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QUESTÕES PORTUGUÊS CESPE - PORTAL CONCURSOS

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Prévia do material em texto

PORTUGUÊS 
 PROFA. GLÍCIA KELLINE 
 
www.cursosdoportal.com.br 
 
TÓPICO 1 
 
COMPREENSÃO 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
 
Texto para as questões de 1 a 4: 
Setenta anos, por que não? 
 Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o 
modo como lidamos com a vida. Se a gente a considera uma 
ladeira que desce a partir da primeira ruga, ou do começo de 
barriguinha, então viver é de certa forma uma desgraceira que 
acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser uma 
doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem 
graça, quem fica animado? Quem não se amargura? 
 [...] 
 Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, 
sempre de livro na mão lendo na poltrona junto à janela, com 
vestidos discretíssimos, pretos de florzinha branca (ou, em 
horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas coloridas), 
hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser 
simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo 
ao teatro e ao cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, 
ali na esquina), eventualmente namorando ou casando de 
novo. Ou dando risada à toa com os netos, e fazendo uma 
excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a 
universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez 
uma galeria de arte, ou comer sorvete na calçada batendo 
papo com alguma nova amiga. 
 [...] 
 Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto 
de nós, dos outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só 
o lado mais feio do mundo. Das pessoas. Da própria família. 
Dos amigos. Se formos os eternos acusadores, acabaremos 
com um gosto amargo na boca: o amargor de nossas próprias 
palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos 
desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara 
hirta das máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e 
intervenções para manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem 
suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos. 
Precisa acreditar em alguma coisa. 
 (LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 
18/09/16) 
1. O modo pelo qual o texto é iniciado permite ao leitor 
concluir tratar-se de: 
 a) uma exposição pessoal de ponto de vista 
 b) uma representação consensual a respeito do tema 
 c) uma comprovação incontestável sobre o assunto 
 d) uma orientação consolidada como norma 
 e) uma explicação sem defesa de ponto de vista 
2. No segundo parágrafo do texto a autora sugere que: 
 a) o hábito da leitura indica que a pessoa está envelhecendo 
 b) as pessoas idosas, atualmente, têm mais ânimo que as 
jovens 
 c) a noção de velhice não se altera independente da época 
 d) os idosos de hoje ocupam-se a ponto de esquecer a família 
 e) as pessoas idosas, atualmente, aproveitam melhor a vida 
3. Em “Não precisamos ser tão incrivelmente sérios” 
(3º§), o vocábulo destacado poderia ser substituído, 
sem prejuízo de sentido, por: 
 a) perigosamente 
 b) possivelmente 
 c) controladamente 
 d) exageradamente 
 e) impulsivamente 
4. A expressão “Desse ponto de vista,”, empregada no 
primeiro parágrafo, cumpre um papel coesivo à medida 
que: 
 a) resgata uma ideia apresentada e progride no seu 
desenvolvimento 
 b) apresenta uma ideia completamente nova em relação à 
anterior 
 c) antecipa uma informação que será desenvolvida no texto 
 d) contesta a informação apresentada anteriormente 
 e) ilustra uma ideia que ainda será apresentada 
Texto para as questões 5, 6 e 7: 
Ensinamento 
Minha mãe achava estudo 
a coisa mais fina do mundo. 
Não é. 
A coisa mais fina do mundo é o sentimento. 
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, 
ela falou comigo: 
“Coitado, até essa hora no serviço pesado”. 
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente. 
Não me falou em amor. 
Essa palavra de luxo. 
(Adélia Prado) 
 PORTUGUÊS 
 PROFA. GLÍCIA KELLINE 
 
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5. No texto, percebe-se a presença de mais de um ponto 
de vista. São eles: 
 a) o do enunciador e o da mãe 
 b) o da mãe e o do pai 
 c) o do leitor e o da mãe 
 d) o do enunciador e o do leitor 
 e) o do enunciador e o do pai 
6. Após a leitura atenta do texto, deve-se entender o 
“Ensinamento”, a que o título faz referência, como a: 
 a) utilização do estudo como possibilidade de diferenciação 
social 
 b) valorização do trabalho através da dedicação do pai ao 
“fazer serão" 
 c) importância das atitudes de amor representadas pelo 
cuidado da mãe com o pai 
 d) irrelevância do trabalho doméstico diante da atividade 
desenvolvida pelo pai 
 e) obrigatoriedade de observação do cotidiano familiar por 
parte dos filhos 
7. O último verso do texto emprega o pronome “essa” 
como recurso coesivo. Seu uso pode ser explicado uma 
vez que: 
 a) antecipa uma ideia que será apresentada 
 b) faz referência a algo próximo ao leitor 
 c) sinaliza uma referência temporal 
 d) resume elementos de uma enumeração 
 e) retoma um termo citado anteriormente 
 
Texto para as questões 8 e 9: 
Carnaval de trazer por casa 
 Quinze dias antes já os olhos se colavam aos pés, com 
medo de uma queda que acabasse com o Carnaval. Subíamos 
e descíamos as escadas, como quem pisa algodão. [...] Nós 
éramos todas meninas. Tínhamos a idade que julgávamos ser 
eterna. Sonhávamos com os cinco dias mais prometidos do 
ano. A folia começava sexta-feira e só terminava terça quando 
as estrelas iam muito altas. Havia o cheiro das bombinhas que 
tinham um odor aproximado ao dos ovos podres e que se 
misturava com o pó do baile que se colava aos lábios. Que se 
ressentiam vermelhos de dor. Havia o cantor esganiçado em 
palco a tentar a afinação, que quase nunca conseguia: [...] 
Depois os bombos saíam à rua, noite fora, dia adentro. [...] E 
na noite que transformava o frio do inverno no calor do 
Carnaval, eu tinha a certeza de que aquele som dos bombos 
fazia parte do meu código genético. E que o Carnaval ia estar 
sempre presente nas ruas estreitas da minha aldeia, assim, 
igual a si próprio, com os carros de bois a chiar pelas ruas, 
homens vestidos de mulheres com pernas cheias de pelos, 
mulheres vestidas de bebês, o meu pai vestido de François 
Mitterrand e eu com a certeza de que o mundo estava todo 
certo naqueles cinco dias, na minha aldeia. 
 O outro, o que via nas televisões, não era meu. 
(FREITAS, Eduarda. Revista Carta Capital. Disponível em: 
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/carnaval-de-
trazer-por-casa/?autor=40. Acesso em set. 2016.) 
8. A expressão “O outro”, presente no último parágrafo 
encerra uma oposição que deve ser entendida como: 
 a) juventude e velhice 
 b) televisão e paixão 
 c) organização e desordem 
 d) realidade e fantasia 
 e) rapidez e eternidade 
9. O texto expõe memórias coletivas através do olhar 
de um narrador. Assinale a opção em que se destaca um 
vocábulo que evidencie essa ideia de coletividade. 
 a) “Quinze dias antes já os olhos se colavam aos pés" 
 b) “Subíamos e descíamos as escadas, como quem pisa 
algodão.” 
 c) “A folia começava sexta-feira e só terminava terça” 
 d) “Que se ressentiam vermelhos de dor.” 
 e) “E que o Carnaval ia estar sempre presente nas ruas 
estreitas” 
Texto para as questões 10 e 11: 
Meu engraxate 
 É por causa do meu engraxate que ando agora em plena 
desolação. Meu engraxate me deixou. 
 Passei duas vezes pela porta onde ele trabalhava e nada. 
Então me (1) inquietei, não sei que (2) doenças mortíferas, 
que (3) mudança pra outras portas se passaram em mim, 
resolvi perguntar ao menino que(4) trabalhava na outra 
cadeira. O menino é um retalho de hungarês, cara de infeliz, 
não dá simpatia alguma. E tímido, o que torna instintivamente 
a gente muito combinado com o universo no propósito de 
desgraçar esses desgraçados de nascença. “Está vendendo 
bilhete de loteria”, respondeu antipático, me (5) deixando 
numa perplexidade penosíssima: pronto! Estava sem 
engraxate! Os olhos do menino chispeavam ávidos, porque 
sou um dos que ficam fregueses e dão gorjeta. Levei 
seguramente um minuto pra definir que tinha de continuar 
engraxando sapatos toda a vida minha e ali estava um menino 
que, a gente ensinando, podia ficar engraxate bom. 
 PORTUGUÊS 
 PROFA. GLÍCIA KELLINE 
 
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(ANDRADE, Mário de. Os Filhos da Candinha. São Paulo, 
Martins, 1963. P. 167.) 
10. Assinale a alternativa correta. 
 a) O narrador está desolado por ter perdido contato com o 
engraxate a quem se ligava por fortes laços afetivos 
 b) A razão da perplexidade do narrador está relacionada ao 
fato de ele ter perdido os serviços do engraxate 
 c) O narrador deseja encontrar o engraxate para lhe 
agradecer os serviços que recebera 
 d) O narrador sente inveja do engraxate, já que este agora 
vende bilhetes de loteria 
11. É correto afirmar que: 
 a) num texto, o significado de uma parte depende de sua 
relação com outras partes: se considerássemos apenas o 
primeiro parágrafo de forma isolada, a relação entre o 
narrador e o engraxate seria diferente daquela verificada ao 
longo da narrativa 
 b) o texto é um tecido, uma estrutura construída de tal modo 
que as frases podem ter significado autônomo, ou seja, num 
texto, o sentido de uma frase não tem correlação com as 
demais frases. Ao longo do texto, confirma-se a desolação do 
narrador pelo abandono de seu amigo engraxate 
 c) Por trás dessa história inventada, existe um 
pronunciamento de quem produziu o texto: as pessoas são 
ingratas por natureza, afinal somos seres humanos 
 d) Para o autor do texto, as relações sociais devem ser 
movidas pelos interesses recíprocos e a troca de favores 
12. Texto I 
 Todo ponto de vista é a vista de um ponto 
Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com 
os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. 
Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender 
como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e 
qual é a sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma 
releitura. 
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para 
compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem 
olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que 
experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, 
como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças 
o animam. Isso faz da compreensão sempre uma 
interpretação. 
Sendo assim, fica evidente que cada leitor é um coautor. 
Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque 
compreende e interpreta a partir do mundo que habita. 
(Leonardo Boff. A águia e a galinha. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 
1997. p9-10). 
 
