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HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período ANAMNESE Descrever um possível interrogatório proposto na HMA de um paciente pediátrico com as seguintes queixas: Tosse e febre: Tem quanto tempo que começou essa tosse? A tosse é seca ou produtiva? Teve presença de sangue ou odor na secreção? Usou algum medicamento para a tosse? Tem algum momento que essa tosse piora ou melhora? A tosse teve alguma evolução desde o seu início? Essa tosse passou ser mais frequente? E quanto a tonalidade? É normal, rouca, afônica? Quando começou a febre? Usou algum medicamento para a febre? Tem algum horário que essa febre altera? (febre intermitente) A febre foi aferida? Teve suor ou calafrio associado aos sintomas? Tem algum outro sintoma associado? Tem alguma familiar com os mesmos sintomas? Manchas pelo corpo e febre: Como começou essas manchas? Essas manchas coçam? Teve elevação (pápula) nessas manchas? Bolhas? Crostas? Onde iniciou essas manchas? Tem alguma região do corpo que essas manchas estão mais proeminentes? Usou algum medicamento? Quando começou a febre? Usou algum medicamento para a febre? Tem algum horário que essa febre altera? A febre foi aferida? Teve suor ou calafrio associado aos sintomas? Tem algum outro sintoma associado? Manchas na boca e febre: Como começou essas manchas? Essas manchas coçam? Teve elevação nessas manchas? Bolhas? Crostas? Onde iniciou essas manchas? Essas manchas estão na palma e planta do pé? Usou algum medicamento? Quando começou a febre? Usou algum medicamento para a febre? Tem algum horário que essa febre altera? A febre foi aferida? Teve suor ou calafrio associado aos sintomas? Tem algum outro sintoma associado? ECTOSCOPIA PEDIÁTRICA À ectoscopia, devem-se avaliar a cor da pele e a presença de cianose ou icterícia, turgor, descamação, manchas (manchas mongólicas, eritema tóxico), equimoses, hematomas e lesões cortocontusas, que podem ocorrer no momento do parto. TEXTO: Paciente ativo e reativo (na pediatria não usa orientado), bom estado geral, normocorado, acianótico, anictérico, hidratado, perfusão adequada, linfonodos não palpáveis (nas cadeias pré-auricular, auricular posterior, occipital, submandibular, cervical anterior, cervical posterior, supraclavicular e inguinal); pulsos palpáveis, amplos e simétricos (nas artérias carótida, braquial, femoral, radial, ulnar, poplítea, tibial posterior e dorsal do pé). Deve-se avaliar em cada Iinfonodo: o tamanho, a consistência, a mobilidade, a coalescência, e a presença de sinais flogísticos como calor, rubor e dor. Característica de linfonodos benignos: móveis, indolores, fusiformes ou alongados, <2 cm, consistência fibro-elástica. Característica de linfonodos malignos: endurecido, fixos, indolor, tem superfície irregular, mais de 2 cm. EXAME FÍSICO DO APARELHO CARDIOVASCULAR PASSOS: INSPEÇÃO, PALPAÇÃO E AUSCULTA INSPEÇÃO: Paciente em decúbito dorsal e o médico a direita do paciente, vai buscar por abaulamentos, cicatrizes, ictus cordis, assimetrias e quaisquer anormalidades presentes no tórax do paciente; PALPAÇÃO: o médico vai buscar palpar o ictus cordis uma região geralmente pequena que é possível sentir claramente os OSCE PED HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período batimentos cardíacos, decorrente do choque do coração com a parede torácica. Geralmente está localizado no 5º espaço interpostas, na linha hemiclavicular a esquerda (varia de pessoa a pessoa, podendo ainda não ser palpável); Ainda na palpação deve-se identificar o frêmito cardiovascular é a designação aplicada à sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração ou nos vasos. Ao encontrar-se um frêmito, três características precisam ser investigadas: localização, usando-se como referência as áreas de ausculta; situação no ciclo cardíaco, diferenciando-se, então, pela coincidência ou não com o ictus cordis ou o pulso carotídeo, os frêmitos sistólico, diastólico