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CONTABILIDADE COMERCIAL UNIDADE 2

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DISCIPLINA
CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1
A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS
UNIDADE 2
OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS
UNIDADE 3
OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os tributos que incidem sobre compras e vendas;
• identificar os tributos em cada regime de tributação;
• apurar e contabilizar os tributos incidentes sobre compras e vendas
em cada regime de tributação;
• conhecer as operações que afetam as compras e vendas de
mercadorias;
• contabilizar devolução de vendas e compras;
• contabilizar fretes sobre vendas e compras;
• contabilizar bonificações;
• compreender os descontos comerciais.
UNIDADE 2
 TÓPICO 1 – TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E 
VENDAS
 TÓPICO 2 – OPERAÇÕES DIVERSAS QUE AFETAM AS 
COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS
UNIDADE 1
TÓPICO 1 – TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E 
VENDAS 
INTRODUÇÃO
As empresas comerciais são impulsionadas pelas vendas de seus
produtos e mercadorias, por isso, é muito importante estudarmos
as operações que envolvem tanto as vendas quanto as compras de
mercadorias, visto que são de suma importância e qualquer erro
pode impactar significativamente na gestão.
INTRODUÇÃO
Os tributos são assuntos relevantes para abordar nas operações
das empresas, então, neste tópico, estudaremos os tributos
incidentes sobre compras e vendas de mercadorias, que variam
conforme o regime de tributação no qual a empresa está
enquadrada, mas que, de modo geral, podem ser resumidos em:
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), 
Imposto Sobre Serviço (ISS), Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS) e 
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
REGIMES DE TRIBUTAÇÃO E SUAS 
CARACTERÍSTICAS
No Brasil, existem três regimes de tributação diferentes: Lucro 
Real, Lucro Presumido e Simples Nacional e cada um possui suas
características. Dependendo de qual regime a empresa está
enquadrada, as alíquotas dos tributos variam, bem como os
próprios tributos, além de que é possível ou não se beneficiar de
créditos tributários. Para entender melhor, veremos algumas
tabelas a seguir.
REGIMES DE TRIBUTAÇÃO E SUAS 
CARACTERÍSTICAS
As empresas que possuem uma receita anual superior a R$ 78 milhões de reais, ou
que possuem atividades bancárias e de crédito, factoring, ou que obtêm
rendimentos do exterior são obrigadas a se enquadrarem no Lucro Real, não
podendo escolher o Lucro Presumido ou o Simples Nacional.
Características de empresas que podem 
se enquadrar no Simples Nacional e no 
Lucro Presumido
Nem todas as empresas que fatura em até R$ 4,8 milhões de receita anual
podem ser do Simples Nacional.
Há algumas atividades não aceitas para o Simples Nacional.
Características de empresas que podem 
se enquadrar no Simples Nacional e no 
Lucro Presumido
De acordo com a Tabela 3, são diversos itens que merecem atenção no
Simples Nacional. Conforme a Lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006, das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, não
poderão enquadrar-se no Simples Nacional as empresas que possuem
atividades obrigadas ao Lucro Real.
Características de empresas que podem 
se enquadrar no Simples Nacional e no 
Lucro Presumido
QUANDO NÃO POSSO OPTAR PELO 
REGIME SIMPLES NACIONAL?
Além disso, não podem optar pelo Simples Nacional as empresas que
tenham as seguintes características:
• De cujo capital participe outra pessoa jurídica;
• Que tenha sócio que resida no exterior;
• Empresas que tenham obtido no ano de início de atividades uma
receita superior ao limite proporcional de R$ 400.000,00 do Simples
Nacional;
• de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como
empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento
jurídico diferenciado nos termos da Lei Complementar nº 123, de
2006, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$
4.800.000,00
QUANDO NÃO POSSO OPTAR PELO 
REGIME SIMPLES NACIONAL?
Além disso, não podem optar pelo Simples Nacional as empresas que
tenham as seguintes características:
• Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra
empresa não beneficiada pela Lei Complementar nº 123, de 2006,
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$
4.800.000,00;
• Cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra
pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global
ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00 .
Para mais esclarecimentos quanto às vedações ao 
Simples Nacional, acesse a Lei nº 123/2006
QUANDO NÃO POSSO OPTAR PELO 
REGIME LUCRO PRESUMIDO?
No que se refere ao Lucro Presumido, só não podem optar por tal
regime as empresas que são obrigadas ao Lucro Real. Por fim,
qualquer empresa pode optar pelo Lucro Real.
TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS
Nos tributos não cumulativos, a compra gera um crédito fiscal e a
venda gera um débito fiscal. O valor a pagar nesse caso, é o
tributo sobre a venda menos o tributo sobre a compra. A seguir,
veremos um exemplo.
Por “Crédito Fiscal”, entende-se o direito do contribuinte à
restituição, reembolso, compensação ou ressarcimento de tributo
pago.
Por “Débito Fiscal”, entende-se a obrigação do contribuinte em
pagar um tributo.
TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS
Ex.: Compra de mercadoria a prazo para estoque no valor de R$
100,00, porém, embutido nesse valor, há que se considerar PIS e
COFINS, por exemplo. Para o caso de não cumulatividade,
considera-se 1,65% de PIS e 7,60% de COFINS sobre o total da
nota fiscal, totalizando: R$ 9,25.
D – ESTOQUE R$ 90,75
D – PIS E COFINS A RECUPERAR (AC) R$ 9,25
C – FORNECEDORES R$ 100,00
TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS
Continuando o exemplo, a empresa não efetuou mais compras e
não havia estoque inicial. No mesmo período, vendeu as
mercadorias do estoque a prazo, totalizando uma receita de R$
300,00. Sobre essa venda, houve a tributação de PIS e Cofins,
totalizando R$ 27,75.
