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ASPECTO GERAL 
A ectoscopia, no exame físico, 
pressupõe uma avaliação da aparência 
da criança de maneira geral e 
também direcionada a cada segmento 
corporal, apenas pela observação e 
precedendo a utilização de 
instrumentos. 
Pela posição e atitude, algumas 
doenças podem ser sugeridas 
Em algumas cardiopatias congénitas 
cianogênicas, principalmente na 
tetralogia de Fallot, a criança assume a 
posição de cócoras durante as crises 
de hipóxia 
Na distrofia muscular progressiva e 
nas miopatias congénitas, a passagem 
da posição sentada para o 
ortostatismo exige uma sucessão de 
movimentos típica, denominada 
"levantar miopático". 
 
SÍNDROMES GENÉTICAS 
SÍNDROME DE DOWN 
A face pode, devido a dismorfismos, 
definir o diagnóstico de uma síndrome 
 
 
 
 
genética, como a síndrome de Down 
ou, pela expressão, sugerir dor ou 
desconforto 
 
SÍNDROME DE EDWARDS 
Trissomia do 18 
Vê-se a anormalidade do 3 e do 4 
dedos, que são, 
desproporcionalmente, aumentados. 
Ainda, a mão está edemaciada 
 
SÍNDROME DE BECKWITH-
WIEDEMANN 
Vê-se uma macroglossia 
 
SÍNDROME DE TREACHER-
COLLINS 
Vê-se os olhos bem separados, uma 
macrocrania e finura do lábio superior 
 
ECTOSCOPIA 
Highlight
Highlight
Highlight
Highlight
Highlight
Highlight
Highlight
Highlight
Highlight
SÍNDROME DE PRADER-WILLI 
Vê-se uma prega mais curta, 
acompanhada de estrabismo e 
macrocrania 
 
MUCOPOLISSACARIDOSE 
Aparência de rosto inchado e 
edemaciado 
 
SÍNDROME DE ANGELMAN 
Característica de crianças que riem 
atoa e a todo momento 
 
SÍNDROME DO X FRÁGIL 
Destaca-se o rosto fino, os olhos 
amendoados e a orelha grande 
 
FÁCIES 
Na ectoscopia facial são observadas a 
forma, a simetria, a expressão, as 
paralisias musculares, as proporções 
entre as partes e o aspecto da pele e 
do tecido subcutâneo. A expressão 
facial pode indicar se a criança está 
alegre e tranquila ou demonstrar 
algumas situações anormais. Choro, 
ansiedade e agitação muitas vezes 
são sinais de dor, principalmente em 
lactentes e pré-escolares que ainda 
não sabem se queixar. Abatimento e 
prostração também são sinais que 
despertam atenção e cuidado. 
No que se refere à morfologia, 
desperta atenção a assimetria facial, 
que pode estar associada, no recém-
nascido e lactente pequeno, à 
deformação decorrente de 
compressão intrauterina e que tende 
a melhorar com a idade. Outra causa 
de assimetria são as paralisias de 
nervos cranianos, principalmente do 
nervo facial, e que ficam mais 
evidentes quando a criança chora, 
porque há desvio da boca para o lado 
que não está acometido. 
Desproporções entre os segmentos 
da face são observadas em algumas 
situações. A hipoplasia da face média, 
ou região malar, é bem característica 
na síndrome de Down e aparece na 
síndrome de Treacher-Collin 
Já., o prognatismo, ou 
desenvolvimento acentuado da 
mandíbula, pode ser observado nas 
síndromes de Angelman e do X frágil, 
Highlight
entre outras. Fácies grosseira é 
encontrada em alguns erros inatos do 
metabolismo, como as 
mucopolissacaridoses. Pode também, 
ser observada no hipotireoidismo 
congénito, associada à apatia e à 
palidez. Já no hipertireoidismo, a pele 
corada e os olhos salientes e 
brilhantes dão a impressão de 
vivacidade 
CRÂNIO 
No exame do crânio da criança 
devem ser observados o tamanho, a 
forma, a consistência, as fontanelas e 
as suturas. O aspecto do crânio pode 
sugerir anormalidades de tamanho, 
que posteriormente serão 
confirmadas pela medição 
(cefalometria) e comparação com 
tabelas de normalidade, considerando 
sexo e idade. 
O aumento da circunferência craniana 
é chamado de macrocrania (aumento 
do tamanho do crânio, que pode ser 
ou não acompanhado de macrocefalia, 
que consiste no aumento do tamanho 
do encéfalo). A principal causa é a 
hidrocefalia, que pode ser determinada 
por malformações congênitas, 
traumatismos, tumores, doenças 
infecciosas e hemorragia intracraniana. 
As fontanelas permanecem grandes e 
tensas. 
Microcefalia é a diminuição do 
tamanho da circunferência craniana. 
Pode ser isolada ou associada a outras 
anomalias, fazendo parte de diversas 
síndromes genéticas, como Down, 
Seckel e trissomia do cromossomo 13. 
A embriopatia ocasionada pelo uso do 
álcool durante a gravidez e as 
infecções congênitas do grupo 
TORCHS (toxoplasmose, rubéola, 
citomegalovirose, herpes e sífilis) 
também podem se associar à 
microcefalia. Pode ainda ocorrer 
microcefalia secundária a traumatismo, 
radiação e infecções do sistema 
nervoso central 
 
