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uni144-uni144-prw-2

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PEER REVIEW, Vol. 5, Nº 1, 2023 
DOI: 10.53660/prw.149.uni149 
ISSN: 1541-1389 
 
 
 
Recebido: 03/01/2023 | Aceito: 05/02/2023 | Publicado: 18/02/2023 
Avaliação do Ensino Remoto nos Cursos de Enfermagem de uma 
Universidade Pública durante a Pandemia Covid-19 
 
Evaluation of Remote Education in Nursing Courses at a Public 
University During the Covid-19 Pandemic 
 
 
 
Francislene Aparecida de Souza Rodrigues 
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2032-2747 
Universidade do Estado de Mato Grosso, MT 
E-mail: francislene.rodrigues@unemat.br 
 
Denize Jussara Rupolo Dall’Agnol 
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2551-2382 
Universidade do Estado de Mato Grosso, MT 
E-mail: denize.dallagnol@unemat.br 
 
Grasiele Cristina Lucietto da Silva 
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6097-2600 
Universidade do Estado de Mato Grosso, MT 
E-mail: grasiele.lucietto@unemat.br 
 
Alexandra de Paula Rothebarth 
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9053-3166 
Universidade do Estado de Mato Grosso, MT 
E-mail: alexandra.rothebarth@unemat.br 
 
 
 
 
RESUMO 
Introdução: No ano de 2020 foi declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) 
a pandemia pela COVID-19, causada pelo Coronavírus SARS-CoV-2 que provoca síndrome 
respiratória aguda. Objetivo: Avaliar o ensino remoto nos cursos de enfermagem de uma 
universidade pública durante pandemia Covid-19. Metodologia: Trata-se de um estudo 
transversal com delineamento descritivo, de abordagem quantitativa. Participaram do estudo 152 
discentes de enfermagem de uma universidade pública de Mato Grosso. Resultados: Ao avaliar 
o ensino remoto emergencial ofertado por uma universidade pública nos cursos de graduação em 
enfermagem, a maioria dos acadêmicos quando indagados se as aulas remotas supriram as 
necessidades de aprendizagem discordaram da afirmativa e apresentaram resultados divergentes. 
Conclusão: Os dados obtidos desvelaram fragilidades do ensino remoto emergencial implantado, 
sentimentos e necessidades manifestadas pelos acadêmicos de enfermagem, que pode subsidiar 
intervenções no curso de graduação em Enfermagem e outras pesquisas neste contexto. 
Palavras-chave: Educação à Distância; Educação em Enfermagem; COVID-19. 
 
mailto:grasiele.lucietto@unemat.br
 
206 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: In the year 2020, the World Health Organization (WHO) declared a pandemic by 
COVID-19, caused by the Coronavirus SARS-CoV-2 that causes acute respiratory syndrome. 
Objective: To evaluate remote teaching in nursing courses at a public university during the 
Covid-19 pandemic. Methodology: This is a cross-sectional study with a descriptive design, with 
a quantitative approach. 152 nursing students from the State University of Mato Grosso 
participated in the study. Results: When evaluating the emergency remote teaching offered by 
the State University of Mato Grosso in undergraduate nursing courses, most academics when 
asked whether remote classes met the learning needs disagreed with the statement and presented 
divergent results. Conclusion: The data obtained revealed weaknesses in the implemented 
emergency remote teaching, feelings and needs expressed by nursing students, which can support 
interventions in the undergraduate nursing course and other research in this context. 
Keywords: Distance Education; Nursing Education; COVID-19. 
 
 
 
