Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Prof. Dr. Thiago Florêncio 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA ANATOMIA SISTÊMICA E SEGMENTAR 
 
ATLAS E TEXTOS – ESTRUTURA E FUNÇÃO 
 
 
 
 
 
 
Página | 2 
 
 
 
 
 
PREFÁCIO 
 
 
 
Com o propósito de promover conhecimentos e dar bases instrumentais a estudantes que 
desejam atuar na área da saúde, tem origem este material, cujo conteúdo é fruto de anos de experiência 
profissional e estudos aficionados na qualidade e melhoria dos resultados assistenciais. 
Produto de observações, investigações, estudos, pesquisas e vivência profissional voltados em 
diversas especialidades, este material destina-se a elevar substancialmente os conhecimentos dos 
leitores, capacitá-los para equacionar e assim alcançar o sucesso profissional. 
Antes de encerrar, não posso deixar de expressar minha admiração pelos profissionais da saúde, 
empenhados em transmitir e compartilhar os seus conhecimentos, e especialmente, pela dedicação e 
contínuo interesse em elevar o nome das profissões escolhidas. 
Aos alunos e leitores, aqui segue o meu convite: não apenas leiam este material, mas, sobretudo, 
o estudem com muita atenção e carinho. 
 
 
 
 
 
 Dr. Thiago Florêncio 
Professor de Anatomia e Fisiologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 3 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 Siglas e Abreviaturas............................................................................................................................. 04 
 MÓDULO I 
o História da Anatomia.................................................................................................................... 06 
o Introdução à Anatomia Humana.................................................................................................. 08 
o Sistema Esquelético (Osteologia)................................................................................................ 12 
o Sistema Articular.......................................................................................................................... 40 
o Sistema Muscular........................................................................................................................ 48 
 MÓDULO II 
o Sistema Respiratório.................................................................................................................... 70 
o Sistema Cardiovascular............................................................................................................... 76 
o Sistema Linfático.......................................................................................................................... 82 
o Sistema Digestório....................................................................................................................... 85 
 MÓDULO III 
o Sistema Urinário (Excretor).......................................................................................................... 94 
o Sistema Genital............................................................................................................................ 98 
o Reprodutor Masculino..................................................................................................... 98 
o Reprodutor Feminino...................................................................................................... 101 
o Sistema Nervoso.......................................................................................................................... 104 
o Sistema Endócrino (Hormonal).................................................................................................... 110 
o Sistema Tegumentar.................................................................................................................... 115 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 4 
 
 
 
 
SIGLAS E ABREVIATURAS 
 
 
 
 AIDS – Síndrome da imunodeficiência adquirida (sigla em inglês). 
 APH – Atendimento pré-hospitalar. 
 ATLS – Suporte avançado de vida no trauma. 
 AV – Acidente vascular. 
 AVC – Acidente vascular cerebral. 
 AVE – Acidente vascular encefálico. 
 BPM – Batimentos por minuto. 
 BCG – Vacinação contra tuberculose. 
 Ca+ - Íons de cálcio. 
 CAP – Cateter de artéria pulmonar. 
 CAPS – Centro de apoio psicossocial. 
 CCIH – Comissão de controle de infecção hospitalar. 
 CIPA – Comissão interna de prevenção de acidentes. 
 CO² - Dióxido de carbono. 
 COT – Cânula orotraqueal. 
 CVE – Centro de vigilância epidemiológica. 
 DC – Débito cardíaco. 
 DIU – Dispositivo intrauterino. 
 DNA – Ácido desoxirribonucleico. 
 DPOC – Doença pulmonar obstrutiva crônica. 
 DT – Vacina contra difteria e tétano. 
 EAP – Edema agudo de pulmão. 
 ECG – Eletrocardiograma. 
 EEG – Eletroencefalograma. 
 EMG – Eletromiografia. 
 EPI – Equipamento de proteção individual. 
 EV – Endovenosa. 
 FA – Fibrilação atrial. 
 FA – Vacinação contra febre amarela. 
 FC – Frequência cardíaca. 
 FiO² - Fração inspiratória de oxigênio. 
 FR – Frequência respiratória. 
 FV – Fibrilação ventricular. 
 GIG – Grande para idade gestacional. 
 HAS – Hipertensão arterial sistêmica. 
 HDA – Hemorragia digestiva alta. 
 HDB – Hemorragia digestiva baixa. 
 Hep B – Vacina contra hepatite B. 
Página | 5 
 
 
 
 HIV – Vírus da AIDS. 
 HPV – Vírus do Herpes. 
 H²O – Água. 
 IAM – Infarto agudo do miocárdio. 
 ICC – Insuficiência cardíaca congestiva. 
 ID – Intradérmica. 
 IM – Intramuscular. 
 IRA – Insuficiência renal aguda. 
 IRC – Insuficiência renal crônica. 
 ITU – Infecção do trato urinário. 
 K+ - Íon de potássio. 
 Kcal – Unidade de medida quilocaloria. 
 Kg – Quilograma. 
 mmHg – Milímetros de mercúrio. 
 ML – Milímetro. 
 MM – Membros. 
 MMII – Membros inferiores. 
 MMSS – Membros superiores. 
 MSD – Membro superior direito. 
 MSE – Membro superior esquerdo. 
 MID – Membro inferior direito. 
 MIE – Membro inferior esquerdo. 
 Na+ - Íons de sódio. 
 NaCl – Cloreto de sódio (sal). 
 NAPS – Núcleo de atenção psicossocial. 
 O² - Oxigênio. 
 PA – Pressão arterial. 
 PAD – Pressão arterial diastólica. 
 PAM – Pressão arterial média. 
 PAS – Pressão arterial sistólica. 
 PCR – Parada cardiorrespiratória. 
 PIC – Pressão intracraniana. 
 PIG – Pequeno para idade gestacional. 
 RCP – Ressuscitação cardiopulmonar. 
 RN – Recém-nascido. 
 SC – Subcutânea. 
 SCR – Vacina contra sarampo, caxumba e rubéola. 
 SCQ – Superfície corpórea queimada. 
 SDR – Síndrome do desconforto respiratório. 
 SN – Sistema nervoso. 
 SNA – Sistema nervoso autônomo. 
 SNC – Sistema nervoso central. 
 SNE – Sonda nasoenteral. 
 SNG – Sonda nasogástrica. 
 SpO² - Saturação de oxigênio. 
 SSVV – Sinais vitais. 
 TCE – Trauma cranioencefálico. 
 TMO – Transplante de medula óssea. 
 UTI – Unidade de terapia intensiva. 
 VDRL – Exame laboratorial para detectar sífilis (sigla em inglês). 
Página | 6 
 
 
 
 
HISTÓRIA DA ANATOMIA 
 
 
 
O conhecimento da anatomia humana e da medicina tem-se desenvolvido extraordinariamente nos últimos 
100 anos, frequentemente devido a importantes descobertas de alguns pensadores revolucionários. 
 O fascínio pelo nosso corpo, como ele funciona, por que fica doente e o que fazer para curá-lo é imenso. Ao 
longo da história, intocáveis teorias, na maioria errôneas, foram concebidas de diferentes maneiras por médicos, 
cirurgiões, curandeiros, feiticeiros, alquimistas, benzedores, astrólogos e charlatões, os quais em suas épocas 
foram respeitados e bem pagos. 
Apesardeste catálogo de maus praticantes, a história da medicina esta pontuada por brilhantes descobertas e 
pensamento verdadeiramente visionário, que contra todas as probabilidades, nos conduziram a era moderna da 
ciência médica. Hipócrates, o “pai da medicina”, praticava essa ciência na ilha grega de Cós, no século 15 a.C., e é, 
sem dúvida, a figura mais famosa e reconhecida dentre os primeiros “médicos”. Sua grande realização foi a de 
estabelecer um corpo de especialistas, governados por rigoroso código de ética, que empregavam métodos 
científicos em suas pesquisas. Isso estabeleceu a base da prática médica moderna. 
 O trabalho de Hipócrates teve uma influência sobre a medicina, e seus ideais foram entusiasticamente 
difundidos pelos médicos nos séculos que seguiram. Infelizmente suas teorias sobre anatomia e doenças eram 
bastante imprecisas. Ele acreditava que quatro “humores” (bile negra, bile amarela, fleuma e sangue) gerenciavam 
a saúde do corpo humano e que qualquer doença era o resultado da falta de equilíbrio entre eles. 
 Com exceção dos monges, que cultivam ervas e plantas com alguma propriedade medicinal genuína, a 
inexatidão era a marca registrada da medicina e anatomia durante a Idade Média. A teoria dos “humores” ainda foi 
amplamente mantida como verdadeira e as crenças religiosas cristã e islâmica eram bastante influentes na teoria 
médica. Todo tipo de ideia, tais como a do sangue drenando fluidos nocivos do corpo ou permitindo ao “excesso de 
fluido” circular livremente pelo corpo, era posta em pratica, frequentemente acompanhada de poções de boticários, 
as quais continham ingredientes tão bizarros e infames como língua de salamandra e fígado de verme. 
 Com o advento do Renascimento na Itália, no final do século XIV, a ciência médica avançou. A 
redescoberta de conhecimentos clássicos encorajou os médicos a reaplicar métodos científicos em suas pesquisas 
deixando para trás a influência da religião e da superstição. Grandes nomes do período, como Leonardo Da Vinci, 
trouxeram novas ideias. Leonardo acreditava que, para curar doenças, era necessário primeiro aprender sobre o 
corpo humano e seus processos, aprendizado que somente poderia ser adquirido por meio da dissecação de 
cadáveres humanos. 
 A dissecação não era, contudo, uma ideia nova. Cláudio Galeno, influente médico do século II, já havia 
dissecado animais e presumia que a anatomia humana seguia o mesmo padrão, ideia que se tornou aceita por mais 
de 1.500 anos. Entretanto, no século XVI, o anatomista Andreas Vasalius, demonstrou que Galeno estava errado e 
revelou estruturas anatômicas até então desconhecidas no livro De Humani Corporis Fabrica (A estrutura do corpo 
humano), de 1543. 
 A obtenção de coro para dissecação nessa época, porém, não era fácil e nem agradável. A igreja combatia 
a dissecação humana, que modo que anatomistas por toda Europa recorriam a pratica infame de roubar túmulos e 
forcas para obter material fresco para suas pesquisas. Outro trabalho pioneiro no registro das descobertas foi 
conduzido por Leonardo Da Vinci e Vasalius, que procuraram representar acuradamente a estrutura anatômica por 
meio de detalhados diagramas e ilustrações. 
 Ainda assim, tais ideias e métodos eram controversos e frequentemente rejeitados. Em 1628, o doutro 
inglês William Harvey surpreendeu o mundo médico ao publicar An Anatomical Disquisition on the Movement of the 
Heart and Blood (Uma descrição anatômica do movimento do coração e sangue). Nesse livro ele demonstrou que o 
sangue circulava para todo o corpo, e foi ainda mais longe ao propor que o coração bombeava o sangue através 
das artérias. Ele também percebeu a função das válvulas do coração no controle do fluxo sanguíneo. 
Página | 7 
 
 
 
Embora suas ideias fossem consideradas estranhas, esse método de pesquisa provou ser o caminho certo. 
Suas descobertas foram confirmadas pela invenção do microscópio no final do século XVII: pela primeira vez na 
história cientistas poderiam observar mais do que o olho nu permitia. No final do século XIX, estavam surgindo 
muitos dos procedimentos e práticas que hoje são comuns. Anestésicos rudimentares foram desenvolvidos por 
James Young Simpson, antissépticos foram criados por Joseph Lister e, em 1896, Wilhelm Rontgen maravilhou o 
mundo com sua nova invenção que permitia examinar internamente o corpo sem a necessidade de cirurgia: a 
máquina de raios X tinha nascido. 
Outros trabalhos inovadores como os de Louis Pasteur, que estabeleceu a ligação entre os germes e as doenças, e 
de Karl Ladsteiner, que descobriu os quatro principais grupos sanguíneos, pavimentaram o caminho para as 
cirurgias mais complexas, como as de transplantes de órgãos. Os cirurgiões podem realizar hoje o que seria um 
milagre há apenas 100 anos, com uma taxa de sobrevivência que teria espantado os antigos médicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 8 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
A Anatomia Humana é a ciência que estuda a estrutura do corpo, visa à compreensão e estudo das partes 
que compõem o corpo humano. É uma palavra de origem grega (Ana: “cortar” e Tomia: “em partes”). A palavra 
fisiologia também vem de uma origem grega onde Physis é igual à natureza e Logus tem o significado de estudo, é 
o estudo da matéria viva, órgãos e sistemas com a compreensão dos mecanismos, fatores químicos e físicos que 
originam, progridem e mantêm a vida, ou seja, seu funcionamento. 
Atualmente a anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia Macroscópica, Anatomia 
Microscópica e Anatomia do Desenvolvimento. 
 
 Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não recursos 
tecnológicos os mais variáveis possíveis; 
 Anatomia Microscópica é aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso 
de instrumental para ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é dividido em 
Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação de 
órgãos); 
 Anatomia do Desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma 
adulta. Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o nascimento 
 
Classificação de Normalidade 
 
 Normal: para a anatomia seria o mais comum, o que se encontra na maioria dos casos; 
 Variação Anatômica: é o que foge do normal sem prejuízo da função; 
 Anomalia: a fuga da normalidade com prejuízo da função; 
 Monstruosidade: se a anomalia for tão profunda com prejuízo da função, deformando a construção do corpo, 
sendo, em geral, incompatível com a vida. 
 
Nomenclatura Anatômica 
 
A primeira tentativa de uniformizar e criar uma nomenclatura anatômica internacional ocorreu em 1895. Em 
sucessivos congressos de Anatomia em 1933, 1936 e 1950 foram feitas revisões e finalmente em 1955, em Paris, 
foi aprovada oficialmente a Nomenclatura Anatômica. 
Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que não sejam apenas 
sinais para a memória, mas tragam também alguma informação ou descrição sobre a referida estrutura. 
Dentro deste princípio os termos indicam: a forma (músculo trapézio); a sua posição ou situação (nervo 
mediano); o seu trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas conexões ou inter-relações (ligamento sacroilíaco); 
a sua relação com o esqueleto (artéria radial); sua função (m. levantador da escápula); critério misto (m. flexor 
superficial dos dedos – função e situação). 
 
 
 
 
 
 
Página | 9 
 
 
 
Cavidades Corpóreas 
 
São espaços em potencial, que armazenam diversos órgãos, em cavidades divergentes, que em 
contrapartida,podem atuar em conjunto. 
 
 
Posição Anatômica 
 
É a posição padrão do corpo humana para a anatomia, para evitar diferentes descrições. 
“Indivíduo em posição ortostática e ereta, com a face voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros 
superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com 
as pontas dos pés dirigidas para frente.” 
 
 
Termos de Direção e Posição 
 
 Anterior – A frente do corpo 
 Posterior – Atrás do corpo, região do dorso 
o Superior – Acima em relação à outra estrutura 
o Inferior – Abaixo em relação à outra estrutura 
 Medial – Relativo ao meio ou centro, mais próximo do plano mediano do que outra 
 Lateral – Relativo ao lado de fora, mais distante do plano mediano 
o Proximal – Mais próximo ao centro do corpo 
o Distal – Mais distante do centro do corpo 
 Superficial – Região mais superficial do que outra estrutura 
 Profundo – Região mais profunda do que outra estrutura 
 
 (AP) Antero-Posterior – Visão da face anterior em direção a posterior. 
 (PA) Póstero-Anterior – Visão da face posterior em direção a anterior. 
 (PERFIL) Látero-lateral – Visão da face lateral do corpo em direção ao outro lado. 
Página | 10 
 
 
 
Decúbitos 
 
 Decúbito Ventral – O corpo deitado com a face anterior do corpo, com o ventre. 
 
 
 Decúbito Dorsal – O corpo deitado com a face dorsal do corpo, com as costas. 
 
 
 Decúbito Lateral – O corpo deitado de lado. 
 
 
 Posição de Trendelemburg – O corpo esta deitado com a face voltada para cima, com a cabeça sobre a maca 
inclinada para baixo cerca de 40º. 
 
 
 
Planos do Corpo 
 
 Os planos de referência derivam das dimensões do espaço e se encontram formando ângulos retos entre si; 
são usados para descrever as disposições estruturais. 
Há três planos específicos: 
 
 Plano Sagital – divide o segmento corporal em duas metades: direita e esquerda. 
 Plano Frontal – divide o segmento corporal verticalmente em duas metades: anterior e posterior. 
 Plano Transverso – divide o segmento corporal em duas metades: superior e inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 11 
 
 
 
Eixos Principais 
 
 Os eixos são linhas reais ou imaginárias, ao redor das quais se efetua o movimento. Todo eixo é 
perpendicular ao plano. Existem três eixos básicos de referência para a descrição do movimento: 
 
 Eixo Látero-lateral – linha imaginária em torno da qual ocorre rotação no plano sagital. 
 Eixo Antero-posterior – linha imaginária em torno da qual ocorre a rotação no plano frontal. 
 Eixo Longitudinal – linha imaginária em torno da qual ocorre a rotação do plano transverso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 12 
 
 
 
 
SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
 
 
O sistema esquelético consiste em um conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos, que se interligam para 
formar o arcabouço do corpo. O esqueleto confere ao corpo humano várias funções das quais podemos destacar: 
 
 Fixação e alavanca para a musculatura esquelética, (o que confere a rigidez que serve de suporte ao corpo); 
 Alojamento e proteção aos órgãos, (a caixa craniana aloja e protege o encéfalo, a caixa torácica protege 
coração e pulmões); 
 Sustentação de partes moles com a inserção dos músculos; 
 Locomoção, constituindo-se em seu elemento passivo; 
 Hematopoiese, (o tecido esponjoso de alguns ossos com medula vermelha produz células sanguíneas); 
 Armazenamento de sais minerais, principalmente cálcio, fósforo, sódio e magnésio, (podendo chegar a 60% do 
peso ósseo, com o cálcio correspondendo a 97%). 
 
Numeração 
 
No adulto existem 206 ossos. Este número varia de acordo com a idade (do nascimento a senilidade – há 
uma redução do número de ossos), fatores individuais e critérios de contagem. 
 
Cabeça = 22 ossos Pescoço = 08 ossos 
 Crânio = 08 Ossículos do Ouvido = 03 ossos 
 Face = 14 
 
 Tórax = 37 ossos Abdômen = 07 ossos 
 24 costelas 05 vértebras lombares 
 12 vértebras 01 sacro = 05 ossos 
 01 esterno 01 cóccix = 04 ossos 
 
Membro Superior = 32 ossos Membro Inferior = 31 ossos 
Cintura Escapular = 02 Cintura Pélvica = 01 
Braço = 01 Coxa = 01 
Antebraço = 02 Joelho = 01 
Mão = 27 Perna = 02 
Pé = 26 
 
Classificação Óssea 
 
O sistema esquelético pode ser dividido em duas grandes porções, composta pelos ossos da cabeça, 
pescoço e tronco (Esqueleto Axial); outra formada pelos membros (Esqueleto Apendicular). 
Há varias maneiras de classificar os ossos. Uma delas é classificá-los por sua posição topográfica, 
reconhecendo-se os ossos axiais (que pertencem ao esqueleto axial), e apendiculares (que pertencem ao esqueleto 
apendicular). 
 
