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Tema 2 - A Legislação Ambiental Brasileira

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Engenharia de Produção 
 
 
 
Sistemas de Gestão Ambiental 
 
 
A Legislação Ambiental Brasileira 
 
 
Prof. Me. Angelo Valles de Sá 
 
 
 
Engenharia de Produção | Sistemas de Gestão Ambiental | A Legislação Ambiental Brasileira 2 
 
Bem-vindo a esta aula! 
Antes de iniciar seus estudos, assista ao vídeo a seguir para saber quais 
os temas que serão trabalhados. 
 
 
Introdução 
Hoje, falaremos sobre o meio ambiente a partir da discussão da 
legislação ambiental brasileira, apresentando resumos das principais leis e o 
processo de licenciamento ambiental. 
Boa aula! 
 
A Legislação Ambiental Brasileira 
O desenvolvimento das atividades produtivas pode trazer consequências 
de degradação ambiental. Essa condição provocada pelo homem causa danos 
humanos, materiais ou ambientais, com consequentes prejuízos econômicos e 
sociais. Por essa razão, decorre a necessidade de atuação ambiental do poder 
público na orientação, na correção, na fiscalização e no monitoramento 
ambiental, de acordo com as diretrizes administrativas e as leis em vigor. 
Na relação entre o setor produtivo e o meio ambiente, haverá princípios, 
normas e regras que se entrelaçarão e que deverão ser observados, por 
exemplo: o estudo do impacto ambiental, que é um dos instrumentos mais 
importantes de atuação administrativa, na defesa do meio ambiente. Isso 
porque se trata de um verdadeiro mecanismo de planejamento, bem como o 
seu resultado, que reflete diretamente na instalação de atividades 
 
 
Engenharia de Produção | Sistemas de Gestão Ambiental | A Legislação Ambiental Brasileira 3 
 
intensamente poluidoras, já que, muitas vezes, funciona na prática como 
barreira no exercício dessas atividades para as quais são requeridos o Estudo 
de Impacto Ambiental (EIA). 
Conheça mais sobre o EIA assistindo a este vídeo. 
 
O EIA possui um caráter eminentemente preventivo de danos ao meio 
ambiente e insere a obrigação de levá-lo em consideração antes da realização 
de atividades que possam ter forte repercussão negativa sobre a qualidade 
ambiental. Isto é, o EIA destina-se a analisar e a entender as consequências 
não só da implantação de um projeto de produção, mas, também, da 
idealização, por meio de métodos de análise de impacto ambiental e técnicas 
de previsão desse impacto, propondo, assim, uma inibição de determinadas 
atividades com base em diagnósticos ambientais, caso necessário. 
Ressalta-se que tal questão apresenta importância significativa na esfera 
ambiental, uma vez que a própria Lei Federal n. 6.938/81 a coloca como um 
dos principais instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. 
 
 
 
A não realização do EIA nas atividades poluidoras pode levar eventos 
danosos à qualidade de vida e ao bem-estar da coletividade. Assim, o 
legislador e o constituinte optaram por uma atitude de segurança e prudência à 
rapidez da implementação de um projeto para instalação de um 
empreendimento qualquer, por exigir uma série de adequações e medidas. 
Recomendamos a leitura de uma das principais leis ambientais 
brasileiras: a Lei n. 6.838. 
Acesse: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm> 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm
 
 
Engenharia de Produção | Sistemas de Gestão Ambiental | A Legislação Ambiental Brasileira 4 
 