 
207 
 
INTRODUÇÃO 
 
No ano de 2020 foi declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a pandemia 
pela COVID-19, causada pelo Coronavírus SARS-CoV-2, que provoca síndrome 
respiratória aguda. Na tentativa de minimizar a rápida transmissão do vírus, medidas 
como distanciamento social, fechamento prolongado de escolas, universidades e o 
afastamento do local de trabalho, além da necessidade de Lockdown foram 
implementadas, a fim de conter a pandemia COVID-19 (FONG, 2020). Além de impactar 
nas esferas política, econômica e social, o contexto pandêmico ainda causou graves 
consequências para a educação. Diante do fechamento de instituições de ensino em todos 
os níveis, em escala mundial, governos implementaram medidas para continuar o ensino 
por meio de plataformas digitais, vídeo conferências, correio eletrônico, e pela utilização 
de meios e tecnologias digitais de informação e comunicação, configurando-se como 
estratégias alternativas para possibilitar a continuidade de atividades escolares, ainda que 
sem o adequado planejamento (CARNEIRO et al., 2021; UNESCO, 2020). A mudança 
súbita do ensino presencial para Ensino Remoto Emergencial (ERE) adotado de acordo 
com Resolução CNE/CP no 2, de 10 de dezembro de 2020, pelas escolas e universidades, 
levantou questionamentos e preocupações em relação a efetividade do ensino ofertado, 
podendo comprometer a qualidade do ensino-aprendizagem, prejudicando o período 
formativo desses futuros profissionais (TORRES; ALVES; COSTA, 2020). Diante disso, 
houve necessidade de soluções de ensino que suportasse o isolamento social fornecendo, 
de forma rápida, acesso temporário às instruções e apoio instrucional confiável, enquanto 
persistisse a emergência. O ensino remoto emergencial é uma mudança temporária da 
entrega de instruções, para um modo de entrega alternativo em decorrência de uma 
circunstância de crise (HODGES et al., 2020). Um dos principais desafios do ensino 
remoto está na dependência de internet para que ele seja realizado. Pesquisa feita por 
Sharma et al., (2021) em Nepal com 200 estudantes de enfermagem demonstrou que 87% 
dos participantes relataram a perda de conectividade de internet como principal obstáculo 
para a sua aprendizagem. Corroborando com esse resultado, o estudo de Thapa et al., 
(2021) com estudantes de enfermagem, também relatou que a maioria (81,7%) dos 
entrevistados citou os problemas com a internet como a principal desvantagem do ensino 
remoto, além da parte financeira para comprar novos dispositivos tecnológicos ser um 
problema para algumas famílias. Dessa forma, mesmo que seja adotada o ensino remoto 
 
208 
 
em algumas situações e sejam utilizadas estratégias como simulações e estudos de caso, 
por ser um curso clínico/prático, a enfermagem exige a prática, de modo presencial com 
pacientes, para que os alunos consigam adquirir as habilidades necessárias (SHARMA et 
al., 2021; SULIMAN et al., 2021). Estudo brasileiro feito na Bahia corrobora com os 
achados da pesquisa ao citar a inviabilidade de realização das aulas práticas como entrave 
do ensino remoto para os acadêmicos de enfermagem (SILVA et al., 2021). Ademais, o 
ensino online não permite que o educando trabalhe sua interação em equipe, essencial 
para a profissão. Este estudo faz-se necessário para que a universidade e conselhos de 
ensino, assim como os conselhos da classe, conheçam os aspectos positivos e negativos 
do ensino remoto na formação dos acadêmicos. Além disto, esta pesquisa contribuirá, 
para a reorganização e estruturação dos cursos de enfermagem, na capacitação docente, 
assim como na implementação de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICS) 
como recurso auxiliar no ensino. Diante do exposto, é necessário realizar uma reflexão 
acerca da implantação e desenvolvimento do ensino remoto emergencial no contexto 
educacional dos cursos de Enfermagem de uma universidade pública do Estado de Mato 
Grosso e para entender melhor esse processo, buscamos responder os seguintes 
questionamentos: Como os acadêmicos de enfermagem avaliam o ensino remoto 
emergencial? A partir desse questionamento, essa pesquisa objetiva avaliar o ensino 
remoto nos cursos de enfermagem de uma universidade pública durante pandemia Covid-
19. 
 
