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AULA 4

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AULA 4 
CAPTAÇÃO DE RECURSOS E 
PARCERIAS PARA PROJETOS 
SOCIAIS 
Prof. Rafael Araújo Bonatto 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Para o cumprimento das metas definidas durante as campanhas eleitorais, 
os governos necessitam definir seus planos de ação contento as atividades a 
serem implantadas e geridas. Neste âmbito, a abordagem preconizada pela 
gestão, pelo planejamento e pela avaliação de projetos se apresenta como 
fundamental ferramenta ao cumprimento dos compromissos ora assumidos pelos 
entes públicos. 
Visando brindar o discente com informações essenciais acerca da 
importância dos projetos para o desenvolvimento municipal, compartilhamos 
conhecimentos essências para seu entendimento e formação de pensamento 
sobre o tema. 
TEMA 1 – PLANEJAMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL 
O Estatuto da Cidade visa garantir o planejamento e a execução 
adequados das políticas urbanas, como forma de afiançar a gestão adequada da 
cidade, regrando os instrumentos hábeis a concretizar o desenvolvimento 
sustentável do meio ambiente urbano. 
A Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001, institui o plano diretor como 
mecanismo da política de desenvolvimento urbano, tendo a função de avaliação 
da atuação do Poder Público, amparando a gestão coordenada das cidades, 
ajuntando a participação da sociedade civil à atuação do Poder Público visando 
como fim maior a promoção do bem-estar da sociedade. O meio ambiente urbano, 
entendido como o meio alterado pelo homem, é representado pela cidade 
(Marques, 2010), enquanto espaço de convivência dos indivíduos, dotado de 
infraestrutura composta por bens e serviços públicos, que têm por objetivo 
promover o bem-estar dos citadinos. 
De acordo com Costa e Venâncio (2016), o meio ambiente artificial está 
diretamente relacionado ao conceito de cidade, entendido, portanto, como espaço 
urbano de convivência social, responsável pela materialização das atividades 
humanas e dos direitos fundamentais. 
É nesse sentido que a cidade é compreendida como o habitat natural do 
homem, demandando um arcabouço normativo especial, motivo pelo qual o 
Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/2001) foi editado com o objetivo maior de 
garantir o pleno desenvolvimento sustentável do meio urbano: 
 
 
3 
Seu art. 2°, inciso I, institui a política urbana como responsável por 
coordenar o desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade 
urbana por meio das instruções apresentadas abaixo: 
 Garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra 
urbana; 
 Direito assegurado à moradia; 
 Garantia ao saneamento ambiental; 
 Direito a infraestrutura urbana, transporte e serviços públicos; 
 Direito ao trabalho e ao lazer, para as gerações presentes e futuras. 
As questões socioambientais são corriqueiramente ignoradas, sobretudo, 
no que concerne às anormalidades associadas ao uso e à ocupação do solo, à 
degradação da natureza, bem como à deficiência de planejamento das políticas 
públicas inerentes ao tema. 
Sobre o pouco-caso das questões sociais e ambientais, os pesquisadores 
Reis e Venâncio (2016) lançam o seguinte olhar: “A cidade criada para suprir as 
necessidades do homem e proporciona-lhe bem-estar e segurança acabou 
revelando-se um importante elemento que contra ele age, deteriorando sua 
qualidade de vida”. 
Os arts. 182 e 183 da Constituição Federal sustentaram a criação da Lei n. 
10.257/2001 (Estatuto da Cidade), objetivando a compatibilização entre 
desenvolvimento urbano e proteção da natureza. 
O Estatuto da Cidade, como instrumento jurídico das políticas públicas 
dedicadas ao cumprimento dos pré-requisitos à promoção dos processos de 
desenvolvimento urbano sustentável, inaugurou e visou consolidar a participação 
social como elemento de direito da função social da cidade. 
TEMA 2 – PLANO DE GOVERNO – CONCEITOS 
Para cumprir com o seu papel de órgão executivo das necessidades e dos 
anseios da sociedade, o Governo precisa organizar e planejar seu trabalho de 
forma acurada. A área de saúde demanda distintas ações, a saber: construção de 
postos de saúde e hospitais, aquisição e distribuição de medicamentos para 
combate às epidemias, desenho de iniciativas para grupos de maior risco, 
promoção de estudos e pesquisas e um sem-número de outras atividades (Portal 
da Transparência, 2015). Para organizar sua atuação, o orçamento não se limita 
 
