado em uma região, o passivo é aplicado em outra distante, permitindo penetração maior da onda magnética (indicada para tratamentos no tecido subcutâneo). Bipolar: dois pólos próximos junto ao manípulo aplicador, gerando um ‘’arco’’ de energia. Essa energia é emitida no pólo (+), percorrerá o tecido do paciente e encontrará o pólo (-). A passagem da RF é menos profunda (5m), indicado para flacidez. OBS: “Manípulos multipolares” possuem 2 ou + pólos ou eletrodos, o princípio é o mesmo do bipolar, gerar um campo magnético entre os pólos próximos entre si. Tempo: 2 a 5 min por cabeçote (calcular por área ex: a testa da 3 cabeçotes = 6 min). Frequência: 2,4 MHz Intensidade: 40%, baixando assim que atingir a temperatura desejada ou de acordo com a sensibilidade do paciente. → Acompanhar a temperatura com um termômetro infravermelho, empregado a menos de 20 cm da pele, caso contrário pode ter interferência da temperatura do ambiente. Contraindicações: marca-passo cardíaco/cerebelar, gravidez, câncer/metástase, infecções sistêmicas, doenças de pele, zonas com preenchimento, DIU de cobre, varizes, flebites, próteses metálicas, região glandular, infecções locais, período menstrual. Disfunçõe� estética�faciai�, abordagen� terapêutica� � avaliaçã� facia� Milium: pequeno cisto epidérmico queratinoso que está localizado na região superficial da pele. Surge de forma espontânea, quando algumas células se proliferam, fazendo com que a pele morta fique “presa”, formando pequenas bolsas. Sem causas, ocorre em todos os tipos de pele. Manifestação: Milium primário: se manifesta em recém nascidos, ao redor do nariz e costuma desaparecer espontaneamente de 2 a 4 semanas após o nascimento. Milium secundário: pode surgir em qualquer parte do corpo e em qualquer idade. Ela se dá por proliferação de células da epiderme, tanto por genética ou por cicatrização após traumas, procedimentos ou doenças de pele. Pode surgir em: • Nariz, • Olhos, • Bochechas, • Atrás da orelha • Outros: pescoço, mãos, costas, couro cabeludo, dentro da boca e partes íntimas. Acn�: Patologia da unidade pilossebácea dos folículos capilares da pele, aparece nas regiões com maior densidade de unidades pilossebáceas (face, pescoço, tórax superior, ombros e dorso). Surgem normalmente na puberdade, mais frequente em homens. Características: ● oleosidade excessiva ● lesões não inflamatórias (comedões abertos/fechados) ● lesões inflamatórias (pápulas e pústulas) ● vários graus de cicatriz Principal causadora da acne: bactéria Cutibacterium acnes, muito encontrada no folículo pilossebáceo. Com a retenção sebácea, ela se prolifera e hidrolisa, liberando ácidos graxos que são irritantes para a parede folicular que induzem sua queratinização. → A pressão do sebo acumulado pode romper o epitélio folicular e os microorganismos passam a atuar na derme circunjacente, iniciando o processo inflamatório. Hipersecreção sebácea: o desenvolvimento das glândulas sebáceas ocorre na puberdade pela ação dos hormônios andrógenos. Na pele acneica, a ação periférica do andrógeno provoca a hipersecreção sebácea podendo ser controlada pela administração de estrógenos, antiandrógenos e isotretinoína. Lesões características: Comedão aberto (cravo preto): acúmulo de células queratinizadas e sebo no infundíbulo folicular. A cor escura é devido a presença de melanina ou oxidação do material sebáceo em contato com o ar. Comedão fechado (cravo branco): lesão esbranquiçada, semelhante ao milium. É mais visualizada com a pele esticada. Pápulas: lesões inflamatórias (avermelhadas), não infecciosas. Pústulas: evolução das pápulas, quando a bactéria inicia o processo infeccioso no local. Presença de pus e intenso processo inflamatório. Nódulos: quando a reação inflamatória é muito grande e atinge o folículo pilossebáceo há um rompimento da parede folicular e com isso aparecem os nódulos. Cistos: drenagem da secreção no interior dos nódulos. Formado por células epiteliais e pus. Classificação: Grau I ou comedoniana: presença de comedões, algumas pápulas e raras pústulas foliculares. Grau II ou pápulo-pustulosa: presença de comedões abertos, pápulas com ou sem eritema inflamatório e pústulas. Intensidade variável. Grau III ou nódulo-cístico: Há comedões abertos, pápulas, pústulas e seborréia. Grau IV ou conglobata: associado a nódulos purulentos numerosos e grandes, abscessos e fístulas que drenam pus. Podem ocorrer manchas residuais ocasionadas pelo traumatismo das lesões. Deixa cicatrizes deformantes e lesões queloidianas. Tratamentos: Objetivos: - Regular a secreção sebácea - Diminuir a flora bacteriana - Acalmar e descongestionar a pele - Diminuir processo inflamatório Tópicos: Ácido Retinóico Vit A. Esfoliação química e aumenta permeabilidade cutânea, diminuindo a coesão entre os queratinócitos. Concentração usual: 5% Ácido salicílico Regulador sebáceo. Propriedades queratolíticas, anti-inflamatórias e antimicrobianas. Concentração usual: 1% a 20% Ácido Azeláico Clareador natural, despigmentante, anti-inflamatório e anti-acneico. Comedolítico e anti-inflamatório leve, com ação direta na população de acnes. Indicado para acne inflamatória (moderada) e não inflamatória. Concentração usual: 20% Niacina mida Vit. B3. Ação anti-inflamatória, antioxidante e auxilia na diminuição da produção de sebo. Concentração usual: 2 a 5% Glucono lactona: Faz esfoliação delicada, para todos os tipos de peles. É antioxidante, hidratante, esfoliante suave, anti-inflamatório. Concentração usual: 5 a 20% Argila verde É rica em silício e zinco. Efeito seborregulador (adstringente), antisséptica, bactericida, analgésica e cicatrizante. Estéticos: Limpeza de pele profunda - Qualquer grau de acne - Remove excesso de oleosidade e desobstrui poros Fototerapia - LED com ondas de 470 nm ( bactericida) a 600mn (antiinflamatório) Alta frequência - Bactericida e cicatrizante Máscaras faciais - Melaleuca, argila verde… - Diminui sebo e ação inflamatória Olheira�: Padrão escurecido na região periorbicular. Formadas pelos vasos sanguíneos que podem ser vistos através da pele, produzindo tonalidade azulada ou pelo excesso de pigmentação da pele e/ou perda estrutural. Vascular: quando os vasos se rompem a região sofre uma hipercromia cutânea devido ao depósito de hemossiderina, deixando uma cor azulada/arroxeada. → Tratamentos: para estimular circulação e fortalecer vasos. ● Castanha da índia ● Chá verde ● Ginkgo biloba ● Ácido tioglicólico ● Vitamina K Pigmentares: acúmulo de melanina na região periorbicular dos olhos, além do fisiológico. Essa região, por estar sempre exposta à radiação UV, apresenta alterações de pigmentação em virtude do processo de envelhecimento, que é mais acentuado quando ocorre o fotoenvelhecimento associado. Cor amarronzada, mais comum em peles morenas/negras. Piorada pela exposição solar. → Tratamentos: para reduzir a pigmentação ou a melanina. ● Ácido kójico ● Ácido linoleico (vit. F) ● Soja ● Vitamina C Estruturais: presença de canal lacrimal profundo ou pela falta de tecido abaixo dos olhos, sendo assim possível visualizar o músculo que está por baixo da pele devido a transparência da pele. A profundidade é que dá impressão de escurecimento. → Tratamentos: reduz a diferença entre o canal lacrimal da pálpebra inferior e a pele do rosto. ● Preenchimento com a. hialurónico ● Microagulhamento ● Carboxiterapia ● Fios de PDO Mista: alterações vasculares e melânicas associadas, havendo tanto disfunção vascular com deposição de hemossiderina quanto deposição de melanina, em maior ou menor grau. Outros tratamentos: ● Luz intensa pulsada (vasc/pig) ● LED (vasc) ● Microdermoabrasão (melânicas) ● Carboxiterapia (mel/vasc) Causas e fatores desencadeantes: • Idade • Alterações hormonais • Genética • Deficiência de vitaminas e nutricionais (ex: falta de vitamina K e antioxidantes) • Dermatite atópica, dermatite de contato alérgica, asma e eczemas. • Exposição solar • Privação de sono e cansaço. Cicatri�: Cicatrização: processo natural, quando há um ferimento, cirurgia