D – CLIENTE A RECEBER R$ 300,00
C – RECEITA COM MERCADORIA R$ 300,00
D – CMV R$ 90,75
C – ESTOQUE R$ 90,75
D – DESPESA COM PIS E COFINS R$ 27,75
C – PIS E COFINS A PAGAR R$ 25,75
TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS
D – PIS A COFINS A PAGAR (PC) R$ 9,25
C – PIS E COFINS A RECUPERAR (AC) R$ 9,25
VALOR FINAL A PAGAR: 18,50
EM RAZONTE, OS LANÇAMENTOS FICARIAM ASSIM:
TRIBUTOS CUMULATIVOS
Os tributos cumulativos, também chamados de tributos
em cascata, são aqueles que precisam ser aplicados sobre
todas as etapas da produção e da comercialização de um
bem, acumulando essas taxas. Por isso, esse tipo de tributo
não gera nenhum crédito para a empresa e costuma ser
maior, se comparado ao tributo não cumulativo.
TRIBUTOS CUMULATIVOS
Ex.: Compra de mercadoria a prazo para estoque no valor
de R$ 100,00, porém, embutido nesse valor, há que se
considerar PIS e COFINS, por exemplo. Para o caso de
cumulatividade, considera-se 0,65% de PIS e 3% de COFINS
sobre o total da nota fiscal, totalizando R$ 3,65.
No caso da cumulatividade, tanto o valor da mercadoria
quanto o valor de PIS e COFINS ou ICMS, por exemplo, será
um custo, e tudo entrará no Estoque, compondo o custo da 
mercadoria.
TRIBUTOS CUMULATIVOS
O lançamento contábil ficará assim:
D – ESTOQUE R$ 100,00
C – FORNECEDOR R$ 100,00
Continuando o exemplo, a empresa não efetuou mais
compras e não havia estoque inicial. No mesmo período, a
empresa vendeu as mercadorias do estoque a prazo,
totalizando uma receita de R$ 300,00. Sobre essa venda,
houve a tributação de PIS e COFINS, por exemplo,
totalizando R$ 10,95.
TRIBUTOS CUMULATIVOS
Resumidamente, o lançamento contábil ficará assim:
D – CLIENTE A RECEBER R$ 300,00
C – RECEITA COM MERCADORIA R$ 300,00
D – CMV R$ 100,00
C – ESTOQUE R$ 100,00
D – DESPESA COM PIS E COFINS R$ 10,95
C – PIS E COFINS A RECOLHER R$ 10,95
VALOR FINAL A PAGAR: 10,95
TRIBUTOS CONFORME O REGIME DE 
TRIBUTAÇÃO
 Lucro Real: os tributos PIS, COFINS, IPI e ICMS sãonão
cumulativos, o que gera crédito desses tributos,
enquanto o ISS é cumulativo.
Lucro Presumido: apenas o ICMS e IPI são não
cumulativos, os demais seguem a cumulatividade.
Simples Nacional: todos os tributos são cumulativos, de
modo geral.
TRIBUTOS CONFORME O REGIME DE 
TRIBUTAÇÃO
ALÍQUOTAS
No dicionário da língua portuguesa, alíquota é: “percentual
ou valor que serve de base para o cálculo de um imposto”
(DICIO, 2021).
A alíquota é o porcentual de referência pro cálculo de
impostos pagos por pessoas físicas ou jurídicas.
ALÍQUOTAS
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
PIS E COFINS
No Lucro Real, o Programa de Integração Social (PIS) possui uma
alíquota de 1,65% sobre a receita bruta e compras e 0,65% sobre as
receitas financeiras. É um tributo cobrado mensalmente.
No Lucro Real, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins) também é cobrada mensalmente e possui uma
alíquota de 7,60% sobre a receita bruta e compras e 4% sobre as
receitas financeiras.
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
PIS E COFINS
EXEMPLO:
A Figura 1 pagina 83 apresenta a nota fiscal nº 1000 de compra de
mercadorias para revenda em junho de 2019. A empresa Comercial
Brasil Ltda adquiriu a prazo do Fornecedor ABC Ltda. 10 unidades
para o estoque, totalizando R$ 130.000,00. Nesse caso, como PIS e
Cofins no Lucro Real são não cumulativos, há o crédito na compra.
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
PIS E COFINS
CALULO:
PIS = 130.000,00 X 1,65% = 2.145,00
COFINS = 130.000,00 X 7,6% = 9.880,00
CONTABILIZAÇÃO:
D – ESTOQUE R$ 102.375,00
D – PIS A RECUPERAR R$ 2.145,00
D – COFINS A RECUPERAR R$ 9.880,00
D – ICMS A RECUPERAR R$ 15.600,00
D – IPI A RECUPERAR R$ 13.000,00
C – FORNECEDORES R$ 143.000,00
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
PIS E COFINS
Além do mais, a empresa Comercial Brasil Ltda teve rendimentos da
aplicação neste mês. Neste caso, há incidência de PIS e COFINS sobre
a receita financeira do período.
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
PIS E COFINS
CALULO:
PIS: 561,68X 0,65% = 3,65
COFINS: 561,28X 4% = 22,45
CONTABILIZAÇÃO:
D – PIS S/ RECEITAS FINANCEIRAS R$ 3,65
C – PIS A PAGAR R$ 3,65
D – COFINS S/ RECEITAS FINANCEIRAS R$ 22,45
C – COFINS A PAGAR R$ 22,45
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
PIS E COFINS
A Figura 3 pagina 85 apresenta a nota fiscal nº 1 de venda emitida
pela empresa Comercial Brasil Ltda, no qual ela vendeu a prazo 5
mercadorias, totalizando uma venda de R$ 90.000,00.
CALCULO:
PIS: 90.000,00 X 1,65% = 1.485,00
COFINS: 90.000,00 X 7,6% = 6.840,00
CONTABILIZAÇÃO:
D – CLIENTES A RECEBER R$ 99.000,00
C – RECEITAS DE VENDAS R$ 99.000,00
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
PIS E COFINS
D – CMV R$ 51.187,50
C – ESTOQUE R$ 51.187,50
D – PIS SOBRE VENDAS R$ 1.485,00
C – PIS A PAGAR R$ 1.485,00
D – COFINS SOBRE VENDAS R$ 6.840,00
C – COFINS A PAGAR R$ 6.840,00
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
PIS E COFINS
Apuração do PIS e COFINS de junho: considerando que não
houve nenhuma outra compra e nenhuma outra venda,
apuraremos o PIS e o COFINS do período de junho/2019. Para
tanto, temos que confrontar os valores a recuperar e a pagar:
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
PIS E COFINS
Em que: (1) Créditos fiscais da compra; (2) Débito fiscal da
aplicação financeira; (3) Débito fiscal da venda; (4) Transferência
entre contas.