BOSSA SEROSSANGUÍNEA E 
CEFALOHEMATOMA 
BOSSA SEROSSANGUÍNEA 
No crânio do recém-nascido podem 
ser observadas coleções líquidas 
relacionadas ao trabalho de parto. 
Uma delas é a bossa serossanguínea, 
que é um derrame seroso entre o 
couro cabeludo e o periósteo, 
causado por trauma no parto. Tem 
limites imprecisos, não se restringe a 
qualquer superfície óssea e tende a 
desaparecer rapidamente nos 
primeiros dias de vida. 
CEFALOHEMATOMA 
O cefalohematoma é uma coleção 
sanguínea subperióstea. Apresenta-se 
como tumoracão flutuante, 
usualmente única, acompanhando um 
dos ossos cranianos, sem transpor 
suturas ou fontanelas, e permanece 
por 2 a 3 semanas, quando se 
Highlight
Highlight
observa redução progressiva, 
podendo, no entanto, ser 
posteriormente palpada uma pequena 
tumoracão, resultante dá calcificação 
do resíduo sanguíneo 
OBS: Acontece mais nos ossos 
parietais por causa do uso de fórceps 
OBS: Pode haver aumento da 
bilirrubina indireta, acompanhada de 
icterícia, por sangramento 
ALTERAÇÕES CUTÂNEAS 
MILIÁRIA 
Ocasionada por entupimento de poros 
por suor específico, sem necessidade 
de tratamento 
MANCHA SAMÃO 
Não possui característica patológica e, 
com o tempo, desaparece. Quando 
calor, pode aumentar 
MANCHA MONGÓLICA 
Já presente ao nascimento do bebê 
PELE MOSQUEADA 
É um eritema que aparece por 
vasoconstrição e frio, sem 
característica patológica e comum 
antes do banho 
MANCHA VINHO DO PORTO 
Ela desaparece com o tempo e 
possui diagnóstico diferencial com 
hemangioma, cujo relevo é 
aumentado 
 
 
LANUGO 
Já presente ao nascimento do bebê 
e desaparece com o tempo 
FENÔMENO ARLEQUIM 
Acontece por uma descompensação 
entre vasoconstrição e vasodilatação 
dos vasos 
É benigno e acontece nos primeiros 
dias de vida 
 