No Brasil, o EIA teve sua primeira previsão na Lei n. 6.803, a qual dispôs 
sobre as diretrizes básicas para zoneamento industrial em áreas críticas, 
porém, foi com a Lei n. 6.938/81 (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente) 
que o EIA passou a integrar a legislação protetiva do meio ambiente no país. 
Essa lei foi regulamentada pelo Decreto n. 88.351/83, determinando o 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) como responsável pela 
fixação dos critérios básicos de estudo do impacto ambiental. 
Antes de continuar sua leitura, que tal definirmos o que é Conama? 
Conama é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente (Sisnama), que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, 
regulamentada pelo Decreto n. 99.274/90. O Conama é composto por 
plenário, Cipam, grupos assessores, câmaras técnicas e grupos de trabalho. O 
Conselho é presidido pelo Ministro do Meio Ambiente e sua Secretaria Executiva é 
exercida pelo Secretário Executivo do MMA (MMA, 2012). 
Fiel a tal regulamento, o Conama, em 1986, editou a Resolução n. 001/86, 
que trata a matéria de maneira minuciosa, com linguagem objetiva e direta, e, 
mais tarde, em 1988, o EIA adquire status de matéria constitucional. A maioria 
das doutrinas defende a compatibilidade da Resolução n. 001/86, do Conama, 
com a nova ordem constitucional, a partir de 1988. 
Art. 1º – [...] considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades 
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de 
matéria ou energia resultante das atividades que, direta ou indiretamente, afetam: 
I – a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
II – as atividades sociais e econômicas; 
III – a biota; 
 IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 
V – a qualidade dos recursos ambientais. 
 
 
 
 
http://www.mma.gov.br/port/conama/cons.cfm
http://www.mma.gov.br/port/conama/cipam.cfm
http://www.mma.gov.br/port/conama/ctgt.cfm
 
 
Engenharia de Produção | Sistemas de Gestão Ambiental | A Legislação Ambiental Brasileira 5 
 
Este vídeo fala sobre os aspectos e impactos ambientais. 
 
Continuando nessa linha de raciocínio, há determinadas atividades que 
são submetidas a certas condições para poderem existir. Dessa forma, faz-se 
necessária a comprovação de processos de licenciamento que atesta a 
conformidade com os requisitos ambientais, podendo ser direcionada à 
empresa ou ao produto, conferindo selos ambientais e tendo como base o EIA. 
Esse processo de licenciamento pode ser considerado como práticas 
ambientais sustentáveis, as quais buscam evitar alterações capazes de gerar 
uma degradação significativa no meio ambiente. Cabe ressaltar ainda que esse 
processo de avaliação abrange não apenas aspectos ecológicos, mas, 
também, aspectos sociais e econômicos. 
 
 
 
O EIA é exigido como condição para o licenciamento, integrando, assim, 
o processo de licenciamento ambiental, mas nem todas as atividades estão 
sujeitas a isso e, consequentemente, não estarão sujeitas também ao EIA, que 
é solicitado somente para aqueles impactos causadores de significativa 
degradação ambiental. 
 
 
 
Segundo a Constituição Federal, o estudo do impacto ambiental deve 
anteceder o início das atividades produtivas quando associadas a situações 
potencialmente causadoras de degradação do meio ambiente. 
 
 
Engenharia de Produção | Sistemas de Gestão Ambiental | A Legislação Ambiental Brasileira 6 
 
O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo que se 
desenvolve em três fases: 
1. O estudo de viabilidade do projeto (licença prévia), em que se tem a 
exigência, a elaboração e a aprovação do EIA antes da expedição da 
licença prévia; 
2. A elaboração de um projeto mais detalhado (licença de instalação); 
3. A vistoria da atividade (licença de operação). 
Somente após a terceira etapa é que se autorizará o funcionamento do 
empreendimento. 
 
 
O artigo 2º, da Resolução n. 001/86, traz um rol exemplificativo de 
atividades potencialmente causadoras de significativa degradação ao meio 
ambiente. Nesse contexto, assume especial importância o conceito de 
degradação ambiental, por se tratar de um conceito impreciso, indefinido, que 
deve ser determinado pelo órgão público no início do processo de 
licenciamento. Não há discricionariedade da administração na aplicação de tal 
conceito, devendo emitir juízo estrito de legalidade pela aplicação do direito. 
Portanto, cabe ao judiciário, sempre que provocado para isso, pronunciar-se 
sobre a aplicação do conceito indeterminado em questão. De tal forma, o
órgão 
público pode exigir que esse aspecto ambiental seja considerado no estudo, 
caso a empresa ou o empreendedor o tenha desconsiderado em sua avaliação 
inicial. 
Conforme previsto nos artigos 5º e 6º, da Resolução n. 001/86, do 
Conama, o estudo de impacto ambiental deve realizar uma série de análises e 
avaliações, entre elas: a descrição da situação ambiental da área atingida, 
antes da implantação do empreendimento (aspectos ecológicos e 
Havendo qualquer irregularidade nesse procedimento, a atividade em 
questão será ilegal e poderá ser impugnada ou embargada. 
 
