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A disbiose, o metagenoma e a saúde humana Profa. Sônia Alscher Flora intestinal humana Microbiota intestinal Barreira contra os microrganismos invasores Potencializa os mecanismos de defesa do hospedeiro contra os patógenos Melhora a imunidade intestinal pela aderência à mucosa Estimula as respostas imunes locais Compete por combustíveis intraluminais, prevenindo o estabelecimento das bactérias patogênicas Ajuda a digerir os alimentos e a produzir ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) Síntese bacteriana de vitamina K ,vitamina B12, tiamina Iniciado no ano de 2008, o Projeto Microbioma Humano (HMP) tem por objetivo caracterizar as comunidades microbianas encontradas em vários locais do corpo humano, incluindo passagens nasais, cavidade oral, pele , trato gastrointestinal e do trato urogenital, e analisar o papel desses micróbios na saúde humana e nas patologias. Microbioma: comunidades microbianas e seus genes (+ metabólitos) existentes em todo o corpo humano, com papéis fundamentais na saúde humana. Microbioma Humano e Metagenoma Metagenoma: microbioma + hospedeiro O que determina nossa flora bacteriana intestinal? Colonização inicial ao nascimento Estado clínico do hospedeiro Idade Tempo de trânsito intestinal e pH intestinal Disponibilidade de material fermentável Interação entre os componentes da microbiota Estado imunológico Uso de antibióticos e imunossupressores Vantagens desta microbiota: auxiliam em atividade metabólicas não codificadas pelo genoma humano: síntese vitaminas; transformação de sais biliares, desenvolvimento da imunidade inata e adaptativa, manutenção da integridade da barreira epitelial do intestino... Iniciando a colonização da flora bacteriana intestinal DESEQUILÍBRIOS IMUNES HORMONAIS INFLAMATÓRIOS DECLÍNIO DA FUNÇÃO DIGESTIVA DISBIOSE INTESTINAL HIPERPERMEABILIDADE INTESTINAL PRODUÇÃO DE TOXINAS SISTEMA IMUNE ESTRESSADO FORMAÇÃO DE IMUNOCOMPLEXOS SUPERCRESCIMENTO DE FUNGOS E BACTÉRIAS 8 1. Células da mucosa intestinal Enterócitos Células M (sobre a Placa de Peyer, engolfa moléculas e bactérias, apresenta Ag) Células enteroendócrinas (sensores de “gosto”) Células caliciformes (muco) Células de Paneth (LTR) Complexos juncionais: não permitem “fendas” entre as células. 2. Microbiota intestinal: função protetora e estrutural 3. GALT: Gut-associated lymphoid tissue Componentes do trato digestório intestinal Células dendríticas Células dendríticas captam antígenos do lúmen intestinal e os apresentam às céls. T e B. IgA: transportada através do epitélio. Defesa de 1a. linha. Componentes do trato digestório intestinal MICROBIOTA MUCOSA GALT: Linfonodos mesentéricos IgA Placas de Peyer Enterócitos Céls enteroendócrinas Céls. Muco Células M (sobre a Placa de Peyer, engolfa moléculas e bactérias, apresenta Ag Céls. Paneth TRL Gut-associated lymphoid tissue Barreira da mucosa intestinal Junção de oclusão (tight junction): cinturão ao redor da célula epitelial, com o qual as membranas laterais de células vizinhas estão em intimo contato, partículas proteicas da membrana de células vizinhas se dispõem lado a lado, formando cordões de vedação Rompimento: aumento da permeabilidade intestinal – translocação bacteriana, toxinas - resposta inflamatória sistêmica. Estimulação das células imunes (GALT : gut-associated lymphoid tissue) Exotoxinas: drogas e substâncias químicas Endotoxinas: produtos de eliminação das bactérias, antígenos alimentares e decomposição de produtos do metabolismo Lipopolissacarídeo (LPS): molécula de grandes dimensões, um dos componentes principais da membrana exterior de bactérias gram-negativas. Provoca forte resposta imunológica. Dieta HIPERLIPÍDICA induz crescimento destas bactérias. lniciação da resposta inflamatória Ativação da resposta imune inata, por interação com Receptores de Reconhecimento de Padrões (RRP), dentre os quais a família dos receptores Toll-like (TLRs), presentes principalmente em macrófagos, neutrófilos e células dendríticas (DCs) Padrões Moleculares Associados a Patógenos (PAMPs): estruturas moleculares de ocorrência ubíqua em micro-organismos, mas que não ocorrem na espécie humana: lipopolissacarídeos, resíduos de manose e ácidos teicoicos, comumente encontradas na superfície de microorganismos PAMPs TLRs TLRs: receptores transmembrana nas céls. imunológicas Proteins expressed by cells of the innate immune system, which recognize invading microbes and activate signaling pathways that launch immune and inflammatory responses to destroy the invaders. Pattern-Recognition Receptors (PRRs) Causas dietéticas de disbiose: dieta ocidental Dieta com alta quantidade de proteína animal: aumenta atividade de enzimas bacterianas que liberam produtos tóxicos, mutagênicos,carcinogênicos Dieta rica em açúcares simples/ CHO refinados Dieta hiperlipídica: aumenta LPS, gera aumento da absorção e acúmulo de AG no adipócito; ativa processos anabólicos e suprime a oxidação dos AG Sintomas Distensão abdominal, eructação, queimação, flatulência