OLHOS 
A ectoscopia ocular inclui a avaliação 
de: forma, simetria, tamanho e 
implantação dos globos oculares; 
forma, tamanho e inclinação das 
fendas palpebrais; abertura ocular, 
espaçamento entre as órbitas; forma, 
textura e distribuição dos pelos dos 
cílios e sobrancelhas; forma, simetria e 
coloração da íris; forma e simetria das 
pupilas; tamanho, forma e 
transparência das córneas; coloração 
e aspecto da esclera e das 
conjuntivas; movimentação dos olhos; 
coloração e lesões da pele na região 
periorbitária. 
O espaçamento entre os olhos pode 
ser estimado mediante a impressão 
clínica, mas para determinação exata 
de sua normalidade é obrigatório 
medir e consultar tabelas de percentis 
para cada idade. A largura da face, a 
forma da glabela, a presença de 
pregas epicantais e o tamanho da 
cabeça podem levar a conclusões 
equivocadas sobre a distância entre as 
órbitas. 
O hipertelorismo é o afastamento 
entre as órbitas, que pode ser 
avaliado pela distância entre as pupilas, 
se não houver estrabismo, ou 
calculado a partir da medida das 
distâncias intercantais interna e 
externa 
Prega epicantal é uma dobra de pele 
localizada no canto interno dos olhos. 
Quando se origina na pálpebra 
superior, pode recobrir o ângulo 
interno do olho. Ocorre em grande 
parte da população normal, porém é 
mais frequente em algumas 
síndromes, como a de Down 
As sobrancelhas devem ser avaliadas 
quanto à forma, posição, textura e 
distribuição dos pelos. O encontro das 
sobrancelhas na linha média, sobre a 
raiz do nariz,chamado de sinófris, é 
visto na síndrome de Lange (cornélia 
de Lange). 
 
A Leucocoria pode ser identificada 
pelo teste do olhinho e pode ser 
causada, por exemplo, por 
neurofibroblastoma e glaucoma 
A opacificação da córnea ocorre em 
diversas doenças de depósito, 
principalmente nas 
mucopolissacaridoses e mucolipidoses. 
Na conjuntiva podem ocorrer 
proliferações e dilatações vasculares, 
chamadas de telangiectasias, as quais 
podem ser encontradas na síndrome 
da ataxia-telangiectasia. 
O estrabismo, a perda de paralelismo 
dos eixos de visão, é considerado 
fisiológico em crianças com menos de 
6 meses de vida, quando os 
movimentos de coordenação ocular 
ainda não estão completamente 
desenvolvidos. Após essa idade, o 
estrabismo deve ser investigado, seja 
ele intermitente ou constante. Pode 
ser causado por anomalias do 
desenvolvimento do sistema 
oculomotor, traumatismo obstétrico, 
lesões cerebrais (principalmente na 
paralisia cerebral) ou diferença de 
visão entre os dois olhos. 
O estrabismo transitório pode ocorrer 
na hipoglicemia ou após doenças 
febris inespecíficas, com regressão 
progressiva. A ocorrência súbita do 
estrabismo sugere a possibilidade de 
tumor intracraniano, intraocular ou 
intraorbital. Outras causas são: 
hemorragias, abscessos, encefalite, 
síndrome de Guillain-Barré, meningite 
tuberculosa, sarampo, 
envenenamento e miastenia gravis 
 
ORELHAS 
A observação da orelha externa 
compreende a avaliação da forma, do 
tamanho, da simetria, da posição, de 
apêndices (pesquisar má formação 
renal) e da presença de secreções 
nos orifícios. Para avaliação da 
implantação das orelhas deve-se 
imaginar uma linha passando pelos 
ângulos internos dos olhos e projetá-
la posteriormente em direção ao 
crânio. O ponto superior de fixação da 
orelha deve estar nessa linha ou acima 
dela 
Orelhas grandes são encontradas com 
maior frequência em adolescentes e 
adultos com a síndrome do X frágil, 
enquanto orelhas pequenas são 
praticamente constantes na síndrome 
de Down 
 
NARIZ 
No exame do nariz são observados a 
forma, o tamanho, as lesões na pele, a 
presença de tumorações, o 
movimento das narinas e a presença 
de pelos e de secreções nos orifícios. 
A ponte nasal deprimida é observada 
na síndrome de Down, em síndromes 
associadas a teratógenos (alcoólica 
fetal e hidantoína fetal) e na sífilis 
congênita, entre outras 
 
BOCA 
Na observação da boca, devem ser 
considerados o tamanho, a forma, a 
simetria, a abertura, a cor e 
integridade dos lábios, as lesões da 
mucosa, tumorações, a exteriorização 
de saliva e as secreções. Nas anemias 
pode ser observada palidez da 
mucosa oral e labial. 
As pérolas de Epstein são benignas e 
as queixas mais frequentes quando 
estas são presentes são de dificuldade 
de mamar ou de nascimento dental 
em local incorreto 
 
MANDÍBULA 
Na mandíbula são observados o 
tamanho, a forma, a simetria, a 
proporção com os demais segmentos 
da face, os movimentos e a presença 
de tumorações 
Migrognatia, ou hipoplasia da 
mandíbula, pode ser acompanhada de 
glossoptose (queda da língua) e fenda 
palatina, quando recebe o nome de 
Highlight
Highlight
Highlight
Highlight
Highlight
Highlight
sequência de Pierre Robin. Pode ser 
uma anomalia isolada ou, se associada 
a outras anomalias, fazer parte de 
uma síndrome genética, como a 
síndrome de Stickler. 
 