O texto II explora a questão proposta pelo texto I através de 
uma situação concreta. Considerando essa relação entre 
textos, é correto afirmar que: 
 a) a neve, enquanto fenômeno natural, não deveria propiciar 
percepções distintas, mas gerar um só resultado. 
 b) a mesma experiência produz reações diferentes em função 
da realidade de quem a vivência. 
 c) a variação de opiniões é algo tipicamente humano e 
sempre independe da observação da realidade 
experimentada. 
 d) a diferença de experiência retratada pela charge é 
resultado da pluralidade de visões do leitor. 
13. Leia o texto para responder a questão. 
Coisas Antigas 
 [...] “Depois de cumprir meus afazeres voltei para casa, 
pendurei o guarda-chuva a um canto e me pus a contemplá-
lo. Senti então uma certa simpatia por ele; meu velho rancor 
contra os guarda-chuvas cedeu lugar a um estranho carinho, 
e eu mesmo fiquei curioso de saber qual a origem desse 
carinho. 
 Pensando bem, ele talvez derive do fato, creio que já 
notado por outras pessoas, de ser o guarda-chuva o objeto do 
mundo moderno mais infenso a mudanças. Sou apenas um 
quarentão, e praticamente nenhum objeto de minha infância 
existe mais em sua forma primitiva. De máquinas como 
telefone, automóvel etc., nem é bom falar. Mil pequenos 
objetos de uso mudaram de forma, de cor, de material; em 
alguns casos, é verdade, para melhor; mas mudaram. [...] 
 O guarda-chuva tem resistido. Suas irmãs, as sombrinhas, 
já se entregaram aos piores desregramentos futuristas e tanto 
abusaram que até caíram de moda. Ele permaneceu austero, 
negro, com seu cabo e suas invariáveis varetas. De junco fino 
ou pinho vulgar, de algodão ou de seda animal, pobre ou rico, 
ele se tem mantido digno. [...]” Rubem Braga 
De acordo com o texto, analise as afirmativas e assinale a 
alternativa correta. 
 PORTUGUÊS 
 PROFA. GLÍCIA KELLINE 
 
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I. O texto discorre sobre um objeto de uso comum 
que tem resistido às mudanças que ocorrem 
naturalmente com o tempo. 
II. O narrador se mostra introspectivo e expressa 
apatia ao observar que o guarda-chuva se 
mantém obsoleto nos dias atuais. 
III. As expressões junco e pinho, que aparecem no 
último parágrafo, referem-se aos tipos de metais 
utilizados na fabricação das varetas do guarda-
chuva. 
A)Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
B)Apenas a afirmativa a II está correta. 
C)Apenas a afirmativa I está correta. 
D)Apenas a afirmativa III está correta. 
14. Leia com atenção trecho do texto “O que é 
algoritmo?” de Ana Paula Pereira (TecMundo) para 
responder à questão a seguir. 
(adaptado) 
 Nos dias atuais e com a evolução galopante da tecnologia, 
dificilmente encontramos pessoas que nunca tenham utilizado 
um computador. Os propósitos podem variar bastante, seja 
para edição de textos, jogos ou atividades mais complexas. Já 
é difícil de imaginar nossas vidas sem o uso dessa ferramenta. 
 Nessa atividade tão comum ao nosso cotidiano, você 
algum dia deve ter parado para pensar como os programas 
funcionam. Você deve ter feito a si mesmo esta pergunta: 
como é que o computador faz todas as tarefas exatamente da 
forma que você pede? A resposta é mais simples do que 
parece: ele segue as instruções que você passa. 
 Mas, para que ele consiga entender o que você fala, ele 
precisa de uma linguagem mais específica. Para fazer essa 
interpretação entre homem e máquina, foram desenvolvidas 
as linguagens de programação. Para que essa interação seja 
possível, eles são fundamentais: os algoritmos. 
 Um algoritmo nada mais é do que uma receita que mostra 
passo a passo os procedimentos necessários para a resolução 
de uma tarefa, como a receita de um bolo. Ele não responde 
à pergunta “o que fazer?”, mas sim “como fazer”. Em termos 
mais técnicos, um algoritmo é uma sequência lógica, finita e 
definida de instruções que devem ser seguidas para resolver 
um problema ou executar uma tarefa. 
Embora você não perceba, utiliza algoritmos de forma intuitiva 
e automática diariamente quando executa tarefas comuns. 
Como estas atividades são simples e dispensam ficar 
pensando nas instruções necessárias para fazê-las, o 
algoritmo presente nelas acaba passando despercebido. 
Considerando o texto, os elementos de coesão referencial e a 
Gramática Normativa da Língua Portuguesa, analise as 
afirmativas abaixo e dê valoresVerdadeiro (V) ou Falso (F). 
( ) No trecho “Nessa atividade tão comum ao nosso cotidiano”, 
o termo destacado “nessa” é a contração da preposição “em” 
e do pronome demonstrativo “essa”, que funciona como um 
recurso anafórico por fazer referência a algo já mencionado 
no texto. 
( ) No trecho “Você deve ter feito a si mesmo esta pergunta”, 
o termo destacado “esta” funciona como elemento catafórico 
de coesão, já que se refere a uma expressão enunciada 
posteriormente a ele no texto. 
( ) No trecho “que devem ser seguidas para resolver um 
problema ou executar uma tarefa.”, a palavra “que” é um 
pronome relativo que retoma anaforicamente a expressão 
“sequência lógica”. 
( ) No trecho “Para realizar essa interação, eles são 
fundamentais: os algoritmos.”, o termo destacado “eles” é um 
pronome pessoal que possui no texto função anafórica, já que 
tem função de retomar um referente mencionado. 
( ) No trecho “nas instruções necessárias para fazê-las” o 
termo destacado “las” é um pronome pessoal que possui 
função catafórica, já que se refere a um termo utilizado depois 
dele no texto. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de 
cima para baixo. 
A) V, V, V, F, V. 
B) F, V, V, V, F. 
C) F, V, F, V, V. 
D) V, V, F, F, F. 
 
