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APG 27 - Defesa e absorção do sistema digestório

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Defesa e absorção do
sistema digestório
Objetivos
• Conhecer o funcionamento dos
prebióticos, probióticos e pósbióticos. 
• Compreender o processo de absorção
da água e eletrólitos. 
• Entender a função da microbiota. 
• Conhecer o GALT. 
Absorção
gastrointestinal
O estômago é a área de menor absorção no
trato gastrointestinal, já que:
• Não possui vilosidades típicas da
membrana absortiva. 
• As junções estreitas entre as células
epiteliais têm baixa permeabilidade. 
Apenas algumas substâncias lipossolúveis,
como álcool e fármacos, como a aspirina, são
absorvidas em pequenas quantidades.
Vilosidades e
microvilosidades
A superfície absortiva da mucosa do intestino
delgado, com pregas denominadas válvulas
coniventes (pregas de Kerckring), aumenta a
área de superfície da mucosa absortiva em 3
vezes.
• São bem desenvolvidas do duodeno e
no jejuno. 
Na superfície epitelial do intestino delgado até
a válvula íleocecal, existem vilosidades, que
aumentam a área absortiva total por mais de 10
vezes.
Cada célula epitelial intestinal nas vilosidades é
caracterizada por borda em escova,
consistindo em um grupo de
microvilosidades, que aumentam a área
absortiva por mais de 20 vezes.
• As pregas de Kereckring, vilosidades e
microvilosidade aumentam a área
absortiva da mucosa por mais de 1.000
vezes. 
Absorção no intestino
delgado
O intestino delgado pode absorver até 500
gramas de gordura por dia, 500 a 700 gramas
de proteínas e 20 litros ou mais de água por
dia.
• O normal é em torno de 5 vezes menor
do que isso. 
O intestino grosso pode absorver ainda mais
água e íons, porém poucos nutrientes.
Absorção osmótica de água
A água é transportada através da membrana
intestinal inteiramente por difusão, que
obedece às leis da osmose.
Portanto, quando o quimo está suficientemente
diluído, a água é absorvida através da mucosa
intestinal pelo sangue das vilosidades, quase
inteiramente, por osmose.
A água pode também ser transportada na
direção oposta — do plasma para o quimo.
• Esse tipo de transporte ocorre quando
soluções hiperosmóticas são
lançadas do estômago para o
duodeno. 
Em questão de minutos, água suficiente será
transferida por osmose, para tornar o quimo
isosmótico ao plasma.
Como a água pode atravessar a túnica mucosa
intestinal em ambos os sentidos, a absorção de
água a partir do intestino delgado depende da
absorção de eletrólitos e nutrientes para
manter um equilíbrio osmótico com o sangue.
• Os eletrólitos, monossacarídios e
aminoácidos absorvidos estabelecem
um gradiente de concentração de
LARA MELO – ITPAC Palmas
água que promove a absorção de água
por osmose. 
Absorção de íons
O sódio é transportado através da membrana
intestinal.
• Tem um papel na absorção de açúcares
e aminoácidos. 
Eletrólitos absorvidos pelo intestino delgado
são provenientes das secreções
gastrintestinais, e alguns são parte dos
alimentos e líquidos ingeridos.
Os eletrólitos são compostos que se separam
em íons na água e conduzem eletricidade.
Os íons sódio são transportados para fora das
células absortivas por bombas de sódio
potássio basolaterais (Na+K+ ATPases)
depois que se moveram para as células
absortivas por difusão e transporte ativo
secundário.
Assim, a maior parte dos íons sódio (Na+) das
secreções do canal alimentar é recuperada e
não é perdida nas fezes.
1. Os íons negativamente carregados
bicarbonato, cloreto, iodeto e nitrato
podem seguir passivamente (duodeno
e jejuno) o Na+ ou serem
transportados ativamente (íleo). 
2. Os íons cálcio também são absorvidos
ativamente em um processo estimulado
pelo calcitriol — depende da vitamina D. 
1. O cálcio está sob controle
hormonal, assim como sua
excreção e armazenamento. 
2. Os hormônios da paratireoide, a
calcitonina e a vitamina D
exercem função de regulação dos
níveis sanguíneos de cálcio. 
3. Outros eletrólitos, como os íons ferro,
potássio, magnésio e fosfato, são
também absorvidos via mecanismos de
transporte ativo. 
O papel da microbiota
na regulação do
sistema imune
Inclui todas as bactérias comensais que
residem nos intestinos, como vírus, fungos
e protozoários.
• A microbiota muda com a idade, dieta e
doenças. 
O seres humanos e a microbiota têm
coevoluído mecanismos para
benefício mútuo, como:
1. Influência da microbiota no sistema
imune inato locais e sistêmico.