 
 
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socioeconômicos); a análise dos impactos ambientais do projeto (magnitude; 
positivo, negativo; direito, indireto; imediato, em médio prazo, em longo prazo; 
temporários, permanentes; grau de reversibilidade); as eventuais alternativas 
para o empreendimento (inclusive alternativa de não execução); a constatação 
de impactos negativos; a definição de medidas mitigadoras; e a elaboração de 
programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos a ser efetivada 
depois da implantação do empreendimento. 
Geralmente, cabe ao Órgão Ambiental Estadual analisar e aprovar o 
estudo de impacto e seu relatório, porém, a Comissão Nacional de Energia 
Nuclear se encarrega dessa tarefa quando se trata de atividades nucleares. 
Algumas vezes, há conflito entre o meio ambiente e o setor produtivo, 
atribuindo-se direitos ou garantias tanto para um quanto para o outro, por 
exemplo, a concordância de práticas e a harmonização, de forma a coordenar 
e combinar a conservação e a manutenção do meio ambiente, com interesses 
no desenvolvimento econômico, evitando, assim, o sacrifício total de um em 
relação ao outro e realizando uma redução proporcional do âmbito de alcance 
de cada um deles, sempre em busca do verdadeiro significado das dimensões 
da sustentabilidade. 
O abuso de um interesse necessita de uma avaliação da circunstância, 
ou seja, da composição e da conciliação entre diversos interesses, porém a 
realidade mostra um avanço considerável na conscientização da supremacia 
do interesse ambiental diante do econômico. 
 
 
 
 
Para que possamos ter uma compreensão clara dos nossos diretos e 
deveres, assim como um efetivo exercício profissional, tanto no campo 
ambiental quanto em outros, é de suma importância um entendimento da nossa 
legislação. Portanto, leia e analise algumas das principais leis ambientais. 
 
 
 
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Quais são os órgãos brasileiros responsáveis pelo licenciamento? 
Bom, quando falamos no âmbito dos Estados, têm-se os Órgãos 
Estaduais de Meio Ambiente, e no âmbito federal, o Ibama, por meio da 
Diretoria de Licenciamento Ambiental que age, especialmente, em projetos de 
infraestrutura que atinjam mais de um Estado, assim como em atividades de 
petróleo e gás, e na plataforma continental. 
A Lei n. 6.938/81, as Resoluções do Conama n. 001/86 e n. 237/97, e o 
Parecer n. 312, que trata da competência estadual e federal para o 
licenciamento a partir da abrangência do impacto, são as leis que gerem tal 
licenciamento. Por meio das Audiências Públicas – durante as quais o 
conteúdo do estudo e do relatório de impacto ambiental é apresentado às 
comunidades que vivem nos locais que serão atingidos pelo empreendimento, 
esclarecendo dúvidas e acolhendo sugestões – a participação social no 
processo de licenciamento é garantida. Essas audiências são realizadas por 
solicitação do Ibama ou de entidade civil, do Ministério Público ou por um grupo 
de no mínimo 50 cidadãos, e seu edital deve ser publicado no Diário Oficial e 
nos meios de comunicação locais, com indicação de data, hora e lugar do 
evento, devendo a localidade ser de fácil acesso à comunidade daquele 
ambiente. 
Assista ao vídeo a seguir que fala sobre a legislação ambiental 
brasileira. 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/IBAMA
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=313
http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1rio_Oficial
 