15. Leia o infográfico (Pinimg) para responder à 
questão. 
 
 PORTUGUÊS 
 PROFA. GLÍCIA KELLINE 
 
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Sobre as informações contidas no infográfico, assinale a 
alternativa correta. 
A) O infográfico informa sobre como hábitos cotidianos 
produzem certos tipos de neurotransmissores e quais são as 
consequências da liberação destas substâncias em nosso 
corpo e nossa vida. 
B) De acordo com o infográfico, a endorfina, produzida pelo 
consumo de chocolate, é nociva ao nosso organismo e precisa 
ser evitada. 
C) A coluna central do infográfico aponta todas as vitaminas 
que precisamos consumir cotidianamente para cultivar uma 
vida saudável. 
D) De acordo com o infográfico, a troca de afetos produz 
melatonina que é o neurotransmissor que melhora a qualidade 
de nosso sono. 
16. Leia com atenção um trecho de uma reportagem 
sobre “Mães solo” para responder à questão a seguir. 
(Adaptado) 
 É muito comum escutarmos por aí as pessoas utilizando 
a expressão “mãe solteira” para se referir àquelas mulheres 
que criam sozinhas os seus filhos. E por que não é adequado 
utilizarmos essa expressão? 
 O termo “mãe solo” surgiu como uma forma de dar 
enfoque ao compromisso assumido pela mãe em se 
responsabilizar pelos cuidados da criança por ela gerada ou 
adotada. Mas é importante entendermos a maternidade como 
algo muito complexo, que se dá para além do estado civil da 
mulher. 
 Se o pai não divide a criação com a mãe igualitariamente, 
50 a 50% do tempo, ela ainda será considerada uma mãe solo 
– mesmo que ele coloque seu nome na certidão do filho(a), 
pague a pensão que deve e veja a criança algumas vezes 
durante a semana. (...) Infelizmente ainda existe uma cultura 
que viabiliza esse comportamento masculino de isenção 
perante a paternidade, mas o contrário parece impensável 
para as mulheres, que ainda são alvo de críticas, caso não 
cumpram suas funções maternas de maneira esperada. 
 Segundo dados colhidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística), em 2005, 10,5 milhões de famílias já 
eram compostas por mulheres sem cônjuge e com filhos, 
sendo elas as principais responsáveis pela criação dos 
mesmos. Nos últimos 10 anos, o número de “mães solo” no 
Brasil aumentou em mais de um milhão. Ao mesmo tempo, a 
taxa de fecundidade caiu de 2,38 filhos por mulher para 1,9, 
em 2010. Esse decréscimo está ligado ao aumento da 
escolaridade feminina, que teve sua presença intensificada 
tanto no ensino médio como nas universidades, superando os 
números masculinos neste mesmo processo. 
A partir da leitura e interpretação do texto, assinale a 
alternativa incorreta. 
A) De acordo com o texto, o termo “mãe solo” faz referência 
a mulheres que assumiram completamente ou 
majoritariamente os cuidados e a responsabilidade por seus 
filhos. 
B) O termo “mãe solo” não discrimina a maternidade adotiva 
podendo ser empregado para referir-se tanto a mães de filhos 
biológicos como de filhos adotivos. 
C) A diferença de uso das expressões “mãe solteira” e “mãe 
solo” reside no fato de deslocar a compreensão da 
maternidade para além do estado civil da mulher. 
D) O decréscimo do número de “mães solo” no Brasil se deve, 
entre outros fatores, ao aumento da escolaridade feminina. 
17. Leia abaixo este capítulo e responda a questão. 
Para se vingar de uma, que o havia traído, o rei degolava 
todas. 
No crepúsculo se casava, na alvorada enviuvava. 
Uma atrás da outra, as virgens perdiam a virgindade e a 
cabeça. 
Sherazade foi a única que sobreviveu à primeira noite, e 
depois continuou trocando uma história por cada novo dia de 
vida. 
Essas histórias, por ela escutadas, lidas ou imaginadas, a 
salvavam da decapitação. As dizia em voz baixa, na penumbra 
do quarto, sem outra luz que a da lua. Dizendo essas histórias 
sentia prazer, e dava prazer, mas tomava muito cuidado. Às 
vezes, em pleno relato, sentia que o rei estava examinando 
seu pescoço. 
Se o rei se aborrecesse, estava perdida. 
De medo de morrer nasceu a maestria de narrar. 
Ref. In: GALEANO, Eduardo. Mulheres. Tradução de Eric 
Nepomuceno e Sergio Faraco. Porto Alegre, RS: L&PM, 2017. 
Sobre a interpretação do texto acima, assinale a alternativa 
incorreta: 
A) Sherazade se gaba da sua astúcia por escapar do destino 
trágico das outras virgens que a precederam, por meio de sua 
habilidosa capacidade de narrar e extrema beleza. 
B) A história de Sherazade conta que as histórias ouvidas, 
lidas ou imaginadas por ela foram a real causa dela não ser 
decapitada pelo rei. 
C) O rancor do rei foi gerado por ele ter sido traído por uma 
mulher, e, como resposta, degolava todas as suas esposas 
depois da primeira noite, com exceção de Sherazade. 
D) O prazer proporcionado e sentido por Sherazade em suas 
noites com o rei era suscitado pelas narrativas que ocupavam 
a madrugada, na penumbra do quarto. 
 
 PORTUGUÊS 
 PROFA. GLÍCIA KELLINE 
 
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GABARITO 
1. A 
2. E 
3. D 
4. A 
5. A 
6. C 
7. E 
8. D 
9. B 
10. B 
11. A 
12. B 
13. C 
14. C 
15. A 
16. D 
17. A 
 
 
Ainda sobre texto: 
 
TIPOLOGIA TEXTUAL E 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 
 
1. Leia com atenção um trecho de uma reportagem 
sobre “Mães solo” para responder à questão a seguir. 
(Adaptado) 
De acordo com o texto e com a Gramática Normativa da 
Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta. 
A) O texto é um gênero em que predomina a sequência 
tipológica injuntiva já que incentiva a compra de 
contraceptivos que evitariam o aumento do número de mães 
solo no Brasil. 
B) A sequência textual predominante no texto acima é a 
narrativa, pois explora detalhes e informações caracterizando 
singularmente os raros casos de maternidade solo no Brasil. 
C) A reportagem pode ser lida como um texto informativo que 
além de atualizar a nomenclatura sobre maternidade solo, faz 
uso de dados numéricos que contextualizam a realidade das 
mães no Brasil. 
D) O trecho é prioritariamente argumentativo ao defender de 
modo enfático pontos de vista sobre a necessidade de 
planejamento familiar para evitar assim que crianças cresçam 
sem a presença do pai. 
 La Loba (Adaptado) 
 Existe uma velha que vivenum lugar oculto de que todos 
sabem, mas que poucos já viram. Como nos contos de fadas 
da Europa oriental, ela parece esperar que cheguem até ali 
pessoas que se perderam, que estão vagueando ou à procura 
de algo. 
 Ela é circunspecta, quase sempre cabeluda e 
invariavelmente gorda, e demonstra especialmente querer 
evitar a maioria das pessoas. Ela sabe crocitar e cacarejar, 
apresentando geralmente mais sons animais do que humanos. 
(...) 
 O único trabalho de La Loba é o de recolher ossos. Sabe-
se que ela recolhe e conserva especialmente o que corre o 
risco de se perder para o mundo. Sua caverna é cheia dos 
ossos de todos os tipos de criaturas do deserto: o veado, a 
cascavel, o corvo. Dizem, porém, que sua especialidade reside 
nos lobos. 
 Ela se arrasta sorrateira e esquadrinha as montanhas 
(...), leitos secos de rios, à procura de ossos de lobos e, 
quando consegue reunir um esqueleto inteiro, quando o 
último osso está no lugar e a bela escultura branca da criatura 
está disposta à sua frente, ela senta junto ao fogo e pensa na 
canção que irá cantar. 
 Quando se decide, ela se levanta e aproxima-se da 
criatura, ergue seus braços sobre o esqueleto e começa a 
cantar. É aí que os ossos das costelas e das pernas do lobo 
começam a se forrar de carne, e que a criatura começa a se 
cobrir de pelos. La Loba canta um pouco mais, e uma 
proporção maior da criatura ganha vida. Seu rabo forma uma 
curva para cima, forte e desgrenhado. 
 La Loba canta mais, e a criatura-lobo começa a respirar. 
E La Loba ainda canta, com tanta intensidade que o chão do 
deserto estremece, e enquanto canta, o lobo abre os olhos, 
dá um salto e sai correndo pelo desfiladeiro. 
 Em algum ponto da corrida, quer pela velocidade, por 
atravessar um rio respingando água, quer pela incidência de 
um raio de sol ou de luar sobre seu flanco, o lobo de repente 
é transformado numa mulher que ri e corre livre na direção 
do horizonte. 
 Por isso, diz-se que, se você estiver perambulando pelo 
deserto, por volta do pôr-do-sol, e quem sabe esteja um 
pouco perdido, cansado, sem dúvida você tem sorte, porque 
La Loba pode simpatizar com você e lhe ensinar algo — algo 
da alma. 
(Fonte: ESTÉS, Clarissa Pinkola. Mulheres que correm com os 
lobos. Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. 
Tradução Waldéa Barcellos. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 
1994, pg. 43-44.) 
2. Com base na análise textual da história “La Loba”, 
analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa 
correta. 
I. Os dois primeiros parágrafos da história podem ser 
caracterizados como descritivos pelo fato de o narrador ter 
como prioridade a caracterização da personagem, marcando, 
assim, a inexistência de progressão temporal. 
II. O trecho “Quando se decide, ela se levanta e aproxima-se 
da criatura, ergue seus braços sobre o esqueleto e começa a 
cantar. É aí que os ossos das costelas e das pernas do lobo 
começam a se forrar de carne, e que a criatura começa a se 
cobrir de pelos”, pode ser caracterizado como narrativo pela 
existência de uma progressão temporal. 
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III. A história pode ser compreendida como um texto 
argumentativo visto que defende um mito e conta com a 
descrição e a narração estratégias argumentativas para 
sustentar a existência de La Loba. 
IV. O texto acima apresenta uma unidade de sentido, pois 
apresenta progressão temporal, encadeamento lógico e 
centralidade temática, podendo, assim, ser caracterizado 
como dissertativo. 
Estão corretas as afirmativas: 
A) I, II e III apenas. 
B) I e II apenas. 
C) III apenas. 
D) III e IV apenas. 
3. Observe o texto. 
“Código penal é um conjunto formado por leis penais 
sistemáticas, utilizadas para punir e evitar os delitos criminais 
cometidos no âmbito social e que infrinjam as normas 
estabelecidas pela Constituição vigente. O código penal tem 
como base o Direito Penal (também conhecido por Direito 
Criminal), responsável por ajudar a garantir o 
desenvolvimento e crescimento de uma sociedade livre de 
ações criminais e perversas ao bem comum ou à vida das 
pessoas.” 
Baseando-se na tipologia textual, assinale a alternativa 
correta: 
A) Trata-se de um texto descritivo, pois apresenta a descrição 
de algo ou alguém. 
B) Texto narrativo, que apresenta um depoimento sobre o 
código penal no Brasil. 
C) Texto descritivo, onde há uma notória predominância de 
substantivos, adjetivos e locuções adjetivas em detrimentos 
de verbos. 
D) Texto dissertativo argumentativo, apresenta um padrão do 
estilo de redação no Brasil. 
E) Texto expositivo informativo, pois transmite informações 
sobre determinado tema, com neutralidade. 
 
