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Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078.pdf Enterobacteriaceae: Escherichia coli e Shigella 1 Enterobacteriaceae: Escherichia coli e Shigella PRINCIPAIS ENTEROBACTERIACEAE: ESCHERICHIA COLI E SHIGELLA Características gerais dos bacilos gram negativos São bacilos gram negativos: células alongadas, coram-se em rosa/vermelho na coloração de Gram Podem ter flagelos peritríquios ou imóveis (genes para flagelo silenciados) Podem ser fermentadores ou não fermentadores: Fermentadores: escherichia, salmonella, shigella, klebsiella, vibrio, campylobacter Não fermentadores: pseudomonas, acinetobacter, brukholderia, stenotrophomonas *fiquei na dúvida se os não fermentadores entram na família enterobacteriaceae mas acho que não! Os fermentadores pertencem a família dos enterobacteriaceae, que possuem algumas características: Exigências nutricionais simples (quimioorganoheterotróficos - usam energia química para produção de ATP a partir da degradação de outros composto, no caso são moléculas orgânicas que doam elétrons e heterotróficos: por isso o nome) Anaeróbios facultativos - como tem metabolismo que pode ou não depender de O2, quando tem O2 nas porções iniciais do intestino, usam ele, mas nas porções finais conseguem fazer fermentação; por usar o O2 quando há = elas reduzem a quantidade de O2 no intestino) Fermentadores de glicose; escherichia klebsiella e enterobacter também fermentam lactose (”ah como diferencia uma infecção de e. coli por shigella? uma das formas de saber é que shigella não fermenta lactose”) Antígeno comum de enterobacteriaceae = todas elas possuem o polissacarídeo central; o que varia entre as enterobacteriaceae é o antígeno O (a porção distal do LPS das gram negativas); identidade do antígeno O é usada para a identificação de bactérias: “E. coli O157:H7” = fazem tipagem baseada nos componentes, então o “O” da nomenclatura se refere ao antígeno O” então e.coli O157 e e. coli O158 possuem antígeno O diferentes; já o H se refere ao flagelo podem estar na natureza (solo, água, vegetação) são residentes normais da microbiota intestinal mas podem agir como patógenos oportunistas (escherichia, klebsiella e enterobacter): oportunista é esperar uma oportunidade, por exemplo, oportunidade de sair do local onde está (como na microbiota, onde está normalmente) e ir para outro lugar causar infecções (como ir ao trato urinário); por estar no TGI, pode sair nas fezes, e ficar na região da uretra, vagina, lá fora = e então pode penetrar no epitélio urogenital e causar infecção (atrito durante atividade sexual pode aumentar a chance da bactéria entrar e o uso de sondas também - sondas são para retirar urina quando indivíduo tá com algum problema de fazer isso sozinho) → infecções do trato urinário (ITUs), causando cistite (quando afeta bexiga) ou pielonefrite (quando afeta os ductos que se conectam à bexiga) Enterobacteriaceae: Escherichia coli e Shigella 2 também pode causar infecção do peritônio - também é infecção primária (bactéria vai para o local, se multiplica) bacteremia secundária (”bacteremia = presença dela na corrente sanguínea”) = mas tanto infecções urinárias quanto de peritônio → podem cair na corrente sanguínea, levar a falência de múltiplos órgãos → sepse → morte Escherichia coli residente do intestino de animais de sangue quente e repteis; um dos colonizadores primários do nosso intestino principal anaeróbio facultativo 90% dos humanos tem E. coli no intestino = cada grama de fezes nossa tem de 10^7 a 10^9 unidades formadoras de colônias de E. coli comensalismo ou mutualismo? várias linhagens de E. coli foram isoladas do intestino de pacientes normais = foram denominadas de linhagens comensais, para diferenciar das linhagens patogênicas mas aí teve a discussão, será que é comensalismo mesmo ou mutualismo, porque há benefícios de ter E coli no intestino: proteção contra colonização de organismos patogênicos redução de O2 para estabelecimento de diversos organismos no intestino (ela consome O2, deixa ambiente anaérobio, permite o estabelecimento de bactérias anaeróbias benéficas, então permite uma microbiota mais diversificada) produção de vitamina B12 e K chamamos as E. coli de “EC” IPEC = e coli que causam infecções intestinais (patogenas) → “diarreiogênicas” ExPEC = e coli patogenas que causam infecções fora do intestino → extraintestinais origem das cepas patogênicas de E. coli, isso é, diferença das oportunistas = oportunistas são comensais que não são patogênicas normalmente a não ser que tenham a oportunidade para isso, mas agora falaremos das que são normalmente patogênicas (vão causar doença no intestino também) cepas patogênicas surgem pelos mecanismos genéticos (transformação, transdução, etc) = uma E. coli comensal recebe um elemento genético (podendo ser um plasmídeo, um DNA de fago, um gene patógeno de outra bactéria, um Enterobacteriaceae: Escherichia coli e Shigella 3 transposon, uma ilha genômica etc) = passa a produzir toxinas = causam danos = são patogênicas sítios de infecções das cepas patogênicas, onde ficam alojadas? intestino delgado, grosso, rim, corrente sanguínea, tecido nervoso (causa meningite), bexiga (veremos as ExPEC) UPEC (E. coli uropatogênica) E. coli uropatogênica - associada a infecções no trato urinário tem grande chance de causar infecções porque tem elementos para produzir fatores de virulência, ok, mas o que ela tem diferente das comensais para causar doenças? tem fímbrias = estruturas proteicas que se ligam a células eucarióticas para adesão; para estabelecer na uretra e bexiga precisa ter adesão!! Endotoxinas: alfa-hemolisina, CNF1, SAT, sistema de captação de ferro, cápsula, resistência ao soro Diferenciação e multiplicação no citosol das células eucarióticas; Manutenção de um estado quiescente; Exfoliação das células da camada superficial; Principal causadora de ITUs; Afeta majoritariamente mulheres, mas prevalência em mulheres é menos evidente quando as funções excretoras são prejudicadas; Dano ao tecido pode ser manifesto por cistite (aumento da frequência de urinar, dor ao urinar e volume reduzido de urina), pielonefrite (dor lombar, náusea, vômito e febre), sepse e morte. Tratamento = antibioticoterapia NMEC (E. coli associada à meningite neonatal) Residente da microbiota da mãe, sendo transmitida ao bebê durante o nascimento; Passagem por transcitose através dos enterócitos; Evasão do sistema imune mediada por cápsula; adesão às células da barreira hematoencefálica mediada por fímbria e OmpA Enterobacteriaceae: Escherichia coli e Shigella 4 Remodelamento do citoesqueleto promove invasão e cápsula determina sobrevivência nas células da barreira hematoencefálica; principal bactéria gram-negativa (BGN) causadora de meningite neonatal; Dose infectante no sangue de 10^3 UFC/mL; Mortalidade ocorre em 40% dos casos e sequelas neurológicas são comuns nos sobreviventes; São E. coli que apresentam antígeno K (agora veremos as IPEC) ETEC (E. coli enterotoxigênica) intestinal = vai desenvolver quadro de diarreia produtoras de fatores de colonização (CF) - estruturas na parede da bactéria importante para fixar a bactéria na parede intestinal; interagem com receptores específicos das células do intestino produtora das enterotoxinas termoestável (ST) e ou termolábil (LT) dose infectante alta dano ao tecido resultante do crescimento da bactéria resulta em diarreia aquosa autolimitada As enterotoxinas ST e LT induzem a secreção de íons e água no lúmen do intestino Transmitida por água e alimentos contaminados tem sido associada com doenças em países em desenvolvimento: “doença do viajante” via fecal oral crianças de até cinco anos são o principal grupo de risco para infecções causadas por ETEC porcos, após serem desmamados, são susceptíveis à infecção por ETEC viajantes para países em desenvolvimento são susceptíveis à infecção por ETEC O antibiótico não é eficiente, devemos fazer a hidratação precoce e incentivar o aleitamento materno (anticorpos diminui a incidência) EPEC (E. coli enteropatogênica) Enterobacteriaceae: Escherichia coli e Shigella 5 Causa destruição das microvilosidades do epitélio e formação de pedestal (LEE positivas) → vai alterar o citoesqueleto do enterócito, proporcionando melhor adesão (formação de um pedestal) Adesão mediada por feixe de fímbrias e intimina-Tir (a intimida da bactéria tem um receptor que se liga na proteína Tir = fica intimamente ligada ao enterócito); → possui uma fímbria longa, formando um pilus como adesina Outros fatores injetados na célula reduzem a absorção de água no intestino