Além de influenciarem a função sistêmica de
neutrófilos circulantes e macrófagos. 
• Ácidos graxos de cadeia curta de
bactérias intestinais atenuam as
respostas inflamatórias de neutrófilos. 
• Fragmentos de peptidoglicanos de
bactérias intestinais aumentam a
capacidade dos neutrófilos circulantes
para matar bactérias Gram-positivas. 
• São necessárias para funções antivirais
sistêmicas de macrófagos, células
dendríticas e NK. 
2. Influenciam as respostas imunes
adaptativas locais e sistêmicas.
• A produção de IgA (principal
mecanismo imune adaptativo para
proteção contra a invasão microbiana)
através da barreira epitelial do intestino
depende da presença de flora luminal. 
• Os antígenos bacterianos ativam IgA
dependentes de células-T específicas
para esses antígenos. 
• Ao prevenir organismos comensais de
alcançar a barreira epitelial, a IgA reduz
as respostas inatas a esses organismos
e limita a ativação de células B e as
respostas de anticorpos. 
A presença dessas espécies reduz a
resistência a alguns patógenos intestinais, mas
LARA MELO – ITPAC Palmas
pode aumentar a suscetibilidade a doenças
autoimunes fora do intestino.
3. Defesa contra invasão por esses
organismos.
• Estimula a expressão de mucinas
e peptídeos antimicrobianos, que
previnem a colonização por
bactérias Gram-positivas. 
4. Mecanismos para manter o equilíbrio.
5. Minimiza respostas imunes pró-
inflamatórias desnecessárias aos
organismos comensais.
6. São necessárias para a proliferação e
reparo da barreira epitelial intestinal
após lesão.
• Efeito mediado pela ligação entre
os PAMPs da parede celular de
bactérias e os TLRs presentes
nas células epiteliais. 
Outras funções:
1. Diminuição da capacidade de adesão de
bactérias patogênicas às paredes do
intestino. 
2. Impedem o fluxo de toxinas para dentro
do epitélio intestinal. 
3. Resistência à colonização e penetração
de patógenos na corrente sanguínea. 
4. Produção de agentes antimicrobianos
(antifúngicos e antibióticos). 
5. Estímulo à maturação de células do
sistema imune. 
6. Efeito antimutagênico, antitumoral,
antineoplásico (prevenção contra câncer
intestinal). 
7. Aumento da secreção de IgA (protege a
superfície das mucosas contra vírus,
bactérias, etc). 
8. Auxilia na síntese de algumas vitaminas,
digestão e absorção de nutrientes. 
9. Promove o fortalecimento da barreira
intestinal e a proteção contra patógenos
(causadores de doenças), como
bactérias, vírus e fungos. 
Disbiose: quando há um desequilíbrio na
microbiota intestinal com predominância das
bactérias patogênicas. Leva a produção de
toxinas e aumento da permeabilidade
intestinal, que resultam em alterações
inflamatórias, imunológicas e hormonais.
Reguladores da microbiota
Fibras alimentares
Fibras alimentares (FA) são resistentes à
digestão e à absorção no intestino humano.
Podem ser:
1. Polissacarídeos. 
2. Oligossacarídeos. 
3. Lignina. 
4. Substâncias associadas às plantas. 
As FA apresentam propriedades a nível
gastrointestinal:
• Viscosidade: é a capacidade de formar
um gel quando em contato com a água;
isto aumenta a saciedade após a
refeição por retardar o esvaziamento
gástrico e aumenta o volume fecal,
favorecendo o trânsito intestinal;
• Fermentação: ocorre no cólon (porção
do intestino grosso), promovendo a
redução do pH intestinal e aumento na
produção de ácidos graxos de cadeia
curta.• Ácidos graxos de cadeia curta
São produzidos a partir da fermentação
de carboidratos, prebióticos, probióticos
e principalmente fibras, realizada por
bactérias benéficas da microbiota.
Participam no metabolismo, produção de
mediadores anti-inflamatórios, saúde
intestinal.
Os AGCC são absorvidos e oxidados
pelos colonócitos (células do cólon),
suprindo 60% a 70% das necessidades
energéticas destas células.
LARA MELO – ITPAC Palmas
Os AGCC produzidos em maior abundância
são o acetato, o propionato e o butirato. 
• Propionato: ajuda na regulação do
apetite, combate a inflamação e na
proteção contra o câncer. 
• Acetato: contribui na regulação do pH
sanguíneo, controle do apetite, nutre
bactérias produtoras de butirato e
protege o corpo contra patógenos. 
Estes dois fatores estimulam a atividade e o
crescimento de bactérias benéficas, inibem o
desenvolvimento das patogênicas e diminuem
o risco de câncer de cólon e de infecções
bacterianas.