 
4 
à divisão pelas áreas de atuação (chamadas formalmente de funções 
orçamentárias): ele também apresenta os programas e as ações orçamentários 
(Portal da Transparência, 2015). 
De acordo com o Ministério do Planejamento (2015), o Governo é a 
entidade responsável pela articulação das ações em distintos programas. Desta 
forma, ditas iniciativas podem ser divididas em três tipos: 
 Temáticas; 
 De gestão, manutenção e serviços do Estado; e 
 Aquelas com caráter especial. 
Os programas temáticos são aqueles que retratam os objetivos mais 
amplos das políticas públicas, como o Programa de Promoção e Defesa dos 
Direitos Humanos, Defesa Nacional ou Educação de Qualidade Para Todos. Os 
programas de gestão representam os gastos necessários para o funcionamento 
do Estado: servidores, prédios, veículos, serviços de telefonia e limpeza etc. 
Finalmente, os programas de operações especiais dispõem sobre os gastos com 
a dívida brasileira. 
Abaixo, compartilhamos o Plano de Governo da administração pública do 
município de Curitiba, Estado do Paraná (Curitiba, 2017). 
Leitura complementar 
Plano de Governo 
A partir do conceito de Governança Pública, compreende-se para a cidade de Curitiba 
a incorporação de valores que necessitam ser disseminados no Plano de Governo nos níveis 
estratégico, gerencial e operacional compreendidos pelos programas, projetos e ações. 
O Plano de Governo de Curitiba para a gestão 2017-2020 detalha as ações que serão 
realizadas pelas secretarias, administração indireta e órgãos vinculados a administração pública 
municipal, dividido em sete programas: Viva Curitiba que Não Dorme, Viva Curitiba Cidadã, Viva 
Curitiba Saudável, Viva Curitiba Tecnológica, Viva Uma Nova Curitiba, Viva Curitiba Mais Ágil, 
Viva Curitiba Transparente. 
Estes sete programas estão divididos em três grandes eixos estratégicos. Os referidos 
eixos se consolidam como princípios norteadores da administração e por isso estão na essência 
da estrutura do modelo de gestão/governança pública. 
 Solidariedade: este eixo está relacionado as ações e práticas que envolvem relações de 
interdependência entre pessoas, ações e projetos da população curitibana, com o Poder 
Público na busca por maior qualidade de vida. No âmbito do Modelo de 
Gestão/Governança, esta premissa pode ser traduzida por espaços cooperativos e 
colaborativos que alimentam a inovação. Envolvem relações entre os setores internos e 
externos do Governo Municipal. Pressupõe a incorporação de práticas interdependentes e 
a incorporação de novas formas de arranjos organizativos. 
 Sustentabilidade: O eixo Sustentabilidade refere-se a ações e práticas relacionadas a 
interação do ser humano com o ambiente social nas dimensões relacionadas as questões 
sociais, políticas, energéticas, econômicas e ambientais, na direção da preservação dos 
recursos para as gerações atuais e futuras. 
 Responsabilidade: No eixo Responsabilidade se situam ações e práticas relacionadas à 
melhoria do atendimento à população, por iniciativas de modernização, disponibilização de 
informações para garantia de transparência, reestruturação de setores e processos e 
oferta de serviços direcionados à efetividade. Aqui também são submetidos projetos que 
 