 
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Principais Leis Ambientais Brasileiras 
Dando continuidade a sua leitura, conheça agora algumas das principais 
leis ambientais brasileiras: 
 Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938, de 17/01/1981) – uma 
das mais importantes leis ambientais, a qual define que o poluidor é 
obrigado a indenizar os danos ambientais que causar, independentemente 
de culpa. O Ministério Público (promotor público) pode propor ações de 
responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, impondo ao poluidor a 
obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos causados. Esta lei também 
criou os Estudos e respectivos Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/Rima), 
regulamentados em 1986 pela Resolução n. 001/86, do Conselho Nacional 
do Meio Ambiente (Conama); 
 Ibama (Lei n. 7.735, de 22/02/1989) – lei que criou o Instituto Brasileiro do 
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), incorporando 
a Secretaria Especial do Meio Ambiente (que era subordinada ao Ministério 
do Interior) e as agências federais na área de pesca, desenvolvimento 
florestal e borracha; 
 Lei de Crimes Ambientais (Lei n. 9.605, de 12/02/1998) – esta lei reordena 
a legislação ambiental brasileira no que se refere às infrações e punições, 
pois, a partir dela, a pessoa jurídica, autora ou coautora da infração 
ambiental, pode ser penalizada, chegando-se à liquidação da empresa, caso 
ela tenha sido criada ou usada para facilitar ou ocultar um crime ambiental; 
 Política Agrícola (Lei n. 8.171, de 17/01/1991) – esta lei coloca a proteção 
do meio ambiente entre seus objetivos e como um de seus instrumentos. Em 
um capítulo inteiramente dedicado ao tema, define que o Poder Público 
(federação, Estados, municípios) deve disciplinar e fiscalizar o uso racional 
do solo, da água, da fauna e da flora; realizar zoneamentos agroecológicos 
para ordenar a ocupação de diversas atividades produtivas (inclusive 
instalação de hidrelétricas); desenvolver programas de educação ambiental; 
fomentar a produção de mudas de espécies nativas, entre outros; 
 
 
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 Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei n. 9.433, de 08/01/1997) – lei 
que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional 
de Recursos Hídricos e define a água como recurso natural limitado, dotado 
de valor econômico, que pode ter usos múltiplos, como consumo humano, 
produção de energia, transporte aquaviário, lançamento de esgotos etc.; 
 Ação Civil Pública (Lei n. 7.347, 24/07/1985) – lei de interesses difusos 
que trata da ação civil pública de responsabilidades por danos causados ao 
meio ambiente, ao consumidor, e ao patrimônio artístico, turístico ou 
paisagístico. A ação pode ser requerida pelo Ministério Público a pedido de 
qualquer pessoa ou por uma entidade constituída há pelo menos um ano. 
Normalmente, é precedida por um inquérito civil; 
 Área de Proteção Ambiental (Lei n. 6.902, de 27/04/1981) – lei que criou 
as figuras das “Estações Ecológicas” (áreas representativas de 
ecossistemas brasileiros, sendo que 90% delas devem permanecer 
intocadas e 10% podem sofrer alterações para fins científicos) e das “Áreas 
de Proteção Ambiental” (Apas) – nas quais podem permanecer as 
propriedades privadas, mas o poder público pode limitar, e as atividades 
econômicas para fins de proteção ambiental; 
 Agrotóxicos (Lei n. 7.802, de 11/07/1989) – esta lei regulamenta desde a 
pesquisa e fabricação dos agrotóxicos até sua comercialização, aplicação, 
controle, fiscalização e, também, destino da embalagem, impondo a 
obrigatoriedade do receituário agronômico
para venda de agrotóxicos ao 
consumidor; 
 Atividades Nucleares (Lei n. 6.453, de 17/10/1977) – lei que aborda sobre 
a responsabilidade civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal 
por atos relacionados a atividades nucleares. Entre outros, determina que, 
quando houver um acidente nuclear, a instituição autorizada a operar a 
instalação nuclear tem a responsabilidade civil pelo dano, independente da 
existência de culpa; 
 