e sistodiastólico; e intensidade, avaliada em cruzes (+ a ++++). AUSCULTA: utilizar o estetoscópio nos focos de ausculta para ouvir as bulhas cardíacas. Foco mitral = 5º Espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular, corresponde ao ictus cordis; Foco pulmonar = 2º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno; Foco aórtico = 2º espaço intercostal direito junto ao esterno; Foco aórtico acessório = 3º e 4º espaço intercostal esquerdo; Foco tricúspide = Base do apêndice xifoide ligeiramente a esquerda; TEXTO SUGERIDO PARA EXAME DO APARELHO CARDIOVASCULAR: Inspeção: tórax fisiológico, sem abaulamentos, cicatrizes ou circulação colateral. Ictus não visível. Palpação: Ictus palpável no 5º espaço intercostal, na linha hemiclavicular esquerda, com extensão de 2 cm. Ou Ictus não palpável. Pulsos x simétricos, rítmicos e cheios. Ausculta: Bulhas normorrítmicas e Snormofonéticas, em 2 tempos (B1 e B2) sem desdobramento. Sopros cardíacos: a presença de sopros cardíacos no neonato é comum e pode ser transitório, entretanto, a partir do grau IV (sopro alto e com vibração presente) recomenda-se que realize um ecocardiograma. Teste do coraçãozinho: é um método de triagem neonatal, realizado através da oximetria de pulso, que visa detectar cardiopatias congênitas que levam à hipoxemia (redução da saturação periférica de O2). Deve ser realizado em todo recém-nascido entre as 24 e 48 horas de vida. O resultado normal do teste consiste em SpO2 maior ou igual a 95% e com uma diferença menor do que 4% entre as medidas do membro superior direito e um dos membros inferiores. ICC QUADRO CLÍNICO: LACTENTES CRIANÇAS Taquipneia Sudorese intensa Irritabilidade Baixa aceitação mamadas Baixo ganho ponderal Dor abdominal Naúsea Redução apetite Baixo ganho ponderal Dispneia Palpitações Dor torácica Síncope Tosse crônica com sibilância EXAME FÍSICO: Taquicardia; Perfusão Lentificada; B3; Sopro; HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período Hepatomegalia; Edema; Ascite; Distensão Jugular; Crepitações; Desconforto Respiratório. QUANDO SUSPEITAR? NEONATO/LACTENTE: Taquipneia, taquicardia, dispneia as mamadas. *hepatomegalia, ritmo de galope no exame físico, e cardiomegalia, edema pulmonar na radiografia de tórax; CRIANÇAS: Podem exibir taquicardia e taquipneia. A manifestação típica é fadiga e intolerância ao exercício; sendo a falta de apetite e dificuldade de crescimento e desenvolvimento frequentes; ADOLESCENTES: Apresentam sintomas semelhantes aos adultos incluindo dispneia, taquipneia, fadiga, intolerância ao exercício, ortopneia, dispneia paroxística noturna e sintomas gastrintestinais. CASO CLÍNICO 1 Lactente, 8 meses de idade, sexo feminino, é trazida à emergência de um hospital terciário, encaminhada de uma unidade básica de saúde (UBS). A mãe da lactente referiu DISPNEIA com início há cerca de 1 mês, com piora progressiva e agravamento do quadro respiratório há 2 dias, acompanhado de diaforese e palidez cutaneomucosa. Segundo a médica que a acompanhava, a criança não apresentou ganho PONDERO ESTATURAL adequado nos últimos meses. A mãe da lactente negou síncope, cianose, febre e outros sintomas no momento. A lactente usou antibiótico uma vez nos últimos 6 meses devido a episódios de broncopneumonia. Não tem história familiar positiva de pneumopatia ou cardiopatia. Negou frequentar creche. CASO CLÍNICO 2 Lactente de 6 meses da entrada no PS devido queixa materna de gripe e CANSAÇO há 3 dias, com piora hoje.Questionando melhor mãe, refere que criança apresenta CANSAÇO NAS MAMADAS desde 4 semanas de vida. Criança prostada, irritada, emagrecida Crepitações finas difusas, TSC, TIC e taquipneia Sopro sistólico III/IV em BEEM Abdome normotenso, fígado 2 cm do RCD (reborda costal direita) Sem edemas, TEC 2 seg, extremidades aquecidas SOPRO INOCENTE Os sopros inocentes são de ejeção, e nunca apenas diastólicos ou sistólicos de regurgitação, mesmo que discretos, podendo, entretanto, ser