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AULA 4 CAPTAÇÃO DE RECURSOS E PARCERIAS PARA PROJETOS SOCIAIS Prof. Rafael Araújo Bonatto 2 CONVERSA INICIAL Para o cumprimento das metas definidas durante as campanhas eleitorais, os governos necessitam definir seus planos de ação contento as atividades a serem implantadas e geridas. Neste âmbito, a abordagem preconizada pela gestão, pelo planejamento e pela avaliação de projetos se apresenta como fundamental ferramenta ao cumprimento dos compromissos ora assumidos pelos entes públicos. Visando brindar o discente com informações essenciais acerca da importância dos projetos para o desenvolvimento municipal, compartilhamos conhecimentos essências para seu entendimento e formação de pensamento sobre o tema. TEMA 1 – PLANEJAMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL O Estatuto da Cidade visa garantir o planejamento e a execução adequados das políticas urbanas, como forma de afiançar a gestão adequada da cidade, regrando os instrumentos hábeis a concretizar o desenvolvimento sustentável do meio ambiente urbano. A Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001, institui o plano diretor como mecanismo da política de desenvolvimento urbano, tendo a função de avaliação da atuação do Poder Público, amparando a gestão coordenada das cidades, ajuntando a participação da sociedade civil à atuação do Poder Público visando como fim maior a promoção do bem-estar da sociedade. O meio ambiente urbano, entendido como o meio alterado pelo homem, é representado pela cidade (Marques, 2010), enquanto espaço de convivência dos indivíduos, dotado de infraestrutura composta por bens e serviços públicos, que têm por objetivo promover o bem-estar dos citadinos. De acordo com Costa e Venâncio (2016), o meio ambiente artificial está diretamente relacionado ao conceito de cidade, entendido, portanto, como espaço urbano de convivência social, responsável pela materialização das atividades humanas e dos direitos fundamentais. É nesse sentido que a cidade é compreendida como o habitat natural do homem, demandando um arcabouço normativo especial, motivo pelo qual o Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/2001) foi editado com o objetivo maior de garantir o pleno desenvolvimento sustentável do meio urbano: 3 Seu art. 2°, inciso I, institui a política urbana como responsável por coordenar o desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana por meio das instruções apresentadas abaixo: Garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana; Direito assegurado à moradia; Garantia ao saneamento ambiental; Direito a infraestrutura urbana, transporte e serviços públicos; Direito ao trabalho e ao lazer, para as gerações presentes e futuras. As questões socioambientais são corriqueiramente ignoradas, sobretudo, no que concerne às anormalidades associadas ao uso e à ocupação do solo, à degradação da natureza, bem como à deficiência de planejamento das políticas públicas inerentes ao tema. Sobre o pouco-caso das questões sociais e ambientais, os pesquisadores Reis e Venâncio (2016) lançam o seguinte olhar: “A cidade criada para suprir as necessidades do homem e proporciona-lhe bem-estar e segurança acabou revelando-se um importante elemento que contra ele age, deteriorando sua qualidade de vida”. Os arts. 182 e 183 da Constituição Federal sustentaram a criação da Lei n. 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), objetivando a compatibilização entre desenvolvimento urbano e proteção da natureza. O Estatuto da Cidade, como instrumento jurídico das políticas públicas dedicadas ao cumprimento dos pré-requisitos à promoção dos processos de desenvolvimento urbano sustentável, inaugurou e visou consolidar a participação social como elemento de direito da função social da cidade. TEMA 2 – PLANO DE GOVERNO – CONCEITOS Para cumprir com o seu papel de órgão executivo das necessidades e dos anseios da sociedade, o Governo precisa organizar e planejar seu trabalho de forma acurada. A área de saúde demanda distintas ações, a saber: construção de postos de saúde e hospitais, aquisição e distribuição de medicamentos para combate às epidemias, desenho de iniciativas para grupos de maior risco, promoção de estudos e pesquisas e um sem-número de outras atividades (Portal da Transparência, 2015). Para organizar sua atuação, o orçamento não se limita 4 à divisão pelas áreas de atuação (chamadas formalmente de funções orçamentárias): ele também apresenta os programas e as ações orçamentários (Portal da Transparência, 2015). De acordo com o Ministério do Planejamento (2015), o Governo é a entidade responsável pela articulação das ações em distintos programas. Desta forma, ditas iniciativas podem ser divididas em três tipos: Temáticas; De gestão, manutenção e serviços do Estado; e Aquelas com caráter especial. Os programas temáticos são aqueles que