 
Página | 13 
 
 
 
Entretanto, a classificação mais difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos, 
classificando-os segundo a relação entre suas dimensões lineares (comprimento, largura e espessura), em ossos 
longos, curtos, planos (laminares) e irregulares. 
 
 Osso Longo – seu comprimento é maior que a largura e a espessura (ex.: fêmur, úmero, rádio, ulna, tíbia, 
fíbula); 
 Osso Plano – seu comprimento e sua largura são equivalentes, predominando sobre a espessura (ex.: frontal, 
parietal); 
 Osso Curto – apresentam equivalência das três dimensões, (ex.: carpo e tarso); 
 Osso Irregular – apresentam uma morfologia complexa não encontrando correspondência em formas 
geométricas conhecidas, (ex.: as vértebras); 
 Osso Pneumático – apresentam uma ou mais cavidades, de volume variável, revestidas de mucosa e 
contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinus ou seio, (ex.: frontal, maxila, temporal); 
 Osso Sesamóide – se desenvolvem na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolvem 
certas articulações, (ex.: patela). 
 
Composição do Tecido Ósseo 
 
O tecido ósseo é um tipo de especializado de tecido conjuntivo formado por células e material extracelular 
calcificado, a matriz óssea. As células são: 
 
 Osteócitos: se situam em cavidades no interior da matriz; 
 Osteoblastos: produtores da parte orgânica da matriz; 
 Osteoclastos: reabsorvem o tecido ósseo, participando do processo de remodelação óssea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 14 
 
 
 
Estrutura Óssea 
 
 Osso compacto (cortical): formado por partes sem cavidades visíveis; 
 Osso esponjoso: formado por partes com muitas cavidades intercomunicantes; 
 Medula óssea: localizada na cavidade do osso esponjoso, em toda diáfise óssea; 
o Vermelha: geralmente na infância devido ao alto teor de hemácias, e é ativa a produção de células do 
sangue. 
o Amarela: pouco a pouco com a idade, vai sendo infiltrada, por todo tecido adiposo, com diminuição da 
atividade hematógena. 
 Endósteo e Periósteo: formados por tecido conjuntivo, recobrem a parte interna e externa do osso com a 
função de nutrição e o fornecimento de novos osteoblastos para o crescimento e a recuperação óssea. 
 Diáfise: É a haste longa do osso, constituída principalmente por tecido ósseo compacto, proporcionado 
considerável resistência ao osso longo. 
 Metáfise: Parte dilatada da diáfise, contudo, mais próxima da epífise distal. 
 Epífise: As extremidades alargadas de um osso longo. Essa parte o une ou articula, a outro em uma 
articulação. Cada uma consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 15Acidentes Ósseos 
 
Na superfície dos ossos encontramos alterações, que são saliências, depressões ou orifícios que podem ser 
descritos como: 
 
 Fossa: Depressão Maior 
 Fóvea ou Fosseta: Depressão Menor 
 Incisura: Depressão Entalhada 
 Sulco: Depressão Alongada 
 Forame: Orifício ou Abertura 
 Espinha: Elevação longa e pontiaguda 
 Processo: Elevação Maior 
 Crista: Elevação Alongada mais desenvolvida 
 Linha: Elevação Alongada pouco desenvolvida 
 Tuberosidade: Proeminência localizada e arredondada 
 Corno: Processo em forma de gancho 
 
 
 
 
Página | 16 
 
 
 
NOMENCLATURA ÓSSEA – ESQUELETO AXIAL 
 
Crânio e Face 
 
 O crânio é o esqueleto da cabeça e da face. Sua função básica é proteger o cérebro e os órgãos sensitivos 
especiais tais como olhos e partes do sistema respiratório e digestório. Ele também fornece fixação para muitos 
músculos do pescoço e da cabeça. 
 Apesar de ainda ser frequentemente pensado como um único osso, o crânio é formado por 22 ossos 
articulados. Por conveniência ele é dividido em duas sessões principais: o crânio e a mandíbula. A base para isso 
esta no fato de que, enquanto a maioria dos ossos do crânio é articulada por juntas relativamente fixas, a mandíbula 
é facilmente desconectada. 
 O crânio é também subdividido em pequenas regiões, incluindo: 
 Abóboda craniana (porção superior do crânio); 
 Base do crânio; 
 Esqueleto facial; 
 Maxilar; 
 Cavidade acústica (orelha); 
 Cavidades craniais (inferior do crânio, que aloja o cérebro). 
 
Uma visão lateral ou de perfil do crânio claramente revela a complexidade de sua estrutura, composta por 
diversos ossos e articulações entre eles. Alguns ossos desenvolvem-se em duas metades diferentes e depois se 
fundem na linha central, nomeadamente o osso frontal e a mandíbula. 
Os ossos do crânio constantemente sofrem um processo de remodelação: osso novo se desenvolve sobre a 
face externa do crânio, enquanto o excesso interno é reabsorvido pela corrente sanguínea. Este dinâmico processo 
é facilitado pela presença de inúmeras células e por um bom suprimento sanguíneo. 
 
 
 
 
Página | 17 
 
 
 
 
 
 
Crânio Infantil 
 
 
 
Página | 18 
 
 
 
Mandíbula 
 
 
 
Tórax 
 
 A caixa torácica é apoiada no dorso por doze vértebras torácicas da coluna vertebral e é formada pelos 
doze pares de costelas, pelas cartilagens costais e pelo osso esterno, na frente. 
 Ela protege os órgãos vitais do tórax e também providencia locais para a inserção de músculos no dorso, do 
peito e dos ombros. Ela também se movimenta durante a respiração. 
 
 
 
Página | 19 
 
 
 
Costelas 
 
 Cada um dos doze pares de costelas articula-se posteriormente à vértebra torácica numericamente 
correspondente. As costelas curvam-se para baixo e ao redor do peito em direção à superfície frontal do corpo. Os 
doze pares de costela podem ser divididos em três grupos de acordo com a sua articulação anterior: 
 Costelas verdadeiras (costoesternais): os primeiros sete pares de costelas estão articulados anterior e 
diretamente ao esterno por uma cartilagem individual. 
 Costelas falsas (costocondrais): estas não se articulam diretamente ao esterno por uma cartilagem individual. 
Do oitavo ao décimo par, articulam-se indiretamente ao esterno via fusão de cartilagem costal. 
 Costelas flutuantes: do décimo primeiro ao décimo segundo par não ligação com osso ou cartilagem. Sua 
parte anterior esta inserida na musculatura da parte lateral do abdome. 
 
 
 
 
 
 
Esterno 
 
 O esterno é um osso longo e plano, localizado verticalmente no centro da parede anterior do tórax em uma 
região conhecida como mediastino. Uma de suas principais funções é além de compor todo o gradil costal, realiza a 
proteção de órgãos do tórax como pulmão e coração. Consiste em três partes: 
 Manúbrio: forma a parte superior do esterno, é áspero e seu corpo tem uma forma triangular com uma 
proeminência, facilmente palpável, no centro da margem superior, a incisura jugular. 
 Corpo: o manúbrio e o corpo do esterno estão em planos ligeiramente diferentes, num ângulo que permite que 
sua articulação projete-se para frente, formando o ângulo esternal (de Louis). O corpo do esterno é mais longo 
que o manúbrio e forma a grande extensão do osso do tórax. 
 Processo Xifoide: este é um pequeno osso agudo que se projeta para baixo levemente para trás da parte 
inferior do corpo do esterno. Em jovens ele pode ser cartilaginoso, mas usualmente torna-se completamente 
ossificado entre a quarta ou a quinta década de vida. 
 
 
 
 
 
 
Página | 20 
 
 
 
 
 
 
Coluna Vertebral 
 
A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio até a pelve. Ela é 
responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, 
chamados vértebras, as quais estão sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo coluna vertebral. A coluna 
vertebral é constituída por 24 vértebras, o sacro e o cóccix. Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); 
inferiormente, articula-se com o osso do quadril (Ilíaco). 
 
A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar, Sacro e Cóccix. São 7 
vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas. 
 
Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas. São elas: cervical 
(convexa ventralmente - Lordose), torácica (côncava ventralmente - Cifose), lombar (convexa ventralmente -
Lordose) e sacro e cóccix (côncava ventralmente - Cifose). Quando uma destas curvaturas está aumentada, 
chamamos de Hipercifose (Região dorsal e pélvica) ou Hiperlordose (Região cervical e lombar). 
Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura. Quando ocorre alguma 
curvatura neste plano chamamos de Escoliose. 
 
Dente diversas funções da coluna vertebral podemos destacar: 
 Protege a medula espinhal e os nervos espinhais; 
 Suporta o peso do corpo; 
 Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça; 
 Exerce um papel importante na postura e locomoção; 
 Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso; 
 Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e para os lados e ainda girar 
sobre seu eixo maior. 
 
 
 
Página | 21 
 
 
 
O canal vertebral segue as diferentes curvas da coluna vertebral. É grande e triangular nas regiões onde a 
coluna possui maior mobilidade (cervical e lombar) e é pequeno e redondo na região que não possui muita 
mobilidade (torácica). 
 
Disco Intervertebral 
 
Entre os corpos de duas vértebras adjacentes desde a segunda vértebra cervical até o sacro, existem 
discos intervertebrais. 
Constituído por um disco fibroso periférico composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado anel fibroso; e 
uma substância interna, elástica e macia, chamada núcleo pulposo. Os discos formam fortes articulações, permitem 
vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os impactos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 22 
 
 
 
Vértebras Cervicais 
 
 Há sete vértebras cervicais que, unidas, constituem o esqueleto do pescoço. Estas vértebras protegem a 
medula espinhal, suportam o crânio e permitem uma série de movimentos. 
 No conjunto de vértebras cervicais, as cinco inferiores são similares, embora a sétima tenha alguma 
característica distinta. A primeira vértebra cervical (Atlas) e a segunda vértebra cervical (Axis)apresentam 
especializações relativas à articulação da coluna vertebral com o crânio. 
 Da terceira a sexta, as vértebras cervicais apresentam dois componentes principais: anteriormente, o corpo 
e, posteriormente, o arco vertebral. Entre o corpo e o arco esta o forame vertebral, que, como parte da coluna 
vertebral, forma o canal vertebral. O corpo é pequeno comparado a vértebras de outras regiões da coluna vertebral 
e é quase cilíndrico. 
 A primeira vértebra cervical é a Atlas, uma vértebra que se articula com o crânio. Diferente das outras 
vértebras, a Atlas não tem um corpo, esta sendo incorporado na segunda vértebra cervical como dente. Ela também 
não tem processo espinhoso. Em vez disso a Atlas assume a forma de um fino anel ósseo com o arco anterior e 
posterior, na superfície do qual aparecem sulcos por onde as artérias vertebrais passam antes de entrar no crânio. 
 A segunda vértebra cervical, a Áxis, pode ser diferenciada das outras vértebras cervicais pela presença de 
um dente. Este articula-se com a faceta na parte de baixo da superfície do arco anterior da vértebra atlas. A rotação 
da cabeça ocorre nesta articulação. O corpo da áxis parece com os das outras vértebras cervicais. 
 Esta vértebra tem o mais longo processo espinhal quando comparado às outras vértebras cervicais, e pode 
ser prontamente palpada, sendo, por isso, denominada de vértebra proeminente. Os processos transversos também 
são mais largos comprados aos das outras vértebras cervicais, bem como o forame transverso, por onde passa a 
veria vertebral acessória. 
 
 
 
 
 
 
Página | 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vértebras Torácicas ou Dorsais 
 
As doze vértebras torácicas são ossos da coluna espinhal, aos quais as costelas estão articuladas. As 
vértebras torácicas localizam-se entre as cervicais e as lombares. 
 
 Cada vértebra torácica tem dois componentes, um corpo cilíndrico na frente e um arco vertebral atrás. O 
corpo e o arco formam o forame vertebral, que é arredondado. Quando todas as vértebras se articulam juntas, o 
espaço estabelecido pelos forames conectados forma o canal vertebral. Este aloja a medula espinhal, que é 
protegida por três meninges. 
 
 A parte do arco vertebral que se liga ao corpo de cada lado é chamada de pedículo vertebral, e o arco se 
completo por trás por duas lâminas unidas na linha média, que formam o processo espinhoso. Este processo se 
projeta de modo descendente, sendo o oitavo o mais longo e o mais vertical. Na junção dos pedículos e lâminas, 
fica o processo transverso, o qual diminui de tamanho de cima para baixo. 
 
 
 
Página | 24 
 
 
 
 
 
 
Vértebras Lombares 
 
 A parte frontal das vértebras lombares forma uma curvatura convexa quando vista de perfil, conhecida como 
lordose lombar. Esta aumenta a força e ajuda a absorver os impactos. As cinco vértebras lombares estão sujeitas a 
forças de compressão vertical maiores do que o resto da coluna vertebral. Por essa razão, são vértebras largas e 
fortes. 
 As vértebras lombares são as maiores e mais fortes da coluna vertebral. Sua posição inferior é estratégica, 
pois seu corpo suporta mais peso. O arranjo da parte lombar da coluna vertebral é desenhado para promover a 
máxima flexibilidade (permitindo-nos tocar os dedos dos pés) e alguma flexão lateral (permitindo-nos alcançar as 
laterais), mais uma pequena rotação (pois isso ocorre em nível torácico). 
 Como a vértebra cervical e a torácica, cada vértebra lombar tem o mesmo plano básico, que consiste em 
um corpo cilíndrico anterior e um arco vertebral atrás, o qual envolve um espaço chamado de forame vertebral. 
Cada arco vertebral compreende um número de processos. Há dois processos transversos projetando-se 
lateralmente, um processo espinhoso, posicionado centralmente, dois pares de fóveas articulares, um abaixo e um 
acima. 
 Os processos transversos e os processos espinhosos são mais curtos e espessos quando comparados aos 
das outras vértebras e estão bem adaptados para a fixação de grandes músculos e fortes ligamentos. 
 
 
Página | 25 
 
 
 
Vértebras Sacrais e Coccígeas 
 
Na coluna vertebral encontramos também o sacro (cerca de quatro ou cinco vértebras fundidas - não 
móveis) e inferiormente ao mesmo, localiza-se o cóccix (fusão de 4 vértebras - não móveis). 
 
O sacro tem a forma de uma pirâmide quadrangular com a base voltada para cima e o ápice para baixo. 
Articula-se superiormente com a 5ª vértebra lombar e inferiormente com o cóccix. Ela é a fusão de cinco vértebras e 
apresenta 4 faces: duas laterais, uma anterior e uma posterior. 
O principal acidente das faces laterais são as faces auriculares que servem de ponto de articulação com o 
osso do quadril (Ilíaco). 
 
Já o cóccix é a fusão de 3 a 5 vértebras, apresentando a base voltada para cima e o ápice para baixo, onde 
o mesmo não contém expressivas funções fisiológicas corpóreas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 26 
 
 
 
NOMENCLATURA ÓSSEA – ESQUELETO APENDICULAR SUPERIOR 
 
Uma importante diferença do esqueleto axial e do apendicular, é que os ossos do esqueleto axial são 
predominantemente planos e irregulares, e isso auxilia para a sua função de estabilidade e proteção. Já os ossos 
do esqueleto apendicular são predominantemente longos, e isso é coerente com sua principal função de 
movimentos de grandes amplitudes. 
Essa região refere-se à junção entre os membros superiores e o tronco, ou esqueleto apendicular e axial. 
Constituído pela escápula e pela clavícula, a primeira encontra-se a parte dorsal do tórax, envolta por musculatura 
que impede o contato direto com o gradil costal, enquanto que a clavícula se encontra na parte ventral do tórax, 
superior ao gradil costal. 
 
 
Clavícula 
 
Osso longo, que se estende da borda superior do manúbrio esternal ao acrômio da escápula, ligando dessa 
forma o tronco ao membro superior indiretamente através da escápula. Seus dois terços mediais são convexos 
anteriormente; seu terço lateral é côncavo; sua extremidade acromial é achatada; sua extremidade esternal é 
levemente arredondada; possui uma face rugosa voltada inferiormente e sua face lisa esta voltada superiormente. 
Seus principais acidentes ósseos são a extremidade esternal, Extremidade acromial e o Corpo da clavícula. 
 
 
 
 
 
Página | 27 
 
 
 
Escápula 
 
Ligada ao osso esterno pela clavícula, articula-se com o úmero pela cavidade glenóide e está situada na 
parede póstero-superior do tórax. Para observar sua posição anatômica, observe que sua face côncava (fossa 
subescapular), é anterior; sua espinha é posterior; o acrômio e a cavidade glenóide são laterais. Possui ainda 
bordas superior, medial e lateral e ângulos superior, inferior, lateral e acromial. 
 
 
 
 
Úmero 
 
O úmero, um típico osso longo, encontra-se no membro superior. Ele tem um longo corpo com 
extremidades expandidas que se articulam com a escápula, na articulação do ombro, e com o rádio e a ulna no 
cotovelo. 
 No topo do úmero (extremidade proximal) fica a lisa e hemisférica cabeça que se encaixa na cavidade 
glenoide da escápula, na articulação do ombro. Atrás da cabeça há uma rasa constrição conhecida como colo 
anatômico do úmero, que separa a cabeça de duas proeminências ósseas, o tubérculo maior e menor. Estes são 
locais de inserção muscular. Na extremidade superior do corpo, fica o ligeiramente estreito colo cirúrgico, local 
comum de fraturas. Relativamente liso, em cerca da metade do caminho do corpo do úmero para baixo na lateral há 
uma dilatação, a tuberosidade deltoide, ponto de inserção para o músculo deltoideo.Proeminências em cada lado 
da parte inferior seguem ate a extremidade nos epicôndilos medial e lateral. Há duas partes principais na superfície 
articular: a tróclea, que se articula com a ulna e o capitulo que se articula com o rádio. 
 Consiste de uma diáfise ou corpo, com epífises em cada extremidade. A diáfise é uma estrutura tubular com 
parede espessa e densa envolvendo a medula óssea, já as epífises são a cabeça e a região do côndilo 
inferiormente. Essas extremidades são compostas de uma camada fina de osso compacto cobrindo o osso 
esponjoso, o qual constitui a maior parte de seu volume. 
 A superfície do úmero é revestida por uma espessa membrana, o periósteo. Suas superfícies articulares são 
as únicas partes do osso não cobertas pelo periósteo e sim revestidas por resistentes cartilagens articulares do tipo 
hialina, que é lisa e permite que o osso deslize sobre o outro. 
 
 
 
Página | 28 
 
 
 
 
 
Ulna e Rádio 
 
 A ulna e o rádio são dois ossos longos paralelos do antebraço, posicionados entre o cotovelo e o carpo. A 
ulna localiza-se no mesmo lado do dedo mínimo (medial), enquanto o rádio localiza-se no mesmo lado do polegar 
(lateralmente). A articulação rádio-ulnar permite que a ulna e o rádio rodem em torno um do outro, no movimento 
peculiar do antebraço chamado de pronação e supinação. 
 