Texto 
Gravidez por substituição 
“Carrego seu flho por R$50 mil” 
Proibida no Brasil, barriga de aluguel movimenta internet 
com grupos de oferta e procura (Clarissa Pains) 
“Cedo meu útero por R$30 mil em dinheiro e um carro a 
partir do ano de 2012.” 
“Alugo barriga por R$50 mil para terminar de construir 
minha casa.” 
 “Se você não tiver dinheiro, mas puder me arrumar um 
emprego, alugo meu útero sem custos.” 
 Ao rolar a página de um grupo público sobre barriga de 
aluguel na internet, a sensação é de estar vendo uma seção 
de classifcados. As mulheres informam quanto cobram e quais 
são suas exigências, e os possíveis contratantes selecionam 
as que mais se encaixam no perfl que procuram e entram em 
contato. Os valores costumam variar de R$10 mil a R$50 mil, 
e muitas “candidatas” se dispõem a viajar para outros 
estados. Tão explícitas na rede, essas transações comerciais 
são, no entanto, proibidas no Brasil. Por aqui, só se pode 
“emprestar” a barriga para parentes de até quarto grau e se 
não houver dinheiro envolvido, no que é chamado 
tecnicamente de cessão temporária de útero ou gravidez por 
substituição. 
 Quem tenta driblar isso, tem, em geral, consciência da 
proibição, mas alega necessidade fnanceira.[...] 
 O tema não é consenso mesmo entre especialistas em 
reprodução. Para Maria Cecília, ter uma barriga solidária 
dentro da família e sem pagar é o ideal por uma questão 
emocional e de segurança para os pais e o bebê, mas a 
proibição da transação comercial traz outros problemas. 
 - O vínculo comercial dá, sim, margem a práticas de má-
fé. No entanto, é uma faca de dois gumes: quando você 
proíbe, acham um jeito de fazer de forma clandestina e, 
portanto, insegura. Proibir não é o melhor caminho, mas isso 
é uma opinião pessoal – diz ela. 
 Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida 
(SBRA), Marcio Coslovsky ressalta que o objetivo da norma é, 
acima de tudo, impedir que se atente contra a dignidade 
humana: 
 - A ideia é proteger as pessoas e não explorar a miséria 
delas. A única ponderação que cabe notar é que tal proibição, 
de forma geral, é associada à classe social: quem tem dinheiro 
pode pegar um avião e fechar um contrato de barriga de 
aluguel, porque vários países permitem. [...] 
 Outra especialista, Claudia Navarro diz, ainda, que uma 
“inseminação caseira”, feita fora das clínicas especializadas, 
envolve uma série de perigos. 
 - Há risco grave de infecção. Nas clínicas, o sêmen fca 
guardado seis meses antes de ser usado, para dar tempo de 
a janela de incubação dos vírus terminar. Isso nos dá garantia 
de que a pessoa não tem HIV, por exemplo – diz ela. – E se, 
além da barriga, a mulher usar seu óvulo, ela será mãe de 
fato da criança. Pode, no futuro, pedir guarda, pensão. São 
muitas consequências. 
 (Fonte: Jornal O Globo, 25/02/2018) 
4. O texto em análise pertence ao gênero jornalístico e 
apresenta um potencial informativo. Contribuem para 
issotodos os elementos linguísticos listados abaixo, 
EXCETO: 
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A) o emprego da terceira pessoa do discurso. 
B) predomínio do registro informal como em “rolar” (4º§). 
C) referência a autoridades na área em questão. 
D) reprodução de falas por meio das citações. 
 
5. Leia com atenção o poema de Gregório de Matos: 
 
Três dúzias de casebres remendados, 
Seis becos de mentrastos entupidos 
Quinze soldados rotos e despidos 
Doze porcos na praça bem criados. 
Dois conventos, seis frades, três letrados 
Um juiz com bigodes sem ouvidos 
Três presos de piolhos carcomidos 
Por comer dois meirinhos esfaimados. 
As damas com sapatos de baeta 
Palmilha de tamanca como frade 
Saia de chita, cinta de raquete. 
O feijão que só faz ventosidade 
Farinha de pipoca, pão de greta 
De Sergipe Del Rei esta é a cidade. 
 
Quanto à tipologia textual usada pelo escritor analise 
as afirmativas a seguir: 
I. É uma descrição, por relatar as características de um local. 
II. É uma dissertação, por analisar e interpretar dados reais 
sobre a cidade de Sergipe Del Rei. 
III. É apenas a definição de uma linda cidade aos olhos do 
poeta. 
IV. É uma exposição, são apresentadas informações sobre 
assuntos e fatos específicos; expõe ideias; explica; avalia; 
reflete. 
Estão corretas as afirmativas: 
A) I e IV, apenas. 
B) I, apenas. 
C) III e IV, apenas. 
D) III apenas. 
 
GABARITO 
1- C 
2- B 
3- E 
4- B 
5- B 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 2 
 
PRONOME 
 
 
 