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
PIS E COFINS
Ao efetuar os lançamentos em razonetes, percebemos que o saldo a
pagar era menor que o saldo a recuperar de tributos. Assim, zeramos
as contas de PIS e COFINS a pagar e transferimos o saldo para PIS e
COFINS a recuperar. Não haverá PIS e COFINS a pagar nesse período,
e o saldo final de R$ 656,35 e R$ 3.017,55 ficará acumulado para o
mês seguinte.
Considerando os demais tributos, IRPJ e CSLL são sobre o Lucro –
tema que será abordado na disciplina de Contabilidade e
Planejamento Tributário.
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
ICMS
O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é
mensal e Estadual. Dessa forma, a alíquota varia conforme cada
Estado. Além disso, incide sobre compras e vendas.
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
ICMS
Quando ocorrem operações de um Estado para o outro, aplica-se
uma alíquota interestadual. Por exemplo, todas as operações
interestaduais para o Estado de Santa Catarina possuem uma
alíquota de 12% (independente do Estado de origem). Já nas
operações interestaduais para o Mato Grosso, a alíquota pode ser 7%
ou 12% (dependendo do Estado de origem).
Já sabemos que o ICMS, no Lucro Real, é um imposto não
cumulativo, incidindo tanto na compra quanto na venda.
Utilizaremos as notas fiscais nº 1 e nº 1.000 do exemplo de PIS e
COFINS, para calcular o ICMS.
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
ICMS
É importante prestar atenção que a compra foi feita pela Comercial
Brasil Ltda. que é uma empresa situada em Santa Catarina. Já o
fornecedor, a empresa ABC, está situada no Rio Grande do Sul. Por
isso, a alíquota utilizada foi de 12%, visto que todas as mercadorias
que entram em Santa Catarina devem possuir a alíquota de ICMS de
12%.
Cálculo: 130.000,00 × 12% = 15.600,00
A contabilização é sempre como débito na conta de ICMS a
recuperar.
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
ICMS
Ao observarmos a nota fiscal de venda, percebemos que a Comercial
Brasil Ltda. efetuou uma venda para um cliente domiciliado em Santa
Catarina. A alíquota utilizada foi de 17%.
Cálculo: 90.000,00 × 17% = 15.300,00
Contabilização:
D – ICMS s/ vendas R$ 15.300,00
C – ICMS a pagar R$ 15.300,00
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
ICMS
Considerando que não houve nenhuma outra compra e nenhuma
outra venda, apuraremos o ICMS do período de junho/2019. Para
tanto, temos que confrontar os valores a recuperar e a pagar:
Em que: (1) Compra; (2) Venda; (3) Transferência entre contas.
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
IPI
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) possui uma alíquota
que varia de acordo com cada produto. É um imposto mensal e
incide sobre compras e vendas em indústrias.
É o Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010, que regulamenta a
cobrança, a fiscalização, a arrecadação e a administração desse
imposto.
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
IPI
O IPI é um imposto não cumulativo, incidindo tanto na compra,
quanto na venda. Vamos utilizar como exemplo, as notas fiscais nº 1 e
nº 1.000 do exemplo de PIS e COFINS, para calcular o IPI.
A alíquota utilizada no exemplo foi de 10%.
Cálculo:
130.000,00 × 10% = 13.000,00
A contabilização é sempre a débito na conta de IPI a recuperar.
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
IPI
Ao observarmos a nota fiscal de venda, devemos calcular IPI também.
Cálculo: 
90.000,00 × 10% = 9.000,00
Contabilização:
D – IPI s/ vendas R$ 9.000,00
C – IPI a pagar R$ 9.000,00
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
IPI
Considerando que não houve nenhuma outra compra e nenhuma
outra venda, iremos apurar o IPI do período de junho/2019. Para
tanto, temos que confrontar os valores a recuperar e a pagar:
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
ISS
O Imposto Sobre Serviço (ISS) é um imposto municipal e mensal.
É calculado sobre o valor do serviço prestado, e a Constituição Federal
(1988) indica que a alíquota mínima possível é 2% e a máxima 5%. Cada
município possui a sua legislação, e a alíquota varia de serviço para
serviço.
Lei Complementar nº 116/2003, é a lei geral sobre iss.
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
ISS
TRIBUTOS DO LUCRO REAL
ISS
Digamos que a empresa Comercial Brasil também preste serviços. No 
caso da NFS nº 5, foi um serviço no valor de R$ 4.500,00 com uma 
alíquota de 5%. Sabemos que o ISS é um imposto cumulativo, em que 
não há possibilidade de crédito, apenas de pagamento.
D – ISS s/ prestação de serviço R$ 225,00
C – ISS a pagar (PC) R$ 225,00
Conforme o lançamento contábil, e considerando que não houve outras
prestações de serviço no período, o valor de ISS a pagar no mês é R$
225,00.
TRIBUTOS NO LUCRO PRESUMIDO
Lucro Presumido, o PIS possui uma alíquota de 0,65% e o COFINS de
3%. Ambos incidem sobre a receita bruta. Diferentemente do Lucro
Real, nesse regime, não incide PIS e COFINS sobre receitas financeiras e 
não há direito a crédito desses tributos na entrada.
Dessa forma, em uma compra de mercadoriassó há o crédito de ICMS e
IPI (se for indústria). Por exemplo, compra de mercadorias para revenda
no valor de R$10.000,00 com ICMS de 12%:
D – Estoque R$ 8.800,00
D – ICMS a recuperar R$ 1.200,00
C – Fornecedores R$ 10.000,00
TRIBUTOS NO LUCRO PRESUMIDO
Já no que se refere a IPI, ICMS e ISS, os lançamentos ocorrem da mesma
forma, e as alíquotas variam conforme o produto (no caso do IPI),
Estado e produto (no caso do ICMS) e conforme o serviço e município
(no caso do ISS).