e reduzem a captação de Na+; Dano ao tecido resultante do crescimento da bactéria resulta em diarreia aquosa potencialmente fatal; É transmitida por água e alimentos contaminados e tem sido associada a doenças em países em desenvolvimento; principalmente carne mal cozida Crianças são o principal grupo de risco para infecções causadas por EPEC (adultos tem microbiota mais resistente, maior higiene e ausência de receptores para essas bactérias → maior capacidade imunológica) = EPEC = Pediatria Não produz toxina STEC (E. coli produtora de toxina Shiga) Produtora de STx1 e/ou STx2, ambas ligantes de Gb3 e inibidores de síntese proteica = morte celular! Algumas cepas (EHEC) causam destruição das microvilosidades do epitélio e formação de pedestal (LEE positivas) → EHEC é enterohemorrágica, então terá diarreia mucosa e com sangue (por conta da toxina Shiga) → ingestão de carnes malpassadas Dose infectante baixa (<100) e animais como reservatórios; Dano ao tecido resultante do crescimento da bactéria varia de diarreia aquosa branda até colite hemorrágica (dores abdominais e diarreia sanguinolenta) autolimitadas; Alguns casos (Stx2) evolem para síndrome hemolítico-urêmica (HUS = falha renal) autolimitada, mas que podem deixar sequelas (insuficiência renal, hipertensão) Tem sido associada com doenças em países em desenvolvimento (O157:H7) Enterobacteriaceae: Escherichia coli e Shigella 6 Uso de antibiótico pode aumentar liberação de Stx1/Stx2 e as chances de a doença evoluir para HUS EIEC (E. coli enteroinvasiva) Invadem o epitélio intestinal; Dano ao tecido resultante do crescimento da bactéria resulta em diarreia aquosa, que pode evoluir para a forma sanguinolentas. Dores abdominais e febre podem ocorrer em alguns indivíduos. Manifestações clínicas similares à shigella Shigella Reconhecida como agente causador de disenteria bacteriana em 1897 por Kiyoshi Shiga Mais de 50 sorotipos pertencentes à quatro espécies de Shigella (S. dysenteriae, S. flexneri, S. boydii e S. sonnei), que parece ser, na verdade, Escherichia coli; → geneticamente igual a E. coli, mas tem ação fisiológica diferente Coloniza apenas primatas, sendo os grupos de risco: Crianças de até 5 anos de idade Moradores de rua Viajantes Homens que fazem sexo com outros homens Comprometimento do sistema imunológico A toxina Shiga produzida por Shigella dysenteriae sorotipo 1 inibe a síntese e está relacionada à forma mais grave da doença (HUS); S. flexneri e S. sonnei produtoras de toxina Shiga foram recentemente identificadas; Enterobacteriaceae: Escherichia coli e Shigella 7 Exposição direta ao patógeno pela ingestão de água e alimento contaminados e, mais frequentemente, pelo contato interpessoal. Dose infectante baixa (cerca de 100 células) Invasão do epitélio por Shigella e infecção local Infecção intestinal causada por Shigella Dano ao tecido resultante do crescimento da bactéria é manifesto por diarreia, podendo ser sanguinolenta, dores abdominais e febre, com sintomas aparecendo 1 - 2 dias após ingestão da bactéria. A doença é autolimitada, com sintomas desaparecendo entre 5 - 7 dias; Doença pode evoluir para HUS (Hemolytic-uremic syndrome) e artrite (dor nas juntas e irritação nos olhos por 3 - 5 meses, podendo se tornar crônica, causada majoritariamente por S. flexneri e s. sonnei) Uso de antibiótico pode aumentar liberação de Stx e as chances de a doença evoluir para HUS. Estudos focam no desenvolvimento de antitoxinas Medidas de prevenção Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 1.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 2.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 3.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 4.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 5.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 6.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 7.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 8.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 9.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 10.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 11.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 12.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 13.png Enterobacteriaceae Escherichia coli e Shigella 1afe627735264050937f3658eb9b5078/Untitled 14.png