METODOLOGIA 
 
Trata-se de um estudo transversal descritivo, de abordagem quantitativa. Desenvolvido 
com alunos do curso de Enfermagem de uma universidade pública do Estado de Mato 
Grosso. O tipo de amostra é não probabilístico por conveniência. O número de 
participantes do estudo foi estimado a partir datotalidade de alunos matriculados nos 
cursos de enfermagem da referida instituição, com o número aproximado de 677 
estudantes. Considerando um erro de 5% com nível de confiança de 95%, um n adequado 
para a composição da amostra seriam 181 universitários. Foram incluídos na pesquisa 
acadêmicos que cursaram no mínimo duas disciplinas no período remoto, podendo ser 
nos Períodos Letivos Suplementares Excepcionais (PLSEs) ou nos períodos de 2021 /1 e 
 
209 
 
2021 /2. A coleta de dados foi realizada no período de junho a agosto de 2022, utilizando 
um instrumento de coleta de dados online por meio da ferramenta Google Forms. O 
Instrumento de coleta de dados foi um questionário semiestruturado composto por 20 
perguntas, desenvolvidos pelos pesquisadores e fundamentado no trabalho de Baticulon 
e colaboradores (2020). O questionário foi dividido em duas partes, na primeira buscou 
caracterizar o perfil do entrevistado, a partir de informações como: gênero, cor/raça, 
estado civil, religião, renda familiar, trabalho e horas trabalhadas por semana, filhos etc. 
Na segunda parte, foram questionados sobre o número de disciplinas cursadas durante o 
ensino remoto e os aspectos sobre como avaliam o ensino remoto emergencial, nessa 
segunda parte do questionário utilizou-se como respostas escala do tipo Likert de 5 
pontos, sendo os mesmos: Concordo totalmente, Concordo, Não concordo, nem discordo, 
Discordo, Discordo totalmente. O questionário foi disponibilizado via e-mail das 
coordenações dos cursos de enfermagem dos três Campus, e estes encaminharam aos 
discentes matriculados. O mesmo também foi divulgado com auxílio de meios de 
comunicação (redes sociais), tais como grupos de WhatsApp®. Os participantes foram 
convidados a participar voluntariamente do estudo e após clicar em no link de acesso 
foram direcionados ao questionário, em que sua primeira página continha o Termo de 
consentimento livre e esclarecido (TCLE). Após aceite do Termo, foram redirecionados 
a responder questionário com duração média de 20 minutos, as respostas foram enviadas 
ao pesquisador principal e arquivadas em google® drive institucional. Os dados foram 
exportados para o software Microsoft Office Excel 2019®. Com a finalidade de organizar 
e compilar o banco de dados, foi utilizada a estatística descritiva como análise de 
frequências absolutas e relativas, para estas análises utilizou-se o software EPI infoTM 
versão 7.2.3.1. Os resultados estão apresentados na forma de tabelas para melhor 
visualização. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da 
Universidade onde ocorreu o estudo, sob parecer número 5356.700 e CAAEE no 
97679118.5.0000.5166, respeitando os preceitos éticos contidos na Resolução 466 de 
2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). 
RESULTADOS 
Participaram da pesquisa 155 estudantes, destes três foram excluídos seguindo os critérios 
de inclusão pré-estabelecidos, dessa forma a amostra final contou com 152 indivíduos. 
Em sua maioria foram alunos que estavam regularmente matriculados no Campus 
Universitário de Tangará da Serra (57,89%), e estão cursando a quarta fase (21,71%). Se 
 
210 
 
identificam com o gênero feminino (cisgênero 85,53%), como pardos (48,68%), católicos 
(50%), solteiros (74,34%), não possuem filhos (82,29%), possuem renda familiar de 1 a 
3 salários mínimos (49,34%), não trabalham (78,29%). Dentre os que trabalham 
(21,71%), a maioria trabalha até 30h semanais (51,61%), conforme dados da Tabela 1. 
Tabela 1 - Perfil sociodemográfico dos acadêmicos de Enfermagem. Tangará da 
Serra - MT, 2022. 
Variável Frequência 
absoluta 
(n=152) 
Frequência 
Relativa 
(%) 
Câmpus que estuda 
Tangará da Serra 088 57,89 
Cáceres 049 32,24 
Diamantino 015 09,87 
Fase regularmente matriculado 
Primeira 002 01,32 
Segunda 004 02,63 
Terceira 017 11,18 
Quarta 033 21,71 
Quinta 015 09,87 
Sexta 007 04,61 
Sétima 016 10,53 
Oitava 021 13,82 
Nona 014 09,21 
Décima 023 15,13 
Gênero 
Feminino Cisgênero 130 85,53 
Feminino Transgênero 001 00,66 
Masculino Cisgênero 019 12,50 
MasculinoTransgênero 002 01,32 
Cor/raça 
Pardo (a) 074 48,68 
Branco(a) 055 36,18 
Preto (a) 020 13,16 
Indígena 002 01,32 
Oriental 001 00,66 
Estado Civil 
Solteiro (a) 113 74,34 
Casado (a) 024 15,79 
União Estável 013 08,55 
Divorciado (a) 001 00,66 
Viúvo (a) 001 00,66 
Qual religião pertence 
Catolicismo 076 50,00 
Evangélicos 061 40,13 
Religiões de Matriz Africana 003 01,97 
Espiritismo 002 01,32 
Ateísmo 006 03,95 
Outras 002 01,32 
Sem religião 002 01,32 
Possui Filhos 
Não 128 82,29 
Sim 026 17,11 
Renda Familiar(Salário Mínimo-SM) 
Até 1 SM 052 34,21 
1 a 3 SM 075 49,34 
 