Outra diferença existente entre os regimes é que, no Lucro Presumido,
há o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), com uma alíquota de
15% e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) com uma
alíquota de 9%. No entanto, não é sobre a receita bruta que incidem
esses tributos, e sim sobre a presunção do lucro, ou lucro presumido.
Além disso, ambos os tributos são trimestrais.
TRIBUTOS NO LUCRO PRESUMIDO
A apuração do IRPJ e da CSLL ocorre de forma presumida, com a
aplicação de um percentual que depende da atividade econômica
exercida pela empresa.
TRIBUTOS NO LUCRO PRESUMIDO
EXEMPLO PRATICO:
Uma empresa do setor de comércio, optante pelo lucro
presumido, obteve no primeiro trimestre de 2019 uma
receita de vendas no valor de R$ 50.000,00. Nesse período,
um cliente efetuou uma devolução no valor de R$ 500,00. A
empresa obteve R$ 1.000,00 de juros de aplicação bancária.
A partir dessas informações, qual o valor de IRPJ e CSLL a
pagar?
TRIBUTOS NO LUCRO PRESUMIDO
IRPJ CSLL
RECEITA DE VENDAS: 50.000,00 50.000,00
DEVOLUÇÃO : 500,00 500,00
= RECEITA BRUTA 49.500,00 49.500,00
PARCENTUAL DE PRESUNÇÃO 8% 12%
BASE DE CALCULO X % 49.500,00X8% 49.500,00X12%
= LUCRO S/ VENDA 3.960,00 5.940,00
+ RECEITA FINANCEIRA 1.000,00 1.000,00
= LUCRO PRESUMIDO 4.960,00 6.940,00
PERCENTUAL DO TRIBUTO 15% 9%
LUCRO PRESUMIDO X % 4.960,00X15% 6.940,00X9%
=VALOR DO TRIBUTO 744,00 624,60
TRIBUTOS NO LUCRO PRESUMIDO
Os lançamentos contábeis ficariam assim:
D – Despesa com IRPJ R$ 744,00
C – IRPJ a pagar R$ 744,00
D – Despesa com CSLL R$ 624,60
C – CSLL a pagar R$ 624,60
TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL
Diferentemente dos demais regimes, as alíquotas do Simples Nacional
variam conforme a faixa de faturamento da empresa e do seu setor de
atuação. E não podemos esquecer: todos os tributos são pagos em uma
única guia de arrecadação: PIS, COFINS, IRPJ, CSLL e ICMS, ISS, IPI
(quando for o caso).
A Lei do Simples Nacional é a Lei nº 123/2006. Lá, constam cinco anexos
que norteiam a tributação das empresas, conforme seu faturamento e
atividade. Conforme a Tabela 9, o Anexo I refere-se a comércio, o Anexo
II, à indústria, e os Anexos III a V, a serviços.
TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL
TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL
Com base nesses cinco anexos que classificam os setores, esta Lei
também apresenta uma classificação em faixas, indicando em cada
setor, conforme os valores da receita bruta nos últimos 12 meses, a
alíquota e a parcela a deduzir:
ANEXO I
TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL
ANEXO II
TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL
ANEXO III
TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL
ANEXO IV
TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL
ANEXO V
TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL
O valor devido mensalmente pelas empresas do Simples será
determinado mediante aplicação de alíquota efetiva, ou seja, não
podemos pegar a alíquota que consta nos anexos e aplicar ao
faturamento mensal, precisamos encontrar a alíquota efetiva. O
cálculo é feito conforme segue:
RBT12 × Aliq-PD
RBT12
Em que: RBT12 corresponde à receita bruta acumulada nos doze meses
anteriores ao período de apuração; Aliq é a alíquota nominal constante dos 
Anexos I a V desta Lei Complementar; PD: parcela a deduzir constante dos 
Anexos I a V desta Lei Complementar.
TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL
EXEMPLO PRATICO Nº 1:
EMPRESA DE COMERCO VEREJISTA (ANEXO I)
RECEITA BRUTO DE ATÉ 180.000,00 NOS ULTIMOS 12 MESES APLICA-SE
UMA ALÍQUOTA NOMINAL DE 4%
RECEITA BRUTA DA EMPRESA NOS ULTIMOS 12 MESES : 140.000,00
RECEITA BRUTA NO MÊS: 10.000,00
140.000,00 × 4% - 0,00 = 0,04X100 = 4%
140.000,00
VALOR A PAGAR: 10.000,00 X 4% = R$ 400,00
TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL
A contabilização fica assim:
D – Simples Nacional (DR) R$ 400,00
C – Simples Nacional a pagar (DR) R$ 400,00
TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL
EXEMPLO PRATICO Nº 2:
EMPRESA DE COMERCO VEREJISTA (ANEXO I)
RECEITA BRUTO DE 12 MESES ENTRE 180.000,01 ATÉ 360.000,00
RECEITA BRUTA DA EMPRESA NOS ULTIMOS 12 MESES : 300.000,00
RECEITA BRUTA NO MÊS: 25.000,00
ALÍQUITA NOMINAL : 7,3% PARCELA A DEDUZIR: 5.940,00
300.000 × 7,3% - 5.940 = 21.900-5.940 = 15.960,00 = 0,0532 X 100 = 5,32%
300.000 300.000 300.000
VALOR A PAGAR: 25.000,00 X 5,32% = R$ 1.330,00
TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL
A contabilização fica assim:
D – Simples Nacional (DR) R$ 1.330,00
C – Simples Nacional a pagar (DR) R$ 1.330,00
UNIDADE 1
TÓPICO 2 – OPERAÇÕES DIVERSAS QUE AFETAM AS
COMPRAS E AS VENDAS DE MERCADORIAS
INTRODUÇÃO
As compras e as vendas de mercadorias, por si só, já geram
diversos lançamentos contábeis e envolvem vários tributos,
conforme vimos no Tópico 1 desta Unidade. Em alguns regimes de
tributação, há créditos fiscais na entrada de mercadorias; em
outros, não. Na saída de mercadorias, há a incidência de mais
tributos, e a forma de cálculo, também, depende do regime de
tributação da empresa.