1. O pronome relativo destacado em “as operações 
cerebrais, nas quais seus instrumentos cirúrgicos 
deslizam” (2º§) poderia ser substituído, sem prejuízo 
de sentido e adequando-se à norma, por: 
 a) o qual. 
b) das quais. 
c) que. 
d) as quais. 
e) em que. 
2. Considere o fragmento abaixo para responder à 
questão. 
“O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans 
azuis, camisa xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no 
banquinho alto do balcão do botequim e ficou esperando sem 
pressa que o rapaz viesse atendê-lo.” 
O pronome pessoal destacado no trecho faz referência 
à seguinte palavra: 
a) homem. 
b) banquinho. 
c) balcão. 
d) botequim. 
3. Em “Há algum tempo venho afinando certa mania.” 
(1º§), nota-se que o termo destacado pertence à 
seguinte classe gramatical: 
a) substantivo. 
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b) adjetivo. 
c) pronome. 
d) advérbio. 
e) interjeição. 
4. Maria chorando ao telefone 
 O telefone toca aqui em casa, atendo, uma voz de mulher 
estranhíssima pergunta por mim, e antes que eu tome 
providências para dizer que é minha irmã que fala, ela me diz: 
é você mesma. O jeito foi eu ficar sendo eu própria. Mas... ela 
chorava? Ou o quê? Pois a voz era claramente de choro 
contido. “Porque você escreveu dizendo que não ia mais 
escrever romances.” “Não se preocupe, meu bem, talvez eu 
escreva mais uns dois ou três, mas é preciso saber parar. Que 
é que você já leu de mim?“ “Quase tudo, só falta A cidade 
sitiada e A legião estrangeira.” “Não chore, venha buscar aqui 
os dois livros.” “Não vou não, vou comprar.” ”Você está 
bobeando, eu estou oferecendo de graça dois livros 
autografados e mais um cafezinho ou um uísque.” [...] 
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: 
Rocco, 1999) 
No trecho “Você está bobeando”, percebe-se que, com 
o emprego do pronome de tratamento, a autora 
consegue: 
a) dirigir-se aos leitores de modo geral. 
b) fazer referência a um interlocutor específico. 
c) criar uma intervenção formal no diálogo. 
d) afastar-se de um projeto de leitor ideal. 
e) mostrar que não tem intimidade com quem fala. 
5. Considerando o emprego do pronome “se” em: 
“A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos 
e afetos.” (3º§), 
Nota-se uma ambiguidade oriunda do emprego incomum da 
forma passiva sintética. Desse modo, NÃO entendendo a 
construção como passiva, o leitor compreenderia a passagem 
da seguinte forma: 
a) A alma tem suas dores, e para que cure a si mesma 
necessita de projetos e afetos 
b) A alma tem suas dores, e para que seja curada necessita 
de projetos e afetos 
c) A alma tem suas dores, e para que se sinta curada necessita 
de projetos e afetos 
d) A alma tem suas dores, e para que a curem necessita de 
projetos e afetos 
e) A alma tem suas dores, e para que busque a cura necessita 
de projetos e afetos 
6. Em “Não me falou em amor.” (v.9), o pronome 
destacado participa da estrutura da oração exercendo a 
função sintática de: 
a) sujeito 
b) objeto direto 
c) complemento nominal 
d) objeto indireto 
e) adjunto adnominal 
 “Uma porta pode estar aberta, encostada, entreaberta, 
escancarada. Na relação escancarada, tudo é possível e 
nada é passível de ciúme (parece que esse fenômeno só 
aconteceu uma vez, e foi nos anos 1970). Há muitas relações 
escancaradas que, quando você vai ver de perto, são de fato 
escancaradas, mas não são relações: não se pode dizer que 
existe uma porta aberta porque não há sequer porta, já que 
tampouco há parede.” 
7. No quarto parágrafo, o autor emprega dois pronomes 
indefinidos em “tudo é possível e nada é passível de 
ciúme” e, por meio deles: 
a) constrói uma ambiguidade. 
b) indica a construção de um paradoxo. 
c) aponta ideias que não são excludentes. 
d) sinaliza uma incoerência nos relacionamentos. 
8. Considerando a Norma Padrão, em “não se pode dizer 
que existe uma porta aberta” (4º§), o emprego, em 
próclise, do pronome oblíquo deve-se: 
a) a um uso facultativo desse registro. 
b) à presença de uma palavra atrativa. 
c) a uma exigência do tempo verbal. 
d) a uma reprodução do discurso oral. 
9. Considere as ocorrências de pronomes oblíquos 
átonos nos seguintes fragmentos retirados do 5º 
parágrafo do texto. Em seguida, assinale a alternativa 
que faz um comentário correto quanto à adequação da 
colocação desses pronomes em relação à Norma 
Padrão. 
I. O grupo moveu-se para tomar lugar” 
II. “recusou o convite gentil, sentia-se quase um estranho” 
III. “Despediu-se.” 
IV. “uma certeza de que nem tudo se perde” 
a) Apenas I e III estão corretas. 
b) Todas estão corretas. 
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c) Apenas I e II estão corretas. 
d) Apenas a III está correta. 
10. 
Facebook deixa você depressivo 
Pura inveja. Você vai fuçar na vida alheia e descobre que seu 
ex-chefe, aquele mala, está de férias em Cancún. E o cara 
mais chato da faculdade conseguiu o emprego dos seus 
sonhos. Pior: postaram fotos, com a felicidade estampada na 
cara. E você ali, estagnado no trabalho, sem um centavo para 
viajar. O cotovelo coça. Todo mundo parece mais feliz do que 
você. Pobrecito... 
Não se preocupe. Isso parece acontecer com a maioria das 
pessoas que acessam o Facebook com frequência. Os 
sociólogos Hui-Tzu Grace Chou e Nicholas Edge, da 
Universidade de Utah Valley, conversaram com 425 
estudantes sobre a vida: se estavam felizes ou não com o 
rumo das coisas. E se os amigos pareciam felizes. Também 
disseram quanto concordavam com expressões como “a vida 
é justa” ou “muitos dosmeus amigos têm uma vida melhor 
do que a minha”. Aí então contaram quantos amigos cada um 
tinha no Facebook e quanto tempo passava on-line - a média 
foi de cinco horas por semana. 
E concluíram: quanto mais horas uma pessoa passa no 
Facebook, maior a chance de achar que a vida dos outros anda 
melhor. Isso acontecia ainda mais quando as pessoas não 
conheciam muito bem os contatos do Facebook. 
A explicação é fácil. Ninguém (ou quase ninguém) posta fotos 
tristes no Facebook. É só alegria - mesmo se a viagem for um 
fracasso e o trabalho uma furada. Só que daí, do outro lado 
da tela, tudo parece perfeito. Menos a sua vida, real e 
completa, com dias bons e ruins. Eu, hein. 
(Disponível em: http://superabril.com.br. Acesso em 
18/05/16) 
Ao empregar o pronome “você”, no título do texto, o 
autor está se referindo: 
a) aos sociólogos citados 
b) aos usuários do Facebook 
c) aos leitores em geral 
d) apenas a si próprio 
11. Das opções abaixo, assinale a única que apresenta 
corretamente a colocação do pronome. 
a) Esqueci de te contar que vi ele na rua. 
b) Nunca pode-se falar mal de quem não conhece-se 
c) Esta situação se-refere a assuntos empresariais. 
d) Precisa-se de bons funcionários. 
12. Assinale a alternativa que apresenta a correta 
colocação do pronome. 
a) O aluno tinha-o deixado na escola. 
b) Nunca esqueça-se de mim. 
c) Naquela escola em que formei passei-me bons momentos. 
d) Você nos emocionou com suas palavras 
13. 
COMUNIDADES - DAS PRIMEIRAS ÀS NOVAS LEITURAS 
DO CONCEITO 
(...) 
Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebe-se que 
a ideia de comunidade remete ao sentimento de vida em 
comum fundado nas relações de parentesco e vizinhança, 
baseado na reciprocidade, norteado por laços afetivos que 
ligam indivíduos que convivem em um mesmo espaço físico e 
nele adquirem os recursos básicos para a sua subsistência. 
Cada um dos autores apresentados por Fernandes atribui 
valor a um ou outro dos atributos. Mas, se pudéssemos 
identificar um tipo ideal de comunidade, no sentido weberiano 
do termo, a partir dos diversos autores reunidos por 
Fernandes, esta teria: base territorial comum, fortes laços 
afetivos, reciprocidade, autonomia política e econômica e 
subordinação do individual ao social. 
Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e 
contratuais. Na medida em que compartilham determinado 
interesse, indivíduos podem se associar para alcançar 
objetivos relacionados ao mesmo, embora não 
necessariamente tenham outros aspectos de suas vidas 
compartilhados, tais como relações de parentesco, 
interdependências econômicas ou convivam numa mesma 
base territorial. Portanto, o conceito de sociedade é mais 
amplo e inclui o de comunidade. 
Essa diferenciação conceituai vem à tona a partir do 
aprofundamento do processo da divisão social do trabalho. A 
fragmentação das atividades laborais, a prevalência do 
contrato sobre o status, a multiplicação dos grupos formais, a 
passagem da família para o Estado como forma de 
organização social predominante e a ampliação e 
internacionalização das trocas comerciais são algumas 
condições sociais que promovem modos de vida societários e 
fundamentam a separação conceituai entre comunidade e 
sociedade; e, mesmo, sugerem a passagem da primeira forma 
à segunda como modo predominante de agrupamento social, 
embora a bibliografia seja quase unânime em afirmar a 
coexistência entre as duas formas sociais ao longo da História. 
(...) 
http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/78561/83
089 -acesso em 02/05/2016. 
Com base na leitura do texto, especificamente do trecho 
citado, indique a alternativa que somente apresenta 
pronomes. Assinale a alternativa correta. 
Cada um dos autores apresentados por Fernandes 
atribui valor a um ou outro dos atributos. 
http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/78561/83089%20-acesso%20em%2002/05/2016
http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/78561/83089%20-acesso%20em%2002/05/2016
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a) Cada, dos, a 
b) Cada, outro 
c) Cada, outro, das 
d) Cada, dos 
14. Assinale a alternativa que indica a colocação correta 
do pronome. 
a) Estas atividades são para mim fazer. 
b) Estes trabalhos chegaram para eu. 
c) Para eu, a prova estava muito difícil. 
d) Para mim, a lição deverá demorar um pouco mais. 
15. Observe os termos em destaque nos trechos a 
seguir e sobre eles assinale a única alternativa 
INCORRETA. levando em consideração aspectos 
morfológicos e sintáticos: 
 
I. “Verificado esse estado miserável do seu exército, o vice-
rei Li-Huang-Pô começou a meditar nos remédios que devia 
aplicar para levantar-lhe o moral e tirar de sua força armada 
maior rendimento militar” (4o §) 
II. “Ao fim de alguns meses, ele tratou de verificar os 
resultados do remédio que havia aplicado nos seus fiéis 
soldados, a fim de dar-lhes garbo, entusiasmo e vigor 
marcial.” (5o §) 
a) A diferença quanto ao número justifica-se pelos distintos 
referentes: “exército” e “fiéis soldados”, respectivamente. 
b) Em ambas as ocorrências, o “lhe” é classificado como 
pronome pessoal do caso oblíquo, atuando como um pronome 
substantivo 
c) Sintaticamente, o pronome “lhe” exerce as funções de 
adjunto adnominal e objeto indireto, respectivamente. 
d) Sem prejuízo do sentido e sem cometer infrações 
gramaticais, ambos os pronomes poderiam ser substituídos 
por “Io” e “los”, respectivamente. 
16. Em “Quem nunca usou essas expressões para 
traduzir uma emoção?“, o pronome em destaque 
cumpre papel coesivo no texto uma vez que: 
a) faz referência a uma ideia já apresentada. 
b) antecipa uma informação ainda não mencionada. 
c) estabelece uma comparação entre informações distintas. 
d) aponta para algo que está próximo ao enunciador. 
17. No trecho “Tomate previne isso, cebola previne 
aquilo,”, os pronomes demonstrativos fazem 
referência: 
a) a uma ideia mencionada anteriormente. 
b) ao que está próximo ao leitor. 
c) a algo impreciso e genérico. 
d) a um referente específico citado posteriormente. 
18. Assinale a alternativa que apresenta o pronome 
pessoal oblíquo empregado de forma correta. 
a) Eu o não vi pela manhã. 
b) Eu não vi o pela manhã. 
c) Eu não vi ele pela manhã. 
d) Eu não o vi pela manhã 
Texto associado 
19. Leia o trecho: “pendurei o guarda-chuva a um canto 
e me pus a contemplá-lo”. Assinale a alternativa que 
apresenta a regra correta que justifica o uso da 
expressão pronominal em destaque. 
A) Próclise – uso do pronome após o verbo em enunciados 
afirmativos no pretérito imperfeito. 
B) Ênclise – uso do pronome após o verbo no infinitivo 
impessoal regido por preposição. 
C) Mesóclise – uso do pronome após o verbo em enunciados 
afirmativos no presente do indicativo. 
D) Próclise – uso do pronome após o verbo em enunciados 
afirmativos no pretérito perfeito. 
Texto associado 
20. De acordo com o texto e com a Gramática Normativa 
da Língua Portuguesa, analise as afirmativas abaixo e 
assinale a alternativa correta. 
I. As expressões em destaque no trecho a seguir “estar 
familiarizado com a tecnologia da informação é tão necessário 
quanto foi no passado” são classificadas como locução 
conjuntiva e tem sentido comparativo. 
II. A expressão destacada no trecho a seguir “a entrada e 
saída de dados que recebemos do ambiente” é classificada 
como conjunção integrante. 
III. A expressão destacada no trecho a seguir “Aconselho que 
toda pessoa tenha pelo menos três contas” é classificada 
como pronome relativo. 
A) Apenas a afirmativa III está correta. 
B) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
C) Apenas as afirmativasII e III estão corretas. 
D) Apenas a afirmativa I está correta. 
Texto associado 
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21. Dentre as ocorrências do emprego do pronome 
oblíquo átono abaixo, destacadas do texto, assinale a 
alternativa incorreta de colocação considerando a 
Norma Culta. 
A) “havia donos de automóveis que se gabavam” (1º§). 
B) “´até o último parafuso’ e depois montá-los” (1º§). 
C) “os bricoleurs* de vila ou de bairro não se limitavam” 
(2º§). 
D) “Ninguém se assusta por não saber o que acontece” (5º§). 
E) “dando toda a volta, se tornou imprevisível.” (6º§). 
 