211 
 
Mais de 3 SM 025 16,45 
Trabalha 
Não 119 78,29 
Sim 033 21,71 
Carga horária semanal de trabalho 
Até 30horas 016 51,61 
30 a 40horas 011 35,48 
>40horas 006 03,94 
Fonte: dados da pesquisa 
Ao avaliar o ensino remoto emergencial ofertado pela universidade pública estudada nos 
cursos de graduação em enfermagem, a maioria dos acadêmicos quando indagados se as 
aulas remotas supriram as necessidades de aprendizagem discordaram da afirmativa 
62,5% (34,21% discordam e 28,29% discordam totalmente), a maioria também 58,55% 
discorda que o ensino remoto foi suficiente para aprender conteúdos para 
desenvolvimento das habilidades de um futuro enfermeiro (30,26% discordam e 28,29% 
discordam totalmente). Por outro lado, a maioria 52,62 % afirmam que se sentem seguros 
em aplicar a teoria apreendida no ensino remoto com as atividades práticas presenciais 
como aulas de laboratório, campo e/ou estágio curricular supervisionado. Sobre os 
recursos digitais utilizados no ensino remoto, 43,42% dos acadêmicos concordam que as 
vídeo-aulas transmitiram os conteúdos corretamente, e 36,18% concordam que o 
cronograma de vídeo-aulas e atividades da universidade funcionaram, ainda 42,11% 
também concordam que os recursos digitais da universidade ajudaram no ensino remoto. 
Além disso, 73,3% dos entrevistados afirmam que as TICs e o Sistema Integrado de 
Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) devem ser utilizados como ferramentas 
complementares ao ensino presencial. Ao indagar sobre os materiais ofertados para 
estudo pelos docentes a maior parte dos acadêmicos 40,13% discordam que estes foram 
suficientes para aprender em casa (32,24% discordam e 7,89% discordam totalmente), 
porém 38,82% afirmaram que receberam as devidas orientações dos docentes para o 
desenvolvimento das atividades remotamente. Em relação efetividade das avaliações 
realizadas remotamente 44,74% dos discentes discordam que estas foram efetivas 
(28,95% discordam e 15,79% discordam totalmente). Quanto a capacitação docente para 
atuar no ensino remoto a maior parte dos acadêmicos 40,79% não souberam opinar se os 
docentes estavam capacitados para atuarem no ensino remoto, porém, 51,97% deles 
concordam que os docentes cumpriram planejamento proposto e seguiram as orientações 
da universidade, conforme dados da Tabela 2. 
 
212 
 
Tabela 2 – Avaliação do ensino remoto emergencial pelos acadêmicos de Enfermagem de 
uma Universidade pública do Estado de Mato Grosso. Tangará da Serra-MT, 2022. 
Variável 
Frequência 
Absoluta 
 
Frequência 
Relativa 
(%) 
As aulas remotas supriram as necessidades de aprendizagem dos acadêmicos? 
Concordo totalmente 02 01,32 
Concordo 19 12,50 
Não concordo, nem discordo 36 23,69 
Discordo 52 34,21 
Discordo totalmente 43 28,29 
O ensino remoto foi suficiente para apreender os conteúdos para o desenvolvimento 
de habilidades de um futuro enfermeiro? 
Concordo totalmente 02 01,32 
Concordo 23 15,13 
Não concordo, nem discordo 38 25,00 
Discordo 46 30,26 
Discordo totalmente 43 28,29 
Se sente seguro em aplicar a teoria apreendida no ensino remoto com as atividades 
práticas presenciais (laboratório, campo e/ou estágio curricular supervisionado)? 
 