Neste tópico, veremos outras operações que afetam as compras e
as vendas de mercadorias, como as devoluções, os abatimentos,
os descontos comerciais e os gastos com transporte.
DEVOLUÇÃO
Quando alguém (empresa ou pessoa) se vê prejudicado ao receber
uma mercadoria cuja qualidade, preço ou outro fator esteja em
desacordo com o pedido inicial, pode adotar uma das seguintes
medidas: devolver a mercadoria ou solicitar um abatimento.
A devolução da venda é debitada em conta de devolução,
e creditada em conta Caixa, Clientes ou Banco. Além disso,
precisamos fazer a entrada dessa mercadoria, novamente, no
estoque, debitando a conta Estoque e creditando o CMV. Por
exemplo, o cliente devolveu uma mercadoria que tinha sido vendida
por R$ 10.000,00, à vista, e que tinha um custo de R$ 3.000,00. O
lançamento na empresa vendedora fica assim:
DEVOLUÇÃO
D – Devolução de vendas de mercadorias R$ 10.000,00
C – Caixa R$ 10.000,00
D – Estoque R$ 3.000,00
C – CMV R$ 3.000,00
Já o lançamento, para o comprador (cliente), deve ser realizado
na entrada de uma conta do Ativo, sendo Caixa, Banco ou
Fornecedores, e na saída do Estoque. Fica assim:
D – Caixa R$ 10.000,00
C – Estoque R$ 10.000,00
DEVOLUÇÃO NO LUCRO REAL
Utilizando o exemplo anterior, no qual o cliente devolveu uma
mercadoria que tinha sido vendida por R$ 10.000,00, à vista, e que
tinha um custo de R$ 3.000,00, se a empresa vendedora fosse do
Lucro Real, o lançamento, na empresa vendedora, fica assim:
D – Devolução de vendas R$ 10.000,00
C – Caixa R$ 10.000,00
D – Estoque R$ 3.000,00
C – CMV R$ 3.000,00
DEVOLUÇÃO NO LUCRO REAL
Precisamos nos lembrar de que, no momento da venda, houve o
cálculo de tributos, então, na devolução, também, acontecerá isso,
pois já que a empresa teve uma devolução, precisamos fazer um
estorno dos tributos que tinham sido pagos. Dessa forma, faremos
um lançamento na conta do imposto a recuperar, no ativo
circulante, e o estorno na conta de despesa com o imposto (Nesse
caso, utilizamos 17% para o ICMS).
DEVOLUÇÃO NO LUCRO REAL
D– PIS a recuperar R$ 165,00
C – PIS s/ vendas R$ 165,00
D – COFINS a recuperar R$ 760,00
C – COFINS s/ vendas R$ 760,00
D – ICMS a recuperar R$ 1.700,00
C – ICMS s/ vendas R$ 1.700,00
Lembre-se: neste regime de tributação, as alíquotas de PIS e COFINS são
1,65% e 7,60%, respectivamente. Poderia haver o lançamento em IPI a
recuperar, caso fosse uma indústria.
DEVOLUÇÃO NO LUCRO REAL
Supondo que o cliente, também, seja do Lucro Real, o
lançamento da devolução de compra ficaria assim:
D – CaixaR$ 10.000,00
C – Estoque R$ 7.375,00
C – PIS a pagar R$ 165,00
C – COFINS a pagar R$ 760,00
C – ICMS a pagar R$ 1.700,00
DEVOLUÇÃO NO LUCRO REAL
Você deve estar se questionando: qual é o motivo de o
estoque sair só R$7.375,00, e não os R$ 10.000,00? A
explicação é a seguinte: você se lembra de que, quando o
tributo é não cumulativo, ele gera um crédito fiscal no
momento da compra? Dessa forma, o valor do imposto a
recuperar não vai para o estoque, mas, sim, para uma
conta do ativo: PIS a recuperar, por exemplo. No
momento da devolução, acontecerá a mesma coisa,
assim, precisamos fazer a saída do estoque e o estorno
dos tributos a recuperar, gerando um crédito nos tributos
a pagar.
DEVOLUÇÃO NO LUCRO PRESUMIDO
Utilizando o mesmo exemplo, o lançamento do vendedor
ficaria assim:
D – Devolução de vendas R$ 10.000,00
C – Caixa R$ 10.000,00
D – Estoque R$ 3.000,00
C – CMV R$ 3.000,00
D – ICMS a recuperar R$ 1.700,00
C – ICMS s/ vendas R$ 1.700,00
D – PIS a recuperar R$ 65,00
C – PIS s/ vendas R$ 65,00
D – COFINS a recuperar R$ 300,00
C – COFINS s/ vendas R$ 300,00
DEVOLUÇÃO NO LUCRO PRESUMIDO
Suponha que o cliente seja do Lucro Presumido. O
lançamento da devolução de compra ficaria assim:
D– Caixa R$ 10.000,00
C – Estoque R$ 8.300,00
C – ICMS a pagar R$ 1.700,00
Nesse caso, não há o lançamento de PIS e de COFINS a pagar. Por
quê?
Porque, no Lucro Presumido, o PIS e a COFINS são cumulativos, ou
seja, não geram um direito a crédito na compra. Dessa forma, como a
empresa não se beneficiou com um crédito quando comprou, não
precisará pagar PIS e COFINS no momento da devolução.