retratam os objetivos mais amplos das políticas públicas, como o Programa de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Defesa Nacional ou Educação de Qualidade Para Todos. Os programas de gestão representam os gastos necessários para o funcionamento do Estado: servidores, prédios, veículos, serviços de telefonia e limpeza etc. Finalmente, os programas de operações especiais dispõem sobre os gastos com a dívida brasileira. Abaixo, compartilhamos o Plano de Governo da administração pública do município de Curitiba, Estado do Paraná (Curitiba, 2017). Leitura complementar Plano de Governo A partir do conceito de Governança Pública, compreende-se para a cidade de Curitiba a incorporação de valores que necessitam ser disseminados no Plano de Governo nos níveis estratégico, gerencial e operacional compreendidos pelos programas, projetos e ações. O Plano de Governo de Curitiba para a gestão 2017-2020 detalha as ações que serão realizadas pelas secretarias, administração indireta e órgãos vinculados a administração pública municipal, dividido em sete programas: Viva Curitiba que Não Dorme, Viva Curitiba Cidadã, Viva Curitiba Saudável, Viva Curitiba Tecnológica, Viva Uma Nova Curitiba, Viva Curitiba Mais Ágil, Viva Curitiba Transparente. Estes sete programas estão divididos em três grandes eixos estratégicos. Os referidos eixos se consolidam como princípios norteadores da administração e por isso estão na essência da estrutura do modelo de gestão/governança pública. Solidariedade: este eixo está relacionado as ações e práticas que envolvem relações de interdependência entre pessoas, ações e projetos da população curitibana, com o Poder Público na busca por maior qualidade de vida. No âmbito do Modelo de Gestão/Governança, esta premissa pode ser traduzida por espaços cooperativos e colaborativos que alimentam a inovação. Envolvem relações entre os setores internos e externos do Governo Municipal. Pressupõe a incorporação de práticas interdependentes e a incorporação de novas formas de arranjos organizativos. Sustentabilidade: O eixo Sustentabilidade refere-se a ações e práticas relacionadas a interação do ser humano com o ambiente social nas dimensões relacionadas as questões sociais, políticas, energéticas, econômicas e ambientais, na direção da preservação dos recursos para as gerações atuais e futuras. Responsabilidade: No eixo Responsabilidade se situam ações e práticas relacionadas à melhoria do atendimento à população, por iniciativas de modernização, disponibilização de informações para garantia de transparência, reestruturação de setores e processos e oferta de serviços direcionados à efetividade. Aqui também são submetidos projetos que 5 visam preparar e motivar os servidores para realização de ações direcionadas à inovação e bom relacionamento com os cidadãos. O Estado não possui todas as respostas e a participação social deve ter como princípio o amadurecimento das relações do Governo Municipal e a sociedade, com corresponsabilidade,transparência social e participação. (Portal da Transparência, S.d.) TEMA 3 – IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS FINANCEIROS PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL Em cenários de crise econômica e política, muitas empresas e organizações identificam necessidades ou oportunidades de alavancar seus negócios. Neste âmbito, a captação de recursos financeiros se apresenta como pilar fundamental à materialização de ações que visem a promoção do seu desenvolvimento. É importante atentar para o fato de que uma captação mal executada pode comprometer o futuro da organização já em dificuldades ou transformar a grande oportunidade numa potencial dificuldade. Como resposta a isso, as empresas buscam as mais variadas formas de captar recursos, e, por isso, há a necessidade de conhecer o sistema financeiro, graças à sua importância no meio empresarial e no cenário econômico. Atualmente, as instituições financeiras (públicas e privadas) proporcionam um leque de fontes de crédito para empresas de todos os ramos de atividade, com inúmeros incentivos, principalmente as governamentais, que têm programas de acordo com as particularidades da empresa e com o modo como será investido o capital (SEBRAE, 2018). O Serviço Brasileiro de Suporte às Pequenas e Médias Empresas (SEBRAE, 2018) atenta para o fato de que as empresas devem observar todos os estímulos oferecidos pelo mercado financeiro para cada ramo de atividade e procurar adequar suas necessidades às disponibilidades existentes para conquistar todas as vantagens, como juros mais baixos e os prazos mais longos possíveis. O entendimento acerca do funcionamento do mercado financeiro, de suas linhas de créditos disponíveis, e a análise do cenário alinhada com o fluxo de caixa ou projeto são tópicos capitais no processo de escolha das linhas de crédito. É imprescindível frisar que as instituições financeiras têm as opções mais conhecidas, mas correntemente existem no mercado diversas opções e modalidades de empréstimos para diferentes tipos de empresa. 