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1 
PUBVET 2023 
Produção de equinos à pasto: Revisão 
Bruna Guimarães Fonseca¹ , Florbela Dias dos Santos
2
,José Paulo Stringueto
3
 , Kelly de 
Magalhães de Almeida
4 
 
1
Estudante da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas 
(CCAAB), Curso de Medicina Veterinária Cruz das Almas–BA Brasil. E-mail: bruna.guimaraes@aluno.ufrb.edu.br 
2
Estudante da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas 
(CCAAB), Curso de Medicina Veterinária Cruz das Almas–BA Brasil. E-mail: florbela@aluno.ufrb.edu.br 
3
Estudante da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas 
(CCAAB), Curso de Medicina Veterinária Cruz das Almas–BA Brasil. E-mail: josestringueto@aluno.ufrb.edu.br 
4
Estudante da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas 
(CCAAB), Curso de Medicina Veterinária Cruz das Almas–BA Brasil. E-mail: kellymagalhaes@aluno.ufrb.edu.br 
 
Resumo. Este artigo aborda informações referente importância que têm as forragens 
(gramíneas e leguminosas), dentro da cadeia produtiva da equideocultura. Os equinos são 
animais essencialmente herbívoros, de hábitos de pastejo lento e contínuo, possuem uma 
significativa capacidade de seletividade o que torna essencial conhecer as particularidades 
da fisiologia desses animais e a bromatologia das pastagens mais indicadas para esta 
espécie no Brasil. Deste modo, deve-se levar em consideração os aspectos nutricionais de 
cada categoria dos equídeos e as características individuais das forragens para fazer 
conseguir alcançar um sistema de criação eficaz. 
Palavras chave: Cavalos, equideocultura, forragens para equinos, nutrição equina 
 
Production of horses on pasture 
Abstract. This article discusses information regarding the importance of fodder (grasses 
and legumes) within the equine production chain. Horses are essentially herbivorous 
animals, with slow and continuous grazing habits, they have a significant capacity for 
selectivity, which makes it essential to know the particularities of the physiology of these 
animals and the bromatology of the most suitable pastures for this species in Brazil. In 
this way, the nutritional aspects of each category of horses and the individual 
characteristics of the forages must be taken into account in order to achieve an effective 
breeding system. 
Keywords: horses, equideoculture, fodder for horses, equine nutrition 
 
Introdução 
De acordo com VETNIL (2021), os equinos têm importância mundial desde a origem da 
humanidade, desempenhando papeis fundamentais no seu desenvolvimento, sendo utilizado na 
construção de cidades, nas guerras, na locomoção de tropas, no serviço da pecuária extensiva, para 
lazer, na prática de esportes e, mais recentemente, na terapia para pessoas com deficiência. 
Atualmente, o Brasil possui um plantel com cerca de 5,7 milhões de equinos (IBGE, 2021) o 
que movimenta uma cadeia de empregos, comércio e indústria. De acordo com o Estudo do Complexo 
do Agronegócio MAPA (2016), a atividade injeta, todos os anos, mais de R$ 16 bilhões na economia 
do país. Esse negócio é aquecido por uma paixão que passa de pai para filho. 
É importante ressaltar que para que se tenha uma criação de equinos é de uma importância que 
o manejo nutricional atenda as exigências nutricionais da espécie, levando em consideração a 
fisiologia e categoria dos animais e região onde está inserida a atividade, assim às pastagens são, 
mailto:bruna.guimaraes@aluno.ufrb.edu.br
mailto:florbela@aluno.ufrb.edu.br
mailto:josestringueto@aluno.ufrb.edu.br
mailto:kellymagalhaes@aluno.ufrb.edu.br
Pubvet et al. 2 
PUBVET 2023 
reconhecidamente, o ambiente adequado para a alimentação dos cavalos, mas é um sistema complexo 
que influencia as decisões dos animais em pastejo (ROBERTO, 2011). 
Os cavalos diferenciam-se de outros herbívoros porque são altamente seletivos, consumindo 
uma extensa ordem de plantas e até raízes. Utilizam como base da sua seleção a preferência e praticam 
a seletividade nas estruturas das diferentes espécies de plantas (ROBERTO, 2011), intensificando a 
importância de conhecer a composição bromatológica e os fatores antinutricionais das forragens 
oferecidas e, ainda o tipo e a fertilidade do solo presente na propriedade, para que estas apresentem 
seu maior potencial (OLIVEIRA, 2019). 
Deste modo, objetiva-se com o presente trabalho descrever as forrageiras mais utilizadas no 
Brasil, elucidando composição bromatológica das pastagens e direcionar os criadores de equinos para 
práticas de manejo mais adequadas, bem como informar as necessidades nutricionais de cada 
categoria, a fim de proporcionar melhores condições de vida aos animais e aumentar a rentabilidade da 
criação. 
 