Sim 80 52,63Não 72 47,37 
O cronograma de videoaulas e atividades virtuais da Universidade funcionou? 
Concordo totalmente 03 01,97 
Concordo 55 36,18 
Não concordo, nem discordo 48 31,58 
Discordo 09 25,66 
Discordo totalmente 07 04,61 
As videoaulas transmitiram os conteúdos corretamente? 
Concordo totalmente 04 02,63 
Concordo 66 43,42 
Não concordo, nem discordo 42 27,63 
Discordo 33 21,71 
Discordo totalmente 07 04,61 
Os recursos digitais da universidade ajudaram no ensino remoto? 
Concordo totalmente 08 05,26 
Concordo 64 42,11 
Não concordo, nem discordo 47 30,92 
Discordo 25 16,45 
Discordo totalmente 08 05,26 
As Tecnologias de Comunicação e Informação (TICs) e o SIGAA devem ser utilizados 
como ferramentas complementares ao ensino presencial? 
 
Sim 111 73,03 
Não 012 07,89 
Talvez 029 19,08 
Os materiais oferecidos pelos professores foram suficientes para aprender em casa? 
Concordo totalmente 05 03,29 
Concordo 40 26,32 
Não concordo, nem discordo 46 30,26 
Discordo 49 32,24 
Discordo totalmente 12 07,89 
As avaliações foram eficazes na modalidade de ensino remoto? 
Concordo totalmente 03 01,97 
Concordo 40 26,32 
Não concordo, nem discordo 41 26,97 
Discordo 44 28,95 
Discordo totalmente 24 15,79 
Os docentes deram a devida orientação aos acadêmicos para o desenvolvimento 
de atividades? 
 
Concordo totalmente 04 02,63 
 
213 
 
Concordo 59 38,82 
Não concordo, nem discordo 50 32,89 
Discordo 28 18,42 
Discordo totalmente 11 07,24 
Os docentes estavam capacitados para atuarem no ensino remoto? 
Concordo totalmente 03 01,97 
Concordo 30 19,74 
Não concordo, nem discordo 62 40,79 
Discordo 46 30,26 
Discordo totalmente 11 07,24 
Os docentes cumpriram o planejamento proposto e seguiram as orientações da 
universidade? 
 
Concordo totalmente 05 03,29 
Concordo 79 51,97 
Não concordo, nem discordo 45 29,61 
Discordo 20 13,16 
Discordo totalmente 03 01,97 
TOTAL 152 100,00 
Fonte: dados da pesquisa 
DISCUSSÃO 
 
Nesta pesquisa observou-se o predomínio de discentes participantes do sexo feminino, 
acredita- se que esse fato seja devido a enfermagem estar fortemente ligada as mulheres 
por seu contexto histórico, corroborando com os achados dos estudos conduzidos por 
Corrêa e colaboradores (2018) e Bervig e colaboradores (2020) no estado de São Paulo 
em que cerca de 82,58% dos alunos em formação em enfermagem eram do sexo feminino, 
reforçando a prevalência do gênero na profissão. Quanto a raça/cor a maioria se auto 
declarou pardos, este achado pode estar relacionado por vários fatores e um deles se deve 
a política de cotas nas universidades, por meio da Lei Federal no 12.711/2012, estratégia 
que visa tornar mais justo o acesso da população à graduação (BRASIL, 2012). Além da 
política de cotas, os dados deste estudo também condizem com o Conselho Nacional de 
Secretários de Saúde (CONASS), onde retrata que os brasileiros se consideram 
predominantemente pardos/mulatos, em sequência brancos e por fins negros (CONASS, 
2019). As cotas racias vêm exatamente desarticular e desconstruir essa lógica de exclusão, 
em 2004 foi criado e implantado o programa de integração e inclusão étnico racial, desde 
então, parte do número total das vagas ofertadas em todos os cursos de graduação da 
universidade em estudo ficou reservado a candidatos autodeclarados negros (de cor preta 
ou parda), de acordo com critérios adotados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística –IBGE. Verificou-se predomínio de discentes solteiros e sem filhos, 
semelhante aos estudos de Bernadino e colaboradores (2018) e Santos e colaboradores 
(2020) onde o número de solteiros foi de (92,5%) e que 89,5% não possuíam filhos, 
 