Macrognatia, também conhecida 
como prognatismo, é o aumento do 
tamanho da mandíbula e é mais bem 
observada em perfil. Pode ser 
encontrada, por exemplo, na 
síndrome do X frágil. 
PESCOÇO 
Na ectoscopia devem ser observados 
o comprimento, a largura, a posição 
em relação ao tronco, a presença de 
tumorações e apêndices, a simetria, a 
rede venosa, as lesões e as manchas 
na pele. O pescoço é normalmente 
mais curto nos lactentes e pré-
escolares. Encurtamento mais 
acentuado pode ocorrer em crianças 
com hipotireoidismo, 
mucopolissacaridoses, displasias ósseas 
e síndromes de Noonan, Turner e 
Klippel-Feil, entre outras. 
A principal causa de alargamento do 
pescoço é a adenopatia cervical, que 
leva à formação de massas laterais. 
Outras tumorações laterais são: 
higroma cístico, cistos branquiais, 
tumores do corpo carotídeo, lipomas, 
hemangiomas, cistos sebáceos e 
tecido ectópico da tireóide. 
 
TÓRAX 
Na ectoscopia devem ser observados 
a forma, o tamanho, a simetria, a 
presença de tumoracões ou 
protrusões ósseas, manchas e lesões 
na pele. No recém-nascido, as costelas 
são quase horizontais e o tórax é 
arredondado. Por volta de l ano, o 
diâmetro transversal se torna maior 
do que o anteroposterior, e até os 7 
anos de idade o tórax adquire a 
conformação do adulto. 
Assimetrias podem ser observadas no 
neonato e no lactente, por 
deformações relacionadas à 
constrição uterina ou à permanência 
prolongada no mesmo decúbito. 
Tórax em funil, ou pectus excavatum, 
é caracterizado por depressão do 
esterno e das cartilagens costais, 
principalmente durante a inspiração. 
Ocorre em algumas síndromes, como 
a de Marfan e a de Noonan, e 
também nas doenças que evoluem 
com dificuldade respiratória crónica, 
principalmente nos primeiros anos de 
vida. 
O tórax em quilha, ou pectus 
carinatum, é caracterizado pela 
protrusão do esterno, com depressão 
vertical ao longo das junções 
costocondrais laterais. Pode ser 
observado nas síndromes de Morquio 
e Marfan e na displasia 
espondiloepifisária. 
Nas doenças pulmonares obstrutivas 
crónicas, como a asma e a fibrose 
cística, o tórax adquire a forma de 
tonel, com as costelas horizontalizadas 
e o esterno saliente 
 
ABDOME 
A ectoscopia do abdome inclui a 
avaliação da integridade da parede 
abdominal, a forma, a simetria, o 
contorno, a presença de 
abaulamentos e tumorações, a rede 
venosa, a presença de manchas e as 
lesões na pele. A parede abdominal 
pode apresentar defeitos no seu 
fechamento. 
A onfalocele é um defeito 
periumbilical em que se observa 
evisceração de órgãos abdominais, 
envolvidos por peritônio e saco 
amniótico. 
Pode ser uma malformação isolada ou 
fazer parte de síndromes como as de 
BeckwithWiedemarm e a trissomia do 
13. 
Outro defeito é a gastrosquise, em 
que também ocorre protrusão de 
vísceras, porém se localiza 
lateralmente ao umbigo, à direita 
deste, e sem membrana peritoneal 
recobrindo o conteúdo exposto. 
Manifesta-se usualmente como 
anomalia isolada e ocorrência 
esporádica.. 
 
SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL 
É um distúrbio que afeta o 
desenvolvimento do feto e é causado 
pela exposição ao álcool durante a 
gravidez. 
Pode ser associada à alteração de 
comportamento e ao 
comprometimento estrutural ou 
funcional do SNC 
Ainda, pode ser correlacionada às 
anormalidades faciais, como o 
encurtamento da fissura palpebral, a 
bochecha plana e ao encurtamento 
do nariz, com ponte nasal rebaixada 
OBS: A microcefalia está presente 
em quase todos os casos 
 
CASOS CLÍNICOS 
CASO CLÍNICO 1 
C.F., masculino, branco, 6 anos, natural 
de Baldim, interior de Minas Gerais. 
QUEIXA PRINCIPAL 
Febre há 3 meses. 
H.M.A. 
Há 3 meses, febre diária (39 - 40°C), 
aproximadamente 2 vezes ao dia 
prolongada (2h), precedida de discreto 
calafrio acompanhada de intensa 
sudorese inodora, cefaléia frontal 
latejante e anorexia. A febre 
recorrente cedia após o uso de 
antitérmico. Procurou serviço médico 
sendo diagnosticado e tratado de 
pneumonia por cinco dias, sem 
melhora. 
Há 2 meses dor osteoarticular, 
principalmente nos braços e 
articulações do pé, não migratória 
com edema local inflamatório, que 
piorava à movimentação e melhorava 
com o uso de ácido acetil salicilico e 
repouso. 
Há um mês a febre intensificou-se 
(das 12 às 14- 15h), mantendo as 
mesmas características descritas. 
Refere emagrecimento desde o início 
do quadro, porém a mãe não sabe 
estimar quanto. 
HGO 
Nascida de parto normal, 39 semanas,realizado pré-natal sorologias sem 
alteração. Nascido com peso ao 
nascimento de 3.800 g e estatura de 
49 cm. Recebeu alta com as mesmas 
medições. 
Período perinatal e puericultura 
sempre com acompanhamento 
médico e sem intercorrências. 
H.P.P 
Nega internações anteriores, nega 
cirurgias prévias, nega comorbidades, 
nega alergias . 
H. Alimentar: 
Mãe informa que criança se alimenta 
bem, mas que desde de que adoeceu 
ela percebeu que não está 
alimentando como antes. 
ECTOSCOPIA 
Criança indiferente, hipoativa, palidez 
cutânea, mucosa descorada (+ +), 
hidratada, hipotrofia muscular com 
subcutâneo escasso, adenopatia 
cervical posterior bilateral, inguinal e 
axilar. Maioria dos gânglios maiores do 
que 2,5 cm. Gânglios móveis não 
dolorosos, coalescentes. Articulações 
livres sem sinais logísticos. 
SINAIS 
P. A. 90 x 60 mmHg, frequência 
cardíaca 120 bpm; frequência 
respiratória 24; Tx: 36,7°C, SatO2 : 
96%a.a , peso 20 kg e estatura 120 
cm. 
Otoscopia e orofaringoscopia: normais 
AR 
MVF, sem ruídos adventícios, 
Eupnéico, sem esforço. 
 