As fibras alimentares são encontradas em
alimentos de origem vegetal como sementes,
frutas, verduras, grãos integrais e legumes.
Prebióticos
Estimula o crescimento das bactérias
benéficas em detrimento daquelas potenciais
patógenas.
→ Alimento para bactérias se alimentarem e se
proliferarem.
Mudam a atividade e a composição da
microbiota intestinal para promover a saúde do
indivíduo.
• Estão presentes em alimentos de origem
vegetal: batata yacon, alho, cebola,
banana, tomate, cevada, centeio, soja,
grão-de-bico. 
Probióticos
São organismos vivos que auxiliam na saúde
intestinal, uma vez que melhoram o equilíbrio
da microbiota.
Tem ação na mucosa intestinal, onde formam
uma barreira física às bactérias patogênicas.
Eles promovem:
1. Estabilização da microbiota intestinal
após o uso de antibióticos. 
2. Resistência gastrintestinal à colonização
por patógenos. 
3. Digestão da lactose em indivíduos
intolerantes à lactose. 
4. Estimulação do sistema imune. 
5. Alívio da constipação. 
6. Aumento da absorção de minerais e
vitaminas. 
As fontes naturais mais comuns são os leites
fermentados (lactobacilos vivos), iogurtes, kefir
e outros alimentos fermentados, como os pães
feitos com levain (fermentação natural).
Posbióticos
Ácido graxo produzido pelos probióticos após
ingerirem os prebióticos.
O butirato é fonte de energia para as células
do intestino, ajuda a prevenir e combater a
inflamação e protege as funções cerebrais.
• Melhora a qualidade da mucosa do
intestino, o que evita a proliferação de
fungos, infecção urinária e salmonela. 
Simbiótico
Os simbióticos são compostos pela mistura de
prebióticos e probióticos em quantidades
variadas.
GALT — Tecido linfoide
associado ao trato
gastrointestinal
A principal forma de imunidade adaptativa no
intestino é a imunidade humoral, que impede
que organismo comensais e patógenos
colonizem e invadam a barreira epitelial
mucosa.
É mediada por IgA, secretados para o lúmen
do intestino, e por IgG e IgM.
O principal mecanismo para controle das
respostas no intestino é a ativação das
células-T regulatórias (Treg), uma vez que:
• Potenciais respostas imunes a
antígenos alimentares e de
microrganismos comensais para
LARA MELO – ITPAC Palmas
prevenir reações inflamatórias que
poderiam comprometer a barreira
mucosa — tolerâncias a antígenos
estranhos. 
As respostas imunes são iniciadas em
populações organizadas de linfócitos e
células apresentadoras de antígenos (APCs)
associadas ao revestimento epitelial mucoso do
intestino — GALT.
Que possui a função de:
1. Diferenciação de células B em
plasmócitos secretores de IgA. 
2. Desenvolvimento de células-T efetoras e
regulatórias. 
Possui estruturas mais proeminentes,
chamadas de Placas de Peyer.
• É um agregado de nódulos linfáticos. 
• Estão localizadas principalmente no íleo
distal, no apêndice e no cólon. 
As placas de Peyer possui a estrutura de
folículos linfoides, com centros germinativos
com células B (expressam IgM e IgD), células-
T auxiliadoras, células dendríticas foliculares e
macrófagos.
• Não são encapsuladas. 
A principal via de exposição do antígeno do
lúmen para o GALT ocorre por meio das células
especializadas no interior do epitélio intestinal,
denominadas células de micropregas (M).
• Estão localizadas em regiões do epitélio
intestinal, denominadas epitélio da
cúpula, que recobre as placas das
placas de Peyer e outras estruturas do
GALT. 
Sua função é o transporte transcelular de
substâncias do lúmen do intestino através da
barreira epitelial para as células
apresentadoras de antígenos subjacentes —
até o centro germinativo.
Apreendem o conteúdo por fagocitose e
endocitose e as distribuem por exocitose para
as células dendríticas das regiões da cúpula
das placas de Peyer.
• As células dendríticas processam e
apresentam antígenos a células-T no
interior do GALT, promovendo uma
resposta imune adaptativa a patógenos
no lúmen. 
LARA MELO – ITPAC Palmas
	Defesa e absorção do sistema digestório
	Objetivos
	Absorção gastrointestinal
	Vilosidades e microvilosidades
	Absorção no intestino delgado
	Absorção osmótica de água
	Absorção de íons
	O papel da microbiota na regulação do sistema imune
	O seres humanos e a microbiota têm coevoluído mecanismos para benefício mútuo, como:
	Reguladores da microbiota
	Fibras alimentares
	Prebióticos
	Probióticos
	Posbióticos
	Simbiótico
	GALT — Tecido linfoide associado ao trato gastrointestinal

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