Hemoterapia - Atividade

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HEMOTERAPIA - ATIVIDADE
1. Quais são os testes imunohematológicos obrigatórios na prova de compatibilidade, realizados no sangue do doador e receptor?
R: Sistema ABO, Sistema RH (antígeno D), Pesquisa de anticorpos irregulares (PAI), COOMBS direto e indireto, Sistema Kell, Duffy, Kidd e DIEGO.
2. Os testes imunohematológicos pré-transfusionais têm por finalidade assegurar os melhores resultados possíveis de uma transfusão sanguínea, propiciando a máxima segurança ao paciente e prevenção de reações transfusionais hemolíticas. Se um receptor apresentar P.A.I positivo, quais procedimentos você faria no laboratório para liberação segura de unidade de sangue? Explique.
R: Faria teste de fenótipo e prova de compatibilidade, com o soro do receptor e as hemácias dos possíveis doadores. A prova de compatibilidade detecta anticorpos no soro do receptor, que reconhecem antígenos nas hemácias do doador utilizando substâncias potencializadoras (como LISS e/ou PEG). Esse teste nos auxilia a identificar erros na tipagem ABO, anticorpos irregulares significantes que não foram detectados na P.A.I e anticorpos no soro do paciente contra antígenos de baixa frequência nas hemácias do doador.
3. Chegou uma solicitação de 01 unidade de sangue para um determinado paciente. Quando realizados os testes imunohematológicos o paciente apresentou P.A.I positivo. Que procedimento você faria e que tipo de hemácias você procuraria para testar? Explique.
R: Um exame de P.A.I positivo indica que as hemácias do paciente estão sensibilizadas por anticorpos anti eritrocitários irregulares. Faria teste de fenótipo e uma prova de compatibilidade, utilizando o soro do receptor com as hemácias do doador. Utilizaria hemácias do tipo 0-.
4. Um paciente oncológico necessita de 7 unidades de plaquetas. Grupo sanguíneo do receptor é B positivo. No seu estoque tem 3 do grupo B -; 7 do grupo O +; 5 A -, 3 AB - e 4 O -. Entretanto estas últimas estão avermelhadas. Quais você liberaria já que o paciente precisa transfundir hoje? Justifique.
R: Liberaria as do grupo B-, O+ e O-. As plaquetas O- estão avermelhadas provavelmente por contaminação com hemácias, porém como O- é doador compatível com B+ (já que não possui anticorpos anti-A, anti-B ou anti-D), não haveria riscos de coagulação ou aglutinação nem reações adversas. Não liberaria plaquetas A- nem AB- pois não são de grupos compatíveis, e caso haja contaminação com hemácias, por menor que seja, pode causar uma reação que levará o receptor a morte.
5. Nicollas é um paciente do grupo ABO/Rh B Positivo, e foi encaminhado o perfil antigênico dele: D, C, c, e, k, Kpa, Kpb, Jsb, Fya e Fyb, Jka, Jkb, M, N, s. Qual unidade você testaria com certeza de não sensibilizar o Nicollas?
R: Os grupos compatíveis seriam D, d, C, c, e, k, Kpa, Kpb, Jsb, Fya e Fyb, Jka, Jkb, M, N, s. Em relação ao sistema ABO, liberaria B+, B-, O+ e O-.
6. Imuno-hematologia é a análise laboratorial do sangue. O que queremos detectar na hemácia e no soro/plasma de um doador através desses testes? 
R: Na hemácia queremos detectar os Antígenos referentes ao grupo ABO, RH e demais testes, já no soro/plasma queremos detectar os Anticorpos contra os antígenos das hemácias.
7. Sabe-se que apenas 100ml de CH (concentrado de hemácia) ABO incompatíveis podem levar à morte. Explique por que uma pessoa do grupo A, não pode doar para uma pessoa do grupo B.
R: Uma pessoa do tipo A possui antígenos A em suas hemácias. Em contrapartida, esta mesma pessoa possui anticorpos contra o tipo B (anti-B). Já a pessoa do tipo B, possui antígenos B em suas hemácias e anticorpos anti-A em seu soro. Se a pessoa tipo A doasse para B, os anticorpos anti-A do receptor atacariam as hemácias do doador, causando uma aglutinação sanguínea que rapidamente se espalharia, causando a obstrução dos vasos e levando a morte.
8. Como se denomina o açúcar que diferencia a estrutura do grupo A, B e O?
R: Galactose e fucose.
9. Realizando os testes imunohematológicos de doadores, tipagem em tubo, observou-se uma aglutinação 3+ no tubo A e no tubo D 4+. Identifique o grupo sanguíneo e justifique sua resposta.
R: O tipo sanguíneo é A+. O soro anti-A aglutinou no tubo A, pois os anticorpos atacaram as hemácias que possuem antígenos A. É RH positivo pois o soro anti-D aglutinou ao entrar em contato com hemácias que possuem o antígeno D.
10. Realizando os testes imunohematológicos de doadores, tipagem em gel centrifugação, observou-se uma aglutinação 3+ no tubo A e tubo B 4+. No tubo D, 3+. Como classifica-se esse doador no sistema ABO/Rh? 
R: O tipo sanguíneo é AB+.
11. Realizando os testes imunohematológicos de doadores, tipagem em tubo, observou-se na prova direta aglutinação 4+ no tubo A, no tubo B e no tubo D. Na prova reversa espera-se que ocorra aglutinação em quais tubos: A e/ou B? Identifique o grupo sanguíneo e justifique sua resposta.
R: O tipo sanguíneo é AB+. Neste caso, na prova reversa nem A nem B aglutinariam. Na prova reversa, identificamos a presença dos anticorpos no soro ou plasma do indivíduo, utilizando amostras de hemácias A e B. Como a pessoa é AB, ela não possui nenhum anticorpo, nem contra A e nem contra B, por isso na prova reversa não há aglutinação.
12. Realizando os testes imunohematológicos de doadores, tipagem em gel centrifugação, observou-se prova direta negativa com anti-A e anti-B. Já a prova reversa positiva com hemácia B (3+). Identifique o grupo sanguíneo e justifique sua resposta.
R: O grupo sanguíneo é O, pois não aglutinou nem com A nem com B, mostrando que as hemácias não possuem nenhum antígeno em sua superfície. A prova reversa deveria ser positiva tanto para A quanto para B, então faria novamente o teste para tirar a dúvida.
13. Observe o teste abaixo e classifique quanto ao grupo ABO/Rh.
 Direta Reversa
R: O grupo sanguíneo é A+.
14. Como se denomina o teste usado na rotina de doadores que detecta hemácias sensibilizadas in vitro por anticorpos e também empregado na prova de compatibilidade, para detectar anticorpos presentes no soro do receptor, que reconhecem antígenos presentes nas hemácias do doador?
R: COOMBS indireto.
15. Diferencie D fraco e D normal.
R: No D fraco, temos uma expressão muito reduzida do antígeno D na membrana, tornando difícil sua visualização. Neste caso, o resultado continua sendo positivo. Em um D normal temos uma boa expressão do antígeno D, permitindo sua visualização.
16. Diferencie D fraco e D parcial.
R: No D parcial, ocorre uma substituição de um aminoácido em no mínimo uma das alças da região extracelular da proteína na membrana eritrocitária, a grande maioria é considerada D positiva. Já no D fraco temos apenas poucos antígenos D na superfície da hemácia, gerando uma reação menos visível.