 
ACV: 
Bulhas rítmicas, taquicárdicas com 
sopro suave proto e meso sistólico 
em foco acessório. 
ABDOME 
Globoso, massas tumorais visíveis, 
móveis à respiração, no hipocôndrio 
esquerdo e direito e ausência de 
cicatrizes e de hérnia umbilical. 
Hepatomegalia: lobo direito a 8 cm da 
borda costal, bordas endurecidas, 
superfície lisa e irregular, móvel à 
respiração, discretamente doloroso e 
não laminado à palpação. Lobo 
esquerdo a 6 cm do apêndice xifóide. 
Baço visível, percutido e palpado a 6 
cm do rebordo costal esquerdo, 
endurecido, liso e sem chanfradura. 
EXAME NEUROLÓGICO 
Sem alterações 
GU 
Sem alterações. 
LISTA DE PROBLEMAS 
I: Febre: Diária há 3 meses; 
Incialmente 2 vezes ao dia ---> piora--
-> seguida 3 vezes ao dia; Discreto 
calafrio acompanhada de intensa 
sudorese inodora; 
II: Cefaléia: Frontal latejante, Perda de 
peso e Anorexia 
III: Dor osteoarticular: Principalmente 
nos braços e articulações do pé; não 
migratória com edema local 
inflamatório, que piorava à 
movimentação 
IV: Pneumonia 
V: História social: Tem contato com 
animais. Pratica equitação em chácara 
onde há cachorros, aves, vegetações 
e plantações. Hábito de mastigar 
gravetos. Visitou uma caverna em 
sete lagoas, em uma excursão da 
escola, Negou contato com pessoa 
com tuberculose 
VI: Ectoscopia: Hipoativa, palidez 
cutânea, mucosa descorada (+ +), 
hipotrofia muscular com subcutâneo 
escasso 
VII: Linfoadenomegalia: Adenopatia 
cervical posterior bilateral, inguinal e 
axilar. Gânglios móveis não dolorosos 
coalescentes 
VIII: Aparelho cardiovascular: 
Taquicárdico (FC=120), sopro suave 
proto e meso sistólico em foco 
acessório. 
IX: Abdome: massas tumorais visíveis, 
móveis à respiração, no hipocôndrio 
esquerdo e direito, Hepatomegalia: 
lobo direito a 8 cm da borda costal, 
bordas endurecidas, superfície lisa e 
irregular, discretamente doloroso. 
Lobo esquerdo a 6 cm do apêndice 
xifóide. Baço visível, percutido e 
palpado a 6 cm do rebordo costal 
esquerdo, endurecido. 
 
 
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS 
Como há linfoadenomegalia associada 
à febre prolongada, deve-se tratar de 
uma infecção, de uma neoplasia ou 
de problema reumatológico 
EXAMES 
Hemograma; Raio X de Tórax 
(Pneumonia); USG abdominal; Exame 
de Fezes; FAM; Fator Reumatóide; 
Exame de Função Hepática e Biópsia 
de Linfonodos Cervicais 
RESULTADOS 
I: Anemia, Leucopenia e Plaquetopenia 
Pensar em Leucemia e em Linfoma 
II: FAN positivo 
Pensar em Lupus 
III: PCR e VHS aumentados 
IV: Fator Reumatóide aumentado 
V: Infiltrado Pulmonar Bilateral Difuso 
VI: Hepatoesplenomegalia e 
Adenomegalia 
VII: Linfonodos aumentados 
bilateralmente 
VIII: Exame de Fezes sem alteração 
IX: Biópsia 
Para realizá-la, não se espera o 
resultado dos outros exames, já que a 
paciente já possuía sintomas de 
gravidade 
DIAGNÓSTICO 
 Paracoccidioidomicose: paciente 
mastigava capim 
OBS: Corticoide não entrou antes 
pelo VHS e Fator Reumatóide 
aumentados, pois ele poderia falsear 
uma leucemia 
OBS: Sopro cardíaco era proveniente 
da anemia 
TRATAMENTO 
Prover Anfotericina B + Tratamento 
Antifúngico por 1 ano 
CASO CLÍNICO 2 
G.R.L, feminino, branca, 12 anos, natural 
de Belo Horizonte 
Q.P. 
Febre há 14 dias 
H.M.A. 
Há 14 dias adolescente relata que 
iniciou quadro de febre diária (39 - 
40°C), aproximadamente 2 vezes ao 
dia. No segundo dia, paciente iniciou 
com dor de garganta associada a 
febre. Procurou serviço médico onde 
foi prescrito amoxacilina + Clavulanato 
por 7 dias. Após 48 h do uso da 
medicação, paciente mantinha a febre 
e evoluiu com quadro de rush 
cutanêo micropapular. Retornou ao 
pronto atendimento, onde foi 
suspenso a amoxacilina com 
clavulanato. 
Neste mesmo atendimento, foi 
orientado que possivelmente paciente 
tinha alergia à medicação e esta foi 
trocada para azitromicina por 5 dias. 
Após 48h do uso do antibiótico, 
paciente ainda apresentava febre , 
porém percebeu vários “caroços “ no 
pescoço, sendo que um deles estava 
sentido que era maior. Desta vez, 
resolveu não voltar ao pronto 
atendimento e esperar termino do 
antibiótico. No décimo dia de doença 
paciente mantinha febre, os caroços 
no pescoço e iniciou com dor 
abdominal.. Procurou pronto 
atendimento novamente, onde foi 
prescrito novo antibiótico, desta vez 
foi iniciado cefaclor, realizado exames 
laboratoriais (HMG, PCR) e orientado a 
mãe que, se não houvesse, melhora 
retornar em pronto atendimento em 
48-72h. 
Hemograma apresentava leve anemia, 
associada a um leve neutropênia . 
Sem outras alterações. PCR estava 50 
HGO 
Nascida de parto normal, 39 semanas, 
realizado pré-natal sorologias sem 
alteração. Nascida com peso de 2950 
g e estatura de 48 cm. Recebeu alta 
com as mesmas medições. Período 
perinatal e puericultura sempre com 
acompanhamento médico e sem 
intercorrências. 
H.P.P. 
Nega internações anteriores, nega 
cirurgias prévias, nega comorbidades, 
nega alergias. 
HF 
Familiares com boa saúde. 
Cartão Vacinal: Vacinas em dia. 
 