Forragens para equinos 
Devido às características anatômicas e fisiológicas, o equino deve receber grandes quantidades 
de forragem e a taxa de fornecimento deve permitir a seletividade da captura e facilitar a ingestão. 
Para qualquer volumoso, o perfil nutricional deste é diferente quando oferecido na forma de pastagem 
ou forragem conservada, situação atribuída à seletividade e individualidade animal bem como a 
variação nas partes da planta. Paralelamente com o conhecimento da composição nutricional e manejo 
de conservação de forragem, especial atenção deve ser dada as condições ambientais de alojamento e 
restrição de movimentos dos animais. (ROBERTO, 2011). 
Outro ponto básico e critico no manejo alimentar de equinos é a disponibilidade de forragens 
de alta qualidade para uso como pastagens, ou forragens conservadas na forma de fenos e silagens. Os 
mais tecnificados sistemas de produção animal adotaram o feno e este é o motivo pelos quais grandes 
partes dos artigos científicos relativos à nutrição de equinos usaram o feno como volumoso. 
(ROBERTO, 2011), permitindo o aproveitamento de alimentos volumosos durante o período de 
estiagem. (ROBERTO, 2011). 
Os trabalhos nacionais apresentados mostraram que a digestibilidade média de volumosos 
apropriados para equinos é de 50% tanto para a proteína como para a energia. Deve-se adicionar 
algum ingrediente concentrado em suas dietas, em quantidades não excessivas, favorecendo a 
digestibilidade do volumoso (Brandi & Furtado, 2009). 
 
Espécies forrageiras mais utilizadas para a alimentação de equinos 
Gramíneas: 
 
Tifton 85 – Cynodon spp. 
A tifton 85 é uma gramínea perene estolonífera com grande massa folhear, rizomas grossos, 
que são os caules subterrâneos que mantêm as reservas de carboidratos e nutrientes que proporcionam 
uma maior resistência a secas, geadas, fogos e pastejo intensivos, sendo seus estolões médios, 
vigorosos, com pouca pigmentação roxa (OLIVEIRA, 2019). É resultado de um melhoramento 
genético oriundo de um genótipo Sul-Africano com o tifton 68 (CORRÊA e SANTOS, 2003). 
 Os estolões, que podem crescer mais de três polegadas por dia, desenvolvem raízes e uma 
planta em cada nó quando a umidade do solo e as condições de crescimento são favoráveis. No 
primeiro ano, essas plantas permanecem na superfície do solo e raramente desenvolvem coroas. Um 
congelamento prolongado ou fogo pode matá-los, tornando necessário que o gramado se estabeleça 
novamente a partir das plantas originais (OLIVEIRA, 2019). 
 3 
PUBVET 2023 
O tifton 85 tem folhas e colmos longos, com capacidade de adaptar-se a climas tropicais e 
subtropicais, é resistente ao pisoteio, adequado para uso no pastejo e para a produção de feno 
(CORRIHER et al., 2007). Para garantir o desempenho ideal da forrageira é necessário o preparo do 
solo, considerando que o tifton é exigente em nutrientes para o desenvolvimento foliar (COUTINHO, 
2014). 
Com solos corrigidos e adubados após análise de sol, o tifton 85 pode ser plantado em todo 
território nacional,desde regiões mais frias a regiões mais quentes, e em variados tipos de solos. A 
correção do solo deve ser realizada após análise física e química, para verificação da utilização de 
calagem, gessagem, adubação com Nitrogênio e/ou minerais (GOMES et al., 2015). 
Em solos férteis e com manejo adequado, o Tifton 85 comumente proporcionam produção de 
matéria seca superior a 20 t de MS/ha/ano, com valor nutritivo que pode ser considerado bom, ao 
redor de 11 a 13% de PB e 58 a 65% de digestibilidade. Apresentam ainda distribuições estacionárias 
de crescimento mais uniformes quando comparados a outros capins. O Tifton 85 pode ser utilizado 
tanto para pastejo quanto para produção de feno (TECNOLOGIA DO CAMPO, 2020). 
 