GABARITO 
1. E 
2. A 
3. C 
4. B 
5. A 
6. D 
7. C 
8. B 
9. B 
10. B 
11. D 
12. D 
13. B 
14. D 
15. D 
16. A 
17. C 
18. D 
19. B 
20. D 
21. E 
 
 
TÓPICO 3 
 
VERBO 
 
 
1. Afinal: o que é a “morte cerebral”? 
A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente 
novo na medicina e envolve o preenchimento de critérios 
clínicos e laboratoriais 
 O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. 
Possibilita que pensemos, falemos e organiza, de uma forma 
ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro, todos 
os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não poderíamos 
funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do 
ponto de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se 
para permitir manter um cérebro cada vez mais exigente e 
complexo. Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de 
alimentação, de locomoção, entre outros, para que as 
sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem 
elaboradas. 
 E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, 
todas as outras funções deixam de ser necessárias; muitas 
delas ficam descoordenadas pela simples falta da atividade 
cerebral adequada. 
 Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu 
coração parava de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está 
morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito tempo, 
também achávamos que as sensações (o amor, por 
exemplo), emanavam do coração. 
 Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte 
cerebral” e seu adequado diagnóstico são tópicos recentes e 
datam de apenas algumas décadas. A necessidade de 
conceituar formalmente a “morte cerebral” ou “morte 
encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos 
transplantes de órgãos, e tornou-se necessário protocolizar 
seu diagnóstico, já que indivíduos com morte cerebral 
poderiam então ser considerados possíveis doadores. 
 Existem algumas diferenças para a defnição de morte 
cerebral em diferentes países, mas muitos aspectos são 
comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas 
características clínicas, que são facilmente reconhecidas por 
um neurologista: falta de reação à dor, falta de 
movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e 
não responsivas à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter 
recebido nenhuma medicação nas 24 horas anteriores que 
possa causar isto. Cada um destes aspectos foi 
regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, 
as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser 
replicada, independente do ambiente em que o indivíduo 
esteja. [...] 
 Uma vez defnida adequadamente a morte encefálica, o 
indivíduo poderá ter seus órgãos doados (caso tenha havido 
consentimento para tal), um ato que possivelmente poderá 
ajudar a salvar várias vidas. A partir deste momento, as 
medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias. 
(Disponível: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-
medico/afnal-o-quee-a-morte-cerebral/ Acesso em: 
07/02/17) 
Em “Aprimoram-se os mecanismos de defesa, de 
alimentação, de locomoção” (1º§), o verbo destacado 
está flexionado no plural concordando com: 
 a) o sujeito “eles” que se encontra oculto. 
 b) o núcleo do sujeito simples “mecanismos”. 
 c) o sujeito composto “de defesa, de alimentação, de 
locomoção”. 
 d) o pronome “se” que o acompanha indicando sujeito 
indeterminado. 
 e) os complementos verbais “de defesa, de alimentação, de 
locomoção”. 
2. Quantos filhos você gostaria de ter? 
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 Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai 
passar pela sua cabeça: “Será que vou conseguir sustentar 
um filho?”. 
 Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos 
pudesse sustentar, garantindo-lhes uma boa escola, um lugar 
com algum conforto para morar e remédios quando 
necessários. 
 Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a 
para a criança engravidar durante a adolescência porque o 
corpo da menina ainda não está preparado para o parto. 
Problemas como a gestante adolescente apresentar anemia 
ou o bebê nascer prematuramente são comuns.Além de 
eventuais problemas de saúde, tem-se um problema de 
ordem social: como sustentar uma criança, já que, para 
tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda dos pais ou 
responsáveis, terá de abandonar a escola? 
 Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo 
aborto. Vale lembrar que, salvo raras exceções (estupro ou 
risco de morte para a mãe), o aborto no Brasil, é considerado 
crime. A mulher recorre, então, a clínicas clandestinas, sem 
fiscalização, e põe sua saúde em risco. Quem não tem 
condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda 
mais precários. 
 Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um 
projeto amplo de planejamento familiar que assegure aos 
mais pobres o direito de decidir quantos filhos desejam ter. 
Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos, quando, na 
verdade, conseguiriam sustentar apenas um ou dois. 
(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São 
Paulo, 2011, p. 106) 
A forma verbal “gostaria”, presente no primeiro 
parágrafo, está flexionada no seguinte tempo verbal: 
 a) futuro do pretérito. 
 b) pretérito perfeito. 
 c) pretérito imperfeito. 
 d) futuro do presente. 
Texto para as questões 3 e 4: 
 O retrato 
 (Ivan Angelo) 
 O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans 
azuis, camisa xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no 
banquinho alto do balcão do botequim e ficou esperando sem 
pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz fazia um suco 
de laranjas para o mecânico que comia uma coxa de frango 
fria. O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de 
dentro dela uma fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto 
e tão fixamente que seus olhos ficaram vermelhos. Contraiu 
os lábios, segurando-se para não chorar; a cara contraiu-se 
como uma máscara de teatro trágico. O rapaz serviu o suco 
e perguntou ao homem o que ele queria. O homem disse 
“nada não, obrigado”, guardou a foto, saiu do botequim e 
desapareceu. 
3. No trecho “O homem tirou uma caderneta do bolso, 
extraiu de dentro dela uma fotografia e pôs-se a olhá- 
la.”, o verbo encontra-se no singular pois concorda 
com a seguinte palavra: 
 a) caderneta. 
 b) bolso. 
 c) fotografia. 
 d) homem. 
4. Na oração ‘O homem disse “nada não, obrigado”’, o 
verbo encontra-se flexionado no pretérito perfeito do 
modo Indicativo. Assinale a opção em que se reescreve 
a oração com o verbo no tempo presente do Indicativo. 
 a) O homem diz “nada não, obrigado. 
 b) O homem diria “nada não, obrigado. 
 c) O homem dirá “nada não, obrigado. 
 d) O homem dizia “nada não, obrigado. 
5. Primeira classe 
(Moacyr Scliar) 
Durante anos, o homem teve um sonho:queria viajar de 
avião na primeira classe. Na classe econômica, ele, executivo 
de uma empresa multinacional, era um passageiro habitual; 
e, quando via a aeromoça fechar a cortina da primeira classe, 
quando ficava imaginando os pratos e as bebidas que lá 
serviam, mordia-se de inveja. Talvez por causa disso 
trabalhava incansavelmente; subiu na vida, chegou a um 
cargo de chefa que, entre outras coisas, dava-lhe o direito à 
primeira classe nos voos. 
E assim, um dia, ele embarcou de Nova Délhi, onde acabara 
de concluir um importante negócio, para Londres. E seu lugar 
era na primeira classe. Seu sonho estava se realizando. Tudo 
era exatamente como ele imaginava: coquetéis de excelente 
quantidade, um jantar que em qualquer lugar seria 
considerado um banquete. Para cúmulo da sorte, o lugar a 
seu lado estava vazio. 
Ou pelo menos estava no começo do voo. No meio da noite 
acordou e, para sua surpresa, viu que o lugar estava 
ocupado. Achou que se tratava de um intruso; mas, em 
seguida, deu-se conta de que algo anormal ocorria: várias 
pessoas estavam ali, no corredor, chorando e se lamentando. 
Explicável: a passageira a seu lado estava morta. A tripulação 
optara por colocá-la na primeira classe exatamente porque, 
naquela parte do avião, havia menos gente. 
Sua primeira reação foi exigir que removessem o cadáver. 
Mas não podia fazer uma coisa dessas, seria muita crueldade. 
Por outro lado, ter um corpo morto a seu lado horrorizava-o. 
Não havendo outros lugares vagos na primeira classe, só lhe 
restava uma alternativa: levantou-se e foi para a classe 
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econômica, para o lugar que a morta, havia pouco, ocupara. 
Ou seja, ao invés de um upgrade, ele tinha recebido, ainda 
que por acaso, um downgrade. 
Ali ficou, sem poder dormir, claro. Porque, depois que se 
experimenta a primeira classe, nada mais serve. Finalmente, 
o avião pousou, e ele, arrasado, dirigiu-se para a saída, onde 
o esperavam os parentes da falecida para agradecer-lhe. 
Disse um deles, que se identificou como filho da senhora: 
“Minha mãe sempre quis viajar de primeira classe. Só 
conseguiu morta graças à sua compreensão. Deus lhe 
recompensará”. 
Que tem seu lugar garantido no céu, isso ele sabe. Só espera 
chegar lá viajando de primeira classe. E sem óbitos durante 
o voo. 
A flexão de alguns verbos, sobretudo os irregulares, 
pode causar confusão. O verbo “quis”, presente em 
“Minha mãe sempre quis viajar” (5º§) é um exemplo 
típico. Nesse sentido, assinale a alternativa em que se 
indica INCORRETAMENTE a sua flexão. 
 a) queres – Presente do Indicativo. 
 b) queria – Futuro do Pretérito do Indicativo. 
 c) quisera – Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo. 
 d) queira – Presente do Subjuntivo. 
 e) quisesse – Pretérito Imperfeito do Subjuntivo. 
6. 
Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos 
chutava tudo o que achava. [...] Não sei quando começou em 
mim o gosto sutil. [...] 
 Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a 
tampinha. Posso diferenciar ao longe que tampinha é aquela 
ou aquela outra. Qual a marca (se estiver de cortiça para 
baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou uma 
gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda 
erro. É plenamente aceitável a ideia de que para acertar, 
necessário pequenas erradas. Mas é muito desagradável, o 
entusiasmo desaparecer antes do chute. Sem graça. 
 Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; 
eu, o avesso. Meio burguês, metido a sensato. Noivo... 
 - Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...] 
 Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, 
uma porção de coisas que sou e que não sou. Depois que 
arrumei ocupação à noite, há senhoras mães de família que 
já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos 
sorrisos de confança. Acham, sem dúvida, que estou 
melhorando. 
 - Bom rapaz. Bom rapaz. 
 Como se isso estivesse me interessando... 
 Faço serão, fco até tarde. Números, carimbos, coisas 
chatas. Dez, onze horas. De quando em vez levo cerveja 
preta e Huxley. (Li duas vezes o “Contraponto” e leio 
sempre). [...] 
 Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo 
prosa. [...] Um enorme anel de grau no dedo. Ostentação 
boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem 
diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...] Quase 
respondi... 
 - Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia 
sambas de Noel com alguma bossa. Agora, minha 
especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é chutar 
tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fno. 
(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: 
Patuleia: gentes de rua. São Paulo: Ática, 1996) 
Vocabulário: 
Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por 
seus livros de ficção científica. 
Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição 
de valores do pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e 
a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e 
vontade de revolução. 
A locução verbal “venho afinando”, presente no 
primeiro período do texto, constrói um sentido de 
ação: 
 a) passada e concluída. 
 b) que ainda será realizada. 
 c) pontual e ocorrida no presente. 
 d) com ideia de continuidade. 
 e) passada que não mais se realiza. 
7. Vivendo e... 
 Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje 
pegasse uma bola de gude conseguisse equilibrá-la na dobra 
do dedo indicador sobre a unha do polegar, e quanto mais 
jogá-la com a precisão que eu tinha quando era garoto. Outra 
coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez, o 
significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca 
pensei nisso, eu sabia o que era gude. Gude era gude. 
 Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com 
os polegares para dentro, e assoprando pelo buraquinho, 
tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom 
conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei que jeito 
é esse. [...] 
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. 
Rio de Janeiro: Objetiva. 2001) 
Utilize o Texto I para responder a questão. 
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Os verbos “sabia” e “Duvido”, no início do texto, 
apontam para dois momentos distintos na vida do 
narrador. Tais verbos estão flexionados, 
respectivamente, no: 
 a) pretérito perfeito e presente. 
 b) pretérito mais-que-perfeito e pretérito perfeito. 
 c) pretérito perfeito e futuro do pretérito. 
 d) pretérito imperfeito e futuro do pretérito. 
 e) pretérito imperfeito e presente. 
8. Considere o fragmento abaixo para responder à 
questão seguinte. 
“Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os 
polegares para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-
se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o 
posicionamento das mãos.” (2º§) 
Os verbos que se encontram na forma nominal de 
gerúndio contribuem para a representação de uma 
ação que sinaliza: 
 a) um processo. 
 b) uma interrupção. 
 c) um passado remoto. 
 d) uma possibilidade. 
 e) uma descontinuidade. 
9. O Relacionamento Aberto 
 (Por Gregorio Duvivier) 
 “Todos os relacionamentos fechados se parecem”, diria 
Tolstói em “Anna Kariênina”. “Cada relacionamento aberto é 
infeliz à sua maneira.” 
 Abrir um relacionamento pode se revelar umatarefa mais 
difícil do que abrir uma embalagem de CD. Há grandes 
chances de você perder um dente. E, depois de aberto, há 
grandes chances de você se perguntar: “Valia a pena tudo 
isso? Nem gostava desse CD. Aliás, ninguém mais ouve CD”. 
 Há, no entanto, quem defenda que os relacionamentos, 
assim como as ostras, merecem que a gente perca tempo 
abrindo-os — mesmo que, em ambos os casos, exista um 
forte risco de intoxicação. 
 Uma porta pode estar aberta, encostada, entreaberta, 
escancarada. Na relação escancarada, tudo é possível e nada 
é passível de ciúme (parece que esse fenômeno só aconteceu 
uma vez, e foi nos anos 1970). Há muitas relações 
escancaradas que, quando você vai ver de perto, são de fato 
escancaradas, mas não são relações: não se pode dizer que 
existe uma porta aberta porque não há sequer porta, já que 
tampouco há parede. 
 O relacionamento entreaberto, no entanto, pode se 
entreabrir de mil maneiras: pode poder tudo desde que conte 
tudo pro outro ou desde que o outro não fique sabendo ou 
desde que não seja com amigos ou desde que seja com 
amigos ou desde que não se apaixone ou desde que seja por 
paixão. 
 Há relacionamentos cuja abertura é sazonal: o namoro à 
distância internacional costuma ser como as cantinas de 
escola, que abrem nove meses por ano e fecham nas férias, 
enquanto o relacionamento intermunicipal costuma funcionar 
como os correios: abre em dia útil, fecha no final de semana. 
 O relacionamento encostado parece que está trancado. 
Mas para amigos e vizinhos, é só empurrar o portão. E tem 
os namoros que, apesar de trancados, ninguém trocou a 
fechadura: o ex ainda tem a chave e entra quando quiser. 
 Há, é claro, o relacionamento trancado a sete chaves e 
blindado. Aquele que se uma paixão de adolescência batesse 
na porta, e se por acaso vocês transassem, ninguém ficaria 
sabendo, mas mesmo assim você diz: “Não, não. Estou num 
relacionamento”. Parece que esse aí morreu. Talvez fique pra 
história como as ombreiras ou a pochete. Talvez volte com 
tudo em 2017, assim como as ombreiras e a pochete. 
 Preparem-se. Não sei se estamos prontos pra essa 
loucura. A próxima coisa a voltar pode ser o Crocs. 
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ 
gregorioduvivier/2016/07/1792729-o-relacionamento-aberto.shtml. Acesso em: 
18/07/2016.) 
Em “Há, no entanto, quem defenda que os 
relacionamentos” (3º§), o modo pelo qual o verbo em 
destaque está conjugado sugere tratar-se de uma 
flexão do: 
 a) Presente do Indicativo 
 b) Imperativo afirmativo 
 c) Futuro do Presente do Indicativo 
 d) Presente do Subjuntivo 
10. Sonhos 
 Sonhar é como ir ao cinema. Seus olhos se fechando são 
como as luzes do cinema se apagando, e seu sonho é como 
um filme projetado na tela. Só que... Só que, mesmo que 
você não saiba exatamente o que vai ver no cinema, tem uma 
ideia. Leu uma sinopse do filme no jornal, viu o cartaz. Sabe 
se vai ser um drama ou uma comédia. Sabe quem são os 
atores. Sabe que, se for filme de horror, vai se assustar, se 
for um filme com o Silvester Stallone, vai ter soco etc. Quer 
dizer: você entra no cinema preparado. Mas você nunca 
dorme sabendo o que vai sonhar. 
 (Luís Fernando Veríssimo, fragmento) 
Em “Só que, mesmo que você não saiba”, o verbo em 
destaque, em função do modo em que se encontra 
flexionado, apresenta um sentido de: 
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 a) ordem 
 b) possibilidade 
 c) certeza 
 d) sugestão 
11. O PADEIRO 
 Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim 
assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um 
homem que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão 
à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para 
não incomodar os moradores, avisava gritando: 
 
