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Técnicas radiográficas contrastadas 
 -usam iodo orgânico : Urografia excretora; Uretrografia; Cistografia; Mielografia; 
 -usam sulfato de bário : Esofagografia; Radiografia Contrastada do Cólon ou enema de 
 bário; Série Gastrointestinal Superior; 
 -usada para visualização de estruturas que não são visíveis na radiografia simples não 
 contrastada; 
 -definição: é aquela em que se utiliza uma substância de contraste para permitir observar 
 melhor os órgãos no qual ela foi introduzida ou colocar em evidÊncia certas estruturas que 
 não foram visíveis na radiografia simples . 
 substância de contraste > é aquela cujo poder de absorção do raios-x é maior ou menor 
 daquele dos constituintes normais do organismo radiografado; 
 ● tipos de contraste 
 - contraste positivo: mais radiopaco (mais clara) que os demais elementos do corpo; 
 oferece uma imagem em branco; 
 1. iodo - usado para avaliar os rins, ureteres, vesícula urinária, uretra, medula espinhal, 
 etc; forma usada (Sais de preparados orgãnicos geralmente triiodados, 
 hidrossolúveis e injetáveis. Preparações: Hypaque 50, hypaque m75, hypaque oral, 
 amipaque e telepaque); 
 2. sulfato de bário - usado Para avaliar o esôfago, estômago, intestino delgado intestino 
 grosso; forma usada (Sob a forma de bário insolúvel nas preparações: celobar 
 (geleia e pó), gastrobar (gel) e neobar (pó)); 
 -contraste negativo: mais radiotransparente (mais escura) que os demais elementos do 
 corpo; oferece uma imagem escura; Ar, oxigênio, óxido nitroso, dióxido de carbono; 
 - contraste misto: Ás vezes se usa duas substâncias de contraste ao mesmo tempo; 
 ● Reações Adversas do contraste 
 -depende do tipo de contraste usado, propriedade físicas, sensibilidade do animal e método 
 e local de aplicação do contraste; 
 -Complicações do estudo por meio de contraste: 
 1. NEGATIVO: Morte - embolia vascular - por conta do gás 
 2. POSITIVO: Reação granulomatosa local fora do TGI - sulfato de bário; Diurese; 
 Reações de Sensibilidade - afeta os Sistemas respiratório, nervoso, gastrointestinal, 
 urinário, cardiovascular e cutâneo; Desidratação - por causa da hipertonicidade 
 desses contrastes; 
 ➔ Urografia Excretora 
 -método de radiografia contrastada que coloca em evidência rins, ureteres e vesícula 
 urinária por meio da aplicação endovenosa de contraste iodado orgânico de eliminação 
 urinária 
 -indicada para (3): visualizar localização, tamanho e forma dos rins e ureteres. fazer 
 avaliação qualitativa da função renal; casos de suspeitas de alterações como tumores, 
 cálculos radiotransparentes, rupturas ureteral e renais, ectopia uretral; 
 -contra-indicada (2) em casos de animais extremamente debilitados ou com desidratação 
 evidente; 
 -preparação do animal: o animal deve ficar em jejum alimentar de 24h e jejum hídrico de 12h 
 antes do exame, devendo-se fazer uma lavagem intestinal completa com solução salina 
 isotônica; 
 é feita a aplicação de 600-800mg/kg de contraste iodado orgânico ( Iopamidol e Ioexol - 
 preparações não iônicas) por via endovenosa, e em seguida é feita radiografias laterolateral 
 e ventrodorsal do abdômen em 10 segundos após a injeção para visualização dos rins, 
 depois é feita novas radiografias em 2 a 4 minutos para visualização dos ureteres e em 20 
 minutos para visualização da vesícula urinária. 
 -achados normais (4): cortical renal deve estar difusamente opaca (indica função uniforme 
 de todas as áreas), ambos os rins devem ser visualizados; pelves e ureteres devem ser 
 visualizados; vesícula urinária deve se opacificar, progressivamente, e não deve apresentar 
 defeitos de preenchimento; Contorno liso e espessura uniforme; 
 ➔ Cistografia 
 -pode ser direta ou retrógrada; 
 -Cistografia retrógrada: é uma técnica de destaque da vesícula urinária colocando contraste 
 no seu interior por cateterização vesical; técnica radiográfica contrastada que coloca em 
 evidência a vesícula urinária por meio da introdução, por meio de cateterização vesical, de 
 uma pequena quantidade de contraste iodado orgÂnico e introdução em seguida de 
 constrato sulfato de bário até distensão e preenchimento completo da vesícula urinária; 
 ou técnica radiográfica contrastada que coloca em evidência a vesícula urinária por meio da 
 introdução em seu interior de substÂncia de constraste por meio de sonda vesical 
 -cistografia direta: é a que é feita na fase terminal da urografia excretora; 
 -Não deve-se usar o bário como contraste na bexiga; 
 - tipos de cistografia retrógrada: 
 1. contraste positivo: cistografia de constraste positivo é feita aplicando solução de 
 iodado orgânico composto a 20% no interior da vesícula urinária vazia pela sonda 
 uretral; 
 2. contraste misto: nessa cistografia de contraste misto injeta-se uma pequena 
 quantidade de contraste positivo no interior da vesícula urinária vazia e depois a 
 distende com contraste negativo; A cistografia de duplo contraste é melhor do que a 
 cistografia de contraste positivo para avaliar as lesões na parede da bexiga e 
 defeitos de preenchimento intraluminal. 