Coast-Cross – Cynodon dactylon 
O coast-Cross é um híbrido estéril resultante do cruzamento entre Cynodon dactylon cv. 
Coastal bermuda com Cynodon nlenfluensis cv. Robusto proveniente da American do Norte, tendo 
uma ótima adaptação em todo território brasileiro (EMBRAPA, 1999). 
É uma gramínea perene, não rizomatosa, de crescimento prostrado, com estolões longos, delgados e 
glabros (VIVER GRASS, 2022). Possui digestibilidade em torno de 62%, boa palatabilidade, alta 
resistência ao pastejo e pisoteio, devido a presença do meristema apical próximo ao solo, e 
desenvolvendo-se bem em regiões com altos índices pluviométrico, apesar de não suportar 
alagamentos. (PRADO, 2008) 
A forrageira se desenvolve mais em são solos com alta fertilidade, podendo ser solos com 
textura argilosa, arenosos, bem drenados, recomendando-se a correção do solo após análises químicas, 
para que atinja uma saturação por bases de 60%, tendo o rendimento da produção de matéria seca, 
empregando desta forma o calcário dolomítico (LEITE e MACHADO, 1999) 
A propagação se dá por meio de muda devido à infertilidade das sementes. É recomendado o 
plantio em sulcos, por ser mais eficiente. As mudas são distribuídas de modo uniforme nos sulcos e 
cobertas parcialmente com terra, possibilitando uma brotação rigorosa das gemas. Com o manejo 
adequado pode produzir cerca de 16t de feno. (EMBRAPA, 1999). 
 
Grama Estrela - Cynodon plectostachyus 
De acordo com VIVER GRASS (2022), o capim estrela é uma gramínea não rizomatosa 
apresentando crescimento prostrado, colmos longos com muitos estolões superficiais, podendo atingir 
cerca de 10m. Apresenta rápido crescimento, sendo considerada uma planta altamente invasora, e tem 
origem no leste do continente Africano. 
O capim estrela pode ser considerado uma das forrageiras mais indicadas para os equinos, 
visto que possuem alta palatabilidade e boa digestibilidade. Pode ser utilizado no sistema de pastejo 
direto e/ou produção de produção de feno, chegando a 20 % de proteína na MS. E apesar de a 
variedade ser tolerante a períodos curtos de encharcamento do solo e períodos de estiagem, se 
desenvolvem melhor em solos bem drenados e férteis, é adaptada a regiões com precipitação anual 
superior a 800 mm. Possuem uma produção média de 15 ton/ha/ano (OLIVEIRA, 2019). 
 
Capim Pangola –Digitaria decumbens sten 
Pubvet et al. 4 
PUBVET 2023 
 O capim Pangola, também conhecido como capim Transvala é um gramínea perene, 
estolonífera e com crescimento prostrado, contendo folhas finas e abundantes. É originária da África 
do sul, apresentando boa adaptação, onde consegue se desenvolver em áreas de clima subtropical. 
Esta forrageira desenvolve-se em diferentes tipos de solo, com exceção dos solos ácidos. Para que a 
forrageira atinja o seu potencial de produção, o solo deve apresentar um pH entre 6,0 e 7,0 e 
precipitação da região em torno de 1200 mm/ano (ARONOVICH, 1996). O capim pangola possui 
rendimento de produção igual a 30-40 t/ha/ano de MV e em torno de 73,8% de digestibilidade 
OLIVEIRA, 2019 apud SALINAS, 1994). 
Apesar de o capim pangola possuir uma alta palatabilidade, é essencial que haja um manejo 
nutricional minucioso uma vez que esta variedade apresenta fatores antinutricionais que podem 
intoxicar os equinos em casos de pastejo direto sem controle. É uma ótima opção para a fenação. 
 
Capim Buffel – Cenchrus ciliais 
O capim Buffel é uma gramínea é indica para as regiões semiáridas do Brasil por serem 
resistentes aos longos períodos de estiagem, apresenta desenvolvimento foliar em solos arenosos, 
profundos, argilosos com boa drenagem, não se adaptando em solos encharcados, podendo ser 
plantados em sulcos, covas ou a lanço (OLIVEIRA, 2019). 
 Nas regiões semiáridas torna-se essencial fazer o manejo de adubação correto onde a 
utilização de adubos fosfatados garantem o crescimento radicular, considerando que os solos destas 
regiões são deficientes em fósforo, sendo que esta prática nestas condições deve ser realizada sob 
orientação técnica, pois análises do solo precisam ser realizadas para verificação da necessidade 
(OLIVEIRA, 2019 apud SILVA, 2011). 
Esta forrageira pode ser utilizada tanto para pastejo quanto para fenação, o conhecimento da 
composição bromatológica é de suma importância para fundamentar corretamente a utilização em s 
para os equinos por possuírem fatores antinutricionais que podem se tornar tóxicos. Sua produção 
varia de4 a 12 t/ha/ano de matéria seca em regiões semiáridas. 
 