 
Ulna 
 
 A ulna é maior que o rádio e é o principal osso estabilizador do antebraço. Ela tem um longo corpo com 
duas extremidades expandidas. 
 A extremidade superior tem duas projeções, o olecrano e o processo coronóide, que estão separados pela 
incisura troclear, que se articula com a tróclea do úmero. 
 Na margem lateral do processo coronóide há um pequeno e arredondado recesso, a incisura radial, a qual é 
o local da articulação da extremidade superior da ulna com a cabeça do seu osso vizinho, o rádio. A cabeça da ulna 
é separada da articulação do carpo por um disco articular e não tem função nesta articulação. 
 
Página | 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rádio 
 
 Como a ulna, o rádio tem um longo corpo com extremidade superior e inferior expandidas. Enquanto a ulna 
é osso do antebraço, o qual contribui para o cotovelo, o rádio tem papel fundamental na articulação do carpo. 
 
Sua cabeça em forma de disco tem uma concavidade superior, onde se articula com o capitulo umeral, na 
articulação do cotovelo. A cartilagem que recobre esta concavidade continua para baixo sobre a cabeça, 
especialmente no lado da ulna, para permitir o deslizamento da articulação da cabeça do rádio com a incisura radial 
da ulna. 
 
 O corpo do rádio torna-se progressivamente mais espesso conforme se aproxima do carpo. Ele também tem 
uma borda aguda para fixação da membrana interóssea. Do lado medial, próximo da ulna, há uma concavidade que 
é o local da articulação com a cabeça ulnar. Estendendo-se do lado oposto fica o processo estiloide do rádio, um 
cone sem ponta que se projeta um pouco mais abaixo do que o processo estiloide ulnar. Na parte superior da 
extremidade radial, facilmente sentido na parte de trás do carpo dica o tubérculo dorsal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 30 
 
 
 
 
 
 
 
Ossos da Mão 
 
 O esqueleto da mão é formado por oito ossos carpais, cinco ossos metacarpais que suportam a palma da 
mão e 14 falanges, os ossos dos dedos. 
 
 
Carpos 
 
A região denominada carpo é composta por oito ossos dispostos em duas fileiras. 
Primeira fileira ou fileira proximal (de lateral para medial) – Escafóide; apresenta anteriormente um tubérculo 
e posteriormente um sulco. Semilunar; recebe esse nome por ter a forma de uma meia lua. Piramidal; tem a forma 
de uma pirâmide. Pisiforme; é o menor dos ossos do carpo, localiza-se se na face anterior do piramidal, em alguns 
casos esta aderida. A fileira proximal articula-se com o rádio (exceto pisiforme). 
Segunda fileira ou fileira distal (de lateral para medial) – Trapézio; recebe este nome pelo formato de um 
trapézio, possui uma protuberância em formato de sela, que se articula com a base do primeiro metacarpo. 
Trapezóide; formato de um trapézio, porém menor, mais largo dorsal do que ventralmente. Capitato; é o maior dos 
ossos do carpo. Hamato; facilmente reconhecido pelo seu gancho. Além da articulação entre si, a segunda fileira 
articula – se proximalmente com os ossos da primeira fileira e distalmente com os ossos do metacarpo. 
 
 
Página | 31 
 
 
Metacarpos 
 
Cinco ossos finos que irradiam do carpo em direção aos dedos, formando o suporte da palma da mão. Eles 
estão numerados de 1 a 5, iniciando pelo polegar. Cada um dos metacarpos tem um corpo e duas extremidades 
ligeiramente arredondadas. A extremidade proximal ou base articula-se com um dos ossos do carpo. Extremidade 
distal ou cabeça articula-se com a primeira falange do dedo correspondente. Na posição de punho cerrado, as 
cabeças dos metacarpos são as juntas. 
 O primeiro metacarpo, na base do polegar, é o mais curto e espesso dos cinco ossos e é levemente virado 
para fora. Ele é extremamente móvel, permitindo amplitude de movimentos do polegar, incluindo a ação de 
oposição, por meio da qual o polegar pode tocar o topo de cada um dos dedos. 
 
Falanges 
 
Com exceção do polegar, cada um dos dedos é formado por três falanges, que se articulam entre si e com 
os ossos metacarpais. 
 
 Falange Proximal: estes ossos ficam próximo do carpo e articulam-se com o metacarpo, na articulação 
metacarpofalangiana; 
 Falange Média: estes ossos articulam-se com as falanges proximal e distal nas articulações interfalangianas; 
 Falange Distal: estes ossos estão nas pontas dos dedos; cada osso é achatado onde fica a unha na 
extremidade. 
 
Obs.: O polegar não tem a falange média, consiste apenas de ossos distal e proximal. 
 
 
 
Página | 32 
 
 
 
NOMENCLATURA ÓSSEA – ESQUELETO APENADICULAR INFERIOR 
 
Da mesma forma que a cintura escapular é a junção entre membros superiores e tronco, a cintura pélvica é 
a junção entre membros inferiores e tronco. Quando neném, esses ossos ficam ligados entre si apenas por uma 
cartilagem na área do acetábulo, e se fundem apenas ao redor dos 16 anos em um único osso. Os membros 
inferiores são compostos pelo fêmur, tíbia, fíbula e ossos do pé. 
Outra forma de organizarmos o esqueleto apendicular inferior é por segmentos. Dessa forma, teríamos o 
primeiro segmento (cintura pélvica), segundo segmento (coxa), terceiro segmento (perna) e quarto segmento (pé). 
Em relação à função dos membros inferiores, é claro que a locomoção é a primeira grande importância deles que 
vem a nossa mente, mas, não se pode esquecer que os ossos dos membros inferiores são muito importantes na 
hematopoiese, principalmente nas crianças. 
 
 
A pelve é a junção do osso do quadril direito com o osso do quadril esquerdo, articulados anteriormente com 
o púbis e posteriormente com o sacro. O sacro participa da pelve, porém ele é um osso do esqueleto axial, 
pertencente à coluna vertebral. 
Pode-se dizer que a pelve esta dividida em duas partes por um plano imaginário que passa pelo 
promontório e pela sínfise púbica: 
 Acima do promontório surge a falsa pelve, que sustenta o conteúdo abdominal inferior. 
 Abaixo deste plano localiza-se a verdadeira pelve; no sexo feminino, ela forma o canal restrito para o parto, por 
onde passa o bebê durante o nascimento. 
 
 
Página | 33 
 
 
A pelve masculina difere da feminina, sendo mais pesada e com ossos mais espessos. Além disso, o arco 
púbico é mais estreito e a sínfise púbica é mais profunda em homens. 
 
 Pelve Masculina Pelve Feminina 
 
 
 
Quandofalamos em osso do quadril nos referimos ao osso Ilíaco, que se subdivide em mais três ossos 
distintos: ao ílio, ísquio e ao púbis. 
 
 
 
Página | 34 
 
 
 
 
 
 
Página | 35 
 
 
 
Fêmur 
 
O fêmur é o mais longo e pesado osso do corpo. Medindo aproximadamente 45 cm de comprimento no 
homem adulto, constitui cerca de um quarto da altura total de uma pessoa. 
O fêmur tem um corpo longo e espesso com expansões nas suas extremidades. A extremidade proximal 
articula-se com a pelve para formar a articulação do quadril, enquanto a extremidade distal se articula com a tíbia e 
a patela para formar a articulação do joelho. 
 
Patela 
 
A patela é um osso tipo sesamoide, grosso, que se articula com o fêmur e cobre e protege a superfície 
articular anterior da articulação do joelho. Seu centro de ossificação é desenvolvido em um tendão. Possui um 
formato triangular e fica localizado na frente do joelho, protegendo a articulação. 
A patela está ossificada a partir de um único centro, que geralmente faz a sua aparição no segundo ou 
terceiro ano, mas pode ser adiado até o sexto ano. A mesma parece estar de cabeça para baixo porque seu ápice 
pontiagudo está localizado na borda inferior e sua base é a borda superior. A superfície anterior ou externa é 
côncava e áspera, e a superfície posterior interna é lisa e ovulada, pois se articula com o fêmur. 
Tem como funções a melhora do movimento de flex-extensão (polia) e proteção às estruturas internas. 
 
 
Página | 36 
 
 
 
 
 
Tíbia 
 
 A tíbia e a fíbula juntas formam o esqueleto da perna. A tíbia é mais larga e forte do que a fíbula, pois ela 
suporta o peso do corpo. 
 
Perdendo apenas para o fêmur em tamanho, a tíbia tem um formato de um típico osso longo, com um corpo 
alongado e duas extremidades expandidas. A tíbia esta posicionada ao lado da fíbula, na parte interna, e articula-se 
com estas nas suas extremidades superior e inferior. 
 
A extremidade proximal da tíbia é expandida para formar o côndilo tibial lateral e o côndilo tibial medial, 
articulando-se com os côndilos do fêmur na articulação do joelho. 
 
A extremidade distal da tíbia é menos pronunciada do que a superior. Ela articula-se com os ossos tálus 
(osso do tornozelo) e com a extremidade distal da fíbula. 
 
 
Fíbula 
 
 A fíbula é um osso longo e fino que não tem a mesma força da tíbia. Ela localiza-se lateralmente junto à 
tíbia e articula-se com esta. 
 
A fíbula não participa da articulação do joelho, mas é um importante suporte para o tornozelo. 
 
O corpo da fíbula é estreito e possui sulcos associados à sua importante função como local para inserção 
muscular da perna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 37 
 
 
(Imagem Tíbia) 
 
 
 
(Imagem Fíbula) 
 
Página | 38 
 
 
 
 
Ossos do Pé 
 
 O pé humano tem 26 ossos no total: sete grandes ossos tarsais irregulares, cinco ossos metatarsais 
seguindo o comprimento do pé e quatorze falanges formando o esqueleto do pé. 
 
 
 
Tarsais 
 
 Os ossos tarsais do pé são equivalentes aos ossos carpais do carpo, mas há sete ossos tarsais e oito ossos 
carpais no carpo. Os ossos tarsais diferem um pouco dos ossos do carpo na organização, refletindo as diferentes 
funções da mão e do pé. 
 Os ossos tarsais consistem de: 
 Talus; articula-se com a tíbia e a fíbula na articulação do tornozelo. Ele suporta todo o peso do corpo 
transferido pela tíbia. Seu formato é tal que ele pode então distribuir este peso ao longo do pé, do calcanhar aos 
dedos do pé. 
 Calcâneo; maior osso do pé e pode ser facilmente sentido abaixo da pele como a proeminência do calcanhar. 
Ele precisa ser grande e forte, pois tem a importância de transmitir o peso do corpo do tálus para o chão. 
 Navicular; um osso relativamente pequeno, nomeado pela aparência de um barco. Ele tem uma projeção, a 
tuberosidade do osso navicular, que, se muito grande, pode causar dor pelo atrito com o sapato. 
 Cubóide; tem uma forma aproximada de um cubo. Localizado na margem lateral do pé, ele tem uma incisura 
na sua face inferior para permitir a passagem do tendão muscular. 
 Três ossos Cuneiformes; são nomeados de acordo com a sua posição, medial, intermédio e lateral. O medial 
é o maior desses três ossos em forma de cunha. 
 
 
 
Metatarsais 
 
É constituído por 5 ossos metatarsianos que são numerados no sentido medial para lateral em I, II, III, IV e 
V e correspondem aos dedos do pé, sendo o primeiro denominado hálux e o quinto o mínimo. Considerados ossos 
longos. Apresentam uma epífise proximal que é a base e uma epífise distal que é a cabeça. 
 
 
 Falanges 
 
As falanges do pé são ossos largos, em número de três para cada dedo, exceto o hálux, que tem 
apenas dois, denominados falange proximal, falange média e falange distal, respectivamente; contam de 
um corpo e dos extremos. 
 
 
 
 
 
Página | 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ossos Tarsais 
 
 
1- Tálus 
2- Calcâneo 
3- Navicular Falanges 
4- Cubóide 
5- Cuneiforme Medial P – Falanges Proximais 
6- Cuneiforme Intermédio M – Falanges Mediais 
7- Cuneiforme Lateral D – Falanges Distais 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 40 
 
 
 
 
SISTEMA ARTICULAR 
 
 
 
O Sistema Articular é a parte da anatomia que estuda as articulações. Uma articulação é um ponto de união 
entre um ou mais ossos ou entre ossos e cartilagens independente do grau de movimentação nela existentes. Tem 
como função básica: 
 
 Possibilita o movimento; 
 Degrada a força; 
 Possibilita resgatar o equilíbrio e 
 Flexibilidade 
 
Características morfofuncionais entre as uniões ósseas variam, determinando diferenças quanto aos 
movimentos. É importante compreender que nem todas as articulações realizam movimento. Na verdade, os dois 
primeiros tipos de articulação a serem descritas são imóveis ou são articulações de movimentos ligeiros unidas por 
várias faixas fibrosas ou por cartilagens. Essas articulações são mais adaptadas ao crescimento ao invés do 
movimento. O terceiro grupo de articulações inclui a maioria das articulações do organismo, que são adaptadas 
para o movimento. 
 
Funcionalmente, podemos classificar as articulações em: 
 
 Sinartrose: articulações imóveis (vértebras sacrais, crânio); 
 Anfiartrose: articulações semi-móveis (púbis, coluna); 
 Diartrose: articulações de grande movimento. 
 
De acordo com o tipo de tecido entre as peças, as articulações podem ser classificadas em 3 grandes 
grupos: 
 
 Fibrosas (Sinartrose) 
 Cartilaginosas (Anfiartrose) 
 Sinoviais (Diartrose) 
 
Fibrosas 
 
As articulações fibrosas incluem todas as articulações onde as superfícies dos ossos estão quase em 
contato direto, como nas articulações entre os ossos do crânio (exceto a ATM). Há três tipos principais de 
articulações fibrosas: 
 
Suturas 
 
Nas suturas as extremidades dos ossos têm interdigitações ou sulcos, que os mantêm íntima e firmemente 
unidos. Consequentemente, as fibras de conexão são muito curtas preenchendo uma pequena fenda entre os 
ossos. Este tipo de articulação é encontrado somente entre os ossos planos do crânio. Subdividem-se ainda em 
planas, serreadas e escamosas. 
Página | 41 
 
 
 
Sindesmoses 
 
Nestas suturas o tecido interposto é também o conjuntivo fibroso, mas não ocorre nos ossos do crânio. Na 
verdade, a Nomenclatura Anatômica só registra dois exemplos: sindesmose tíbio-fibular e sindesmose radio-ulnar. 
Os ossos são unidos por meio de tecido fibroso formandoum ligamento que permite ou não mais movimentação. 
 
 
Gonfoses 
 
Também chamada de articulação em cavilha, é uma articulação fibrosa especializada à fixação dos dentes 
nas cavidades alveolares na mandíbula e maxilas. O colágeno do periodonto une o cemento dentário com o osso 
alveolar. 
 
 
 
Página | 42 
 
 
 
Cartilaginosas 
 
Nas articulações cartilaginosas, os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de pequenos movimentos 
serem possíveis nestas articulações, elas também são chamadas de anfiartroses. Existem dois tipos de articulações 
cartilagíneas: 
 
Sincondroses 
 
Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por uma cartilagem hialina. Muitas 
sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo 
(isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As articulações entre as dez primeiras costelas e as 
cartilagens costais são sincondroses permanentes. 
 
 
Sínfises 
 
As superfícies articulares dos ossos unidos por sínfises estão cobertas por uma camada de cartilagem 
hialina. Entre os ossos da articulação, há um disco fibrocartilaginoso, sendo essa a característica distintiva da 
sínfise. Esses discos por serem compressíveis permitem que a sínfise absorva impactos. A articulação entre os 
ossos púbicos e a articulação entre os corpos vertebrais são exemplos de sínfises. 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 43 
 
 
 
Sinoviais 
 
As articulações sinoviais incluem a maioria das articulações do corpo. As superfícies ósseas são recobertas 
por cartilagem articular e unidas por ligamentos revestidos por membrana sinovial. A articulação pode ser dividida 
completamente ou incompletamente por um disco ou menisco articular cuja periferia se continua com a cápsula 
fibrosa, enquanto que suas faces livres são recobertas por membrana sinovial. 
O movimento das articulações depende, essencialmente da forma das superfícies que entram em contato e 
dos meios de união que podem limita-lo. Na dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos 
de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado para classifica-las funcionalmente. 
 
Anaxial 
 
Articulação plana, não ocorre ao redor de nenhum eixo, apenas deslizam entre si e entre as faces 
articulares. Ex.: ossos do carpo e tarso 
 
 
 
Uniaxial ou Monoaxial 
 
Movimento em torno de 01 eixo. Há duas variedades nas quais o movimento é uniaxial: gínglimo ou 
articulação em dobradiça – as superfícies articulares permitem movimento em um só plano. As articulações são 
mantidas por fortes ligamentos colaterais (ex.: cotovelo) e trocóide ou articulação em pivô – quando o movimento é 
exclusivamente de rotação. A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando dentro de um anel 
ou um anel sobre um pivô. (ex.: rádio-ulnar). 
 
 
 
 
Página | 44 
 
 
 
Biaxial 
 
Movimento em torno de 02 eixos. Há duas variedades de articulações biaxiais: articulações condilar - Nesse 
tipo de articulação, uma superfície articular ovóide ou condilar é recebida em uma cavidade elíptica de modo a 
permitir os movimentos de flexão e extensão, adução e abdução (ex.: joelho) e selar Nestas articulações as faces 
ósseas são reciprocamente côncavo-convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações condilares (ex.: 
carpometacarpica do polegar). 
 
 
 
 
Triaxial 
 
Movimento em torno de 03 eixos (03 graus de liberdade), articulação esferóide. É uma forma de articulação 
na qual o osso distal é capaz de movimentar-se em torno de vários eixos, que tem um centro comum (ex.: quadril e 
ombro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 45 
 
 
 
Estruturas das Articulações Móveis 
 
Ligamentos 
 
Os ligamentos são constituídos por fibras colágenas dispostas paralelamente ou intimamente entrelaçadas 
umas as outras. São maleáveis e flexíveis para permitir perfeita liberdade de movimento, porém são muito fortes, 
resistentes e inelásticos (para não ceder facilmente à ação de forças). 
 
 
 
Cápsula Articular 
 
É uma membrana conjuntiva que envolve as articulações sinoviais como um manguito. Apresenta-se com 
duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). 
 
A membrana fibrosa (cápsula fibrosa) é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos por feixes 
também fibrosos, que constituem os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua resistência. Em muitas 
articulações sinoviais existem ligamentos independentes da cápsula articular denominados extra-capsulares ou 
acessórios e em algumas, como na articulação do joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares. 
 
 
Ligamentos e cápsula articular têm por finalidade manter a união entre os ossos, mas além disso, impedem o 
movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados normais. 
 
 
A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular e forma um saco fechado 
denominado cavidade sinovial. É abundantemente vascularizada e inervada sendo encarregada da produção de 
líquido sinovial. Discute-se que a sinóvia é uma verdadeira secreção ou um ultra-filtrado do sangue, mas é certo que 
contém ácido hialurônico que lhe confere a viscosidade necessária a sua função lubrificadora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 46 
 
 
 
 
 
Discos e Meniscos 
 
Em várias articulações sinoviais, interpostas as superfícies articulares, encontram-se formações 
fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intra-articulares, de função discutida: serviriam a melhor adaptação das 
superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam estruturas destinadas a receber violentas 
pressões, agindo como amortecedores. Meniscos, com sua característica em forma de meia lua, são encontrados 
na articulação do joelho. 
Exemplo de disco intra-articular encontramos nas articulações esternoclavicular e ATM. 
 