DEVOLUÇÃO NO SIMPLES NACIOANAL
Utilizando o mesmo exemplo, o lançamento do vendedor
ficaria assim, considerando que a alíquota efetiva, nesse
caso, seja de 5,32% (mas a alíquota varia, conforme a
faixa de faturamento, conforme vimos no tópico anterior):
D – Devolução de vendas R$ 10.000,00
C – Caixa R$ 10.000,00
D – Estoque R$ 3.000,00
C – CMV R$ 3.000,00
D – Simples Nacional a pagar R$ 532,00
C – Simples Nacional s/ vendas R$ 532,00
DEVOLUÇÃO NO SIMPLES NACIOANAL
Suponha que o cliente, também, seja do Simples
Nacional. O lançamento da devolução de compra ficaria
assim:
D – Caixa R$ 10.000,00
C – Estoque R$ 10.000,00
Perceba que, no caso do Simples Nacional, na devolução de
compra, não há nenhum lançamento em tributos a recuperar,
visto que, nesse Simples Nacional, todos os tributos são
cumulativos, ou seja, não geram direito a crédito fiscal. Assim,
esse comprador não conseguiu aproveitar créditos no
momento da compra, e, também, não pagará no momento da
devolução.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR
Pode acontecer de uma venda realizada em outubro de 2019 ser
devolvida, por algum motivo, em janeiro de 2020. Dessa forma, essa
devolução é referente a uma venda feita no exercício anterior, ou seja,
em 2019.
Quando a devolução de vendas ocorre em exercício posterior, a receita
de venda já foi contabilizada no exercício anterior, assim, sua conta foi
encerrada na apuração do resultado.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR
Não faz muito sentido contabilizar essas devoluções como as do mesmo
exercício, já que elas nada têm a ver com as vendas efetuadas nesse
exercício. Assim, é, tecnicamente, correto proceder com um registro que
não mais estará cancelando vendas, nem alterando as receitas líquidas
ou o lucro bruto apurado no exercício. Para tanto, o registro será feito em
forma de cancelamento, nesse exercício, de um lucro bruto apurado no
exercício anterior, o qual, ora, será tratado como uma despesa 
operacional.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR
Pode-se abrir uma conta especial para o registro da receita perdida do
exercício anterior, e outra para o registro do custo recuperado,
totalizando-as em um único grupo, intitulado de "Prejuízo na Devolução
de Vendas de Exercício Anterior", ou, então, utilizar uma única conta para
esse mesmo fim.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – LUCRO REAL
Considere a empresa Comercial Brasil, enquadrada no Lucro Real, que
efetuou uma venda de mercadorias no valor de R$ 62.500,00, com um
custo da mercadoria vendida no valor de R$ 25.000,00, em novembro de
2019. O comprador devolveu a mercadoria em janeiro de 2020. Houve a
incidência de 17% de ICMS, nesse caso.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – LUCRO REAL
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – LUCRO REAL
Perceba que fizemos os mesmos lançamentos contábeis de uma
devolução dentro do exercício, no entanto, substituímos todas as
contas de resultado que seriam utilizadas pela conta de Prejuízo na
Devolução de Vendas do Exercício Anterior. Nesse caso, não
podemos nos esquecer de contabilizar os tributos a recuperar e o
retorno ao estoque.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – LUCRO REAL
O razonete da conta fica assim, demonstrando que a devolução, fora
do prazo, gerou um prejuízo de R$ 21.093,75.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – LUCRO REAL
Como aparece na DRE?
Supondo que, em janeiro de 2020, antes da devolução, a empresa
tenha tido R$ 200.000,00 de vendas, R$ 50.000 de CMV, 26,25% de
tributos sobre vendas e R$20.000,00 de Despesas Operacionais.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – LUCRO REAL
E PORQUE NÃO LANÇAMENTOS EM AJUSTE DE EXERCÍCIO
ANTERIORES?
Tal classificação se justifica por esse prejuízo não estar caracterizado 
como ajuste de exercícios anteriores, pois não houve erro no 
exercício anterior, mas sim um fato novo não previsível, e também
porque a devolução de mercadorias faz parte das atividades normais
da empresa, não justificando então considerar o prejuízo como não
operacional.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – LUCRO PRESUMIDO
Considere a empresa Comercial Brasil, enquadrada no Lucro Presumido,
que efetuou uma venda de mercadorias no valor de R$ 62.500,00, com
um custo da mercadoria vendida no valor de R$ 25.000,00, em
novembro de 2019. A devolução foi feita em janeiro de 2020. Houve a
incidência de 17% de ICMS, neste caso.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – LUCRO PRESUMIDO
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – LUCRO PRESUMIDO
No caso do Lucro Presumido, o que muda são as alíquotas
de PIS e de COFINS, as quais são, respectivamente, 0,65%
e 3%.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – LUCRO PRESUMIDO
Como aparece na DRE?
Supondo que, em janeiro de 2020, antes da devolução, a empresa
tenha tido R$ 200.000,00 de vendas, R$ 50.000 de CMV, 20,65%
de tributos sobre vendas e R$ 20.000,00 de Despesas
Operacionais.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – SIMPLES NACIONAL
Considere a empresa Comercial Brasil, enquadrada no Simples Nacional,
que efetuou uma venda de mercadorias no valor de R$ 62.500,00, com
um custo da mercadoria vendida no valor de R$ 25.000,00, em novembro
de 2019. A devolução foi feita em janeiro de 2020. Vamos considerar a
alíquota efetiva de 5,32% para o cálculo do imposto.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – SIMPLES NACIONAL
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – SIMPLES NACIONAL
No caso do Simples Nacional, não há o lançamento de impostos para recuperar,
mas, sim, o lançamento de estorno em Simples Nacional a pagar no Passivo
Circulante.
DEVOLUÇÕES DE VENDAS EFETUADAS EM EXERCÍCIO
SOCIAL ANTERIOR – SIMPLES NACIONAL
Como aparece na DRE?
Supondo que, em janeiro de 2020, antes da devolução, a empresa tenha
tido R$ 200.000,00 de vendas, R$ 50.000 de CMV, 5,32% de tributos
sobre vendas e R$ 20.000,00 de Despesas Operacionais.
DESCONTOS COMERCIAIS
Descontos comerciais (os chamados descontos incondicionais) são
aqueles concedidos ao comprador no momento da compra, seja pela
grande quantidadeque está sendo vendida, ou o cliente é um
comprador especial, ou por diversos outros motivos.