6 São apresentados a seguir alguns exemplos de linhas de crédito disponíveis atualmente: Operações estruturadas de CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e CRI (Certificado de Recebível Imobiliário); Operações junto ao BNDES; Operações de sale and leaseback – venda com a transferência da propriedade legal, com venda ou aluguel do mesmo ativo logo em seguida ou simultaneamente; Operações de consórcio; Operações para capital de giro, por meio de Real State; e Antecipação e descontos de recebíveis (duplicatas, contratos). É essencial enfatizar aos estudantes que a seleção do recurso financeiro mais adequado não se baseia em encontrar apenas as linhas com juros baixos, mas, sim, identificar aquela que esteja dentro da realidade da entidade (fluxo de caixa ou retorno do projeto). TEMA 4 – FINANCIAMENTO DE PROJETOS PARA O DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) foi criado por meio do Decreto Lei n. 719, de 31 de julho de 1969, com a finalidade de dar apoio financeiro aos programas e projetos prioritários de desenvolvimento científico e tecnológico. Sua normatização se deu a partir da publicação da Lei do FNDCT (Lei n. 11.540, de 12 de novembro de 2007) e do Decreto n. 6.938, de 13 de agosto de 2009, quando foi estabelecido o modelo de gestão do FNDCT, que define sua administração por um Conselho Diretor vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), prevendo a possibilidade de que os recursos destinados às operações reembolsáveis, oriundos de empréstimos do FNDCT, pudessem ser aplicados pela FINEP, devendo o produto das aplicações ser revertido à conta do Fundo (FINEP, 2018). Ditos recursos são utilizados para apoiar atividades de inovação e pesquisa em empresas e instituições científicas e tecnológicas (públicas e privadas) nas modalidades de financiamento reembolsável, não reembolsável e investimento, podendo ser implementados de forma direta ou descentralizados. 7 As distintas ações que constituem atualmente o FNDCT podem ser agrupadas em três categorias de acordo com a sua aplicabilidade: Fundos de C&T – fundos setoriais, ação transversal e demais ações de apoio Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs); Ações de apoio à inovação nas empresas; Outras ações do FNDCT: Pesquisa e desenvolvimento nas Organizações Sociais (OSs) vinculadas ao MCTI; Formação, capacitação e fixação de Recursos Humanos Qualificados para C, T&I. Segundo definido pela Câmara dos Deputados em seus atributos constitucionais, O Orçamento da União é um planejamento que indica quanto e onde gastar o dinheiro público federal no período de um ano, com base no valor total arrecadado pelos impostos. O Poder Executivo é o autor da proposta, e o Poder Legislativo precisa transformá-la em lei. (Brasil, 2018) Para alcançar os objetivos dos programas, o orçamento define as chamadas ações orçamentárias. Elas representam um detalhamento dos programas, por vezes segmentando os trabalhos com bases em linhas específicas para atender as necessidades da sociedade ou até de outros entes da federação. Por meio das ações, o governo executa os programas e avança nos objetivos para cada uma das áreas (funções). Ainda, segundo a Câmara dos Deputados, Os 26 estados, o Distrito Federal e os municípios também fazem os seus próprios orçamentos, prevendo a arrecadação e os gastos que serão realizados com os impostos arrecadados por eles. Existem vários tipos de leis orçamentárias. A primeira delas é o Plano Plurianual (PPA), que faz um planejamento para o período de quatro anos. O projeto é encaminhado pelo Executivo ao Congresso até 31 de agosto do primeiro ano de cada governo, mas só começa a valer no ano seguinte. Dessa forma, sua vigência vai até o final do primeiro ano do próximo governo. O motivo dessa estratégia é promover a continuidade administrativa. Com base no PPA aprovado, o governo federal envia anualmente ao Congresso o projeto de uma outra lei: a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Esse projeto, que também precisa ser aprovado pelos parlamentares, define as prioridades que irão nortear a Lei Orçamentária da União (LOA), conhecida como Orçamento da União. A LDO é apresentada e votada no início do ano, e a LOA, no segundo semestre. Isso ocorre porque o planejamento deve ser feito com antecedência. (Brasil, 2018) 8 No tocante a sua materialização e aos ritos legais, no Congresso Nacional ocorrem alterações necessárias – Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, a qual é composta por deputados e senadores. Em seguida, os projetos seguem para serem votados em sessão plenária conjunta do Congresso. Depois de aprovado, o projeto do orçamento volta ao Executivo para a sanção pelo presidente da