 
 
 
 
Bolsas Sinoviais (Bursas) 
 
São fendas no tecido conjuntivo entre os músculos, tendões, ligamentos e ossos. São constituídas por 
sacos fechados de revestimento sinovial. Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões sobre proeminências 
ósseas ou ligamentosas. 
 
 
Página | 47 
 
 
 
 
Líquido Sinovial 
 
Trata-se de um líquido viscoso, produzido pela membrana sinovial. Sua função é nutrir a cartilagem articular 
e diminuir o mecanismo de fricção sobre a cartilagem, graças a sua viscosidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 48 
 
 
 
 
SISTEMA MUSCULAR 
 
 
 
São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de 
transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia 
latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química 
em energia mecânica. As células musculares são especializadas para a contração e o relaxamento, estas células se 
agrupam em feixes para formar os músculos. 
Assim os músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento da distancia que 
existe entre suas extremidades fixas por contração. Os músculos têm como função principal: 
 Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr. 
 Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e 
participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. 
 Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos(esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. 
 Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes dos vasos 
sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e 
gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue 
para o coração. 
 Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado 
pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal. 
 
Existem três tipos de músculos, sendo eles: 
 
Músculos Estriados Esqueléticos 
 
Contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é 
chamado de estriado porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico. 
Controlado pelo Sistema Nervoso Central. 
 
Página | 49 
 
 
 
Músculos Lisos 
 
Localizado nos vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação 
involuntária controlada pelo Sistema Nervoso Autônomo. 
 
 
 
Músculo Estriado Cardíaco 
 
Representa a arquitetura cardíaca. Encontrado somente no coração. É um músculo estriado, porém 
involuntário – Auto Ritimicidade. Controlado pelo Sistema Nervoso Autônomo. 
Pode-se afirmar que seria a junção do músculo estriado esquelético com o músculo liso. 
 
 
 
 
Componentes Anatômicos: 
 
 Ventre Muscular: é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui 
o corpo do músculo (porção carnosa). 
 
Página | 50 
 
 
 
 Tendão: é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, em 
ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros. 
 Aponeurose: é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve grupos musculares. 
Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou em leques. 
 Fáscia muscular: é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. A espessura da fáscia 
muscular varia de músculo para músculo. 
 
 
 
Classificações 
 
Quanto a Situação: 
 
 Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções na 
camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão. 
 Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na camada profunda da 
derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. 
 
Quanto a Forma: 
 
 Longos: São encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais longos, podendo 
passar duas ou mais articulações. Exemplo: Bíceps braquial. 
 Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos têm pouca amplitude, o que não exclui força nem 
especialização. Exemplo: Músculos da mão. 
 Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax e 
abdome). Exemplo: Diafragma. 
 
 
Página | 51 
 
 
 
Quanto ao Arranjo das Fibras 
 
 Fibras paralelas: temos músculos longos (onde as fibras são longas) e os músculos largos (onde as fibras 
equivalem no comprimento e na largura). 
 Fibras oblíquas: as fibras são finas em relação aos tendões (extensores dos dedos do pé) 
 
Quanto a Origem e Inserção 
 
 Origem: Local onde os músculos se iniciam com auxílio do tendão de forma proximal. 
 Inserção: Local onde os músculos se inserem nos ossos com auxilio do tendão de forma distal. 
 
Quanto a Função 
 
 Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem 
ativamente para produzir um movimento desejado. Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os 
flexores dos dedos. 
 Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista 
relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Ex: idem anterior, porém os antagonistas são os 
extensores dos dedos. 
 Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos 
indesejáveis durante a ação principal. Ex: idem anterior, os sinergistas são estabilizadores do punho, cotovelo e 
ombro. 
 
Quanto a Contratibilidade e Extensibilidade: 
 
 Contratibilidade: em contração o músculo pode encurtar-se em até 50% do seu tamanho natural. 
 Extensibilidade: em extensão o músculo pode alongar-se em até 50% do seu tamanho natural. 
 
Obs.: o ponto máximo da contratibilidade até o ponto máximo da extensibilidade chama-se excursão 
muscular. 
 Dentro da musculatura estriada esquelética existem 03 tipos de fibras musculares distintas que se contraem 
em velocidades diferentes, com características diversas, permitindo ao músculo grande amplitude de ação. 
 
Fibras de Abalo Rápido (Branca): 
 
 Contraem-se vigorosamente; 
 São maiores, pertencem a unidades motoras maiores; 
 Atuam quando se demanda um movimento rápido e vigoroso, fadigam rapidamente; 
 Consideradas anaeróbicas, porque não requerem muito O2 para se contraírem; 
 Obtém ATP pela conversão de glicose em ácido lático. 
 
 
Fibras de Abalo Lento (Vermelha): 
 
 Contraem mais lentamente; 
 São menores, pertencem a unidades motoras menores; 
Página | 52 
 
 
 Contraem com menor intensidade e não entram em fadiga rapidamente; 
 Mantém contração por longo período de tempo; 
 Contém grande quantidade de hemoglobina, considerada aeróbica, porque requer O2 para sua contração; 
 Não produz ácido lático. 
 
Fibras Intermediárias: 
 
 Combinam as qualidades das fibras brancas e vermelhas 
 Contração rápida e moderada 
 Vigorosa com moderada resistência à fadiga. 
 
Obs.: em geral, 50% das fibras de um músculo são vermelhas, 35% são intermediárias e 15% são fibras brancas. 
 
Tipos de Contração Muscular 
 
 Isométrica: contração sem a mudança de tamanho do músculo (manutenção da postura), aumento do nível de 
tônus, sem que o músculo saia do local. Há um gasto muito grande de energia. 
 Isotônica: contração com a mudança do tamanho dos músculos. Podendo ser subdividido em 02 formas: 
o Concêntrica: quando há a aproximação das inserções. 
o Excêntrica: quando há o afastamento das inserções. 
 Isocinética: quando a velocidade de contratibilidade ou extensibilidade se dá de forma constante. 
 
 
Página | 53 
 
 
 
Músculos do Ombro 
 
 
Deltóide 
 
É o músculo mais superficial dos mm do ombro, modela 
o ombro, é o músculo mais escolhido para aplicação de 
Vacinas (Intra Musculares). 
 
Origem: borda anterior da clavícula, acrômio (na 
escapula) e espinha da escápula. 
Inserção: Tuberosidade deltóidea – úmero (próximo ao 
corpo do úmero, região medial). 
Ação: Abdução do braço, auxilia nos movimentos de 
flexão, extensão, rotação lateral e medial, flexão e 
extensão horizontal do braço. Estabilização da 
articulação do ombro 
 
 
 
Infra-Espinhal 
 
 
 
 
 
Origem: Fossa infra-espinhal da escápula 
 
Inserção: Faceta média do tubérculo maior do úmero 
 
Ação: Rotação lateral do braço 
 
 
Subescapular 
 
 
 
 
Origem: Fossa subescapular 
 
Inserção: Tubérculo menor 
 
Ação: Rotação medial e adução do braço 
 
 
 
 
 
 
Página | 54 
 
 
 
Músculos do Braço 
 
 
Bíceps Braquial 
 
 
 
 
É o mais superficial dos mm anteriores do braço, com 
duas origens. 
 
Origem: Porção Longa: Tubérculo supra-glenoidal 
 Porção Curta: Processo coracóide 
 
Inserção: Tuberosidade radial 
 
Ação: Flexão do antebraço. 
 
 
BraquialOrigem: Face anterior do úmero 
 
Inserção: Processo coronóide e tuberosidade da ulna 
 
Ação: Flexão de cotovelo e antebraço. 
 
 
 
Tríceps Braquial 
 
 
 
 
Origem: 
Porção Longa: Tubérculo infra-glenoidal 
Porção Medial:face posterior do úmero 
Porção Lateral: face posterior do úmero 
 
Inserção: Olécrano (na ulna) 
 
Ação: Extensão do cotovelo 
 
 
 
 
 
Página | 55 
 
 
 
Músculos do Antebraço 
 
 
Palmar Longo 
 
 
 
 
 
Origem: Epicôndilo medial 
 
Inserção Distal: metacarpo e falanges (aponeurose e 
tendões) 
 
Ação: Flexão do punho, tensão da aponeurose palmar e 
flexão da mão. 
 
 
 
Pronador Quadrado 
 
 
 
 
 
Origem:face anterior da ulna 
 
Inserção: face anterior do rádio 
 
Ação:Flexão do punho e mão 
 
 
 
Extensor curto do polegar 
 
 
 
 
 
 
Origem: Face posterior do rádio 
 
Inserção : falange proximal do polegar 
 
Ação: Extensão do polegar 
 
 
 
 
Página | 56 
 
 
 
Músculos do Ombro e Braço (Vista Anterior) 
 
 
Músculos do Ombro e Braço (Vista Posterior) 
 
 
 
Página | 57 
 
 
 
Músculos do Antebraço (Vista Anterior) 
 
 
 
Músculos do Antebraço (Vista Posterior) 
 
 
 
 
Página | 58 
 
 
 
Músculos do Quadril 
 
 
Glúteo Máximo 
 
 
 
 
 
Origem: íleo, sacro e cóccix 
 
Inserção: tuberosidade glútea do fêmur 
 
Ação: Extensão e rotação lateral do quadril 
 
 
 
Glúteo Médio 
 
 
 
 
 
Origem: Face externa do íleo entre a crista ilíaca 
 
Inserção Inferior: Trocânter maior (fêmur) 
 
Ação: Abdução e rotação medial da coxa 
 
 
 
Glúteo Mínimo 
 
 
 
 
Origem: Asa ilíaca (entre linha glútea anterior e inferior) 
 
Inserção : Trocânter maior 
 
Ação: Abdução e rotação medial da coxa 
 
OBS.: Piriforme, Obturatório interno, Obturatório 
externo e Gêmeos superiores e inferiores:se localizam 
no interior do glúteo. 
 
 
 
 
Página | 59 
 
 
 
 
Músculos da Coxa 
 
 
Tensor da fáscia lata 
 
 
 
 
Origem: Crista ilíaca (íleo) 
 
Inserção: tíbia 
 
Ação: Flexão, abdução e rotação medial do quadril e 
rotação lateral do joelho 
 
 
 
Sartório 
 
 
 
 
Origem: Espinha ilíaca (íleo) 
 
Inserção: tíbia 
 
Ação: Flexão, abdução e rotação lateral da coxa e 
flexão e rotação medial do joelho 
 
 
 
Quadríceps 
 
 
É o mais volumoso e potente m.do corpo, possui quatro 
cabeças: reto da coxa, vasto lateral, vasto medial e 
vasto intermédio. 
 
Origem: 
Reto Anterior: Espinha ilíaca ântero-inferior 
Vasto Lateral: Trocânter maior, linha áspera, linha 
intertrocantérica e tuberosidade glútea 
Vasto Medial: linha intertrocantérica 
Vasto Intermédio:face anterior e lateral do fêmur 
 
Inserção: Patela e, através do ligamento patelar, na 
tuberosidade anterior da tíbia. 
 
Ação: Extensão do joelho e realiza flexão do quadril. O 
vasto medial realiza rotação medial e o vasto lateral, 
rotação lateral. 
 
 
 
Página | 60 
 
 
 
 
Bíceps da coxa, Semitendinoso e Semimembranoso 
 
 
 
 
São conhecidos em conjunto como músculo do jarrete. 
 
Origem: ísquio 
 
Inserção: tíbia 
 
Ação: movimentação do quadril e do joelho 
 
 
 
Grácil 
 
 
 
 
Origem: púbis 
 
Inserção: Superfície medial da tuberosidade da tíbia 
 
Ação: Adução da coxa, flexão e rotação medial do 
joelho. 
 
 
 
Pectíneo 
 
 
 
 
 
Origem: púbis 
 
Inserção Distal: fêmur 
 
Ação: Flexão do quadril e adução da coxa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 61 
 
 
 
 
Adutor Curto 
 
 
 
 
 
Origem: Ramo inferior do púbis 
 
Inserção : fêmur 
 
Ação: Adução da coxa 
 
 
 
Adutor Longo 
 
 
 
 
Origem: Superfície anterior do púbis e sínfise púbica 
 
Inserção Distal: fêmur 
 
Ação: Adução da coxa 
 
 
 
Adutor Magno 
 
 
 
 
 
Origem: púbis 
 
Inserção Distal: fêmur e tíbia 
 
Ação: Adução da coxa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 62 
 
 
Músculos do Quadril e Coxa (Vista Anterior) 
 
 
 
Músculos do Quadril e Coxa (Vista Posterior) 
 
 
 
Página | 63 
 
 
 
Músculos da Perna 
 
Tibial Anterior 
 
 
 
 
 
 
Origem: Côndilo lateral da tíbia 
 
Inserção: base do 1º metatarso 
 
Ação: Flexão dorsal e inversão do pé 
 
 
 
Gastrocnêmico 
 
 
 
 
 
 
Origem: Côndilo medial do fêmur 
 
Inserção: Calcâneo 
 
Ação: Flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo 
 
 
 
Sóleo 
 
 
 
 
 
 
Origem: face medial da tíbia e cabeça da fíbula 
 
Inserção Distal: Calcâneo (tendão dos gastrocnêmios) 
 
Ação: Flexão plantar do tornozelo 
 
 
 
 
Página | 64 
 
 
 
Músculos da Perna (Vista Anterior) 
 
 
 
Músculos da Perna (Vista Lateral e Posterior) 
 
 
Página | 65 
 
 
 
Músculos do Tórax 
 
Peitoral Maior 
 
 
 
 
Origem: borda anterior da clavícula, face anterior do 
esterno e costelas. 
 
Inserção: tubérculo maior (úmero) 
 
Ação: Adução, rotação medial e flexão do ombro. 
 
 
 
 
 
Músculos do Abdômen 
 
Diafragma 
 
 
 
Origem: Face interna das 6 últimas costelas, face 
interna do processo xifóide e corpos vertebrais das 
vértebras lombares superiores 
 
Inserção: No tendão central 
 
Ação: Inspiratório, pois diminui a pressão interna da 
caixa torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões, 
estabilização da coluna vertebral e expulsões 
(defecação, vômito, micção e parto) 
 
 
 
Iliopsoas 
 
 
 
 
Origem: fossa ilíaca, crista ilíaca, asa do sacro e 
lombares 
 
Inserção: Trocânter menor 
 
Ação: Flexão de quadril e flexão da coluna lombar 
(30° - 90°) 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 66 
 
 
 
 
Reto do abdômen 
 
 
Origem: 5ª à 7ª cartilagens costais (costelas) e processo xifóide (esterno) 
 
Inserção : Corpo do púbis e sínfise púbica 
 
Ação: Aumento da pressão intra-abdominal (Expiração, Vômito, Defecação, Micção e no Parto) 
 
 
 
 
Músculos do Tórax e Abdômen (Vista Anterior) 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 67 
 
 
 
 
Músculos do Dorso 
 
 
Trapézio 
 
 
Origem: Linha nucal superior e processos espinhosos da C7 a T12 
 
Inserção: Borda posterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula 
 
Ação: 
* Fixo na Coluna: Elevação do ombro, adução das escápulas, rotação superior das escápulas e depressão de 
ombro 
 
* Fixo na Escápula: Inclinação homolateral e rotação da cabeça e extensão da cabeça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 68 
 
 
 
 
Músculos do Pescoço 
 
 
Esternocleidomastóideo 
 
 
Origem: linha nucal superior 
 
Inserção Inferior: Face anterior do esterno junto à face superior e borda anterior da clavícula 
 
Ação:Ação inspiratória , Flexão, rotação com a face virada para o lado oposto e flexão da cabeça . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 69 
 
 
 
 
Músculos da Face (Vista Anterior) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 70 
 
 
 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 
 
Constituído por dois pulmões e pelas veias respiratórias, vias aéreas ou também conhecido como trato 
respiratório (nariz, faringe, laringe, traquéia e brônquios, bronquíolos e alvéolos). As vias respiratórias têm por 
função conduzir o ar do meio ambiente (meio externo) para os pulmões (meio interno) filtrar, pré-aquecer e 
umedecer o ar inspirado. 
 
 
Cavidade Nasal 
 
A cavidade nasal é a entrada das vias respiratórias, o nariz externo é uma estrutura em forma depirâmide 
no centro da face, com a ponta do nariz formando o ápice da pirâmide. A cavidade é um espaço relativamente 
grande e é a primeira parte do trato respiratório; fica acima da cavidade bucal, separada por uma lâmina óssea 
horizontal chamada palato duro. As duas cavidades se abrem na faringe. A cavidade nasal é dividida pelo septo 
nasal em cavidade nasal direita e esquerda. O septo nasal é constituído por dois ossos (etmóide e vômer) e uma 
cartilagem (cartilagem septal). Pequenos orifícios colocam a cavidade nasal em contato com os seios paranasais 
(maxilar, frontal, etmóide e esfenoidal) e com os olhos através do ducto lacrimal nasal. A raiz do nariz consiste 
quase inteiramente dos dois ossos nasais e conjugam-se com a testa entre as duas órbitas. Por causa de sua 
localização e relativa fragilidade, os ossos nasais são vulneráveis à fratura. 
 
 
 
Página | 71 
 
 
 
 
As propriedades e funções da mucosa nasal são: 
 retenção de substâncias do ar pelos cílios nasais (vibrissas); 
 formação de muco, que facilita a retenção de substâncias e mantém a umidade natural da mucosa; 
 pré-aquecimento do ar inspirado através da rede venosa, aumentando a irrigação sanguínea sob a mucosa, 
quando o ar inspirado estiver frio, e vice-versa. 
 olfação através das células olfativas localizadas na região superior do nariz que realizam conexão direta 
com as células nervosas responsáveis pela interpretação das mesmas. 
 
Faringe 
 
O ar inspirado passa da cavidade nasal para a faringe. A faringe é um conduto que pertence à via 
respiratória e ao sistema digestório, sendo dividida em três partes: nasofaringe (superior), orofaringe (média) e 
laringofaringe (inferior).Trata-se de um canal que é comum para a passagem do alimento ingerido e do ar inspirado 
e, no seu trajeto, as vias seguidas pelo bolo alimentar e pela corrente aérea, se cruzam. 
A faringe, um tubo fibromuscular de aproximadamente 15 cm de comprimento. A parte nasal da faringe 
localiza-se sobre o palato mole. A estrutura mais proeminente em casa lado é o toro tubário, a parte final da tuba 
auditiva capaz de equalizar a pressão entre a parte nasal da faringe e a orelha média. A parte oral localiza-se atrás 
da garganta, onde seu teto é a parte inferior do palato mole e seu assoalho é a parte posterior da língua. As tonsilas 
palatinas estão localizadas nas laterais desta parede. A parte laríngea da faringe vai da borda superior da 
cartilagem epiglote à borda inferior da cartilagem cricóidea, onde continua até o esôfago. 
 
