Buscar

APG - S15 P1 e P2 Sistema Digestório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo 
 
Sistema 
Digestório 
PRODUÇÃO: PAULO EMANUEL 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
Sumário 
ANATOMIA ................................................................................................................................................................... 3 
Fígado ...................................................................................................................................................................... 3 
Vesícula Biliar ........................................................................................................................................................... 5 
Pâncreas .................................................................................................................................................................. 6 
Histologia ..................................................................................................................................................................... 7 
Fígado ...................................................................................................................................................................... 7 
Vesícula Biliar ........................................................................................................................................................... 8 
Pâncreas .................................................................................................................................................................. 9 
Secreções do Sistema Digestório ............................................................................................................................... 10 
Digestão dos carboidratos ......................................................................................................................................... 10 
Digestão das proteínas .............................................................................................................................................. 10 
Digestão dos lipídeos ................................................................................................................................................. 10 
Digestão dos ácidos nucleicos ................................................................................................................................... 10 
Absorção dos micronutrientes .................................................................................................................................. 10 
Hormônios Gastrointestinais ..................................................................................................................................... 11 
Absorção Intestinal de Água e de Eletrólitos ............................................................................................................. 11 
Microbiota Intestinal ................................................................................................................................................. 12 
Mecanismos de defesa (GALT) ................................................................................................................................... 12 
Efeitos de Prebióticos e Probióticos .......................................................................................................................... 13 
Referências ................................................................................................................................................................ 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
APG – SEMANA 15/PROBLEMAS 1 e 2 
 
OBJETIVOS: 
→ Compreender a anatomia/histologia dos órgãos 
acessórios. 
→ Explicar a digestão e absorção dos carboidratos, proteínas 
e lipídeos. 
→ Entender a absorção intestinal de água e de eletrólitos. 
→ Compreender a microbiota intestinal e mecanismos de 
defesa (GALT). 
→ Demonstrar o efeito de prebióticos e probióticos. 
 
 
ANATOMIA 
 
Fígado 
 
O fígado é o maior órgão sólido do corpo, sendo 
anatomicamente dividido em quatro lobos: 
 
• Lobo direito: o maior lobo. 
• Lobo esquerdo: situa-se à esquerda do ligamento 
falciforme. 
 
 
 
• Lobo quadrado: situa-se entre a vesícula biliar e o 
ligamento redondo do fígado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Lobo caudado: situa-se entre a veia cava inferior 
(VCI), o ligamento venoso e a veia porta do fígado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem cinco ligamentos que se relacionam diretamente 
com o fígado: 
 
• Ligamento coronário - formado por dobras do 
peritônio a partir da superfície inferior do 
diafragma, conectando esta estrutura ao fígado. 
Ele possui uma camada anterior e uma posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
 
 
Ligamento Triangular Esquerdo: é uma mistura do 
ligamento falciforme e do omento menor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ligamento Triangular Direito 
 
 
 
Ligamento falciforme: não é de origem embriológica, mas 
uma dobra peritoneal a partir da parede abdominal 
superior, desde o umbigo até o fígado. Apresenta o 
ligamento redondo do fígado em sua borda livre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ligamento redondo do fígado: É um remanescente fibroso 
da veia umbilical que ainda se estende da porção interna do 
umbigo até o fígado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ligamento venoso: Também é um remanescente 
embrionário, nesse caso, do ducto venoso da circulação 
fetal. Quando o bebê está no útero, o ducto venoso leva o 
sangue da veia umbilical até a veia cava. 
 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
Vesícula Biliar 
 
A vesícula biliar é composta por fundo, corpo e colo. 
 
 
Fundo 
 
 
Corpo 
 
 
Colo (Infundíbulo) 
 
 
Sua função é receber, armazenar e concentrar a bile. A bile 
é secretada pelos hepatócitos do fígado e passa através do 
sistema de ductos extra-hepático. 
 
• É coletada pelos ductos hepáticos direito e 
esquerdo após ter sido drenada pelos lobos 
hepáticos direito e esquerdo. 
• Penetra no ducto hepático comum. 
• Penetra no ducto cístico, sendo armazenada e 
concentrada na vesícula biliar. 
• Sob estimulação (em grande parte por vias 
eferentes vagais e pela colecistoquinina [CCK]), 
deixa a vesícula biliar e penetra no ducto cístico. 
• Passa inferiormente em direção ao ducto 
colédoco. 
• Penetra na ampola hepatopancreática (de Vater), 
que está revestida por musculatura lisa (esfíncter 
de Oddi). 
• Esvazia-se na segunda porção do duodeno (papila 
duodenal maior). 
 