ou trauma, provocando um reparo e uma restauração da pele, resultando na restauração da superfície da pele e a reconstituição da derme. Possui 3 fases: ● Inflamação ● Proliferação ● Remodelação Inflamação: 1 a 3 dias. Faz hemostasia, prepara a ferida, remove restos celulares. Local da lesão com calor, rubor e dor. Proliferação: 2 a 3 semanas. Início da regeneração da epiderme. Mobilização, migração, proliferação e diferenciação celular. Epitelização gradual cobre a superfície da ferida para fechá-la. Nutrição e oxigenação dos capilares neoformados. Remodelação: 2 a 4 semanas. Maturação da matriz extracelular, síntese e deposição de colágeno. Aumento da força de tensão e diminuição do tamanho da cicatriz e do eritema. É o período no qual os elementos reparativos da cicatrização são transformados em tecido maduro de características bem diferenciadas. Redução da atividade celular e do nº de vasos sanguíneos, perda do núcleo dos fibroblastos, maturação da cicatriz. Dura de 28 dias a 2 anos. Nesta fase ocorre a maturação do colágeno que confere resistência ao tecido lesionado, podendo chegar a um aumento de 80% da tração original. Tipos de Cicatrizes: Normotrófi casAspecto parecido com o tecido pré-lesão, quase imperceptível. Atróficas Perda de tecido, depressões. Hipertrófi cas Avermelhadas e maiores. Quelóides Avermelhadas e altas, vão além do local da lesão. Tipos de cicatrizes acneicas: ● Ice pick ● Boxcar ● Rolling ● Hypertrophic Ice pick: depressões cilíndricas verticais profundas e estreitas, são mais resistentes ao tratamento. Boxcar: são largas, não tão profundas. Formato circular bem definido. Rolling: depressões superficiais com dimensões variáveis, seu aspecto deprimido reflete a fibrose subjacente da derme e dos tecidos adiposos subcutâneos. Hypertrophic: são tipicamente rosa, e, com feixes de colágeno que permanecem dentro das fronteiras originais da lesão. Tratamentos: Microagulhamento: utiliza um dispositivo com micro agulhas finas que penetram na pele. Mecanismos de ação: • Indução percutânea de colágeno (IPC) • Aumento da administração transdérmica de ativos (drug delivery). Peeling químico: aplicação de agentes como os Ácidos Salicílico, Glicólico e Retinóico, que removem as camadas superficiais da pele, para que ela se regenere com uma aparência melhor. Discromia�: As discromias são alterações da pigmentação da pele causadas por disfunções na produção ou na distribuição de melanina pela pele. O principal fator desencadeador, em especial das hipercromias, é a radiação solar. → A cor da pele depende de 4 pigmentos, 2 deles encontramos na epiderme: Melanina: de produção endógena e tonalidade marrom escuro (+ importante!!) Carotenóides: De coloração amarela e produção exógena, assimilado a partir de frutas e vegetais E 2 na derme: Oxiemoglobina: Coloração vermelha Hemoglobina: Coloração azulada. → O nº e distribuição dos melanócitos são iguais em todas as raças e tonalidades, a diferença está na velocidade da produção de melanina. → A cor da pele é determinada pelosmelanossomas: pequenas vesículas que contêm melanina, formada nos melanócitos e transferidas para os queratinócitos epidérmicos. O tamanho, a quantidade, a densidade e a distribuição destas estruturas explicam as diferenças de pigmentação entre várias raças. → Os melanossomos na pele negra são maiores e mais dispersos, cada um envolto por uma membrana diferente, enquanto na pele clara são pequenos e agrupados em uma única membrana. As alterações na coloração da pele são condicionadas por inúmeros fatores como: Genéticos Infecciosos Metabólitos Neoplásicos Endócrinos Agentes químicos e físicos Inflamatórios Pigmentos endógenos (bilirrubina) e exógenos ( cloroquina, tetraciclinas, ouro e outros) → As discromias podem ser divididas em: • Acromia: ausência total de pigmentação em determinado local da pele do indivíduo ou em áreas generalizadas (área branca ou descorada), normalmente em decorrência de patologias dermatológicas. ex: vitiligo. • Hipocromia: redução da pigmentação da pele em contraste com o tom natural. Normalmente por diminuição da produção de melanina no local. ex: leucodermia solar. • Hipercromia: escurecimento da pele por aumento da quantidade ou depósito de vários pigmentos, endógenos ou exógenos, principalmente melanina. Podem ser congênitas (efélides ou sardas) ou adquiridas (melasmas, melanoses). Melasm�: Tipo de hipercromia de coloração acastanhada, principalmente no centro da face (malar, fronte, nariz, buço e mento). Acomete mais mulheres jovens e pardas. Causas: exposição solar, gravidez, uso de estrogênios. Tratamento: • Epidérmico: o depósito de melanina ocorre nas camadas basais e suprabasais da epiderme e entre as células da camada córnea. • Dérmico: Macrófagos carregados de melanina na derme superficial e profunda.3 Melanoses solares: manchas pequenas e acastanhadas, em áreas fotoexpostas de indivíduos +40 (efélides e lentigos). Em casos graves pode ficar maligna. Hipercromia� secundária�: • Hiperpigmentação mecânica: áreas de constante atrito como axilas, virilhas e pescoço. • Hiperpigmentação química: ocorre por dermatite de contato tóxica. É o caso de cosméticos como perfumes, desodorantes, loção pós barba... • Fitofotomelanoses: provocadas comumente pelo limão e figo que deixam uma pigmentação residual ou manchas irregulares pigmentadas que regridem espontaneamente. • Hiperpigmentação actínica ou pós inflamatória: causada por irradiação de raios UV sob a pele com lesões como: acne, lúpus eritematoso sistêmico, urticária entre outros. OBS: Pode-se observar esse tipo de hiperpigmentação em complicação de peelings superficiais e médios em indivíduos de fototipos IV a VI, e também após procedimentos como jato de plasma. Tratamentos: O objetivo do tratamento é diminuir a síntese de melanina pelos melanócitos, diminuir a transferência desta pelos melanossomos e evitar o seu depósito na superfície da pele. Peelings químicos: • Ácido kójico: Inibição da tirosinase e atua reduzindo os processos de melanogênese • Ácido fítico: Inibe a tirosinase. Tem um efeito clareador menor, mas é mais seguro e tem menos efeitos adversos. • Ácido azelaico: considerado seguro no manejo de hipercromias, mais especificamente nas hipercromias pós-inflamatórias e melasma, não tendo muita efetividade emmanchas como lentigos e efélides. • Ácido glicólico: despigmentante, por meio da renovação celular da epiderme, como queratolítico, pode ser aplicado em todos os tipos de pele e discromias • α-arbutin®: Derivado da hidroquinona, com menos citotoxicidade, inibidor competitivo da tirosinase e de PAR-2 (receptor de melanina nos queratinócitos) • Argilas: A argila branca é a que mais tem aplicação nos tratamentos para hipercromias. Este ativo auxilia no rejuvenescimento da pele, tem propriedades revitalizantes, ao mesmo tempo em que tem um efeito clareador importante. Eletroterapias: • Luz intensa pulsada: Age sobre o pigmento. Uma emissão de pulsos de luz, disparados contra a pele, faz evaporar o pigmento, que provoca a cor acastanhada na pele. • Peeling de diamante: Esfoliação e renovação celular. • Microagulhamento: efeito semelhante ao peeling físico, age removendo a camada de células mortas da epiderme, estimula a renovação tissular, promove melhora no aspecto e na oxigenação da pele. • Led 450-500 nm (led azul): fotobiomodulação, é capaz de normalizar as funções bioquímicas, bioelétricas e bioenergéticas das células, promovendo diversos benefícios, sem agredir o tecido tratado. Anamnes�: Avaliação da pele por equipamentos: lente de aumento, lupas, dermaview, scanner analisador de pele, fotografia. Scanner: avalia o nível de umidade (+ que 40-50%) e oleosidade (- que 32%). Dermascan: cada cor representa uma coisa: • Marrom/acastanhada: Melasma Epidérmico • Azulado ou cinza brilhante: Melasma Dérmico • Laranja: oleosidade • Rosada: desidratação • Branco: camada epitelial mais grossa • Azul: pele normal e saudável • Amarelo claro: focos de acne O que tem que constar na ficha de anamnese? • Data do atendimento • Dados do paciente: nome, sexo e DN • Formas de contato: • Motivo do tratamento • Histórico médico • Hábitos e estilo de vida • Cremes e medicamentos utilizados • Assinatura do paciente Alopecia�: Couro cabeludo: de 100 a 150 mil folículos pilosos. Folículos pilosos: se desenvolvem durante os primeiros meses de vida uterina, tendo sua espessura e distribuição pelo corpo determinado por fatores genéticos e hormonais. 