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FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO Sistemas Submarinos UNIDADES DE PRODUÇÃO - 7850 plataformas offshore em mais de 53 países + boa parte se encontra no fim da vida útil e sua desativação impõe desafios tecnológicos e ambientais, além da necessidade de um planejamento avançado para sua substituição. - Classificadas em: Fixas ou Flutuantes PRINCIPAIS FUNÇÕES - Separar óleo, gás e água - Armazenar o hidrocarboneto produzido - Bombear hidrocarbonetos para o sistema de exportação - Limpar e descartar a água produzida - Limpar e comprimir o gás produzido para injeção/combustível - Captar, tratar e injetar água do mar nos reservatórios para manutenção da pressão. FIXAS - Fixadas no solo marinho - Lâmina d’água pequena (+- 300m) - Primeiras plataformas offshore - Principal limitação: quantidade de aço requerida para sua base de sustentação, elevando seus custos - São armazenados os equipamentos de perfuração, estocagem de materiais, instalações e pessoal necessário para que possa haver a produção de poços de petróleo. - Não estocam petróleo ou gás, estes são enviados para a terra através de oleodutos e gasodutos. ° Jaqueta - Estrutura de revestimento constituída por tubos de aço - Possui de 4 a 8 pés fixos para criar estabilidade - Fixadas através de estacas no fundo do mar - Largura da base maior que a do topo, dando grande estabilidade a estrutura - Lâminas d’água: até 400m - Dificuldade de abandono - Completação seca ou molhada ° Torre complacentes - Semelhantes as jaquetas, com tubos de aço e estrutura de rede ligas cruzadas - Torre estreita e flexível, para suportar forças laterais que desviam a posição natural da plataforma - Lâminas d’água > 400m ° Jack-up - Auto-eleváveis - Formadas por um casco flutuante, com três a quatro pernas de aço - Estruturas acionadas de forma mecânica ou hidráulica - Plataforma elevada acima do nível do mar, segurança das ondas marítimas - Lâminas d’água máxima: 130m ° Plataforma de gravidade - Construídas em concreto - Apoiadas no fundo do mar através da gravidade - Extrair e Perfurar em LDA 400m - Transportam a produção de petróleo por dutos ou navios acoplados a elas - Completação seca FLUTUANTES - Instaladas através de um sistema de ancoragem - Hoje, passaram a ter um protagonismo - Diferem pelo fato de produzir e armazenar petróleo, apenas produzir ou apenas armazenar. ° TLP (Tension-leg platform) - Estrutura de casco ancorada com tendões - Vantagens: -> insensíveis às condições climáticas devido ao sistema de amarração -> pode ser montada em águas rasas antes da instalação ->unidades de completação seca e permitem intervenção -> podem ser reutilizadas em outros campos -Desvantagens: -> limitadas a lâminas d’água de até 1500 m -> muito caras e possuem baixa capacidade de armazenamento -> Sistema de ancoragem complexo com tendões ° Spar buoy - Consiste em um único cilindro vertical de aço que opera com um calado de profundidade constante de cerca de 200 metros - Possuem baixo movimento de heave e baixo movimento relativo entre os risers e o casco - Maior estabilidade - Poucos movimentos verticais - Ventos e ondas não conseguem deslocar significativamente o centro de rotação - Risers rígidos - Completação seca - Sistema de amarração convencional - Mais fáceis de construir que as demais flutuantes - Flexibilidade para alta capacidade de carga no convés - Lâminas d’águas profundas e ultraprofundas ° Semi-submersível - Vantagens: -> movimentos pequenos para condições extremas -> construídas em águas rasas e rebocadas ao local de instalação -> Podem ser reutilizadas -> Lâminas d’água profundas e ultra profundas -> Sistema de amarração pode ser antecipado - Desvantagens -> baixa capacidade de armazenamento -> completação molhadas -> Sensíveis ao aumento de peso no convés ° fpso - Vantagens: -> grande capacidade de armazenamento -> baixo custo associado às conversões -> construídos em águas rasas antes da instalação -> podem ser removidos para manutenção -> podem ser reutilizados -> lâminas d’água profundas e ultra profundas - Desvantagens -> completação molhadas -> sistema Turret complexo, caro e gera desvantagens em relação ao risers -> opções modernas suprimem o Turret - Sistemas de ancoragem • TURRET: estrutura composta por um corpo central cilíndrico, conectado ao casco de uma embarcação através de rolamentos e uniões rotativas (Swivel), que permite a chegada das linhas de amarração e dos risers num único ponto. - Requer apenas uma estação de offloading na popa do navio - Desvantagens: desgaste dos risers (movimentos de pitch); poucas empresas no mundo detêm essa tecnologia • SPREAD MOORING: amarração que fixa duas extremidades do navio, proa e popa, e com isso restringe todos os movimentos do navio. • CALM YOKE: consiste de uma monobóia conectada à embarcação por meio de um braço rígido articulado no casco denominado “Yoke”. ÁRVORE DE NATAL - Sistema de válvulas para direcionar e controlar a produção ou injeção do poço - Conectada a três linhas: • Flowline de produção • Flowline de injeção • Linha de controle (umbilical) – ANM - Diversas válvulas de segurança, controladas por um sistema hidráulico ou eletro-hidráulico - Permite operações de intervenção e pode ser controlado por um ROV + Tipos - Convencional (ANC) e molhada (ANM) - Vertical: as válvulas mestras estão na posição vertical e alinhadas com a coluna de produção. - Horizontal: as válvulas são horizontais e estão longe da produção. Árvore mais baixa: menor risco de acidentes, colisões. + A diferença está na posição