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CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL, DOMICÍLIO E PATRIMONIO

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DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL
● Não é contra o patrimônio, não tem dinheiro, é um crime contra a liberdade individual, da
liberdade de locomoção
● Direito de ir, vir e permanecer
Constrangiment� ilega�
● Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência (vis absoluta/vis corporalis, violência física) ou
grave ameaça (vis compulsiva) , ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de
resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
● Quando impede que uma pessoa faça o que ela tem direito de fazer, ou obrigá-la a fazer
algo que não quer. Ex: roubo, estupro
● Exclusão da tipicidade da conduta: § 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal,
se justificada por iminente perigo de vida;
II - a coação exercida para impedir suicídio.
Ameaç�
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de
causar-lhe mal injusto e grave:
● A ação penal do crime de ameaça é pública condicionada a representação do ofendido,
que deverá apresentá-la no prazo de 6 meses, sob pena de extinguir a punibilidade
Pe�seguiçã�
● Stalking
Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou
psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua
esfera de liberdade ou privacidade.
● A ação penal é pública condicionada a representação do ofendido, que deverá
apresentá-la no prazo de 6 meses, sob pena de extinguir a punibilidade
Seqüestr� � cárcer� privad�
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado
● O que diferencia sequestro e cárcere privado é o grau de privação de liberdade (cárcere
privado implica paredes, grades, cadeados…)
Reduçã� � condiçã� análog� � d� escrav�
Art. 149. Reduzir alguém à condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a
jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer
meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto
● Foco nas condições degradantes de trabalho, salubridade e segurança
● O agente é o empregador, recebe da pessoa que pratica o tráfico de pessoas (que alicia,
que pega, sequestra)
● A escravidão moderna sseria a relação forçada relacionada ao trabalho explorado de um
trabalhador em que se envolve em atividades contra sua vontade, por meio de intimidações
para que seja forçado a exercê-las
● Nos termos do artigo 149 do Código Penal, são elementos que caracterizam a redução a
condição análoga à de escravo: a submissão a trabalhos forçados ou a jornadas exaustivas,
a sujeição a condições degradantes de trabalho e a restrição de locomoção do trabalhador.
Tráfic� d� pessoa�
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante
grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de:
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;
II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo;
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;
IV - adoção ilegal; ou
V - exploração sexual.
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
Violaçã� d� domicíli�
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de
quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências
● Protege a intimidade, a privacidade
● Casa como asilo inviolável do indivíduo
● O crime de violação de domicílio por vezes é meio para prática de outros crimes, nesse
sentido pelo princípio da consunção o agente irá responder pelo crime fim
➔ ex: homicídio, roubo e furto
§ 4º - A expressão "casa" compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
Envolve intimidade, como médico, advogado, psicólogo
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do
n.º II do parágrafo anterior;
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero
● A matéria inclui na Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) a violação de domicílio seguida
de lesão corporal ou morte, de sequestro ou cárcere privado ou ainda de extorsão
qualificada pela privação de liberdade para obtenção de vantagem econômica
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Fu�t�
Art. 155 - Subtrair( sujeito apanha, pega, retira, com seus próprios esforços), para si ou para outrem,
coisa alheia móvel
● Animus furandi: vontade de possuir a coisa
● Furto de uso: o código brasileiro não pune, uma vez que não tem o intuito de ficar com a
coisa (ex: pega o telefone de alguém sem a pessoa perceber pra fazer uma ligação e depois
devolve)
● Consumação: para diferenciar da modalidade tentada
➔ inversão da posse: fala-se em inversão da posse analisando-se o sujeito passivo que
não detém mais o objeto (por um tempo razoável)
➔ posse tranquila: aqui a ótica é do sujeito ativo que está em um local desconhecido e
em relativa segurança
● Repouso noturno: Art. 155 § 1º aumento de pena quando o furto ocorre em repouso
noturno (podendo ser 22h ou 20h em um povoado onde a galera dorme cedo)
1. Furto privilegiado
§ 2º - Se o criminoso é primário (não tem crimes transitados em julgado), e é de pequeno valor (a
referência é o salário mínimo) a coisa furtada, o juiz pode (consequências:) substituir a pena de reclusão pela
de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
2. Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa: não é desmontar,
ou desligar, é realmente destruir ou quebrar um obstáculo (ex: se quebrar o vidro do carro