Ducto Hepático Direito 
 
Ducto Hepático Esquerdo 
 
 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
Ducto Hepático Comum 
 
 
Ducto Cístico 
 
 
Ducto Colédoco 
 
 
 
 
Ampola de Vater (hepatopancreática) 
 
 
O fígado produz cerca de 900 mL de bile por dia. Entre as 
refeições, a maior parte da bile é armazenada na vesícula 
biliar, que tem capacidade de 30 a 50 mL, sendo o local onde 
também ocorre a concentração da bile. Consequentemente, 
a bile que alcança o duodeno é uma mistura da bile mais 
diluída, fluindo diretamente do fígado, e da bile mais 
concentrada, proveniente da vesícula biliar. 
 
Pâncreas 
 
O pâncreas é uma glândula exócrina e endócrina que se situa 
posterior ao estômago no assoalho do saco menor (bolsa 
omental). É um órgão retroperitoneal, exceto pela cauda 
distal, que está em contato com o baço. As porções 
anatômicas do pâncreas incluem: 
 
Cabeça 
 
 
 
 
 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
Colo 
 
 
Corpo 
 
 
Cauda 
 
 
 
 
 
 
No pâncreas temos o ducto principal e o acessório. O ducto 
principal une-se com o ducto colédoco formando a ampola de 
Vater, desaguando na papila maior. O ducto acessório por sua 
vez estende-se até a papila menor. 
 
Histologia 
 
Fígado 
 
O fígado pode ser visto como uma unidade funcional 
composta de três elementos fundamentais: o lóbulo clássico, 
o lóbulo porta e o ácino hepático. 
 
O lóbulo porta triangular (verde) tem um canal porta no 
centro do lóbulo e vênulashepáticas terminais (veias 
centrais) nos ângulos periféricos do lóbulo. 
 
O ácino hepático em formato de losango (várias cores) tem 
vasos distribuidores no equador e vênulas hepáticas 
terminais (veias centrais) em cada polo. As zonas marcadas 
com 1, 2 e 3 designam as áreas que recebem, em ordem 
decrescente, aporte sanguíneo mais oxigenado e mais 
denso em nutrientes (zona 1) até as que recebem menor 
aporte (zona 3). 
 
 
 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
 
 
 
Macrófago sinusoidal estrelado ou célula de Kupffer são 
responsáveis por eliminar microrganismos patogênicos, 
toxinas, produtos de degradação celular e outras 
substâncias estranhas que podem estar presentes no 
sangue. 
 
 
 
 
 
Hepatócitos 
 
Os hepatócitos são grandes células poligonais, que medem 
entre 20 e 30 μm em cada dimensão. Constituem cerca de 
80% da população de células do fígado. 
 
 
 
Os núcleos dos hepatócitos são grandes e esféricos e 
ocupam o centro da célula. Muitas células no fígado adulto 
são binucleadas, e a maioria é tetraploide (i. e., contém uma 
quantidade 4d de DNA). A heterocromatina é vista como 
agregados dispersos no nucleoplasma e como faixa distinta 
sob o envoltório nuclear. Em cada núcleo, observa-se a 
existência de dois ou mais nucléolos bem desenvolvidos. 
 
O canal de Hering é um canal parcialmente revestido tanto 
por hepatócitos quanto por colangiócitos de formato 
cuboide. Do ponto de vista funcional, o canal de Hering 
exibe atividade contrátil, que ajuda no fluxo biliar 
unidirecional para o canal porta. 
 
Os peroxissomos são numerosos nos hepatócitos. 
 
O REL pode ser extenso nos hepatócitos. 
 
O grande complexo de Golgi nos hepatócitos consiste em 
até 50 unidades de Golgi. 
 
Vesícula Biliar 
 
A vesícula biliar vazia ou parcialmente cheia apresenta 
numerosas pregas mucosas profundas. A superfície mucosa 
consiste em epitélio simples colunar. As células epiteliais 
altas (colangiócitos) exibem as seguintes características: 
 
•Numerosas microvilosidades apicais, mas curtas e pouco 
desenvolvidas 
•Complexos juncionais apicais, que unem células adjacentes 
e formam uma barreira entre o lúmen e o compartimento 
intercelular 
•Concentrações localizadas de mitocôndrias no citoplasma 
apical e basal 
•Pregas laterais complexas. 
 