 
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 Engenharia Genética (Lei n. 8.974, de 05/01/1995) – regulamentada pelo 
Decreto n. 1.752, de 20 de dezembro de 1995, esta lei estabelece normas 
para aplicação da engenharia genética, desde o cultivo, a manipulação e o 
transporte de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) até a sua 
comercialização, o seu consumo e a sua liberação no meio ambiente; 
 Exploração Mineral (Lei n. 7.805, de 18/07/1989) – esta lei regulamenta a 
atividade garimpeira. A permissão da lavra é concedida pelo Departamento 
Nacional de Produção Mineral (DNPM) a brasileiro ou corporativa de 
garimpeiros autorizada a funcionar como empresa, devendo ser renovada a 
cada 5 anos; 
 Fauna Silvestre (Lei n. 5.197, de 03/01/1967) – lei que classifica como 
crime usar, perseguir e pegar animais silvestres, caçar profissionalmente, 
fazer comércio de espécimes da fauna silvestre e de produtos que derivaram 
de sua caça, além de proibir a introdução de espécie exótica (importada) e a 
caça amadorística sem autorização do Ibama; 
 Gerenciamento Costeiro (Lei n. 7.661, de 16/05/1988) – regulamentada 
pela Resolução n. 1, da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, 
em 21 de dezembro de 1990, esta lei traz as diretrizes para criar o Plano 
Nacional de Gerenciamento Costeiro, definindo zona costeira como o 
espaço geográfico da interação do ar, do mar e da terra, incluindo os 
recursos naturais e abrangendo uma faixa marítima e outra terrestre; 
 Parcelamento do Solo Urbano (Lei n. 6.766, de 19/12/1979) – lei que 
estabelece as regras para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de 
preservação ecológica nas quais a poluição representa perigo à saúde, e em 
terrenos alagadiços; 
 Patrimônio Cultural (Decreto-Lei n. 25, de 30/11/1937) – este decreto 
organiza a Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, incluindo 
como patrimônio nacional os bens de valor etnográfico e arqueológico, os 
monumentos naturais, além dos sítios e das paisagens de valor notável pela 
natureza ou a partir de uma intervenção humana; 
 
 
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 Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição (Lei n. 6.803, de 
02/07/1980) – de acordo com esta lei, cabe aos Estados e municípios 
estabelecer limites e padrões ambientais para a instalação e o licenciamento 
das indústrias, exigindo o estudo do impacto ambiental. Os municípios 
podem criar três classes de zonas destinadas à instalação de indústrias; 
 Lei de Educação Ambiental (Lei n. 9.795, de 27/04/1999) – lei que dispõe 
sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação 
Ambiental e dá outras providências. Entende-se por educação ambiental os 
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores 
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para 
a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à 
sadia qualidade de vida e à sua sustentabilidade; 
 Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei n. 9.985, de 
18/07/2000) – regulamenta o artigo 225, parágrafo 1º, incisos I, II, III e VII, 
da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza (SNUC), estabelece critérios e normas para a 
criação, implantação e gestão das unidades de conservação e dá outras 
providências; 
 Lei da Ação Popular (Lei n. 4.717, de 29/06/1965) – esta lei diz que 
qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a 
declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito 
Federal, dos Estados e dos municípios, entre outros; 
 Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305, de 02/08/2010) – 
esta lei dispõe sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como 
sobre suas diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de 
resíduos sólidos (incluindo os perigosos), às responsabilidades dos 
geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. 
 
 
 
 
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Gerenciamento dos Requisitos Legais 
Quanto ao gerenciamento dos requisitos legais, conhecido como GL, 
cabe ressaltar que toda empresa deve considerar as leis, não sendo aceita a 
justificativa da não aplicação da legislação baseada no não conhecimento. Por 
essa razão, os requisitos legais estão disponíveis a todos os interessados. Já 
quanto ao seu acesso, veja a dica a seguir. 
 
 
No GL, cabe à empresa buscar a legislação na esfera federal, estadual e 
municipal, assim como as Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBR), 
disponíveis para a aquisição no site da ABNT, e as Normas do Inmetro. 
 
 
Para ilustrar nossas reflexões sobre as questões ambientais, faça a 
leitura e aprofunde seus conhecimentos sobre o protocolo de Montreal, que 
estabelece restrições quanto ao uso de substâncias que agridem a camada de 
ozônio, e sobre o protocolo de Kyoto, o qual institui critério para o controle do 
aquecimento global. 
Acesse: <http://www.protocolodemontreal.org.br> 
Acesse: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto> 
 
Sempre busque a legislação de seu interesse em sites oficiais para 
assegurar a sua integridade e veracidade. 
 
http://www.protocolodemontreal.org.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto
 
