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Técnicas de 
Liberação Miofascial 
Profª Sandra Regina Morini 
Liberação Miofascial 
 A liberação miofascial é uma 
abordagem manual aplicada em todo 
corpo para avaliação e tratamento das 
estruturas humanas. 
 O foco principal dessa técnica é o 
sistema fascial (fáscias). 
Fáscias 
 Fáscia é um tecido que se organiza ao 
longo das linhas de tensão impostas ao 
corpo. 
 É formada por tecido conjuntivo 
(colágeno e elastina) resistente que se 
distribui por todo corpo. 
Forma uma rede funcional tridimensional 
da cabeça aos pés, 
sem qualquer interrupção 
Fáscias 
 Dá sustentação ao desalinhamento. 
Tendência gerada 
por forças 
internas 
e 
 externas 
Fáscias 
 Tem uma enorme capacidade de alterar 
significativamente a fisiologia dos 
tecidos e órgãos. 
 Tem como objetivo, talvez o mais 
importante, manter os órgãos vitais em 
posição adequada. 
Fáscias 
 Além disso, permite que o corpo 
resista aos estresses mecânicos 
internos e externos. 
 As fáscias recobrem músculos, ossos, 
nervos, órgãos e vasos sanguíneos até 
atingirem o nível celular. 
Fáscias 
 Por isso, a disfunção do sistema fascial 
causada por traumatismos, alteração 
postural ou inflamação, pode encurtar 
as fáscias. 
Produz pressões anormais 
em alguns ou em todos 
esses componentes do corpo 
Fáscias 
Estado de pressão anormal 
Produz dores ou disfunção 
em todo corpo 
Tensões fasciais 
podem aumentar 
Diminui a capacidade 
do organismo 
se adaptar 
fisiologicamente 
O corpo fica mais suscetível 
aos traumatismos e mais dores 
Fáscias 
A flexibilidade e a espontaneidade dos 
movimentos são perdidos 
Fáscias 
Restrições fasciais 
Desalinhamento em relação ao eixo vertical 
 (ação da gravidade) 
Causam posturas e movimentos ineficazes sob 
o ponto de vista biomecânico e 
consumo energético enorme 
Fáscias 
Os movimentos 
funcionais e eficientes 
dependem da 
integridade e 
distribuição adequada 
das fáscias por todo o 
corpo 
Classificação das fáscias 
 Superficiais: situadas imediatamente sob a 
derme. 
 Profundas: circundando e penetrando 
músculos, ossos, nervos, vasos sanguíneos 
e órgãos até o nível celular. Ou ainda, mais 
profundamente, como na dura-máter do 
sistema crâniosacral, envolvendo todo o 
SNC. 
Sistema Crâniosacral 
Classificação das fáscias 
 No nível celular, a fáscia cria os espaços 
intersticiais. 
Estrutura que fornece importantes funções: 
sustentação, proteção, separação, respiração 
celular, circulação de líquidos, metabolismo celular. 
Classificação das fáscias 
 As fáscias profundas, em combinação com 
os septos intermusculares e membranas 
interósseas, aumentam a superfície 
disponível para a inserção dos músculos. 
Técnicas de Liberação Miofascial 
 “O objetivo das técnicas de liberação 
miofascial consiste em remover as 
restrições fasciais e recuperar o 
equilíbrio do corpo”. 
 (Barnes, 2006). 
Técnicas de Liberação Miofascial 
 Essas técnicas podem melhorar o 
alinhamento vertical do corpo promovendo 
alongamento das estruturas envolvidas e 
oferecer um maior espaço para as funções 
de ossos, nervos, vasos sanguíneos e 
órgãos como um todo. 
Técnicas de Liberação Miofascial 
 Quando a estrutura volta ao seu estado 
de equilíbrio, ela ficará realinhada com 
a força da gravidade. 
Técnicas de Liberação Miofascial 
 Não há um padrão estruturado e uniforme 
para realização das técnicas com todos 
indivíduos. 
 O terapeuta colhe informações, através do 
toque com suas mãos. 
Técnicas de Liberação Miofascial 
 Tocar o paciente sobre as áreas de 
tensão nos tecidos e perceber a 
qualidade e a quantidade de restrição 
sobre esses locais. 
Ponto chave da terapia, pois sinaliza 
quais os movimentos 
e alongamentos são adequados 
Técnicas de Liberação Miofascial 
A percepção da tensão e a seguinte liberação 
do tecido, devem proporcionar um feedback entre 
o terapeuta e o paciente 
Técnicas de Liberação Miofascial 
 Nas técnicas básicas são aplicadas 
tensões sobre os tecidos em direções 
opostas, estabilizando-se a porção 
proximal com uma das mãos enquanto 
a outra alonga (por deslizamento). 
Técnicas de Liberação Miofascial 
 O terapeuta utiliza, além das mãos, 
outras partes de seu corpo e seu peso 
corporal para promover os 
alongamentos. 
Técnicas de Liberação Miofascial 
 As manobras devem ser suaves e 
persistentes para conseguirem liberar as 
fáscias. 
 Em média, os alongamentos são mantidos 
por 10 segundos e liberados aos poucos. 
Podem ser repetidos por 3 a 5 vezes até a 
liberação total. 
Técnicas de Liberação Miofascial 
Mas é preciso lembrar 
que o modo de 
aplicação e o tempo 
dependem e irão variar 
de acordo com o 
feedback de cada 
paciente. 
Técnicas Cranianas 
 A aplicação da liberação miofascial ao 
crânio deve ser realizada com extrema 
suavidade. 
Técnicas Cranianas 
 Diretas: ocorre alinhamento de cada osso do 
crânio diretamente. 
 Indiretas: utiliza o sistema fascial como alça 
ou alavanca para realinhar os ossos do 
crânio e outras estruturas em sua posição 
fisiológica correta. 
Técnicas Cranianas 
 O terapeuta primeiro comprime o local 
afetado, e em seguida descomprime as 
estruturas, em uma combinação de 
movimentos explorando os três planos e 
eixos do corpo. 
O corpo tende a buscar a 
posição de conforto 
Técnicas Cranianas 
 Como as técnicas cranianas exercem grande 
influência sobre a dinâmica dos líquidos 
intracranianos, são contra-indicadas nas 
seguintes situações: 
 Hemorragia intracraniana aguda 
 Aneurismas intracranianos 
 Herniação do bulbo 
 Fraturas de crânio recentes 
 Infecções sistêmicas agudas