 
 
 
 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
 
 
A mucosa da vesícula biliar consiste em um revestimento de 
células epiteliais simples colunares e em uma lâmina própria 
de tecido conjuntivo frouxo, que geralmente exibe 
numerosas pregas profundas na mucosa. Abaixo dessa 
camada está a muscular externa, uma camada 
relativamente espessa. Não há muscular da mucosa nem 
submucosa. Os feixes de músculo liso da muscular externa 
estão orientados de modo aleatório. Externamente ao 
músculo, há uma adventícia que contém tecido adiposo e 
vasos sanguíneos. A porção da vesícula biliar não fixada ao 
fígado apresenta uma serosa típica, em vez de uma 
adventícia. 
 
Pâncreas 
 
O pâncreas exócrino é uma glândula serosa. 
 
Do ponto de vista histológico, o pâncreas exócrino é 
morfologicamente semelhante à glândula parótida, com a 
qual pode ser confundido. As unidades secretoras 
apresentam formato acinoso ou tubuloacinoso e são 
formadas por uma camada de células serosas piramidais. As 
células têm formato piramidal, com uma superfície apical 
(luminal) livre e estreita e uma superfície basal ampla. O 
tecido conjuntivo periacinoso é escasso. 
 
 
 
 
 
A. Nesta fotomicrografia de um corte fino incluído em resina, 
corado por H-E, é possível observar um ducto intercalar que 
se origina no interior de um ácino pancreático. As células 
centroacinosas formam a porção intra-acinosa no ducto. Os 
grânulos de zimogênio eosinófilos são claramente visíveis no 
citoplasma apical das células parenquimatosas. B. Neste 
diagrama esquemático, observe a origem do ducto intercalar 
e também a localização e o formato das células 
centroacinosas no interior do ácino. Elas constituem a porção 
inicial do ducto intercalar, que drena para o ducto coletor 
intralobular. 
 
O núcleo da célula ocupa a posição basal e é circundado por 
um extenso retículo endoplasmático rugoso (RER) e complexo 
de Golgi. 
 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
Secreções do Sistema Digestório 
 
Suco entérico (suco intestinal) – É produzido pelas glândulas 
duodenais (glândulas de Brunner) e pelas glândulas intestinais 
(glândulas de Lieberkuhn) existentes na parede do intestino 
delgado. Trata- se de uma secreção alcalina, rica em mucina, 
contendo muitas enzimas: peptidases, lipase entérica, 
maltase, lactase, sucrase, nucleotidases, fosfatase e 
enteroquinase. A produção do suco entérico (intestinal) é 
estimulada pelo Sistema Nervoso Autônomo. 
 
Suco pancreático – É produzido no pâncreas e, através do 
canal pancreático (canal de Wirsung), é lançado na cavidade 
do duodeno. Contém água, íons bicarbonatos e as enzimas 
amilase pancreática (amilopsina), lipase pancreática, 
tripsinogênio, quimiotripsinogênio e nucleases (ribonuclease 
e desoxirribonuclease). 
 
Suco biliar (bile) – É produzido no fígado a partir do colesterol 
e armazenado na vesícula biliar, de onde passa para o 
duodeno através do canal ou ducto colédoco. Trata-se de uma 
secreção ligeiramente alcalina, viscosa, de sabor amargo, que 
contém água, pigmentos (amarelo-esverdeados) e sais (sais 
biliares). Não contém enzimas. 
 
 
Digestão dos carboidratos 
 
A digestão dos carboidratos começa na boca com a ação da 
enzima amilase salivar (ptialina). Na cavidade oral, o amido 
presente em alimentos de origem vegetal é convertido em 
maltose (dissacarídeo). 
 
No duodeno, as moléculas de amido que porventura não 
foram quebradas na cavidade bucal são convertidas em 
moléculas de maltose, por ação da amilase pancreática 
(amilopsina). Em seguida, essas moléculas de maltose, bem 
como aquelas provenientes da quebra do amido ocorrida na 
cavidade bucal, sofrem a ação da maltase, convertendo-se em 
moléculas de glicose. Encerra-se, assim, a digestão do amido, 
que, portanto, inicia-se na cavidade bucal e termina no 
duodeno. 
 