 Leguminosas: 
 
Alfafa - Medicago sativa 
É considerada a leguminosa mais utilizada na alimentação dos equinos, tendo como principal 
característica o alto teor de proteína. Apresentando folhas trifoliadas, com ciclo vegetativo perene e 
forma de crescimento rasteiro, com altura da planta de 1,0 m. Originária da Ásia Menor e do Sul do 
Cáucaso. É uma planta típica de clima temperado, mas tem capacidade de apresentação a uma grande 
variedade de climas e altitudes elevadas. Por ser uma leguminosa de alto teor nutritivo, as exigências 
de qualidade de solo também são altas, tornando o processo de escolha custo-benefício uma questão a 
ser analisada pelo produtor (OLIVEIRA, 2019). 
 São mais utilizadas para produção de feno que pastejo direto, contém boa digestibilidade e alta 
palatabilidade. É uma ótima opção por ser muito nutritiva, apresenta, além de teores de proteína bruta, 
cálcio , fósforo e NDT superiores aos de outras fontes de alimentos habitualmente utilizados, embora a 
degradabilidade de sua proteína, no processo de digestão pelo animal, ocorra em velocidade muito 
inferior àquela da proteína de gramíneas (VICTOR et al., 2007). 
 
Amendoim forrageiro – Arachis pintoi 
O amendoim forrageiro é uma leguminosa herbácea perene, com hábito de crescimento 
rasteiro e de porte baixo, podendo atingir de 20 a 60 cm de altura (MIRANDA, 2008), indicado para 
servir como forrageira em consorciação. São muito resistentes ao pastejo, porque os pontos de 
crescimento dos estolões ficam protegidos. É originário da América do Sul. 
 5 
PUBVET 2023 
São leguminosas que possuem baixa exigência de fertilidade do solo e resistência à cigarrinha 
das pastagens, além de serem extremamente palatáveis. Com produção estimada de 5 a 8 t/ha/ano de 
matéria seca, com teor de proteína bruta variando de 15 a 22%. Sua digestibilidade está em torno de 62 
a 73% e seu plantio pode ser feito por sementes ou mudas. 
 
 Feijão guandu - Cajanus cajan 
O feijão guandu, também conhecido como andu, é uma leguminosa arbustiva, semi- perene, 
com vida de até três anos quando podada anualmente. Além de ser resistente à seca, apresenta bom 
desempenho em solos com baixa fertilidade. E é originário da Ásia tropical (OLIVEIRA, 2019). 
Pode ser cortado (ramos com folhas e vagens) e fornecido aos animais como forragem verde 
ou sob a forma de feno, ou então pastejado diretamente. Em caso de pastejo direto, é mais usado como 
banco de proteína, constituindo uma reserva, anexa a uma pastagem de gramínea, na qual os animais 
permanecem no sistema de pastejo rotacionado (CPT, 2008). É extremamente palatável e tolerante ao 
sombreamento e resistente à cigarrinha da pastagem.Exigências nutricionais de acordo com cada categoria 
As exigências nutricionais variam em função da categoria do animal. De acordo com CNA 
BRASIL (2018), o garanhão, quando não é está em estação de monta não possui apena a necessidade 
de um manejo nutricional para mantença, onde o fornecimento de um pasto de qualidade ou feno 
basta, suplementar caso necessário. Se forem expostos a exercícios físicos é essencial que haja 
suplementação alimentar que deve ser indicada por um nutricionista especializado em animais atletas, 
já que excessos nutricionais são tão prejudiciais quanto suas deficiências. 
O CNA BRASIL (2018) afirma que as exigências nutricionais das éguas vão variar com seu 
estado fisiológico. Éguas gestantes necessitam de uma atenção maior no ultimo terço da gestão quando 
o feto está na reta final de crescimento, necessitando de dietas balanceadas, recomenda-se evitar o 
excesso de proteína neste período para não resultar em problemas a égua e ao feto. Após o parto a 
necessidade nutricional energética tende aumentar uma vez que ela necessitar produzir leite o que está 
diretamente relacionado com o escore corporal do animal. As éguas vazias devem consumir de acordo 
com a atividade que está relacionada como, por exemplo, éguas destinadas a reprodução devem ter 
dietas apropriedas e devem ser direcionadas a piquetes com uma boa cobertura vegetal. 
Os potros desmamados também requerem atenção minuciosa quanto ao manejo nutricional, 
sendo imprescindíveis dietas adequadas, pois qualquer erro pode causar danos irreversíveis, além de 
ser recomendada a separação por sexo em piquetes de tamanho suficiente para pastoreio para 
desenvolvimento muscular e ósseo, ter menos ou nenhuma cólica e problemas respiratórios, contendo 
forragens de boa qualidade. Ressaltando que o comportamento dos potros como, por exemplo, corridas 
e brincadeira, devem ser levados em consideração na escolha do capim que seja resistente a tais 
características dessa categoria (CNA BRASIL, 2018). 
 