contínuos. No RN o sopro inocente é comum, mas a ausência de sopro nessa faixa etária não exclui a presença de cardiopatia congênita. O sopro inocente, por si só, não difere dos sopros encontrados na comunicação interatrial, nas estenoses pulmonar e aórtico leves e na miocardiopatia hipertrófica. Ocorrem em cerca de 60% das crianças e adolescentes assintomáticos, com sistema cardiovascular normal, apresentando características clínicas comuns que frequentemente permitem diferenciá-los de sopros decorrentes de alteração cardiovascular, que são: São sistólicos em crescendo-decrescendo DE EJEÇÃO ou contínuos, NUNCA de regurgitação ou SÓ diastólicos; Apresentam curta duração (proto ou protomesossistólicos) e/ou baixa intensidade (graus 1 a 3/4, ausência de frêmito); Ausência de ruídos acessórios (estalidos) ou alterações das bulhas cardíacas, especialmente da B2; Localização bem definida, com pequena ou nenhuma irradiação; Modificam-se com a posição do paciente, com a fase respiratória e alterações da FC. Os sopros inocentes mais comuns são o sopro vibratório de Still e o zumbido venoso (sopro contínuo), seguidos pelos sopros de ejeção pulmonar, de ramos pulmonares no RN e pelo supraclavicular. Achados mais comuns: cardiomegalia (imagem), cefalização da trama vasobrônquica, edema pulmonar intersticial e edema pulmonar alveolar. HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período EXAME FÍSICO DO SISTEMA DIGESTÓRIO Colocar o paciente em posição confortável, em decúbito dorsal com braço ao lado do corpo, exposição total do abdome, cobrindo as genitálias, higienizar, aquecer as mãos antes de iniciar, e explicar o procedimento à mãe, ficar à direita do paciente, perguntar se existe alguma área dolorosa e examiná-la por último. Atenção: No digestório a ordem muda, pois se seguir outra ordem pode alterar os resultados: INSPEÇÃO, AUSCULTA, PERCUSSÃO E PALPAÇÃO. (A explicação é que a palpação ou percussão do abdome pode alterar os movimentos peristálticos.) INSPEÇÃO: procurar por retrações, abaulamentos, cicatrizes cirúrgicas e outras, herniações, observar se a pulsação e a peristalse são visíveis. AUSCULTA: auscultar os 4 principais quadrantes (preferencialmente começar pelo quadrante inferior direito). Buscar por ruídos hidroaéreos (auscultar durante 2 minutos ou até aparecer o ruído). São classificados em normais/presentes, diminuídos ou aumentados. Frequência ampla variação: 05 a 34 ruídos/min. Esperado: RHA em número e timbre normais (presentes), sem sopros Não esperado: RHA aumentados em número e/ou timbre, Presença de sopros PERCUSSÃO: percutir os 4 quadrantes para identificar se há alguma alteração, e percutir a região do fígado para ter a hepatimetria (medir tamanho do fígado). (timpanismo predominante e macicez no fígado e baço). PALPAÇÃO: palpar o abdômen a procura de alterações (visceromegalias), palpação superficial e profunda para identificar se há dor, e também procurar por presença de massas. Lemos Torres: Palpar fígado, em que o examinador com a mão esquerda na região lombar direita do paciente. Tenta evidenciar o fígado para frente e com a mão direita espalmada sobre a parede anterior. Tenta palpar a borda hepática anterior durante a inspiração profunda. Manobra de Schuster: O paciente deve estar posicionado em decúbito lateral direito com o membro inferior esquerdo fletido a 90° e o joelho serve como ponto de apoio sobre a mesa do exame, garantindo equilíbrio ao paciente. TEXTO SUGERIDO PARA EXAME DO APARELHO DIGESTÓRIO: INSPEÇÃO: abdome plano, sem abaulamentos, retrações ou cicatrizes. AUSCULTA: ruídos hidroaéreos presentes e ausência de sopro abdominal PERCUSSÃO: abdome predominantemente timpânico com macicez em área hepática. PALPAÇÃO SUPERFICIAL: abdome normotenso, indolor à palpação, sem alteração de temperatura. PALPAÇÃO PROFUNDA: indolor, ausência de massas e visceromegalias. HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período Descrição caso fígado seja papável: a borda