 
5 
visam preparar e motivar os servidores para realização de ações direcionadas à inovação 
e bom relacionamento com os cidadãos. O Estado não possui todas as respostas e a 
participação social deve ter como princípio o amadurecimento das relações do Governo 
Municipal e a sociedade, com corresponsabilidade,transparência social e participação. 
(Portal da Transparência, S.d.) 
TEMA 3 – IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS FINANCEIROS PARA A 
PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL 
Em cenários de crise econômica e política, muitas empresas e 
organizações identificam necessidades ou oportunidades de alavancar seus 
negócios. Neste âmbito, a captação de recursos financeiros se apresenta como 
pilar fundamental à materialização de ações que visem a promoção do seu 
desenvolvimento. 
É importante atentar para o fato de que uma captação mal executada pode 
comprometer o futuro da organização já em dificuldades ou transformar a grande 
oportunidade numa potencial dificuldade. Como resposta a isso, as empresas 
buscam as mais variadas formas de captar recursos, e, por isso, há a necessidade 
de conhecer o sistema financeiro, graças à sua importância no meio empresarial 
e no cenário econômico. 
Atualmente, as instituições financeiras (públicas e privadas) proporcionam 
um leque de fontes de crédito para empresas de todos os ramos de atividade, com 
inúmeros incentivos, principalmente as governamentais, que têm programas de 
acordo com as particularidades da empresa e com o modo como será investido o 
capital (SEBRAE, 2018). 
O Serviço Brasileiro de Suporte às Pequenas e Médias Empresas 
(SEBRAE, 2018) atenta para o fato de que as empresas devem observar todos os 
estímulos oferecidos pelo mercado financeiro para cada ramo de atividade e 
procurar adequar suas necessidades às disponibilidades existentes para 
conquistar todas as vantagens, como juros mais baixos e os prazos mais longos 
possíveis. 
O entendimento acerca do funcionamento do mercado financeiro, de suas 
linhas de créditos disponíveis, e a análise do cenário alinhada com o fluxo de caixa 
ou projeto são tópicos capitais no processo de escolha das linhas de crédito. É 
imprescindível frisar que as instituições financeiras têm as opções mais 
conhecidas, mas correntemente existem no mercado diversas opções e 
modalidades de empréstimos para diferentes tipos de empresa. 
 
 
6 
São apresentados a seguir alguns exemplos de linhas de crédito 
disponíveis atualmente: 
 Operações estruturadas de CRA (Certificados de Recebíveis do 
Agronegócio) e CRI (Certificado de Recebível Imobiliário); 
 Operações junto ao BNDES; 
 Operações de sale and leaseback – venda com a transferência da 
propriedade legal, com venda ou aluguel do mesmo ativo logo em seguida 
ou simultaneamente; 
 Operações de consórcio; 
 Operações para capital de giro, por meio de Real State; e 
 Antecipação e descontos de recebíveis (duplicatas, contratos). 
É essencial enfatizar aos estudantes que a seleção do recurso financeiro 
mais adequado não se baseia em encontrar apenas as linhas com juros baixos, 
mas, sim, identificar aquela que esteja dentro da realidade da entidade (fluxo de 
caixa ou retorno do projeto). 
TEMA 4 – FINANCIAMENTO DE PROJETOS PARA O DESENVOLVIMENTO 
MUNICIPAL 
O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) 
foi criado por meio do Decreto Lei n. 719, de 31 de julho de 1969, com a finalidade 
de dar apoio financeiro aos programas e projetos prioritários de desenvolvimento 
científico e tecnológico. 
Sua normatização se deu a partir da publicação da Lei do FNDCT (Lei n. 
11.540, de 12 de novembro de 2007) e do Decreto n. 6.938, de 13 de agosto de 
2009, quando foi estabelecido o modelo de gestão do FNDCT, que define sua 
administração por um Conselho Diretor vinculado ao Ministério da Ciência, 
Tecnologia e Inovação (MCTI), prevendo a possibilidade de que os recursos 
destinados às operações reembolsáveis, oriundos de empréstimos do FNDCT, 
pudessem ser aplicados pela FINEP, devendo o produto das aplicações ser 
revertido à conta do Fundo (FINEP, 2018). 
Ditos recursos são utilizados para apoiar atividades de inovação e pesquisa 
em empresas e instituições científicas e tecnológicas (públicas e privadas) nas 
modalidades de financiamento reembolsável, não reembolsável e investimento, 
podendo ser implementados de forma direta ou descentralizados. 
 