Página | 72 
 
 
Laringe 
 A laringe é formada por cinco cartilagens (sendo duas pares e três ímpares), conectadas por membranas, 
ligamentos e músculos. No homem adulto, a laringe esta localizada no nível da terceira para a sexta vértebra 
cervical (ligeiramente mais alta que na mulher e na criança), entre a base da língua e a traquéia, é um órgão 
tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via aerífera é um órgão da fonação, ou seja, 
da produção do som. 
Coloca-se anteriormente à faringe e é continuada diretamente pela traquéia. É uma abertura cartilaginosa, 
constituída por quatro tipos de cartilagem, destacando-se a tireóidea, que no homem forma uma saliência conhecida 
como “pomo de Adão”, e a epiglote, cuja função é abaixar-se sobre a laringe no momento da deglutição e levantar-
se no momento da respiração ou fala. 
Como o ar e o alimento têm uma via comum, a função primaria da laringe é prevenir que o alimento e 
líquidos entrem na via aérea. Isto é alcançada por três esfíncteres e pela elevação da laringe. 
 
 
A cartilagem cricóide localiza-se logo abaixo da cartilagem tireóide e antecede a traquéia. 
Na laringe situam-se as cordas vocais (pregas vocais), que são duas dobras longitudinais que se projetam 
para a luz da laringe, denomina-se glote a fenda entre as cordas vocais. 
 
As funções da laringe são: 
 umedecer, aquecer o ar e reter as partículas das substâncias estranhas através do muco secretado por sua 
mucosa. 
 impedir a penetração de corpos estranhos, pela ação da epiglote. 
 ser responsável pela fonação, através da vibração das cordas vocais e da atuação dos músculos da laringe. 
 
 
 
Página | 73 
 
 
A alteração da voz nos adolescentes masculinos ocorre por influência do hormônio testosterona, esse 
hormônio provoca alongamento e espessamento das cordas vocais, tornando a voz mais grave. 
 
Traquéia 
 
A traquéia estende-se para baixo da cartilagem cricóidea, logo abaixo da laringe, no pescoço, para entrar no 
peito. No nível do ângulo esternal ela termina dividindo-se em dois ramos, os brônquios principais direito e 
esquerdo. A traquéia é composta de tecido resistente fibroelástico, na qual esta inserido uma série de anéis de 
cartilagem. Em adultos a traquéia tem cerca de 2,5 cm de largura e 12 cm de comprimento, glândulas secretoras de 
muco e células epiteliais ciliadas. A parte posterior da traquéia não tem cartilagem constituída por uma parede de 
membranas formadas por tecido fibroso e pelo músculo traqueal. Essa parede posterior fica em contato com o 
esôfago, o qual esta logo atrás da traquéia. Possui mobilidade elástica, que é um fator importante na eliminação do 
muco pelo mecanismo da tosse. A traquéia permite que o ar chegue até aos alvéolos pulmonares uniformemente 
úmido, aquecido e isento de corpos estranhos.Embora seja um tubo mediano, a traquéia sofre um ligeiro desvio 
para a direita próximo a sua extremidade inferior, antes de dividir-se nos dois brônquios principais. 
 
Brônquios 
 
Na porção final da traquéia ocorre uma bifurcação originando os brônquios direito e esquerdo, que penetram 
nos respectivos pulmões. Os brônquios, ao penetrarem nos pulmões vão se ramificando em ramos cada vez mais 
finos (bronquíolos), originando o sistema da árvore brônquica, com os bronquíolos terminando no alvéolo pulmonar. 
O brônquio direito é mais curto, mais calibroso e de trajeto mais vertical do que o brônquio esquerdo. 
A primeira divisão do brônquio principal origina os brônquios lobares, três à direita e dois a esquerda, casa 
um suprimindo um lobo do pulmão. Cada um destes brônquios se divide, dando origem a brônquios menores, que 
ventilam cada segmento broncopulmonar independente. 
Os brônquios têm estruturas similares à da traquéia, sendo bastante elásticos e flexíveis, com cartilagem 
em suas paredes forradas pelo epitélio respiratório. Há também numerosas fibras musculares, que permitem 
mudanças do diâmetro dos brônquios. 
 
Página | 74 
 
 
 
Bronquíolos 
 
Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados ductos 
alveolares. Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva chamados alvéolos. 
Alvéolos 
 
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar 
envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar 
alvéolo-pulmonar. 
 
 
Pulmões 
 
Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior 
do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas 
(HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às 
costelas. Cada pulmão têm uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três 
faces. 
O pulmão direito é separado do esquerdo por meio de um espaço denominado mediastino, e a base 
pulmonar apoia-se no diafragma. 
O tecido pulmonar é formado basicamente pela árvore brônquica e pelos milhões de alvéolos. O pulmão 
direito é maior que oesquerdo, divide-se em três lobos (superior, médio e inferior), e o esquerdo com dois lobos 
(superior e inferior). 
 
 
 
 
 
Página | 75 
 
 
 
Cada lobo é formado pela reunião de lóbulos ou segmentos. 
 
 
 
Cada pulmão é recoberto por uma dupla membrana denominada pleura: 
 
 Pleura Parietal: forra as paredes do tórax do lado correspondente; 
 Pleura Visceral ou Pulmonar: recobre o pulmão. 
 
Entre as duas pleuras existe a cavidade pleural, que contém pouquíssima quantidade de líquido claro, 
suficiente par permitir o deslizamento sem atrito dos pulmões sobre a parede torácica. Nessa cavidade pleural não 
deve existir ar ou outro líquido. 
Diafragma 
 
A base de cada pulmão apoia-se no diafragma, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente, 
com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo abaixo do estômago, o nervo frênico 
controla os movimentos do diafragma. Separa a cavidade torácica da abdominal, sendo constituída por uma parte 
central aponeurótica, o centro frênico, e uma porção periférica muscular, cujas fibras se inserem na parte torácica. 
 O esofágico, que dá passagem ao esôfago e aos dois nervos pneumogástricos; o aórtico, que dá passagem 
à aorta e ao canal torácico. O orifício da veia cava inferior encontra-se no centro frênico. 
 O diafragma tem como ação ser o músculo principal na inspiração levando a um aumento dos três 
diâmetros torácicos. 
 
 
 
Página | 76 
 
 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
 
 
É um circuito fechado que possui uma bomba contratiopropursora chamada coração, que tem o papel de 
impulsionar o sangue para o interior dos vasos levando nutrientes e trazendo resíduos do metabolismo para serem 
eliminados. 
O volume sanguíneo normal de um adulto geralmente é de 70 a 75 ml/kg de peso corporal. Assim um adulto 
de 70 kg, pode ter um volume sanguíneo de aproximadamente 5000 ml. 
 
 
Capilares Sanguíneos 
 
Os capilares são estruturas extremamente delgadas, de paredes tubulares de somente uma camada de 
células endoteliais, altamente permeáveis. Aqui ocorrem as trocas de nutrientes e de produtos de excreção celular 
entre os tecidos e o sangue circulante. 
 
 
 
 
Artérias 
 
São tubos cilíndricos, elásticos, nos quais o sangue é ejetado do coração. Têm considerável espessura. 
Podem dilatar-se no sentido transversal para conter maior volume de sangue. Podem também, distender-se 
no sentido longitudinal, atendendo aos deslocamentos dos segmentos corpóreos. Em geral, as artérias se contraem 
em estado de tensão no sentido longitudinal. 
Quase todas as artérias são profundas, pois nesta situação elas encontram-se protegidas. Alguns pequenos 
trechos de artérias profundas apresentam trajetos superficiais. É o caso da artéria radial, que é superficial ao nível 
da extremidade distal do antebraço onde podemos comprimi-la contra o rádio e pesquisar a pulsação. 
 
 
Página | 77 
 
 
 
Veias 
 
São tubos nos quais o sangue segue em direção ao coração. 
Apresentam finas paredes e têm forma variável de acordo com a quantidade de sangue em seu interior. 
As veias em geral têm maior calibre que as artérias correspondentes. 
O número de veias é maior que o número de artérias. 
As veias, em geral, têm maior calibre que as artérias correspondentes. 
A velocidade do sangue é menor nas veias que nas artérias. 
As veias têm que transportar o mesmo volume de sangue num determinado tempo, portanto, compreende-
se porque o número de veias é maior que o de artérias. 
A presença de válvulas é uma das principais características das veias. 
As válvulas são pregas membranosas da camada interna da veia que impedir o refluxo de sangue. 
Aproximadamente 65% do volume sanguíneo total esta contido no sistema venoso. 
 
 
Página | 78 
 
 
 
Coração 
 
O coração localiza-se no interior do tórax, posteriormente ao osso esterno, superiormente ao músculo 
diafragma, no espaço entre s pulmões denominado mediastino. 
Envolvido e protegido por um saco membranáceo de tecido conjuntivo chamado de pericárdio (tendo como 
funções primordiais a proteção cardíaca; a fixação fibrosa entre a parte do pericárdio, o esterno e o músculo 
diafragma e a prevenção da dilatação do coração), o coração é um órgão oco composto na sua maior parte por 
tecido muscular estriado cardíaco. O peso típico de um coração normal situa-se, aproximadamente, entre 250 e 
350g. mesmo assim, tem uma incrível força e resistência, batendo mais de 70 vezes por minuto para bombear 
sangue pelo corpo. 
É um órgão que funciona como uma bomba, apresentando em sua composição: 
 
 03 (Três) Faces 
o Anterior: Face Esterno costal 
o Inferior: Face Diafragmática 
o Posterior: Face Pulmonar 
 
 03 (Três) Septos 
o Atrioventricular: separa o átrio do ventrículo 
o Inter atrial: separa os átrios 
o Interventricular: separa os ventrículos 
 
 03 (Três) Camadas Musculares 
o Epicárdio: mais externa e resistente 
o Miocárdio: onde é realizada a contração para o bombeamento 
o Endocárdio: mais interna e sensível 
 
 04 (Quatro) Câmaras 
o Dois átrios: átrio direito e esquerdo (duas câmaras menores de paredes finas do coração, estando 
situadas sobre os ventrículos, separados pelas valvas atrioventriculares) 
o Dois ventrículos: ventrículo direito e esquerdo (grandes câmaras de paredes espessas, que 
bombeiam sangue para todo o sistema arterial) 
 
 04 (Quatro) Válvulas 
o Tricúspide: localiza-se no orifício atrioventricular direito 
o Mitral: localiza-se no orifício atrioventricular esquerdo 
o Aórtica: localiza-se no orifício de saída da artéria aorta, no ventrículo esquerdo 
o Pulmonar: localiza-se no orifício de saída do tronco pulmonar, no ventrículo direito 
 
 Músculos Papilares 
o Pequena projeção do miocárdio para o interior dos ventrículos com a função de manter as válvulas 
fechadas durante o momento de contração dos ventrículos. 
 
 Cordas Tendíneas 
o Fazem a conexão dos músculos papilares com as válvulas através de tendões. 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 79 
 
 
 
A artéria aorta curva-se para a esquerda e ramificam-se várias vezes. 
 
 Artérias Coronárias: alimentam o miocárdio 
 Artérias Carótidas: alimentam a cabeça 
 Artéria Hepática: alimenta o Fígado 
 Artéria Mesentérica: alimenta o Intestino 
 
 
 
 
Funcionamento Cardíaco 
 
O tecido cardíaco é capaz de se auto estimular de tempos em tempos, mantendo certo ritmo de 
funcionamento. Isto significa que periodicamente inicia-se um impulso elétrico que se propaga dos átrios aos 
ventrículos produzindo contração do órgão, seguida de um relaxamento. Cada contração denomina-se sístole e 
cada relaxamento dá-se o nome de diástole. Tanto a sístole quanto a diástole iniciam-se nos átrios e terminam nos 
ventrículos. Ao conjunto de uma sístole e uma diástole denomina-se batimento cardíaco. O número de batimentos 
cardíacos por minuto denomina-se freqüência cardíaca. No homem adulto em repouso, a freqüência é de cerca de 
60 a 70 batimentos por minuto. Em atividade normal, de 70 a 90. Esses valores podem aumentar durante a prática 
de exercícios físicos ou em certos estados emocionais. O aumento da freqüência cardíaca denomina-se taquicardia; 
sua diminuição denomina-se bradicardia. 
Os movimentos de contração ou sístole do coração impulsionam o sangue venoso do ventrículo direito aos 
pulmões, num circuito conhecido como pequena circulação ou circulação pulmonar e também ejetam sangue do 
ventrículo esquerdo à artéria aorta a partir da qual o sangue é distribuído a todo o organismo através da grande 
circulaçãoou circulação sistêmica. 
Os movimentos de relaxamento ou diástole cardíaca proporcionam o aumento de volume do coração 
enquanto este se enche de sangue. Considera-se a pressão sistólica normal no valor de 120 mmHg e a diastólica 
no valor de 80 mmHg. 
A circulação é a passagem do sangue através do coração e dos vasos sanguíneos. A circulação se faz 
por meio de duas correntes sanguíneas, as quais partem ao mesmo tempo do coração. A primeira corrente 
sai do ventrículo direito através do tronco pulmonar e dirige-se aos capilares pulmonares onde se processa a 
hematose, ou seja, a troca de CO2 por O2. O sangue oxigenado resultante é levado pelas veias pulmonares e 
lançado no átrio esquerdo, de onde passará ao ventrículo esquerdo. A outra corrente sanguínea sai do ventrículo 
esquerdo, pela artéria aorta, a qual vai ramificando-se sucessivamente e chega a todos os tecidos do 
organismo, onde existem extensas redes de vasos capilares nos quais se processam as trocas entre o 
sangue e os tecidos. 
Página | 80 
 
 
 
Após as trocas, o sangue carregado de resíduos e CO2 retornam ao coração através de numerosas veias 
as quais são, em última instância, afluentes de dois grandes troncos venosos (Veia cava superior e veia cava 
inferior), as quais desembocam no átrio direito de onde o sangue passará para o ventrículo direito. 
 
Circulação Sanguínea 
 
 O sistema cardiovascular pode ser dividido em duas partes: 
 Circulação Sistêmica: Vasos que conduzem sangue para e de todos os tecidos; 
 Circulação Pulmonar: Vasos que conduzem o sangue para os pulmões para realizar a troca de gás 
carbônico pelo oxigênio. 
 
Circulação Arterial Sistêmica 
 
 A circulação arterial sistêmica conduz o sangue do coração para nutrir os tecidos. Primeiro o sangue 
oxigenado é bombeado dos pulmões para a aorta via coração. Ramos a aorta passam para os membros superiores, 
cabeça, tronco e membros inferiores por sua vez. Estes grandes vasos emitem pequenos vasos, que se ramificam 
repetidamente. As minúsculas artérias enviam sangue para os capilares. 
 
Circulação Pulmonar 
 
 A cada batida do coração, o sangue é bombeado do ventrículo direito para o interior dos pulmões através da 
artéria pulmonar (esta conduz sangue rico em CO²). após muitas ramificações arteriais, o sangue segue através dos 
capilares dos alvéolos, (sacos de ar) nos pulmões, para ser reoxigenado. O sangue finalmente entra numa das 
quatro veias pulmonares. Esta passa para o átrio esquerdo, de onde o sangue é bombeado pelo coração para a 
circulação sistêmica. 
 
Página | 81 
 
 
 
 
Página | 82 
 
 
 
 
SISTEMA LINFÁTICO 
 
 
 
O sistema linfático é a parte menos conhecida do sistema circulatório, agindo em conjunto com o sistema 
cardiovascular para transportar um fluído chamado linfa ao redor do corpo. O sistema linfático tem função vital na 
defesa do corpo contra doenças. 
É um sistema formado por vasos e órgãos linfóides e nele circula a linfa, sendo um sistema auxiliar de 
drenagem, ou seja, auxiliar do sistema venoso. Nem todas as moléculas do líquido tecidual passam para os 
capilares sanguíneos, é o caso de moléculas de grande tamanho, que são recolhidas em capilares especiais, os 
capilares linfáticos, de onde a linfa segue para vasos linfáticos, e destes para o tronco linfáticos. Os vasos linfáticos 
possuem válvulas, que asseguram o fluxo da linfa numa só direção, ou seja, para o coração. Os vasos linfáticos 
estão ausentes no SNC, na medula óssea e nos músculos esqueléticos. 
 
 
Diferenças entre Sistema Linfático e Sanguíneo 
 
O sistema linfático esta constituído de capilares onde ocorre a absorção do líquido tecidual, mas tem 
diferenciação dos capilares sanguíneos. Por outro lado, o linfático não possui um órgão central bombeador, apenas 
conduzindo a linfa para vasos mais calibrosos que desembocam principalmente em veias do pescoço. Uma outra 
diferença é que os vasos linfáticos associam-se a estruturas denominadas linfonodos. 
 
 
Circulação Linfática 
 
A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células produzem 
durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo. 
O sistema linfático coleta a linfa, por difusão, através dos capilares linfáticos, e a conduz para dentro do 
sistema linfático. Uma vez dentro do sistema, o fluido é chamado de linfa, e tem sempre a mesma composição do 
que o fluido intersticial. 
A linfa percorre o sistema linfático graças às contrações dos músculos, da pulsação das artérias próximas e 
do movimento das extremidades. Todos os vasos linfáticos têm válvulas unidirecionadas que impedem o refluxo, 
como no sistema venoso da circulação sanguínea. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona 
afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema. 
Pode conter microorganismos que, ao passar pelos filtros dos linfonodos (gânglios linfáticos) e baço são 
eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila 
ou virilha, conhecidos popularmente como "íngua". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 83 
 
 
 
 
 
 
 
Componentes do Sistema Linfático 
 
 O sistema linfático é constituído por uma série de estruturas inter-relacionadas: 
 
 Linfonodos: Localizados ao longo do trajeto dos vasos linfáticos para filtrar a linfa. 
 Vasos Linfáticos: Pequenos capilares que conduzem para vasos maiores, que, eventualmente, drenam a 
linfa para as veias. 
 Células Linfáticas (Linfócitos): São células através das quais ocorre a resposta de defesa do corpo. 
 Tecidos e órgãos linfáticos: Espalhados por todo o corpo, eles agem como reservatório de células 
linfáticas e tem importante função na imunidade (defesa do corpo). 
 
 
Linfonodos 
 
Estão interpostos no trajeto dos vasos linfáticos e agem como uma barreira ou filtro contra a penetração na 
corrente circulatória de micro-organismos, toxinas ou substancias estranhas ao organismo. Pequenos órgãos 
arredondados, variando em tamanho, mas eles são na sua maioria do tamanho de um grão de feijão, com cerca de 
25 mm de comprimento, envoltos por uma cápsula fibrosa e usualmente em tecido conjuntivo. 
Os linfonodos são, portanto, elementos de defesa para o organismo, e para tanto, produzem glóbulos 
brancos, principalmente linfócitos. Frequentemente estão localizados ao longo do trajeto de vasos sanguíneos, 
como ocorre no pescoço e nas cavidades torácicas, abdominais e pélvicas. Na axila e na região inguinal são 
abundantes, sendo em geral palpáveis. Como reação a uma inflamação, o linfonodo pode tornar-se doloroso, 
conhecido como íngua. 
 