hepática normal é macia, bem delimitada e regular, com superfície lisa, sem sensibilidade. PA Todas as crianças maiores de 3 anos devem ter a sua pressão arterial medida pelo menos uma vez por ano. Para as crianças menores de 3 anos, a avaliação da PA está indicada em condições especiais: alterações renais cardiopatia congênita, baixo peso ao nascer. Como medir? O ideal é que a criança esteja sentada ou deitada, tranquila, descansada por mais de 5 minutos, com a bexiga vazia e sem ter praticado exercícios físicos há pelo menos 60 minutos. O paciente deve estar com pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado; com o braço ao nível do coração, sendo preferencial o braço direito, para ser comparável com as tabelas padrão O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membro. 1º passo: medir a distância do acrômio ao olecrano; 2º passo: identificar o ponto médio da distância entre o acrômio e o olecrano; 3º passo: medir a circunferência do braço nesse ponto médio; A largura do manguito deve corresponder a 40% do braço e seu comprimento, envolver 80% a 100% do braço. 4º passo: colocar o manguito sem deixar folgas, 2-3 cm acima da fossa cubital; 5º passo: centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; 6º passo: aferir normalmente, como no adulto. DADOS ANTROPOMÉTRICOS ALTURA: Usa-se o estadiômetro horizontal. Pede-se para a mãe segurar a cabeça do bebê rente a parte fixa do aparelho, esticar bem os joelhos e deixar o pé em 90º na parte móvel e depois olhar a medida. PESO: usar balança pediátrica até 2 anos e 15kg. Deve tirar fralda, roupa, sapatos, passar álcool na balança e falar valor para mãe. Jogar no gráfico: entre +1 e + 2: adequado para idade. Após 2 anos usar a balança de adulto, não é necessário deixar totalmente nu, tirar sapatos e manter a criança olhando para frente. PERÍMETRO CEFÁLICO: medir até os 2 anos de idade. A fita deve ser posicionada sobre a proeminência occipital e sobre o arco das sobrancelhas; fixa-se a cabeça da criança; a fita deve ser colocada firmemente ao redor do osso frontal sobre o sulco supra orbital, passando-a ao redor da cabeça, no mesmo nível de cada lado, e colocando-a sobre a proeminência occipital, máxima. EXAME FÍSICO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Antes de iniciar o procedimento higienizar e aquecer as mãos e explicar ao paciente. HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período INSPEÇÃO: procurar por retrações ou abaulamentos, cicatrizes e lesões (inspeção estática), e observar se os movimentos respiratórios estão presentes e normais/simétricos, se há esforço respiratório (inspeção dinâmica). PALPAÇÃO E PERCUSSÃO: Em crianças, a pesquisa do frêmito tóraco-vocal (não tem como falar “33”, então aproveita o choro” e a percussão (com claro pulmonar) do tórax trazem poucas informações, mas a percussão pode ser útil para o diagnóstico de pneumotórax AUSCULTA: A ausculta do tóraxdeve demonstrar a presença de murmúrio vesicular bilateral e simétrico. Ruídos adventícios podem estar presentes: estridor, roncos, sibilos, estertores finos ou crepitantes, estertores médios e grossos ou bolhosos, e outros, como sopro tubário, atrito pleural etc Necessário ambiente silencioso e paciente colaborativo; Tórax exposto = peças de roupa podem abafar ou criar artefatos na ausculta; Usa-se o diafragma do estetoscópio; TEXTO SUGERIDO PARA EXAME DO APARELHO RESPIRATÓRIO INSPEÇÃO: tórax fisiológico, simétrico, sem abaulamentos, cicatrizes ou retrações. Ausência de esforço respiratório. PALPAÇÃO: expansibilidade torácica simétrica, frêmito tóraco- vocal preservado. Sem desvio de traqueia. Expansibilidade simétrica. PERCUSSÃO: som claro pulmonar. AUSCULTA: MVF, sem ruídos adventícios. Exame físico de consolidação pulmonar: exemplo de pneumonia. Inspeção: Sem alteração; Palpação: frêmito tôraco-vocal aumentado (único que tem aumentado) no hemitórax direito ou esquerdo (deve identificar); Percussão: macicez no hemitórax