 
7 
As distintas ações que constituem atualmente o FNDCT podem ser 
agrupadas em três categorias de acordo com a sua aplicabilidade: 
 Fundos de C&T – fundos setoriais, ação transversal e demais ações de 
apoio Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs); 
 Ações de apoio à inovação nas empresas; 
 Outras ações do FNDCT: 
 Pesquisa e desenvolvimento nas Organizações Sociais (OSs) 
vinculadas ao MCTI; 
 Formação, capacitação e fixação de Recursos Humanos Qualificados 
para C, T&I. 
Segundo definido pela Câmara dos Deputados em seus atributos 
constitucionais, 
O Orçamento da União é um planejamento que indica quanto e onde 
gastar o dinheiro público federal no período de um ano, com base no 
valor total arrecadado pelos impostos. O Poder Executivo é o autor da 
proposta, e o Poder Legislativo precisa transformá-la em lei. (Brasil, 
2018) 
Para alcançar os objetivos dos programas, o orçamento define as 
chamadas ações orçamentárias. Elas representam um detalhamento dos 
programas, por vezes segmentando os trabalhos com bases em linhas específicas 
para atender as necessidades da sociedade ou até de outros entes da federação. 
Por meio das ações, o governo executa os programas e avança nos objetivos para 
cada uma das áreas (funções). 
Ainda, segundo a Câmara dos Deputados, 
Os 26 estados, o Distrito Federal e os municípios também fazem os seus 
próprios orçamentos, prevendo a arrecadação e os gastos que serão 
realizados com os impostos arrecadados por eles. 
Existem vários tipos de leis orçamentárias. A primeira delas é o Plano 
Plurianual (PPA), que faz um planejamento para o período de quatro 
anos. O projeto é encaminhado pelo Executivo ao Congresso até 31 de 
agosto do primeiro ano de cada governo, mas só começa a valer no ano 
seguinte. Dessa forma, sua vigência vai até o final do primeiro ano do 
próximo governo. O motivo dessa estratégia é promover a continuidade 
administrativa. 
Com base no PPA aprovado, o governo federal envia anualmente ao 
Congresso o projeto de uma outra lei: a Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO). Esse projeto, que também precisa ser aprovado pelos 
parlamentares, define as prioridades que irão nortear a Lei Orçamentária 
da União (LOA), conhecida como Orçamento da União. A LDO é 
apresentada e votada no início do ano, e a LOA, no segundo semestre. 
Isso ocorre porque o planejamento deve ser feito com antecedência. 
(Brasil, 2018) 
 
 
8 
No tocante a sua materialização e aos ritos legais, no Congresso Nacional 
ocorrem alterações necessárias – Comissão Mista de Planos, Orçamentos 
Públicos e Fiscalização, a qual é composta por deputados e senadores. Em 
seguida, os projetos seguem para serem votados em sessão plenária conjunta do 
Congresso. Depois de aprovado, o projeto do orçamento volta ao Executivo para 
a sanção pelo presidente da república, transformando-se em lei. A partir desse 
momento, inicia-se a fase de execução, que é a liberação das verbas (FINEP, 
2018). 
TEMA 5 – DESAFIOS DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA A PROMOÇÃO DO 
DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL – SOCIAL 
A participação assídua e qualificada da população na tomada de decisões 
políticas se reflete em sistemas democráticos saudáveis e robustos. A partir do 
momento que a população se conscientiza do seu papel cidadão detentor de voz 
ativa, ela passa a compreender as engrenagens da gestão pública (municipal, 
estadual e federal), o que a habilita a propor melhorias e fiscalizar dita gestão. 
A Constituição Federal Brasileira de 1988 garante a autonomia aos 
municípios brasileiros, aumentando a sua participação na receita tributária e, 
consequentemente, suas responsabilidades e competências a partir da 
descentralização das políticas públicas e da criação dos convênios federais. 
Desta forma, tais convênios são essenciais à Administração Pública 
Municipal, uma vez que por meio delestornou-se possível contribuir para o 
desenvolvimento social e econômico dos municípios. 
Os administradores públicos municipais, sem exceção, possuem um 
grande desafio inerente à utilização ótima dos recursos disponíveis à sua gestão. 
A falta de conhecimento técnico e de capital humano qualificado (quantidade e 
especializado) para concretizar uma administração pública desqualificada 
(ausência de profissionais aptos à execução dos planos de trabalho) somada a 
orçamentos cada vez mais escassos são conhecidos como os principais entraves 
à gestão pública eficiente e eficaz. 
No que concerne aos problemas enfrentados pelos gestores públicos 
municipais, é imprescindível citar aqueles referentes à gestão de resíduos sólidos 
e suas distintas classes, aos serviços de saúde e educação, segurança pública e 
moradia. 
 