Também no duodeno, atuam sobre as moléculas de lactose e 
sacarose, respectivamente, as enzimas lactase e sucrase 
(sacarase), convertendo esses dissacarídeos em moléculas 
menores de monossacarídeos. Assim, podemos dizer que a 
digestão dos carboidratos começa a ser feita na cavidade 
bucal, por ação da amilase salivar, e termina no duodeno, por 
meio da ação das enzimas amilase pancreática, maltase, 
lactase e sucrase. 
 
 
 
 
 
 
Digestão das proteínas 
 
A digestão das proteínas começa no estômago com a ação da 
enzima pepsina. No estômago temos vários tipos de células, 
detre elas, as células zimogênicas (pépticas) que secretam 
pepsinogênio, essa proteína ao entrar em contato com o HCl 
produzido pelas células parietais transforma-se em pepsina. 
Essa enzima é uma protease capaz de quebrar proteínas em 
peptonas. 
 
No duodeno, o tripsinogênio (enzima inativa do suco 
pancreático) é ativado pela enteroquinase (enzima do suco 
entérico) e convertido em tripsina (enzima ativa). A tripsina, 
assim formada, atua sobre as peptonas e sobre as moléculas 
de proteínas que não foram quebradas no estômago, 
convertendo-as em frações peptídicas ainda menores 
(tripeptídeos, dipeptídeos). Essas frações peptídicas menores 
sofrem, em seguida, a ação das peptidases (tripeptidase, 
dipeptidase) do suco entérico, transformando-se em 
aminoácidos. A tripsina também atua sobre o 
quimiotripsinogênio (enzima inativa do suco pancreático), 
convertendo-o em quimiotripsina (enzima ativa), que 
também atua sobre as peptonas e sobre as proteínas de modo 
semelhante à tripsina. 
 
Digestão dos lipídeos 
 
É também no duodeno que os lipídios sofrem a ação das 
lipases, sendo convertidos em ácidos graxos e glicerol. 
Digestão dos ácidos nucleicos 
 
Os ácidos nucleicos, por ação das nucleases, são convertidos 
em nucleotídeos. 
Absorção dos micronutrientes 
 
O quilo contém os produtos finais da digestão de 
carboidratos,proteínas, lipídios e ácidos nucleicos que são, 
respectivamente, monossacarídeos, aminoácidos, ácidos 
graxos e glicerol e nucleotídeos. Além dessas substâncias, o 
quilo contém água, vitaminas, sais minerais e as sobras da 
digestão, isto é, substâncias que não sofrem digestão 
(celulose, por exemplo). Do duodeno, o quilo passa para o 
jejunoíleo. 
 
O jejunoíleo é a maior parte do intestino delgado. É a região 
do tubo digestório onde mais intensamente se dá a 
absorção dos nutrientes resultantes da digestão dos 
alimentos. Sua grande capacidade de absorção se deve às 
vilosidades intestinais e às microvilosidade 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
Hormônios Gastrointestinais 
 
Gastrina - É produzida por células da parede do estômago, 
localizadas na região pilórica desse órgão. Através da corrente 
sanguínea, a gastrina chega até as glândulas gástricas, 
estimulando-as a produzir o suco gástrico. 
 
Enterogastrona - É produzida por células da parede do 
duodeno. Através da corrente sanguínea, chega ao estômago, 
onde inibe a motricidade gástrica (peristaltismo gástrico) e a 
produção de gastrina, com consequente inibição da produção 
do suco gástrico. O estímulo para a produção da 
enterogastrona é a presença de ácidos graxos (produto da 
digestão das gorduras) no duodeno. 
 
Secretina - Também é produzida no duodeno e exerce sua 
ação no pâncreas, estimulando a produção de sucos 
pancreáticos alcalinos (ricos em bicarbonato), que muito 
contribuirão para alcalinizar o quimo proveniente do 
estômago. O estímulo para a produção desse hormônio é a 
presença do HCl no duodeno. 
 
Colecistocinina (colecistoquinina) - É produzida no duodeno 
e exerce sua ação na vesícula biliar e no pâncreas. Provoca 
contrações das paredes da vesícula biliar, determinando, 
assim, a expulsão de bile. No pâncreas, estimula a liberação 
de enzimas. O estímulo para a produção da colecistocinina é 
a presença de alimento no duodeno. 
 