Restrições de espécies forrageiras para a equinos 
 O tipo de pastagem a ser ofertada ao equino de ser escolhida com cuidado, já que muitas 
forrageiras indicadas para o clima brasileiro possuem agentes tóxicos ou antinutricionais para esta 
espécie como, por exemplo, o oxalato que quando é ingerido por longos períodos podem causar 
problemas relacionados a distúrbios metabólicos, como desequilíbrio da relação Ca:P que pode causar 
raquitismo em potros e osteomaláceas em equinos adultos, além de poder provocar a morte dos 
animais, a brachiaria humidicola é uma das gramíneas utilizadas para pastejo que possuem níveis de 
oxalato (OLIVEIRA, 2019). 
Deve-se ter cuidados também com o excesso de certos nutrientes, pois podem estar associados 
a quadros de cólica e timpanismo em equinos, por exemplo o elevado teor de proteína de algumas 
Pubvet et al. 6 
PUBVET 2023 
leguminosas, como a alfafa. Além do excesso de amido produzido pelas gramíneas Panicum 
Maximum, CV tanzânia e CV Massai nas épocas de chuvas podem ocasionar laminite e resistência a 
insulina ou sensibilidade a insulina (Brandi & Furtado, 2009). 
 
Considerações finais 
 A nutrição é um fator primordial para obter um bom desenvolvimento dos equinos, 
independente da categoria. A alimentação a pasto além de favorecer o bem-estar animal, é de suma 
importância para rentabilidade, pode-se afirmar que a falta de conhecimento sobre o manejo 
nutricional dessas espécies e o manejo incorreto das forrageiras ofertadas impactam diretamente no 
custo de produção. Deste modo, para evitar imprevistos e/ou prejuízos, recomenda-se acompanhar 
estes animais e os alimentos que estes recebem diariamente, objetivando atender as exigências 
nutricionais de cada categoria, para que as necessidades sejam atendidas, além de manejar 
corretamente os pastos, levando em consideração que a escolha das forrageiras deve coincidir com as 
condições climáticas do local que está sendo cultivada. 
 
Referencias 
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digitaria para produção animal na região sudeste do Brasil. Pesq. Agropec. Bras, Brasilia, 
v31,n11,p829-834,n.1996. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/AI-
SEDE/19353/1/pab96_10_11.pdf. Acesso em: 23 de abril de 2023. 
BERNARDES, Tales. Tifton 85: saiba tudo sobre essa forrageira para alavancar a sua produção. 
TECNOLOGIA DO CAMPO, 2020. Disponivel em: https://tecnologianocampo.com.br/tifton. Acesso 
em 28 de abril 2023. 
BRANDI, R. A.; FURTADO , C. E.; Importância nutricional e metabólica da fibra na dieta de 
equinos. Revista Brasileira de Zootecnia. R. Bras. Zootec., v.38, p.246-258, 2009. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/rbz/a/P3nR3fvS8CtqnjxHDTfPkPn/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 13 de 
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Corrêa, L. A.; SANTOS, P. M. Irrigação de pastagens formadas por gramíneas forrageiras 
tropicais. São Carlos: Embrapa Pecuária Sudeste, 2006. 6p. Comunicado Técnico, 48. Disponível em: 
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/37269/1/Circular48.pdf .Ac. Acesso em: 28 de 
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Equideocultura: manejo e alimentação- Coleção SENAR. CNA BRASIL, 2019. Disponível em: 
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Estrela africana. Viver Grass, 2022. Disponível em: https://vivergrass.com/estrela-africana/ 
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Acesso em: 28 de abril de 2023. 
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https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/185-EQUIDEOS.pdf
https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/185-EQUIDEOS.pdf
https://vivergrass.com/estrela-africana/
https://vivergrass.com/estrela-africana/
https://doi.org/10.1590/1807-1929/agriambi.v19n4p317-323
https://doi.org/10.1590/1807-1929/agriambi.v19n4p317-323
 7 
PUBVET 2023 
IMPORTÂNCIA DOS CAVALOS PARA A HUMANIDADE. Vetnil, 2021. Disponível em: 
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QUAL O SISTEMA DE PASTEJO (CONTÍNUO OU ROTACIONADO) RECOMENDADO 
PARA GADO DE CORTE NAS REGIÕES TROPICAIS?. CPT cursos presenciais, 2008. 
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