 
Página | 84 
 
 
 
 
 
Baço 
 
É um órgão linfóide, situado no lado esquerdo da cavidade abdominal, junto ao diafragma. Apresenta duas 
faces distintas, uma relacionada com o diafragma, face diafragmática e outra voltada para as vísceras, face visceral. 
 
 
Timo 
 
Órgão linfóide, formado por massa irregular, situado em parte no tórax (atrás do esterno) e em parte na 
porção inferior do pescoço. O timo cresce após o nascimento até atingir seu maior tamanho na puberdade. A seguir 
começa, a regredir, sendo em grande parte de sua substancia substituída por tecido adiposo e fibroso. 
 
Página | 85 
 
 
 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
 
Para que o organismo se mantenha vivo e funcionante é necessário que ele receba um suprimento 
constante de material nutritivo. 
É responsável por tirar dos alimentos ingeridos todos os elementos essenciais ao funcionamento do 
organismo (os chamados nutrientes)e eliminar aqueles que são desnecessários, transformando-os em fezes. 
Para isso, o sistema digestório quebra os alimentos, decompondo-os em partículas cada vez menores, para 
que seus nutrientes possam ser absorvidos e transportados até as células pela corrente sanguínea. 
Nas células, os nutrientes passam por uma série de reações químicas vitais à manutenção da vida, como 
divisão e crescimento celular, regeneração celular e produção de calor. 
Os nutrientes podem ser absorvidos pelo organismo na sua forma natural; portanto necessitam de um 
tratamento químico e mecânico do trato digestório. 
Os alimentos sofreram modificações químicas até que possam ser solúveis e absorvidos pela corrente 
circulatória do organismo. 
 
O trato digestório é revestido por células epiteliais que possuem as seguintes funções: 
 
 Fabricar o muco que permite o deslizamento do bolo alimentar; 
 Secretar as enzimas que modificam quimicamente os nutrientes, tornando-os absorvíveis. 
 
O trato digestório pode ser dividido, de acordo com suas funções, em três partes: 
 
 Superior: abrange a cavidade bucal, a faringe e o esôfago; tem como finalidade a ingestão, trituração, 
insalivação e transformação dos alimentos em bolo alimentar pastoso. 
 Mediana: abrange o estômago e o intestino delgado, que modificam a estrutura química dos nutrientes, 
tornando-os absorvíveis pela corrente circulatória. 
 Inferior: abrange o intestino grosso, o reto e o ânus; reabsorvem a água e eliminam o bolo alimentar não 
aproveitado. 
 
Página | 86 
 
 
 
 Além disso, temos um conjunto de órgãos e glândulas que são considerados anexos ao sistema digestório 
que são: glândulas salivares, fígado e pâncreas. 
 
Cavidade Bucal 
 
É a porção inicial do tubo digestivo, termina na faringe e comunica-se com o meio externo pelos lábios. 
A cavidade bucal está limitada, lateralmente pelas bochechas, superiormente pelo palato e, inferiormente, 
por músculos que constituem o assoalho da boca. Nesta cavidade encontramos as gengivas, os dentes e a língua. 
O palato na parte anterior, por ser de estrutura óssea, denomina-se palato duro (coberto por membrana 
mucosa, embaixo da qual correm vasos e nervos, que nutrem e fornecem sensação ao palato e as glândulas 
palatinas); na parte posterior, por ser muscular, denomina-se palato mole. No palato mole situam-se as glândulas 
salivares, músculos, tendões e a úvula. 
 
Língua 
 
A língua é um órgão muscular que possui as seguintes funções: 
 
 Empurrar o bolo alimentar entre os dentes, misturando-o com a saliva; 
 Impulsionar o bolo alimentar durante a deglutição; 
 Participar na articulação das palavras; 
 Ser um órgão gustativo através das papilas gustativas; 
 Participar da defesa contra infecções por meio das células linfáticas localizadas na sua superfície ventral. 
 
Sua face superior é denominada dorso da língua. A observação da mucosa que reveste o dorso da língua 
permite identificar uma série de projeções, as papilas línguas, onde se localizam os receptores gustativos. As 
papilas são sensíveis a estímulos químicos, tornando-as responsáveis pela percepção do sabor: doce, salgado, 
azedo e amargo. 
 
Glândulas salivares 
 
As glândulas salivares são consideradas anexas do sistema digestivo. Tem como função a responsabilidade 
pela secreção da saliva. 
 
 Glândula parótida: está localizada lateralmente na face e anteriormente ao pavilhão do ouvido externo. 
Seu canal excretor é chamado de ducto parotídico (abre-se próximo ao 2º molar superior). O processo 
infeccioso que se desenvolve na parótida recebe o nome de parotidite, conhecida como caxumba. 
 Glândula submandibular: localiza-se anteriormente à parte mais inferior da parótida, protegida pelo corpo 
da mandíbula. Seu canal excretor é chamado de ducto submandibular (abre-se no assoalho da boca abaixo 
da língua). 
 Glândula sublingual: é a menor das três, situando-se lateralmente e uniformemente à língua, sob a 
mucosa que reveste o assoalho da boca. Sua secreção é lançada na cavidade bucal, sob a porção mais 
anterior da língua, por canais que desembocam independentemente por uma série de orifícios no assoalho 
da cavidade da boca. 
 
Essas glândulas secretam 1 a 1,5 litros de saliva por dia, e possuem controle nervoso automático. A saliva 
compõe-se basicamente por água, e por enzimas, sendo que a ptialina atua sobre os carboidratos. 
 
 
 
 
 
Página | 87 
 
 
 
Dentes 
 
São estruturas rijas, esbranquiçadas, implantadas em cavidades da maxila e da mandíbula, denominadas 
alvéolos dentários. O papel de cada dente: 
 
 Incisivos: bastante afiados, tem a função de cortar os alimentos; 
 Caninos: seguram e rasgam os alimentos mais duros; 
 Pré-molares e molares: respondem pela tarefa de esmagar e triturar os alimentos. 
 
 
 
Faringe 
 
É uma estrutura que pertence ao sistema digestório e respiratório, pois se comunica com as cavidades 
nasais, boca, esôfago e laringe. 
A faringe pode ainda ser dividida em três partes: nasal (nasofaringe), oral (orofaringe) e laringea 
(laringofaringe). 
 
 
 
Página | 88 
 
 
 
A faringe tem como função participar na: 
 
 Deglutição: processo em que o palato mole se ergue contra a parede da faringe (porção que se comunica 
com a cavidade nasal), a epiglote fecha a laringe, a língua comprime-se contra o palato, deslocando o 
alimento para a faringe que, através das contrações musculares, propulsiona o alimento para o esôfago. 
Esses movimentos são em parte voluntários, e em parte involuntários; 
 Defesa do organismo: na cavidade bucal e na faringe existem grupos de células linfáticas (Ex: adenóide e 
amígdalas) que defendem o organismo contra agentes patogênicos e suas toxinas. 
 Audição: a tuba auditiva comunica a faringe com o ouvido médio, possibilitando o equilíbrio das pressões 
entre essas duas cavidades. 
 
 
Laringe 
 
 Com a função de realização a separação do alimento e do ar, ou seja, do trato respiratório para com o 
gastrointestinal, obtém a epliglote como atriz protagonista desta separação para que assim corpos estranhos não 
adentrem ao sistema respiratório. 
 
 
Esôfago 
 
É um tubo muscular que continua a faringe e é continuado pelo estômago. 
Podem-se distinguir três porções no esôfago: cervical, torácica e abdominal, sendo a segunda a maior 
delas. 
Para atingir o abdome, ele atravessa o músculo diafragma e, quase imediatamente desemboca no 
estômago. A luz do esôfago aumenta durante a passagem do bolo alimentar, o qual é impulsionado por contrações 
da musculatura de sua parede. 
Esses movimentos, que são próprios de todo o canal alimentar, são denominados peristálticos e à 
capacidade de realizá-los dá-se o nome de peristaltismo. 
O esôfago mede cerca de 25 cm de comprimento, atravessando o diafragma através de um orifício 
denominado hiato. 
Tem como função: Conduzir, através dos seus movimentos peristálticos, o alimento da faringe para o 
estômago. 
Na sua parte superior existe o esfíncter faringoesofágico que permite a entrada do alimento da faringe ao 
esôfago. 
Ao final do esôfago existe o esfíncter esofágico inferior (cárdia) que quando relaxado permite a passagem 
do alimento para o estômago; quando contraído, o esfíncter fecha a comunicação para prevenir o refluxo do 
conteúdo do estômago para o esôfago. Como o conteúdo gástrico é ácido o seu refluxo para o esôfago, provoca 
sensação de queimação. 
 
 
Estômago 
 
É uma dilatação do canal alimentar que se segue ao esôfago e se continua no intestino. 
Está localizado abaixo do diafragma, com sua maior porção à esquerda do plano mediano. 
Apresenta dois orifícios: um, proximal,de comunicação com o esôfago, o óstio cárdio, e outro distal, óstio 
pilórico, que se comunica com a porção inicial do intestino delgado, denominada duodeno. 
 
 
 
 
Página | 89 
 
 
 
 
Anatomicamente está dividido em quatro partes: 
 
 Cárdia: porção inicial onde desemboca o esôfago; 
 Fundo: localiza-se na parte superior, projetando-se em direção ao diafragma; 
 Corpo: corresponde a maior porção do estômago; 
 Piloro: é a parte final do estômago, que o comunica com o duodeno. Na sua parte final, localiza-se o 
esfíncter pilórico que libera o conteúdo gástrico ao intestino delgado. 
 
 
 
A mucosa secreta 1,5 a 2,5 litros de suco gástrico por dia, de forma automática, através de: 
 
 Estímulos psíquicos: provocados por fome, odores, apresentação do alimento; 
 Reflexos nervosos: ocorre após a estimulação das papilas gustativas; 
 Entrada do alimento no estômago: provoca a formação do hormônio gastrina que, ao ser lançado na 
circulação sanguínea, estimula a formação da secreção gástrica. 
 
A permanência do bolo alimentar varia de 1 a 5 horas, de acordo com a sua composição (os carboidratos 
permanecem poucas horas e os lipídeos um tempo maior) e do processo da mastigação (alimentos mal mastigados 
permanecem por mais tempo). 
A musculatura gástrica permite ao estômago agitar e misturar o alimento com o suco gástrico e formar uma 
mistura denominada quimo. 
 
Intestino Delgado 
 
É um tubo muscular de cerca de 5 a 6 metros, revestido de mucosa. É mantido em sua posição na cavidade 
abdominal por uma extensão do peritônio chamada mesentério. 
Está subdividido em: 
 Duodeno: é a porção mais curta, ligada ao estômago pelo piloro. É um órgão bastante fixo à parte posterior 
do abdome e apresenta a forma de um arco que abraça a cabeça do pâncreas. É o local onde desembocam 
o ducto colédoco (que traz a bile) e o ducto pancreático (que traz o suco pancreático). É onde ocorre a 
maior parte da digestão e absorção; 
 Jejuno: ocorre pouca digestão e absorção do alimento. 
 Íleo: possui em sua mucosa numerosas placas de tecido linfóide, denominadas Placas de Peyer, que 
diminuem o conteúdo bacteriano do sistema digestório. Na sua porção final existe a válvula ileocecal que 
previne o refluxo do conteúdo do ceco (intestino grosso). 
 
 
Página | 90 
 
 
 
A mucosa do intestino delgado apresenta inúmeras pregas (vilosidades e microvilosidades) circulares que 
se salientam na luz intestinal e aumentam a superfície interna da víscera. 
Nas microvilosidades chegam os capilares sanguíneos e linfáticos que se encarregam da absorção dos 
nutrientes. 
Os capilares sanguíneos com os nutrientes absorvidos formam a veia mesentérica, que desemboca na veia 
porta. Dessa forma, os nutrientes são levados inicialmente ao fígado para serem processados, antes de serem 
distribuídos pelo organismo. 
A mucosa intestinal secreta o suco entérico, cuja composição química é água, sais minerais, muco e as 
seguintes enzimas: 
 
 Amilase: atua sobre os amidos (carboidratos); 
 Maltase, Sacarase, Lactase: atuam sobre o açúcar; 
 Lipase: atua sobre as gorduras, transformando-as em glicerol e ácido graxo; 
 Peptidases: são varias enzimas que atuam sobre as proteínas, transformando-as em aminoácidos; 
 
O muco protege a mucosa intestinal, amolece o alimento e lubrifica o trato digestório para facilitar o 
deslizamento do conteúdo alimentar. A musculatura abdominal tem como função misturar e propulsionar o conteúdo 
intestinal através dos movimentos peristálticos. 
 
 
 
Intestino Grosso 
 
Constitui a porção final do canal alimentar, sendo mais calibroso e mais curto que o intestino delgado. 
Está subdivido nos seguintes seguimentos: 
 
 Cécum (ceco): é o seguimento inicial, em fundo cego, que se continua no Cólon Ascendente. Um 
prolongamento cilindróide, o apêndice vermiforme, destaca-se do cécum. 
 Cólon Ascendente: segue-se ao cécum e tem direção cranial, estando fixado à parede posterior do 
abdome. Alcançando o fígado e, sob este, se flete para continuar no cólon transverso; 
 Cólon Transverso: é bastante móvel, localizando-se horizontalmente ao abdome; 
 Cólon Descendente: segue ao cólon transverso, verticalmente no abdome, terminando próximo à altura da 
crista ilíaca; 
 Cólon Sigmóide: é a continuação do cólon descendente e tem trajeto sinuoso, dirigindo-se para o plano 
mediano da pelve onde é continuada pelo reto; 
 Reto: continua o cólon sigmóide e sua parte final, estreitada, denominada canal anal, atravessa o períneo e 
se abre no exterior através do ânus. 
 
 
 
Página | 91 
 
 
 
 No intestino grosso não ocorre o processo da digestão, porque recebe os restos alimentares não digeridos e 
não absorvidos pelo intestino delgado. Portanto, suas funções são: 
 
 Reabsorver a água dos sucos digestivos; 
 Absorver restos de nutrientes aproveitáveis; 
 Sintetizar as vitaminas K e algumas do complexo B; 
 Armazenar e eliminar as fezes. 
 
As fezes são restos indigeríveis do bolo alimentar e que sofrem a ação das bactérias do intestino grosso. As 
bactérias são responsáveis pelo mau odor das fezes e pela formação dos gases. 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS ANEXOS 
 
Fígado 
 
O fígado é o maior órgão abdominal, pesando aproximadamente 1,5 kg no ser humano adulto. Amplamente 
protegido pelas costelas, o mesmo é composto por tecido mole e flexível tendo cor marrom avermelhado. 
Localiza-se imediatamente abaixo do diafragma e à direita, embora uma pequena porção também ocupe a 
metade esquerda do abdome. 
Trata-se de uma glândula que desempenha importante papel nas atividades vitais do organismo, seja 
interferindo no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, seja secretando a bile e participando de 
mecanismo de defesa. 
 
 
Página | 92 
 
 
 
Duas faces são descritas no órgão: 
 Diafragmática: em relação com o diafragma; 
 Visceral: em contato com as vísceras abdominais. 
 
Na face visceral, distinguem-se quatro lobos: 
Direito / Esquerdo / Quadrado / Caudado 
 
 
 
O fígado desempenha as seguintes funções: 
 
 Secreção da bile; 
 Metabolismo de lipídeos, proteínas e carboidratos; 
 Armazenamento de vitaminas, sais minerais e glicose na forma de glicogênio; 
 Participação no processo de formação, destruição e regulagem do volume do sangue; 
 Produção de alguns elementos de coagulação: heparina e protombina; 
 Destruição do hormônio estrógeno; 
 Desintoxicação através da neutralização de substâncias tóxicas ou modificando-as em substâncias mais 
facilmente eliminadas pelos órgãos de excreção. 
 
Página | 93 
 
 
 
A bile é produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, que é uma bolsa com capacidade de 
armazenar aproximadamente 1,2 litros de bile por dia. 
O fígado desempenha papel importante na regulação dos níveis de glicose no sangue; quando há excesso 
de glicose, o fígado remove a glicose do sangue, transforma-o em glicogênio e armazena-o; quando o nível de 
glicose sangüínea é baixo, o fígado transforma o glicogênio em glicose, liberando-a no sangue. 
 
 
Pâncreas 
 
Situa-se posteriormente ao estômago, estando fixado à parede abdominal posterior. 
Está dividido em três partes: 
 
 Cabeça: envolvida pelo duodeno; 
 Corpo: disposto transversalmente; 
 Cauda: extremidade afilada que se situa próximo ao baço. 
 
 
 
O pâncreas é uma glândula exócrina e endócrina. A secreção endócrina é a insulina e o glucagon e a 
exócrina, o suco pancreático. 
Além das enzimas digestórias, o suco pancreático é também composto por bicarbonato, que tem a função 
de neutralizar a acidezdo conteúdo intestinal, o que permite uma melhor ação das enzimas entéricas. 
Após a chegada do bolo alimentar ao duodeno, as células entéricas enviam para a circulação sangüínea os 
hormônios secretina e colecistoquinina, que irão estimular a secreção do suco pancreático. Esse suco sai do 
pâncreas através do canal pancreático em direção ao duodeno. 
 
 
Peritônio 
 
A cavidade abdominal está revestida por uma dupla membrana, chamada peritônio, que secreta um líquido 
aquoso que facilita os movimentos dos órgãos sem atrito. 
Os órgãos abdominais são revestidos por uma membrana serosa em maior ou menor extensão, o peritônio, 
que apresenta duas lâminas: 
 
 Peritônio parietal: reveste as paredes da cavidade abdominal; 
 Peritônio visceral: envolve as vísceras. 
 
 
 
Página | 94 
 
 
 
 
SISTEMA URINÁRIO 
 
 
As atividades orgânicas resultam na decomposição de proteínas, lipídios e carboidratos, acompanhada de 
liberação de energia e formação de produtos que devem ser eliminados para o meio externo. A urina é um dos 
veículos de excreção com que conta o organismo. Assim, o sistema urinário compreende os órgãos responsáveis 
pela formação da urina, os rins e outros a eles associados, destinados à eliminação da urina: ureteres, bexiga e 
uretra. 
 
 
Tem por função participar na eliminação dos produtos finais do metabolismo e no controle do equilíbrio 
hídrico, salino e ácido-básico. No homem, o sistema urinário é interligado ao sistema genital, enquanto que na 
mulher esse sistema é completamente independente. 
 
Rim 
 
É um órgão par, abdominal, localizado posteriormente ao peritônio parietal, o que o identifica como 
retroperitoneal. 
O órgão tem forma de um grão de feijão, apresentando duas faces, anterior e posterior, e duas bordas, 
superior e inferior, sobre eles situam-se as glândulas supra-renais. 
Os rins estão envolvidos por uma cápsula fibrosa e, quase sempre, é abundante o tecido adiposo perirenal 
constituindo a cápsula adiposa. A borda medial do rim representa uma fissura vertical, o hilo, por onde passam o 
ureter, artéria e veia renais, linfáticos e nervos. 
 