imediatamente após a refeição Indigestão, diarréia ou constipação Sensação de empachamento após comer Restos alimentares mal digeridos nas fezes Língua branca Mau hálito Doenças induzidas por disbiose Tratamento da disbiose Transplante fecal Probióticos1, Prebióticos2 e simbióticos3 Microorganismos vivos que, quando administrados em quantidades apropriadas, conferem beneficio à saúde do hospedeiro Ingredientes seletivamente fermentados que permitem modificações específicas na composição e/ou atividade da flora intestinal, conferindo assim benefícios à saúde do hospedeiro Produtos que contêm tanto probióticos como prebióticos Função protetora: síntese de substâncias antimicrobianas patogênicas: bacteriocinas e defensinas competição por nutrientes necessários para o crescimento dos microrganismos patogênicos, inibição da sua adesividade à mucosa intestinal, aumento da produção de IGA, ativação de macrófagos, proliferação de células T efeito antiinflamatório (inibição NKF beta) e IL-8 estimulação da fagocitose e das respostas imunológicas específicas ou inespecíficas contra os agentes patogênicos Probióticos Funções metabólicas: modificação do pH do meio intestinal pela fermentação de fibras dietéticas aumento da secreção da mucosa (mucina) inativação das toxinas e carcinógenos e seus receptores síntese de vitaminas auxílio na digestão e absorção de nutrientes (ex. lactose) melhoria na absorção e biodisponibilidade de cálcio e ferro diferenciação de céls. epiteliais intestinais ativação de receptores opióides e canabinoides (melhora da dor visceral) Funções estruturais: fortificação da barreira intestinal (mais muco e proteínas das t. junctions Probióticos Prebióticos BENEFÍCIOS PREBIÓTICOS EM ALIMENTOS chicória alho-poró Aspargos, alcachofra centeio, aveia, trigo yacon mel açúcar mascavo Probióticos: Gêneros, espécies, e cepas A nomenclatura é feita segundo gênero, espécie, e uma identificação alfanumérica. Exemplo: Critérios para classificar o organismo como probiótico (SZAJEWSKA et al., 2006): 1. Ter origem humana 2. Não ser patogênico 3. Ser resistente ao processamento 4. Ser estável e permanecer viável, após exposição aos sucos digestivos 5. Aderir-se à célula epitelial 6. Ser capaz de persistir no trato gastrointestinal 7. Ser capaz de influenciar atividade metabólica local. Regenera a flora intestinal, absorve água, aumentando as bifidobactérias. Cada sachê (05gr) proporciona 4,3gr de fibra alimentar. Produto com ação integrada entre probiótico (lactobacillus reuteri) e prebiótico (goma guar parcialmente hidrolizada e inulina). Exemplos de cepas probióticas em produtos alimentícios Bifidobacterium animalis DN 173 010 Bifidobacterium Shirota: Lactobacillus johnsonii Activia Yakult LC1 – Nestlé Preconiza-se ingestão semanal mínima de 300 a 500 g de produtos lácteos fermentados contendo entre 106 a 107 UFC/mL Queijos com probióticosProbióticos e lactentes... Probióticos: cepas mais usadas Lactobacillus paracasei - função imunomoduladora aumentando as defesas naturais do organismo, além de favorecer a fixação de outras espécies benéficas como as bifidobactérias Lactobacillus rhamnosus -tem maior aderência à mucosa intestinal e maior competitividade contra os patógenos. Lactobacillus acidophilus -tem ação anti-microbiana contra Staphylcoccus aureus, Salmonella, Escherichia Coli, Clostridium. Produz enzima lactase em grande quantidade Bifidobacterium lactis- facilidade de se fixar e multiplicar rapidamente Probióticos, prebióticos e simbióticos em sachê L. paracasei SD 5275 LPC-37® - 10º UFC L. rhamnosus sd 5675® - 10º UFC L. acidophilus SD5221 NCFM® - 10º UFC B. lactis SD5674 HN019® - 10º UFC Frutooligossacarídeo (FOS)® - 5,5g simbiótico Duolactis® é composto por uma formulação de Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium lactis Probiótico Frutooligossacarídeos (FOS) - 6g Fiberfos® é uma fonte de fibra alimentar, composto por Frutooligossacarídeos (FOS) em pó (prebiótico) L. paracasei SD 5275 LPC-37® - 10º UFC L. rhamnosus SD5675 HN001® - 10º UFC L. acidophilus SD5221 NCFM® - 10º UFC B. lactis SD5674 HN019® - 10º UFC (Probiótico) Simbióticos em cápsulas Combinação de quatro dos mais importantes micro-organismos probióticos: Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus rhamnosus, Bifidobacterium bifidum e Bifidobacterium lactis Formulação ▪ Lactobacillus acidophilus.....1,25 bilhões de UFCs ▪ Lactobacillus rhamnosus.... 1,25 bilhões de UFCs ▪ Bifidobacterium bifidum......1,25 bilhões de UFCs ▪ Bifidobacterium lactis.........1,25 bilhões de UFCs Total...............................5,00 bilhões de UFCs Quantidade em 1 (uma) cápsula Formulação ▪ Lactobacillus rhamnosus.......2,0 bilhões de UFCs ▪ Lactobacillus casei...............1,5 bilhões de UFCs ▪ Lactobacillus acidophilus.......1,0 bilhões de UFCs ▪ Bifidobacterium longum........0,5 bilhões de UFCs Total..............................5,00 bilhões de UFCs Quantidade em 1 (uma) cápsula
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