 - Não é ninguém, é o padeiro! 
 Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar 
aquilo? Então você não é ninguém? 
 Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera 
aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a 
campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada 
ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de 
dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o 
atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é 
o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém... 
 Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se 
despediu ainda sorrindo. 
(Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, Crônicas. Editora do 
autor, Rio de Janeiro, 1960.) 
Assinale a alternativa que apresenta o comentário CORRETO 
sobre o trecho abaixo: 
“Assim ficara sabendo que não era ninguém..." (4°§) 
 a) “Ninguém" é um advérbio de negação. 
 b) O verbo “ficara" está flexionado no pretérito-mais-que-
perfeito do indicativo. 
 c) Seria possível substituir “ninguém" por “alguém" sem 
mudança de sentido. 
 d) Os dois verbos destacados estão flexionados na primeira 
pessoa do singular. 
12. Também tem de ser verde 
 (Jennifer ann Thomas) 
 
 A onda sustentável que tomou o planeta nas últimas 
décadas levantou considerações em torno da fabricação de 
baterias. A busca pelo aumento da eficiência passou a 
rivalizar com a batalha por tornar esses dispositivos mais 
verdes. O caminho seguro é a substituição gradual de fontes 
sujas de energia, a exemplo do petróleo, pelas renováveis. A 
energia solar, em especial, foi alavancada ao status de 
possível solução definitiva para os dois problemas que 
rondam as baterias: a eficiência e a sustentabilidade. Se toda 
a radiação que atinge a Terra em um dia, vinda do sol, virasse 
eletricidade, seria possível sustentara humanidade por 27 
anos. Na prática, o que falta hoje para a adoção ampla da 
alternativa solar é apenas vontade, da indústria e de 
consumidores, para implantá-la. A startup alemã Changers 
achou uma boa forma de incentivo. 
 A Changers vende os modelos abastecidos por 
radiação solar. Seus carregadores, finos e maleáveis, podem 
ser acoplados a mochilas ou levados dentro de uma bolsa. 
Após quatro horas carregando no sol, uma dessas baterias 
absorve energia suficiente para produzir 16 watts-hora, o 
suficiente para recarregara bateria de um smartphone duas 
vezes no dia. 
 Um aplicativo, normalmente entregue junto com as 
baterias da Changers, motiva clientes a ser sustentáveis - e, 
no processo, mostra as vantagens de adotar essa postura 
(mesmo que para isso seja preciso pagar um pouco mais caro 
pelo produto alimentado pelo sol, em comparação com as 
baterias carregadas com fontes sujas). [...] A fundadora da 
Changers, Daniela Schiefer, afirma: “Todos adoram falar da 
necessidade de cuidar da Terra, mas poucos se mexem para 
isso. Queremos dar um empurrão, dizer ‘vamos começar de 
algum lugar’ e mostrar quanto é fácil adotar posturas mais 
conscientes”. 
 