 
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Síntese 
Confira no vídeo a seguir uma revisão dos temas abordados nesta aula. 
Até a próxima! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprofunde seus conhecimentos nos sites do Inmetro e da ABNT. 
Acesse: <http://www.inmetro.gov.br/> 
Acesse: <http://www.abnt.org.br/> 
 
http://www.inmetro.gov.br/
http://www.abnt.org.br/
 
 
Engenharia de Produção | Sistemas de Gestão Ambiental | A Legislação Ambiental Brasileira 15 
 
1. A prefeitura de um município está preocupada com a geração de resíduos 
domiciliares em sua cidade, e, por essa razão, lhe foi solicitada uma 
consultoria para propor soluções quanto à disposição final de seus 
resíduos. Para iniciar essa atividade, você decide consultar a legislação 
pertinente e descobre que a lei que nortearia sua pesquisa é? 
a. A Lei n. 12.305/10. 
b. A Lei n. 7.735/89. 
c. A Lei n. 9.605/98. 
d. A Lei n. 9.433/ 97. 
2. A maioria das doutrinas defende a compatibilidade da Resolução n. 001/86, 
do Conama, com a nova ordem constitucional, a partir de 1988. Em seu 
artigo 1º, considera-se impacto ambiental qualquer alteração das 
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por 
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades que, direta 
ou indiretamente, afetam o meio ambiente. Analise as proposições abaixo 
sobre o que um impacto ambiental pode afetar e depois marque a 
alternativa correta. 
I. A saúde, a segurança e o bem-estar da população. 
II. As atividades sociais e econômicas. 
III. A biota e as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente. 
IV. A qualidade dos recursos ambientais. 
a. Apenas os itens I e II são verdadeiros. 
b. Apenas os itens I, II e III são verdadeiros. 
 
 
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c. Apenas os itens II e III são verdadeiros. 
d. Os itens I, II, III e IV são verdadeiros
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Referências 
BRASIL. Constituição (1988). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 
1988a. 
_____. Decreto n. 8.851, de 1º de junho de 1983. Regulamenta a Lei n. 6.938, 
de 31 de agosto de 1981, e a Lei n. 6.902, de 27 de abril de 1981, que 
dispõem, respectivamente, sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e sobre 
a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental, e dá outras 
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 3 jun. 1983. Disponível em: 
<http://www.ibama.gov.br/carijos/documentos/Decreto88351.pdf>. Acesso em: 
20 mar. 2012. 
_____. Decreto-Lei n. 25, de 30 de novembro de 1937. Organiza a proteção do 
patrimônio histórico e artístico nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 
6 dez. 1937. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/Del0025.htm>. Acesso em: 28 fev. 2012. 
_____. Lei n. 4.717, de 29 de junho de 1965. Regula a ação popular. Diário 
Oficial da União, Brasília, DF, 5 jul. 1965. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4717.htm>. Acesso em: 28 fev. 2012. 
_____. Lei n. 5.197, de 3 de janeiro de 1967. Dispõe sobre a proteção à fauna 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 jan. 1967. 
Disponível em: <http://www6.senado.gov.br/sicon/#>. Acesso em: 10 mar. 
2012. 
_____. Lei n. 6.453, de 17 de outubro de 1977. Dispõe sobre a 
responsabilidade civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal por 
atos relacionados com atividades nucleares e dá outras providências. Diário 
Oficial da União, Brasília, DF, 18 nov. 1977. Disponível em: 
<http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110606/lei-de-responsabilidade-civil-
por-danos-nucleares-lei-6453-77>. Acesso em: 8 mar. 2012. 
_____. Lei n. 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o Parcelamento 
do Solo Urbano e dá outras Providências. Diário Oficial da União, Brasília, 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110606/lei-de-responsabilidade-civil-por-danos-nucleares-lei-6453-77
 
 
Engenharia de Produção | Sistemas de Gestão Ambiental | A Legislação Ambiental Brasileira 18 
 