Absorção Intestinal de Água e de 
Eletrólitos 
 
A água é transportada através da membrana intestinal 
inteiramente por difusão. Além disso, essa difusão obedece 
às leis usuais de osmose. Portanto, quando o quimo está 
suficientemente diluído, a água é absorvida através da 
mucosa intestinal para o sangue das vilosidades quase 
inteiramente por osmose. 
 
Por outro lado, a água também pode ser transportada na 
direção oposta – do plasma para o quimo. Esse tipo de 
transporte ocorre especialmente quando as soluções 
hiperosmóticas são descarregadas do estômago para o 
duodeno. Em minutos, uma quantidade suficiente de água 
será transferida por osmose para tornar o quimo isosmótico 
com o plasma. 
 
A absorção de sódio é alimentada pelo transporte ativo de 
sódio de dentro das células epiteliais através das paredes 
basal e lateral dessas células para os espaços paracelulares. 
Esse transporte ativo obedece às leis usuais do transporte 
ativo. Requer energia, e o processo energético é catalisado 
pelas enzimas adenosina trifosfatase (ATPase) apropriadas 
na membrana celular. Parte do sódio é absorvida junto com 
os íons cloro; na verdade, os íons cloro carregados 
negativamente são principalmente arrastados 
passivamente pelas cargas elétricas positivas dos íons sódio. 
 
 
Os íons cálcio são ativamente absorvidos pelo sangue, 
especialmente a partir do duodeno, e a quantidade de 
absorção de íons cálcio é controlada exatamente para suprir 
a necessidade diária de cálcio do corpo. Um fator 
importante que controla a absorção de cálcio é o hormônio 
da paratireoide (PTH), secretado pelas glândulas 
paratireoides, e outro é a vitamina D. O hormônio da 
paratireoide a ativa, e a vitamina D ativada, por sua vez, 
aumenta muito a absorção de cálcio. 
 
Os íons ferro também são ativamente absorvidos pelo 
intestino delgado. Os princípios de absorção de ferro e de 
regulação da sua absorção em proporção à necessidade de 
ferro do corpo, em particular para a formação de 
hemoglobina. 
 
Potássio, magnésio, fosfato e provavelmente ainda outros 
íons também podem ser ativamente absorvidos pela 
mucosa intestinal. Em geral, os íons monovalentes são 
absorvidos com facilidade e em grandes quantidades. Os 
íons bivalentes são normalmente absorvidos apenas em 
pequenas quantidades; por exemplo, a absorção máxima de 
íons cálcio é de apenas 1/50 da absorção normal de íons 
sódio. Felizmente, apenas pequenas quantidades de íons 
bivalentes são necessárias diariamente pelo corpo. 
 
A maior parte da absorção no intestino grosso ocorre na 
metade proximal do cólon, dando a essa porção o nome de 
cólon absorvente, enquanto o cólon distal funciona 
principalmente para armazenamento de fezes até um 
momento propício para a excreção de fezes e, portanto, é 
chamado de cólon armazenador. 
 
A mucosa do intestino grosso, assim como a do intestino 
delgado, tem alta capacidade de absorção ativa de sódio, e 
o gradiente de potencial elétrico criado pela absorção de 
sódio também causa a absorção do cloro. As junções 
estreitas entre as células epiteliais do epitélio do intestino 
grosso são muito mais estreitas do que as do intestino 
delgado. Essa característica evita quantidades significativas 
de retrodifusão de íons por essas junções, permitindo que a 
mucosa do intestino grosso absorva os íons sódio muito 
mais completamente – isto é, contra um gradiente de 
concentração muito maior – do que pode ocorrer no 
intestino delgado. Isso é particularmente verdadeiro 
quando grandes quantidades de aldosterona estão 
disponíveis, porque ela aumenta muito a capacidade de 
transporte de sódio. 
 
Além disso, como ocorre na porção distal do intestino 
delgado, a mucosa do intestino grosso secreta HCO3− 
enquanto absorve simultaneamente um número igual de 
íons cloro, em um processo de transporte de troca (já 
descrito). O HCO3− ajuda a neutralizar os produtos finais 
ácidos da ação bacteriana no intestino grosso. 
 
A absorção de íons sódio e cloro cria um gradiente osmótico 
ao longo da mucosa do intestino grosso, que causa a 
absorção de água. 
 