(Revista Veja, de 15/04/15 - adaptado) 
Considere o fragmento abaixo para responder à questão. 
“Se toda a radiação que atinge a Terra em um dia, vinda do 
sol, virasse eletricidade, seria possível sustentar a 
humanidade por 27 anos. ” (1°§) 
A partir da análise dos verbos destacados e do sentido 
que eles introduzem na frase em questão, assinale a 
opção em que se faz um comentário correto. 
 a) O verbo “atinge”, flexionado no Presente do Indicativo, 
sugere algo que deve ser entendido como verdade. 
 b) A flexão de “virasse” no Modo Subjuntivo indica a certeza 
de concretização da ação indicada por esse verbo. 
 c) O verbo “seria”, flexionando no Modo Subjuntivo, revela 
uma ideiade possibilidade quanto ao resultado de uma ação. 
 d) Caso os três verbos estivessem flexionados no mesmo 
tempo verbal, não haveria qualquer alteração no sentido da 
frase. 
13. No primeiro parágrafo do texto, todos os verbos 
indicados abaixo se encontram no Modo Indicativo, 
exceto: 
 a) “foi” 
 b) “acho” 
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 c) “tome” 
 d) “tem” 
14. Prazeres mútuos 
(Danuza Leão) 
 É normal, quando você vê uma criança bonita, dizer 
“mas que linda”, “que olhos lindos”, ou coisas no gênero. Mas 
esses elogios, que fazemos tão naturalmente quando se trata 
de uma criança ou até de um cachorrinho, dificilmente 
fazemos a um adulto. Isso me ocorreu quando outro dia 
conheci, no meio de várias pessoas, uma moça que tinha 
cabelos lindos. Apesar da minha admiração, fiquei calada, 
mas percebi minha dificuldade, que aliás não é só minha, 
acho que é geral. Por que eu não conseguia elogiar seus 
cabelos? 
 Fiquei remoendo meus pensamentos (e minha 
dificuldade), fiz um esforço (que não foi pequeno) e consegui 
dizer: “que cabelos lindos você tem”. Ela, que estava séria, 
abriu um grande sorriso, toda feliz, e sem dúvida passou a 
gostar um pouquinho de mim naquele minuto, mesmo que 
nunca mais nos vejamos. 
 Fiquei pensando: é preciso se exercitar e dizer coisas 
boas às pessoas, homens e mulheres, quando elas existem. 
Não sei a quem faz mais bem, se a quem ouve ou a quem 
diz; mas por que, por que, essa dificuldade? Será falta de 
generosidade? Inveja? Inibição? Há quanto tempo ninguém 
diz que você está linda ou que tem olhos lindos, como ouvia 
quando criança? Nem mesmo quando um homem está 
paquerando uma mulher ele costuma fazer um elogio, só 
alguns, mais tarde, num momento de intimidade e quando é 
uma bobagem, como “você tem um pezinho lindo”. Mas 
sentar numa mesa para jantar pela primeira vez, só os dois, 
e dizer, com naturalidade, “que olhos lindos você tem”, é 
difícil de acontecer. 
 Notar alguma coisa de errado é fácil; não se diz a 
ninguém que ele tem o nariz torto, mas, se for alguém que 
estiver em outra mesa, o comentário é espontâneo e 
inevitável. Podemos ouvir que a alça do sutiã está 
aparecendo ou que o rímel escorreu, mas há quanto tempo 
você não ouve de um homem que tem braços lindos? A não 
ser que você seja modelo ou miss - e aí é uma obrigação 
elogiar todas as partes do seu corpo-, os homens não elogiam 
mais as mulheres, aliás, ninguém elogia ninguém. 
 E é tão bom receber um elogio; o da amiga que diz que 
você está um arraso já é ótimo, mas, de uma pessoa que 
você acabou de conhecer e que talvez não veja nunca mais, 
aquele elogio espontâneo e sincero, é das melhores coisas da 
vida. 
 Fique atenta; quando chegar a um lugar e conhecer 
pessoas novas, alguma coisa de alguma delas vai chamar a 
sua atenção e sua tendência será, como sempre, ficar calada. 
Pois não fique. Faça um pequeno esforço e diga alguma coisa 
que você notou e gostou; o quanto a achou simpática, como 
parece tranquila, como seu anel é lindo, qualquer coisa. 
Todas as pessoas do mundo têm alguma coisa de bom e 
bonito, nem que seja a expressão do olhar, e ouvir isso, 
sobretudo de alguém que nunca se viu, é sempre muito bom. 
 Existe gente que faz disso uma profissão, e passa a 
vida elogiando os outros, mas não é delas que estamos 
falando. Só vale se for de verdade, e se você começar a se 
exercitar nesse jogo e, com sinceridade, elogiar o que merece 
ser elogiado, irá espalhando alegrias e prazeres por onde 
passar, que fatalmente reverterão para você mesma, porque 
a vida costuma ser assim. 
 Apesar de a vida ter me mostrado que nem sempre é 
assim, continuo acreditando no que aprendi na infância, e 
isso me faz muito bem. 
(disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0611200502.htm) 
O modo subjuntivo pode transportar o leitor para uma 
realidade hipotética. Assinale a opção que apresenta 
um trecho em que a autora faça uso desse modo 
verbal. 
 a) “Mas esses elogios, que fazemos tão naturalmente” (1º 
parágrafo) 
 b) “Fiquei remoendo meus pensamentos” (2º parágrafo) 
 c) “se for alguém que estiver em outra mesa,” (4º parágrafo) 
 d) “Fique atenta” (6º parágrafo) 
15. Assinale a alternativa que completa, correta e 
respectivamente, as lacunas. 
Se você __________ amanhã, __________ realizar o exame. 
 a) vim – poderá 
 b) vier – poderá 
 c) viesse – pode 
 d) vir – pode 
Quantos filhos você gostaria de ter? 
 Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai 
passar pela sua cabeça: “Será que vou conseguir sustentar 
um filho?”. 
 Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos 
pudesse sustentar, garantindo-lhes uma boa escola, um lugar 
com algum conforto para morar e remédios quando 
necessários. 
 Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para 
a criança engravidar durante a adolescência porque o corpo 
da menina ainda não está preparado para o parto. Problemas 
como a gestante adolescente apresentar anemia ou o bebê 
nascer prematuramente são comuns.Além de eventuais 
problemas de saúde, tem-se um problema de ordem social: 
como sustentar uma criança, já que, para tanto, o 
adolescente, se não contar com a ajuda dos pais ou 
responsáveis, terá de abandonar a escola? 
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 Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. 
Vale lembrar que, salvo raras exceções (estupro ou risco de 
morte para a mãe), o aborto no Brasil, é considerado crime. 
A mulher recorre, então, a clínicas clandestinas, sem 
fiscalização, e põe sua saúde em risco. Quem não tem 
condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais 
precários. 
 Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um 
projeto amplo de planejamento familiar que assegure aos 
mais pobres o direito de decidir quantos filhos desejam ter. 
Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos, quando, na 
verdade, conseguiriam sustentar apenas um ou dois. 
(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São 
Paulo, 2011, p. 106) 
16. A forma verbal “gostaria”, presente no primeiro 
parágrafo, está flexionada no seguinte tempo verbal: 
 a) futuro do pretérito. 
 b) pretérito perfeito. 
 c) pretérito imperfeito. 
 d) futuro do presente. 
17. Considere a oração “Hoje vivemos num mundo de 
caixas-pretas.”(5º§) para responder à questão. 
O verbo em destaque na oração acima está flexionado no 
presente do Indicativo. Todavia, sabe-se que ele apresenta 
essa mesma grafa quando flexionado na primeira pessoa do 
plural do: 
A) Pretérito Imperfeito do Indicativo 
B) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo 
C) Futuro do Pretérito do Indicativo 
D) Pretérito Perfeito do Indicativo 
E) Futuro do Presente do Indicativo 
18. Assinale a alternativa que completa, correta e 
respectivamente, as lacunas. 
I. Mesmo tendo ________________ a conta, o cliente teve a 
sua assinatura cancelada. 
II. Até ontem à noite, as mercadorias não tinham 
________________. 
III. Eu deveria ter ____________ o pen drive. 
A) pagado - chegado - trazido. 
B) pagado - chego - trazido. 
C) pago - chego- trago. 
D) pago - chegado - trago. 
19. Observe o emprego dos verbos em: 
“As percepções serão múltiplas. As interpretações vão correr 
soltas. As opiniões formarão novas opiniões e multiplicarão 
comentários.” 
A opção por esse tempo verbal

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