 -indicada para (3): analisar forma, posição, tamanho e integridade da vesícula urinária, 
 avaliação intraluminal e extraluminal e defeitos no enchimento vesical, suspeita de cálculos 
 radiotransparentes, tumores e cistites, localização da vesícula urinária em caso de hérnias; 
 - Método contraindicado (1) em casos de alargamento massivo da vesícula por atonia 
 vesical; 
 -preparação do animal: animal deve estar em jejum de 12horas e deve-se fazer uma 
 lavagem intestinal (pois a sobreposição de material fecal pode mascarar informações 
 importantes) e esvaziamento da vesícula urinária antes do exame 
 é feita a sondagem vesical do animal e em seguida a injeção da solução de contraste 
 iodado orgÂnico na dose de 6-12ml/kg por meio de sonda uretral no animal (palpar a 
 vesícula urinária durante a injeção para evitar a superdistensão ou ruptura; não distender 
 demais a vesícula para não mascarar anormalidades da mucosa e da parede) e em 
 seguida é feita radiografias laterolateral e ventro dorsal do abdomen 
 -achados normais (2): bexiga deve estar uniformemente distendida sem defeitos de 
 enchimento intramural ou luminal. 
 ➔ Uretrografia 
 -É a técnica que coloca a uretra em destaque introduzindo uma substância de contraste no 
 seu interior. 
 -mais realizada no animal macho > No macho a uretra é dividida em porções prostática e 
 membranosa (uretra pélvica) e uretra peniana. As fêmeas têm a uretra totalmente 
 intrapélvica; Em cadelas e gatas a uretrografia é desafiadora porpussuirem uma uretra 
 mais curta; 
 -indicação (3): visualização da localização, contorno e integridade da uretra e casos de 
 suspeita de cálculos uretrais radiotransparentes, ruptura de uretra, etc 
 -preparo do animal: faz-se um enema para esvaziamento somente do colon terminal e reto 
 antes do exame; em seguida introduzir um cateter uretral na uretra e injetar lentamente o 
 contraste iodado orgânico na dose de 5-10ml com o animal em posição lateral. Logo depois 
 fazer radiografias na posição lateral e ventrodorsal levemente oblíqua da região perineal; 
 -achados normais (2): uretra normal Deverá apresentar margens lisas/contorno liso em todo 
 seu trajeto, com estrias longitudinais, atribuídas às pregas da mucosa, que podem ser 
 visibilizadas de acordo com o grau de distensão. não se observa defeito de enchimento 
 intraluminal; 
 -Complicações: Ruptura iatrogênica; infecção do trato urinário; 
 ➔ mielografia 
 -estudo radiográfica da medula espinhal realizado após colocação de contraste iodado 
 orgAnico no espaço sub-aracnóide; 
 -indicação (3): casos de lesões (intrínsecas / extrínsecas), compressão medular (quando 
 se quer realizar descompressão e não se conhece o local e/ou tipo de lesão) e achados 
 não conclusivos no exame radiográfico simples. 