das válvulas, e na sequência de instalação. + Sequência de instalação - VXT 1. Perfurar e instalar o conductor casing 2. Instalar o BOP na wellhead 3. Drill 4. Completion 5. TH instalado na wellhead 6. Instalar plugs e barreiras para retirar o BOP 7. Retirada do BOP 8. Instalação da VXT - HXT 1. Perfurar e instalar o conductor casing 2. Instalar a HXT na wellhead 3. Instalar o BOP na HXT 4. Drill 5. Completion 6. TH instalado na HXT 7. Instalar plugs e barreiras para retirar o BOP 8. Retirada do BOP + Sistema de Controle Responsável por gerenciar as válvulas de controle e monitoramento localizadas na Árvore de Natal, através da análise de parâmetros medidos em sensores localizados em vários pontos de interesse dentro do sistema de produção - Parâmetros controlados: • pressão e temperatura de produção, • pressão na válvula choke, • pressão no anular, • pressão e temperatura no manifold, • detecção de vazamento de hidrocarbonetos, • detecção de areia, • monitoramento de fundo de poço, • monitoramento de corrosão e • passagem de pig + Sistema de produção submarino Realizado por meio de equipamentos instalados no leito submarino, junto à malha de produção, e unidades de controles localizados na plataforma. - Tipos de sistemas de controle: • Hidráulico-direto • Hidráulico pilotado • Eletro-hidráulico • Elétrico-multiplexado CABOS UMBILICAIS - Transmitem sinais de controle para os equipamentos submarinos - Associados as condições de controle: • Número de funções • Distância (afastamento + profundidade) • Tempo de resposta • Hidráulico - pequenas distâncias • Multiplexado - grandes distâncias • Elétrico - distâncias muito grandes MANIFOLDS - Direcionar fluidos produzidos ou injetados entre os poços e a unidade de produção - Rede de tubulações com válvulas, chokes e conexões - Equipamento intermediário entre os flowlines e os risers RISERS - Conecta o manifold ou ANM a unidade de produção - Destinados a produzir ou injetar fluidos - Rígidos ou flexíveis - Dimensionamento: ◦ Resistência ao carregamentocombinado • Pressão externa • Tração • Flexão ◦ Resistência à fadiga ◦ Capacidade de isolamento térmico - A seleção da configuração do sistema é baseada no comportamento estático e dinâmico, da facilidade de instalação, da adaptabilidade e do custo. RISERS RÍGIDOS - Tubos de aço em serie com seções de aproximadamente 12 metros de comprimento, acoplados umas às outras, geralmente por soldas a topo. - Em lâminas d’água profundas podem estar envolvidos por flutuadores, para diminuir o seu peso aparente. - Pouco resistentes aos esforços gerados pela movimentação da plataforma - Utilizados em plataformas fixas ou TLP - Pipe-in-pipe - Configurações: -> Top Tensioned Riser (TTR): disposto verticalmente + o riser é tracionado no topo por flutuadores ou tracionadores hidráulicos, permitindo a completação seca. -> Steel Catenary Riser (SCR): quando em catenária. + é um duto suspenso a partir de instalações na superfície em forma de catenária que se apoia no fundo do mar e conecta-se diretamente às linhas submarinas (flowlines) horizontais. RISERS FLEXÍVEIS - Formados por uma superposição de camadas - Camadas plásticas fornecem estanqueidade externa e interna - Camadas metálicas são responsáveis pela resistência aos carregamentos mecânicos. • Carcaça Intertravada: camada mais interna da composição, responsável por impedir o colapso do duto devido à pressão externa. • Armadura de Pressão: tem como objetivo suportar a pressão interna. • Armaduras de Tração: responsáveis pela rigidez à tração e torção do riser. • Camada Plástica Externa: isola o duto do ambiente externo, evitando efeitos da corrosão das camadas internas e a entrada de água. - Configurações -> Catenária Simples (free hanging): o riser fica preso à plataforma e se estende livremente até o solo. -> Lazy-wave: utilização de flutuadores, sistema assume uma forma “ondulada”, e a seção inferior do riser permaneça apoiada em catenária no fundo do mar. + flutuadores aliviam a tração no topo do riser e podem diminuir a movimentação no TDP, aumentando a vida útil do riser. -> Steep-wave: a extremidade inferior da linha não repousa em catenária no fundo do mar, e a ancoragem do riser se dá sob tração em uma base fixa no leito marinho. + não apresenta problema no TDP e é recomendada para situações em que existe um espaço muito pequeno para o segmento apoiado. -> Lazy-s: uma boia em uma posição intermediária da linha, onde uma catenária suspensa parte do navio e é conectada à boia, da boia parte uma catenária simples que se estende até o fundo do mar. + A boia tem como funções impedir a transferência direta de esforços dinâmicos no TDP e suportar parte do peso do riser, reduzindo a tração no ponto de conexão com a plataforma. -> Steep-s: o trecho de flutuação é utilizado uma boia e a ancoragem do riser se dá sob tração em uma base fixa no leito marinho. + Recomendado em situações em que exista um espaço muito pequeno para o segmento apoiado. FLOWLINES - Linhas de transferência de fluidos entre os componentes submarinos • ANM para manifold • Manifold para PLET - Utilizados quando os poços não se encontram diretamente abaixo da unidade de produção - Rígidos ou flexíveis - Dimensionamento: ◦ Capacidade de resistir à pressão externa ◦ Capacidade de isolamento térmico PIPERLINE - Constitui uma estrutura estática - Utilizado para a exportação de óleo ou gás - Duto rígido de parede simples ou sanduíche - Dimensionamento: ◦ Capacidade de resistir à pressão externa ◦ Capacidade de isolamento térmico
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