 
 
 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
Microbiota Intestinal 
 
Microbiota tem como definição: População de 
microrganismos que habita a pele e as membranas 
mucosas de um indivíduo saudável; 
 
- 70% da microbiota humana é encontrada no trato 
gastrointestinal, constituída em sua maioria por bactérias, 
cuja composição depende muito da genética e fatores 
ambientais, sendo já adquirida ao nascimento. 
 
- Inúmeras bactérias habitam o colo e degradam uma 
quantidade significativa de carboidratos complexos e de 
proteínas não digeridos por meio da fermentação. O 
produto final inclui lactato e ácidos graxos de cadeia curta. 
 
- Os ácidos graxos, por exemplo, são usados pelos 
colonócitos como seu substrato preferencial para 
obtenção de energia. 
 
- As bactérias colônicas também produzem quantidades 
significativas de vitaminas absorvíveis, sobretudo vitamina 
K. 
 
- Os gases intestinais, como o sulfeto de hidrogênio, que 
escapam do trato gastrintestinal, são produtos menos úteis. 
Alguns alimentos contendo amido, como os feijões, são 
notórios por sua tendência a produzirem gases intestinais 
(flato). 
 
- A microbiota intestinal tem inúmeras funções benéficas 
no nosso organismo, tais como: 
 
• Defender-nos de microrganismos prejudiciais. 
• “Ensinar” o sistema imunitário a distinguir 
entre substâncias boas e substâncias nocivas 
e a destruir compostos tóxicos. 
• Digerir melhor alguns tipos de alimentos, como os 
que têm um elevado teor de fibra. Quando a nossa 
microbiota digere a fibra, produz moléculas 
importantes, como os ácidos gordos de cadeia 
curta, com benefícios para a saúde de um modo 
global. 
• Retirar energia dos alimentos.➔ Favorecer a 
absorção de minerais, como o magnésio, cálcio 
e ferro. 
• Sintetizar vitaminas essenciais - tais como 
vitamina K, folato (B9) e aminoácidos.➔ 
Ajudar a regular o apetite e a sensação de 
saciedade. 
• Influenciar o nosso comportamento e humor. 
 
 
 
 
 
 
Mecanismos de defesa (GALT) 
 
O trato GI é o maior órgão imune do corpo. A sua superfície 
luminal é continuamente exposta a organismos causadores 
de doença, e as células imunes do GALT precisam impedir 
que esses patógenos entrem no corpo através dos delicados 
tecidos absortivos. 
 
- A primeira linha de defesa são as enzimas 
e as imunoglobulinas da saliva e o ambiente 
extremamente ácido do estômago. 
 
- Se patógenos ou materiais tóxicos são produzidos 
no intestino delgado, os receptores sensoriais e as células 
imunes do GALT respondem. Duas respostas comuns são 
a diarreia e o vômito. 
 
- O sistema imune da mucosa intestinal consiste em: 
 
• Células imunes espalhadas por toda a mucosa; 
• Aglomerados de células imunes nas placas de 
Peyer; 
• Células epiteliais especializadas, chamadas de 
células M, que ficam sobre as placas de Peyer. 
 
 
 
 
 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
 - As células M fornecem informações sobre o conteúdo 
do lúmen para as células imunes do GALT, elas possuem 
depressões com receptores de membranas e quando os 
antígenos se ligam aos receptores, as Células M 
transporta os antígenos ao líquido intersticial, onde 
Macrófagos e linfócitos estão esperando no 
compartimento extracelular para que a célula M os 
apresentem aos antígenos. 
 
- Se os antígenos são substâncias que ameaçam o corpo, 
ocorre a secreção de citocinas para atrair células imunes 
adicionais que podem atacar os invasores e citocinas que 
desencadeiam uma resposta inflamatória. Uma terceira 
resposta às citocinas é o aumento da secreção de Cl, de 
fluido e de muco para retirar os invasores do trato GI. 
 