 
9 
Objetivando enriquecer os estudos sobre o tema exposto, a seguir, 
compartilhamos três artigos referentes ao tópico em questão. 
Primeiro, apresentamos o artigo intitulado “Limites e desafios da integração 
metropolitana de Natal/RN: governança urbana e gestão metropolitana”, 
elaborado por Lindijane de Souza Bento Almeida, Terezinha Cabral de 
Albuquerque Neta Barros, Richardson Leonardi Moura da Câmara e Glenda 
Dantas Ferreira (2015). 
Limites e desafios da integração metropolitana de Natal/RN: governança urbana e gestão 
metropolitana 
Resumo: O objetivo deste trabalho é investigar a realidade da Região Metropolitana de Natal a 
partir de dois elementos que, no nosso entender, caracterizam a governança metropolitana: o 
processo de formação e organização da metrópole e as relações intergovernamentais no que 
se refere à dinâmica fiscal. No que diz respeito à organização da metrópole, fez-se uma 
descrição acerca do processo de constituição da RM Natal com foco privilegiado na dimensão 
político-institucional. Reflete-se basicamente acerca das características do referido processo, 
como também sobre a fragilidade institucional e técnica que lastreia a inserção e/ou manutenção 
dos municípios na região. A análise inclui, também, a dificuldade no estabelecimento de canais 
de cooperação horizontal e vertical do ponto de vista financeiro, assim como a inexistência de 
uma instância que efetivamente coordene as ações em uma dimensão metropolitana. 
(Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Richardson_Camara2/publication/28371
9435_Limites_e_desafios_da_integracao_metropolitana_de_NatalRN_governanca_urbana_e_
gestao_metropolitana/links/5644a66c08ae9f9c13e5649a/Limites-e-desafios-da-integracao-
metropolitana-de-Natal-RN-governanca-urbana-e-gestao-metropolitana.pdf>) 
O segundo artigo trata do “Processo decisório e impacto na gestão de 
políticas públicas: desafios de um Conselho Municipal de Saúde”, elaborado por 
Maria Elisabeth Kleba, Keila Zampirom e Dunia Comerlatto (2015). 
Processo decisório e impacto na gestão de políticas públicas: desafios de um Conselho 
Municipal de Saúde 
Resumo: Os conselhos gestores de políticas públicas são espaços de democratização, que 
viabilizam a inclusão de demandas da sociedade na agenda política. Este estudo buscou 
analisar a incorporação de deliberações do Conselho Municipal da Saúde em Chapecó/SC. Os 
dados foram coletados a partir da leitura das atas do Conselho, do período de janeiro de 2005 
a dezembro de 2010, e das entrevistas com informantes-chave. A implementação das decisões 
depende de diferentes órgãos ou de outras esferas de governo, não apenas da competência 
dos conselheiros para formular ou defender suas propostas, ou ainda do interesse, 
compromisso ou engajamento do gestor municipal. O pouco tempo disponível para o debate 
nas reuniões do Conselho resulta muitas vezes em decisões que desconsideram fatores 
importantes, como a capacidade instalada, recursos disponíveis e previsões para a manutenção 
das atividades incorporadas. O impacto da participação social sobre as políticas públicas na 
área da saúde requer qualificação do processo decisório, prevendo os múltiplos fatores, de 
caráter técnico e também político, envolvidos em sua implementação. (Disponível em: 
https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0104-
12902015000200556&script=sci_arttext&tlng=pt). 
Finalmente, o terceiro artigo “Gestão municipal de resíduos sólidos e as 
ações de sustentabilidade: um estudo realizado em um município do centro oeste 
do Paraná”, elaborado por Caroline Monteiro, Josiani Aparecida Karpinski, Marcos 
Roberto Kuhl, João Francisco Morozini (Monteiro, 2017). 
 