Estruturas dos rins 
 
As estruturas microscópicas e macroscópicas do rim que participam na secreção e condução da urina são: 
 
 Córtex Renal: A camada mais externa é bem pálida e tem aparência granular. 
 Medula Renal: Composta de um tecido vermelho escuro, esta envolta pelo córtex e tem forma de pirâmide. 
 
 
 
Página | 95 
 
 
 
 Camadas Externas: Cada rim é revestido por uma resistente cápsula fibrosa. Externamente, os rins 
possuem uma camada protetora de gordura contida na fáscia renal – tecido conjuntivo denso que ancora os 
rins e glândulas adrenais às estruturas circundantes; 
 Glomérulo: a artéria renal distribui-se pela estrutura renal e, dessas ramificações, originam-se as arteríolas 
aferentes que formam os minúsculos novelos capilares denominados glomérulos. Cada glomérulo está 
envolvido por uma cápsula de paredes duplas denominadas cápsula do glomérulo; 
 Túbulos renais: são tubos longos que se originam na cápsula do glomérulo como túbulo contorcido 
proximal, continuando como alça do néfron e túbulo contorcido distal. A união com outros túbulos forma o 
ducto coletor que desemboca em um cálice renal. Os glomérulos e os túbulos renais formam o néfron que é 
considerado a unidade anatômica funcional do rim. Existe um milhão de néfron em cada rim; 
 Cálices renais: locais onde desembocam os ductos coletores, a junção dos cálices renais forma a pelve 
renal; 
 Pelve renal: após atravessar o hilo renal, passa a denominar-se ureter, sendo a área central do rim em 
forma de funil, que coleta a urina. 
 
Néfrons 
 
O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim. Cada rim contém cerca de 1 
milhão de néfrons. 
A forma do néfron é peculiar, inconfundível, e admiravelmente adequada para sua função de produzir urina. 
 
 
 
Função renal 
 
Os rins têm por função: 
 
 Regular os eletrólitos e volume sanguíneo através do controle do volume de água e de eletrólitos a serem 
excretados; 
 Eliminar os restos nitrogenados: uréia,creatinina e ácido úrico. 
 Auxiliar na regulação do equilíbrio ácido-básico; 
 Secretar o hormônio renina que regula a pressão sanguínea. 
 Secretar o hormônio eritropoietina, que atua na produção dos eritrócitos; 
 
 
Página | 96 
 
 
 
Fisiologia renal 
 
Os nefrons secretam a urina através dos mecanismos de filtração glomerular, e reabsorção e secreção nos 
túbulos renais. Os glomérulos filtram o sangue arterial das arteríolas aferentes, originando o filtrado glomerular 
existente na cápsula do glomérulo. O filtrado glomerular assemelha-se ao plasma sanguíneo, mas sem proteínas e 
outras substancias de peso molecular grande. A filtração ocorre pela diferença de pressão entre os capilares e a 
cápsula do glomérulo. 
 
Existem dois fatores que alteram a formação da urina: 
 
 Alteração do volume sanguíneo, porque a urina é derivada do sangue; 
 Alteração da pressão arterial, que irá interferir não só na propulsão do sangue pelos capilares como 
também na diferença de pressão entre o capilar arterial e a cápsula do glomérulo. 
 
O filtrado glomerular passa da cápsula do glomérulo para os túbulos renais, onde haverá uma reabsorção 
seletiva de água, sais e outros elementos. A maior parte do filtrado glomerular é reabsorvido pelos capilares que 
envolvem o túbulo renal, retornando para a circulação venosa. O filtrado não reabsorvido passa para os cálices 
renais, e acumulam-se na pelve renal, onde são conduzidos para os ureteres de forma ininterrupta. 
 
O filtrado glomerular que não foi reabsorvido pelos túbulos constitui a urina, que possui as seguintes características: 
 
 Volume: 1 a 1,5l/dia, sendo que a água compõem 95 a 98% da urina; 
 pH:em média de 6,0; 
 excretas nitrogenadas resultantes do metabolismo das proteínas:ácido úrico,creatinina e uréia. 
 sais inorgânicos e orgânicos:cloreto de sódio, ácido fosfórico e potássio. 
 pigmentos:o urobilinogênio fornece a cor amarela; 
 hormônios, vitaminas, medicamentos e substancias estranhas. 
 
Ureteres 
 
São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga. 
Órgãos pouco calibrosos, os ureteres têm menos de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm de comprimento. 
Pelve renal é a extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim. 
Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o ureter percorre por diante da parede posterior do 
abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvina, abrindo-se no óstio do ureter situado no assoalho da bexiga 
urinária. 
Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e pélvica. Os ureteres são 
capazes de realizar contrações rítmicas denominadas peristaltismo. A urina se move ao longo dos ureteres em 
resposta à gravidade e ao peristaltismo. 
 
Bexiga 
 
A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da urina. Quando vazia, 
a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva 
para a cavidade abdominal. 
É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se diretamente anterior ao reto e, nas mulheres 
está à frente da vagina e abaixo do útero. 
 
 
 
 
Página | 97 
 
 
 
Quando a bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa. Uma área triangular na superfície posterior da 
bexiga não exibe rugas. Esta área é chamada trígono da bexiga e é sempre lisa. Este trígono é limitado por três 
vértices: os pontos de entrada dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. Otrígono é importante clinicamente, 
pois as infecções tendem a persistir nessa área. 
A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se contrai involuntariamente, 
prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao músculo esfíncter, envolvendo a parte superior da uretra, está o 
esfíncter externo, que controlado voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar. 
A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800ml; é menor nas mulheres porque o útero ocupa o espaço 
imediatamente acima da bexiga. 
 
 
Uretra 
 
A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por mucosa que 
contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio 
externo da uretra. 
A uretra é diferente entre os dois sexos. 
 
Uretra Masculina 
 
A uretra masculina estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na 
extremidade do pênis. Apresenta dupla curvatura no estado comum de relaxamento do pênis. É dividida em três 
porções: a prostática, a membranácea e a esponjosa, cujas as estruturas e relações são essencialmente diferentes. 
Na uretra masculina existe uma abertura diminuta em forma de fenda, um ducto ejaculatório. 
 
Uretra Feminina 
 
É um canal membranoso estreito estendendo-se da bexiga ao orifício externa no vestíbulo. Está colocada 
dorsalmente à sínfise púbica, incluída na parede anterior da vagina, e de direção oblíqua para baixo e para frente; é 
levemente curva, com a concavidade dirigida para frente. Seu diâmetro, quando não dilatada, é de cerca de 6mm. 
Seu orifício externo fica imediatamente na frente da abertura vaginal e cerca de 2,5cm dorsalmente à glande do 
clitóris. Muitas e pequenas glândulas uretrais abrem-se na uretra. As maiores destas são as glândulas parauretrais, 
cujos ductos desembocam exatamente dentro do óstio uretral. 
 
 
Página | 98 
 
 
 
 
SISTEMA GENITAL 
 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
 
O sistema reprodutor masculino é formado por: 
 
 Testículos 
 Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra. 
 Pênis 
 Escroto 
 Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais. 
 
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto 
 
Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver 
adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do 
corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do 
corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal. 
 
Testículos 
 
São as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos 
seminíferos. Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde 
ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais produzem os 
hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais 
masculinos e dos caracteres sexuais secundários: 
 
 Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano. 
 Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo. 
 Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento do tamanho das 
fibras musculares. 
 Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz. 
 
Epidídimos 
 
São dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados. 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 99 
 
 
 
 
Canais deferentes 
 
São dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, 
onde desembocam as vesículas seminais. 
 
 
 
 
Vesículas seminais 
 
Responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o 
líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age 
como fonte de energia para os espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter 
fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo 
vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas 
atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam 
promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da 
enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por 
analgésicos e antiinflamatórios). 
 
 
Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper 
 
Sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos 
espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual. 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 100 
 
 
 
 
 
Próstata 
 
Glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da 
urina e ativa os espermatozóides. 
 
 
Pênis 
 
Considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos 
cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis 
encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele 
que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre à inundação dos corpos cavernosos e 
esponjoso, com sangue, tornando-se rígido, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser 
puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com 
forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). 
Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem 
fimose. 
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem 
durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os 
espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 101 
 
 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
 
O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas, um útero, uma vagina, 
uma vulva (pequenos e grandes lábios). Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um 
marco ósseo forte que realiza uma função protetora. 
 
 
A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos 
genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas 
glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante. 
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício 
vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se 
rompe nas primeiras relações sexuais. 
A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a 
penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê. 
 
 
A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas intensamente 
irrigadas e inervadas- os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos 
por pêlos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos 
lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado por tecido 
esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem. 
 
 
 
 
 
Página | 102 
 
 
 
 
 
 
Ovários 
 
São as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos que serão 
vistos mais adiante. 
No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-
se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas 
denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos 
ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. 
Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e 
liberando o ovócito secundário (gameta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a 
massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios 
progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, 
uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário. 
O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas 
uterinas - as fímbrias. 
 
 
Tubas Uterinas 
 
São dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formado por células ciliadas. 
Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta 
feminino até o útero. 
 
 
Útero 
 
O útero é a parte do sistema reprodutor feminino que abriga e protehe o feto durante aa gestação. Ele 
localiza-se no interior da cavidade pélvica e é um órgao muscular oco. 
Durante a fase reprodutiva, o útero da mulher não grávida mede aproximadamente 7,5 cm de comprimento 
e 5 cm nos seus pontos mais largos. Porém, ele pode expandir-se enormemente para acomadar o feto na gravidez. 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 103 
 
 
 
 
Obtém como estrutura duas partes: 
 
 O corpo (formando a parte superior do útero, ele é razoavelmente móvel, já que precisa se expandir 
durante a gravidez. O espaço triangular central ou a cavidade do corpo revebe as aberturas das duas tubas 
uterinas), 
 O colo do útero (chamado também de cérvix esta fixado na sua posição pelos ligamentos cervicais, 
ancorando a relativa mobilidade do corpo do útero. Tem um canal estreito de aproximadamente 2,5 cm de 
comprimento na mulher adulta. As paredes do colo são duras, contendo muito tecido fibroso e também 
músculos, ao contrário do corpo do útero, que é formado principalmente de músculo liso. Sendo uma 
continuidade da cavidade uterina que segue para baixo e abre na extremidade inferior, no óstio externo, 
para a vagina. O canal é mais largo na sua parte central, comprimindo-se ligeiramente no óstio interno, na 
extremidade superior, e no óstio externo, na extremidade inferior). 
 
As paredes uterinas são denomidas: 
 
 Perimétrio: uma fina camada exterior, a qual é contínua com o peritônio pélvico. 
 Miométrio: forma a maior parte da parede do útero, sendo a principal camada uterina quando ocorrem as 
contrações uterinas. 
 Endométrio: um delicado revestimento, o qual é especializado na implantação do embrião quando ocorre a 
fertilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 104 
 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO 
 
 
O Sistema nervoso pode ser classificado de várias formas, sendo a classificação mais comum àquela que 
divide o sistema nervoso em: a) sistema nervoso central (SNC), aquele que está contido no interior do chamado 
“estojo axial” (canal vertebral e crânio), ou seja, o encéfalo e a medula espinhal; b) sistema nervoso periférico 
(SNP), aquele que é encontrado fora deste estojo ósseo, que se relaciona com o esqueleto apendicular, sendo os 
nervos (axônios) e gânglios (formações de corpos neuronais ganglionares dispersos em regiões do corpo ou 
mesmo dispostas ao longo da coluna vertebral, como os gânglios sensitivos). No entanto podemos dividir o sistema 
nervoso funcionalmente em SOMÁTICO ou de VIDA de RELAÇÃO, que lembra o sistema nervoso que atua em 
todas as relações que são percebidas por nossa consciência; e em VISCERAL ou VEGETATIVO aquele interage de 
forma inconsciente, no controle e na percepção do meio interno e vísceras. Tanto o SOMÁTICO quanto o 
VEGETATIVO, possuem componentes aferentes (sensitivos) e eferentes (motores). 
 
Sistema Nervoso Somático (Vida de Relação) 
 
a) Eferente (Neurônios e axônios motores, contração muscular esquelética e o movimento). 
b) Aferentes (Neurônios e axônios sensitivos, tato, dor e etc...). 
 
Sistema Nervoso Visceral ou Vegetativo 
 
a) Aferente - SISTEMA NERVOSO VISCERAL AFERENTE 
Ex. Percebe informações de paredes de vísceras, como dilatações, aumento da pressão ou relaxamentos... 
b) Eferente - SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
1) Simpático: Ex: Aumenta os batimentos do coração 
2) Parasimpático: Ex: Diminui os batimentos do coração 
 
O SNC (sistema nervoso central) recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de 
decisões e o envio de ordens. O SNP (sistema nervoso periférico) carrega informações dos órgãos sensoriais para 
o sistema nervoso central e do sistema nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas). O SNC 
divide-se em encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo 
e hipotálamo), cerebelo, e tronco cefálico (que se divide em: BULBO, situado caudalmente; MESENCÉFALO, 
situado cranialmente; e PONTE, situada entre ambos). 
 
Sistema Nervoso Central 
 
O sistema nervoso central (SNC) compreende o encéfalo, por sua vez, se divide em cérebro, cerebelo, 
ponte e bulbo. Todos esses órgãos desempenham papéis de relevante importância na fisiologia do sistema 
nervoso, seja porque encerram centros nervosos de comando, seja porque deles partem nervos de comando. Os 
três últimos formam uma ponte de ligação entre o cérebro e a medula. Mas indiscutivelmente, a principal parte do 
SNC é o cérebro. 
 
 
 
 
 
 
Página | 105 
 
 
 
Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas (caixa craniana, protegendo o encéfalo; e 
coluna vertebral, protegendo a medula - também denominada raque) e por membranas denominadas meninges, 
situadas sob a proteção esquelética: dura-máter (a externa), aracnóide (a do meio) e pia-máter (a interna). Entre 
as meninges aracnóide e pia-máter há um espaço preenchido por um líquido denominado líquido cefalorraquidiano 
ou líquor. 
 
 
O cérebro é dividido em duas metades homólogas – hemisférios cerebrais direito e esquerdo. A área do 
córtex cerebral define o grau de adiantamento de cada espécie. Dentro dessa área, devem situar-se numerosos 
centros nervosos de comando ou de percepção, tais como os centros da visão, da audição, do olfato, do gosto, da 
dor, da memória, da coordenação da escrita, da coordenação da leitura, da fome, da agressividade, do riso, da 
coordenação motora das mais diversas partes do corpo, da fala, etc... 
 
Substância Cinzenta e Substância Branca 
 
 Os hemisférios são constituídos de um córtex externo de matéria cinza ou uma massa interna de matéria 
branca: 
 A substância cinzenta contém corpos de células nervosas que são encontradas nocórtex do cérebro, córtex 
do cerebelo e em grupos de núcleos subcorticais. 
 A substância branca compreende os axônios das células nervosas, encontradas abaixo do córtex. Elas 
promovem uma rede neural de comunicação no cérebro e podem se projetar para várias áreas do córtex e 
da medula espinhal. 
 
Diencéfalo 
 
 A parte medial do cérebro compreende a estrutura ao redor do terceiro ventrículo. Este forma o diencéfalo, o 
qual inclui o tálamo, hipotálamo, epitálamo, metatálamo e subtálamo em ambos os lados. O tálamo é a ultima 
estação entre as informações que chegam via medula espinhal para o córtex cerebral. O hipotálamo esta localizado 
abaixo do tálamo, no assoalho do diencéfalo. Ele coordena uma varidade de mecanismos homeostáticos e a 
hipófise secreta uma substância que influencia a glândula tireóide, a glândula adrenal, as gônodas e produz fatores 
de crescimento. O lobo posterior produz hormônios que aumentam a pressão arterial, diminuem a produção de 
urina e causam contração uterina. O hipotálamo também atua sobre o sistema nervoso simpático e parassimpático, 
no controle da temperatura corporal, apetite e vigilância. 
 O epitálamo é uma parte relativamente pequena do dorso do diencéfalo que inclui o corpo pineal, 
responsável por sintetizar a melatonina e esta relacionado com o controle do ciclo circadiano. 
 
 
 
 
 
Página | 106 
 
 
 
 
O subtálamo fica abaixo do tálamo e próximo ao hipotálamo. Ele contem o núcleo subtalâmico, que 
coordena movimentos. 
 
Sistema Límbico 
 
 O sistema límbico é um anel que interconecta estruturas profundas no interior do encéfalo. Ele faz conexões 
com outras partes do encéfalo e esta associado com o humor e a memória. 
 Esse sistema é uma coleção de estruturas profundas no interior do encéfalo que esta relacionado com a 
percepção das emoções e com a resposta do corpo a estímulos emocionais. 
 O sistema límbico não é uma parte discreta do encéfalo. É um anel de estruturas interconectadas ao redor 
do tronco encefálico. As conexões entre estas estruturas são complexas, frequentemente formando voltas ou 
circuitos e, como muitas estruturas do encéfalo, sua função exata ainda não esta totalmente esclarecida. 
 
Nem todos os centros nervosos se localizam no cérebro. O centro respiratório, por exemplo, localizam-se no bulbo. 
O centro de controle do equilíbrio postural do corpo localiza-se no cerebelo. 
 
 Córtex Cerebral 
Pensamento / Movimento voluntário / Linguagem / Julgamento / Percepção 
 Cerebelo 
Movimento / Equilíbrio / Postura / Tônus muscular 
 Tronco Encefálico 
Respiração / Ritmo dos batimentos cardíacos / Pressão Arterial 
 Mesencéfalo 
Visão / Audição / Movimento dos olhos e do corpo 
 
 
 
O hemisfério cerebral direito e o hemisfério cerebral esquerdo estão separados por uma fissura, a fissura 
longitudinal do cérebro, onde o hemisfério cerebral direito comanda todas as ações do lado esquerdo do corpo, 
enquanto ao hemisfério cerebral esquerdo compete comandar todas as ações do lado direito do indivíduo. 
 
Cerebelo 
 
 Parte do encéfalo conhecida como cerebelo localiza-se abaixo do lobo occipital, na parte posterior da 
cabeça. As funções vitais do cerebelo incluem a coordenação dos movimentos e a manutenção do equilíbrio e da 
postura. Ele trabalha de forma inconsciente, de modo que o individuo não esteja ciente de seu funcionamento. 
 
 
 
 
Página | 107 
 
 
 
 
Tronco Encefálico 
 
 O tronco encefálico localiza-se na junção do cérebro com a medula espinhal. Ele atua na coordenação da 
respiração, pressão arterial e também nos níveis de consciência. 
 O mesmo é constituído por 03 (três) partes distintas: o mesencéfalo, a ponte e a medula oblonga ou bulbo 
que realiza uma continuação da medula espinhal, abaixo. 
 No tronco encefálico também estão presentes alguns dos nervos cranianos que inervam grande parte da 
cabeça. Esses nervos carregam fibras que são associadas aos núcleos nervosos cranianos; coleções de matéria 
cinzenta localizadas dentro do tronco encefálico. 
 Contem ainda muitos núcleos (corpos de células nervosas dentro do SNC) com uma variedade de funções 
vitais. Controla as respostas a estímulos visuais e auditivos que influenciam no movimento da cabeça. 
 