- Estima-se que 80% de todos os linfócitos do corpo 
são encontrados no intestino delgado; 
 
 
Efeitos de Prebióticos e Probióticos 
 
Um homem adulto hospeda cerca de 1014 células 
microbia-nas que habitam o intestino. Esses micróbios 
funcionam como um importante órgão endócrino, 
produzindo uma variedade de metabólitos com efeitos 
profundos no metabolismo do hospedeiro, no 
comportamento alimentar e na massa corporal. Os 
indivíduos magros e os obesos têm dife-rentes combinações 
de simbiontes microbianos no intestino. A investigação 
dessa observação levou à descoberta de que os micróbios 
do intestino liberam produtos de fermentação – os ácidos 
graxos de cadeia curta acetato, propiona-to, butirato e 
lactato – que entram na corrente sanguínea e desencadeiam 
alterações metabólicas no tecido adiposo. O propionato, por 
exemplo, impulsiona a expansão do TAB atuando nos GPCR 
(GPR41 e GPR43) nas membranas plasmáticas de vários 
tipos de células, incluindo os adipócitos. Esses receptores 
desencadeiam a diferenciação de células precursoras (pré-
adipócitos) em adipócitos e inibem a lipólise em adipócitos 
existentes, levando a um aumento na massa de TAB – isto é, 
obesidade. Os micróbios intestinais também convertem os 
ácidos biliares primários, sintetizados no fígado, nos ácidos 
biliares secundários desoxicolato e litocolato, que entram 
na corrente sanguínea e atuam por meio de GPCR e 
receptores de esteroides para ativar os adipócitos beges, a 
fim de produzir UCP1 e aumentar o gasto de energia. 
Estes resultados levantam a possibilidade de 
prevenir a obesidade, alterando a composição da 
comunidade microbiana no intestino. Isso pode ser 
conseguido adicionando-se espécies microbianas, 
diretamente ao intestino, (probióticos), que desfavorecem a 
adipogênese ou adicionando-se espécies microbianas aos 
nutrientes da dieta (prebióticos) que favorecem a 
dominância dos micróbios probióticos. Por exemplo, 
experiências em camundongos mostraram que os frutanos, 
polímeros de frutose que são indigeríveis pelos animais, 
favorecem uma comunidade microbiana específica. Quando 
esta combinação de microrganismos está presente, o 
armazenamento de gordura no TAB e no fígado diminui, e 
não há nenhuma diminuição na sensibilidade à insulina que 
esteja associada à obesidade e à deposição de lipídeos no 
fígado. Os pesquisadores transplantaram material fecal de 
um rato magro para um gordo e descobriram que uma nova 
coleção de micróbios se estabeleceu no intestino do animal 
receptor, o qual perdeu peso. 
As células endócrinas que revestem o trato intestinal 
secretam peptídeos – o anorexigênico PYY3-36 e o GLP-1 e 
a grelina orexigênica – que modulam a ingestão de 
alimentos e o gasto de energia. A interação com micróbios 
específicos do intestino, ou com seus produtos de 
fermentação, pode desencadear a liberação desses 
peptídeos. Entender como a dieta e os simbiontes 
microbianos interagem para afetar o metabolismo 
energético e a adipogênese é um ponto importante para 
entender o desenvolvimento da obesidade, da síndrome 
metabólica e do diabetes tipo 2. 
Provavelmente, esse sistema interligado de 
controles neuroendócrinos da ingestão de alimento e do 
metabolismo evoluiu como proteção contra a fome e para 
eliminar o acúmulo contraproducente de gordura 
(obesidade extrema). A dificuldade que a maioria das 
pessoas encontra na tentativa de perder peso é prova da 
admirável efetividade desses controles. 
Paulo Emanuel - DIGESTÓRIO 
 
Referências 
 
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia 
Médica. 14. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2021. 
 
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana. 7. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2017. 
 
PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia - Texto e 
Atlas. 8ª ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 
2021. 
 
HANSEN, John T. Netter Anatomia Clínica. 4ª 
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. 
 
NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios 
de bioquímica de Lehninger. 7ª ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017. 
	ANATOMIA
	Fígado
	Vesícula Biliar
	Pâncreas
	Histologia
	Fígado
	Vesícula Biliar
	Pâncreas
	Secreções do Sistema Digestório
	Digestão dos carboidratos
	Digestão das proteínas
	Digestão dos lipídeos
	Digestão dos ácidos nucleicos
	Absorção dos micronutrientes
	Hormônios Gastrointestinais
	Absorção Intestinal de Água e de Eletrólitos
	Microbiota Intestinal
	Mecanismos de defesa (GALT)
	Efeitos de Prebióticos e Probióticos
	Referências

Continue navegando