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História da América Atividade 5-Exercicio FCE

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História da América Atividade 5-Exercicio
1. No início do século XV, teve início um processo histórico que é conhecido por colonialismo e que está na base da formação do modo de produção capitalista. Nesse processo vigorou, durante séculos, a escravidão negra. Portanto, as origens dessa remontam a um período histórico em que, de forma pioneira, os portugueses passaram a realizar navegações cada vez mais ousadas pelo oceano Atlântico, estabelecendo uma rota marítima até as Índias e chegando ao Brasil.
Levando em consideração esse quadro, qual é a relação que pode ser estabelecida entre a expansão ultramarina portuguesa e os primórdios da escravidão africana nas Américas?
Você acertou!
A. Ao navegarem pela costa africana em direção ao Sul do Atlântico, os portugueses estabeleceram feitorias que deram início à escravização dos africanos.
As grandes navegações portuguesas se deram ao longo da costa africana. Assim sendo, ao instalarem suas feitorias no litoral da África, os portugueses foram os primeiros a explorar a escravidão negra, levando esse tipo de força de trabalho para suas colônias recém-criadas. A escravidão negra era desconhecida pelos europeus, porém já existia no interior da África, surgindo como oportunidade de negócios para portugueses e demais países europeus. Para facilitar esse processo, também foi utilizada a religião católica, que, de acordo com interpretações bíblicas, conferia um status de inferioridade aos negros. Não havia a menor possibilidade de os africanos, a partir do início da escravização feita pelos portugueses, atuarem na sociedade colonial de outra forma que não fosse como escravos, sendo apenas transportados de navio para as Américas na condição de mercadorias.
2. Ao falar em escravidão africana, refere-se ao processo de escravização dos nativos da África colocado em marcha pelos europeus a partir do século XV. Contudo, quando lá chegaram, os conquistadores se depararam com determinados tipos de escravidão que já existiam nas culturais locais. Os dois modelos escravagistas apresentavam diferenças muito relevantes, que, em última análise, favoreciam ao cativo obter a liberdade em um deles e, no outro, a permanecer para sempre escravo.
Considerando esse contexto, onde duas formas de escravidão se interconectam, qual é a principal diferença entre a escravidão africana efetuada pelos europeus e aquela já encontrada em certas sociedades africanas?
Você acertou!
B. A diferença é que na escravidão cultural africana a raça não tinha importância, enquanto a criada pelos europeus é do tipo racial.
A escravidão que os europeus impuseram sobre os africanos era de tipo racial, ou seja, o indivíduo escravizado por pertencer à raça negra não tinha a possibilidade de deixar de ser escravo, ou, ao menos essa era muito remota. No entanto, a escravidão preexistente na África apresentava vários tipos: por dívidas, por venda de familiares ou prisioneiros de guerra. Nas Américas, a emancipação do negro era virtualmente impossível, tornando-se relativamente mais fácil a partir do século XIX. Todavia, na África, os escravos, assim que pagassem a dívida pela qual tinham sido escravizados, podiam se tornar livres novamente. Nas Américas, não importava o quanto o escravo produzisse, pois esse fato não impactava em sua liberdade. Nas duas formas de escravidão, famílias inteiras eram escravizadas, não havendo nenhum impeditivo para isso.
3. O trabalho escravo africano foi utilizado em praticamente toda a extensão das Américas. Dessa forma, os tipos e as condições de trabalho apresentaram grande variedade. Porém, o trabalho negro gerou mais riqueza nos sistemas de “plantation”, isto é, os grandes latifúndios monocultores que tinham a sua produção voltada exclusivamente para o mercado externo. As duas maiores monoculturas do período colonial foram as plantações de algodão, na América do Norte, e as lavouras de cana-de-açúcar, nas Antilhas e na América portuguesa.
Considerando a importância do trabalho escravo nesse contexto, no qual eles participavam de todas as etapas de produção, quais são as etapas mais relevantes tanto na produção do algodão quanto do açúcar?
Você acertou!