república, transformando-se em lei. A partir desse momento, inicia-se a fase de execução, que é a liberação das verbas (FINEP, 2018). TEMA 5 – DESAFIOS DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL – SOCIAL A participação assídua e qualificada da população na tomada de decisões políticas se reflete em sistemas democráticos saudáveis e robustos. A partir do momento que a população se conscientiza do seu papel cidadão detentor de voz ativa, ela passa a compreender as engrenagens da gestão pública (municipal, estadual e federal), o que a habilita a propor melhorias e fiscalizar dita gestão. A Constituição Federal Brasileira de 1988 garante a autonomia aos municípios brasileiros, aumentando a sua participação na receita tributária e, consequentemente, suas responsabilidades e competências a partir da descentralização das políticas públicas e da criação dos convênios federais. Desta forma, tais convênios são essenciais à Administração Pública Municipal, uma vez que por meio delestornou-se possível contribuir para o desenvolvimento social e econômico dos municípios. Os administradores públicos municipais, sem exceção, possuem um grande desafio inerente à utilização ótima dos recursos disponíveis à sua gestão. A falta de conhecimento técnico e de capital humano qualificado (quantidade e especializado) para concretizar uma administração pública desqualificada (ausência de profissionais aptos à execução dos planos de trabalho) somada a orçamentos cada vez mais escassos são conhecidos como os principais entraves à gestão pública eficiente e eficaz. No que concerne aos problemas enfrentados pelos gestores públicos municipais, é imprescindível citar aqueles referentes à gestão de resíduos sólidos e suas distintas classes, aos serviços de saúde e educação, segurança pública e moradia. 9 Objetivando enriquecer os estudos sobre o tema exposto, a seguir, compartilhamos três artigos referentes ao tópico em questão. Primeiro, apresentamos o artigo intitulado “Limites e desafios da integração metropolitana de Natal/RN: governança urbana e gestão metropolitana”, elaborado por Lindijane de Souza Bento Almeida, Terezinha Cabral de Albuquerque Neta Barros, Richardson Leonardi Moura da Câmara e Glenda Dantas Ferreira (2015). Limites e desafios da integração metropolitana de Natal/RN: governança urbana e gestão metropolitana Resumo: O objetivo deste trabalho é investigar a realidade da Região Metropolitana de Natal a partir de dois elementos que, no nosso entender, caracterizam a governança metropolitana: o processo de formação e organização da metrópole e as relações intergovernamentais no que se refere à dinâmica fiscal. No que diz respeito à organização da metrópole, fez-se uma descrição acerca do processo de constituição da RM Natal com foco privilegiado na dimensão político-institucional. Reflete-se basicamente acerca das características do referido processo, como também sobre a fragilidade institucional e técnica que lastreia a inserção e/ou manutenção dos municípios na região. A análise inclui, também, a dificuldade no estabelecimento de canais de cooperação horizontal e vertical do ponto de vista financeiro, assim como a inexistência de uma instância que efetivamente coordene as ações em uma dimensão metropolitana. (Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Richardson_Camara2/publication/28371 9435_Limites_e_desafios_da_integracao_metropolitana_de_NatalRN_governanca_urbana_e_ gestao_metropolitana/links/5644a66c08ae9f9c13e5649a/Limites-e-desafios-da-integracao- metropolitana-de-Natal-RN-governanca-urbana-e-gestao-metropolitana.pdf>) O segundo artigo trata do “Processo decisório e impacto na gestão de políticas públicas: desafios de um Conselho Municipal de Saúde”, elaborado por Maria Elisabeth Kleba, Keila Zampirom e Dunia Comerlatto (2015). Processo decisório e impacto na gestão de políticas públicas: desafios de um Conselho Municipal de Saúde Resumo: Os conselhos gestores de políticas públicas são espaços de democratização, que viabilizam a inclusão de demandas da sociedade na agenda política. Este estudo buscou analisar a incorporação de deliberações do Conselho Municipal da Saúde em Chapecó/SC. Os dados foram coletados a partir da leitura das atas do Conselho, do período de janeiro de 2005 a dezembro de 2010, e das entrevistas com informantes-chave. A implementação das decisões depende de diferentes órgãos ou de outras esferas de governo, não apenas da competência dos conselheiros para formular ou defender suas propostas, ou ainda do interesse, compromisso ou engajamento do gestor municipal. O pouco tempo disponível para o debate nas reuniões do Conselho resulta muitas vezes em decisões que desconsideram fatores importantes, como a capacidade instalada, recursos disponíveis e previsões para a manutenção das atividades incorporadas. O impacto da participação social sobre as políticas públicas na área da saúde requer qualificação do processo decisório, prevendo os múltiplos fatores, de caráter técnico e também político, envolvidos em sua implementação. (Disponível em: https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0104- 12902015000200556&script=sci_arttext&tlng=pt). Finalmente, o terceiro artigo “Gestão municipal de resíduos sólidos e as ações de sustentabilidade: um estudo realizado em um município do centro oeste do Paraná”, elaborado por Caroline Monteiro, Josiani Aparecida Karpinski, Marcos Roberto Kuhl, João Francisco Morozini (Monteiro, 2017). 