Normalmente, apesar de aparecerem nas notas fiscais, os valores de
descontos incondicionais não são registrados na contabilidade, em que
as vendas e compras são contabilizadas diretamente pelo valor líquido.
DESCONTOS COMERCIAIS
Veja este exemplo na nota fiscal de venda da empresa
Comercial Brasil: (PAG 112)
DESCONTOS COMERCIAIS
Nesse caso, o valor dos produtos era R$ 90.000,00 e no
momento da venda a empresa Comercial Brasil deu um
desconto de R$ 1.000,00 ao cliente XYZ Comercial
Ltda. Isso gerou um valor total da venda no valor de R$
89.000,00.
Sendo assim, é importante notarmos que os tributos serão
calculados sobre os R$ 89.000,00 e não sobre os R$
90.000,00. Caso não haja a atenção necessária nesses fatos, a
empresa pagará mais impostos que o necessário. Da mesma
forma, o cliente XYZ vai registrar uma compra no valor de R$
89.000,00 no seu estoque.
DESCONTOS CONDICIONAIS
O desconto condicional define-se como o que contém, implica,
ou seja, é sujeito a ou dependente de uma condição. Assim,
não se aplica no ato da negociação, sendo condicionado a um
evento futuro e incerto.
Por exemplo:
•Valor das mercadorias: R$ 50.000,00
•Desconto para pagamento de duplicata no prazo : R$ 1.000,00
•Valor total da NF-e: R$ 50.000,00
Nesse caso, o desconto de R$ 1.000,00, não será deduzido no 
total da nota fiscal, pois está condicionado ao pagamento no 
prazo negociado.
FRETES SOBRE COMPRAS
Os fretes sobre compras são custos das mercadorias e devem
ser incorporados no estoque de mercadorias ou matéria-prima,
dependendo do setor, quando se referirem à compra de
matéria prima ou mercadoria para revenda. E assim como as
compras, em alguns casos os fretes geram direito a crédito
fiscal, tanto de ICMS, como de PIS e COFINS.
FRETES SOBRE COMPRAS EM EMPRESAS DO 
LUCRO REAL
Conforme a Lei 10.833/2003 (BRASIL, 2003), que trata sobre a
não cumulatividade do PIS e da COFINS, a empresa do Lucro
Real pode descontar créditos calculado sem relação aos fretes
sobre bens adquiridos para revenda e bens e serviços utilizados
como insumos na prestação de serviços e na produção ou
fabricação de bens ou produtos destinados à venda.
FRETES SOBRE COMPRAS EM EMPRESAS DO 
LUCRO REAL
O que significa isso?
Que a empresa do Lucro Real pode aproveitar créditos de PIS
e COFINS nos seus fretes sobre compras de matéria-prima ou
mercadorias para revenda, que foram pagos por sua conta, ou
seja, que a empresa teve que pagar para suas compras
chegarem até a empresa. Podemos analisar o conhecimento de
frete do exemplo:
FRETES SOBRE COMPRAS EM EMPRESAS DO 
LUCRO REAL 
PAG. 113
FRETES SOBRE COMPRAS EM EMPRESAS DO 
LUCRO REAL 
Podemos perceber que a mercadoria, que nesse caso é cimento, vai
para Dourados/MS na empresa Material de Construção e Projeto
Eng. Ltda. Ao olharmos mais abaixo o tomador do serviço,
identificamos que foi a própria Material de Construção e Projeto
Eng Ltda que solicitou o serviço, ou seja, que pagou o serviço. Dessa
forma, considerando que a empresa é do Lucro Real, pode creditar-
se de PIS e COFINS. Além disso, sobre o frete há ICMS, logo há
também o direito a crédito desse imposto.
FRETES SOBRE COMPRAS EM EMPRESAS DO 
LUCRO REAL 
Em uma empresa do Lucro Real, o lançamento de um frete sobre
compras de mercadorias ou matéria prima, pago pelo comprador,
no valor de R$ 5.000,00 a prazo, e 12% de ICMS, ficaria assim:
D – Estoque R$ 3.937,50
D – ICMS a recuperar R$ 600,00
D – PIS a recuperar R$ 82,50
D – COFINS a recuperar R$ 380,00
C – Contas a pagar R$ 5.000,00
FRETES SOBRE COMPRAS EM EMPRESAS DO 
LUCRO PRESUMIDO
Diferente do Lucro Real, no Lucro Presumido o PIS e a COFINS são
tributos cumulativos, ou seja, não geram direito a crédito, e logo, os
fretes sobre compras também não dão direito a esse crédito.
No entanto, no que se refere ao ICMS, há o aproveitamento do
crédito. Vamos utilizar o exemplo de um frete sobre compras a
prazo de uma empresa do Lucro Presumido, no valor de R$
5.000,00 com 12% de ICMS.
D – Estoque R$ 4.400,00
D – ICMS a recuperar R$ 600,00
C – Contas a pagar R$ 5.000,00
FRETES SOBRE COMPRAS EM EMPRESAS DO 
SIMPLES NACIONAL
Já sabemos que no Simples Nacional todos os tributos são
cumulativos e dessa forma, não geram direito a crédito fiscal de
nenhum imposto. Como exemplo, o lançamento contábil de um
frete sobre compras de uma empresa do Simples Nacional, no valor
de R$ 5.000,00 ficaria assim:
D – Estoque R$ 5.000,00
C – Contas a pagar R$ 5.000,00
FRETES SOBRE COMPRAS
A Tabela 14 apresenta um comparativo entre os regimes,
no que se refere ao lançamento contábil, bem como
aproveitamento de crédito fiscal nos fretes sobre
compras.
Vale lembrar que só gera o direito a crédito de ICMS se o conhecimento de frete tiver o imposto
destacado, ou seja, se vier de uma empresa do Simples Nacional, não haverá a possibilidade de
aproveitar o imposto.
FRETES SOBRE VENDAS
Diferentemente do frete sobre compras, o frete sobre vendas não
passa pelo estoque, nem pelo custo da mercadoria vendida, e é
lançado diretamente em despesas com transporte nas vendas.