214 
 
respectivamente. É importante destacar que ter filhos no decorrer da graduação pode ser 
precursor de diversos desafios limitando o acesso às aulas e agregando ainda mais 
responsabilidade ao aluno (GALVÃO et al., 2021). Já em relação a renda familiar a 
maioria não possuí vínculo empregatício e aqueles que possuem, trabalham em média 30 
horas semanais e sua renda mensal varia de um a três salários mínimos, contrariando 
estudos publicados por Fonseca e colaboradores (2019) que ao contrapor acadêmicos 
brasileiros e portugueses apresenta maior frequência de renda mensal entre as famílias de 
quatro a dez salários mínimos. Estudo realizado em Sobral-CE (2017) revela no tocante 
à renda familiar dos acadêmicos, 10,9% (30) com renda menor que um salário mínimo 
(SM), 30,8% (85) com renda de um SM, e 41,7%, (115) dos acadêmicos possuem renda 
familiar mensal de até um SM nacional. Os dados mostram um número significativo de 
estudantes abaixo da linha da pobreza, vivendo com menos de um SM, utilizando-se de 
benefícios sociais do Governo Federal. O ensino remoto emergencial foi uma modalidade 
implementada pela universidade no intuito de dar seguimento ao semestre letivo, para que 
de certa forma os alunos não fossem prejudicados em relação à carga horária e em atrasos 
da formação acadêmica. Quando questionados se as aulas remotas supriram suas 
necessidades de aprendizagem, os acadêmicos majoritariamente discordaram da 
afirmativa, demonstrando a fragilidade desta modalidade de ensino. As fragilidades nessa 
modalidade ensino surgiram no decorrer do tempo, por ser uma plataforma nova, com 
ferramentas pouco conhecidas, que de certa forma gerou impactos negativos no processo 
ensino-aprendizagem (SANTOS; ZABOROSK, 2020). Ressalta- se que com a pandemia 
os diversos setores de ensino estiveram diante de situações até então inimagináveis 
(COUTO; COUTO; CRUZ, 2020), onde as Instituições de Ensino Superior (IES) 
estiveram em um dilema de formação de profissionais de qualidade para inserção no 
mercado de trabalho, e principalmente aqueles voltados à área da saúde, que necessitam 
de carga horária extensa de aulas práticas, emerge-se as necessidades dos alunos em 
compor um ensino que seja portador de comprometimentos e auxilie no processo ensino 
aprendizagem (SILVA et al., 2021) Desta forma, algumas das fragilidades estiveram 
atreladas a isso, em que neste estudo a maior parte dos estudantes entrevistados estavam 
iniciando os campos práticos (4ª fase/semestre) e alguns deles ainda em fases mais 
avançadas que denotam grande carga horária de atividades práticas de campo e 
laboratório, além do mais, pelo fato de serem pessoas consideradas mais jovens e que 
almejam a conclusão mais breve possível do processo de formação, corrobora para essa 
 