para roubar o carro não enquadra pq destruiu a própria coisa e não um obstáculo, ao
contrário se quisesse roubar algo dentro do carro como uma bola) “recomende ao cliente de
que é melhor ele roubar logo o carro e não algo dentro pq ai será qualificado”
II - com abuso de confiança (precisa ter uma relação de confiança), ou mediante fraude,
escalada (uma entrada fora do comum, extraordinário, ex de chegar de parapente em
uma apartamento, ou entrar na casa pelo esgoto) ou destreza (mostrando habilidade,
ex tirar o vidro do lugar e colocar de volta)
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
V- emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum: emprega
explosivo para poder roubar, já no parágrafo 7 a coisa que está sendo roubada é o
explosivo, que também é qualificadora (a prática do crime de furto mediante o
emprego de explosivo classifica-se como crime hediondo, mas o roubo de explosivo
não)
VI- subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro
Estado ou para o exterior: não conduzido, mas transportado
VII- semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no
local da subtração: furto de animais
3. Causas de aumento de pena: as causas de aumento de pena previstas no parágrafo 4°
C considerada a relevância do resultado tendo sido cometidas contra idoso ou
vulnerável com a utilização de recursos eletrônicos (internet) irá gerar causa de
aumento de pena
4. Furto comum: ação civil público condicionada à representação, Subtrair o condômino,
co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa
comum
P�ssívei� conflit� d� crim� d� fu�t� mediant� Fraud�
1. Furto mediante fraude: Art. 155 § 4º II subtrair (apanhar), bandido como sujeito ativo
pega a coisa
2. Estelionato com emprego de meio fraudulento: Art 171 obter (receber), recebe a coisa
da vítima ao enganá-la
3. Apropriação indébita: Art. 168 apropriar (já tem a coisa sob sua responsabilidade de
modo legítimo),nesse crime inicialmente não há animus furandi (ex: pegar algo
emprestado e depois não querer devolver)
Estelionat�
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém
em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
● Estelionato privilegiado: substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um
a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo (deve ficar em torno do valor do
salário mínimo)
● Crime de fraude eletrônica: modalidade qualificada § 2º-A, § 2º-B a fraude é cometida com
a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio
de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por
qualquer outro meio fraudulento análogo
● Causas de aumento de pena: contra o órgão público e contra idoso ou vulnerável
(praticado de qualquer modo)
● Ação penal: será pública condicionada a representação do ofendido (exceção de quando
será incondicionada: quando o crime é praticado contra a Administração Pública, direta ou
indireta; criança ou adolescente; pessoa com deficiência mental; ou maior de 70 (setenta)
anos de idade ou incapaz.
Roub�
● Consumação: com a violência ou ameaça pega o objeto já está consumado
➔ obs: boa noite cinderela é roubo
● Espécies:
1. Roubo próprio: caput. do 157, ocorre quando primeiro há violência ou grave ameaça,
para depois haver a subtração
2. Roubo impróprio: § 1º, primeiro ocorre a subtração depois a violência ou grave ameaça
● Causas de aumento de pena:
➔ 2 ou mais pessoas
➔ com emprego de arma de fogo
➔ com emprego de arma branca
➔ emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum
obs: arma de brinquedo não qualifica nem aumenta a pena
● Possíveis conflitos de aumento de pena:
➔ roubo com restrição da liberdade da vítima: Art. 157 § 2º, II não precisa manter a vítima
consigo para obter a coisa (ex: roubou a bolsa de alguém e escuta a sirene e acaba
pegada a pessoa como refém (crime hediondo)
➔ extorsão com restrição da liberdade da vítima: art. 157 § 3° a vítima que passa a
vantagem (ex: aponta a arma na cabeça da pessoa e a leva até o caixa)
➔ extorsão mediante sequestro: Art.159 preço do resgate, quem paga é uma terceira
pessoa (os familiares)
● Latrocínio: é o roubo de quando a violência resulta morte (roubo impróprio) é crime
hediondo
➔ Súmula 610 do STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que
não realize o agente a subtração de bens da vítima
● Quando será crime hediondo:
1. roubo qualificado pelo resultado de lesão corporal grave ou morte
2. pela restrição de liberdade da vítima
3. uso de arma de fogo
Exto�sã�
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou
para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
● Forçar a pessoa a entregar, pq sozinho ele não conseguiria fazer. Ou seja, se o bandido
manda a pessoa entregar, mas ele mesmo poderia apanhar o objeto, o enquadramento ainda
é de roubo.
● Extorsão mediante sequestro: doutrinariamente é classificado como um crime
permanente, o momento de consumação é dado a partir da anunciação do agente da troca
da pessoa pelo dinheiro (mesmo que não chegue a encostar no dinheiro de fato)
● Será crime hediondo quando:
1. cometida por duas ou mais pessoas;
2. qualificada pelo resultado lesão corporal grave ou morte;
3. qualificada pela restrição da liberdade da vítima;
4. cometida com emprego de arma de fogo.

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