 -CONTRA-INDICAÇÕES (5): caso de Doença inflamatória, se o Liquido Cefalorraquidano 
 (LCR) estiver turvo ao invés de claro, se o diagnóstico definitivo puder ser feito por 
 radiografia simples; casos de suspeita de meningopatia e mielopatia disseminada e animais 
 em convulsão; ; 
 -preparamento do animal: Jejum de 18h à 24h antes do procedimento, Animal deve ser 
 Anestesiado; Dosagem: 0,3 ml do contraste por quilograma ; 
 animal deve ser colocado em decúbito lateral ou ventral inserir a agulha peridural através do 
 espaço intervertebral dorsal, entre a quinta e a sexta vértebra lombar; Certificar-se de que a 
 agulha está no espaço sub-aracnóide e cabeça do animal está levantada e então iniciar as 
 radiografias 
 manter cabeça e pescoço erguido para evitar do contraste ir para o cérebro; 
 radiografias na posição lateral e ventrodorsal; 
 -achados normais: meio do contraste se difunde no espaço sub-aracnóide e forma dois 
 filetes opacos margeando a medula espinhal em todo seu comprimento 
 ➔ Esôfagografia 
 -estudo morfológico e funcional do esôfago pela administração oral de sulfato de bário 
 -indicação (7): Avaliar a anatomia da faringe e esôfago ; Avaliar a posição e situação do 
 esôfago relativa a outras estruturas; Diagnóstico e confirmação de suspeitas de 
 patologias, que não são visíveis na radiografia simples (Megaesôfago, Estenose, Corpo 
 estranho radiotransparente, Neoplasia no esôfago, CE, Esofagite, Divertículo); 
 Posicionamento anormal por formações cervicais ou mediastinais , motilidade; 
 Regurgitação, disfagia, engasgos 
 -contra-indicada: Quando há suspeita de ruptura ou perfuração do esôfago 
 -preparamento do animal: Jejum alimentar - no mínimo 12 horas antes do exame (não é 
 necessário jejum líquido - apenas água); Remover coleiras; obter Avaliação geral - Realizar 
 imediatamente antes da administração do contraste radiografias nas posições: 
 Ventro-dorsal e lateral do pescoço e tórax; Contrastes: sulfato de bário líquido (pode-se 
 adicionar açúcar ou alimento para facilitar ingestão), bário em pasta Seringa grande ou pêra 
 de borracha; 2 a 6 ml por kg de Dosagem do material de contraste; 
 Administrar lentamente a solução, por via oral com auxílio da seringa ou pêra de borracha, 
 para distender ou recobrir o esôfago; Realizar a radiografia imediatamente após a 
 administração nas Posições ventro-dorsal e latero-lateral direita do pescoço e tórax; 
 -achados normais: Série de linhas paralelas e regulares de uma largura quase uniforme; - 
 Criptas longitudinais entre as pregas da mucosa esofagiana; Gato - formato de "espinha de 
 peixe; 
 ➔ Gastrografia 
 -É a técnica que coloca o estomago em destaque pela administração oral de uma 
 substância de contraste 
 -indicação (3): Tumores intramurais ou luminais, Corpos estranhos radiotransparentes, 
 Obstrução no canal pilórico; 
 -CONTRA-INDICAÇÕES: presença de alimento ou fluido 
 -Preparação do animal: 
 -achados normais (3): estomago deve ficar uniforme e regularmente distendido; a luz não 
 deve apresentar defeitos e a espessura da parede deve estar uniforme; 
 ➔ Série Gatrointestinal Superior: ID 
 -estudo morfológico e funcional do intestino delgado pela administração de sulfato de bário 
 por via oral; 
 -indicações (3): avaliar forma, tamanho e posição do ID, suspeita de corpos estranhos 
 radiotransparentes, neoplasias, obstrução intestinal; identificação de massas abdominais ou 
 confirmação de hérnias; 
 -CONTRA-INDICAÇÕES: Suspeita de ruptura ou perfuração do ID > posso usar no lugar o 
 opacificante iodado hidrossolúvel 
 -preparo do animal: jejum de 24h e lavagem intestinal completa com solução salina morna 
 antes do exame; faz-se radiografias simples laterolateral e ventrodorsal do abdomen para 
 avaliação geral antes do exame com contraste; 
 deve-se fazer a administração lenta de sulfato de bário na dose de 6-12ml/kg por via oral 
 através de uma seringa ou pera de borracha, em seguida faz-se as radiografias na posição 
 laterolateral e ventrodorsal do abdomen em 15 minutos, 1 hora, 2 horas e 3 horas após a 
 administração do contraste; 
 -achados normais (4): intestino delgado deve aparecer uniformemente distribuído na 
 cavidade peritoneal, não deve haver defeitos de enchimento entérico, luz do intestino 
 delgado deve ter uma largura uniforme e não deve haver extensas regiões de estreitamento 
 luminal persistentes em radiografias sequenciais; 
 ➔ Radiografia contrastada de cólon / Enema de bário 
 -técnica que põe em evidência o intestino grosso pela administração por via retal de uma 
 substÂncia de contraste; 
 -indicação (2): avaliar forma, localização e tamanho do ceco e cólon em relação às outras 
 estruturas; suspeita de intussuscepção ileocólica, inversão cecal, obstrução mecânica e 
 funcional do IG, lesão invasiva do IG, formação massiva fora do IG comprimindo o mesmo, 
 inflamação do trato intestinal inferior (6); 
 -contra-indicação (3): Quando há suspeita de obstrução, ruptura e perfuração do cólon; 
 Após biópsia recente da parede do cólon e quando se pensa em cirurgia imediata; 
 -preparo do animal: jejum de 24h e lavagem intestinal completa com solução salina morna 
 antes do exame; faz-se radiografias simples laterolateral e ventrodorsal do abdomen para 
 avaliação geral antes do exame com contraste; 
 (nomínimo 12 horas antes do exame (não é necessário jejum líquido - apenas água) Animal 
 deve defecar antes do exame); 
 fazer a introdução de um cateter retal no reto e introduzir levemente o contraste sulfato de 
 bário na dose de 20-30ml /kg ; quando o cólon estiver adequadamente distendido faz-se 
 radiografias na posição lateral e ventrodorsal do abdomen; e após evacuação do animal 
 fazer radiografias na posição ventrodorsal e lateral do abdomen; 
 -achados normais: cólon fica uniformemente distendido e apresenta contorno liso;