215 
 
visão mais negativista do processo-ensino aprendizado de forma remota, já que os 
mesmos anseiam concluir a graduação sem desafios e exercendo suas potencialidades 
(SILVA et al., 2021; PALÁCIO; TAKENAMI, 2020; SANTOS; ZABOROSK, 2020). 
Quando se trata do desenvolvimento de habilidades e competências em enfermagem, se 
torna imprescindível um processo de formação crítico e rigoroso para que futuramente se 
torne um profissional apto e com capacidade crítico-resolutiva, uma vez que as 
competências estão voltadas a liderança, gerenciamento de recursos e insumos, 
organização do processo de trabalho e gerenciamento de conflitos entre equipes, dentre 
outras (MAFRA; SANTOS, 2018; LIRA et al., 2020; KARPOWICZ et al., 2020). Sendo 
assim, de acordo com os entrevistados a maioria discorda ou discorda totalmente que o 
ensino remoto tenha sido suficiente para o desenvolvimento das habilidades necessárias 
para um futuro enfermeiro. O estudo em enfermagem denota de maior capacidade crítica- 
resolutiva, intermediado entre o ensino, pesquisa e extensão, e o corpo acadêmico 
enquanto tem capacidade de aprimoramento frente as demandas que surgem no decorrer 
da formação (SANTOS; ZABOROSK, 2020). Destaca-se que essa insegurança relatada 
pelos acadêmicos se deve à ausência das atividades presenciais que tem como 
característica estar próximo à realidade dos conteúdos ministrados, estar entre o convívio 
social com demais colegas e professores, externandoo contato corroborando para que se 
haja aperfeiçoamento em seu desenvolvimento pessoal, potencializando aprendizado 
contínuo pautado no desenvolvimento de competências e aprimoramento para desafios 
futuros (SANTOS et al., 2018). Aliado a ausência das atividades presenciais, outro fator 
que pode ter corroborado com essa insegurança são as dificuldades em ter uma rotina de 
estudos consistente (SANTOS; SABOROSK, 2020), o que permite falhas no 
desenvolvimento de competências em enfermagem (LIRA et al., 2020; KARPOWICZ et 
al., 2020). Em relação aos recursos digitais da universidade, quando perguntado aos 
acadêmicos se ajudaram no ensino remoto, a maior parte dos acadêmicos concordam com 
a afirmação. O que é justificável por Couto e colaboradores (2020) os recursos digitais 
são ferramentas que possibilitam novas interações e a criação de espaços favoráveis ao 
processo de ensino aprendizagem, pois atuam como facilitadores na construção e na troca 
de conhecimentos, estimulando o exercício de autonomia dos sujeitos envolvidos pela 
população, gerando grandes desafios e novos modelos para o processo de ensino-
aprendizagem (COUTO; COUTO; CRUZ, 2020). Ao se questionar os entrevistados sobre 
a utilização das TICs e o SIGAA como ferramentas complementares ao ensino presencial, 
 
216 
 
a maioria dos entrevistados afirmam que esta é uma estratégia que deve ser adotada. O 
SIGAA é o sistema utilizado pela universidade pesquisada para realização de aulas, 
avaliações, tarefas e disponibilização de vídeo aulas, este ambiente virtual tem 
demonstrado ser eficiente e corroborou com a continuidade do ensino na universidade 
durante o período pandêmico. Em pesquisa conduzida por Pascon (2022) com estudantes 
ingressantes da graduação em enfermagem mostrou que o uso de tecnologias online tem 
gerado resultados favoráveis. Em relação ao desempenho docente durante o ensino 
remoto emergencial, a maior parte dos alunos acreditam que os docentes ofertaram 
orientações suficientes aos acadêmicos no desenvolvimento de atividades, porém 
discordam que essas atividades foram suficientes para garantir um aprendizado efetivo, 
assim como discordam que as avalições realizadas no ensino remoto foram eficazes. 
Observa-se que a elaboração de estratégias ativas de ensino-aprendizagem exige 
mudanças significativas na prática docente, mediante empenho de energia física, mental 
e emocional, aumentando, assim, a carga horária na preparação das aulas (BARBOSA; 
VEIGA; BATISTA, 2020). O papel do estudante em metodologias ativas como centro do 
processo em que ele mesmo identifica suas potencialidades e seus desafios a serem 
superados ficou nítido no ensino remoto. Em estudos na literatura sobre metodologias 
ativas, afirmou-se que os estudantes podem-se mostrar resistentes à mudança, pois a 
quebra da passividade do estudante na aquisição do conhecimento pode gerar desconforto 
(AMARAL; BOERY; VILELA; SENA, 2021). Em estudo realizado no Texas foram 
mencionados a incerteza sobre a aprendizagem do ensino remoto, como sendo um fator 
de grande tensão, bem como a motivação reduzida para aprender e a tendência para 
procrastinar (SON et al., 2020). Vale ressaltar que o processo avaliativo por meio do 
ensino remoto, utilizando ferramentas digitais para Grossi (2021) é efetivo quando 
direcionado à avaliação formativa, possibilita aos estudantes e professores a realização 
de feedbacks ágeis, práticos, remotos e síncronos. A preocupação ainda é evidente diante 
da formação dos profissionais de enfermagem, principalmente pela qualidade desse 
processo, e por ser a área da enfermagem a qual a prática é indispensável. Sendo assim, 
para sanar tais fragilidades e não ocorra sobrecarga de cognição ou limitações aos 
estudantes em entender e os diferentes conteúdos, é importante que o professor observe a 
quantidade de conteúdo disponibilizado ao aluno, para isso ele deve ser criterioso na 
seleção do material, isto é, que o material seja importante para o aluno na sua formação 
acadêmica. Outro fator importante é inclusão de descanso semanal (FILATRO, 2018). 
 