DF, 20 dez. 1979. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ 
L6766.htm>. Acesso em: 8 mar. 2012. 
BRASIL. Lei n. 6.803, de 2 de julho de 1980. Dispõe sobre as diretrizes básicas 
para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição, e dá outras 
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 8 jul. 1980. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6803.htm>. Acesso em: 8 mar. 2012. 
_____. Lei n. 6.902, de 27 de abril de 1981. Dispõe sobre a criação de 
Estações Ecológicas, Áreas de Proteção Ambiental e dá outras providências. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 abr. 1981a. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6902.htm>. Acesso em: 10 mar. 
2012. 
_____. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional 
do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá 
outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 3 set. 1981b. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso 
em: 8 mar. 2012. 
_____. Lei n. 7.347, de 24 de julho de 1985. Disciplina a ação civil pública de 
responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a 
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico 
(VETADO) e dá outras providências. Diário Oficial da União, DF, Brasília, 
25 jul. 1985. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347 
orig.htm>. Acesso em: 8 mar. 2012. 
_____. Lei n. 7.661, de 16 de maio de 1988. Institui o Plano Nacional de 
Gerenciamento Costeiro e dá outras providências. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 18 mai. 1988b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_ 
03/leis/L7661.htm>. Acesso em: 8 mar. 2012. 
_____. Lei n. 7.735, de 22 de fevereiro de 1989. Dispõe sobre a extinção de 
órgão e de entidade autárquica, cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis e dá outras providências. Diário Oficial da 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Mvep359-85.htm
 
 
Engenharia de Produção | Sistemas de Gestão Ambiental | A Legislação Ambiental Brasileira 19 
 
União, Brasília, DF, 23 fev. 1989c. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ 
ccivil_03/leis/L7735.htm>. Acesso em: 10 mar. 2012. 
BRASIL. Lei n. 7.802, de 11 de julho de 1989. Dispõe sobre a pesquisa, a 
experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o 
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a 
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o 
registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, 
seus componentes e afins, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 12 jul. 1989a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ 
ccivil_03/leis/L7802.htm>. Acesso em: 8 mar. 2012. 
_____. Lei n. 7.805, de 18 de julho de 1989. Altera o Decreto-Lei n. 227, de 28 
de fevereiro de 1967, cria o regime de permissão de lavra garimpeira, extingue 
o regime de matrícula, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 20 jul. 1989d. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil 
_03/Leis/L7805.htm>. Acesso em: 10 mar. 2012. 
_____. Lei n. 8.171, de 17 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política agrícola. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 jan. 1991. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8171.htm>. Acesso em: 10 mar. 
2012. 
_____. Lei n. 8.974, de 5 de janeiro de 1995. Regulamenta os incisos II e V do 
parágrafo 1º, do artigo 225, da Constituição Federal, estabelece normas para o 
uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de 
organismos geneticamente modificados, autoriza o Poder Executivo a criar, no 
âmbito da Presidência da República, a Comissão Técnica Nacional de 
Biossegurança, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 
6 jan. 1995. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104372/lei-
8974-95>. Acesso em: 8 mar. 2012. 
_____. Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de 
Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos 
Hídricos, regulamenta o inciso XIX, do artigo 21, da Constituição Federal, e 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/823945/constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/823945/constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/823945/constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/823945/constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
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http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/823945/constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
 
Engenharia de Produção | Sistemas de Gestão Ambiental | A Legislação Ambiental Brasileira 20 
 
altera o artigo 1º, da Lei n. 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei 
n. 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 
9 jan. 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433. 
htm>. Acesso em: 28 fev. 2012. 
BRASIL. Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções 
penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio 
ambiente, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 
13 fev. 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605. 
htm>. Acesso em: 8 mar. 2012. 
_____. Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação 
ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras 
providências.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 abr. 1999. Disponível 
em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=321>. Acesso 
em 28 fev. 2012. 
_____. Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o artigo 225, 
parágrafo 1º, incisos I, II, III e VII, da Constituição Federal, institui o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 jul. 2000. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm>. Acesso em: 28 fev. 2012. 
_____. Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de 
Residuos Sólidos; altera a Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras 
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 3 ago. 2010. Disponível 
em: <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1024358/politica-nacional-de-resi 
duos-solidos-lei-12305-10>. Acesso em: 28 fev. 2012. 
_____. Resolução Conama n. 237, de 19 de dezembro de 1997. Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, 19 jun. 2001. Disponível em: <http://www.mma. 
gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html>. Acesso em: 8 mar. 2012. 
 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1024358/política-nacional-de-residuos-solidos-lei-12305-10
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http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104091/lei-de-crimes-ambientais-lei-9605-98

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