C. Plantio, colheita e processamento.
Os escravos eram responsáveis pelo plantio, pela colheita e pelo processamento do algodão e da cana, de forma que eles pudessem ser vendidos pelos proprietários, que eram responsáveis pelo planejamento do cultivo e pela negociação do produto final. Da mesma forma, era vedado ao escravo participar de atividades como importação de insumos, exportação de produtos ou importação de mão de obra e sua negociação no mercado. Além disso, os escravos não participavam do faturamento dos produtos nem de atividades financeiras, muito por conta de não serem alfabetizados. A atividade dos escravos se resumia ao trabalho braçal da produção.
4. A partir do século XVI, a escravidão se tornou um dos pilares da sociedade colonial, tanto na colônia inglesa da América do Norte, que viria a se tornar os Estados Unidos, quanto na América portuguesa, que se tornaria o Brasil. Um dos impactos duradouros foi o surgimento de uma grande população negra em ambos os países que, contudo, apresenta características sociais muito diferentes. Enquanto que nos Estados Unidos a miscigenação entre brancos, negros e índios foi ínfima, no Brasil, ela ocorreu de maneira generalizada. Dessa forma, é possível perceber a contribuição diversa que os escravos negros levados às América deram ao formato étnico dos dois países.
Tendo em vista esse cenário, que conecta a escravidão africana às características étnicas atuais dos Estados Unidos e do Brasil, qual fator no período colonial brasileiro facilitou a miscigenação entre brancos e negros?
Você acertou!
D. A ausência de legislação – existente nos Estados Unidos – que proibisse os matrimônios entre pessoas de diferentes etnias.
Nos Estados Unidos houve dura repressão ao casamento entre pessoas negras e brancas, sendo proibido por lei. Tanto os casais quanto os pastores ou padres que realizassem tais uniões eram punidos com a prisão. No Brasil nunca houve lei e tal tipo, favorecendo que negros, brancos e índios formassem famílias multiétnicas. Contudo, nunca houve, de maneira inversa, o estímulo por parte do Estado para que isso ocorresse. Seria contraditório e anacrônico afirmar que houve a organização, por parte da sociedade, de movimentos que exigissem liberdade para o casamento em uma colônia escravista. A Igreja muito menos teria estimulado isso, pois aceitava a escravidão negra, embora realizasse os casamentos.
5. A Revolução de São Domingos (Haiti) se trata de um grande evento da passagem do século XVIII para o XIX, em função de ter realizado a primeira revolta de escravos bem-sucedida da história e proclamado a independência do Haiti. A colônia de São Domingos era, naquele momento, a mais rentável da França, sendo responsável pela maior parte do seu comércio ultramarino. Assim sendo, tinha uma população de aproximadamente 500 mil escravos, dez vezes maior que a população branca, responsável pela grande produção açucareira da ilha. Entretanto, no contexto da Revolução francesa, de 1789, os escravos se rebelaram e deram início a um processo revolucionário que duraria mais de dez anos, acabando por fim na independência do Haiti.
Levando em conta o impacto mundial da Revolução francesa, por que a historiografia classifica os revolucionários de São Domingos como “jacobinos negros”?
Você acertou!
E. Essa classificação se dá pelo fato de que os jacobinos foram a ala mais radical da Revolução francesa, intransigentes na defesa da liberdade e da igualdade.
A historiografia classifica os revolucionários de São Domingos como jacobinos negros, pois eles aderiram completamente aos ideais dos jacobinos franceses, em busca da completa igualdade e liberdade dos negros escravizados na ilha. Portanto, a relação se dá no campo intelectual e político, sem que os haitianos tenham desenvolvido uma teoria própria nem estabelecido qualquer aliança com os seus correspondentes franceses. Da mesmaforma, eles não tinham contato direto com os jacobinos, sabendo de sua luta por meio de publicações. Os jacobinos franceses se opunham à burguesia marítima francesa, que explorava o açúcar da colônia, portanto, eles não tinham interesses comerciais nesse produto.

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