217 
 
No que tange à questão se os docentes estavam capacitados para atuarem no ensino 
remoto, a maioria dos acadêmicos nem concordam, nem discordam da afirmação, o 
ensino remoto trouxe à tona a problemática da capacitação laboral dos docentes 
universitários, ou seja, o despreparo de docentes para o ensino remoto emergencial e a 
falta de uma estrutura realmente capaz de atender às necessidades de práticas pedagógicas 
eficientes (SILVA et al., 2021; PALÁCIO; TAKENAMI, 2020; SANTOS; ZABOROSK, 
2020). Outro fator que vem acarretar essa falta de capacitação docente foi o curto período 
de tempo que os docentes tiveram para se adaptar à nova modalidade de ensino. Porém é 
possível destacar como ponto positivo que apesar dos desafios os professores 
conseguiram cumprir o planejamento proposto pela universidade e seguir o cronograma 
de aulas de acordo com os calendários acadêmicos da época. 
 
CONCLUSÃO 
 
O conhecimento do perfil dos acadêmicos e avaliação dos mesmos quanto ao ensino 
remoto emergencial nos cursos de enfermagem proporciona às instituições de ensino 
superior, docentes e gestores a capacidade de desenvolver e de reorganizar estratégias 
voltadas ao ensino dos acadêmicos e melhorias na modalidade do ensino remoto. A 
utilização da TICs como recursos auxiliares na pandemia, foi essencial para continuidade 
da programação letiva dos acadêmicos no contexto da pandemia, principalmente no que 
diz respeito ao conteúdo teórico. As TICs integram o modelo contemporâneo de ensino 
em saúde e em enfermagem e apresentam tendência de maior incorporação, na medida 
em que se avança o desenvolvimento científico e tecnológico. Entretanto, faz-se 
necessário uma reflexão sobre os limites e possibilidades do uso das tecnologias no ensino 
em saúde e enfermagem. A pesquisa poderá trazer avanços no conhecimento científico 
voltado para a área da enfermagem, pois servirá como conteúdo para embasar o 
desenvolvimento de ações que proporcionem melhorias no ensino de enfermagem, e 
também de demais cursos que compõem as instituições de ensino superior. É fundamental 
destacar que, a graduação em enfermagem é um curso que agrega teoria e prática para 
envolver os estudantes no processo de aprendizagem, portanto, o ensino remoto deve se 
fazer como forma não a substituir o conhecimento prático, e sim, possibilitar que os 
alunos englobem mais conhecimento. Como limitação do estudo, apesar de muito 
 
218 
 
próximo, não foi possível atingir o n estabelecido segundo o cálculo amostral. Sugere-se 
que sejam realizados estudos futuros sobre as mudanças de estratégias na realização de 
aulas remotas após os adventos da pandemia para fortalecimento da aprendizagem de 
enfermagem. Acredita-se, que os resultados obtidos no estudo servem de subsídios para 
sanar as deficiências no ensino decorrentes da pandemia e embasar o desenvolvimento de 
estratégias visem recuperar o aprendizado efetivo dos acadêmicos de enfermagem, 
contribuindo para a formação de profissionais enfermeiros críticos, reflexivos e 
competentes no exercício da sua profissão. 
 
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