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→ Art. 171, CP → Pena: 1 a 5 anos + multa Tipicidade Objetiva Indução da vítima a erro. Utilização de artifício, ardil ou qualquer meio fraudulento para obter vantagem patrimonial ilícita para si ou para outrem. Tipicidade Subjetiva Dolo específico: praticar a fraude para “obter a vantagem ilícita”. Qualquer outro propósito contido no ato de fraudar não configura o dolo necessário à tipicidade subjetiva. Sujeito ativo: qualquer pessoa; Sujeito passivo: qualquer pessoa. Momento consumativo: No momento em que a vantagem patrimonial ilícita é obtida, mas desde que o agente tenha a posse tranquila do bem caracterizador da vantagem. Tentativa: Admite-se. Exemplos: ● se o agente procura enganar a vítima, mas esta não cai no golpe; ● se a vítima entrega o bem, mas logo percebe o golpe e persegue o agente antes que este tenha a posse tranquila do bem e o recupera Prova Material: Embora crime material, somente poderá haver prova de materialidade se houver algum vestígio a ser periciado (instrumento material do artifício utilizado, se for o caso); → Outro exemplo de materialidade é se o bem entregue pela vítima e caracterizador da vantagem indevida é apreendido. Nesse caso, a prova material será o auto de apreensão. Forma privilegiada: ● Agente primário. ● Pequeno valor da vantagem ilícita (critério mais aceito, o do salário-mínimo, mas não é critério absoluto, pois coisas de valor inferior, quando confrontadas com as condições socioeconômicas da vítima, podem não ser de pequeno valor). O juiz pode escolher: - substituir reclusão por detenção, - diminuir a reclusão de 1/3 a 2/3; - aplicar somente a pena de multa. Condutas equiparadas ao estelionato: ● Alienação (por venda, permuta, dação em pagamento, locação ou dação em garantia) de coisa alheia como própria (inc. I); ● Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria (coisa inalienável ou gravada com algum ônus que não permita a alienação, silenciando sobre o gravame) (inc. II); ● Defraudação de penhor (alienação não consentida pelo proprietário do bem, de coisa que recebeu como garantia em contrato de penhor) (inc. III); ● Defraudação de substância, qualidade ou quantidade de coisa que deva entregar a alguém (ressalva-se a preferência dos crimes dos arts. 272 e 273, se a fraude for ali tipificada, quando envolver falsificação de alimentos ou medicamentos) (inc. IV); ● Fraude no recebimento de indenização ou valor de seguro (inc. V); ● Fraude no pagamento por meio de cheque (inc. VI), neste caso: → somente se aplica ao cheque dado como ordem de pagamento à vista; → não se aplica a cheque predatado, que perde sua condição jurídica de cheque e se torna mero título de crédito. Forma majorada em 1º grau: aumento de⅓ Se a vítima é: ● entidade de direito público; ● instituto de economia popular; ● entidade de assistência social; ● entidade beneficiente. Forma majorada em 2º grau: aumenta o dobro ● Se a vítima for maior de 60 anos Escusas absolutórias: É isento de pena o agente que pratica o crime em prejuízo: - do cônjuge (CP, art. 181, I) - do companheiro (CP, art. 181, I, por analogia in bonam parten); - de ascendente (pai, mãe, avô, avó, bisavô, bisavó), seja o parentesco biológico, adotivo ou socioafetivo (CP, art. 181, II); - de descendente (filho, filha, neto, neta, bisneto, bisneta), seja o parentesco biológico, adotivo, socioafetivo (CP, art. 181, II). As escusas absolutórias não se aplicam - ao co-autor do crime, se não tiver a mesma relação de parentesco que a pessoa mencionada no art. 181 (CP, art. 183, II); - se a vítima tiver idade igual ou superior a 60 anos (idosa) (CP, art. 183, III). Ação penal: Regra: pública condicionada (§ 5º, introduzido pela Lei n. 13.964/19). Exceção: pública incondicionada (incs. I a IV do § 5º) - se a vítima for a Administração Pública, direta ou indireta; - se a vítima for criança (0 a 11 anos) ou adolescente (12 a 17 anos); - se a vítima for pessoa com deficiência mental; - se a vítima for pessoa com mais de 70 anos; - se a vítima for pessoa incapaz (incapacidade por qualquer motivo).
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