 
10 
Desejamos uma proveitosa leitura. 
Gestão municipal de resíduos sólidos e as ações de sustentabilidade: um estudo 
realizado em um município do Centro-Oeste do Paraná 
O objetivo deste estudo foi identificar e analisar aspectos da sustentabilidade na gestão 
municipal de resíduos sólidos em um município do Centro Oeste do Paraná. A pesquisa 
caracteriza-se como um estudo de caso de caráter descritivo e com escopo quantitativo. A 
coleta de dados, que ocorreu no mês de novembro de 2014, se deu por meio da aplicação de 
questionário estruturado, disponibilizado eletronicamente. A pesquisa contou com uma amostra 
de 59 munícipes, caracterizada por estudantes de ensino superior, gestores, servidores e 
técnicos da área ambiental de um município localizado na região Centro Oeste do Paraná, os 
quais responderam 45 questões relacionadas às dimensões da sustentabilidade. Identificaram-
se alguns dos aspectos da sustentabilidade na gestão municipal de resíduos sólidos, verificando 
que existem entre os respondentes dois grupos com percepções distintas sobre estes aspectos. 
Desta maneira, é possível supor que os aspectos da sustentabilidade, na gestão municipal de 
resíduos sólidos do município, ainda não estão perfeitamente alinhados com as demais 
dimensões ou que talvez estejam alinhados, mas ainda não de conhecimento de toda 
população, limitado à amostra. (Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/urbe/2016nahead/2175-3369-urbe-2175-3369009001AO010.pdf>). 
 
 
 
 
11 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, L. de S. B. et al. Limites e desafios da integração metropolitana de 
Natal/RN: governança urbana e gestão metropolitana. In: CLEMENTINO, M. do L. 
M. de; FERREIRA, Â. L. (Ed.). Natal: transformações na ordem urbana. 
Observatório das Metrópoles: Série Estudos Comparativos. Rio de Janeiro: 
Letra Capital, 2015. 
BRASIL. Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001. Poder Legislativo, Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, 11 jul. 2001. 
BRASIL. Ministério do Planejamento. O que é PPA? Disponível em: 
<http://www.planejamento.gov.br/servicos/faq/planejamento-
governamental/plano-plurianual-ppa/o-que-eacute-o-ppa>. Acesso em: 22 fev. 
2019. 
BRASIL. Portal da Transparência. Programas de Governo. Disponível em: 
<http://www.portaltransparencia.gov.br/entenda-a-gestao-publica/programas-de-
governo>. Acesso em: 22 fev. 2019. 
BRASIL. Câmara dos Deputados. LOA – Lei Orçamentária Anual. Disponível 
em: <http://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/leis-orcamentarias/loa/lei-
orcamentaria-anual-loa>. Acesso em: 22 fev. 2019. 
COSTA, B. S.; VENÂNCIO, S. R. A função social da cidade e o direito à moradia 
digna como pressupostos do desenvolvimento urbano sustentável. Revista 
Direito Ambiental e Sociedade, v. 6, n. 2, 2016. 
FINEP – Financeira de Inovação e Pesquisa. FNDCT – Fundo Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Disponível em: 
<http://www.finep.gov.br/a-finep-externo/fontes-de-recurso/fndct-fundo-nacional-
de-desenvolvimento-cientifico-e-tecnologico>. Acesso em: 21 fev. 2019. 
KLEBA, M. E.; ZAMPIROM, K.; COMERLATTO, D. Processo decisório e impacto 
na gestão de políticas públicas: desafios de um Conselho Municipal de Saúde. 
Saúde e Sociedade, v. 24, p. 556-567, 2015. 
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. Planos de Governo. Portal da 
Transparência. Disponível em: <https://www.transparencia.curitiba.pr.gov.br/con
teudo/planogoverno.aspx>. Acesso em: 22 fev. 2019. 
MARQUES, J. R. Meio ambienteurbano. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010. 
 
 
12 
MONTEIRO, C. et al. A gestão municipal de resíduos sólidos e as ações de 
sustentabilidade: um estudo realizado em um município do centro oeste do 
Paraná. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 9, n. 1, p. 139-154, 2017. 
REIS, É. V. B.; VENÂNCIO, S. R. Cidade: espaço de diálogo e desenvolvimento 
humano. Revista de Direito da Cidade, v. 10, n. 2, p. 690-727. 
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa. Conheça 
as fontes de financiamento e as principais linhas de crédito. Disponível em: 
<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/conheca-as-fontes-de-
financiamento-e-as-principais-linhas-de-
credito,7475a8ce76801510VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Acesso em: 22 
fev. 2019.

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