10 Desejamos uma proveitosa leitura. Gestão municipal de resíduos sólidos e as ações de sustentabilidade: um estudo realizado em um município do Centro-Oeste do Paraná O objetivo deste estudo foi identificar e analisar aspectos da sustentabilidade na gestão municipal de resíduos sólidos em um município do Centro Oeste do Paraná. A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso de caráter descritivo e com escopo quantitativo. A coleta de dados, que ocorreu no mês de novembro de 2014, se deu por meio da aplicação de questionário estruturado, disponibilizado eletronicamente. A pesquisa contou com uma amostra de 59 munícipes, caracterizada por estudantes de ensino superior, gestores, servidores e técnicos da área ambiental de um município localizado na região Centro Oeste do Paraná, os quais responderam 45 questões relacionadas às dimensões da sustentabilidade. Identificaram- se alguns dos aspectos da sustentabilidade na gestão municipal de resíduos sólidos, verificando que existem entre os respondentes dois grupos com percepções distintas sobre estes aspectos. Desta maneira, é possível supor que os aspectos da sustentabilidade, na gestão municipal de resíduos sólidos do município, ainda não estão perfeitamente alinhados com as demais dimensões ou que talvez estejam alinhados, mas ainda não de conhecimento de toda população, limitado à amostra. (Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/urbe/2016nahead/2175-3369-urbe-2175-3369009001AO010.pdf>). 11 REFERÊNCIAS ALMEIDA, L. de S. B. et al. Limites e desafios da integração metropolitana de Natal/RN: governança urbana e gestão metropolitana. In: CLEMENTINO, M. do L. M. de; FERREIRA, Â. L. (Ed.). Natal: transformações na ordem urbana. Observatório das Metrópoles: Série Estudos Comparativos. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2015. BRASIL. Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001. Poder Legislativo, Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jul. 2001. BRASIL. Ministério do Planejamento. O que é PPA? Disponível em: <http://www.planejamento.gov.br/servicos/faq/planejamento- governamental/plano-plurianual-ppa/o-que-eacute-o-ppa>. Acesso em: 22 fev. 2019. BRASIL. Portal da Transparência. Programas de Governo. Disponível em: <http://www.portaltransparencia.gov.br/entenda-a-gestao-publica/programas-de- governo>. Acesso em: 22 fev. 2019. BRASIL. Câmara dos Deputados. LOA – Lei Orçamentária Anual. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/leis-orcamentarias/loa/lei- orcamentaria-anual-loa>. Acesso em: 22 fev. 2019. COSTA, B. S.; VENÂNCIO, S. R. A função social da cidade e o direito à moradia digna como pressupostos do desenvolvimento urbano sustentável. Revista Direito Ambiental e Sociedade, v. 6, n. 2, 2016. FINEP – Financeira de Inovação e Pesquisa. FNDCT – Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Disponível em: <http://www.finep.gov.br/a-finep-externo/fontes-de-recurso/fndct-fundo-nacional- de-desenvolvimento-cientifico-e-tecnologico>. Acesso em: 21 fev. 2019. KLEBA, M. E.; ZAMPIROM, K.; COMERLATTO, D. Processo decisório e impacto na gestão de políticas públicas: desafios de um Conselho Municipal de Saúde. Saúde e Sociedade, v. 24, p. 556-567, 2015. PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. Planos de Governo. Portal da Transparência. Disponível em: <https://www.transparencia.curitiba.pr.gov.br/con teudo/planogoverno.aspx>. Acesso em: 22 fev. 2019. MARQUES, J. R. Meio ambienteurbano. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010. 12 MONTEIRO, C. et al. A gestão municipal de resíduos sólidos e as ações de sustentabilidade: um estudo realizado em um município do centro oeste do Paraná. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 9, n. 1, p. 139-154, 2017. REIS, É. V. B.; VENÂNCIO, S. R. Cidade: espaço de diálogo e desenvolvimento humano. Revista de Direito da Cidade, v. 10, n. 2, p. 690-727. SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa. Conheça as fontes de financiamento e as principais linhas de crédito. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/conheca-as-fontes-de- financiamento-e-as-principais-linhas-de- credito,7475a8ce76801510VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Acesso em: 22 fev. 2019.
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