2 camadas: Bainha externa da raiz + tecido conjuntivo Bainha interna da raiz + tecido conjuntivo Glândulas sebáceas: ficam por quase todo o corpo e são responsáveis pela produção de sebo, uma secreção oleosa que hidrata e lubrifica a pele e os pelos. ● São anexas ao folículo piloso ● São holócrinas: morrem quando secretadas ● Elaboram filme hidrolipídico ● São antibacterianas e antifúngicas ● Conferem impermeabilidade ● Conferem flexibilidade Bulge: aglomerado de células epiteliais indiferenciadas na base do músculo eretor do pelo que contribuem para o crescimento do folículo piloso e renovação do fio. Bulbo capilar: produz e nutre o pelo, é vascularizado. Inferior do folículo. Melanócitos: sintetizame levam cor ao pêlo, Ficam na matriz. Fases do desenvolvimento do folículo piloso: • Anágena: fase de crescimento do fio de cabelo, 80 a 90% dos fios estão nesta fase (2 a 7 anos); • Catágena: fase de transição do fio de cabelo, 2% dos fios estão nesta fase (3 a 4 semanas); • Telógena: fase de repouso e queda do fio de cabelo, 10 a 15% dos fios estão nesta fase (3 meses). • Quenógena: fase sem fios Existem 2 tipos de pelo: a lanugem ou velus, que são finos e ficam na face; e os pelos terminais que são grossos, ficam no couro cabeludo e púbis. pH cabelo: 4,5 a 6. Cabel�: Dividido em raiz, constituída por células vivas que se queratinizam e perdem seu núcleo à medida que sobem, e a haste que se projeta a partir da pele, formada por células mortas queratinizadas. 3 camadas: Medula: queratina macia e flexível. Córtex: camadas grossas, queratina dura. Cutícula: queratina dura e resistente. Alopecia: redução parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada área de pele. Podem ser: → Não cicatriciais: inflamação ao redor do bulbo (peribulbar) → Cicatriciais: inflamação ao redor do bulge (péribulgica), quando há destruição do bulge. não haverá mais o crescimento do cabelo. Nã�-cicatriciai�: Associada a doenças sistêmicas, a alterações metabólicas ou ao uso de medicamentos. Podem ser: Androgenética: miniaturização folicular progressiva, ligada a fatores genéticos que determinam o encurtamento da fase anágena, diminuindo a velocidade de crescimento dos fios, que acabam por se tornar mais finos e claros. ex: calvície. Escala de Hamilton para homens: Tipo I – Início da abertura nas laterais da testa; Tipo II – Entradas nas laterais se tornam evidentes; Tipo III – Zonas posteriores do couro cabeludo Tipo III Vertex – Variação do Tipo III, no qual a calvície começa a deixar a região superior à mostra; Tipo IV – Entrada lateral e região superior acentuadas. Tipo V – Superfície tem áreas calvas ainda maiores, com pouco cabelo na parte superior da cabeça. Tipo VI – A última fase em que há cabelo na região superior da cabeça; Tipo VII – Nesta fase, existe uma única tira de cabelo, em forma de ferradura, na parte posterior da cabeça. Escala de Ludwig para mulheres: 1. Clarificação moderada do vértice, alargamento das trilhas. 2. A alopecia do vértice fica a 1 cm da linha frontal anterior. 3. Alopecia total do vértice Miniaturização: diminuição do tamanho do folículo. Depois de um tempo miniaturizado, o cabelo cai e não cresce mais, ocorrendo a substituição do folículo piloso por uma fibrose. Areata: doença inflamatória não contagiosa que provoca a queda de cabelo, por razões genéticas e autoimunes. Falhas circulares (“pelada”) sem pelos ou cabelos, curtos e quebradiços, em “ponto de exclamação”. → Podem cair de algumas regiões, alopecia total do couro cabeludo e alopecia universal (corpo todo). Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro. → Os pelos podem voltar a crescer, pois não há destruição dos folículos pilosos!! De tração: Os fios são submetidos à tração por alongamentos, tranças muito apertadas ou penteados muito presos, desprendendo o folículo. O cabelo também pode voltar a crescer neste caso. → Eflúvios: aumento da queda diária de fios de cabelo. Fases do pelo acometido: ● Telógeno ● Anágeno Telógeno: alteração nessa proporção, que causa queda excessiva dos fios na fase telógena. A queda de cabelo ocorre de forma difusa. → Agudo: Se resolve em 6 meses. Causas podem ser cirurgia, pós-parto, estresse, remédios, infecções… → Crônico: Dura mais de 6 meses, aparece em ciclos. Causas podem ser nutricionais, hormonais, medicamentosas, estresse, dermatites… Anágeno: queda repentina do cabelo provocada por agressões ao folículo capilar por agentes internos ou externos, os fios caem na fase anágena (multiplicação das células). O cabelo cai muito rápido, podendo cair mais de 90% dos fios em poucas semanas. Podem crescer novamente. Causas podem ser infecções, remédios, desnutrição grave, radiação, doenças autoimunes, tóxicos… Tratamentos: Teste de tração: verifica a queda do cabelo, deslizar os dedos pelas mechas de maneira firme. 1 mecha deve conter pelo menos 50 fios, desprendendo apenas 2 por área. Tricômetro: mede quantidade de fios, espessura e perda capilar por região. Tricoscópio: dermatocópio digital ou videodermatoscópio com aumento de até 300x. Permite analisar os óstios foliculares, couro cabeludo e hastes dos pelos. Possibilita a verificação da fibra capilar, se está desidratada ou quebradiça. Densidade do cabelo: pode ser baixa, média/normal ou alta. Teste de visualização. No couro cabeludo sadio, a densidade varia de 175 a 300 fios por cm2. PARA ALOPECIAS NÃO-CICATRICIAIS: • Microagulhamento; • Intradermoterapia; • Laser de baixa frequência; • Alta frequência. Microagulhamento: penetração de ativos a nível dérmico. Estimula a vasodilatação, aumentando a circulação sanguínea. Estimula a liberação de fatores de crescimento que aumentam o tamanho do folículo e as células-tronco do bulbo capilar. Roller ou caneta. Intradermoterapia: se aplica substâncias ativas diretamente no couro cabeludo, que controla ou interrompe a queda de cabelos e também estimula a nutrição e crescimento de novos fios. Indicada para: ● Eflúvio telógeno; ● Alopécia Androgenética; ● Alopécia Areata; ● Cabelos finos e rarefeitos; → Substâncias utilizadas: Finasterida, minoxidil, aminoácido, vitaminas, minerais, fatores de crescimento, etc. Alta frequência: gera uma corrente elétrica alternada com frequência alta junto com gás fisioquímico que ao entrar em contato com o local do tratamento produz imediatamente um campo eletromagnético e ozônio. Fortalece o folículo piloso, melhora a circulação local, é fungicida e bactericida. Laser baixa frequência: fotomodulação ou bioestimulação. A luz é capaz de interagir e acelerar o crescimento de forma segura. Carboxiterapia: se utiliza o gás carbônico medicinal que pode ser injetado de forma intradérmica ou subdérmica. É rapidamente absorvido e eliminado, ficando apenas o efeito vasodilatador. Usado apenas em alopecias não-cicatriciais, com folículos preservados. → Efeito BHOR: Dissociação entre O2 e hemoglobina (Hb), causando liberação de O2 no sangue. Alopecia� Cicatriciai�: → Distúrbios intratáveis e incomuns, com destruição permanente do folículo capilar. Podem ser: Líquen plano pilar: perda de cabelo irregular. A parte do folículo piloso onde estão as células tronco é destruída pelo sistema imune, o folículo piloso é substituído por tecido cicatricial (fibrose). Áreas atróficas, esbranquiçadas com falhas devido à perda dos cabelos, no topo da cabeça. Descamação e vermelhidão ao redor dos folículos, queimação, sensibilidade e coceira. Alopecia frontal fibrosante: acomete mais mulheres na menopausa. Pode causar manchas escuras e alteração de textura no rosto (“bolinhas”).