O lançamento, tanto para empresas do Lucro Real, Presumido ou
Simples Nacional, ficaria assim:
D – Despesas com transporte nas vendas
C – Contas a pagar
BONIFICAÇÕES
A bonificação implica em conceder mercadorias a clientes, em
virtude de acordo contratual ou comercial, em que o fornecedor
envia determinada quantidade de mercadorias a seus clientes,
sem cobrar por elas, conforme ajustado entre as partes da
relação comercial.
Normalmente, o fornecedor vende uma determinada quantidade
de mercadoria, e a título de bonificação, entrega determinada
quantidade a mais, ao invés de conceder um desconto.
Por exemplo: certo fornecedor vende dez unidades de uma
mercadoria qualquer, e a título de bonificação, entrega ao
adquirente, gratuitamente, duas unidades mais, a título de
bonificação.
BONIFICAÇÕES EM EMPRESAS DO LUCRO 
REAL
Considere a empresa Comercial Brasil, do Lucro Real, que emitiu
uma nota fiscal de bonificação para seu fiel cliente XYZ Comércio,
que revenderá a mercadoria recebida em bonificação. Supondo
que a bonificação seja no valor de R$ 500,00, e que no momento
de adquirir esse produto, a empresa Comercial Brasil aproveitou-
se de ICMS com uma alíquota de 17%, e de PIS e COFINS, o
lançamento no vendedor será assim:
D – Despesa com bonificação R$ 500,00
C – Estoque R$ 500,00
D – ICMS s/bonificação R$ 85,00
C – ICMS a pagar R$ 85,00
D – PIS s/ bonificação R$ 8,25
C – PIS a pagar R$ 8,25
D – COFINS s/ bonificação R$ 38,00
C – COFINS a pagar R$ 38,00
BONIFICAÇÕES EM EMPRESAS DO LUCRO 
REAL
Vejamos como fica o lançamento no cliente XYZ Comércio, que
também é uma empresa do Lucro Real, e usará a bonificação
como mercadoria para revenda.
D – Estoque R$ 368,75
D – ICMS a recuperar R$ 85,00
D – PIS a recuperar R$ 8,25
D – COFINS a recuperar R$ 38,00
C – Receitas com bonificação R$ 500,00
BONIFICAÇÕES EM EMPRESAS DO LUCRO 
REAL
Perceba que como a empresa usará a mercadoria para revenda,
pode contabilizar os tributos a recuperar. Caso contrário, o
lançamento iria direto para uma conta de uso ou consumo, ou
outra despesa, conforme o exemplo:
D – Material para uso ou consumo R$ 500,00
C – Receitas com bonificação R$ 500,00
Além do mais, percebemos que o crédito é em conta de Receita com
bonificação, no entanto, essa receita não se caracteriza como receita
financeira, e o cliente não precisará pagar PIS e COFINS sobre ela
(0,65% e 4% para receita financeira).BONIFICAÇÕES EM EMPRESAS DO LUCRO 
PRESUMIDO
Considere a empresa Comercial Brasil, do Lucro Presumido, que
emitiu uma nota fiscal de bonificação para seu fiel cliente XYZ
Comércio, que revenderá a mercadoria recebida em bonificação.
Supondo que a bonificação seja no valor de R$ 500,00, e que no
momento de adquirir esse produto, a empresa Comercial Brasil
aproveitou-se de ICMS com uma alíquota de 17%, o lançamento
no vendedor será assim:
D – Despesa com bonificação R$ 500,00
C – Estoque R$ 500,00
D – ICMS s/ bonificação R$ 85,00
C – ICMS a pagar R$ 85,00
BONIFICAÇÕES EM EMPRESAS DO LUCRO 
PRESUMIDO
Perceba que no caso de empresa do Lucro Presumido não há
aproveitamento de crédito de PIS e COFINS na compra, então na
saída desta bonificação, também não há pagamento de PIS e
COFINS.
Vejamos como fica o lançamento no cliente XYZ Comércio, que
também é uma empresa do Lucro Presumido, e usará a
bonificação como mercadoria para revenda.
D – Estoque R$ 415,00
D – ICMS a recuperar R$ 85,00
C – Receita com bonificação R$ 500,00
BONIFICAÇÕES EM EMPRESAS DO LUCRO 
PRESUMIDO
Caso a empresa não utilizasse a bonificação como mercadoria
para revenda, o lançamento seria em conta de despesa e não
haveria crédito de ICMS:
D – Despesa com uso ou consumo R$ 500,00
C – Receita com bonificação R$ 500,00
BONIFICAÇÕES EM EMPRESAS DO SIMPLES 
NACIONAL
Considere a empresa Comercial Brasil, do Simples Nacional, que
emitiu uma nota fiscal de bonificação para seu fiel cliente XYZ
Comércio, que revenderá a mercadoria recebida em bonificação.
Supondo que a bonificação seja no valor de R$ 500,00, o
lançamento no vendedor será assim:
D – Despesa com bonificação R$ 500,00
C – Estoque R$ 500,00
Percebe-se que por ser uma empresa do Simples Nacional, não
há o pagamento de ICMS ou PIS e COFINS sobre essa bonificação.
BONIFICAÇÕES EM EMPRESAS DO SIMPLES 
NACIONAL
Vejamos como fica o lançamento no cliente XYZ Comércio, que
também é uma empresa do Simples Nacional, e usará a
bonificação como mercadoria para revenda.
D – Estoque R$ 500,00
C – Receita com bonificação R$ 500,00
Identificamos que não há o aproveitamento de crédito de
nenhum tributo, visto que o Simples Nacional não possibilita esse
benefício, por isso também não acontece na bonificação.
BONIFICAÇÕES EM EMPRESAS DO SIMPLES 
NACIONAL
Caso a mercadoria recebida como bonificação não fosse utilizada
para revenda, o lançamento seria assim:
D – Despesa com uso ou consumo R$ 500,00
C – Receitas com bonificação R$ 500,00
Identificamos que não há o aproveitamento de crédito de
nenhum tributo, visto que o Simples Nacional não possibilita esse
benefício, por isso também não acontece na bonificação.

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