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VITOR PIVOTTO MT103 INSULINA E GLUCAGON 1 – EXPLICAR A SÍNTESE, REGULAÇÃO E MECANISMO DE AÇÃO DA INSULINA A insulina é um hormônio polipeptídico produzido pelas células beta das ilhotas de Langerhans, no pâncreas. É um dos principais hormônios para coordenar a utilização de combustíveis pelos tecidos e possui efeitos anabólicos. SÍNTESE A biossíntese envolve dois precursores inativos, a pré-pró-insulina e a pró-insulina, que são clivados sequencialmente para formar o hormônio ativo mais o peptídeo C (essencial para a organização da molécula de insulina, além de ser indicador plasmático de produção de insulina). A insulina é estocada em grânulos no citosol, que, com estímulo apropriado, são liberados por exocitose. A insulina é degradada pela enzima insulinase, presente no fígado e, em menor quantidade, nos rins. A insulina possui uma meia-vida plasmática de seis minutos. Essa curta duração permite alterações rápidas nos níveis circulantes desse hormônio. REGULAÇÃO A secreção de insulina pelas células beta do pâncreas está coordenada com a liberação de glucagon pelas células alfa pancreáticas. As quantidades relativas desses hormônios liberadas são reguladas de modo que a velocidade de produção hepática da glicose é mantida igual a velocidade de utilização da glicose pelos tecidos periféricos. A secreção de insulina é aumentada por: - Glicose: células betas são sensores corporais de glicose. Assim como o fígado, possuem transportadores de glicose tipo GLUT-2 e apresentam atividade glicocinase. O aumento de glicose no sangue é um sinal para o aumento na secreção de insulina - Aminoácidos: ingestão de proteínas causa um aumento transitório nos níveis plasmáticos de aminoácidos que, por sua vez, induzem secreção de insulina. - Hormônios grastrointestinais: os peptídeos intestinais colecistocinina e o polipeptídeo inibitório gástrico (insulinotrópico dependente de glicose) aumentam a secreção de insulina em resposta à glicose oral e por causa disso são chamados “incretinas”. Esses hormônios são liberados pelo delgado após ingestão de alimentos e causam aumento antecipatório nos níveis de insulina. EFEITOS METABÓLICOS Metabolismo dos CARBOIDRATOS: Insulina no metabolismo da glicose promove seu armazenamento e são mais proeminentes no fígado, músculo e tecido adiposo. No fígado e músculo, aumenta a síntese de glicogênio. No músculo e tecido adiposo, aumenta captação de glicose por aumentar número de transportadores de glicose GLUT-4 na membrana. No fígado, diminui produção de glicose por inibir glicogenólise e gliconeogênese. Metabolismo de LIPÍDEOS: Insulina causa importante redução na liberação de ácidos graxos: - Diminui degradação de triglicerídeos. Insulina diminui ácidos graxos por inibir a lipase sensível a hormônio, que degrada triglicerídeos no tecido adiposo. Insulina promove desfosforilação e, portanto, inativação da enzima. - Aumento na síntese de triglicerídeos. Insulina aumenta transporte e metabolismo de glicose nos adipócitos, fornecendo glicerol-3-fosfato para síntese de triglicerídeos. Também aumenta atividade da lipase lipoproteica no tecido adiposo por aumentar síntese da enzima, assim, fornecendo ácidos graxos para esterificação. Metabolismo de PROTEÍNAS: Estimula a entrada de aminoácidos nas células e síntese de proteínas. MECANISMO DE AÇÃO Insulina liga-se a receptores específicos de alta afinidade na membrana celular de muitos tecidos, como fígado, músculo e adiposo. Esse é o primeiro passo para as reações que levarão a um conjunto de ações biológicas. Receptor de insulina. O receptor de insulina é sintetizado como polipeptídeo único, que é glicolisado e clivado em subunidades alfa e beta. Domínio hidrofóbico em cada unidade beta atravessa a membrana plasmática. Subunidade alfa extracelular possui sítio de ligação da insulina. Efeitos da insulina na membrana. Na presença de insulina, transporte de glicose aumenta em alguns tecidos, como musculo esquelético e adipócitos. Ela promove recrutamento de transpor- tadores de glicose sensíveis à insulina GLUT-4, provenientes de estoque em vesículas intracelulares. Regulação do receptor. Ligação de insulina é seguida pela internalização do complexo hormônio-receptor. Dentro da célula, a insulina é degradada por lisossomos. Os receptores podem ser degradados, mas a maioria é reciclada para a superfície celular. 2 – EXPLICAR A SÍNTESE, REGULAÇÃO E MECANISMO DE AÇÃO DO GLUCAGON Secretado pelas células alfa das ilhotas de Langerhans pancreáticas. Juntamente com a adrenalina, cortisol e hormônio do crescimento, se opõe a muitas ações da insulina. Ele age na manutenção nos níveis de glicose pela ativação da glicogenólise e gliconeogênese hepáticas. É sintetizado por uma grande molécula precursora, a pré-pró-glucagon, que é convertida a glucagon por uma série de clivagens proteolíticas. REGULAÇÃO Célula alfa é responsiva a uma variedade de estímulos que sinalizam hipoglicemia. A secreção é aumentada por: - Glicemia baixa: diminuição da concentração plasmática de glicose, durante jejum noturno ou prolongado; - Aminoácidos: refeição proteica estimula liberação de glucagon e insulina. O glucagon impede a hipoglicemia que de outra forma ocorreria como resultado da secreção aumentada de insulina pela alimentação proteica; - Adrenalina: níveis elevados de adrenalina ou noradrenalina estimulam a liberação. Assim, em situação de estresse, traumas ou exercício, glucagon eleva em antecipação ao aumento na utilização de glicose. EFEITOS METABÓLICOS Metabolismo dos CARBOIDRATOS: Quebra de glicogênio hepático (glicogenólise) e aumento da gliconeogênese no fígado. Esses dois efeitos aumentam a glicose no sangue e tecidos. Metabolismo de LIPÍDEOS: Glucagon ativa lipólise no tecido adiposo. Os ácidos graxos liberados são captados pelo fígado e oxidados a acetil-CoA, suada para sintetizar corpos cetônicos. Metabolismo PROTEICO: Glucagon aumenta captação de aminoácidos pelo fígado, favorecendo gliconeogênese. MECANISMO DE AÇÃO Glucagon liga-se a receptores acoplados à proteína G na membrana celular do hepatócito. A ligação do glucagon resulta na ativação da adenilato-ciclase. Isso causa aumento do AMPc que, por sua vez, ativa a proteína-cinase dependente de AMPc e aumenta a fosforilação de enzimas e outras proteínas. Essa cascata resulta na ativação ou inibição mediadas por fosforilação de enzimas-chave reguladoras, envolvidas no metabolismo de carboidratos e lipídeos. 3 – EXPLICAR O MECANISMO DE AÇÃO DA LEPTINA E GRELINA GRELINA Liberada pelo as células oxínticas do estômago e pelo intestino, os níveis de grelina aumentam em jejum, apresentam pico antes da alimentação e caem rapidamente pós refeição. Assim, é associado à sensação de fome. LEPTINA Liberada pelos adipócitos, é responsável pela sensação de saciedade. A estimulação de receptores de leptina no SNC inicia ações que diminuem o armazenamento de gorduras, reduz secreção de insulina e sinaliza que energia suficiente foi armazenada no tecido adiposo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Bioquímica ilustrada – Harvey.
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