Buscar

Refluxo gastroesofágico o que é e como tratar


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

1/3
Refluxo gastroesofágico: o que é e como tratar?
5 minutos para ler
O refluxo gastroesofágico é uma condição em que o conteúdo do estômago faz o caminho inverso e
retorna para o esôfago. Geralmente, o problema é mais comum após os 40 anos.
Ele acontece no esôfago, um dos órgãos do sistema digestório. Trata-se de um tubo muscular oco com 3
centímetros de diâmetro e cerca de 25 centímetros de comprimento, com duas válvulas (esfíncteres):
uma na parte superior, na junção com a faringe; outra na inferior, no ponto em que o órgão se comunica
com o estômago.
Toda vez que mastigamos e engolimos um alimento, ele passa pela faringe e, para entrar no esôfago, o
esfíncter esofágico superior se abre para permitir a entrada do bolo alimentar, que vai continuar seu
caminho rumo ao estômago, onde ocorre a digestão.
Assim que o bolo alimentar chega ao estômago, o esfíncter esofágico inferior se fecha para evitar que o
suco gástrico “volte” para o esôfago, provocando irritação em suas paredes. No refluxo gastroesofágico,
os alimentos e o suco gástrico fazem o caminho inverso e retornam para o esôfago.
Quando esse processo se torna crônico, significa que a pessoa desenvolveu a chamada doença do
refluxo gastroesofágico (DRGE), uma das principais patologias digestivas, que afeta de 12% a 20% da
população brasileira. A DRGE acomete ambos os sexos e é mais frequente em quem tem mais de 40
anos, embora possa aparecer em qualquer idade.
O que está por trás do problema?
https://bvsms.saude.gov.br/refluxo-gastroesofagico/#:~:text=Refluxo%20gastroesof%C3%A1gico%20%C3%A9%20o%20retorno,no%20est%C3%B4mago%2C%20situado%20no%20abd%C3%B4men.
https://www.nhsinform.scot/illnesses-and-conditions/stomach-liver-and-gastrointestinal-tract/gastro-oesophageal-reflux-disease-gord#:~:text=Gastro%2Doesophageal%20reflux%20disease%20(GORD)%20is%20a%20common%20condition,of%20the%20oesophagus%20becoming%20weakened.
http://www.sbmdn.org.br/doenca-do-refluxo-gastroesofagico-drge/
2/3
Alterações nos esfíncteres esofágicos — principalmente no inferior, que não faz uma vedação
eficiente na transição entre o esôfago e o estômago;
Hérnia de hiato — que aparece quando o ponto de transição entre o esôfago e o estômago se
desloca, fazendo com que uma pequena porção do último órgão invada a caixa torácica;
Fragilidade dos músculos do esôfago — que é a perda de força na contração rítmica dessa
musculatura (movimento peristáltico) que “leva” os alimentos para o estômago.
Quais sinais indicam refluxo?
Pirose — chamada popularmente de “queimação”, é um ardor incômodo na “boca” do estômago (a
parte superior do órgão, próxima à junção com o esôfago), que pode “subir” em direção à
garganta;
Dor intensa no tórax que muitas vezes é confundida com a dor provocada pela angina e pelo
infarto do miocárdio;
 Tosse seca;
Doenças pulmonares de repetição (pneumonia, bronquite e asma).
Quadros graves de DRGE podem levar a complicações como esôfago de Barret e câncer de esôfago.
Como é feito o diagnóstico
Para diagnosticar o refluxo gastroesofágico, o médico leva em conta os sinais clínicos e os resultados de
exames como a endoscopia digestiva alta e a pHmetria esofágica. 
Existe tratamento para refluxo?
Não se pode falar em cura para a DRGE, mas sim em controle. As medicações, que sempre devem ser
prescritas por um médico, ajudam a reduzir a acidez do estômago, aliviando os sintomas. Também
podem ser usados medicamentos para melhorar a motilidade do trato gastrointestinal e para proteger a
mucosa do esôfago. 
A cirurgia antirrefluxo (fundoplicatura) é indicada apenas nos casos em que os medicamentos não
surtem efeito. O objetivo é reforçar a parte superior do estômago, em volta do esfíncter esofágico
inferior. Se houver hérnia de hiato, essa condição também é corrigida cirurgicamente.
Vigilância constante
Além das medicações certas, é fundamental fazer algumas mudanças no estilo de vida para manter a
DRGE sob controle: 
Parar de fumar;
Fazer exercícios físicos com regularidade para manter o peso sob controle;
Elevar a parte superior da cama ou do colchão alguns centímetros;
Deitar-se sobre o lado esquerdo do corpo, se você prefere dormir nessa posição;
Evitar café, bebidas gaseificadas, bebidas alcoólicas, chocolate, alimentos gordurosos e alimentos
ácidos (caso do tomate e das frutas cítricas);
https://cbcd.org.br/biblioteca-para-o-publico/esofago-de-barrett-como-detectar-e-tratar-a-doenca/
https://vidasaudavel.einstein.br/cancer-de-estomago-o-que-e-fatores-de-risco-e-tratamento/
https://bvsms.saude.gov.br/refluxo-gastroesofagico/#:~:text=Refluxo%20gastroesof%C3%A1gico%20%C3%A9%20o%20retorno,no%20est%C3%B4mago%2C%20situado%20no%20abd%C3%B4men.
http://www.sbmdn.org.br/doenca-do-refluxo-gastroesofagico-drge/
https://medicalsuite.einstein.br/pratica-medica/Pathways/Hiatoplastia-e-Fundoplicatura.pdf
https://www.health.harvard.edu/a_to_z/gastroesophageal-reflux-disease-gerd-a-to-z
3/3
Reduzir a quantidade de alimentos de cada refeição e se alimentar mais vezes por dia;
Não se deitar logo após as refeições;
Não usar roupas apertadas, principalmente na região abdominal;
Ter balas, pastilhas e gomas de mascar (de preferência sem açúcar) sempre à mão. Elas
estimulam a produção de saliva, melhorando a digestão.
Revisão técnica: Erica M. Zeni, médica da Unidade de Pronto Atendimento do Hospital Israelita
Albert Einstein. Possui graduação e residência em Clínica Médica pela Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e residência em Medicina Interna pela Universidade de São Paulo (USP).
Também possui pós-graduação em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium Latinoamérica
Medicina Paliativa, em Buenos Aires, Argentina.
Compartilhe:
Share
Post
Share
Share
Posts relacionados