direito ou esquerdo (deve identificar); Ausculta: murmúrio vesicular reduzido e presença de crepitações. Exame físico de paciente com asma: Inspeção: Sinais de esforço respiratório: tiragem intercostal, tiragem supraclavicular, batimento de asa do nariz; Palpação: frêmito toraco-vocal e expansibilidade preservados; Percussão: som claro pulmonar; Ausculta: MV reduzido ou, em casos graves, abolidos, com presença de sibilos expiratórios a uma ausculta difusa. Exame físico de paciente com derrame pleural: Inspeção: diminuição da expansibilidade torácica, assimetria de tórax, sinais de esforço respiratório; Palpação: FTV diminuído ou abolido; Percussão: macicez no hemitórax direito ou esquerdo (deve identificar); Ausculta: MV diminuído ou abolido. LESÕES DERMATOLÓGICAS As lesões elementares de pele representam a reação cutânea as agressões que a pele é submetida. LESÕES PRIMÁRIAS Alteração de cor: Eritema: Mancha avermelhada, desaparece temporariamente quando submetido pela pressão exercida, com dedo (digito- pressão) ou lâmina de vidro, (vitro-pressão) Exantema: Eritema generalizado, em geral agudo efêmero, são adjetivados de acordo com doença a que se assemelham. Enantema: é uma lesão eritematosa das mucosas. Purpura: provocada pelo extravasamento de glóbulos vermelhos na derme, não desaparece a digito-pressão ou vitro- pressão = Petequeia: puntifor/Equimose: maiores dimensões. Mancha vascular: resulta do aumento número de vasos das células endotellais ou alteração de diâmetro desses vasos = Mancha angiomatosa. Teleangiectasia: Dilatação permanente, não pulsátil dos capilares dérmicos. HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período Leucodermia: diminuição da cor normal da pele = lesão acromica (pigmento melânico ausente) ou hipocrômica (reduzido). Hipercromia: aumento da cor da pele. Formações sólidas: Pápula: elevação sólida, acima da superfície da pele normal de até 1cm de diâmetro. Nódulo: elevação sólida, de diâmetro superior a 1cm, maior porção se encontra abaixo da superfície da epiderme. Placa: lesão elevada em platô maior que 2cm. Urtica: pápula ou placa eritematosa. Pode apresentar eritema discreto ou até branqueamento quando o edema é intenso = lesão clássica da urticaria. Formações liquidas: Vesícula: lesão de conteúdo líquido de até 1cm. Pode ser seroso, hemático, pústula (pus). Bolha: lesão de conteúdo com diâmetro superior a 1cm. Abscesso: coleção purulenta da pele e tecidos vizinhos. Pode ser elevada ou plana. Hematoma: coleção sanguinolenta da pele e tecidos vizinhos. LESÕES SECUNDÁRIAS Escama: resulta do desprendimento excessivo de lâminas da camada córnea. Exemplo: furfuracia (fina e solta como farinha). Crosta: lesão resultante do ressecamento de exsudato purulento, hemorrágico ou seroso. Exemplo: impetigo. Úlcera: lesão por solução de continuidade profunda. Perda focal da derme e epiderme. Fissura: erosão ou ulceração de formato linear. Escoriação: escavação superficial da epiderme, puntiforme ou linear, secundário a coçadura de lesão. Cicatriz: formação anormal de tecido conjuntivo secundário a trauma dérmico. Pode ser hipertrófica (queloide = se estende além da lesão), atrófica ou eutrófica. Alterações de espessura ou consistência: Atrofia: depressão da pele. Ceratose: espessamento por aumento da camada córnea. Liquenificação: produzida por escoriação constante de lesão. Essas duas últimas são típicas de dermatite atópica. HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período Formato das lesões: Lesões discoides: em forma de disco (lúpus). Numular: em forma de moeda. Espiralada. Geográfica: contorno irregular. Puntiforme. Serpenginosa. Quanto à extensão: localizada ou generalizada. Aspectos semiológicos dos exantemas Mancha cutânea de funda vascular e causa infecciosa, alérgica ou toxica. Manifesta-se nas seguintes formas: Mácula; Pápula; Vesícula; Pústula; Crostas; Sufusões hemorrágicas. Enantema. MACULOPAPULARES Lesões evoluem até a fase de pápula; Exemplos: sarampo, rubéola. Escarlatina, eritema infeccioso, exantema súbito, monocucleoso infecciosa. Morbiliforme: constituído por pápulas maiores, tamanho variável, contorno pouco regular, cor avermelhada, com pele sã de permeio, podendo confluir. Típico do sarampo. Pode estar presente na rubéola, exantema súbito, coxsackie viroses, reações medicamentosas. Escarlatiniforme: áreas extensas de vermelhidão difusa, sem solução de continuidade poupando a região perioral. Ao tato sensação de lixa. Típico da escarlatina. Rubeoliforme: assemelha ao morbiliforme, porém pápulas pouco menores, coloração rósea. Rubéola, coxsackieviroses, adenovírus e outros. Urticariforme: erupção eritematosa, pápula de localização variável, contorno irregular. As vezes placas mais elevadas. Observado em ater medicamentosas, alimentares, coxsakieyroses. PAPULOVESICULARES Lesões evoluem até fase de crosta. Exemplo: varicela, herpes zoster, enteroviroses. EXANTEMA PETEQUIAL OU PURPURICO Alterações alterações vasculares com ou sem distúrbios de plaquetas e de coagulação. Pode estar associado a infecções graves como meningococcemia, septicemias bacterianas, febre purpúrica brasileira e febre maculosa. Presente também em outras infecções como citomegalovirose, rubéola, enteroviroses, sífilis, dengue e em reações por drogas. DIAGNÓSTICO Anamnese: Investigar tipo de lesões e localização e evolução; Dados epidemiológicos positivos para doenças exantemáticas; Imunizações; Prodromos: sinais catarrais e sinal de Koplic (Sarampo), adenopatia com localização sugestiva (rubéola) Amigdalite e vômitos (escarlatina); Evolução da curva térmica; História de doenças exantemática previas. Exame físico: Exantema, tipo, característica, morfológicas, topográficas e evolutivas. Associação com adenopatias e hepatoesplenomegalias; Avaliar comprometimento estado geral. VARICELA ETIOLOGIA: Vírus Varicela Zoster PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 10-21 dias. CONTÁGIO: secreção respiratória ou líquido das vesículas. INFECÇÃO: confere imunidade permanente. CLÍNICA: inicia com lesões maculopapulares principalmente na face e tronco. Após horas, lesões evoluem para vesículas e HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período pústulas, e posteriormente, crosta. Pode ter lesões em todo corpo, mas a distribuição é centrípeta. Os diferentesestágios evolutivos das lesões acontecem simultaneamente. Polimorfismo = pápulas, vesículas, pústulas e crostas. Febre moderada, prurido, cefaleia, anorexia e dor de garganta (lesões em mucosa). Evolui para cura em média até uma semana. SÍNDROME MÃO-PÉ-BOCA ETIOLOGIA: Vírus coxsackie; TRANSMISSÃO: fecal-oral e respiratória; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Febre, dor de garganta e recusa alimentar, secundária a lesões vesiculares em mucosa oral, língua e erupção papulovesiculares em mãos e pés, incluindo palma e planta. São ovaladas, semelhantes a grãos de arroz, e podem ocorrer lesões em área perioral e menos frequente em nadegas, região genital, cotovelos e extremidades. Descamação de mãos e pés podem ocorrem após 2-3 semanas. SARAMPO Etiologia: Mixovirus Exantema morbiliforme, evolução crânio podalica. Generaliza-se em 3 dias. Mudança de coloração após 3 dias para castanho após 7 dias descamação furfuracea. Precedido por 4 dias por sinais catarrais, febre e sinal de koplik RUBEOLA Etiologia: Togavirus Exantema maculopapular de cor rósea, generaliza-se em 24-48hs e desparece entre o 1-5 dias de evolução. É antecedido por adenopatia, que persiste por algumas semanas. Febre em média 2-3 dias. ESCARLATINA Exantema inicia nas dobras e tronco e generaliza rapidamente, aspecto de lixa. Conflui nas dobras (Sinal de pastia) e poupa região perioral (sinal de filatov), febre. Saburra lingual, nos 2 primeiros dias de exantema. Evolui para descamação do epitélio lingual que fica com aspecto de “língua em framboesa”. Sinal de Koplic
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