 
Medula Espinhal 
 
A medula espinhal é uma estrutura ligeiramente cilíndrica e achatada de 42 a 45 cm de comprimento e 
aproximadamente 2,5 cm de diâmetro em adultos. Ela é uma continuação da medula oblonga, a parte inferior do 
tronco encefálico no nível do forame magno, maior abertura na base do crânio. Depois, ela segue para baixo ao 
longo do pescoço por trás do canal vertebral, protegida pelos corpos vertebrais, que, em conjunto, formam a coluna 
vertebral. 
O seu desenvolvimento até o terceiro mês de vida intrauterina acompanha o desenvolvimento da coluna 
vertebral. Mais tarde, porem, a coluna vertebral supera em crescimento a medula espinhal, a qual, no momento do 
nascimento, termina no nível da terceira vértebra lombar. Este crescimento mais rápido da coluna vertebral continua 
ate a fase adulta, a medula espinhal termina no nível do disco entre a primeira e a segunda vértebra lombar. 
Em sua extensão, a medula raquidiana emite 31 pares de nervos. Os nervos raquidianos emergem do 
canal medular passando por espaços bem definidos entre as vértebras. 
 
 
A medula espinhal recebe impulsos sensoriais de receptores e envia impulsos motores a efetuadores tanto 
somáticos quanto viscerais. Ela pode atuar em reflexos dependente ou independentemente do encéfalo. 
Este órgão é a parte mais simples do Sistema Nervoso Central tanto ontogenético (embriológico), quanto 
filogeneticamente (evolutivamente). Daí o fato de a maioria das conexões encefálicas com o Sistema Nervoso 
Periférico ocorrer via medula. 
 
 
 
Página | 108 
 
 
 
Sistema Nervoso Periférico 
 
O sistema nervoso periférico é constituído, principalmente pelos. nervos, que são representantes dos 
axônios (fibras motoras) ou dos dendritos (fibras sensitivas). São as fibras nervosas dos nervos que fazem a 
ligação dos diversos tecidos do organismo com o sistema nervoso central. 
Portanto, o sistema nervoso periférico é constituído por fibras que ligam o sistema nervoso central ao 
receptor, no caso da transmissão de impulsos sensitivos; ou ao elemento efetor, quando o impulso é motor. Os 
nervos do sistema periférico se dividem em dois grandes grupos: os nervos espinhais e cranianos. 
Esse sistema consta de 12 pares de nervos cranianos, que partem do encéfalo e 31 pares de nervos 
raquidianos que partem da medula. Os nervos raquidianos são todos mistos, possuindo uma raiz anterior (motora) e 
uma raiz e uma raiz posterior (sensorial). 
 
Tecido Nervoso 
 
No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A substância cinzenta é formada pelos 
corpos dos neurônios e a branca, por seus prolongamentos. Com exceção do bulbo e da medula, a substância 
cinzenta ocorre mais externamente e a substância branca, mais internamente. 
A unidade funcional e estrutural do sistema nervoso é o neurônio ou célula nervosa. São os neurônios que 
fazem a ligação entre as células receptoras dos diversos órgãos sensoriais e as células efetoras, nomeadamente 
músculos e glândulas. Os neurônios são células muito especializadas que apresentam um ou mais prolongamentos, 
ao longo dos quais se desloca um sinal elétrico. 
Podem ser classificados, com base no sentido em que conduzem impulsos relativamente ao sistema 
nervoso central, em: neurônios sensoriais ou aferentes - os que transmitem impulsos do exterior para o sistema 
nervoso central; neurônios motores ou eferentes – os que transmitemimpulsos do sistema nervoso central para o 
exterior; neurônios de conexão - os que conduzem impulsos entre os outros dois tipos de neurônios. 
 
Neurônios 
 
É composto basicamente por dois tipos celulares: 
 Os neurônios, que são a unidade fundamental do tecido nervoso, cuja função é receber, processar e enviar 
informações; estes, após o nascimento geralmente não se dividem, os que morrem, seja naturalmente ou 
por efeitos de toxinas ou traumatismos, jamais serão substituídos; 
 Células gliais (neuroglia) que são as células que ocupam os espaços entre os neurônios, com função de 
sustentação, revestimento, modulação da atividade neuronal e defesa; diferente dos neurônios, essas 
células mantém a capacidade de mitose. 
 
 
 
Página | 109 
 
 
 
Sistema Nervoso Autônomo 
 
 O sistema nervoso autônomo inerva aquelas partes do corpo não são comandadas conscientemente. Ele 
pode ser subdividido em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático, onde ambos os sistemas 
geralmente inervam os mesmos órgãos, mas com efeitos opostos. Em casa sistema, dois neurônios (células 
nervosas) fazem a trajetória do SNC para o órgão, o qual é inervado. 
 Os efeitos da estimulação do sistema nervoso simpático sobre o corpo estão frequentemente relacionados 
com as respostas do tipo luta ou fuga. Em situações de perigo ou de agitação, o sistema nervoso simpático torna-se 
mais ativo, causando o aumento do ritmo cardíaco e o desvio do fluxo sanguíneo para os músculos, tornando a pele 
pálida e suada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 110 
 
 
 
 
SISTEMA ENDÓCRINO 
 
 
O Sistema Endócrino é constituído por diversas glândulas e tecidos que secretam substâncias químicas 
responsáveis pelo controle da maioria das funções biológicas. As substâncias secretadas são chamadas hormônios 
(hormao = excitar) que atuam em tecidos alvos ligando-se a receptores específicos. As glândulas que os secretam 
são chamadas glândulas endócrinas e seus produtos de secreção são veiculados pela corrente circulatória. Assim 
as glândulas endócrinas, através da secreção de seus hormônios, são responsáveis pelo crescimento, 
funcionamento e regulação de vários órgãos, incluindo a maioria das características morfológicas masculinas e 
femininas, atuando inclusive no comportamento dos indivíduos. Assim dizemos que os hormônios são os 
responsáveis pela manutenção da homeostase, isto é do equilíbrio e perfeito funcionamento do organismo animal. 
Os hormônios não são necessariamente produzidos por glândulas. Há células isoladas que secretam 
hormônios, como sucede com algumas células do estômago e do duodeno. O que caracteriza uma glândula 
endócrina é a ausência do canal excretor. Assim, o produto do seu trabalho não pode ser eliminado para o meio 
extraglandular por via canicular. Nesse caso, os próprios vasos sanguíneos que irrigam a glândula absorvem as 
suas secreções e as transportam até o órgão alvo. 
 
O sistema endócrino é constituído por: 
 
 Hipotálamo 
 Hipófise ou Glândula Pituitária 
 Glândula Tireóide 
 Glândula Paratireóides 
 Glândula supra-renais ou adrenais 
 Glândula Pineal 
 Ilhotas de Langerhans (Pâncreas Endócrino) 
 Gônadas (gone = semente) (glândulas sexuais) 
 
 
 
 
 
Página | 111 
 
 
 
 
Hipotálamo 
 
O hipotálamo, além de ser responsável pela regulação da temperatura interna do corpo, incluindo pressão 
arterial, batimento cardíaco, regulação da liberação e inibição dos hormônios da hipófise, também é responsável 
pela produção dos hormônios chamados de oxitocina e ADH ("antidiuretic hormone"), que são posteriormente 
estocados no lobo posterior da hipófise. 
 
 
 
 
Hipófise 
 
Têm a forma parecida com um feijão e é conhecida por glândula mestra por se relacionar com todo o 
organismo. Principais hormônios produzidos pela hipófise: 
 
 
 
 
 Prolactina: É um hormônio que, sob determinadas condições, desencadeia a secreção de leite nas 
glândulas mamárias. 
 
 Somatotróficos: Conhecidos popularmente como hormônio GH ou do Crescimento, o hormônio 
somatotrófico realmente é responsável pelo desenvolvimento e crescimento corporal agindo sobre a linha 
epifisária localizada nas epífises ósseas como também sobre toda a estrutura corporal para o 
desenvolvimento geral. Suas funções são notadas ate aproximadamente aos 18 anos de idade. 
 
 
Página | 112 
 
 
 
 Hormônios Gonadotróficos: São hormônios que atuam sobre as gônadas ou glândulas sexuais. 
Compreendem o FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e o LH (Hormônio Luteinizante). Na mulher, o FSH 
estimula a maturação dos óvulos no interior dos folículos de Graaf, nos ovários, e, indiretamente, participa 
da regulação dos ciclos menstruais, pois incentiva os ovários na produção de hormônios que preparam o 
útero para a gravidez ou para a menstruação. No homem, o FSH ativa a formação de espermatozóides nos 
testículos. Já o LH, nas mulheres, induz à ovulação e à formação do corpo amarelo no ovário. Este último, 
por sua vez, produz a progesterona, que também atua no ciclo menstrual. No Homem, o LH funciona 
estimulando células específicas nos testículos a fim de haver uma maior produção de hormônios 
masculinos. 
 
Glândula Tireóide 
 
A glândula tireóide mantém o metabolismo dos tecidos em nível ótimo para suas funções normais. O 
hormônio tireoideano estimula o consumo de oxigênio da maioria das células do organismo, auxilia a regulação do 
metabolismo dos carboidratos e dos lipídeos e é necessário para o crescimento e maturação normais. A glândula 
não é essencial para a vida, porém, sua ausência acarreta menor resistência ao frio, lentidão física e mental e, em 
crianças, retardamento mental e nanismo. Por outro lado, o excesso de secreção tireoideana produz desgaste 
corporal, nervosismo, taquicardia, tremores e produção excessiva de calor. A função tireoideana é regulada pelo 
hormônio tiro-estimulante (TSH) da hipófise anterior. 
A secreção deste hormônio tireoideano é regulada em parte, por retroativação inibitória, dependente de 
níveis altos de hormônio tireoideano circulante sobre a hipófise e, em parte, por mecanismos nervosos que agem 
por intermédio do hipotálamo. 
Os principais hormônios secretados pela glândula tireóide são: (T4) Teresina ou Tireoxina, (T3) 
triiodotironina e Calcitonina. 
O excesso de produção dos hormônios tireoidianos acarreta o hipertireoidismo. Já que o metabolismo fica 
exagerado, a pessoa emagrece e se mostra constantemente agitada, nervosa, com insônia, tem pesadelos à noite e 
pode revelar o bócio hipertireoideo (papeira) por excesso de hormônios nos folículos tireoidianos. Muitas vezes 
ocorre também a exoftalmia (olhos arregalados). 
A deficiência funcional da tireóide ocasiona o hipotireoidismo. A pessoa fica gorda, mole, tem fala e gestos 
vagarosos, com raciocínio igualmente lento. 
 
Glândulas Paratireóides 
 
O hormônio das paratireóides é o Paratormônio. Seu papel fisiológico é regular o nível de íons cálcio e 
fosfato no plasma sangüíneo. A diminuição da taxa de cálcio no plasma estimula as paratireóides a liberar seu 
hormônio. Por sua vez, o paratormônio atua sobre as células do tecido ósseo, aumentando o número de 
osteoclastos promovendo a absorção da matriz óssea calcificada. A elevação do cálcio plasmático deprime a 
produção de paratormônio. Além de elevar o cálcio, o paratormônio reduz a taxa de íon fosfato no plasma. Este 
efeito é conseqüência de um aumento da perda de fosfato na urina. O paratormônio diminui a absorção de fosfato 
do filtrado glomerular pelos túbulos do néfron aumentando a eliminação de cálcio. 
Na deficiência do paratormônio, o indivíduo entra em hipocalcemia (diminuição de cálcio no sangue). 
Quando ocorre o contrário, a hiperfunção paratireoideana conduz auma acentuada desmineralização dos 
ossos, que ficam porosos e quebradiços (osteoporose). 
 
 
Página | 113 
 
 
 
Glândulas Supra-Renais ou Adrenais 
 
Localizadas no polo superior dos rins estão as glândulas adrenais. Embora estejam fisicamente próximas 
dos rins, elas não fazem parte do sistema urinário: são glândulas endócrinas que produzem hormônios vitais para o 
funcionamento saudável do corpo. 
As amareladas glândulas adrenais ficam acima dos rins e abaixo do diafragma. Elas são circundadas por 
uma espessa camada de tecido adiposo e revestidas pelas fáscias renais, sendo separadas dos rins por tecido 
fibroso. Tal separação permite que um rim seja movido cirurgicamente sem danificar estas delicadas e importantes 
glândulas. 
Em virtude da posição das suas estruturas circundantes, as delicadas glândulas diferem em aparência: 
Glândula Adrenal Direita (tem o corpo em forma de pirâmide e fica sobre o polo superior do rim direito. Ela fica em 
contato com o músculo diafragma, o fígado e a veia cava inferior, a principal veia do abdome) e Glândula Adrenal 
Esquerda (tem o corpo em forma de meia-lua e fica posicionada ao longo da superfície superior do rim esquerdo, 
do polo inferior ao hilo. Ela fica em contato com o baço, o pâncreas, o estômago e o músculo diafragma). 
As adrenais são constituídas por uma camada denominada cortical ou córtex da adrenal, e outra camada 
denominada camada medular ou medula da adrenal. 
 
 Córtex Adrenal 
As principais secreções do córtex adrenal são: cortisol (glicocorticóides) que são esteróides de ampla ação 
sobre o metabolismo dos carboidratos e das proteínas; aldosterona (mineralocorticóides) que são 
essenciais para a manutenção do balanço de sódio e do volume do líquido extra-celular. 
 
 Medula Adrenal 
As principais secreções da medula adrenal são: adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina), que 
estão relacionados com a estimulação e inibição do corpo em geral, agindo de forma agonista em relação 
uma com a outra. 
 
 
 
Glândula Pineal 
 
A glândula pineal tem um formato oval e está localizada entre os hemisférios cerebrais, na parte superior do 
tálamo. Ela secreta um hormônio chamado melatonina, que é sintetizado a partir da serotonina (um 
neurotransmissor). A pineal responde a estímulos luminosos do meio externo. A informação relacionando essas 
condições atinge a glândula por meio dos impulsos nervosos que se originam na retina dos olhos. Esses impulsos 
atingem o hipotálamo e daí são conduzidos até a medula espinhal. Na medula espinhal são conduzidos por meio de 
nervos simpáticos até o cérebro, e finalmente alcançam a glândula pineal. Em resposta aos estímulos luminosos a 
glândula diminui a secreção da melatonina. Assim, a quantidade de luz regula essa secreção, portanto o hormônio 
atingirá sua concentração máxima durante o sono. Infere-se assim que a melatonina regula o ritmo circadiano (ritmo 
dia/noite). 
 
 
Página | 114 
 
 
 
Ilhotas de Langerhans 
 
Dois peptídeos com atividade hormonal são secretadas pelas Ilhotas de Langerhans do pâncreas, a 
insulina e o glucagon, têm importantes funções na regulação do metabolismo intermediário dos carboidratos, 
proteínas e gorduras. 
A insulina tem ação anabólica, aumentando o depósito de glicose, ácidos graxos e aminoácidos, e o 
glucagon tem ação catabólica, mobilizando a glicose, os ácidos graxos e os aminoácidos, dos depósitos 
para a corrente sangüínea. Portanto os dois hormônios são contrários em sua ação final, e são, em muitas 
circunstâncias, secretados de modo contrário. Quase todos os tecidos têm a capacidade de metabolizar a insulina, 
porém mais de 80% da insulina secretada é normalmente degradada no fígado e nos rins. 
O excesso de insulina causa hipoglicemia que produz convulsões e coma. A deficiência de insulina no 
organismo é denominado diabete. Esta doença promove extensas alterações bioquímicas no organismo humano, 
porém, os distúrbios fundamentais responsáveis por quase todas as demais alterações são: 
 
 redução da entrada de glicose em diversos tecidos "periféricos"; 
 aumento da liberação de glicose na circulação, proveniente do fígado (aumento da glicogenese hepática). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 115 
 
 
 
 
SISTEMA TEGUMENTAR 
 
 
TEGUMENTO COMUM 
 
Pele 
 
No adulto a área total de pele correspondente é aproximadamente de 2m², apresentando espessura variável 
conforme a região. As áreas de pressão, como a palma das mãos e a planta dos pés, apresentam pele mais 
espessa; já na pálpebra ela é muito fina. O fator etário também condiciona a espessura da pele, mais delgada na 
infância do que na velhice. 
 
Camadas da Pele 
 
Duas camadas são reconhecidas na pele: a epiderme, mais superficial e a derme, subjacente a ela. 
A epiderme é um epitélio multiestratificado, formado por várias camadas (estratos) de células achatadas 
(epitélio pavimentoso) justapostas. Toda a superfície cutânea está provida de terminações nervosas capazes de 
captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas terminações nervosas ou receptores cutâneos são 
especializados na recepção de estímulos específicos. Na epiderme não existem vasos sangüíneos. Os nutrientes e 
oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sangüíneos da derme. As células da epiderme estão 
continuamente sendo substituídas e, nas camadas mais superficiais elas morrem e se convertem em escamas de 
queratina que se desprendem da superfície epidérmica. 
A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que contém fibras protéicas, 
vasos sangüíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. A derme é rica em fibras colágenas e 
elásticas que conferem à pele sua capacidade de distender-se quando tracionadas, voltando ao estado original 
desde que cesse a tração. A derme repousa sobre a tela subcutânea (hipoderme), rica em tecido adiposo. A tela 
subcutânea contribui para impedir a perda de calor e constitui reserva de material nutritivo. 
 
 
 
 
Página | 116 
 
 
 
 
Glândulas da Pele 
 
A pele contém numerosas glândulas sudoríparas e sebáceas. 
 
 Glândulas sudoríparas: 
Localizam-se na derme ou hipoderme, com importante função na regulação da temperatura corporal porque 
sua secreção, o suor, absorve calor por vapor de água. Possuem um longo e tortuoso ducto excretor que 
atravessa a epiderme e abre na superfície da pele por meio de um ducto. 
 
 Glândulas sebáceas: 
Estão localizadas na derme, sua secreção, conhecida como sebo, serve para lubrificar a pele e os pêlos. 
 
 
Coloração da Pele 
 
A cor da pele depende da quantidade de pigmentos, da vascularização e da espessura da superfície da 
epiderme. Entre os pigmentos, a melanina é o mais importante e sua quantidade na pele varia com a raça. A 
pigmentação aumenta após inflamação, exposição ao calor, etc. Sardas e pintas são acúmulos circunscritos de 
melanina. 
 
 
 
 
Pêlos 
 
São uma característica fundamental dos mamíferos e cobrem considerável parte da pele, embora estejam 
ausentes em algumas regiões do corpo, como a palmar e a plantar. Pêlos longos desenvolvem-se na cabeça (couro 
cabeludo), nas axilas, ao nível da sínfise púbica e, no sexo masculino, também na face. 
 
 
 
 
 
Página | 117 
 
 
 
 
Unhas 
 
São placas curvas queratinizadas, dispostas na superfície dorsal das falanges distais, com função protetora. 
O crescimento das unhas é contínuo durante a vida, graças a um processo de proliferação e diferenciação de 
células epiteliais da raiz da unha, que gradualmente se queratinizam.Página | 118

Mais conteúdos dessa disciplina