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MICOBACTÉRIA ● Gênero Mycobacterium Bactérias intracelular que cursam de forma crônica, apresentam crescimento muito lento. - Mycobacterium tuberculosis, M. bovis e M. africanum: causam tuberculose - Mycobacterium leprae: causa o mal de Hansen ou hanseníase • M. leprae é a única que até o presente momento não é cultivada em ambiente laboratorial - CARACTERÍSTICAS GERAIS Intracelular facultativa em macrófagos. Gram negativos finos, ligeiramente curvos e aeróbias estritas. Faz necrose caseosa e impede a formação do fagossomo pela proteína kinase G. Quando bacilífero pode contagiar outras pessoas e se reinfectar. NÃO POSSUEM flagelos, NÃO FORMAM esporos, NÃO PRODUZEM toxinas e NÃO POSSUEM cápsula. Método de coloração de Ziehl-Neelsen: retém fucsina básica pela parede celular, mesmo na presença de álcool e ácido, conferindo-lhes a designação de bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR) ● Tuberculose (TB)- peste branca Pode ser causada por qualquer uma das sete espécies, mas é mais comum a Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch - BK). - Mycobacterium bovis: maior frequência na forma linfonodal (Escrófula) e extrapulmonar. TRANSMISSÃO POR BACILÍFEROS Tuberculose (TB) + HIV = alta letalidade- FALTA DE TCD4 E DISSEMINAÇÃO DA DOENÇA • Aumento dos casos resistentes aos medicamentos • Concentração da doença em populações vulneráveis ATIVA HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO 4 - Infecção quiescente ou dormente Em cerca de 95% dos casos, após aproximadamente 3 semanas de intensa multiplicação, o sistema imunitário suprime a replicação bacilar. Focos dos bacilos no pulmão ou em outros locais se transformam em granulomas de célula epitelióide, que podem ter centros caseosos e necróticos. Bacilos da tuberculose podem sobreviver nesse material durante anos; o equilíbrio entre a resistência do hospedeiro e a virulência microbiana determina se a infecção essencialmente desaparece sem tratamento, se permanece dormente ou torna-se ativa. • Focos infecciosos podem gerar cicatrizes fibronodulares (focos de Simon, que costumam resulta de disseminação hematogênica a partir de outro local da infecção) ou pequenas áreas de consolidação (nódulo de Ghon). Um nódulo de Ghon com envolvimento de linfonodos é um complexo de Ghon que, se calcificado, é chamado complexo de Ranke. - Doença ativa Indivíduos hígidos infectados pela Mycobacterium tuberculosis têm aproximadamente 5% a 10% de risco durante a vida de desenvolver doença ativa. Em 50% a 80% dos que desenvolvem doença ativa, a tuberculose reaparece dentro dos 2 primeiros anos, mas também pode ocorrer décadas depois. Qualquer órgão inicialmente infectado pode tornar-se um local de reativação, mas esta ocorre com frequência nos ápices pulmonares, presumivelmente por causa das condições locais favoráveis como alta tensão de oxigênio. Nódulos de Ghon e linfonodos hilares afetados têm muito menos probabilidade de serem locais de reativação. Doenças que comprometem a imunidade celular (essencial para a defesa contra a TB) facilitam significativamente a reativação. Assim, pacientes co-infectados pelo HIV e que não estão recebendo TARV apropriado têm risco anual aproximado de 10% de desenvolver doença ativa. SINTOMAS Nenhum sinal ou sintoma característico • Normalmente: queixas inespecíficas • Comprometimento do estado geral • Febre baixa vespertina com sudorese noturna • Inapetência • Emagrecimento • Quando a doença atinge os pulmões: • pode apresentar dor torácica • tosse produtiva, com escarro com ou sem sangue Tosse com mais de 3 semanas = sintomático respiratório PPD- prova tuberculínica 72-96 horas após injeção intradérmica (0,1 mL – 5 UI tuberculina 0-4 mm = negativo 5-9 mm = positivo fraco 10 mm ou mais = positivo forte VACINA Vacina BCG (bacilo Calme7e-Guérin) • Cepa viva, atenuada de Mycobacterium bovis • Dose única ao nascer, intradérmica ● Hanseníase Preferência por sistema tegumentar mas tem tropismo por sistema nervoso. Doença infectocontagiosa de evolução lenta, com manifestações dermato neurológicas, podendo levar a incapacidade física e deformidades. Infecção crônica • Baixa transmissão • Ocorre, basicamente, por via respiratória (secreção nasal de pacientes bacilíferos - hanseníase lepromatosa) • Pode ocorrer por meio de contato com solo contaminado, embora não se tenha constatado ser um reservatório • Não é cultivável in vitro • Alta prevalência: Brasil, Índia e Indonésia • Manifestações • Pele e nervos periféricos • Lesões hipopigmentadas, hipoestésicas (sem sensibilidade ), não pruriginosas (não coça) • Terapia multi medicamentosa: eficiente - Mycobacterium leprae Morfologia semelhante ao M. tuberculosis (bacilos retos ou ligeiramente encurvados). Ele p é BAAR +, não móveis e não produtores de esporos. Afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos TRANSMISSÃO Pessoa doente eliminando bacilo para meio pelas vias áreas superiores • Necessário contato direto: contato constante com uma pessoa infectada, ou seja, é necessária uma exposição prolongada ao microrganismo. • Aparecimento doença: relação parasita/hospedeiro (2-7 anos) • Afeta todas idades e ambos sexos: mais frequente homens (2:1) • Rara em crianças: período longo de incubação da bactéria • Risco acrescido: condições individuais e condições socioeconômicas • Predisposição genética: genes de susceptibilidade comprovados - Espectro clínico, bacteriológico, imunológico e clínico da hanseníase Diagnóstico- Laboratorial Baciloscopia – coloração de Ziehl-Neelsen Raspados de pele, mucosa nasal ou amostras de biópsia da pele do lobo da orelhas - Apoio ao diagnóstico clínico : pesquisa de sensibilidade nas lesões • Teste de Lepromina ou Mitsuda (apenas para lepra tuberculóide), leitura feita após 28 dias