HS 
Mora com os pais. Não tem bichos de 
estimação. Nega contato com 
tabagista, nega contato com águas 
naturais. Não frequenta zona rural. 
Nega contato com tuberculose. 
ECTOSCOPIA 
BEG, corada , hidratada, acianótica , 
anictérica afebril . Presença de 
adenopatia cervical posterior bilateral, 
linfonodo medindo 2 cm 
aproximadamente sem outras 
adenopatias . Gânglios móveis não 
dolorosos, coalescentes. 
SINAIS 
P. A. 95 x 60 mmHg, frequência 
cardíaca 88 bpm; frequência 
respiratória 24; Tx: 36,7°C, SatO2 : 
98%a.a , peso 27,5 kg e estatura 147 
cm. Otoscopia normais. Oroscopia 
normal no momento 
AR 
MVF, sem ruídos adventícios , 
Eupnéico, sem esforço. 
ACV 
Bulhas rítmicas, sem sopro. 
ABDOME 
Plano, RHA +. 
Hepatomegalia: lobo direito a 4 cm da 
borda costal, bordas endurecidas, 
superfície lisa e irregular, móvel à 
respiração, discretamente doloroso. 
Baço visível, percutido e palpado a 
2cm do rebordo costal esquerdo. 
EXAME NEUROLÓGICO 
Sem alterações 
GU 
Não avaliado 
 
LISTA DE PROBLEMAS 
I: Febre 
Iniciada há 14 dias 
II: Linfoadenomegalia 
III: Odinofagia 
No momento melhorada 
IV: Rush cutanêo 
No momento melhorado 
V: Hepatoesplenomegalia 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA 
Mononucleose; PCR alto 
EXAMES 
I: Enzima Hepática 
OBSERVAÇÕES 
I: Não se pensa em infecção 
bacteriana, já que a febre teria 
melhorado com atb (normalmente 
cede a febre com 48 horas). Se fosse 
uma bactéria resistente, haveria tido 
melhora clínica com febre arrastada 
ou diminuição quase imediata da 
febre, seguida da volta desta 
II: Rush Cutâneo 
Evidencia interação viral com o 
clavulanato, o que é mais presente na 
mononucleose 
III: Como linfonodos estão aumentados 
somente na cadeia cervical, não se 
sugere malignidade. Ainda,não há 
perda de peso, o que corrobora tal 
sugestão 
CONTINUIDADE 
Não há indicação de biópsia. Deve-se 
acompanhar a paciente e só interna-la 
caso haja sinal de gravidade 
LINFONODOMEGALIA 
I: Presença de sinais ou sintomas 
inflamatórios e/ou sistêmicos 
II: Idade 
III: Tamanho 
Linfonodos > 2-3cm são usualmente 
sugestivos de malignidade ou de 
doença granulomatosa 
IV: Características 
Consistência, tamanho, mobilidade e 
presença de sinais flogísticos 
V: Localização 
Periférica x Generalizada 
VI: Evolução 
Agudas e menor que duas semanas X 
Subagudas e persistir por duas a seis 
semanas X Crônicas e persistir por 
mais de seis semanas 
 
Highlight
Highlight
Highlight
SINAIS DE BENIGNIDADE X 
SINAIS DE MALIGNIDADE

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